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Correntes Teológicas da Atualidade 
 
Correntes Teológicas da Atualidade 22-A 
SUMÁRIO 
 
Introdução .................................................................................................... 03 
 
Capítulo 1 — Panorama da Teologia Contemporânea 
 O Impacto do Iluminismo ........................................................... 03 
 A Ascensão do Liberalismo Religioso ........................................... 
 O Confronto Com a Evolução ...................................................... 
 A Bíblia e o Liberalismo .............................................................. 
 Cristologia do Liberalismo .......................................................... 
 A Doutrina de Deus e o Liberalismo ............................................ 
 Escatologia e Liberalismo ........................................................... 
 Teólogos da Ortodoxia ............................................................... 
 A Teologia de 1920-1960 ........................................................... 
 A Teologia Radical dos Anos 1960-1970 ...................................... 
 
Capítulo 2 — Concílio Vaticano II e Teologia 
Católica ................................ 13 
 
Capítulo 3 — Teólogos Contemporâneos Mais Destacados 
.........................14 
 Friedrich Schleiermacher ............................................................ 
 Albert Ritschl ............................................................................. 
 Adolf von Harnack ..................................................................... 
 Wolfhart Pannenberg .................................................................. 
 Karl Barth ................................................................................ 
 Rudolf Bultmann ........................................................................ 
 Teilhard de Chardin ................................................................... 
 Dietrich Bonhoeffer .................................................................... 
 Paul Tillich ................................................................................ 
 Reinhold Niebuhr ....................................................................... 
 Gustavo Gutiérrez ...................................................................... 
 Leonardo Boff ........................................................................... 
 
Capítulo 4 — A Teologia Escriturística........................................................19 
 As Escrituras Sagradas ............................................................... 
 A Trindade ................................................................................ 
 Deus-Pai ................................................................................... 
 Deus-Filho ................................................................................. 
 Deus-Espírito Santo ................................................................... 
 A Criação .................................................................................. 
 O Grande Conflito Entre Bem e o Mal .......................................... 
 A Vida, a Morte e a Ressurreição de Cristo .................................. 
 A Experiência da Salvação .......................................................... 
 A Igreja .................................................................................... 
 O Remanescente e Sua Missão ................................................... 
 Unidade no Corpo de Cristo ........................................................ 
 O Batismo ................................................................................. 
 A Ceia do Senhor ....................................................................... 
 Dons e Ministérios Espirituais ..................................................... 
 O Dom de Profecia .................................................................... 
 A Lei de Deus ............................................................................ 
 O Sábado .................................................................................. 
 Mordomia ................................................................................. 
 Conduta Cristã .......................................................................... 
 O Casamento e a Família ........................................................... 
 O Ministério de Cristo no Santuário Celestial ................................ 
 A Segunda Vinda de Cristo ......................................................... 
 Morte e Ressurreição ................................................................. 
 O Milênio e o Fim do Pecado ...................................................... 
 A Nova Terra ............................................................................. 
 
Conclusão ...................................................................................................... 25 
 
Apêndice 1 — Verbetes Para Ler Teologia Contemporânea ........................ 25 
Bibliografia .................................................................................................... 33 
INTRODUÇÃO 
 
 Ao abordarmos um assunto como teologia contemporânea, alguns talvez fiquem 
duvidosos da pertinência de ocupar-nos com muitos pensadores modernos cuja 
abordagem dista muitas vezes frontalmente da teologia bíblica. Não poderíamos 
ignorá-los, e deixá-los em paz cuidando de suas próprias especulações e invenções, 
enquanto levamos a efeito nossa tarefa como pensadores genuinamente cristãos, sem 
fazermos referências a eles? A resposta só pode ser ―não‖. 
 Eis pelo menos duas razões: 
1. Precisamos ter conhecimento dos maiores pensadores teológicos do nosso 
tempo. Não devemos ignorar os pontos de vista sustentados por outros, para termos 
uma visão global da questão. 
2. Podemos aprender muitas lições importantes, até mesmo da parte de pessoas 
com as quais discordamos. Às vezes elas tocam em problemas negligenciados ou 
para os quais não se chamou a devida atenção. 
 
 
CAPÍTULO I 
 
PANORAMA DA TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA 
 
 A teologia moderna parece um verdadeiro labirinto. E tão complexo é este 
labirinto que poucas pessoas conseguiram penetrar suas passagens intricadas. 
Especialmente para os não iniciados, a tarefa de entender as muitas escolas de 
teologia cristã contemporânea parece desnorteante, na melhor das hipóteses. Mesmo 
assim é essencial para se ter uma fé cristã sólida, não somente compreender estas 
teologias atuais como também oferecer uma crítica sadia que conduza à edificação de 
uma teologia positiva. 
 Enfocamos e discutimos aqui seis fenômenos de importância relacionados com a 
compreensão do quadro teológico atual, principalmente as tensões teológicas das 
últimas décadas. Embora a proposta do módulo seja fazer um levantamento da 
teologia moderna desde Schleiermacher, aindaassim é necessário fazer um 
levantamento da paisagem teológica dos anos anteriores. 
 
O Impacto do Iluminismo 
 Foi durante os séculos dezessete e dezoito que emergiu a abordagem moderna 
característica à maioria das ciências e disciplinas universitárias. Isto aconteceu com 
maior ênfase no iluminismo ou filosofia das luzes (al. Aufklärung e o 
ingl. Enlightenment), movimento filosófico do séc. XVIII que se caracterizava pela 
 
 
confiança no progresso e na razão, pelo desafio à tradição e à autoridade e pelo 
incentivo à liberdade de pensamento. Foi um período de intensa autoconsciência da 
metodologia para todas as matérias. Havia uma desconfiança geral da tradição, dos 
costumes, da antigüidade e da autoridade, e eram premiados o ceticismo, a razão e a 
análise. 
 O impacto do iluminismo sobre a mente moderna e, portanto, sobre a teologia, 
pode ser discernido em muitas áreas, das quais podemos citar: 
 Historicismo. Os cânones da história científica (freqüentemente chamada 
historiografia) foram refinados durante o iluminismo junto com os mais elevados 
padrões para a exatidão e objetividade históricas. Isso levou a um constante 
questionamento da integridade e credibilidade histórica das matérias históricas da 
Bíblia. 
 Cientismo. Atitude segundo a qual os métodos científicos devem ser estendidos 
sem exceção a todos os domínios da vida humana, inclusive ao estudo da fé. Para a 
mentalidade iluminista isto significava que, onde as Escrituras entram em conflito com 
a ciência moderna — geologia, astronomia e biologia em especial — então a Escritura 
deve ceder lugar à ciência. Ou seja, sempre que a Bíblia retratar o universo de modo 
contrário ao conceito mundial do cientismo ou descrever eventos que ultrapassem o 
natural, o homem moderno deve escolher a ciência em preferência à Escritura. 
 Criticismo. Descobriu-se que muitos manuscritos dos períodos medieval e 
clássico, os quais alegavam ser autênticos e fidedignos realmente não o eram. Como 
conseqüência, todos os documentos do passado passaram a ser cuidadosamente 
perscrutados quanto à autenticidade, exatidão e fatualidade. Essa mentalidade fez 
com que as Escrituras fosse sujeitadas ao mesmo escrutínio. Surgiu daí a hipótese 
documentária relativamente ao Pentateuco, passou-se a questionar a autoria dos 
evangelhos bem como do livro do profeta Isaías.[1] 
 Racionalismo. Racionalismo é o método de observar as coisas baseado 
exclusivamente na razão, considerada como única autoridade quanto à maneira de 
pensar e/ou de agir. Os deístas foram os pioneiros na teologia que esposaram o dito 
de que a razão é teste de toda verdade, inclusive da verdade religiosa. Antes deles, os 
fundadores da filosofia moderna adotaram esse ponto de vista, conquanto ainda 
acreditassem em Deus. Essa confiança na razão foi resumida por Kant nas suas três 
grandes ―críticas‖, nas quais argumentou que a razão é rainha na ciência ou no 
conhecimento; na ética e na religião; na beleza ou na estética. Se é assim, os teólogos 
devem sujeitar os mistérios insondáveis da fé cristã à razão. As doutrinas que não 
podem ser explicadas à luz da razão humana devem ser descartadas por não serem 
tópicos teológicos viáveis. 
 Toleracionismo. As grandes descobertas do século dezesseis revelaram existir 
outras culturas além da européia, com suas religiões peculiares. Isso levou à idéia de 
que é preciso admitir a existência legal de diversas religiões. Nenhuma religião deve 
reivindicar para si só a exclusividade da verdade total. A tolerância é a virtude 
suprema da religião, ao passo que o dogmatismo é a atitude mais repreensível. Essa 
implicação tende para o ecumenismo não somente das comunhões cristãs, mas 
também das religiões do mundo. 
 Otimismo. A mentalidade do iluminismo já não acredita na doutrina pessimística 
do pecado original. O progresso da humanidade, os avanços da ciência e da 
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1473155846504047435#_ftn1
tecnologia, o melhor conhecimento da psicologia e da sociologia, tudo indica que a 
raça humana está em curva ascendente. Tudo corre no mundo do melhor modo 
possível, tudo vai bem. Doutrinas sombrias a respeito do homem e desta vida como 
fardo, transportar cruz, cederam lugar a conceitos mais otimistas dos poderes do 
homem e da alegria e vitalidade da vida aqui e agora. 
 Kantismo. Além destas ênfases importantes do iluminismo, a matriz de onde se 
desenvolveu a teologia moderna, o idealismo transcendental do filósofo alemão 
Immanuel Kant (1724-1804) requer menção especial. Em muitos aspectos, Kant foi o 
fundador teórico do liberalismo religioso, porque grande número de teólogos liberais 
edificou diretamente sobre a filosofia kantiana ou sobre alguma versão dela. Segundo 
ele, os objetos da metafísica e da religião não podem ser conhecidos racionalmente; a 
moral precisa ser fundamentada em imperativos categóricos gerados pela razão 
prática. Ao assim fazer, deu à religião uma forte interpretação ética, que tem sido uma 
característica do liberalismo religioso a partir de então até o tempo presente. 
 
 
 
A Ascensão do Liberalismo Religioso 
 Podemos definir liberalismo religioso em sentido lato como sendo o esforço para 
reformular a fé cristã em harmonia com o iluminismo e a partir das perspectivas do 
iluminismo. 
 Schleiermacher. A Teologia Contemporânea nasce sob as hostilidades de 
teólogos liberais e neo-ortodoxos. Muitos indicam Friedrich Schleiermacher (1768-
1834) como o pai da Teologia Moderna. Schleiermacher formulou uma teologia à luz 
do Romantismo. Quando o Romantismo passou de moda, a teologia de 
Schleiermacher passou também. Mesmo assim, ele deixou uma marca que dura até 
hoje. O pioneiro na reconstrução da teologia mediante o uso de uma base filosófica 
articulada foi Schleiermacher. Ele trabalhou com diferentes aspectos do idealismo 
filosófico alemão para criar uma teologia aceitável à mentalidade iluminista. O exame 
de três conceitos filosóficos básicos demonstrará como a filosofia está operante na 
sua teologia: 
1. A religião diz respeito essencialmente ao sentimento, entendido aqui como 
aquele senso existente dentro do homem quanto à sua continuidade com o espírito do 
universo e sua união com Deus. 
2. Esse sentimento é um sentimento de dependência total de Deus. 
3. Esse sentimento pode ser expresso em níveis de consciência. O pecado é em 
essência a consciência sensual. 
 O modo subjetivo como Schleiermacher entende a religião tem implicações de 
alcance considerável. Em primeiro lugar é um ataque contra a ortodoxia dogmática 
expressa em credos. Em segundo lugar, todas as doutrinas cristãs ou são 
reconstruídas a fim de se conformarem com estes critérios filosóficos, ou são 
eliminadas. A localização da fé já não se acha naquilo que Deus diz (a revelação 
divina) nem naquilo que Deus faz (a redenção na história), mas primariamente naquilo 
que o homem sente e experimenta. Em terceiro lugar, o centro de gravidade do 
cristianismo encontra-se agora na experiência do cristão e não naqueles atos 
soberanos de graça e revelação realizados por Deus na história. 
 Schleiermacher não iniciou uma escola teológica no sentido técnico do termo, 
mas foi uma inspiração para muitas escolas. Uma destas era conhecida como escola 
da teologia da mediação (Vermittlungstheologie), e contava com os seguintes 
membros: Flücke, Neander, Nitsch, Tholuck, Lange. Dorner, Rothe, Martensen e 
Beyschlag. 
 Hegel. Depois de Kant, a filosofia sofreu tremenda influência de Georg W. 
Friedrich Hegel (1770-1831), contemporâneo de Schleiermacher que trabalhava no 
corpo docente da mesma universidade. A grande contribuição de Hegel à filosofia foi a 
de que a história levava consigo seu próprio significado. A própria história estava 
passando por um processo de evolução racionale cultural, que atuava do simples 
para o complexo, tracionado pela dialética, que forçava todos os elementos da cultura 
para frente e para cima. 
 A influência de Hegel estendeu-se à crítica bíblica e à teologia. No campo da 
crítica bíblica, Julius Wellhausen (1844-1918) e seus seguidores do Antigo Testamento 
e Ferdinand Christian Baur (1792-1860), chefe da escola de Tübingen, e seus 
seguidores do Novo Testamento procuraram reconstituir a história bíblica usando 
como ponto de apoio a filosofia hegeliana da história. Wellhausen considerava os 
livros bíblicos etapas da evolução gradual da antiga religião judaica. Baur interpretava 
a história do cristianismo primitivo como uma evolução dialética. 
 Um dos teólogos hegelianos bem conhecidos foi A. E. Bierdermann (1819-1885). 
De comum acordo com os hegelianos, Bierdermann fazia distinção entre o ―princípio 
de Cristo‖ e o ―Cristo histórico‖. O princípio de Cristo era a união entre Deus e o 
homem ou a união no Deus-homem. Este princípio atingiu sua manifestação mais 
elevada em Jesus, mas não temos necessidade do Jesus histórico, pois a humanidade 
pode viver segundo o princípio de Cristo. 
 Outro hegeliano digno de nota foi P. K. Marheineke (1780-1846), pelo fato de 
alguns estudiosos acreditarem que Karl Barth derivou dele a noção de que a revelação 
é um encontro ou experiência, e não uma comunicação da verdade divinamente 
revelada. Percebe-se que a influência de Hegel foi mais sentida entre os críticos do 
Antigo e do Novo Testamentos do que entre teólogos. 
 Coleridge. Outro teólogo que demonstra sua clara influência da filosofia sobre 
seu pensamento foi Samuel Taylor Coleridge (1772-1834). Embora tecnicamente 
Coleridge fosse poeta e homem de letras e não teólogo, grande foi o impacto que 
causou sobre a teologia inglesa e norte-americana. Ele estudou na Alemanha, de onde 
trouxe para a Inglaterra o idealismo filosófico que imperava na Alemanha naquela 
época, com sua interpretação liberal do cristianismo. Resumiu tudo isto no seu 
livro Aids to Reflection (1825). 
 Ritschl. O nome de Albrecht Ritschl (1822-1889) também consta em destaque 
no rosto da teologia liberal. Protestante liberal, propôs novo sistema teológico para o 
luteranismo, em que ressaltou o conteúdo ético-social da doutrina. Para ele, a teologia 
deve ocupar-se com julgamentos de valores. Para os cristãos fundamentalistas, 
porém, a teologia é tanto um julgamento histórico como um julgamento de valores. 
Dois teólogos ritschlianos de destaque foram Wilhelm Herrmann (1846-1922) e Ernst 
Troeltsch (1865-1923). 
 Bushnell. O liberalismo deitou raízes e cresceu no Estados Unidos da América 
no século dezenove. Dentro da história da teologia liberal norte-americana deste 
século, destaca-se o nome de Horace Bushnell (1802-1076). Foi pastor-teólogo que 
estava sempre se movimentando e alterando com as disposições de ânimo da 
teologia. Foi influenciado por Coleridge, pelo idealismo alemão e pelo conceito da 
Trindade sustentado por Schleiermacher. Por haver dado ênfase ao conceito de que 
as crianças devem ser educadas para o cristianismo ao invés de serem evangelizadas 
para ele, é chamado o pai da educação religiosa. Alguns o consideram o verdadeiro 
fundador do liberalismo teológico americano.[2] 
 Outra faceta da teologia liberal especialmente típica do liberalismo norte-
americano é o assim chamado ―evangelho social‖. Ritschl tinha redefinido a Igreja e o 
Reino de Deus em termos fortemente éticos. A máxima suprema era a ética do amor 
conforme Jesus a ensinava, e a igreja se compunha daqueles que aceitavam esta 
ética. Espalhar esta ética em toda a sociedade era estender o reino de Deus. Havia 
nestas teses o embrião do que mais tarde haveria de ser chamado o Evangelho 
Social. 
 
