Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS PARA A ESCOLHA DA MEDIDA JUDICIAL ADEQUADA Para facilitar a compreensão dos conceitos acima expostos, propomos alguns exercícios para a identificação do caminho a ser seguido para o correto ajuizamento de uma demanda. As questões foram retiradas de Exames de Segunda Fase (área cível) da Ordem dos Advogados do Brasil. a) Desconstituir sentença de mérito, transitada em julgado, proferida por juiz absolutamente incompetente? – Primeira identificação: cerne do pedido – “desconstituir sentença de mérito”. O processo é de conhecimento. – Verificar se há previsão específica de procedimento. Neste caso, como menciona “sentença”, verificar no capítulo respectivo. Há um procedimento especial? – Qual a previsão legal? a) Ação Rescisória (artigo 966 do NCPC ) A sentença pode ser atacada por dois remédios processuais distintos: pelos recursos e pela ação rescisória. O que caracteriza o recurso é ser, na lição de Pontes de Miranda, uma “impugnativa dentro da mesma relação jurídico-processual da resolução judicial que se impugna”. Só cabem recursos, outrossim, enquanto não verificado o trânsito em julgado da sentença. Operada a coisa julgada, a sentença torna-se imutável e indiscutível para as partes do processo (Código de Processo Civil, art. 502). Mas a sentença, tal como ocorre com qualquer ato jurídico, pode conter um vício ou uma nulidade. Seria iniquidade privar o interessado de um remédio para sanar o prejuízo sofrido. É por isso que a ordem jurídica não deixa esse mal sem terapêutica. E, “quando a sentença é nula, por uma das razões qualificadas em lei, concede-se ao interessado ação para pleitear a declaração de nulidade”. Trata- se da AÇÃO RESCISÓRIA, que não se confunde com o recurso justamente por atacar uma decisão já sob o efeito da res iudicata. Estamos diante de uma ação contra a sentença, diante de um remédio “com que se instaura outra relação jurídica processual”, como ressalta Pontes de Miranda. Recurso, coisa julgada e ação rescisória são três institutos processuais que apresentam profundas conexões. O recurso visa a evitar ou minimizar o risco de injustiça do julgamento único. Esgotada a possibilidade de impugnação recursal, a coisa julgada entra em cena para garantir a estabilidade das relações jurídicas, muito embora corra o risco de acobertar alguma injustiça latente no julgamento. Surge, por último, a ação rescisória que colima reparar a injustiça da sentença transitada em julgado, quando o seu grau de imperfeição é de tal grandeza que supere a necessidade de segurança tutelada pela res iudicata. A ação rescisória é tecnicamente ação, portanto. Visa a rescindir, a romper, a cindir a sentença como ato jurídico viciado. Conceituam-na Bueno Vidigal e Amaral Santos como “a ação pela qual se pede a declaração de nulidade da sentença. b) Obstar que o réu, no curso do processo, dê seguimento à obra embargada? – Primeira identificação: cerne do pedido – “obstar que o réu...”. Pretende-se a conservação de uma situação. _ Qual a medida judicial cabível? – Qual a previsão legal? d) Atentado (art. 879, II, do CPC) •ATENTADO A sentença do atentado é mista tem uma parte executiva e outra declaratoria Artigo 879 ao 881 do CPC Atentado é a inovaçao ilegal e desautorizada do estado de fato do processo Com a finalidade de restabelecer as coisas no estado anterior + fixar perdas e danos por essa inovaçao ilegal usa-se a medida cautelar de atentado. É A MEDIDA CAUTELAR COM O OBJETIVO DE RESTABELECER AS COISAS + PERDAS E DANOS. NA parte que manda restabelecer as coisas no estado anterior a sentença é executiva (o atentado é uma verdadeira cautelar para preservar o processo principal). Na parte que fixa as perdas e danos esta definindo o proprio direito, a sentença aqui é condenatoria, trata- se aqui de processo de conhecimento e nao de cautelar. Art. 879. Comete atentado a parte que no curso do processo: I - viola penhora, arresto, seqüestro ou imissão na posse; II - prossegue em obra embargada; III - pratica outra qualquer inovação ilegal no estado de fato. Art. 880. A petição inicial será autuada em separado, observando-se, quanto ao procedimento, o disposto nos arts. 802 e 803. Parágrafo único. A ação de atentado será processada e julgada pelo juiz que conheceu originariamente da causa principal, ainda que