Buscar

Armazenamento de sementes de ipê amarelo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

GERMINAÇÃO* E VIGOR DE SEMENTES DO IPÊ AMARELO [(HANDROANTHUS
CHYSOTRICHUS (MART. EX DC.) MATTOS)] ARMAZENADAS EM AMBIENTES DIFERENTES
Luanna Divina da Silva Cunha* 
Resumo: Espécies nativas, em sua maioria, possuem condições de baixa longevidade natural para suas sementes, assim, sua viabilidade é perdida rapidamente, exigindo-se uma semeadura estreitamente rápida, dentro da mesma estação. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi estimar o armazenamento ideal para manter a viabilidade e o vigor das sementes de Handroanthus chysotrichus (Mart. Ex DC.) Mattos, de modo que as mesmas ultrapassem de uma estação para outra. O experimento foi conduzido no Laboratório de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás (Câmpus Porangatu) e posteriormente na Casa de Vegetação Universitária. 
Abstract: Native species, for the most part, have conditions of low natural longevity for their seeds, thus their viability is lost quickly, requiring a very fast sowing within the same season. Thus, the objective of this work was to estimate the ideal storage to maintain the viability and vigor of the seeds of Handroanthus chysotrichus (Mart. Ex DC.) Mattos, so that they can grow from one season to another. The experiment was conducted at the Laboratory of Biological Sciences of the State University of Goiás (Câmpus Porangatu) and later at the University Vegetation House.
Palavras chave: Germinação. Vigor. Armazenamento. Temperatura. 
Introdução 
 O ipê amarelo Handroanthus chysotrichus (mart. ex dc.) Mattos é uma espécie florestal que ocorre desde o Estado do Espírito Santo até Santa Catarina na Floresta Pluvial Atlântica. É uma planta decídua e heliófita. Sua dispersão é descontínua e irregular, geralmente ocorrendo em baixa frequência. Produz anualmente grande quantidade de sementes. A madeira é moderadamente pesada, resistente, de grande durabilidade mesmo em condições adversas. É própria para obras externas e internas em construção civil. A árvore é extremamente ornamental, sendo muito utilizada para arborização em praças e ruas, devido ao seu pequeno porte. Floresce durante os meses de agosto e setembro, geralmente com a planta totalmente despida de folhagem. Os frutos amadurecem a partir do final de setembro a meados de outubro (LORENZI, 1992, p. 700). 
Em questão de reprodução, a viabilidade das sementes se faz um fator fundamentalmente importante para as espécies florestais nativas. Guollo (2012, p. 171) relata que o Ipê amarelo H. chrysotrichus, observa-se em particular uma acentuada redução na viabilidade das sementes durante o armazenamento natural. A medida que são espécies usadas tanto para a recomposição de áreas de matas nativas como também para arborização urbana, devido ao seu potencial para ornamentação de parques e jardins e também por sua madeira apresentar alto valor comercial, principalmente para exportação, a conservação das suas sementes é essencial para um programa de produção de mudas. Dessa forma, compreender e conhecer as caracteristicas das sementes é de tal forma primordial. O conhecimento sobre os métodos de conservação mais adequado para cada tipo de semente torna-se necessário para expandir ao maximo o tempo de armazenamento das mesmas. Logo este trabalho tem como finalidade testar e comparar os diferentes tipos de armazenagem para a semente do Ipê amarelo (ambiente natural, freezer e geladeira), assim como a sua viabilidade e longevidade com o decorrer do tempo.
Material e Métodos
O experimento foi conduzido no Laboratório de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Goiás (Câmpus Porangatu) e posteriormente na Casa de Vegetação Universitária. A sementes foram coletadas em uma árvore matriz localizada dentro do Câmpus, no mês de setembro de 2017, caracterizando o período de maturação das mesmas. Os testes constituíram-se no armazenamento de 150 sementes no total, em sacos de papel Kraft e sacos de polietileno transparente, após acondicionadas foram armazenadas por 243 dias, em três ambientes: em laboratório, sem controle de condições ambientais (21 a 31ºC), em geladeira (4 a 6ºC) e em freezer (-1 e -4°C), e então foram semeadas no mês de Maio de 2018, em substrato contendo terra do Cerrado, esterco bovino, palha de arroz carbonizada e farinha de osso, permanecendo em Casa de Vegetação.
Resultados e Discussões 
A melhor estratégia para conservação foi obtida com acondicionamento em geladeira em temperatura aproximada de 4 a 6ºC, embaladas em saco de polietileno transparente, apresentando 100% de germinação no prazo de 19 dias, seguidos de armazenamento em freezer embaladas em saco de papel Kraft e saco de polietileno transparente com 98% de germinação. Sendo que em laboratório, sem controle de condições ambientais não houve germinação das sementes. Dessa forma o acondicionamento tanto em freezer ou geladeira se mostraram eficientes em manter a viabilidade e vigor das sementes de uma estação para outra. 
O armazenamento possibilita a conservação de sementes por períodos mais longos, preservando sua viabilidade. Marcos Filho (1977) apud Kano et al (1978), relatam que para a conservação do poder germinativo das sementes é necessário mantê-las em ambiente seco e frio. Assim a manutenção da viabilidade de sementes por meio do armazenamento, em situações monitoradas possibilita uma maior longevidade e viabilidade das sementes.
Considerações finais 
É levado a acreditar que as espécies de Ipê apresentam um tempo de viabilidade e longevidade muito curto, com baixa longevidade natural provocada pela fraca quantidade de substâncias de reserva armazenadas na semente (SANTOS, 2007, p.50). Neste contexto a conservação adequada de sementes é de considerável relevância para os hotspots, sendo que possui um papel fundamental para a preservação da qualidade fisiológica das mesmas.
Referencias 
FONCECA, Fernanda Lopes et al. Maturidade fisiológica das sementes do ipê amarelo, Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Standl. Scientia Forestalis/Forest Sciences, n. 69, p. 136-141, 2005. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/68658>. Acesso em 10 de julho de 2017. 
GUOLLO, Karina et al. Viabilidade de sementes de handroanthus chrysotrichus (Mart. ex DCc.) Mattos armazenadas em diferentes ambientes. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Câmpus Dois Vizinhos, Paraná. II Congresso de Ciência e Tecnologia da UTFPR, p. 170-172, 2012. Disponível em:< revistas.utfpr.edu.br/dv/index.php/CCT_DV/article/view/1007>. Acesso em 15 de julho de 2017. 
KANO, Nelson Kazuo et al. Armazenamento de sementes de ipê-dourado (tabebuia sp). IPEF n.17, p.13-23, 1978. Disponível em:< www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr17/cap02.pdf> Acesso em: 05 de julho de 2017. 
SANTOS, Fabiana Silva dos. Biometria, germinação e qualidade fisiológica de sementes de Tabebuia chrysotricha (Mart. ex A. Dc.) Standl. provenirntes de diferentes matrizes. 2007. ix, 48 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, 2007. Disponível em: <http://hdl.handle.net/11449/96795>, Acesso em: 10 de julho de 2017. 
Souza, V.C.; Lorenzi, H. 2012. Botânica Sistemática: guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. 3ª ed. Instituto Plantarum, Nova Odessa, São Paulo, 2012, 768p. 
		*Graduanda em Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Goiás, E-mail: luannadivinasilva@gmail.com

Continue navegando