O Confronto Com a Evolução 
 Chama-se evolução ―a teoria baseada na idéia de que as espécies animais e 
vegetais sofrem modificações graduais ao longo das gerações, que levam ao 
surgimento de raças e espécies novas.‖[3] 
 Até o século XVIII, o mundo ocidental aceitava a doutrina do criacionismo, 
segundo a qual cada espécie, animal ou vegetal, tinha sido criada independentemente, 
por ato e obra de Deus. O pesquisador francês Jean-Baptiste Lamarck foi dos 
primeiros a negar esse postulado e a propor um mecanismo pelo qual a evolução se 
teria verificado. O evolucionismo encontrou, porém, seu principal proponente e mais 
forte defensor em Charles Darwin (1809-1882). 
 O filósofo Hegel havia ensinado a existência de uma evolução filosófica, e agora 
este cientista inglês postula a teoria da evolução das espécies. Para muitos teólogos 
evangélicos, isto parecia conflitar frontalmente com os registros do Gênesis, 
especialmente quando combinado com a teoria uniformitária da geologia anunciada 
pelo geólogo britânico Sir Charles Lyell (1797-1875). A geologia uniformitária e a 
evolução biológica pareciam contradizer abertamente a teologia ortodoxa em questões 
tais como a criação, um Adão original, uma Queda histórica e a depravação total do 
gênero humano. 
 Outro aspecto do evolucionismo de relevância para a teologia e os estudos da 
Bíblia é que os teólogos liberais passaram a empregar a teoria da evolução não 
somente para explicar fenômenos biológicos, mas também como parte de sua 
cosmovisão. Entendiam que a religião, bem como a Bíblia, à semelhança da biologia, 
também passaram por um desenvolvimento do simples para o complexo. Esta atitude 
se refletiu nas suas teorias da alta crítica e nas suas reconstruções da história bíblica. 
Os liberais rejeitaram as doutrinas históricas da Queda, do pecado original e da 
depravação total. Outros adotaram a idéia de que o homem caiu ―para cima‖. Outros 
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1473155846504047435#_ftn2
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1473155846504047435#_ftn3
ainda tentaram conciliar a criação com a evolução, de onde surgiu o evolucionismo 
teísta. 
 
A Bíblia e o Liberalismo 
 O iluminismo, além de pressionar os teólogos no sentido de buscarem uma nova 
base para a fé cristã, com raízes filosóficas, forçou também os teólogos a enfrentarem 
os estudos críticos ocorridos nas pesquisas históricas nas disciplinas seculares. 
 Alta Crítica. A aplicação de métodos literários críticos às Escrituras, aliada aos 
estudos históricos críticos acabou desembocando naquilo que recebia o nome de ―a 
alta crítica‖. Enquanto a baixa crítica se dedicava ao estudo do texto da Escritura e do 
problema das variações textuais, a alta crítica se devotava ao estudo da autoria, da 
data, da razão para a composição, da unidade literária do livro e quaisquer outros 
problemas levantados pelo livro. 
 Pelo fato de a alta crítica questionar tanto os conceitos tradicionais a respeito da 
Bíblia, logo ficou conhecida como atividade característica dos teólogos liberais. Até 
hoje, a expressão Alta Crítica é tomada num sentido negativo por muitos. O problema, 
porém, não é com a crítica propriamente dita, mas com a forma como é usada para 
subverter a integridade das Escrituras e, assim, o programa ortodoxo inteiro da 
teologia. 
 O que deu destaque à alta crítica, além, dos estudos levados a efeito em 
universidades e faculdades, foram os casos famosos de processos eclesiásticos por 
heresia e a decorrente publicidade que os acompanhava na imprensa popular. 
Podemos citar aqui três. O primeiro foi o caso do bispo J. W. Colenson, excomungado 
pela Igreja da Inglaterra em 1866 por ter escrito um livro — The Pentateuch and the 
Book of Joshua Critically Examined — no qual defendia a hipótese documentária. O 
segundo caso foi o de William Robertson Smith, processado e removido de sua 
cátedra em Aberdeen em 1881 por causa dos artigos heterodoxos sobre o Antigo 
Testamento, expressos na nona edição da Encyclopedia Britannica.O terceiro caso foi 
o de C. A. Briggs, suspenso da Igreja Presbiteriana pela Assembléia Geral em 1893 
por seguir a alta crítica nos seus conceitos sobre Antigo Testamento. 
 À medida que crescia o liberalismo, o fundamentalismo — ou seja, o movimento 
em reação que procurava radicalizar a ideologia bíblica e evitar a desvirtuação de seus 
princípios — unificou-se e articulou-se. De um lado o liberalismo argumentava que as 
Escrituras eram sujeitas a forças humanas comuns na sua composição; de outro lado 
o fundamentalismo alegavam que a inspiração divina tornava a Bíblia inerrante. 
 Hoffmann e o Conservadorismo. Nem todos os teólogos do século dezenove, 
porém, atacaram as Sagradas Escrituras. Um dos esforços favoráveis foi a obra de 
J.C. K. Von Hoffmann (1810-1877) e da escola da Universidade de Erlangem. Von 
Hoffmann fundamentava-se em duas principais teses: (1) A Bíblia é essencialmente o 
registro da história da salvação; (2) o homem se apropria desta história salvífica 
mediante uma fé viva em Cristo e na regeneração. 
 Realismo Bíblico e Meio-Termo. Um segundo movimento que buscava 
conservar o valor teológico das Escrituras enquanto admitia certa medida de crítica 
bíblica ficou conhecido como ―realismo bíblico‖. Embora seus proponentes fossem 
principalmente alemães, havia representantes na Inglaterra (C. H. Dodd, James 
Denney, W. Manson, T. W. Manson) e nos Estados Unidos (Moses Stuart, John A. 
Broadus, Sampey, A. T. Robertson). Um realista bíblico era um estudioso que 
acreditava que, apesar da forma da composição literária e dos problemas críticos a ele 
associados, a Bíblia continuava sendo a Palavra de Deus. A maior herança do 
realismo bíblico do século dezenove é o alentado Theological Dictionary of the New 
Testament, em nove volumes, editado por Gerhard Kiteel e G. Friedrich. 
 A antiga escola de Princenton, nas pessoas de A. A. Hodge e Benjamin Warfield, 
elegeu a doutrina da inspiração como a linha divisória entre a teologia ortodoxa e 
liberal. Eles mesmos defendiam a inspiração plenária e verbal das Escrituras bem 
como sua total inerrância. Esse ponto de vista foi finalmente adotado por grande 
círculo de pessoas fora dos arraiais presbiterianos. Embora os escritos de Warfield 
sobre inspiração tenham sido os mais autorizados entre os fundamentalistas, a obra 
do teólogo suíço L. Gaussen (1790-1863) também exerceu considerável influência. 
Outros que merecem destaque foram James Orr da Escócia e Abraham Kuyper da 
Holanda. 
 
Cristologia do Liberalismo 
 Uma das decorrências naturais da subversão histórica dos evangelhos foi a 
subversão da cristologia histórica. Criou-se o problema ―Jesus versus Cristo‖. Ou seja, 
até que ponto o Cristo da teologia sistemática é realmente o Jesus da história? Ou 
será que a crítica sinóptica subverteu de tal forma a confiabilidade histórica dos 
evangelhos que não se pode obter deles nenhuma matéria cristológica? Alguns, como 
os ritschlianos consideravam as afirmações da preexistência, divindade e encarnação 
de Cristo como reflexões de conceitos metafísicos gregos sem qualquer lugar 
justificável na teologia cristã. Isto levou a cristologia do liberalismo a, via de regra, 
negar sistematicamente as doutrinas históricas da divindade de Cristo, da encarnação 
e da natureza teantrópica. Para os liberais, Cristo não é Deus, mas somente um 
grande Exemplo arquetípico, que os cristãos devem imitar. 
 Essa redução é vista nas famosas preleções de Adolf von Harnac (1851-1930), 
teólogo alemão nascido na Estônia e uma das figuras mais destacadas do 
protestantismo de caráter liberal. adotou o método histórico-crítico para seus estudos 
teológicos. 
 Cristologia Quenótica. Outra espécie de cristologia que foi alvo de muita 
discussão foi a cristologia quenótica, baseada no verbo grego de Filipenses 2:7 
(kenoo, ―esvaziar-se‖). A questão que se impunha era uma só: Cristo se esvaziou dos 
seus atributos divinos naturais, tais como a onipotência, a onipresença e a onisciência, 
mas conservou seus atributos espirituais ou pessoais, tais como amor, santidade, 
justiça, bondade etc. Os que defendiam a cristologia quenótica defendiam o ponto de 
vista de que o Senhor realmente se esvaziou de seus atributos naturais. Thomasius e 
Gess defenderam essa posição, bem como Charles Gore na Inglaterra. Um dos livros 
mais famosos sobre o assunto foi o de Martin Kähler, The So-Called Historical Jesus 
and the Historic Biblical Christ. 
 
A Doutrina de Deus e o Liberalismo 
 À proporção que a doutrina ortodoxa de Deus e da Trindade sofria erosão na 
teologia liberal, envidaram-se novos esforços para reformular a doutrina de Deus ou 
teologia propriamente dita. 
 Panteísmo e Panenteísmo. A teologia liberal começou a erodir esta doutrina 
com o panteísmo (―Deus é todas as coisas‖) de Schleiermacher. Depois, para 
ressaltar a imanência de Deus sem cair no panteísmo, a opção foi o panenteísmo 
(―Deus está todas as coisas‖). 
 Deus Sentimental. Um segundo desvio igualmente perigoso foi o impacto da 
teologia ética sobre a teologia cristã. O resultado foi uma sentimentalização do 
conceito de Deus. O Pai Celestial é um Deus por demais misericordioso para castigar 
os maus nesta vida ou num inferno futuro, sequer para permitir que Cristo levasse 
sobre Si inocentemente os pecados do mundo. Deus é um deus politicamente correto, 
sem a severidade ou fibra moral do modo histórico e ortodoxo de entender a 
Divindade. 
 Unitarismo. O terceiro afastamento da linha tradicional foi a visão unitarista da 
Divindade. Deus já não é uma trindade, três pessoas num só Deus: Pai, Filho e 
Espírito Santo; mas um Deus unitário. No século dezenove o unitarismo foi defendido 
por James Martineau (1815-1900) .A negação do trinitarismo nos EUA teve suas 
raízes no racionalismo do século dezoito e emergiu como denominação no século 
dezenove. Seu centro acadêmico foi a Universidade de Harvard. 
Teísmo Empírico. Outro produto do repensamento da doutrina de Deus ficou 
sendo conhecido como teísmo empírico. Os teístas empíricos se propuseram a 
desenvolver a teologia a partir dos dados da experiência religiosa. O mais famoso 
entre estes esforços na Grã-Bretanha foi a obra de Frederick R. Tennant (1866-1956), 
cuja Philosophical Theology foi considerada a maior defesa empírica do cristianismo 
de seu tempo. Nos Estados Unidos o defensor principal foi Douglas C. Mackintosh 
(1877-1948) com a obra Theology as an Empirical Science. Outros porta-vozes do 
movimento foram John Cobb, Normann Pittenger e Schubert Ogden. 
 
Escatologia e Liberalismo 
 Dispensacionalismo. O século dezenove e a primeira parte do século vinte 
foram ricos em escatologia, tanto do lado conservador quanto do lado liberal. Embora 
sem grande estatura teológica, os escritos de J. N. Darby (1800-1882) têm exercido 
enorme influência sobre evangélicos, fundamentalistas e até mesmo pentecostais. Seu 
sistema dispensacionalista foi codificado com algumas alterações na Bíblia de 
Referência Scofield, especialmente na segunda edição. Popularizando-se essa versão 
bíblica comentada, espalhou-se a idéia dispensacionalista, cuja escatologia básica vê 
grande significação profética na restauração de Israel. 
 Questões Milenistas. A discussão da escatologia dispensacionalista, porém, é 
apenas a ponta do iceberg. Por quase dois séculos, teólogos conservadores e liberais 
vêm lutando entre si sobre a questão do tempo da implantação do reino e que se 
subdivide nas seguintes escolas: milenista (Cristo reina agora na igreja), pós-milenista 
(a igreja ganhará o mundo para Cristo pelo poder do espírito; depois, Cristo virá) e pré-
milenista (Cristo virá pessoalmente para estabelecer seu reino). 
 Universalismo Soteriológico. O século dezenove também foi umséculo de 
universalismo soteriológico. O raciocínio é o seguinte: Adão levou toda a raça humana 
à condenação, Cristo, o segundo Adão, leva a raça inteira para a salvação. Se Cristo 
morreu por todas as pessoas, então todos serão salvos, até mesmo os pagãos. 
 Duas eram as plataformas básicas do liberalismo em sua escatologia. De um 
lado, o reino de Deus como conceito ético e estreitamente vinculado ao Evangelho 
Social; do outro, a doutrina da imortalidade pessoal. 
 
 
 
Os Teólogos da Ortodoxia 
 Embora a referência freqüente seja aos teólogos liberais, é forçoso reconhecer 
que há uma corrente ininterrupta de teólogos ortodoxos desde os tempos do século 
dezessete até o presente. 
 Um movimento de orientação ortodoxa digno de menção no século dezenove, 
surgido dentro do anglicanismo, ficou conhecido como Movimento de Oxford 
(universidade onde teve sua origem) ou Movimento Tractariano (dos Tracts for the 
Times, que publicava). O líder foi John Henry Newman (1801-1890). Em 1945 
Newman converteu-se ao catolicismo. Outros da Igreja Anglicana que levaram avante 
o movimento foram E. B. Pusey (1800-1882) e H. P. Liddon (1829-1890). 
 Na Holanda Abraham Kuyper (1837-1920), ortodoxo calvinista, inspirou uma 
nova escola de ortodoxia. Nos Estados Unidos a defesa da ortodoxia foi feita pela 
antiga escola de Princenton, fundada sob a liderança de Archibald Alexander (1772-
1851). Entre seus nomes mais famosos, encontramos os Hodges (Charles, Archibald e 
Caspar), William Green, B. B. Warfield e J. Gresham Machen. Entre os teólogos do 
início do século vinte, vale destacar P. T. Forsyth (1848-1921), estudioso sui generis, 
que recebeu o nome de o Barth antes do Barth. 
 
A Teologia de 1920-1960 
 O livro Commentary on Romans de Barth assinalou o início de uma nova era na 
teologia: a neo-ortodoxia. Embora a teologia liberal não tivesse morrido, pelo forte 
impacto exercido nos EUA em especial, a obra de Barth foi o pontapé inicial para a 
emergência de uma nova geração de teólogos — homens como Bultmann, Emil 
Brunner (1889-1966), Hein, Tillich, Gogarten, Thielecke, Wingren, Ferré, Torrance, 
Weber e os Niebuhrs. Todos tentaram reafirmar os temas centrais da Reforma 
protestante em oposição às teologias liberais. 
 As principais características da teologia neste período são: 
1.Desafio ao programa liberalista. 
2.Retomada dos escritos dos reformadores. 
3.Reafirmação da revelação 
4.Influência mista da filosofia 
5.Intensa influência bíblica 
 
 Neo-liberalismo. Apesar de tudo, a neo-ortodoxia não conseguiu se livrar 
inteiramente da influência do liberalismo teológico. Não podemos dizer que houve um 
retorno ao conceito da Bíblia sustentado pela Reforma, como única regra infalível e 
autorizada de fé e prática. Embora a Bíblia seja considerada normativa, não o é no 
sentido histórico de sua autoridade divina. O conceito liberal de que a revelação era 
antes de tudo introspeção ou experiência, e não um fato dogmático e doutrinário, não 
foi inteiramente repudiada. A idéia liberal de que a essência do cristianismo acha-se 
primariamente na experiência ou no encontro existencial, em vez de na Palavra de 
Deus e em Cristo é ainda adotada por muitos. Finalmente o universalismo 
soteriológico não foi de todo abandonado. 
 
