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ESTUDO DE CASO SAUDE COLETIVA

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2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO-UEMA
CAMPUS COLINAS
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM BACHARELADO
ALEX FEITOSA NEPOMUCENO
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: UM ESTUDO DE CASO
COLINAS
2019
ALEX FEITOSA NEPOMUCENO 
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA: Estudo de Caso
Estudo de caso apresentado ao Curso de Enfermagem Bacharelado da Universidade Estadual do Maranhão - Campus Colinas, como requisito para obtenção da segunda nota na disciplina Saúde Coletiva.
Preceptora: Jordânia Ferreira de Amorim
COLINAS
2019
LISTA DE SIGLAS
DM	Diabetes Mellitus
HAS	Hipertensão Arterial Sistêmica 
MS 	Ministério da Saúde
SAE 	Sistematização da Assistência de Enfermagem
IMC 	Índice de massa corpórea
AVC 	Acidente Vascular Cerebral
IAM 	infarto agudo do miocárdio
MMII 	Membros inferiores
MMSS Membros Superiores
PA 	Pressão Arterial
PAS	Pressão Arterial Sistólica
PAD	Pressão Arterial Diastólica
GC 	Glicemia Capilar
TAX	Temperatura Axilar	
FR	Frequência Respiratória
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 DESCRIÇAO DO CASO	7
2.1 ANAMNESE	7
2.2 EXAME FÍSICO	7
2.3 SINAIS VITAIS	7
2.4 EXAMES LABORATORIAIS	8
3 FARMACOLOGIA	9
3.1 LOSARTANA 50 MG	9
3.1. 1 Via de Administração	9
3.1.2 Indicação	9
3.1.3 Contraindicação	9
3.1.4 Efeitos Adversos	9
3.1.5 Princípio Ativo	10
3.1.6 Farmacodinâmica	10
3.1.7 Interações medicamentosas	10
3.1.8 Posologia	10
4 DIAGNOSTICOS E INTERVENÇÕES	11
5 EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM	12
5.1 PRIMEIRA VISITA	12
5.2 SEGUNDA VISITA	12
5.3 TERCEIRA VISITA	12
5.4 QUARTA VISITA	12
6 PLANO DE ALTA	14
7 DISCUSSÃO	15
8 CONCLUSÃO	16
 REFERÊNCIAS	17
1 INTRODUÇÃO
	
