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COMENTÁRIOS - SIMULADO 35 2019

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1 
 
 
 
COMENTÁRIOS – SIMULADO 35.2019 (EMAGIS) 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
QUESTÃO 01 
 
Quanto à correspondência com a realidade política e social (classificação ontológica), as 
constituições se dividem em: 
 
a) Normativas: regulam efetivamente o processo político do Estado, por corresponderem à 
realidade política e social, ou seja, limitam, de fato, o poder. Em suma: têm valor jurídico. 
Exemplos: Constituições brasileiras de 1891, 1934 e 1946. 
 
 “as Constituições normativas são aquelas em que o processo de poder está de tal forma 
disciplinado que as relações políticas e os agentes do poder subordinam-se às determinações 
do seu conteúdo e do seu controle procedimental.” 
 
b) Nominativas: buscam regular o processo político do Estado, mas não conseguem realizar 
este objetivo, por não atenderem à realidade social. São constituições prospectivas, que visam, 
um dia, a sua concretização, mas que não possuem aplicabilidade. Isso se deve, segundo 
Loewenstein, provavelmente ao fato de que a decisão que levou à sua promulgação foi 
prematura, persistindo, contudo, a esperança de que, um dia, a vida política corresponda ao 
modelo nelas fixado. A constituição nominal ou nominativa é juridicamente válida, porém não 
é real e efetiva: são Constituições “de fachada”. 
 
As Constituições nominalistas contêm disposições de limitação e controle de dominação 
política, sem ressonância na sistemática de processo real de poder, e com insuficiente 
concretização constitucional. 
 
c) Semânticas: não têm por objetivo regular a política estatal. Visam apenas a formalizar a 
situação existente do poder político, em benefício dos seus detentores. Exemplos: Constituições 
de 1937, 1967 e 1969. 
 
2 
 
 
as Constituições semânticas são simples reflexos da realidade política, servindo como mero 
instrumento dos donos do poder e das elites políticas, sem limitação do seu conteúdo”. 
 
Isso quer dizer que da normativa à semântica percebemos uma gradação de democracia e 
Estado Democrático de Direito para autoritarismo. Enquanto nas Constituições normativas a 
pretendida limitação ao poder se implementa na prática, havendo, assim, correspondência com 
a realidade, nas nominalistas busca-se essa concretização, porém, sem sucesso, não se 
conseguindo uma verdadeira normatização do processo real do poder. Nas semânticas, por sua 
vez, nem sequer se tem essa pretensão, buscando-se conferir legitimidade meramente formal 
aos detentores do poder, em seu próprio benefício. (Lenza, Pedro. Direito Constitucional 
Esquematizado, Editora Saraiva. Edição do Kindle, posição 3461) 
 
* Destaca-se que essa classificação foi criada por Karl Loewenstein. Embora existam 
controvérsias na doutrina, podemos classificar a CF/88 como nominativa. 
 
QUESTÃO 02 
A) "É constitucional a reserva de 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos para 
provimento de cargos efetivos e empregos públicos no âmbito da administração pública direta 
e indireta. É legítima a utilização, além da autodeclaração, de critérios subsidiários de 
heteroidentificação, desde que respeitada a dignidade da pessoa humana e garantidos o 
contraditório e a ampla defesa". 
B) Na verdade, a norma constitucional que prevê a possibilidade de acesso aos cargos públicos 
por estrangeiros é de eficácia limitada. O artigo 37, inciso I, da Constituição, com a redação da 
Emenda Constitucional 19/1998 assegurou aos estrangeiros o acesso aos cargos públicos, mas, 
de acordo com a jurisprudência do STF, sua eficácia é limitada, e precisa de lei posterior. Eficácia 
contida significa que o dispositivo constitucional é plenamente aplicável a menos que a lei 
restrinja o seu alcance. O acesso a cargos público por estrangeiros só pode se dar na forma da 
lei, ou seja, se o dispositivo não for regulamentado não há direito de estrangeiro integrar os 
quadros de servidor público no país. 
C) Por unanimidade, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela inconstitucionalidade 
de trecho da Lei Eleitoral que proibia sátira contra políticos em época de eleição. Os 
dispositivos já tinham sido suspensos em setembro de 2010 pelo plenário da Corte, que agora 
analisou o mérito da questão. ADI 4451 
3 
 