A Teologia Radical dos Anos 1960-1970 
 ―Se a teologia contemporânea é como um rio impetuoso e lodacento, conforme 
realmente é, surge naturalmente uma pergunta pertinente: Como é que veio a ser tão 
turbulenta e barrenta? Uma pergunta correlata também se impõe: Quais eram os 
afluentes nalgum lugar rio acima que se derramaram naquilo que agora çé uma 
inundação turbulenta? Uma resposta exaustiva a estas perguntas exigiria um estudo 
que remontasse até as profundezas mais remotas da civilização humana e revirasse 
os vastos recursos da erudição especializada. Mas pelo menos temos o direito de 
dizer que, no passado mais recente, a influência possante de quatro homens têm 
convergido para engrossar este rio.‖ [4] São eles Rudolf Bultmann, Teilhard de 
Chardin, Dietrich Bonhoeffer e Paul Tillich‖ (ver biografia resumida nos capítulos 
seguintes). 
 A Teologia Secular. O desenvolvimento daquilo que é popularmente conhecido 
como teologia secular é um paralelo da secularização radical da vida que chegou à 
sua plenitude em fins da década de 1950. 
São numerosas as causas da emergência dessas formas seculares de teologia: 
de um lado as conquistas assombrosas da tecnologia assinalavam a crescente 
capacidade do homem controlar muitos aspectos de sua existência; de outro lado, esta 
mesma tecnologia tinha uma incapacidade paradoxal de lidar com elementos obscuros 
e ocultos da existência humana. Este último fato produzia uma sensação de 
desespero e alienação da parte do grupo mais jovem de teólogos. Aliado a esta 
sensação de frustração havia um crescente sentimento de que o cristianismo 
convencional era irrelevante à era emergente. Havia ainda o ofuscamento da linha 
divisória entre o sagrado e o profano. Sem contar com as amargas reflexões da 
Segunda Guerra Mundial. 
 A Teologia da Morte-de-Deus. Foi nessa época que surgiu um movimento da 
ala esquerda conhecido como a teologia da morte-de-Deus. Seus principais 
proponentes foram Thomas J. J. Altizer, William Hamilton, Gabriel Vahanian e Paul 
van Buren. Os teólogos do ―Deus está morto‖ (frase retirada do livro Assim Falava 
Zaratustra, publicado quase um século antes por Friedrich Nietzsche (1844-1900)) 
apareceram como meteoros no céu religioso e, embora seus pontos de vista não 
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1473155846504047435#_ftn4
tivesse solidez e fossem efêmeros, serviu para preparar a mente das pessoas para 
formulações da teologia menos convencional. Os principais arquitetos da teologia 
secular foram Bonhoeffer, Harvey G. Cox, John Macquarrie. 
 A Teologia da Esperança. Em reação ao movimento da morte de Deus ocorrido 
na década de 1960, surgiram os teólogos da esperança. Também chamada 
futurologia, a teologia da esperança é um modo de encarar a teologia e as 
preocupações teológicas da perspectiva do futuro e não do passado ou do presente. A 
realidade ainda não é; está orientada para o futuro. A questão da existência de Deus 
só poderá ser respondida no futuro. Filosoficamente, esta teologia acha suas origens 
idéias de Ernst Bloch, professor da Universidade de Tübingen (―ainda não‖). O 
fundador desse tipo de teologia foi o alemão Jurgen Moltmann, que traçou suas linhas 
programáticas em seu famoso livro Theologie Der Hoffring (Teologia da Esperança). 
Ultimamente, o padre Schillebierckx tornou-se um zeloso seguidor da Teologia da 
Esperança, uma nova interpretação da mensagem Cristã, que adota como princípio 
hermenêutico exatamente a esperança. Três líderes destacados no novo movimento 
são os teólogos alemães Jürgen Moltmann (Reformado), Wolfhart Pannenberg 
(Luterano) e Johannes Metz (Católico romano). A teologia da esperança foi articulada 
nos Estados Unidos por dois teólogos luteranso: Carls Braaten e Robert Jenson. No 
Brasil o representante é Rubem Alves, que levou a coisa mais um passo adiante: em 
vez de esperar até que o futuro agarre o homem no presente (humanismo 
messiânico), o homem deve agarrar o futuro para si mesmo (messianismo humanista). 
 A Teologia do Processo. Um movimento de grande alcance, talvez o maior 
movimento, na teologia contemporânea é a teologia do processo. Segundo essa 
teologia, a realidade não é estática e substancial, e sim dinâmica e processual. Aquilo 
que é real, inclusive Deus, não é composto de essências imutáveis, mas de atividades 
mutáveis. É essencialmente panenteísta, ou seja, Deus está no mundo. O problema 
deste conceito de Deus é que o reduz a uma criatura. O Deus das Escrituras é 
imutável e transcendente, embora se faça imanente por amor às suascriaturas. O 
precursor mais antigo da teologia de processo é Samuel Alexander, em Space, Time 
and Deity (1920), embora as honras sistemáticas pertençam decididamente a Alfred 
North Whitehead (Processo and Reality, 1929). A teologia de processo seguiu duas 
direções principais desde Whitehead: a empírica e a racional. A primeira destas ênfase 
é achada em Bernar Loomer, Bernard Meland, e Henry Weiman; o campeão da 
segunda delas Charles Hartshorne é talvez o mais relevante dos teólogos de processo 
desde Whitehead, dentro da corrente racional, seguido por John Cobb e Schubert 
Ogden. 
 Os mais destacados proponentes dessa teologia e suas diversas variações são 
John Cobb, Nelson Pike, Schubert Ogden. 
 A Teologia da Libertação. A experiência cotidiana das comunidades cristãs 
latino-americanas que combatem as injustiças econômicas, sociais, culturais e 
políticas, está na origem da chamada teologia da libertação. 
 A teologia da libertação constitui uma nova interpretação da mensagem 
evangélica, à luz da injustiça social. Apesar do nome, não é propriamente uma 
teologia, no sentido de política, surgido na Europa na década de 1970, depois que o 
Concílio Vaticano II (1962-1965), examinou o problema das relações entre a igreja e o 
mundo moderno. A característica mais inovadora do movimento foi encarar os 
problemas políticos como base para a interpretação dos textos bíblicos. 
 Reunida na cidade colombiana de Medellín, em 1968, a Conferência Episcopal 
Latino-Americana (Celam) foi o grande impulso da teologia da libertação. Analisando a 
situação social do continente, os bispos consideraram que a igreja tinha como missão 
continuar a obra de Cristo, enviado ao mundo para "libertar todos os homens de todo 
tipo de escravidão a que os tenha sujeitado o pecado, a ignorância, a fome, a miséria, 
a opressão e, numa palavra, a injustiça e o ódio, que têm sua origem no egoísmo 
humano". A conferência pediu uma teologia e uma catequese que oferecessem "a 
possibilidade de uma libertação plena e a riqueza de uma salvação integral em Cristo, 
o Senhor". Entre os principais teólogos que a iniciaram e desenvolveram, citem-se 
Gustavo Gutiérrez, Hugo Assmann, Leonardo Boff, J. L. Segundo, Porfirio Miranda, 
José M. Bonino, J. B. Libânio, Segundo Galiléia, Eduardo Pironio e A. López Trujillo. 
 O eixo da teologia da libertação é a figura do Cristo libertador, que veio libertar 
os homens não apenas do pecado, mas também de todas as suas conseqüências, 
inclusive as injustiças. Seu método hermenêutico deixa de lado as categorias 
idealistas tradicionais e emprega categorias históricas. A mensagem de salvação é 
interpretada à luz das opressões de que o homem precisa ser libertado. Ao narrar a 
libertação dos hebreus do cativeiro no Egito e sua marcha para a Terra Prometida, o 
Êxodo é a imagem bíblica da mensagem da salvação, e a história sagrada não é algo 
distinto da história da humanidade ou superposto a ela, mas sim a intervenção de 
Deus. Um outro elemento importante da teologia da libertação é o método de análise 
marxista. 
 A Teologia da Prosperidade. Algumas obras norte-americanas, escritas contra 
a teologia da prosperidade, tratam-na como se fosse uma heresia ou uma seita. A 
posição, é, ela não é uma seita. Uma seita é composta por um grupo bem definido de 
pessoas, assim como os Testemunhas de Jeová ou os Mórmons, que se chamam 
cristãos, mas negam doutrinas básicas da Bíblia, tais como a trindade e a divindade de 
Cristo. Na teologia da prosperidade, seus adeptos não negam nenhuma doutrina 
básica nem buscam outro fundamento que não seja Cristo e os apóstolos. Antes, trata-
se de uma forma de compreender a Bíblia. 
 A Teologia da Prosperidade é algo novo na história da igreja. Parece que nada 
assim já foi visto antes. Mas isso não quer dizer que ele tenha surgido de modo 
repentino ou aparecido totalmente formado. Como todo movimento, desenvolveu-se 
com o tempo, e isso significa que tem raízes ligadas a pessoas, épocas e lugares 
diversos. 
 Pesquisas feitas nos Estados Unidos sobre a teologia revelam que existem duas 
raízes históricas e filosóficas da teologia da prosperidade: O pentecostalismo (Barron, 
1987; Horn, 1989) e várias seitas metafísicas do início do século XX, que floresceram 
na região de Boston (McConnell, 1988). Dessas duas fontes, o pentecostalismo 
fornece a base ou o grupo, onde a teologia encontrou a maior parte de seus adeptos, 
enquanto os pressupostos filosóficos propriamente ditos foram fornecidos pelas seitas 
metafísicas. 
 Sua doutrina é radical com relação ao homem físico e espiritual. Tendo em vista 
a Autoridade profética, como decretar a morte de alguém (até mesmo a de um pastor) 
Segundo Kennth Hagin. Saúde e Prosperidade são algo vivido dentro da teologia; a 
teologia da prosperidade não se cansa de repetir que nem doenças nem problemas 
financeiros são da vontade de Deus, o cristão que está passando tal coisa ou coisas, 
ele não tem fé ou está em pecado. A Confissão Positiva é outra corrente da doutrina 
da teologia da prosperidade, ela garante a realização com fé dos pedidos desejados 
pelo cristão, mesmo passando por cima da vontade divina, afirma que sempre 
positivamente, nunca: "Se Deus quiser!" Isso envolvendo saúde ou bem material.[5] 
 
 
 
CAPÍTULO II 
 
 
CONCÍLIO VATICANO II E TEOLOGIA CATÓLICA 
 
 ―O pensamento dogmático e centralizador da Igreja Católica Romana, que se 
aprofundou com os concílios de Trento e Vaticano I e culminou com a definição da 
infalibilidade do papa, sofreu profunda modificação no Concílio Vaticano II, quando a 
igreja adotou uma tendência pastoral, ecumênica e descentralizadora. 
 ―O Vaticano II, o 21º dos concílios ecumênicos reconhecidos pela Igreja Católica, 
foi anunciado em 25 de janeiro de 1959 pelo papa João XXIII, como um meio de 
renovação espiritual da igreja e uma oportunidade para os cristãos separados de 
Roma buscarem juntos a reunificação. Aberto oficialmente em 11 de outubro de 1962, 
o concílio, que continuou sob o papa Paulo VI, sucessor de João XXIII, encerrou-se 
em 8 de dezembro de 1965 e resultou em 16 documentos. 
 ―Foram convocados todos os bispos católicos e prelados da igreja e participaram 
dos trabalhos cerca de 2.800 padres conciliares. Assistiram às sessões, sem direito a 
voto, inúmeros observadores das principais igrejas cristãs e comunidades separadas 
de Roma, além de católicos leigos. 
 ―Comissões preparatórias designadas pelo papa organizaram uma agenda e 
produziram documentos preliminares sobre vários tópicos. Integradas pelos membros 
da cúria, adotaram a princípio posição conservadora. Depois de aberto o concílio, 
porém, bispos e prelados de todo o mundo incorporaram-se às comissões e surgiu 
uma posição mais progressista. 
 ―Entre os documentos elaborados, a constituição dogmática sobre a igreja 
(Lumen gentium) utilizou, para descrevê-la, termos bíblicos no lugar de categorias 
jurídicas. O tratamento da estrutura hierárquica deu maior peso ao papel dos bispos e 
contrabalançou a ênfase imperial dos ensinamentos do primeiro Concílio Vaticano 
sobre o papado. Os ensinamentos dessa constituição sobre a natureza do laicato 
tiveram como objetivo prover a base para o chamado dos leigos à santidade e à 
partilha da vocação missionária da igreja. Ao descrever a igreja como "o povo de 
Deus", os participantes do concílio forneceram a justificativa teológica para a mudança 
da atitude inflexível e defensiva que havia caracterizado o pensamento e a prática da 
Igreja Católica desde a Reforma. 
 ―A constituição dogmática sobre a revelação divina (Dei verbum) relacionou tanto 
a Bíblia, aceita por protestantes e católicos, como os textos da tradição a sua origem 
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comum na palavra de Deus,confiada à igreja. Afirmou o valor das escrituras para a 
salvação dos homens e ao mesmo tempo manteve uma atitude mais aberta quanto a 
seu estudo acadêmico. 
 ―A constituição pastoral sobre a liturgia (Sacrosanctum concilium) atribuiu ao 
laicato maior participação no culto e autorizou mudanças significativas nos textos, 
formas e linguagem usados na celebração da missa e na administração dos 
sacramentos. A constituição pastoral Gaudium et spes referiu-se à igreja no mundo 
atual. Reconheceu as profundas mudanças que a humanidade tem experimentado e 
tentou relacionar os conceitos da igreja sobre si mesma e sobre a revelação às 
necessidades e valores da cultura contemporânea. 
 ―O concílio também promulgou decretos (documentos quanto a questões 
práticas) sobre os deveres pastorais dos bispos, o ecumenismo, as igrejas orientais, o 
ministério e a vida dos sacerdotes, a educação para o sacerdócio, a vida religiosa, a 
atividade missionária da igreja, o apostolado dos leigos e os meios de comunicação 
social. Além disso, foram produzidas declarações sobre liberdade religiosa, posição da 
igreja frente a religiões não-cristãs e educação cristã. Esses documentos refletiram a 
renovação da vida da igreja -- que começou muitas décadas antes da ascensão do 
papa João XXIII -- em diversas áreas: bíblica, ecumênica, litúrgica, do apostolado 
leigo. 
 ―No começo da década de 1970, a influência dos documentos e das deliberações 
gerais do concílio já se fazia sentir em praticamente todas as áreas da vida 
eclesiástica e pôs em movimento muitas mudanças que provavelmente não foram 
previstas por seus participantes.‖[6] 
 
 
CAPÍTULO III 
 
 
TEÓLOGOS CONTEMPORÂNEOS MAIS DESTACADOS 
 
Friedrich Schleiermacher (1768-1834) 
 Filósofo e teólogo alemão, Friedrich Schleiermacher imprimiu novo sentido à 
teologia e à figura de Cristo. Influenciou de modo decisivo o pensamento protestante 
do século XIX. 
 Friedrich Ernst Daniel Schleiermacher nasceu em Breslau em 21 de novembro 
de 1768. Filho de um capelão militar, estudou na Universidade de Halle, então centro 
do racionalismo, e em 1796 foi nomeado capelão de um hospital de Berlim. Amigo de 
Friedrich Schlegel, começou a elaborar seu sistema ético e religioso influenciado por 
Spinoza, Platão, Kant e pelo romantismo alemão. 
 A obra Über die Religion. Reden an die Gebildeten unter ihren Verächtern (1799; 
Sobre religião: discursos a seus desdenhadores cultos) foi decisiva para a superação 
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do racionalismo do século XVIII. Em Stolp, onde foi pastor de 1802 a 1804, dedicou-se 
a trabalhos filosóficos e iniciou a tradução dos diálogos de Platão. Professor de 
teologia na Universidade de Halle de 1804 a 1807, transferiu-se depois para Berlim, 
como pastor da igreja da Trindade, onde adquiriu renome como orador sacro. Em 
1810, foi nomeado professor de teologia da Universidade de Berlim, cargo que ocupou 
até a morte. Nesse período escreveu sua obra principal, Der christliche Glaube (1821-
1822; Doutrina da fé cristã). 
 Schleiermacher pensava que o racionalismo e a ortodoxia eram responsáveis 
pela intelectualização e pela rígida codificação do pensamento religioso, enquanto 
para ele a religião situava-se no domínio dos sentimentos. Em seu sistema ético e 
religioso, procurou harmonizar o pensamento religioso com o pensamento filosófico. 
Destacou na experiência humana as antíteses entre a multiplicidade da vida e da 
natureza e um princípio de unidade e permanência (Dialektik), das quais surge o 
absoluto e o eterno: Deus, o ordenador do mundo. A consciência que tem o homem de 
depender de algo superior, sobrenatural, é a base de toda a religião, cujo objetivo 
deve ser o de ligar as coisas finitas ao infinito. Cristo, como redentor, dá ao 
cristianismo seu elemento especial, pois em sua pessoa o infinito se reconciliou com o 
finito, e a vida se fez imortal. 
 A influência de Schleiermacher, considerado o fundador da teologia protestante 
moderna, foi superada no começo do século XX pela teologia dialética de Karl Barth. 
Nas últimas décadas do século, sua obra tem sido objeto de renovado interesse dos 
teólogos. Schleiermacher morreu em Berlim, em 12 de fevereiro de 1834. 
 