Segundo o Ministério da Saúde (MS) a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial que tem como características os níveis elevados e apoiados de Pressão Arterial (PA). Esta condição frequentemente se associa a alterações funcionais ou estruturais dos órgãos-alvo, coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos, com alterações metabólicas, tendo como consequência eventos cardiovasculares que podem ser fatais. Nesse sentido, a HAS é tida como um sério problema de saúde pública, devido a seu caráter assintomático, elevada morbimortalidade e baixa adesão do paciente aos tratamentos prescritos. Entre as doenças crônicas, a HAS merece atenção, visto que sua prevalência atinge 20% da população adulta nas diferentes classes sociais, etnias, raças e culturas (BRASIL, 2018)
A HAS é uma pressão arterial sistólica (PAS) superior a 140 mm Hg e uma pressão diastólica (PAD) maior que 90 mm Hg durante um período sustentado, com base na média de duas ou mais mensurações da PA obtidas em duas ou mais mensurações da PA obtidas em dois ou mais contatos com o profissional de saúde depois de uma triagem inicial. Cujo os principais fatores de risco são:  Tabagismo, Dislipidemia, Diabetes mellitus (DM), Idade superior 60 anos, Sexo (homens e mulheres pós-menopausa, História familiar de doença cardiovascular (em parente mulher com menos de 65 anos de idade ou parente homem com menos de 55 anos) (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016).
É necessário, também, estimular atividades físicas e práticas corporais. O sedentarismo traz impacto na prevalência de doenças e agravos não transmissíveis e no estado geral de saúde da população mundial. Pessoas com níveis insuficientes de atividade física possuem de 20% a 30% maior risco de morte por qualquer causa, contabilizando um total de mortalidade próximo a 3,2 milhões de pessoas a cada ano (BRASIL, 2018)
Contudo, o conceito de vida saudável, torna-se árduo em decorrência do grande consumo de alimentos industrializados que contêm maiores concentrações energéticas e de sódio, bem como baixa concentração de nutrientes quando comparado aos alimentos in natura e saudáveis (MAGALHÃES; SILVA, SANTOS, 2017). 
Ressalta-se também, os avanços tecnológicos presentes nos últimos anos na indústria de alimentos e também na agricultura, podendo citar as que fazem com que as práticas alimentares contemporâneas se tornem objeto de preocupação das ciências da saúde. Esse sentimento de preocupação teve início desde que os estudos epidemiológicos passaram a mostrar uma estreita relação entre a comensalidade contemporânea e algumas doenças crônicas associadas à alimentação, fazendo com que o setor sanitário passasse a propor alterações nos padrões alimentares (MAGALHÃES; SILVA; SANTOS, 2017). 
Nesse contexto, a obesidade na idade adulta se associa em longo prazo, a consequências para a saúde, pois é considerada epidemia mundial, com poucas evidências de que a sua incidência tenha diminuído nas últimas décadas. Assim, muitos estudos têm sido realizados, os quais evidenciam consequências à saúde do indivíduo obeso, ressaltando-se a HAS, hiperglicemia, hipercolesterolemia, colelitíase, apneia do sono, e anormalidades ortopédicas e ósseas (ARAÚJO et al., 2015).
A HAS é um problema grave de saúde pública no Brasil e no mundo. Ela é um dos mais importantes fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e renais, sendo responsável por pelo menos 40% das mortes por acidente vascular cerebral (AVC) por 25% das mortes por doença arterial coronariana e, em combinação com o DM, 50% dos casos de insuficiência renal terminal. Na maior parte do seu curso a HAS é assintomática, implicando na dificuldade de diagnóstico precoce e na baixa adesão por parte do paciente ao tratamento prescrito já que muitos medicamentos apresentam efeitos colaterais. Os fatores de risco para a HAS incluem idade, gênero e etnia, excesso de peso e obesidade, ingestão de sal e álcool, sedentarismo, fatores socioeconômicos e genéticos (SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ, 2018).
De acordo com o Caderno de Atenção Básica 15 do Ministério da Saúde (MS), é evidente a eficácia de estratégias aplicadas a um número maior de pessoas geneticamente predispostas e a uma comunidade visando mudanças de estilo de vida. Os profissionais de saúde da Atenção Primária (AP) têm papel fundamental nas ações individuais e coletivas de controle da HAS, como identificação do grupo de risco, diagnóstico precoce, conduta terapêutica e educação em saúde. Desde 2005 a doença isquêmica do coração e a doença cardiovascular são as principais causas de óbito no Brasil. Até 2015 houve aumento de 18,8% nos óbitos pela primeira e de 13,3% pela segunda causa. Nesse período, a doença isquêmica do coração passou da segunda para a primeira causa de mortes prematuras (abaixo de 60 anos), com aumento de 8,5% (SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ, 2018).
A avaliação inicial de um paciente com HAS inclui a confirmação do diagnóstico, a suspeição e a identificação de causa secundária, além da avaliação do risco. Fazem parte dessa avaliação a medição da PA no consultório e/ou fora dele, utilizando-se técnica adequada e equipamentos validados, história médica (pessoal e familiar), exame físico e investigação clínica e laboratorial (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2016).
Neste estudo apresentarei o caso de uma paciente diagnosticada com HAS. O que me motivou a escolher esta paciente foi a patologia que a mesma apresenta. Temos como objetivos aprofundarmos os nossos conhecimentos teóricos, científicos e práticos nesta área para que possamos desenvolver um planejamento de cuidados, Tendo como um conjunto de objetivos: Definir o modelo do processo de enfermagem a ser utilizado em cada instituição; assegurar uma assistência de enfermagem mais humana; promover o retorno ao autocuidado: Analise do grau de dependência do paciente.
O presente estudo foi realizado por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE), seguindo passos metodológicos, que integrou, exame físico, Estado Nutricional, estudo das medicações utilizadas pela paciente durante todo o processo do estudo, estudo das patologias envolvidas, diagnósticos de enfermagem, a partir do levantamento de problemas identificados e por fim a elaboração do plano de cuidados individual e tratamento.
2. DESCRIÇAO DO CASO
2.1 ANAMNESE
Paciente R.S, com diagnósticomédico de HAS. Realizada entrevista podem-se obter os seguintes dados: 48 anos, negra, católica, divorciada, duas filhas, mãe e genitor vivo, autônoma, alfabetizada, nega tabagismo, nega etilismo, não pratica atividades físicas, natural do Povoado São Pedro, município de Colinas-Ma, condições de moradia: casa própria com paredes de tijolos, coberta de telhas e água encanada, reside no bairro DER com suas duas filhas e renda familiar de um salário mínimo mais benefício Bolsa Família, relacionamento familiar satisfatório, histórico familiar de hipertensão. Desencadeou Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) á aproximadamente dois anos atrás e desde o diagnóstico inicial, a paciente vem fazendo uso regularmente de 50 mg de losartana, duas vezes ao dia, assim como prescrito pelo médico.
2.2 EXAME FÍSICO
Fáceis com expressão calma e amigável, orientada, consciente, cooperativa, respondendo com clareza às solicitações verbais com um bom nível de resposta, normocorada, sono/repouso prejudicado, estado nutricional satisfatório, deambula, pele integra com elasticidade, Olhos: sem anormalidades visual, pupilas isocóricas, Narina integra, Ouvidos: normal com boa audição, cavidade oral: sem alteração, condições de higiene satisfatório, presença de edemas nos membros inferiores (MMII), membros superiores (MMSS) com movimentação e força muscular normais, habito intestinal e urinário inalterado. Peso: 78,200kg, altura: 1,70, IMC:27,1,
2.3 SINAIS VITAIS
Pressão Arterial (PA): 140 x 90 mmHg, Frequência Respiratória (FR):26 irpm, Temperatura (TAX): 35,8° c, Glicemia Capilar (GC): 97 mg/dl, 
2.4 EXAMES LABORATORIAIS
QUADRO 1:
	EXAME
	RESULTADO
	Colesterol Total
	192 mg/dl
	Triglicérides
	150
	Glicemia jejum
	100 mg/dl
FONTE: Alex Feitosa Nepomuceno
3 FARMACOLOGIA
QUADRO 2:
	PRESCRIÇÃO
	DOSE
	POSOLOGIA
	