 
D. Regulamento que disponha sobre o licenciamento ambiental de cemitérios tem caráter 
autônomo e abstrato, razão por que o STF admite ação direta de inconstitucionalidade contra 
esse tipo de norma. INCORRETA 
O STF não entende que o regulamento que rege os cemitérios tenha natureza autônoma: “Não 
se admite a propositura de ação direta de inconstitucionalidade para impugnar Resolução do 
CONAMA, ato normativo regulamentar e não autônomo, de natureza secundária. O parâmetro 
de análise dessa espécie de ato é a lei regulamentada e não a Constituição. 
e) Dada a concretude regulamentar de decreto do Poder Executivo que verse sobre a liberdade 
de reunião em manifestação pública, sua suspensão não pode ser pleiteada mediante ação 
direta de inconstitucionalidade. INCORRETA 
O item viola a jurisprudência do STF que entendeu ser hipótese de controle abstrato de 
constitucionalidade: “O Supremo Tribunal Federal (STF) julgou inconstitucional o Decreto 
distrital 20.007/99, que proibiu “a realização de manifestação pública, com a utilização de carros 
aparelhados e objetos sonoros na Praça dos Três Poderes, Esplanada dos Ministérios, Praça do 
Buriti e vias adjacentes”, em Brasília (DF). A decisão do Plenário acompanhou por unanimidade 
o voto do relato r, ministro Ricardo Lewandowski” (ADI 1969). 
QUESTÃO 03 
“Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: (...) §2o A proposta será 
discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se 
aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. §3o A emenda 
à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, 
com o respectivo número de ordem.” 
A sanção do Presidente da República, não exigida para norma equiparada a Emenda 
Constitucional, conforme §3o do artigo 5º (combinado com o §3o do artigo 60 acima transcrito). 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
QUESTÃO 04 
A) Um dos aspectos da constitucionalização do direito administrativo se refere à releitura dos 
seus institutos a partir dos princípios constitucionais. 
B) O que o princípio da juridicidade faz é ampliar o número de normas a que as balizas da 
discricionariedade devem se ater de modo que a restringe e não a amplia. o princípio da 
juridicidade não veio para substituir o da legalidade, mas para complementá-lo quando da 
formação e do exame dos atos administrativos, destarte, o exercício da função administrativa 
4 
 
 
passou a estar sujeito ao que se denominou de bloco de legalidade, que nas palavras de 
Estorninho (1999) deve ser compreendida como “a subordinação ao direito como um todo, 
implicando submissão a princípios gerais de direito, à Constituição, a normas internacionais, a 
disposições de caráter regulamentar, a atos constitutivos de direitos, etc”. 
C) A processualização do direito administrativo, a participação do cidadão na gestão pública e o 
princípio da transparência são elementos que contribuem para a democratização da 
administração pública. 
“Aderindo à tendência mais recente de processualização da atividade administrativa do Estado, 
a CF/88 abriga diversos dispositivos sobre processo administrativo. Ao prever a exigência de 
contraditório em determinadas situações no âmbito da Administração Pública, a Constituição 
termina por impor que a edição de um ato ou de uma decisão administrativa, sempre que 
possível, emane de uma relação processual instituída para tal desiderato, mediante a 
configuração de posições jurídicas compatíveis com os direitos e os ônus de cada uma das partes 
interessadas, vale dizer, tanto a própria Administração, quanto os administrados. A 
processualização da função administrativa, destarte, passou aser encarada como um dos 
reflexos do princípio democrático, ao submeter o exercício do poder da Administração Pública 
ao discurso dialético”. 
QUESTÃO 05 
A doutrina, ao falar das tendências e das transformações do Direito Administrativo, versa sobre 
aspectos como: constitucionalização do Direito Administrativo; democratização da 
Administração Pública, consensualidade como nova forma de atuação da Administração Pública, 
crise na noção de serviço público, agencificação, reforma administrativa, ênfase no princípio da 
subsidiariedade, etc. 
- Consensualidade como nova forma de atuação da Administração Pública: ao invés da adoção 
de medidas unilaterais (e muitas vezes de viés autoritário), prestigia-se a celebração de 
contratos (contratualização), o emprego de acordos para a prevenção e solução de litígios (ex.: 
termos de ajustamento de conduta, arbitragem, etc.) e a participação dos administrados 
(necessária para que se chegue ao desejado consenso). É, sem dúvida, mais um reflexo da ideia 
de democratização da Administração Pública. 
- Crise na noção de serviço público: tendência de transformar serviços públicos exclusivos do 
Estado em atividades privadas abertas à livre iniciativa e à livre concorrência, algo bastante 
saliente no âmbito do direito comunitário europeu e que encontra barreiras no direito brasileiro 
em razão de diversas limitações constitucionais (serviços públicos que são exclusivos do Estado 
em virtude de determinação da CF/1988), conquanto seja sentida no âmbito infraconstitucional 
e mesmo jurisprudencial (ex.: liberação dos serviços de transporte de passageiros via 
aplicativos). 
QUESTÕES 06 E 07 
A propósito dos juros de mora e correção monetária nas condenações administrativas em geral 
impostas à Fazenda Pública: 
5 
 