Albrecht Ritschl (1822-1889) 
 Teólogo alemão. Protestante liberal, propôs novo sistema teológico para o 
luteranismo, em que ressaltou o conteúdo ético-social da doutrina. A doutrina cristã da 
justificação e reconciliação (1870-1874), História do pietismo (1880-1886). 
 
 
 
 
Adolf Von Harnack (1851-1930) 
 Teólogo alemão nascido na Estônia. Uma das figuras mais destacadas do 
protestantismo de caráter liberal, adotou o método histórico-crítico para seus estudos 
teológicos. História dos dogmas (1886-1888). 
 
Wolfhart Pannenberg 
 Teólogo evangélico alemão, nascido em Stettin, professor de teologia 
sistemática em Heidelberg (1955), Wuppertal (1958) e Mainz (desde 1961). A doutrina 
teológica de Pannenberg considera que a realidade histórica tem prioridade sobre a fé 
e o raciocínio humanos. Obras principais: Heilsgeschethen Und Geschechte (A 
redenção como acontecimento e história), 1959; (Revelação como história) 1962; (Que 
é o homem? A antropologia atual à luz da teologia), 1964. 
 Wolfhart Pannenberg, que é professor de teologia sistemática na Universidade 
de Munique, apresenta sua teologia de dentro da categoria da história. Quando foi 
publicado seu livro Jesus – God And Man em 1968, veio a ser uma influência no 
mundo de fala inglesa. 
 Wolfhart Pannenberg, pode ser chamado o teólogo da história. Porque para ele a 
história é o princípio de averiguar o futuro com a revelação da Palavra. Para 
Pannenberg, toda história é a revelação de Deus. A história está tão clara em suas 
funções revelatórias que sua interpretação pode ser feita sem a ajuda da revelação 
sobrenatural. A verdade revelatória está necessariamente inerente na totalidade da 
história e bem clara para todos quantos observam. Deixar de captar a revelação 
dentro da história é falha do indivíduo e da sua investigação, e não da própria história. 
 
Karl Barth (1886-1968) 
 Um dos mais destacados teólogos protestantes, Karl Barth celebrizou-se como 
criador da teologia dialética do século XX, que ressalta o sentido existencial do 
cristianismo e o reintegra em sua base bíblica, de doutrina da revelação e da fé. 
Karl Barth nasceu em 10 de maio de 1886 em Basiléia, Suíça. Fez estudos 
universitários em Berna, Berlim e Tübingen, terminando-os em Marburg. Foi editor-
assistente do jornal Die Christliche Welt, pároco da Igreja Reformada Alemã em 
Genebra e pastor em Safenwill, ainda na Suíça. Lecionou teologia nas universidades 
alemãs de Göttingen, de Munique e de Bonn. Demitido dessa última em 1935 pelo 
governo nazista, teve seus diplomas de teologia anulados por Hitler devido a sua 
oposição, conforme declaração teológica do Sínodo de Barmen, à nazificação da 
Igreja Reformada. 
 Seguindo para a Suíça, Barth organizou a resistência dos pastores ao nacional-
socialismo, ingressando no Partido Social Democrata. Quando essa resistência foi 
aniquilada pelos nazistas, o teólogo passou a dirigir outro movimento, de âmbito 
internacional. Atento às lutas políticas, defendeu os operários de Viena e os 
republicanos espanhóis. Com o fim da guerra, voltou à cátedra de Bonn, depois à de 
Basiléia, aposentando-se em 1961. 
 Doutrina. Conhecida como teologia dialética ou teologia da crise, a obra de Barth 
é um vigoroso protesto contra o chamado neoprotestantismo, que predominou no 
século XIX e até a primeira guerra mundial. É também um restabelecimento das 
afirmações básicas da Reforma do século XVI, especialmente pela obra Der 
Römerbrief (1919; A Epístola aos romanos), que lançou as bases do existencialismoalemão e serviu de elo entre Kierkegaard e Heidegger. Combateu a teologia liberal, o 
iluminismo alemão e o moralismo que excluísse o encontro da revelação e da fé. 
 A teologia de Barth está sistematizada principalmente em Die Christliche 
Dogmatik (A dogmática cristã), monumental obra de 26 volumes iniciada em 1932, 
cuja publicação só foi concluída em 1969. Os pólos fundamentais de seu pensamento 
-- a revelação e a fé -- permeiam toda sua dogmática, que ele define como exame 
científico do conteúdo das palavras que a igreja pronuncia sobre Deus. Assim, a fé 
cristã proclama a falência de todas as religiões, pois afirma que é Deus quem toma a 
iniciativa de aproximar-se do homem, para reconciliar-se com ele e salvá-lo, por 
intermédio de Jesus Cristo. Só a graça de Deus e a sua palavra, que transcende a 
palavra da Bíblia, cruza o abismo dialético que separa o homem do Criador. Barth 
morreu em sua cidade natal, em 11 de dezembro de 1968. 
 
Rudolf Bultmann (1844-1976) 
 Partidário da teologia dialética, segundo a qual os dogmas contidos no Novo 
Testamento têm origem em mitos, Bultmann propôs uma interpretação da Bíblia 
apoiada em conceitos do existencialismo. 
 O teólogo luterano alemão Rudolf Bultmann nasceu em Wiefelstede, Oldenburg, 
em 20 de agosto de 1884. Desde 1916 lecionou sobre sua especialidade, o Novo 
Testamento, em Breslau, Giessen e Marburg. Nessa cidade tomou contato com Martin 
Heidegger e a filosofia existencialista, que influenciou seu pensamento posterior. Seu 
primeiro livro, Jesus, foi publicado em 1926. Em 1941 pronunciou uma conferência 
sobre Novo Testamento e mitologia, em que levou a público temas que até então só 
eram discutidos nos meios acadêmicos. 
 A proposta central de Bultmann era a demitização do Novo Testamento, isto é, a 
reinterpretação do mito. A teologia, ao invés de atribuir ao mito o estatuto de dogma, 
deveria verificar os motivos históricos e existenciais que determinaram a cristalização 
das tradições bíblicas. Entre seus livros, destaca-se Das Evangelium des Johannes 
(1941; O Evangelho segundo são João). Bultmann morreu em Marburg, em 30 de 
julho de 1976. 
 
Teilhard de Chardin (1881-1955) 
 O jesuíta Pierre Teilhard de Chardin, famoso tanto na área da filosofia quanto da 
paleontologia, tentou unir ciência e fé numa obra que provocou grandes controvérsias 
e o colocou à frente de seu tempo. 
 Pierre Teilhard de Chardin nasceu em Sarcenat, França, em 1º de maio de 1881. 
Filho de um aristocrata rural interessado pela geologia, dedicou-se desde a juventude 
ao estudo dessa matéria, que não interrompeu nem mesmo quando suas inquietações 
espirituais o levaram a ingressar na Companhia de Jesus, em 1899. Depois do 
noviciado, ordenou-se em 1911, mas preferiu fazer a primeira guerra como padioleiro 
a servir do capelão. Por bravura na frente de batalha, recebeu a Legião de Honra. 
Posteriormente lecionou no Instituto Católico de Paris. Em 1923, realizou a primeira de 
suas numerosas expedições científicas à China, onde residiu durante a segunda 
guerra mundial. Participou do descobrimento do Sinanthropus pekinensis, o homem de 
Pequim, e ainda incorporou importantes observações ao conhecimento da geologia e 
dos fósseis do pleistoceno na Ásia. 
 Os estudos científicos conduziram Teilhard de Chardin a uma profunda 
meditação sobre o problema da evolução, origem de sua obra mais importante, Le 
Phénomène humain (O fenômeno humano), concluída em 1940, mas só publicada 
postumamente, em 1955. Em seu pensamento, a evolução evidente do universo 
material, que parece esmagar o homem e sua consciência, visa, na realidade, a 
realizar a passagem da matéria ao espírito, do menos consciente ao mais consciente. 
O homem é o centro e a razão dessa evolução: sua alma o liga a esse universo, que 
ela domina, a seus semelhantes e a seu fim último, que é Deus. Ciência e religião, 
longe de se contradizerem, conduzem ambas à perfeição intelectual. As implicações 
morais e religiosas desse sistema foram desenvolvidas numa série de obras como Le 
Milieu divin (1958; O meio divino) e L'Avenir de L'homme (1959; O futuro do homem). 
 Várias das teses de Teilhard de Chardin foram recebidas com reservas tanto 
pela Companhia de Jesus quanto pela Santa Sé. O Santo Ofício chegou mesmo a 
divulgar um monitum, ou advertência simples, para a aceitação das idéias do religioso 
sem maior exame. Teilhard de Chardin regressou à França em 1946, mas ante a 
impossibilidade de publicar seus textos -- que circularam em exemplares 
mimeografados e só foram editados após sua morte -- transferiu-se para os Estados 
Unidos. Ingressou então na Fundação Wenner-Gren, de Nova York, que patrocinou, 
nos últimos anos de sua vida, duas expedições científicas ao continente africano. 
Teilhard de Chardin morreu em Nova York, em 10 de abril de 1955. 
 
Dietrich Bonhoeffer (1906-1945) 
 Um tema básico da teologia de Bonhoeffer era como manter a fé num mundo 
sem religião. Engajado contra o nazismo, combateu Hitler com palavras e ações. 
 Dietrich Bonhoeffer nasceu em Breslau, Prússia (depois Wroclaw, na Polônia), a 
4 de fevereiro de 1906. Educado em Tübingen e Berlim, tornou-se pastor luterano e 
trabalhou em Barcelona e Nova York. Em 1931 assumiu a cátedra de teologia 
sistemática na Universidade de Berlim. Quando Hitler subiu ao poder em 1933, 
Bonhoeffer estava em Londres e decidiu lutar contra o nazismo. Em 1935 foi chamado 
a assumir a direção de um seminário clandestino em Finkenwald, na Pomerânia. O 
problema central de sua teologia era como ser cristão num mundo secularizado e ateu. 
Propunha como uma das soluções a interpretação não-religiosa dos conceitos 
bíblicos, o que sugeria a possibilidade de haver cristãos arreligiosos. 
 Retomando o pensamento de Karl Barth, de quem se considerava discípulo, 
dizia que os valores sempre relacionados com o Evangelho eram agora entendidos 
como puramente profanos. Para ele os cristãos deveriam reconhecer que o mundo 
passara da adolescência para a maturidade, e que, em vez de se insistir num retorno 
às bases religiosas do passado, dever-se-ia tentar uma nova interpretação da história 
intelectual do Ocidente, a partir do século XIII. 
 Bonhoeffer introduziu elementos importantes para o movimento teológico da 
"morte de Deus", desenvolvido sobretudo nos Estados Unidos. Como Deus foi imposto 
pelo cristianismo às artes, à política e à cultura em geral, a fé está comprometida e 
minada na medida em que o mundo se transforma e se torna autônomo. Entretanto, 
ao aprovar a secularização e o afastamento de Deus por motivos teológicos, 
Bonhoeffer condenava a idéia da religião como salva-vidas. 
 Entre outras obras, escreveu Sanctorum Communio; eine dogmatische 
Untersuchung zur Soziologie der Kirche (1930; A comunhão dos santos; um estudo 
dogmático sobre a sociologia da igreja); Akt und Sein (1931; Ato e ser); e 
Gemeinsames Leben (1939; Vida comunitária). Em Ethik (1949; Ética), que ficou 
incompleta, refletiu sobre o niilismo. O teólogo via no nazismo a condução dos valores 
humanos para a morte e julgava que aos cristãos caberia ocuparem-se desses 
valores, não para condená-los, mas para salvá-los. Convencido de que sua oposição 
ao nazismo deveria expressar-se em outros termos, participou de um atentado contra 
Hitler em 1943, ano em que foi preso. Dois anos depois, em 9 de abril de 1945, foi 
enforcado no campo de concentração em Flössenberg, 15 dias antes da morte de 
Hitler. 
 
Paul Tillich (1886-1965) 
 Cognominado "o apóstolo dos céticos", Paul Tillich defendeu o exame da religião 
pela razão, assim como valorizou o auxílio do conhecimento secular para a 
compreensão do cristianismo, embora afirmasse que o critério supremo da revelação 
residia em Jesus. 
 Paul Johannes Tillich nasceu em 20 de agosto de 1886, em Starzeddel,província de Brandenburgo, Alemanha. Cresceu em Schönfliess, pequena comunidade 
onde o pai era ministro da Igreja Territorial Prussiana. O estilo conservador da vida 
religiosa nesse ambiente foi questionado pelo jovem ao ingressar na escola 
secundária de Königsberg-Neumark, onde conheceu o pensamento humanista, que 
privilegiava o ideal clássico de liberdade, só limitado pela razão. 
 Em 1905, Tillich ingressou na Universidade de Halle. Seis anos depois doutorou-
se em filosofia e, no ano seguinte, licenciou-se em teologia. Ordenou-se pastor 
luterano e serviu como capelão militar na primeira guerra mundial. A carnificina o 
convenceu da falência irremediável do humanismo do século XIX, e Tillich aderiu ao 
movimento socialista religioso na Alemanha, para cujos membros o iminente declínio 
da civilização ocidental propiciava a oportunidade da reconstrução criativa da 
sociedade. Como professor nas universidades de Berlim, Marburg, Dresden, Leipzig e 
Frankfurt, Tillich publicou mais de cem ensaios, artigos e estudos entre 1919 e 1933. 
Nesse último ano, por discordar do nazismo, foi impedido de lecionar e emigrou para 
os Estados Unidos. Lecionou no Union Seminary, em Nova York, assim como nas 
universidades de Harvard e Chicago. 
 Com fundamento nas idéias de Schelling e no existencialismo de Kierkegaard, 
Tillich elaborou uma teologia que engloba todos os aspectos da realidade humana em 
função da situação histórica do homem. Seu método teológico baseou-se no chamado 
princípio da correlação, descrito em Systematic Theology (1951-1963; Teologia 
sistemática). Esse princípio transforma a teologia num diálogo que relaciona as 
perguntas feitas pela razão às respostas obtidas mediante a fé, como experiência 
reveladora. 
 Para Tillich, a teonomia -- lei interior dada por Deus, em harmonia com a 
natureza essencial do homem -- dá força e liberdade ao homem para reconstruir a 
sociedade de forma criativa. A teonomia contrapõe-se à heteronomia, lei imposta ao 
homem de fora para dentro, e à autonomia, que o deixa frustrado e sem motivação 
para a vida. Suas obras mais divulgadas são The Courage to Be (1952; A coragem de 
ser) e Dynamics of Faith (1957; A dinâmica da fé). Tillich morreu em Chicago, em 22 
de outubro de 1965. 
 