Losartana 50 mg
	
02
	
Uma vez pela manhã
Uma vez a noite
FONTE: Alex Feitosa Nepomuceno
3.1 LOSARTANA 50 MG
	
3.1. 1 Via de Administração
Via oral 
3.1.2 Indicação 
É indicada para tratar pressão alta e insuficiência cardíaca.
3.1.3 Contraindicação
Não deve ser utilizado em mulheres grávidas ou durante a amamentação, assim como em crianças com menos de 18 anos. Em caso de alergia a qualquer componente da fórmula ou problemas de fígado, também não se deve tomar este remédio. A losartana potássica não deve ser administrada com alisquireno em pacientes com diabetes
3.1.4 Efeitos Adversos
Mais comuns são tontura, pressão arterial baixa, fadiga, diminuição dos níveis de açúcar no sangue, alteração no funcionamento dos rins com produção de pouca urina, excesso de potássio no sangue, anemia e aumento de ureia ou creatinina no sangue.
3.1.5 Princípio Ativo 
A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina e o maior determinante da fisiopatologia da hipertensão. Aumenta o diâmetro dos vasos sanguíneos para ajudar o coração a bombear o sangue para todo o corpo com mais facilidade e diminuir a pressão arterial. 
3.1.6 Farmacodinâmica
A losartana inibe as respostas pressoras sistólica e diastólica a infusões de angiotensina II. No pico, 100mg de losartana potássica inibem essas respostas em aproximadamente 85%; 24 horas após a administração de doses únicas e múltiplas, a inibição é de cerca de 26%-39%. Durante a administração de losartana, a remoção do feedback negativo da angiotensina II sobre a secreção de renina aumenta a atividade de renina plasmática, o que resulta em aumento da angiotensina II no plasma.
3.1.7 Interações medicamentosas
Em geral, Losartana potássica não interage com alimentos ou outros medicamentos que você possa estar tomando. Entretanto, o seu médico deve ser informado sobre todos os medicamentos que você toma, tomou recentemente ou pretende tomar, incluindo os que são vendidos sem receita. 
3.1.8 Posologia
A dose usual inicial e de manutenção é de 50 mg uma vez ao dia. 
4 DIAGNOSTICOS E INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM
QUADRO 3:
	Diagnostico de Enfermagem
			