 
(A) Para o período de vigência do CC/1916, os juros eram de 0,5% ao mês, devendo ser 
acrescentada correção monetária. 
(B) Para o período de vigência do CC/2002 e antes da vigência da Lei 11.960/2009, os juros 
correspondiam à taxa SELIC, vedado o acréscimo de correção monetária. 
(C) Para o período de vigência da Lei 11.960/2009, os juros são os correspondentes à 
remuneração da caderneta de poupança, devendo haver o acréscimo de correção monetária. 
(D) Atualmente, a correção monetária para as condenações em questão é definida pelo IPCA-E. 
(E) A inconstitucionalidade do artigo 1o-F da Lei 9.494/1997 (com redação dada pela Lei 
11.960/2009) impede a aplicação da correção monetária ali mencionados. 
 
PROCESSO CIVIL 
QUESTÃO 08 
Iliquidez não impede o julgamento antecipado do mérito. Inclusive o julgamento parcial do 
mérito admite que a matéria decidida seja submetida à liquidação até mesmo por autos 
apartados. Art. 356 §2o do CPC. 
O julgamento antecipado do mérito pode ser realizado de modo parcial, por meio de decisão 
interlocutória impugnável por agravo de instrumento. 
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de 
mérito, quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, 
ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349 
QUESTÃO 09 
Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em 
reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, 
renunciou ou reconheceu. 
§1o Sendo parcial a desistência, a renúncia ou o reconhecimento, a responsabilidade pelas 
despesas e pelos honorários será proporcional à parcela reconhecida, à qual se renunciou ou da 
qual se desistiu. 
§ 2o do art. 90 do CPC extrai-se que, havendo transação e nada tendo as partes disposto quanto 
às despesas, estas serão DIVIDIDAS IGUALMENTE. 
A teor do art. 90, § 3o, do CPC, “Se a transação ocorrer antes da sentença, as partes ficam 
dispensadas do pagamento das custas processuais remanescentes, se houver.”. 
QUESTÃO 10 
Art. 90. Proferida sentença com fundamento em desistência, em renúncia ou em 
reconhecimento do pedido, as despesas e os honorários serão pagos pela parte que desistiu, 
6 
 