 
 
Reinhold Niebuhr 
 A obra de Niebuhr teve ampla influência no pensamento americano do século 
XX, sobretudo pela crítica ao liberalismo teológico protestante da década de 1920. 
 Reinhold Niebuhr nasceu em Wright City, Missouri, em 21 de junho de 1892. 
Estudou no seminário Eden, de St. Louis, e bacharelou-se pela Universidade de Yale. 
Entre 1915 e 1928, foi pastor evangélico num bairro operário de Detroit, e de 1931 a 
1960, lecionou ética cristã na faculdade de teologia de Yale. Sua vivência em Detroit, 
junto à indústria automobilística nascente, inspirou-lhe idéias sociais avançadas e, de 
1920 a 1930, ele foi membro do Partido Socialista. Em Moral Man and Immoral Society 
(1932; O homem moral e a sociedade imoral) defendeu idéias próximas ao marxismo, 
embora reafirmasse o conceito agostiniano do homem naturalmente pecador. 
 A partir de 1940, Niebuhr combateu o marxismo e também a teologia liberal, que 
passou a considerar meramente ética, sem conteúdo cristão. Evocou santo Agostinho 
e os grandes reformadores do século XVI, e tornou-se protestante ortodoxo. Também 
se aproximou do existencialismo de Kierkegaard. Sua principal obra dessa fase é The 
Nature and Destiny of Man (1941-1943; A natureza e o destino do homem), de 
profunda influência no protestantismo americano. 
 Embora pacifista, Niebuhr participou da mobilização dos cristãos para apoio à 
guerra contra o fascismo e, depois da guerra, tornou-se influente na política do 
Departamento de Estado. Em suas últimas obras, criticou a sociedade americana e os 
mitos da história oficial. Sua sociologia da religiosidade dos americanos baseou-se na 
doutrina teológica de Martin Buber. Niebuhr morreu em Stockbridge, Massachusetts, 
em 1º de junho de 1971. 
 
Gustavo Gutiérrez (n. em 1928). 
 Teólogo peruano. Um dos precursores da teologia da libertação na América 
espanhola. Escreveu A teologia da libertação (1971) eA força histórica dos 
pobres (1982). 
 
Leonardo Boff (n. em 1938) 
 Por defender uma atuação mais ativa da Igreja Católica em defesa dos pobres e 
oprimidos, frei Leonardo Boff, um dos mais importantes teóricos brasileiros da 
chamada teologia da libertação, foi protagonista de um rumoroso conflito com a 
Congregação para a Doutrina da Fé. 
 Genésio Darcy Boff nasceu em Concórdia SC em 14 de dezembro de 1938. Aos 
12 anos ingressou no seminário de Curitiba PR e estudou teologia em Petrópolis RJ. 
Pertencente à Ordem dos Frades Menores Franciscanos, ordenou-se em 1964. 
Posteriormente fez cursos em Roma e Munique. 
 Em 1974 publicou Jesus Cristo libertador, em que questionou o dogma de que 
Jesus sempre teve consciência de ser o salvador. A polêmica gerada pelo livro só 
amainou em 1982, depois que Boff aceitou amenizar suas teses. Passados dois anos, 
depôs na Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, para explicar trechos de 
outro livro, Igreja: carisma e poder (1981), em que criticava a cúpula da igreja, e em 
1985 foi proibido de publicar livros por um ano. 
 Em 1991, devido a um artigo em que repetia os conceitos da teologia da 
libertação expostos em Igreja: carisma e poder, a Cúria Geral da Ordem Franciscana 
afastou-o da direção editorial da Revista Vozes, e o Vaticano proibiu-o 
temporariamente de lecionar teologia no Instituto Franciscano em Petrópolis. Em 1992, 
Boff anunciou sua decisão de abandonar o sacerdócio. 
 Entre outros livros de Leonardo Boff contam-se O Destino do Homem e do 
Mundo (1974), Teologia da Libertação e do Cativeiro(1976), Via Sacra da 
Justiça (1979) e América Latina: da conquista à nova civilização (1992). Dirigiu 
também a Revista Eclesiástica Brasileira e a edição portuguesa da 
revista Concilium.[7] 
 