Intervenções de Enfermagem
	Resultados esperados
	
Nutrição desequilibrada: mais do que as necessidades corporais
	
●Monitorar os horários das refeições para que sejam realizadas 6 refeições ao dia. 
●Orientar quanto a importância de ter uma alimentação saudável e balanceada.
●Informar os alimentos que ele deve evitar em grandes quantidades e quais os que ele deve optar durante as suas alimentações
	
Nutrição equilibrada de acordo com as necessidades corporais
	
Padrão de sono prejudicado
	
●Orientar que faça a ceia antes de dormir. 
●Evitar cochilos durante o dia. 
●Praticar exercícios físicos, pois ajudam a ter um sono tranquilo. 
	
Manter sono e repouso tranquilo
	
Estilo de vida sedentário
	
●Orientar quanto aos benefícios da realização das atividades físicas diárias. 
●Incentivar a fazer exercícios que sejam mais prazerosos. 
●Orientar para inicialmente fazer exercícios 3 dias na semana por 30 minutos e ir gradativamente aumentando a frequência e o tempo. 
	
Prática diária de atividades físicas
	
Conhecimento deficiente relacionado a doença
	
●Orientar quanto a importância na mudança do estilo de vida para controle da doença. 
●Esclarecer todas as suas dúvidas a respeito da doença, complicações e tratamento. 
●Deixar claro os benefícios de seguir as orientações dos profissionais. 
	