 
renunciou ou reconheceu. §4o Se o réu reconhecer a procedência do pedido e, 
simultaneamente, cumprir integralmente a prestação reconhecida, os honorários serão 
reduzidos pela metade. 
O benefício do § 4o do art. 90 do CPC aplica-se apenas a fase de conhecimento. 
Art. 92. Quando, a requerimento do réu, o juiz proferir sentença sem resolver o mérito, o autor 
não poderá propor novamente a ação sem pagar ou depositar em cartório as despesas e os 
honorários a que foi condenado. 
QUESTÃO 11 
A respeito das matérias passíveis de alegação pelo embargante nos embargos à execução 
regidos pelo CPC/2015, cabem embargos processuais e embargos de mérito, não se aplicando 
às matérias passíveis de alegação as restrições impostas pelo CPC às matérias passíveis de 
alegação na impugnação ao cumprimento de sentença. 
Diferentemente da impugnação ao cumprimento de sentença, nos embargos à execução o 
executado pode alegar “qualquer matéria que lhe seria lícito deduzir como defesa em processo 
de conhecimento” (CPC, artigo 917, VI). 
QUESTÃO 12 
Nos embargos processuais, o embargante alega vícios do processo de execução, sem, portanto, 
que chegue a negar o direito material do exequente. E tais alegações podem ser sistematizadas 
em dois grupos: embargos puramente processuais, em que se alegam vícios nos pressupostos 
processuais ou nos atos processuais, e impugnação ao direito à execução, em que se alega 
ausentes condições da ação executiva por vícios no título executivo. 
O que há de comum nos embargos processuais é que, como “não dizem respeito ao direito 
material exequendo, [...], ainda que gere extinção do processo de execução, não impedirá que 
o exequente volte ao Poder Judiciário. 
Outro aspecto comum aos embargos processuais é que, como tratam de condições da ação, 
pressupostos processuais e regularidade de atos processuais, “podem ser alegadas pela parte 
de qualquer forma, tanto por meio de embargos à execução como por meio de mera petição 
no processo de execução (objeção de pré-executividade) 
QUESTÃO 13 
Imagine o vício no processo de execução ser superveniente à apresentação dos embargos à 
execução (pense, por exemplo, em nulidade de penhora posterior ou irregularidade na avaliação 
posterior do bem penhorado). 
Deveria o executado apresentar novos embargos, aditar os embargos já apresentados ou 
defender-se mediante mera petição no processo de execução? Tal insurgência pode ser 
apresentada por mera petição nos autos da execução. 
7 
 
 
§1o do artigo 917, que expressou a possibilidade de alegação do vício mediante mera petição 
nos autos do processo de execução. §1o A incorreção da penhora ou da avaliação poderá ser 
impugnada por simples petição, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da ciência do ato.” 
QUESTÃO 14 
Sobre o excesso de execução, na disciplina do CPC/2015, pode configurar defesa dilatória. 
Os embargos de mérito têm aptidão para formar coisa julgada material sobre o direito 
exequendo, de forma que, julgados procedentes, negando o direito exequendo, impedem o 
exequente de retornar ao Judiciário para nova cobrança. 
Assim como os embargos processuais, podem ser peremptórios ou dilatórios, a depender se 
importarão na extinção do processo de execução (pense em embargos processuais em que se 
reconheça a inexistência de título executivo ou em embargos de mérito em que se declare 
inexistente o crédito exequendo) ou apenas no prosseguimento com correção do vício 
reconhecido (pense em embargos processuais em que se reconheça desrespeito a ordem legal 
de penhora ou em embargos de mérito em que se declare que apenas parte do crédito existe). 
A hipótese clássica de embargos de mérito é a alegação de excesso de execução, de forma que, 
se reconhecido, o juiz declarará inexistente parte do crédito ou todo ele. 
Para a alegação de excesso de execução, tradicionalfonte de alegações genéricas e meramente 
protelatórias, o CPC/2015, como já o fazia o CPC/1973, estabeleceu requisitos rigorosos para a 
petição inicial, que, se descumpridos, podem levar a seu indeferimento. 
QUESÃO 15 
O CPC/2015 enquadra como excesso de execução a cobrança de coisa diversa da constante do 
título. 
Nem todas as hipóteses arroladas no Código como excesso de execução são tipicamente 
situações de excesso quantitativo, ao contrário da divergência quantitativa entre o pedido e o 
título executivo. As demais hipóteses arroladas configuram, na verdade, ou divergência 
qualitativa entre o pedido na execução e o título executivo ou inexequibilidade do título. 
DIREITO CIVIL 
QUESTÃO 16 
Considere a necessidade de fixação, em sentença, do termo inicial dos juros de mora de 
prestações vencidas antes da citação. 
I – Caso derive de ato ilícito extracontratual, será a data do evento danoso. 
8 
 