esta se encontre no tribunal. Art. 881. A sentença, que julgar procedente a ação, ordenará o restabelecimento do estado anterior, a suspensão da causa principal e a proibição de o réu falar nos autos até a purgação do atentado. Parágrafo único. A sentença poderá condenar o réu a ressarcir à parte lesada as perdas e danos que sofreu em conseqüência do atentado. No CPC/73 falávamos na CAUTELAR DE ATENTADO, cabe exatamente quando a parte praticar inovação ilegal no estado de fato de bem ou direito litigioso. Aquela previsão do atentado como cautelar em ação autônoma desapareceu no NCPC para apuração desse ilícito. Mas não desapareceu o atentado, ELE VIROU UM ATO ILÍCITO, um tipo de dever processual. O atentado será punido como se pune outros ilícitos processuais, houve uma simplificação da punição do atentado, ao invés de entrar com processo autônomo somente para apurar e punir o atentado, agora ele é punido como se pune outros ilícitos processuais de forma incidental. O atentado não acabou, continua sendo um ato ilícito e SERÁ PUNIDO INCIDENTALMENTE. O incidente processual, impugnação ao valor da causa, arguição de incompetência relativa e absoluta, etc) não gera uma nova relação processual, ao contrário, de processo incidente (embargos à execução, embargos de terceiro). Quais as punições do atentado? - aplicação de multa para quem cometeu o atentado pagar. Antes tinha previsão de indenização. - consequências do §7 do artigo 77: EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA Para facilitar a compreensão dos conceitos expostos, propomos alguns exercícios para, a partir da lei e da jurisprudência, ser indicado qual o endereçamento de determinada PETIÇÃO INICIAL (ou seja, qual a justiça e o foro competentes para julgar tal causa). 1) Acidente de veículo provocado por carro do Governo Federal. Evento ocorrido em Sorocaba, particular residente em Campinas. 2) Colisão de carros entre particulares. Evento ocorrido em Brasília; autor domiciliado em Goiânia; réu em Luziânia. 3) Ação de alimentos. Filha credora domiciliada em Campo Grande; pai devedor em Cuiabá. 4) Divórcio contencioso. Mulher sai da casa do marido em Londrina e se muda para Curitiba. 5) Usucapião. Autor possuidor de imóvel situado em Florianópolis; réu domiciliado em Joinville. 6) Monitória. Autor residente em Bauru, devedor em Presidente Prudente. 7) Inventário. Falecido era domiciliado em Bento Gonçalves, herdeiros e grande parte dos imóveis, em Porto Alegre. EXERCÍCIOS PARA FIXAÇÃO DA COMPETÊNCIA Para facilitar a compreensão dos conceitos expostos, propomos alguns exercícios para, a partir da lei e da jurisprudência, ser indicado qual o endereçamento de determinada PETIÇÃO INICIAL (ou seja, qual a justiça e o foro competentes para julgar tal causa). 1) Acidente de veículo provocado por carro do Governo Federal. Evento ocorrido em Sorocaba, particular residente em Campinas. RESPOSTAS: AO DOUTO JUÍZO DA ____ VARA FEDERAL DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SOROCABA – SP. – réu é a União: Justiça Federal (Constituição, art. 109, I); – Sorocaba: foro do local da batida (local do fato - NCPC, art. 53, V) – ainda, com base no mesmo art. 53, V, seria também possível ajuizar em Campinas (foro do domicilio do autor ou do local do fato); (competência delegada - assumindo a funçao de Justiça Federal nas localidades onde inexiste tal vara) – se o valor da causa for inferior a 60 salários mínimos, será obrigatória a utilização do JEF (Lei 10.259/2001). 2) Colisão de carros entre particulares. Evento ocorrido em Brasília; autor domiciliado em Goiânia; réu em Luziânia. AO DOUTO JUIZO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE GOIÂNIA-GO – réu é particular: Justiça Estadual; – Goiânia: foro do domicílio do autor(CPC, art. 53, V.). Também seria possível propor a demanda no local da colisão, Brasília (CPC, art. 53, V); – conforme o valor da causa (abaixo de 40 salários mínimos), também seria possível promover a causa no JEC (Lei 9.099/1995). 3) Ação de alimentos. Filha credora domiciliada em Campo Grande; pai devedor em Cuiabá. AO DOUTO JUIZO DA _____.ª VARA (CÍVEL ou FAMILIA) DA COMARCA DE CAMPO GRANDE - MS – não há envolvimento de ente federal: Justiça Estadual; – Campo Grande: foro do domicílio de quem recebe os alimentos (NCPC, art. 53, II – foro de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos); – havendo vara especializada, vara de família e sucessões. 