Conhecimento suficiente para manejo adequado da doença
FONTE: Alex Feitosa Nepomuceno
5. EVOLUÇÕES DE ENFERMAGEM
5.1 PRIMEIRA VISITA 
Na manhã do dia 08/10/2019 realizada visita domiciliar a paciente R.S 48 anos, sexo feminino, com diagnóstico de Hipertensão Arterial. Consciente, lúcida, responsiva, acianótica, a mesma relata insônia e tontura, deambulação prejudicada devido a presença de edemas nos membros inferiores (MMII), diurese sem alteração presente em quantidade satisfatória. Paciente segue aos cuidados de Enfermagem: Pressão Arterial (PA): 130 x 80 mmHg, Glicemia: 97 mg/dl, Frequência Respiratória (FR):26 irpm, Temperatura (TAX): 35,8° c. A mesma foi orientada sobre a dieta hipossódica, com pouco sal e hipocalórica, sem adição de açúcar.
5.2 SEGUNDA VISITA 
Na manhã do dia 11/10/2019 realizada visita domiciliar a paciente R.S. consciente, comunicativa, afebril, hipertensa, normocádica, hidratada, eupneica, acianótica, mucosas hidratadas e coradas, ausência de edemas nos MMII, eliminações fisiológicas sem alteração, paciente refere melhoras nas tonturas segue aos cuidados de Enfermagem: PA: 140 x 80 mmHg, GC: 99 mg/dl, TAX: 36,5° c, FR: 25 irpm.
5.3 TERCEIRA VISITA
Visita realizada no do dia 22/102019, paciente com queixas cefaleia, tontura, diarreia e ânsia de vômito, relata ter passado mau na noite anterior, a mesma relata melhora após fazer de soro caseiro e chá de limão com alho, presença de edemas nos MMII, atualmente pesa 78,200kg, altura: 1,70 IMC: 27,1 segundo os parâmetros adotados a paciente encontra-se em sobrepeso. Foi repassada algumas orientações quanto, a alimentação, higiene oral e corporal, ingesta de líquidos, controle da PA, orientações sobre a dieta hipossódica e a prática de atividade física regularmente. PA: 120 x 80 mmHg, GC: 102 mg/dl, TAX: 36,0° c, FR: 24 irpm.
5.4 QUARTA VISITA
Visita realizada No dia 22/102019 por volta das 09:30 horas, paciente sem queixas, responsiva, eupneica e normocorada, deambula, relata dormir bem, Ingesta hídrica satisfatória, diurese presente em quantidade moderada, evacuações presentes, a mesma segue aos cuidados de enfermagem: PA: 140 x 70 mmHg, TAX: 36,0°c, FR: 23 irpm, GC: 99 mg/dl
6. PLANO DE ALTA
O ensino no plano de alta é parte integrante do processo educativo, incluindo orientaçõesao paciente e à família acerca do que necessitam saber e compreender, considerando-se os aspectos biológicos, psicológicos e espirituais (OLIVEIRA, 2016).
As orientações no momento da alta são elementos muito importantes e devem envolver temas sobre saúde e possíveis situações no ambiente domiciliar, o planejamento da alta é uma atividade interdisciplinar que tem o enfermeiro como responsável por fazer o elo entre os profissionais, visando bem-estar e recursos necessários para garantir a segurança do cuidado em domicilio. (SOUZA; LIMA, 2015).
Diante do exposto, visando o autocuidado continuado por parte do paciente respeitando-se as peculiaridades e algumas necessidades reais, formulou-se o seguinte plano de alta.
· Problema como HAS devem ser bem esclarecidos, quanto a importância do uso das medicações para o seu controle e o cuidado na alimentação utilizando uma dieta hipossódica para o controle e equilíbrio da pressão.
· Monitorização da PA;
· Não fumar;
· Não consumir álcool
· Orientar quanto a formas de administração, doses e horários das medicações;
· Utilizar as medicações prescritas rigorosamente nos horários;
· Orientar sobre uma hidratação eficaz com no mínimo 2 litros de líquidos por dia;
· Orientar quanto a prática de atividades físicas regularmente;
· Orientação sobre comportamentos saudáveis no núcleo familiar;
· Explicar ao paciente sobre a importância da realização das atividades de vida diária quando possível;
· Manter o equilíbrio hidroeletrolítico.
7. DISCUSSÃO 
O presente caso clínico se refere a um paciente,48 anos, negra, com HAS. Na descrição clássica de HAS, os sintomas iniciais são habitualmente neurológicos (tontura, cefaleia, barramento visual, estados alterados da consciência e convulsões focais ou generalizadas), elevação da pressão arterial (geralmente PAD >130 mmHg).
A HAS é responsável por 14% do total de internações do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo 17,2% por AVC e infarto agudo do miocárdio (IAM). Um dos meios de diagnosticar a HAS é aferir PA regularmente. Pessoas acima de 20 anos de idade devem aferir a pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com HAS na família, deve-se aferir no mínimo duas vezes por ano (NETO, 2015).
O paciente precisa compreender o processo da doença e como as alterações do estilo de vida e medicamentos podem controlar a PA. Em geral esse e outros cuidados consiste em restringir a ingesta de sódio, aumentar a ingesta de frutas e vegetais e implementar a atividade física regular.