 
II – Caso derive de obrigação contratual positiva, líquida e com termo certo de vencimento, será 
a data de vencimento. 
III – Caso derive de responsabilidade civil contratual, será a data da citação. 
QUESTÃO 17 
Contra os ébrios habituais, os viciados em tóxico e aqueles que, por causa transitória ou 
permanente, não puderem exprimir sua vontade, a prescrição e a decadência correm 
normalmente. 
QUESTÃO 18 
“Art. 321. Nos débitos, cuja quitação consista na devolução do título, perdido este, poderá o 
devedor exigir, retendo o pagamento, declaração do credor que inutilize o título desaparecido.” 
“Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias 
do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.” 
“Art. 367. Salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação 
obrigações nulas ou extintas.” 
“Art. 369. A compensação efetua-se entre dívidas líquidas, vencidas e de coisas fungíveis.” 
“Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á primeiro nos juros vencidos, e 
depois no capital, salvo estipulação em contrário, ou se o credor passar a quitação por conta do 
capital. 
QUESTÃO 19 
A respeito das normas produzidas pelas autoridades regulatórias do sistema bancário (BACEN e 
CMN), Têm status infralegal e submetem-se ao controle de legalidade ante o CDC. 
PROCESSO PENAL 
QUESTÃO 20 
A respeito do crime de organização criminosa previsto na Lei n.o 12.850/2013. Constitui 
circunstância elementar desse delito a finalidade de obtenção de vantagem de qualquer 
natureza mediante a prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 
quatro anos ou que sejam de caráter transnacional. 
9 
 
 
“Considera-se organização criminosa a associação de 4 (quatro) ou mais pessoas 
estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, 
com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza, mediante a 
prática de infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos, ou que 
sejam de caráter transnacional”. 
A estruturação organizada e ordenada de pessoas, com a necessária divisão formal de tarefas 
entre elas, são elementos normativos do crime em apreço. A organização do trabalho e a divisão 
de tarefas para serem reconhecidas exigem uma valoração. Os elementos objetivos são 
facilmente constatados pelo sistema sensorial de cada indivíduo. Já os elementos normativos, 
para serem constatados, exigem a aplicação de uma atividade valorativa, ou seja, um juízo de 
valor. 
Art 2º das Lei das ORCRIM , no § 3o, dispõe : “A pena é agravada para quem exerce o comando, 
individual ou coletivo, da organização criminosa, ainda que não pratique pessoalmente atos de 
execução”. Trata-se de agravante e não de causa de aumento de pena. 
QUESTÃO 21 
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido “Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, 
receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, 
empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, 
sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 
2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.” 
Já o crime de posse, restringe-se às condutas de ‘possuir e manter sob guarda’ (artigo 12), 
sendo condutas que não se confundem com emprestar. 
QUESTÃO 22 
A) Qualquer que seja a modalidade de pena imposta, tratando-se de condenação do juízo 
federal, não se aplica a competência funcional para afetar-lhe a competência para execução. 
INCORRETA 
Caso se tenha execução de penas restritivas de direito, presente se encontrará a competência 
funcional – portanto absoluta – do juízo federal, o prolator da condenação, para o 
processamento da execução. 
10 
 
 
É dizer, o afastamento desta competência funcional – com a transferência ao Juízo Estadual da 
competência para executar condenação criminal prolatada pelo Juízo Federal – é excepcional e 
se deve dar nos restritos limites da Súmula 192 do STJ, isto é, quando (i) em execução pena 
privativa de liberdade e (ii) esteja a segregação sendo cumprida em presídio estadual. 
O juízo que está executando a pena de determinado sentenciado é competente para executar 
também superveniente condenação contra ele transitada em julgado durante aludida execução, 
ainda que esta última condenação seja oriunda de outro juízo. A competência para unificação 
da pena com aquela que já vem cumprindo o apenado é do juízo que primeiro iniciou a 
execução. 
QUESTÃO 23 
Configurada situação de extrema necessidade, o juiz federal poderá autorizar a imediata 
transferência do preso antes da oitiva das partes, podendo, após a instrução do incidente, 
decidir pela manutenção ou revogação da medida adotada. 
DIREITO PENAL 
QUESTÃO 24 
A respeito da condenação do réu ao pagamento das custas processuais referente a processo 
penal em que tem contra si julgada procedente a acusação, mesmo que beneficiário da justiça 
gratuita, deve ser condenado ao pagamento das custas processuais. 
A suspensão da exigibilidade destas, pelo período de 5 anos, a contar da sentença final, quando 
então, em não havendo condições financeiras de o recorrente quitar o débito, restará prescrita 
a obrigação (STJ, AgRg no AREsp 1150749/MS, 6ª Turma, Rel. Ministro Antonio Saldanha 
Palheiro, julgado em 15/03/2018, DJe 05/04/2018). 
QUESTÃO 25 
Considere que condenado a pena a ser cumprida inicialmente no regime aberto se depare com 
a ausência de vaga em estabelecimento adequado para o cumprimento da sanção. 
I – O STJ fixara, em recurso repetitivo, a tese da impossibilidade de imposição de pena restritiva 
de direito como condição adicional àquele que cumpre pena em regime aberto. 
11 
 