 
CAPÍTULO IV 
A TEOLOGIA ESCRITURÍSTICA 
 
 A teologia conservadora verdadeira aceita a Bíblia como seu único credo e 
mantém certas crenças fundamentais como sendo o ensino das Escrituras Sagradas. 
Estas crenças, da maneira em que são apresentadas aqui, constituem a compreensão 
e a expressão do ensino das Escrituras. 
 As Escrituras Sagradas. As Escrituras Sagradas, o Antigo e Novo 
Testamentos, são a Palavra de Deus escrita, dada por inspiração divina, através de 
santos homens de Deus que falaram e escreveram ao serem movidos pelo Espírito 
Santo. Nesta Palavra, Deus transmitiu ao homem o conhecimento necessário para a 
salvação. As Escrituras Sagradas são a infalível revelação de sua vontade. 
Constituem o padrão do caráter, a prova da experiência, o autorizado revelador de 
doutrinas e o registro fidedigno dos atos de Deus na História. (II Pedro 1:20 e 21; II 
Tim. 3:16 e 17; Sal. 119:105; Prov. 30:5 e 6; Isa. 8:20; João 17:17; Tess. 2:13; Heb. 
4:12.) 
 A Trindade. Há um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três 
Pessoas co-eternas. Deus é imortal, onipotente, onisciente, acima de tudo e sempre 
presente. Ele é infinito e está além da compreensão humana, mas é conhecido por 
meio de Sua auto-revelação. E para sempre digno de culto, adoração e serviço por 
parte de toda a criação. (Deut. 6:4; Mat. 28:19; II Cor. 13:13; Efés. 4:4-6; 1 Pedro 1:2; 
1 Tim. 1:17; Apoc. 14:7.) 
 Deus-Pai. Deus, o Eterno Pai, é o Criador, o Originador, o Mantenedor e o 
Soberano de toda a criação. Ele é justo e santo, compassivo e clemente, tardio em 
irar-Se, e grande em constante amor e fidelidade. As qualidades e os poderes 
manifestados no Filho e no Espírito Santo também constituem revelações do Pai. 
(Gên. 1:1; Apoc. 4:11; 1 Cor. 15:28; João 3:16; 1 João 4:8; 1 Tim. 1:17; Êxo. 34:6 e 7; 
João 14:9.)http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1473155846504047435#_ftn7
 Deus-Filho. Deus, o Filho Eterno, encarnou-Se em Jesus Cristo. Por meio dEle 
foram criadas todas as coisas, é revelado o caráter de Deus, efetuada a salvação da 
humanidade, e julgado o mundo. Sendo para sempre verdadeiramente Deus, Ele 
tornou-Se também verdadeiramente homem, Jesus, o Cristo. Foi concebido do 
Espírito Santo e nasceu da virgem Maria. Viveu, e experimentou a tentação como ser 
humano, mas exemplificou perfeitamente a justiça e o amor de Deus. Por Seus 
milagres manifestou o poder de Deus e atestou que era o Messias prometido por 
Deus. Sofreu e morreu voluntariamente na cruz por nossos pecados e em nosso lugar, 
foi ressuscitado dentre os mortos e ascendeu para ministrar em nosso favor no 
santuário celestial. Virá outra vez, em glória, para o livramento final de Seu povo e a 
restauração de todas as coisas. (João 1:1-3 e 14; Col. 1:15-19; João 10:30; 14:9; Rom. 
6:23; II Cor. 5:17-19; João 5:22; Lucas 1:35; Filip. 2:5-11; Heb. 2:9-18; 1 Cor. 15:3 e 4; 
Heb. 8:1 e 2; João 14:1-3.) 
 Deus-Espírito Santo. Deus, o Espírito Eterno, desempenhou uma parte ativa 
com o Pai e o Filho na Criação, Encarnação e Redenção. Inspirou os escritores das 
Escrituras. Encheu de poder a vida de Cristo. Atrai e convence os seres humanos; e 
os que se mostram sensíveis são por Ele renovados e transformados à imagem de 
Deus. Enviado pelo Pai e pelo Filho para estar sempre com Seus filhos, Ele concede 
dons espirituais à Igreja, a habilita a dar testemunho de Cristo e, em harmonia com as 
Escrituras, guia-a em toda a verdade. (Gên. 1:1 e 2; Lucas 1:35; 4:18; Atos 10:38; II 
Pedro 1:21; II Cor. 3:18; Efés. 4:11 e 12; Atos 1:8; João 14:16-18 e 26; 15:26 e 27; 
16:7-13.) 
 A Criação. Deus é o Criador de todas as coisas e revelou nas Escrituras o relato 
autêntico de Sua atividade criadora. "Em seis dias fez o Senhor os céus e a Terra" e 
tudo que tem vida sobre a Terra, e descansou no sétimo dia dessa primeira semana. 
Assim Ele estabeleceu o sábado como perpétuo monumento comemorativo de Sua 
esmerada obra criadora. O primeiro homem e a primeira mulher foram formados à 
imagem de Deus como obra-prima da Criação, foi-lhes dado domínio sobre o mundo e 
atribuiu-se-lhes a responsabilidade de cuidar dele. Quando o mundo foi concluído, ele 
era "muito bom", proclamando a glória de Deus. (Gên. 1; 2; Êxo. 20:8-11; Sal. 19:1-
6;33:6 e 9; 104; Heb. 11:3.) 
 A Natureza do Homem. O homem e a mulher foram formados à imagem de 
Deus, com individualidade, poder e liberdade de pensar e agir. Conquanto tenham 
sido criados como seres livres, cada um é uma unidade indivisível de corpo, mente e 
espírito, e dependente de Deus quanto à vida, respiração e tudo o mais. Quando 
nossos primeiros pais desobedeceram a Deus, eles negaram sua dependência dEle e 
caíram de sua elevada posição abaixo de Deus. A imagem de Deus, neles, foi 
desfigurada, e tornaram-se sujeitos à morte. Seus descendentes partilham dessa 
natureza caída e de suas conseqüências. Eles nascem com fraquezas e tendências 
para o mal. Mas Deus, em Cristo, reconciliou consigo o mundo e por meio de Seu 
Espírito restaura nos mortais penitentes a imagem de seu Criador. Criados para a 
glória de Deus, eles são chamados para amá-Lo e uns aos outros, e para cuidar de 
seu ambiente. (Gên. 1:26-28; 2:7; Sal. 8:4-8; Atos 17:24-28; Gên. 3; Sal. 51:5; Rom. 
5:12-l7;II Cor.5:19 e 20;Sal.51:10;I João 4: 7, 8, 11 e 20; Gên.2:15.) 
 O Grande Conflito Entre o Bem e o Mal. Toda a humanidade está agora 
envolvida num grande conflito entre Cristo e Satanás, quanto ao caráter de Deus, sua 
lei e sua soberania sobre o Universo. Este conflito originou-se no Céu quando um ser 
criado, dotado de liberdade de escolha, por exaltação própria tornou-se Satanás, o 
adversário de Deus, e conduziu à rebelião uma parte dos anjos. Ele introduziu o 
espírito de rebelião neste mundo, ao induzir Adão e Eva em pecado. Este pecado 
humano resultou na deformação da imagem de Deus na humanidade, no transtorno do 
mundo criado e em sua conseqüente devastação por ocasião do dilúvio mundial. 
Observado por toda a criação, este mundo tornou-se o palco do conflito universal, 
dentro do qual será finalmente vindicado o Deus de amor. Para ajudar seu povo nesse 
conflito, Cristo envia o Espírito Santo e os anjos leais, para os guiar, proteger e 
amparar no caminho da salvação. (Apoc. 12:4-9; Isa. 14:12-14; Ezeq. 28:12-18; Gên. 
3; Rom. 1:19-32; 5:12-21; 8:19-22; Gên. 6-8; II Pedro 3:6; 1 Cor. 4:9; Heb. 1:14.) 
 A Vida, a Morte e a Ressurreição de Cristo. Na vida de Cristo, de perfeita 
obediência à vontade de Deus, e em seu sofrimento, morte e ressurreição, Deus 
proveu o único meio de expiação do pecado humano, de modo que os que aceitam 
esta expiação pela fé possam ter vida eterna, e toda a criação compreenda melhor o 
infinito e santo amor do Criador. Esta expiação perfeita vindica a justiça da lei de Deus 
e a benignidade de seu caráter; pois ela não somente condena o nosso pecado, mas 
também garante o nosso perdão. A morte de Cristo é substituinte e expiatória, 
reconciliadora e transformadora. A ressurreição de Cristo proclama a vitória de Deus 
sobre as forças do mal, e assegura a vitória final sobre o pecado e a morte para os 
que aceitam a expiação. Ela declara a soberania de Jesus Cristo, diante do qual se 
dobrará todo joelho, no Céu e na Terra. (João 3:16; Isa. 53; 1 Pedro 2:21 e 22; 1 Cor. 
15:3,4 e 20-22; II Cor. 5:14, 15 e 19-21; Rom. 1:4; 3:25; 4:25; 8:3 e 4; 1 João 2:2; 4:10; 
Col. 2:15; Filip. 2:6-11.) 
 A Experiência da Salvação. Em infinito amor e misericórdia, Deus fez com que 
Cristo, que não conheceu pecado, se tornasse pecado por nós, para que nEle 
fôssemos feitos justiça de Deus. Guiados pelo Espírito Santo, sentimos nossa 
necessidade, reconhecemos nossa pecaminosidade, arrependemo-nos de nossas 
transgressões e temos fé em Jesus como Senhor e Cristo, como substituto e exemplo. 
Esta fé que aceita a salvação advém do divino poder da Palavra e é o dom da graça 
de Deus. Por meio de Cristo, somos justificados, adotados como filhos e filhas de 
Deus, e libertados do domínio do pecado. Por meio do Espírito, nascemos de novo e 
somos santificados; o Espírito renova nossa mente, escreve a lei de Deus, a lei de 
amor, em nosso coração, e recebemos o poder para levar uma vida santa. 
Permanecendo nEle, tornamo-nos participantes da natureza divina e temos a certeza 
de salvação agora e no Juízo. (II Cor. 5:17-21; João 3:16; Gál. 1:4; 4:4-7; Tito 3:3-7; 
João 16:8; Gál. 3:13 e 14; 1 Pedro 2:21 e 22; Rom. 10:17; Lucas 17:5; Mar. 9:23 e 24; 
Efés. 2:5-10; Rom. 3:21-26; Col. 1:13 e 14; Rom. 8:14-17; Gál. 3:26; João 3:3-8; 1 
Pedro 1:23; Rom. 12:2; Heb. 8:7-12; Eze. 36:25-27; II Pedro 1:3 e 4; Rom. 8:1-4; 5:6-
10.) 
 A Igreja. A Igreja é a comunidade de crentes que confessam a Jesus Cristo 
como Senhor e Salvador. Em continuidade do povo de Deus nos tempos do Antigo 
Testamento, somos chamados para fora do mundo; e nos unimos para prestar culto, 
para comunhão, para instrução na Palavra, para a celebração da Ceia do Senhor, para 
serviço a toda a humanidade, e para a proclamação mundial do evangelho. A Igreja 
recebe sua autoridade de Cristo, o qual é a Palavra encarnada, e das Escrituras, que 
são a Palavra escrita. A Igreja é a família de Deus; adotados por Ele como filhos, seus 
membros vivem com base no novo concerto. A Igreja é o corpo de Cristo, uma 
comunidade de fé, da qual o próprio Cristo é a Cabeça. A Igreja é a noiva pela qual 
Cristo morreu para que pudesse santificá-la e purificá-la. Em Sua volta triunfal, Ele a 
apresentará a Si mesmo Igreja gloriosa, os fiéis de todos os séculos, a aquisição de 
seu sangue, sem mácula, nem ruga, porém santa e sem defeito. (Gên. 12:3; Atos 7:38; 
Efés. 4:11-15; 3:8-11; Mat. 28:19 e 20; 16:13-20; 18:18; Efés.2:19-22; 1:22 e 23; 5:23-
27; Col. 1:17 e 18.) 
 O Remanescente e Sua Missão. A Igreja universal se compõe de todos os que 
verdadeiramente crêem em Cristo; mas, nos últimos dias, um tempo de ampla 
apostasia, um remanescente tem sido chamado para fora, a fim de guardar os 
mandamentos de Deus e a fé de Jesus. Este remanescente anuncia a chegada da 
hora do Juízo, proclama a salvação por meio de Cristo e prediz a aproximação de seu 
segundo advento. Esta proclamação é simbolizada pelos três anjos de Apocalipse 14; 
coincide com a obra de julgamento no Céu e resulta numa obra de arrependimento e 
reforma na Terra. Todo crente é convidado a ter uma parte pessoal neste testemunho 
mundial. (Apoc. 12:17; 14:6-12; 18:1-4; II Cor. 5:10; Judas 3 e 14; 1 Pedro 1:16-19; II 
Pedro 3:10-14; Apoc. 21:1-14.) 
 Unidade no Corpo de Cristo. A Igreja é um corpo com muitos membros, 
chamados de toda nação, tribo, língua e povo. Em Cristo somos uma nova criação; 
distinções de raça, cultura e nacionalidade, e diferenças entre altos e baixos, ricos e 
pobres, homens e mulheres, não devem ser motivo de dissensões entre nós. Todos 
somos iguais em Cristo, o qual por um só Espírito nos uniu numa comunhão com Ele e 
uns com os outros; devemos servir e ser servidos sem parcialidade ou restrição. 
Mediante a revelação de Jesus Cristo nas Escrituras, partilhamos a mesma fé e 
esperança, e estendemos um só testemunho para todos. Esta unidade encontra sua 
fonte na unidade do Deus triúno, que nos adotou como seus filhos. (Rom. 12:4 e 5; 1 
Cor. 12:12-14; Mat. 28:19 e 20; Sal. 133:1; II Cor. 5:16 e 17; Atos 17:26 e 27; Gál. 3:27 
e 29; Col. 3:10-15; Efés. 4:14-16; 4:1-6; João 17:20-23.) 
 O Batismo. Pelo batismo confessamos nossa fé na morte e ressurreição de 
Jesus Cristo e atestamos nossa morte para o pecado e nosso propósito de andar em 
novidade de vida. Assim reconhecemos a Cristo como Senhor e Salvador, tornamo-
nos seu povo e somos aceitos como membros por sua Igreja. O batismo é um símbolo 
de nossa união com Cristo, do perdão de nossos pecados e de nosso recebimento do 
Espírito Santo. É por imersão na água e depende de uma afirmação de fé em Jesus e 
da evidência de arrependimento do pecado. Segue-se à instrução nas Escrituras 
Sagradas e à aceitação de seus ensinos. (Rom. 6:1-6; Col. 2:12 e 13; Atos 16:30-33; 
22:16; 2:38; Mat. 28:19 e 20.) 
 A Ceia do Senhor. A Ceia do Senhor é uma participação nos emblemas do 
corpo e do sangue de Jesus, como expressão de fé nEle, nosso Senhor e Salvador. 
Nesta experiência de comunhão, Cristo está presente para encontrar-se com seu povo 
e fortalecê-lo. Participando da Ceia, proclamamos alegremente a morte do Senhor até 
que Ele volte. A preparação para a Ceia envolve o exame de consciência, o 
arrependimento e a confissão. O Mestre instituiu a cerimônia do lava-pés para denotar 
renovada purificação, para expressar a disposição de servir um ao outro em humildade 
semelhante à de Cristo e para unir nossos coração em amor. A Cerimônia da 
Comunhão é franqueada a todos os crentes cristãos. (1 Cor. 10:16 e 17; 11:23-30; 
Mat. 26:17-30; Apoc. 3:20; João 6:48-63; 13:1-17.) 
 Dons e Ministérios Espirituais. Deus concede a todos os membros de sua 
Igreja, em todas as épocas, dons espirituais que cada membro deve empregar em 
amoroso ministério para o bem comum da Igreja e da humanidade. Outorgados pela 
atuação do Espírito Santo, o qual distribui a cada membro como Lhe apraz, os dons 
provêem todas as aptidões e ministérios de que a Igreja necessita para cumprir suas 
funções divinamente ordenadas. De acordo com as Escrituras, esses dons abrangem 
tais ministérios como a fé, cura, profecia, proclamação, ensino, administração, 
reconciliação, compaixão, e serviço abnegado e caridade para ajuda e animação das 
pessoas. Alguns membros são chamados por Deus e dotados pelo Espírito para 
funções reconhecidas pela Igreja em ministérios pastorais, evangelísticos, apostólicos 
e de ensino especialmente necessários para habilitar os membros para o ensino, 
edificar a Igreja com vistas à maturidade espiritual e promover a unidade da fé e do 
conhecimento de Deus. Quando os membros utilizam esses dons espirituais como 
fiéis despenseiros da multiforme graça de Deus, a Igreja é protegida contra a 
influência demolidora de falsas doutrinas, tem um crescimento que provém de Deus e 
é edificada na fé e no amor. (Rom. 12:4-8; I Cor. 12:9-11,27 e28; Efés. 4:8 e 11-16; 
Atos 6:1-7; I Tim. 3:1-13; I Pedro 4:10 e 11.) 
 O Dom de Profecia. Um dos dons do Espírito Santo é a profecia. Este dom é um 
sinal identificador da Igreja remanescente. Eles também tornam claro que a Bíblia é a 
norma pela qual deve ser provado todo ensino e experiência. (Joel 2:28 e 29; Atos 
2:14-21; Heb. 1:1-3;Apoc. 12:17; 19:10.) 
 A Lei de Deus. Os grandes princípios da lei de Deus estão incorporados nos 
Dez Mandamentos e foram exemplificados na vida de Cristo. Expressam o amor, a 
vontade e os desígnios de Deus quanto à conduta e às relações humanas, e são 
obrigatórios a todas as pessoas, em todas as partes. Estes preceitos constituem a 
base do concerto de Deus com seu povo e a norma no julgamento divino. Por meio da 
atuação do Espírito Santo, eles apontam para o pecado e despertam o senso da 
necessidade de um Salvador. A salvação é inteiramente pela graça, e não pelas 
obras, mas seu fruto é a obediência aos Mandamentos. Esta obediência desenvolve o 
caráter cristão e resulta numa sensação de bem-estar que é uma evidência de nosso 
amor ao Senhor e de nossa solicitude por nossos semelhantes. A obediência por fé 
demonstra o poder de Cristo para transformar vidas, e fortalece, portanto, o 
testemunho cristão. (Êxo. 20:1-17; Sal. 40:7 e 8; Mat. 22:3640; Deut. 28:1-14; Mat. 
5:17-20; Heb. 8:8-10; João 15:7-10; Efés. 2:8-10; 1 João 5:3; Rom. 8:3 e 4; Sal. 19:7-
14.) 
 O Sábado. O bondoso Criador, após os seis dias da Criação, descansou no 
sétimo dia e instituiu o sábado para todas as pessoas, como memorial da Criação. O 
quarto mandamento da imutável lei de Deus requer a observância deste sábado do 
sétimo dia como dia de descanso, adoração e ministério, em harmonia com o ensino e 
a prática de Jesus, o Senhor do sábado. O sábado é um dia de deleitosa comunhão 
com Deus e uns com os outros. É um símbolo de nossa redenção em Cristo, um sinal 
de nossa santificação, uma prova de nossa lealdade e um antegozo de nosso futuro 
eterno no reino de Deus. O sábado é o sinal perpétuo do eterno concerto de Deus com 
seu povo. A prazerosa observância deste tempo sagrado duma tarde a outra tarde, do 
pôr-do-sol ao pôr-do-sol, é uma celebração dos atos criadores e redentores de Deus. 
(Gên. 2:1-3; Êxo. 20:8-11; Lucas4:16; Isa.56:5 e 6; 58:13 e 14; Mat. 12:1-12; 
Êxo.31:13-17; Eze. 20:12 e 20; Deut. 5:12-15; Heb. 4:1-11; Lev. 23:32; Mar. 1:32.) 
 Mordomia. Somos despenseiros de Deus, responsáveis a Ele pelo uso 
apropriado do tempo e das oportunidades, das capacidades e posses, e das bênçãos 
da Terra e seus recursos, que Ele colocou sob o nosso cuidado. Reconhecemos o 
direito de propriedade da parte de Deus por meio de fiel serviço a Ele e a nossos 
semelhantes, e devolvendo os dízimos e dando ofertas para a proclamação de seu 
evangelho e para a manutenção e o crescimento de sua Igreja. A mordomia é um 
privilégio que Deus nos concede para desenvolvimento no amor e para vitória sobre o 
egoísmo e a cobiça. O mordomo se regozija nas bênçãos que advêm aos outros como 
resultado de sua fidelidade. (Gên. 1:26-28; 2:15; 1 Crôn. 29:14;Ageu 1:3-11; Mal. 3:8-
12; 1 Cor. 9:9-14; Mat. 23:23; II Cor. 8:1-15; Rom. 15:26 e 27.) 
 Conduta Cristã. Somos chamados para ser um povo piedoso que pensa, sente 
e age de acordo com os princípios do Céu. Para que o Espírito recrie em nós o caráter 
de nosso Senhor, nós só nos envolvemos naquelas coisas que produzirão em nossavida, pureza, saúde e alegria semelhantes às de Cristo. Isto significa que nossas 
diversões e entretenimentos devem corresponder aos mais altos padrões do gosto e 
beleza cristãos. Embora reconheçamos diferenças culturais, nosso vestuário deve ser 
simples, modesto e de bom gosto, apropriado àqueles cuja verdadeira beleza não 
consiste no adorno exterior, mas no ornamento imperecível de um espírito manso e 
tranqüilo. Significa também que, sendo o nosso corpo o templo do Espírito Santo, 
devemos cuidar dele inteligentemente. Junto com adequado exercício e repouso, 
devemos adotar a alimentação mais saudável possível e abster-nos dos alimentos 
imundos identificados nas Escrituras. Visto que as bebidas alcoólicas, o fumo e o uso 
irresponsável de medicamentos e narcóticos são prejudiciais a nosso corpo, também 
devemos abster-nos dessas coisas. Em vez disso, devemos empenhar-nos em tudo 
que submeta nossos pensamentos e nosso corpo à disciplina de Cristo, o qual deseja 
nossa integridade, alegria e bem-estar. (Rom. 12:1 e2; IJoão2:6; Efés. 5:1-21;Filip. 
4:8;II Cor. 10:5; 6:14-7:1;I Ped. 3:1-4;I Cor.6:19e20; 10:31;Lev. 11:1-47;III João2.) 
 O Casamento e a Família. O casamento foi divinamente estabelecido no Éden e 
confirmado por Jesus como união vitalícia entre um homem e uma mulher, em 
amoroso companheirismo. Para o cristão, o compromisso matrimonial é com Deus 
bem como com o cônjuge, e só deve ser assumido entre parceiros que partilham da 
mesma fé. Mútuo amor, honra, respeito e responsabilidade constituem a estrutura 
dessa relação, a qual deve refletir o amor, a santidade, a intimidade e a constância da 
relação entre Cristo e sua Igreja. No tocante ao divórcio, Jesus ensinou que a pessoa 
que se divorcia do cônjuge, a não ser por causa de relações sexuais ilícitas, e casa 
com outro, comete adultério. Conquanto algumas relações de família fiquem aquém do 
ideal, os consortes que se dedicam inteiramente um ao outro, em Cristo, podem 
alcançar amorosa unidade por meio da orientação do Espírito e a instrução da Igreja. 
Deus abençoa a família e quer que seus membros ajudem uns aos outros a alcançar 
completa maturidade. Os pais devem educar os seus filhos a amar o Senhor e a 
obedecer-Lhe. Por seu exemplo e suas palavras, devem ensinar-lhes que Cristo é um 
disciplinador amoroso, sempre terno e solícito, desejando que eles se tornem 
membros do seu corpo, a família de Deus. Crescente intimidade familiar é um dos 
característicos da mensagem final do evangelho. (Gên. 2:18-25; Mat. 19:3-9; João 2:1-
11; I Cor. 6:14; Efés. 5:21-33; Mat. 5:31 e 32; Mar. 10:11 e 12; Lucas 16:18; 1 Cor. 
7:10 e 11; Êxo. 20:12; Efés. 6:1-4; Deut. 6:5-9; Prov. 22:6; Mal. 4:5 e 6.) 
 O Ministério de Cristo no Santuário Celestial. Há um santuário no Céu, o 
verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, não o homem. Nele Cristo ministra em 
nosso favor, tornando acessíveis aos crentes os benefícios de seu sacrifício expiatório 
oferecido uma vez por todas, na cruz. Ele foi empossado como nosso grande Sumo 
Sacerdote e começou seu ministério intercessor por ocasião de sua ascensão. Em 
1844, no fim do período profético dos 2.300 dias, Ele iniciou a segunda e última etapa 
de seu ministério expiatório. É uma obra de juízo investigativo, a qual faz parte da 
eliminação final de todo pecado, prefigurada pela purificação do antigo santuário 
hebraico, no Dia da Expiação. Nesse serviço típico, o santuário era purificado com o 
sangue de sacrifícios de animais, mas as coisas celestiais são purificadas com o 
perfeito sacrifício do sangue de Jesus. O juízo investigativo revela aos seres celestiais 
quem dentre os mortos dorme em Cristo, sendo, portanto, nEle, considerado digno de 
ter parte na primeira ressurreição. Também torna manifesto quem, dentre os vivos, 
permanece em Cristo, guardando os mandamentos de Deus e a fé de Jesus, estando, 
portanto, nEle, preparado para a trasladação ao seu reino eterno. Este julgamento 
vindica a justiça de Deus em salvar os que crêem em Jesus. Declara que os que 
permaneceram leais a Deus receberão o reino. A terminação desse ministério de 
Cristo assinalará o fim do tempo da graça para os seres humanos, antes do Segundo 
Advento. (Heb. 8:1-5; 4:14-16; 9:11-28; 10:19-22; 1:3; 2:16 e 17; Dan. 7:9-27; 8:13 e 
14; 9:24-27; Núm. 14:34; Eze. 4:6; Lev. 16; Apoc. 14:6 e 7; 20:12; 14:12; 22:12.) 
 A Segunda Vinda de Cristo. A segunda vinda de Cristo é a bendita esperança 
da Igreja, o grande ponto culminante do evangelho. A vinda do Salvador será literal, 
pessoal, visível e universal. Quando Ele voltar, os justos falecidos serão ressuscitados 
e, junto com os justos que estiverem vivos, serão glorificados e levados para o Céu, 
mas os ímpios irão morrer. O cumprimento quase completo da maioria dos aspectos 
da profecia, bem como a condição atual do mundo, indica que a vinda de Cristo é 
iminente. O tempo exato desse acontecimento não foi revelado, e somos portanto 
exortados a estar preparados em todo o tempo. (Tito 2:13; Heb. 9:28; João 14:1-3; 
Atos 1:9-11; Mat. 24:14; Apoc. 1:7; Mat. 24:43 e44; I Tess. 4:13-18; I Cor. 15:51-54; II 
Tess. 1:7-10; 2:8;Apoc. 14:14-20; 19:11-21; Mat. 24; Mar. 13; Lucas 21; II Tim. 3:1-5; 1 
Tess. 5:1-6.) 
 Morte e Ressurreição. O salário do pecado é a morte. Mas Deus, o único que é 
imortal, concederá vida eterna a seus remidos. Até aquele dia, a morte é um estado 
inconsciente para todas as pessoas. Quando Cristo, que é a nossa vida, se 
manifestar, os justos ressuscitados e os justos vivos serão glorificados e arrebatados 
para o encontro de seu Senhor. A segunda ressurreição, a ressurreição dos ímpios, 
ocorrerá mil anos mais tarde. (Rom. 6:23; I Tim. 6:15 e 16; Ecles. 9:5 e 6; Sal. 146:3 e 
4; João 11:11-14; Col. 3:4; 1 Cor. 15:51-54; I Tess. 4:13-17; João 5:28 e 29; Apoc. 
20:1-10.) 
 O Milênio e o Fim do Pecado. O milênio é o reinado de mil anos, de Cristo com 
seus santos, no Céu, entre a primeira e a segunda ressurreições. Durante esse tempo 
serão julgados os ímpios mortos; a Terra estará completamente desolada, sem 
habitantes humanos com vida, mas ocupada por Satanás e seus anjos. No fim desse 
período, Cristo com seus santos e a Cidade Santa descerão do Céu à Terra. Os 
ímpios mortos serão então ressuscitados e, com Satanás e seus anjos, cercarão a 
cidade; mas o fogo de Deus os consumirá e purificará a Terra. O Universo ficará assim 
eternamente livre do pecado e dos pecadores. (Apoc. 20; 1 Cor. 6:2 e 3; Jer. 4:23-26; 
Apoc. 21:1-5; Mal. 4:1; Eze. 28:18 e 19.) 
 A Nova Terra. Na Nova Terra, em que habita justiça, Deus proverá um lar eterno 
para os remidos e um ambiente perfeito para vida, amor, alegria e aprendizado 
eternos, em sua presença. Pois aqui o próprio Deus habitará com o seu povo, e o 
sofrimento e a morte terão passado. O grande conflito estará terminado e não mais 
existirá pecado. Todas as coisas, animadas e inanimadas, declararão que Deus é 
amor; e Ele reinará para todo o sempre. Amém. (II Pedro 3:13; Isa. 35; 65:17-25; Mat. 
5:5; Apoc. 21:1-7;22:1-5; 11:15.)[8] 
 