4) Divórcio contencioso. Mulher sai da casa do marido em Londrina e se muda para Curitiba. AO DOUTO JUIZO DA _____.ª VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA COMARCA DE LONDRINA – PR – não há envolvimento de ente federal: Justiça Estadual; – Curitiba: foro da residência da mulher (CPC, art. 100, I) – Londrina: artigo 53, I, a NCPC – se não houvesse na comarca vara especializada, o direcionamento seria à vara cível. Art. 53 NCPC. É competente o foro: I - para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou dissolução de união estável: a) de domicílio do guardião de filho incapaz; b) DO ÚLTIMO DOMICÍLIO DO CASAL, caso não haja filho incapaz; c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal; 5) Usucapião. Autor possuidor de imóvel situado em Florianópolis; réu domiciliado em Joinville. AO DOUTO JUIZO DA ____ VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS - SC – não há envolvimento de ente federal: Justiça Estadual; – Florianópolis: artigo 47 NCPC (foro de situação da coisa – regra geral em casos de direito real imobiliário). Art. 47. Para as ações fundadas em direito real sobre imóveis é competente o foro de situação da coisa. § 1o O autor pode optar pelo foro de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade, vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova. § 2o A ação possessória imobiliária será proposta no foro de situação da coisa, cujo juízo tem competência absoluta. 6) Monitória. Autor residente em Bauru, devedor em Presidente Prudente. AO DOUTO JUIZO DA _____.ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE PRESIDENTE PRUDENTE/SP – não há envolvimento de ente federal: Justiça Estadual – Presidente Prudente: artigo 46 do NCPC (foro do domicílio devedor – regra geral para demandas sobre direito obrigacional/pessoal). Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. § 1o Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles. § 2o Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou no foro de domicílio do autor. § 3o Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro. § 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor. § 5o A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde for encontrado. 7) Inventário. Falecido era domiciliado em Bento Gonçalves, herdeiros e grande parte dos imóveis, em Porto Alegre. AO DOUTO JUIZO DA _____.ª VARA CÍVEL DE BENTO GONÇALVES - RS – não há envolvimento de ente federal: Justiça Estadual; – Bento Gonçalves: foro do último domicílio do falecido (artigo 48 do NCPC) Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: I - o foro de situação dos bens imóveis; II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. EXERCÍCIOS PARA FORMULAÇÃO DO PEDIDO E ATRIBUIÇÃO DE VALOR À CAUSA Para que se fixe o que foi exposto nos dois últimos tópicos (sobre pedido e valor da causa) e para que se perceba a correspondência existente entre ambos, propomos o seguinte exercício: diante de cada caso apresentado, formule o respectivo pedido (neste caso, sendo desnecessários os requerimentos) e indique o valor da causa. 1) ELIS deve pagar a TOM a importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Paga R$ 1.000,00 (mil reais), deixando de pagar o restante. No contrato comina-se a pena de 2% sobre o valor do débito para o inadimplente. Os juros e correção até a propositura da ação somam R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). 2) SANSÃO é casado com DALILA. Após perder o emprego, passa a ser violento, o que torna a convivência insuportável. O casal não possui bens nem filhos. DALILA deseja o afastamento do marido do lar conjugal para evitar futuras agressões. 3) Pretende OLGA receber do marido POLICARPO, a título de pensão alimentícia, importância mensal de R$ 1.000,00 (mil reais) por mês. 4) FLORIANO arrenda uma gleba de DEODORO pelo prazo de 3 (três) anos, pelo valor mensal de R$ 1.000,00 (mil reais). Passados 6 (seis) meses, FLORIANO deixa de pagar duas prestações. DEODORO tem interesse no prosseguimento do contrato e não na retomada do imóvel. 