 
II - O STJ acomodou sua jurisprudência à do STF no sentido de adaptar a execução penal em 
regime aberto ao estado de coisas de notória inexistência de vagas em estabelecimento 
adequado. 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
QUESTÃO 26 
A respeito do cabimento de reconvenção nos embargos à execução, há posicionamento recente 
do STJ no sentido de que mesmo em execução regida pelo CPC não é cabível reconvenção em 
embargos à execução. 
Diante à ausência de proibição expressa, é de se permitir a apresentação de reconvenção 
como resposta pelo embargado, havendo, todavia, segmento diverso que prega a 
inadmissibilidade da reconvenção nos embargos tal como ocorre na execução fiscal. O 
Superior Tribunal de Justiça recentemente se pronunciou sobre essa controvérsia, 
compreendendo incabível o oferecimento de reconvenção nos embargos à execução. 
QUESTÕES BONUS 
QUESTÃO 27 (DIREITO CIVIL) 
Considere que, em testamento, seja validamente estabelecida cláusula de inalienabilidade de 
determinado imóvel deixado de sua parte disponível pelo testador ao beneficiário. 
I – Não impede a penhora do bem para pagamento de despesas condominiais. 
II – Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podeo beneficiário alienar o bem. 
III – No caso de desapropriação, sobre o(s) bem(ns) adquirido(s) com o produto da indenização 
passará a incidir o ônus. 
“Art. 1.848. Salvo se houver justa causa, declarada no testamento, não pode o testador 
estabelecer cláusula de inalienabilidade, impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os 
bens da legítima. §2o Mediante autorização judicial e havendo justa causa, podem ser alienados 
os bens gravados, convertendo-se o produto em outros bens, que ficarão sub-rogados nos ônus 
dos primeiros. 
Art. 1.911. A cláusula de inalienabilidade, imposta aos bens por ato de liberalidade, implica 
impenhorabilidade e incomunicabilidade. Parágrafo único. No caso de desapropriação de bens 
clausulados, ou de sua alienação, por conveniência econômica do donatário ou do herdeiro, 
12 
 
 
mediante autorização judicial, o produto da venda converter-se-á em outros bens, sobre os 
quais incidirão as restrições apostas aos primeiros.” 
QUESTÃO 28 (DIREITO CIVIL) 
Sobre os juros de mora e correção monetária nas condenações previdenciárias prolatadas 
contra o INSS: 
I – Para o STJ, a partir da vigência da Lei 11.430/2006, a correção deve ser pelo INPC. 
II – STJ e STF consideram aplicáveis juros de mora pelos índices que remuneram a caderneta de 
poupança. 
III – É inconstitucional a correção monetária pela TR. 
QUESTÃO 29 – DIREITO TRIBUTÁRIO 
Sobre os juros de mora nas ações de repetição de indébito tributário: 
I – Caso o Estado devedor não disponha de lei que fixe índice específico para atualização de seus 
créditos tributários, a repetição em questão se sujeitará a juros moratórios de 1% ao mês. 
II – Caso a União seja a devedora, a repetição em questão se sujeitará aos juros moratórios de 
1% ao mês. 
III – A repetição do indébito deve se sujeitar à taxa de juros aplicável à atualização dos créditos 
tributários do ente estatal devedor. 
QUESTÃO 30 – DIREITO ELEITORAL 
Com relação às coligações partidárias: 
I – Na propaganda para eleição majoritária, a coligação usará, obrigatoriamente, sob sua 
denominação, as legendas de todos os partidos que a integram; na propaganda para eleição 
proporcional, cada partido usará apenas sua legenda sob o nome da coligação. 
II - A partir das eleições de 2020, não serão mais admitidas coligações para eleições 
proporcionais. 
III - A responsabilidade pelo pagamento de multas decorrentes de propaganda eleitoral é 
solidária entre os candidatos e os respectivos partidos, não alcançando outros partidos mesmo 
quando integrantes de uma mesma coligação.

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