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1473155846504047435#_ftn8
 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
 Concordamos com o Dr. Harold Lindsell, redator da Christianity Today, quando 
lamenta: ―Não estou vendo hoje entre os jovens cristãos qualquer número de mentes 
brilhantes articulando e defendendo a fé cristã na arena da teologia bíblica e 
sistemática. Numa edição recente de Christianity Today (20 de dezembro de 1974), 
Klaus Bockmuhl disse: ‗Já se foram os grandes mestres de uma geração passada, e 
ainda não foi decidida qual direção a teologia há de seguir. . . Realmente, poderia vir 
uma renascença da teologia cristã. Mas isto certamente exigiria muito trabalho, e os 
esforços combinados de todos aqueles que percebem que a tarefa lhes está proposta.‘ 
. . . Gostaria muito de ver um Lutero, um Calvino, um Knox ouum Edwards surgir entre 
vocês para fazer em prol da sua época aquilo que algumas das mentalidades mais 
brilhantes que conheço fizeram em prol da minha.‖[9] 
 
 
APÊNDICE 1 
 
 
VERBETES PAR LER TEOLOGIA CONTEMPORÂNEA 
(Trabalho realizado com os formando do STBNe/98 – Feira de Santana-Ba) 
ANALOGIA DA FÉ 
 Era analogia entis que Karl Bath substitui pela analogia Fidei (analogia da fé), 
visto que a verdade religiosa é dada por Deus. 
 É um conceito Bíblico tirado de Romanos 12, (analogia tes pisteões) ou (metron 
pisteõs), que são palavras semelhantes "analogia da fé" e "medida da fé", 
representam um desenvolvimento do significado paulino original. Para a hermenêutica 
a analogia da fé conota que passagens bíblicas podem ser interpretadas com outras 
passagens porque nada dentro das escrituras podem se contradizer e tendo em vista 
que Deus é o autor das Escrituras. Para Agostinho a interpretação das Escrituras não 
deve violar a fé. E Lutero usa termos quase semelhantes "o intérprete primário da 
Escritura deve ser ela própria", por isso as autoridades cristãs evitavam qualquer fonte 
fora das Escrituras. Para alguns pais da igreja passagens difíceis das escrituras são 
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=1473155846504047435#_ftn9
iluminadas pela fé ensinadas pela igreja, já o protestantismo da reforma é contra essa 
idéia imposta pelo catolicismo. Ainda como princípio exegético a analogia da fé sofre 
alguns abusos com significados que o autor bíblico não quis colocar no texto, por isso 
o intérprete de uma passagem bíblica deve se esforçar o máximo para extrair do texto 
o que realmente ele diz. 
 
CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS – CMI 
 Desde 1909 – Conferência Missionária Mundial em Edinburgo até 1937 – 
Conferência sobre "Vida e Trabalho" em Oxoford e sobre "Fé e Ordem" em Edimburgo 
– o movimento ecumênico era atuante sob muitos aspectos mas não tinha 
organização central. Por ocasião das conferências de 1937 tomaram-se as primeiras 
iniciativas para a fusão de "Vida e Trabalho" e "Fé e Ordem" num Conselho Mundial 
de Igrejas – CMI. De 1938 a 1948 este permaneceu – devido à Segunda Guerra 
Mundial – oficialmente em "processo de formação"; em Amsterdã, em 1958, ele foi 
formalmente estabelecido. 
 O CMI é uma comunhão de igrejas que confessam o Senhor Jesus como Deus 
Salvador, segundo as Escrituras e por isso buscam cumprir em conjunto a sua 
vocação comum para glória do único Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. É uma 
organização ecumênica internacional das igrejas cristãs da Reforma da qual a igreja 
católica faz parte como observadora. Prolonga historicamente os dois movimentos 
mundiais: "Vida e Trabalho", "Be Oxford" e "Fé e Ordem" de Edimburgo. 
 O CMI não é uma igreja, nem pretende ser uma espécie de "super igreja", mas 
existe para servir as igrejas como instrumento, possibilitando-lhes entrar em contato 
umas com as outras. O CMI não considera nenhum conceito ou doutrina sobre a 
unidade da igreja como normativo para suas igrejas membros. Pretende ajudar todas 
elas na procura dessa meta. 
 A 5a Assembléia Geral foi em Nairobi em 1975. Ela propôs um consenso em 
torno da unidade nos seguinte termos: "Jesus Cristo fundou uma igreja. Hoje vivemos 
em diversas igrejas separadas umas das outras. Contudo, nossa visão do futuro é que 
algum dia viveremos de novo, como irmãos e irmãs numa igreja indivisa. 
O CMI exerce seu mandato por intermédio da Assembléia Geral, do Comitê central do 
Comitê executivo, das Comissões, dos Comitês das Unidades de Programas e dos 
Centros Permanentes Administrativos de Genebra e Nova York. A Assembléia se 
reúne a cada sete anos. 
EVANGELHO SOCIAL 
 O Evangelho Social apareceu no final do séc. XIX e dava bastante ênfase aos 
aspectos sociais do cristianismo. Esta corrente do protestantismo moderno teve como 
base o livro "Em Seus Passos o que Faria Jesus?" Esta corrente teve como sua maior 
expressão a figura de Walter Rauschenbush. O Evangelho Social se caracterizou por 
uma dupla ênfase, as quais são: 
· Uma função mais ampla da Igreja; 
· E uma crítica crescente dos sistemas e ideologias da ordem vigente. 
 Foi sem dúvida alguma uma aplicação da ética cristã em resposta as exigências 
de uma nova situação histórica – a intensidade dos problemas sociais geradas pelo 
rápido crescimento industrial dos EUA. Tendo em vista este fato, a consciência cristã 
viu-se obrigada a converter-se em consciência social. 
 
EVANGELICALISMO 
 Movimento no cristianismo moderno que transcende as fronteiras 
denominacionais e confessionais, enfatizando a conformidade com as doutrinas 
básicas da fé e um alcance missionário de compaixão e urgência. Quem se identifica 
com este movimento é um "evangélico conservador" (ou "evangelical") que crê no 
evangelho de Jesus Cristo e o proclama. A palavra é derivada do substantivo 
gregoeuangelion, traduzido como boas-novas, notícias de alegria, 
sendo euangelizomai o verbo correspondente, que significa anunciar boas-novas ou 
proclamar com boas-novas. Estas palavras aparecem quase cem vezes no Novo 
Testamento e passaram para os idiomas modernos através do equivalente em 
latim, evangelium. 
 Desde a Reforma Protestante, a palavra tem sido adotada por certos grupos 
cristãos, que supõem que retornaram ao evangelho (ou Bíblia), em contraste com o 
sistema tradicional que se desenvolveu na Igreja Católica Romana. Na Alemanha, na 
Suíça e em alguns outros países a palavra passou a indicar o corpo geral das igrejas 
protestantes. Na Inglaterra, é empregada quase como sinônimo da Igreja Baixa 
(expressão que aponta para os membros de postura mais protestante e evangélica). 
Na atualidade, os evangélicos são aqueles grupos, essencialmente protestantes, que 
frisam a necessidade do evangelismo, da expiação mediante o sangue de Cristo, da 
regeneração, da crença nos elementos fundamentais do ensino bíblico. Usualmente, 
esses grupos apegam-se a esses documentos sagrados com a sua base de 
autoridade, rejeitando as tradições, os concílios, etc., como padrões de fé e prática. 
Assim, o evangelicalismo é muito mais do que um assentimento ortodoxo a 
determinados dogmas ou uma volta racionária aos costumes antigos. É a afirmação 
das crenças centrais do cristianismo histórico 
 Embora o evangelicalismo seja geralmente considerado um fenômeno 
contemporâneo, o espírito evangélico sempre se manifestou no decurso da história 
eclesiástica. A igreja apostólica, os pais da igreja, os movimentos reformistas 
medievais, pregadores como Bernardo de Claraval, Pedro Waldo, John Wycliffe, John 
Huss e Savonarola se distinguiram dentro do evangelicalismo de tempos remotos. Dos 
mais recentes podemos citar: John e Charles Wesley, George Whitefield, os batistas, 
congregacionais e metodistas. No século XIX, surgiram Charles Spurgeon, George 
Williams, Hudson Taylor, Charles Finey, D. L. Moody, as cruzadas evangelísticas de 
Billy Graham, e outros. Com a "autoctonização" das organizações assistenciais e 
evangelísticas e o envio de missionários por grupos dentro dos próprios países do 
Terceiro Mundo, o evangelicalismo já obteve sua maioridade e é verdadeiramente um 
fenômeno global. 
 
EXISTENCIALISMO 
 Os existencialistas ao contrário do modo de pensar do homem da Idade Média 
que dizia que o ser humano possuía uma essência que "a priore" o determinava, 
diziam que o homem é um ser histórico e que sua essência vai sendo construída pois 
a "existência precede a essência". 
 A doutrina existencialista tem como precursor Kierkegaard (1813-1855) o qual 
atacou a interpretação dogmática do cristianismo e o sistema metafísico Hegeliano. 
Kierkegaard propôs-se a conduzir os indivíduos à plenitude da sua existência, a qual 
seria realizada mediante a decisão livre do indivíduo e a fé em Deus. 
Os filósofos existencialistas refletemsobre a natureza da realidade, mas 
subordinavam as questões tradicionais da metafísica e da filosofia do conhecimento a 
uma perspectiva antropocêntrica (isto é, o homem como referência o valor principal). 
Para eles dar-se um confronto dramático e trágico entre o homem e o mundo. Os 
mesmos menosprezavam o conhecimento científico em particular a psicologia, na 
medida em que esta se pretende ciência – e nega a existência de valores objetivos, 
enfatizando como preferência a realidade e a importância da liberdade humana. 
 No séc. XX as posições existencialistas desenvolveram-se na sua forma ateísta 
por Heidegger (1889-1969) e Gabriel Marcel (1889-1963). Karl Jaspers considerava a 
filosofia como metafísica dentro da qual se processa todo o saber e toda a descoberta 
possível do ser. 
 O que os filósofos existencialistas tem em comum, é o conceito de existência, 
pois para os mesmos existir implica em estar em relação como outros seres humanos, 
com as coisas e com a natureza, sendo estas relações múltiplas, concretas, 
denominadas possíveis de acontecer ou não. 
 
HISTORICISMO 
 Doutrina Histórica-Filosófica que define o pensamento como resultado cultural do 
processo histórico e reduz a realidade e sua concepção à história adotada por autores 
como Croce, Nietzesche, Conte e Simmel. 
 Essa palavra vem do termo alemão "historismus", uma palavra usada para se 
aplicar a uma ênfase exagerada sobre a história. 
 O termo foi cunhado por Mannheim e Troeltsch, da escola neokantiana; afirmava 
que "tudo é história", e Dilthey, argumentava que todos os historiadores escrevem 
como cativos de sua era e circunstâncias particulares. Isto significa que é muito difícil 
chegar-se a uma história pura, se estivermos olhando para os sentidos envolvidos no 
processo histórico. Certamente, Hegel e Marx podem ser criticados desse modo. 
Hegel, porque via a síntese histórica cumprida na monarquia constitucional do governo 
alemão, que vigorava em seus dias, em sua pátria: e Marx, por haver pensado, 
totalmente, que o comunismo poria fim ao processo histórico, por ser uma síntese 
final. 
 A doutrina segundo a qual a realidade é histórica (isto é, desenvolvimento, 
racionalidade e necessidade) e que todo conhecimento é conhecimento histórico. Ela 
supõe a coincidência de finito e infinito, de mundo e de Deus, e considera, portanto, a 
história como a própria realização de Deus. 
 Concepção segundo a qual o pensamento humano se caracteriza por seu 
processo histórico erigido em sistema a ponto de fazer do tempo o gerador e o 
decorador das verdades que a escola vai paulatinamente ensinando. Uma variante da 
doutrina precedente, que vê na história a revelação de Deus no sentido de considerar 
cada momento da própria história em relação direta com Deus e permeado dos 
valores transcendentes, incluídos por ele, na história. 
 O termo historicismo também é usado em um sentido negativo, como sinônimo 
de falácia genética. Esta consiste em explicar de outro modo (mediante falsificação) a 
natureza de algum fenômeno, mediante uma alusão à sua origem. 
 
HUMANISMO 
 Na idade média no séc. XVI o que predominava era o teocentrismo; tudo era em 
nome de Deus ou seja (Deus era o centro de tudo), enquanto na renascença criaram o 
humanismo, o homem no centro de todas as coisas, o homem é a primazia (visão 
antropocêntrica); Protágoras afirmava que o homem é a medida de todas as coisas, de 
tal modo que segundo o humanismo, todas as considerações éticas, metafísicas e 
práticas dependem do homem, e não de forças cósmicas, dos deuses, etc. Assim, 
criou-se um filosofia relativista, sem valores fixos ou absolutos. 
Foi assim cunhada a significação clássica do termo, ou aquele tipo de cultura e ênfase 
promovidos por certos filósofos gregos. 
 Durante a Renascença, homens como Petrarca e Erasmo de Roterdã retornaram 
às raízes gregas quanto a muitos valores; e assim foi rejeitado, pelo menos em parte, 
o modo de pensar que se desenvolvera no escolasticismo, com sua autoridade 
religiosa centralizada, que também caracterizava a Igreja medieval e a sociedade. 
Erasmo, naturalmente, como cristão, dava valor à missão de Cristo, tendo adicionado 
isso à sua clássica maneira de pensar sobre o homem. O humanismo cristão da Idade 
Média e da Renascença tem mostrado ser o único fundamento da liberdade pessoal e 
acadêmica da era moderna. O homem aparece como a base de todos os valores e de 
toda excelência bem como o objeto de todas as atividades. Augusto Conte foi o 
grande campeão dessa forma de humanismo. Ele fazia da humanidade o único objeto 
da nossa adoração. 
 
IDEALISMO 
 O termo vem do grego ideein, "ver", e de eidos, "visão, contemplação". De 
acordo com um uso popular, o termo indica um conjunto de padrões daquilo que é 
mais desejável, como os esforços necessários para atingir tal alvo. 
Ideal – Vem do termo grego "eidos", "visão", contemplação, consideremos os pontos 
abaixo: 
O uso popular dessa palavra refere-se a algum padrão de perfeição ou algo que 
aponta para nobreza, para alguma elevada qualidade, ou seja para algo que deve ser 
emulado. O ideal é a forma mais desejável de realização de qualquer coisa. Aquilo que 
existe somente na imaginação, sem qualquer realidade física. Quando um ideal é 
pertencente às idéias, então devemos falar em ideal conceptual. Nos escritos de 
Platão, idéia é arquétipo. O mundo ideal é o mundo arquétipo e não material das 
idéias, das formas universais. 
 Idealismo Platônico – Platão preparou o caminho para um tipo especial de 
idealismo que tem desfrutado uma longa e influente história. Para ele, as idéias, 
formas ou universais, são verdadeiras realidades, possuídas de natureza espiritual. A 
matéria seria menos real e, se admitirmos qualquer realidade, então teremos um 
dualismo, onde o ideal é mais real, e a matéria é menos real, imitativa do real, em seu 
caráter. Esse é um tipo de idealismo metafísico, que admite certo tipo de dualismo. O 
cristianismo reteve essa forma de dualismo. O mundo celeste é o mundo espiritual, 
onde imperam as realidades espirituais, e o mundo inferior é material, e é mera cópia 
do mundo superior, por intermédio do poder do LOGOS. Os trechos de Heb. 8.5; 9-23 
refletem o dualismo Platônico, com uma cópia do arquétipo que vai sendo produzida 
nos objetos materiais. Essa forma de idealismo metafísico chama-se realismo 
metafísico, dando a entender que a idéia é que é real". 
 Idealismo Hegeliano – Hegel ensinava um idealismo absoluto. A força Cósmica 
todo-abrangente (Deus) é idéia, e não material. É, espiritual em sua essência. O 
idealismo subjetivo, dentro desse sistema, é a tese. O idealismo objetivo seria a 
antítese. Essas formas, são apenas nomes que damos às operações do Espírito 
Absoluto, que atua através de seu próprio sistema de tese, antítese e síntese, através 
da qual dá forma a todas as coisas, bem como seu estado de ser, seus atos e suas 
realizações. O Espírito Absoluto nunca descansa, e nenhuma síntese dEle é final. 
Uma nova tese surgirá inevitavelmente de sua antítese, dando origem a uma nova 
síntese. 
 