5) Pagas as prestações acima, algum tempo depois FLORIANO novamente volta a inadimplir: deixa de pagar duas prestações e faltam seis até o término do contrato, que tem prazo inferior a 1 (um) ano. DEODORO quer receber o que lhe é devido EXERCÍCIOS PARA FORMULAÇÃO DO PEDIDO E ATRIBUIÇÃO DE VALOR À CAUSA Para que se fixe o que foi exposto nos dois últimos tópicos (sobre pedido e valor da causa) e para que se perceba a correspondência existente entre ambos, propomos o seguinte exercício: diante de cada caso apresentado, formule o respectivo pedido (neste caso, sendo desnecessários os requerimentos) e indique o valor da causa. 1) ELIS deve pagar a TOM a importância de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Paga R$ 1.000,00 (mil reais), deixando de pagar o restante. No contrato comina-se a pena de 2% sobre o valor do débito para o inadimplente. Os juros e correção até a propositura da ação somam R$ 150,00 (cento e cinquenta reais). RESPOSTAS: PEDIDO: Pede-se seja a ré condenada a pagar o valor do principal, acrescido de multa contratual, juros correção, verba honorária e custas processuais (sucumbência). VALOR DA CAUSA: Dá-se à presente o valor de R$ 9.330,00 (nove mil, trezentos e trinta reais) (= R$ 9.000,00 do principal + R$ 180,00 da multa contratual + R$ 150,00, de juros e correção – NCPC, art. 292, I). 2) SANSÃO é casado com DALILA. Após perder o emprego, passa a ser violento, o que torna a convivência insuportável. O casal não possui bens nem filhos. DALILA deseja o afastamento do marido do lar conjugal para evitar futuras agressões. PEDIDO: Pede-se seja o réu afastado da habitação conjugal, de modo a não mais retornar a tal local, salvo mediante autorização judicial, sendo deferida, desde logo, a utilização de força policial, se necessário. (Ex: pedido cautelar de medida protetiva com pleito urgente de separação de corpos – artigos 19, caput, 22 e 23 da Lei 11340/2006 e artigo 305 e seguintes do NCPC – procedimento de tutela cautelar requerida em caráter antecedente). Ex: Trata-se de tutela cautelar de urgência de caráter antecedente de separação de corpos, nos termos do art. 7º, § 1º, da Lei de Divórcio c/c art. 693 e art. 294, ambos do Código de Processo Civil de 2015, cumulada com pedido acautelatório de Alimentos Provisórios, Medida Protetiva e Guarda de Filhos, ajuizada com suporte de fundamento a quebra de deveres do casamento. VALOR DA CAUSA: Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais– fixação voluntária do valor, a critério do autor). Atribui-se à causa o valor de R$ 00.000,00 ( .x.x.x. ), equivalente à pretensão da tutela final (CPC, art. 303, § 4º c/c CPC, art. 292, inc. VI). Art. 303. Nos casos em que a urgência for contemporânea à propositura da ação, a petição inicial pode limitar-se ao requerimento da tutela antecipada e à indicação do pedido de tutela final, com a exposição da lide, do direito que se busca realizar e do perigo de dano ou do risco ao resultado útil do processo. § 4o Na petição inicial a que se refere o caput deste artigo, o autor terá de indicar o valor da causa, que deve levar em consideração o pedido de tutela final. Art. 292. O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será: VI - na ação em que há cumulação de pedidos, a quantia correspondente à soma dos valores de todos eles; 3) Pretende OLGA receber do marido POLICARPO, a título de pensão alimentícia, importância mensal de R$ 1.000,00 (mil reais) por mês. PEDIDO: Diante do exposto requer a condenação do réu ao pagamento da importância mensal de R$ 1.000,00 (mil reais), a título de pensão alimentícia. VALOR DA CAUSA: Dá-se à presente o valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais – 12 vezes uma prestação - artigo 292, III, NCPC). 4) FLORIANO arrenda uma gleba de DEODORO pelo prazo de 3 (três) anos, pelo valor mensal de R$ 1.000,00 (mil reais). Passados 6 (seis) meses, FLORIANO deixa de pagar duas prestações. DEODORO tem interesse no prosseguimento do contrato e não na retomada do imóvel. PEDIDO: Diante do exposto, pede DEODORO seja FLORIANO condenado a pagar as prestações vencidas e as que se vencerem no curso do processo, tudo acrescido de juros, correção monetária, despesas e verba honorária. VALOR DA CAUSA: Dá-se à presente o valor de R$ 14.000,00 (quatorze mil reais – soma de 2 vencidas = R$ 2.000,00 e de 12 vincendas (1000 x12) = R$ 12.000,00) Artigo 292, § 2º do NCPC: O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. 