ILUMINISMO 
 Movimento filosófico que teve seu apogeu no século XVIII e determinou a face 
espiritual do século XIX. Caracterizou-se pela confiança no progresso e na razão, pelo 
desafio à tradição e à autoridade, e pelo incentivo à liberdade de pensamento. 
Irradiou-se da Inglaterra e dos Países Baixos. Apresenta aspectos diversos conforme 
os países. O iluminismo católico mostra linhas nitidamente sociais e humanitárias. 
As lojas maçônicas ajudaram a disseminá-lo por toda a Europa. O movimento 
contra as crenças e instituições estabelecidas ganhou impulso durante o século XVIII, 
com Voltaire, Rousseau, Tugot, Condorcet e outros. Muitos foram presos em função 
de suas convicções, mas através da Enciclopédia seusataques ao governo, à Igreja e 
ao judiciário forneceram a base intelectual para a Revolução Francesa. 
 
LIBERALISMO 
 Conjunto de idéias e doutrinas que têm por objetivo assegurar a liberdade 
individual inclusive no campo moral e religioso. Preconiza o direito ao indivíduo de 
adotar idéias e posições avançadas. É contrário a qualquer tipo de intolerância. Admite 
maior amplitude na esfera das opiniões pessoais. Liberalismo religioso foi um 
desenvolvimento da teologia alemã posterior ao iluminismo. 
 
ORTODOXIA 
 O eqüivalente em português da palavra grega "orthodoxia" (de orthos "certo", e 
doxa "opinião"), o que significa crença correta, em contraste com a heresia ou a 
heterodoxia. O termo não é bíblico. Nenhum escritor secular ou cristão usa-o antes do 
século II, embora o verbo orthodoxein esteja em Aristóteles. A palavra expressa a 
idéia de que certas declarações sintetizam como exatidão o conteúdo do Cristianismo 
às verdades reveladas e, portanto, são por sua própria natureza normativas para a 
igreja universal. 
 A idéia da ortodoxia veio a ser importante na igreja a partir do século II, por 
causa de conflitos, primeiramente como o gnosticismo e depois com outros erros a 
respeito da trindade e da pessoa de Cristo. A aceitação rigorosa da "regra de fé" 
(regula fidei) era exigida como uma condição prévia da comunhão, e surgiu uma 
multiplicidade de credos que explicavam essa "regra". A Igreja Oriental se 
autodenomina "ortodoxa" e condena a Igreja Oriental como heterodoxa, por causa da 
inclusão da cláusula "filioque" no seu credo. Os teólogos protestantes do século XVII, 
especialmente os luteranos conservadores, ressaltavam a importância da ortodoxia 
quanto a soteriologia dos credos da reforma. 
 Quanto ao catolicismo romano, o mesmo oferece uma base complexa para a 
ortodoxia: as Escrituras, conforme elas foram definidas pela Igreja; os pareceres dos 
chamados pais da Igreja; as decisões dos concílios; os credos; as declarações ex-
catedráticas dos papas. Os grupos protestantes, por sua vez, cortam o nó górdio, 
oferecendo uma exagerada simplificação. Rejeitando certas idéias católicas romanas, 
eles oferecem as "Escrituras somente". 
 
PANTEÍSMO 
 Essa palavra vem do grego, pan, "tudo", + Theós, "deus", dando a entender que 
tudo é Deus. De acordo com o panteísmo, Deus é o cabeça da totalidade, e o mundo 
é o seu corpo. A forma objetivada, "panteísta", foi cunhada pela primeira vez por John 
Toland, em 1705. Por sua vez, Fay atacou a filosofia de Toland, e usou a forma 
nominal "panteísmo". E, desde então o termo tem sido continuamente usado. O 
panteísmo é uma espécie de monismo, que identifica a mente e a matéria, e que 
pensa que a unidade é divina. E assim, o finito e o infinito tornam-se uma e a mesma 
coisa, embora diferentes expressões de uma mesma coisa. O universo passa a ser 
auto-existente, sem começo, embora sujeito a modificações. De acordo com o 
panteísmo, todos os seres e toda a existência de Deus, são concebidos como um 
todo. 
 
REFORMA 
 A Reforma foi a renovação da vida religiosa acontecida na Europa do século XVI 
pelo retorno às origens do Cristianismo. Preparada pelo humanista Erasmo de 
Roterdão (1466-1536), a Reforma foi iniciada pela obra do monge agostiniano 
Martinho Lutero (1483-1546) que em 1517 afixou, nas portas da catedral de 
Wittenberg, 95 teses contra a venda das indulgências. Em sua orientação de conjunto, 
a Reforma protestante apresenta-se como um dos meios de realização daquele 
retorno aos princípios que foi a divisa do Renascimento. No domínio religioso, o 
retorno aos princípios levava a negar o valor da tradição, e portanto da Igreja, que se 
julgava sua depositária e intérprete. No texto Contra Henrique VIII da Inglaterra (1522) 
Lutero contrapunha a tradição eclesiástica, e a todos os rituais e às glosas que havia 
acumulado durante séculos, o retorno direto à palavra de Jesus Cristo, isto é, ao 
Evangelho. O ensinamento fundamental do Evangelho é, segundo Lutero, a 
justificação por meio da fé, a qual implica dois corolários fundamentais: 1º) a negação 
do valor das obras, isto é, das técnicas religiosas (ritos, sacrifícios, cerimônias) e a 
redução dos sacramentos àqueles que são mencionados pela Bíblia, isto é, batismo, 
penitência, eucaristia, mas também estes subtraídos de qualquer supervisão 
sacerdotal e considerados como expressão da relação direta do homem com Deus. Ao 
culto sacerdotal, Lutero opôs o exercício dos deveres civis, como único "serviço divino" 
que possuía valor religioso; 2º) a negação da liberdade humana e o reconhecimento 
da predestinação da parte de Deus. A fé é o sinal seguro desta predestinação e 
portanto o indício da salvação. 
 Pode-se dizer que a Reforma começou, em sua forma preliminar, com John 
Wycliffe, no século XIV e com John Huss, que foi outra figura espiritual que lançou o 
alicerce sobre o qual a Reforma veio a ser edificada. Os grandes líderes da Reforma, 
no século XVI, além de Lutero, foram Zuínglio e Calvino, os quais não pretenderam, 
inicialmente, formar uma Igreja separada, mas apenas "reformar" a existente. Por isso 
foram chamados de "reformadores" e sua ação, de "Reforma". Quando, porém, se 
consumou a separação entre católicos e protestantes, o nome da Reforma veio 
adquirir um aspecto nitidamente confessional, tornando-se quase sinônimo de 
protestantismo. Dentro da Reforma protestante, poderíamos distinguir três alas: 1) a 
direita, representada pelo anglicanismo, que conservou numerosos elementos 
"católicos"; 2) O centro, constituído pelo luteranismo e o calvinismo, que não 
rejeitaram completamente uma constituição hierárquica da Igreja; 3) a esquerda, que 
se encarna no anabatismo, com sua rejeição da hierarquia, do sentido salvífico dos 
sacramentos e do batismo de crianças. Além de Zuínglio e Calvino, o trabalho inicial 
de Lutero teve continuidade graças aos esforços de Melanchthon e João Knox. A 
Reforma é o berço de toda a teologia moderna. 
 
SECULARISMO 
 Essa palavra vem do LATIM seculum, "pertence a uma época". Nos círculos 
religiosos recebe o sentido de "aquilo que pertence ao mundo de nosso tempo" e que 
não faz parte do que é sagrado ou espiritual. Em termos gerais, o secularismo envolve 
uma afirmação da realidades imanentes deste mundo. E uma cosmovisão e um estilo 
de vida que se inclina para ao profano mais do que para o sagrado, o natural mais do 
que o sobrenatural. O secularismo é uma abordagem não-religiosa da vida individual e 
social. 
 O secularismo veio a ser uma espécie de movimento tipo humanista. O 
secularismo procurava aprimorar as condições humanas, sem fazer qualquer alusão à 
religião ou as reivindicações da igreja. Antes, utilizava-se da pura razão, da ciência, e 
das organizações sociais (não-religiosas) humanas. O secularismo é uma ideologia, 
para uma visão fechada do mundo que funciona semelhante a uma religião. E uma 
forma de religiosidade, religião invertida e una. 
 No secularismo as dimensões – presente e imanente de existência estão 
revertidos dos atributos do eterno e do transcendente. No entanto, como filosofia 
abrangente de vida, expressa um entusiasmo sem reservas pelo processo da 
secularização em todas as esferas da vida. O secularismo carrega uma falha fatal, 
pelo seu conceito reducionista da realidade, porque nega e exclui Deus e o 
sobrenatural numa fixação míope naquilo que é imanente e natural. Na discussão 
contemporânea, o secularismo e o humanismo são freqüentemente vitais como uma 
só dupla que forma o humanismo secular – uma abordagem da vida e da sociedade 
que glorifica a criatura e rejeita o criador. O secularismo, como tal constitui-se num 
rival do cristianismo. 
 Nenhuma discussão contemporânea do cristianismo e secularismo pode deixar 
de lidar com as cartas e papéis da Prisão escritos por Dietrich Bonhoeffer.Da 
perspectiva da teologia bíblica cristã, o secularismo é o culpado porque "mudaram a 
verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do criador" 
(Rm. 1.25). Tendo excluído o Deus transcendente como absoluto e o objetivo da 
adoração, o secularismo inexoravelmente torna o mundo do homem e da natureza 
absoluta, e objetivo da adoração. 
 Em termos bíblicos, o Deus sobrenatural criou o mundo e sustenta a sua 
existência. Este mundo (o saeculum) tem valor porque Deus o criou, continua a 
preservá-lo, e age para redimi-lo. Embora Deus haja Senhor da história e do universo, 
Ele não pode ser identificado com um ou outro (panteísmo). Homens e mulheres, 
existem em liberdade e responsabilidade que o homem tem com Deus e o mundo. 
 O principal expoente do secularismo é Dietrich Bonhoeffer nascer em Breslau, 
Prússia (depois Wroclaw, na Polônia), a 4 de fevereiro de 1906. Educado em Tübingen 
e Berlim, tornou-se pastor luterano e trabalhou em Barcelona e Nova York. Em 1931 
assumiu a cátedra de teologia sistemática na Universidade de Berlim. Quando Hitler 
subiu ao poder em 1933, Bonhoeffer estava em Londres e decidiu lutar contra o 
nazismo. Em 1935 foi chamado a assumir a direção de um seminário clandestino em 
Finkenwald, na Pomerânia. O problema central de sua teologia era como ser cristão 
num mundo secularizado e ateu. Propunha como uma das soluções a interpretação 
não-religiosa dos conceitos bíblicos, o que sugeria a possibilidade de haver cristãos 
arreligiosos. 
 
SECULARIZAÇÃO 
 A palavra secular provém do termo latino, saecelum, significando "esta idade 
presente". A Secularização é uma palavra temporal usada para traduzir a palavra 
grega "aeon", que significa era ou época. A Secularização adquire significados da 
distinção medieval entre aquilo que ficava sob jurisdição eclesiástica ou monástica ou 
aquilo que não ficava por serem de competência do Estado. Secularização é a 
libertação do que é mundano em relação ao que é santo. É a inversão de valores 
dentro dos campos teológicos e secularistas, onde o ser humano começa a se voltar 
para o presente esquecendo completamente o futuro. 
 A secularização como teologia surgiu com Bonhoeffer, quando dizia que a igreja 
não existe senão quando é "para os outros". A igreja deve participar das tarefas 
humanas, não como quem governa e comanda, mas como quem serve. A 
secularização é como ameaça e precaução. O que ele asseverou é que o cristão 
moderno deve ser um homem também voltado para atividades seculares, dedicado a 
causas humanistas. A Secularização é uma ameaça provocante, que deve ser levada 
a sério. Ao cristianismo essencial ao que chama razoável. O destinatário do evangelho 
é o homem novo. Este homem novo, não nos deve causar medo. A igreja não deve 
permanecer fora do mundo, mas está no mundo. A provocação da Secularização é um 
desafio às nossas igrejas de nos integrarmos às necessidades humanas, tendo como 
objetivo principal Jesus Cristo. 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
 
1. AHLSTROM, Sydney E. Theology in America. Nova Iorque: Bobbs-Merrill, 1967. 
2. COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Teologia. São Paulo: Editora Saraiva, 1982. 
3. Enciclopédia Barsa, em Cd-Rom. 
4. ERICSSON, Villard J. Conciso Dicionário de Teologia Cristã. 2. Ed. Rio de Janeiro: 
JUERP, 1995. 
5. EWEL, Walter A. Enciclopédia História – Teologia da Igreja Cristã. São Paulo: Vida 
Nova, 1988. 
6. Gilbert Highet, The Classical Tradition. Nova Iorque: Oxford, 1949. 
7. GUNORY, Stanley. Teologia Contemporânea. 2. Ed., São Paulo: Mundo Cristão, 1987. 
8. LANDERS, John. Teologia Contemporânea. Rio de Janeiro: JUERP, 1941. 
9. MONDIM, Batista. As Grandes Teologias do Século Vinte. São Paulo, Paulinas, 1979, 
288p. 
10. Nisto Cremos. São Paulo: Casa Publicadora Brasileira, 1989. 
11. SCHLESINGER, Hugo. Dicionário Enciclopédico das Religiões. Petrópolis, RJ: Vozes, 
1995. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CORRENTES TEOLÓGICAS DA ATUALIDADE — MÓDULO 22-A 
 
 
 
 
 
 
PREZADO ALUNO: 
·Estude o módulo e entregue esta avaliação respondida sem rasuras 
·Não copie do colega e responda com caneta azul ou preta 
 
QUESTIONÁRIO 
 
01. Defina o movimento chamado ―iluminismo‖? 
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02. Que impacto o iluminismo exerceu sobre a teologia contemporânea e em que 
áreas? 
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03. O que é ―liberalismo religioso‖? 
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04. Quem é considerado o pai da teologia moderna? 
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05. Qual era a posição de Bierdermann sobre a natureza teantrópica de Cristo? 
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06. O Que é o evangelho social? 
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07. Que influência exerceu Darwin e seu evolucionismo sobre a teologia? 
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08. Como a chamada ―alta crítica‖ encara a Bíblia? 
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09. Qual a diferença entre as posições liberal, realista e ortodoxa? 
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________________________________ 
 
10. Em que consiste a questão quenótica? 
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11. Qual a diferença entre panteísmo e panenteísmo? 
_____________________________________________________________________
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12. Que ensina o universalismo soteriológico? 
__________________________________________________________________________________________________________________________________________
________________ 
 
13. Segundo a Bíblia, Deus é um ser triúno ou unitário? 
_____________________________________________________________________
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14. Por que é perigoso reduzir a teologia à subjetividade do empirismo? 
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15. Dê os nomes de alguns teólogos ortodoxos. 
_____________________________________________________________________
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16. Que livro de Barth assinalou o início da neo-ortodoxia? 
_____________________________________________________________________
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17. Quais os quatro principais teólogos dos anos 1960-1970? 
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_____________________________________________________________________
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18. Qual a proposta da teologia da esperança? 
_____________________________________________________________________
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19. Cite o nome do teólogo brasileiro que é o principal expositor da teologia da 
libertação. 
_____________________________________________________________________
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20. Qual a contribuição do Concílio Vaticano II para a teologia cristã? 
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
________________________________________ 
 
 
 
[1] Gilbert Highet, The Classical Tradition. 
[2] Sydney E. Ahlstrom, Theology in America, págs. 23-91. 
[3] Enciclopédia Barsa, art. ―Evolução‖. 
[4] Vernon C. Ground in Teologia Contemporânea, pág.45. 
[5] Stanley Gundry, Teologia Contemporânea, págs. 13-44. 
[6] Enciclopédia Barsa, art. ―Concílio Vaticano II‖. 
[7] Enciclopédia Barsa para os diversos verbetes. 
[8] Nisto Cremos para os diversos itens. 
[9] Harold Lindsell, ―Think on These Things‖, The Other Side, março-abril de 1975, 
págs. 20-21. 
 
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