5) FLORIANO deixa de pagar duas prestações (cada prestação de R$ 1.000,00) e faltam seis até o término do contrato, que tem prazo inferior a 1 (um) ano. DEODORO quer receber o que lhe é devido. PEDIDO: Pede-se a condenação do réu no pagamento das prestações vencidas e das que se vencerem no curso do processo, bem como nos juros, correção monetária, custas e honorários. VALOR DA CAUSA: Dá-se à presente o valor de R$ 8.000,00 (oito mil reais – soma de duas vencidas = R$ 2.000,00 e seis vincendas = R$ 6.000,00). Artigo 292, § 2º do NCPC: O valor das prestações vincendas será igual a uma prestação anual, se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 (um) ano, e, se por tempo inferior, será igual à soma das prestações. EXERCÍCIOS TEÓRICOS – DEFESA DO RÉU EXERCÍCIOS DISTINGUINDO AS MATÉRIAS ALEGADAS NO MÉRITO E EM PRELIMINAR Para facilitar a compreensão dos conceitos acima expostos, propomos alguns exercícios para que sejam indicadas, a partir da lei, quais das matérias de defesa a seguir relacionadas são de natureza processual (preliminar) ou material (de mérito). 1) Ação de alimentos da filha, representada pela mãe, em face do pai: a) ausência de procuração; b) citação inválida; c) desemprego do pai; d) ajuizamento anterior de outra ação de alimentos, ainda não julgada; e) pagamento da escola da filha, pelo pai. 2) Investigação de paternidade de filho, em face do pai: a) filho com 17 anos, mas não assistido pela mãe; b) por ser o pai candidato a vereador, demanda ajuizada perante a Justiça Eleitoral; c) filho é parecido fisicamente com o vizinho; d) idêntica ação anteriormente ajuizada, já julgada improcedente com trânsito em julgado; e) mãe nunca havia contatado o pai até o momento em que foi proposta a ação. 3) Indenizatória decorrente de acidente de trânsito proposta por Joao em face de Ricardo: a) ocorrência de prescrição; b) na petição inicial, da narração dos fatos não decorre logicamente a conclusão alegada por Joao; c) os orçamentos de conserto do automóvel são de concessionárias notórias por apresentarem os preços mais elevados da cidade; d) Ricardo não estava dirigindo nem é dono do carro e) não recolhimento das custas iniciais. EXERCÍCIOS DISTINGUINDO AS MATÉRIAS ALEGADAS NO MÉRITO E EM PRELIMINAR Para facilitar a compreensão dos conceitos acima expostos, propomos alguns exercícios para que sejam indicadas, a partir da lei, quais das matérias de defesa a seguir relacionadas são de natureza processual (preliminar) ou material (de mérito). 1) Ação de alimentos da filha, representada pela mãe, em face do pai: a) ausência de procuração; preliminar – defeito de representação (art. 337, IX) b) citação inválida; preliminar – nulidade de citação (art. 337, I) c) desemprego do pai; mérito d) ajuizamento anterior de outra ação de alimentos, ainda não julgada; preliminar – litispendência (art. 337, VI) e) pagamento da escola da filha, pelo pai. mérito 2) Investigação de paternidade de filho, em face do pai: a) filho com 17 anos, mas não assistido pela mãe; b) por ser o pai candidato a vereador, demanda ajuizada perante a Justiça Eleitoral; c) filho é parecido fisicamente com o vizinho; d) idêntica ação anteriormente ajuizada, já julgada improcedente com trânsito em julgado; e) mãe nunca havia contatado o pai até o momento em que foi proposta a ação. 2) a) preliminar – incapacidade de parte (art. 337, IX) b) preliminar – incompetência absoluta (art. 337, II) c) mérito d) preliminar – coisa julgada (art. 337, VII) e) mérito 3) Indenizatória decorrente de acidente de trânsito proposta por Joao em face de Ricardo: a) ocorrência de prescrição; b) na petição inicial, da narração dos fatos não decorre logicamente a conclusão alegada por Joao; c) os orçamentos de conserto do automóvel são de concessionárias notórias por apresentarem os preços mais elevados da cidade; d) Ricardo não estava dirigindo nem é dono do carro e) não recolhimento das custas iniciais. 3) a) mérito (art. 487, II - Artigo 487: Haverá resolução de mérito quando o juiz: II - decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição; Não se trata de matéria processual e sim de direito material, pois não está previsto nos arts. 485 ou 337). b) preliminar – inépcia da inicial (art. 337, IV, e artigo 330, parag.1 III) c) mérito d) preliminar – ilegitimidade (art. 337, XI) e) preliminar – falta de prestação que a lei exige como preliminar (art. 337, XII)
Compartilhar