Em relação ao exercício físico, sabe-se que essas atividades são essenciais para manter um estilo de vida saudável. Justamente o contrário, o sedentarismo é um dos principais fatores de risco para desenvolver doenças crônicas, por isso, o hipertenso deve ser estimulado a se conscientizar a respeito desse assunto. O combate ao sedentarismo é importante tanto para modificar os fatores de risco, como para intervir nos fatores psíquicos, pois quanto mais o indivíduo for sedentário, menos vontade terá para fazer atividades físicas. Na educação do indivíduo de um modo geral é importante esclarecer acerca de hábitos saudáveis de vida, como indução do sono tranquilo e a ingestão de água, entre outros fatores que podem ajudá-lo a atender essa necessidade que está prejudicada.
Observamos no presente estudo de caso, que a paciente se manteve calma e aceitou os diagnósticos e os objetivos dessa atividade que são encorajar as pessoas a manterem atitudes sadias, melhorar sua qualidade de vida, usar o serviço de saúde com cautela e por reais necessidades. Além disso, cabe a ação educativa, ver e tratar o indivíduo de maneira integral e humanizada.
Um importante aspecto a ser observado na profilaxia da HAS inclui a orientação do paciente quanto o autocuidado, para uma adaptação de um estilo de vida mais saudável como a prática de exercícios regulares e acompanhamento sistemático em unidades de saúde.
8. CONCLUSÃO
O presente estudo de caso nos levou a avaliar e ter melhor conhecimento a qualidade de vida relacionada a saúde de uma paciente com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) possibilitando ter uma visão mais ampliada do processo cuidar, mostrando a necessidade e importância do conhecimento científico na prestação de cuidados aos portadores de HAS. 
A paciente do estudo apresentou-se capaz de realizar o autocuidado, pois a mesma tem condições biopsicossociais para realizar atividades da vida diária. No entanto, é necessário, ações orientadas que favoreçam o conhecimento, as habilidades e atitudes para manutenção da saúde e qualidade de vida.
Portanto, a educação em saúde é parte fundamental no tratamento da hipertensão arterial. Tendo como referencial a Teoria do Déficit de Autocuidado, a paciente em estudo, apresentou déficit de autocuidado relacionado à alimentação, à prática de atividades físicas e ao sono e repouso. 
O enfermeiro tem papel importante na prestação de cuidados a indivíduos com HAS, principalmente por realizar atividades de educação em saúde, com o objetivo de proporcionar maior conhecimento aos pacientes, além de contribuir para a adesão destes ao tratamento. Atuar junto aos portadores de HAS, com vistas à promoção, prevenção, tratamento e recuperação da saúde, esclarecendo suas dúvidas e incentivando a adoção de hábitos e estilos de vida saudáveis, é um caminho a ser seguido pelo enfermeiro para obter resultados positivos.
Portanto, através do conhecimento técnico, científico e prático adquirido em sala de aula, observa-se em cada cliente a importância de se aplicar a sistematização de enfermagem de forma ampla, objetiva e individualizada em todos os pacientes, sejam eles de alta, média e baixa complexidade, a nível ambulatorial, hospitalar em todas fases da vida.
A HAS não tem cura, mas tem tratamento e pode ser controlada, assim evitando o risco de AVC, entre outros. Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é necessário adotar um estilo de vida saudável, manter o peso adequado, se necessário mudando hábitos alimentares, não abusar do sal, praticar atividades físicas regularmente, moderar o consumo de álcool, evitar alimentos gordurosos, estar atento a diabetes e realizar acompanhamento profissional.
REFERÊNCIAS
Anvisa. Bulário eletrônico. Ministério da Saúde. Disponível > http://www.anvisa.gov.br\datavisa\fila_bula\index.asp. Acesso em: 19 março.2019 < acesso em 11 out 2019.
ARAÚJO, L. N; CAVALVANTE, D.M; BARROSO, M.F.G; NOGUEIRA, L.F; SOUSA, A.P.B; MORAES, K. M. Viver saúde: promoção da qualidade de vida de adolescentes vulneráveis em um projeto social. Sobral: ANARE, V.14, n.01, p.93-96, jan./jun., 2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/tce/v23n4/pt_0104-0707-tce-23-04-01095.pdf Acesso em: 10 out. 2019.
BRASIL, Ministério da Saúde. secretaria de estado de saúde. Protocolo de Atenção à Saúde: Manejo da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde. Brasília, 2018.
BULECHEK, G.M; BUTCHER, H.K; DOCHTERMAN, J.M. Classificação das Intervenções de Enfermagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
BULECHEK; Gloria M. et al. Classificação das Intervenções de Enfermagem (NIC). 6. ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2016. 1411
HERDMAN, T.H; KAMITSURU, S. Diagnósticos de enfermagem da NANDA-I: definições e classificação 2018-2020. 11. ed. Porto Alegre: Artmed, Editado como livro impresso em 2018.
MAGALHÃES, G. S. F.; SILVA, T. L.; SANTOS, A. F. L. Avaliação antropométrica e comportamento alimentar de usuários de um ambulatório de nutrição. R. Interd. v. 10, n. 1, p. 94-102, jan. fev. mar. 2017. Disponível em: https://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/ind Acesso em: 10 out. 2019.
NETO, J.L.O. Hipertensão arterial sistêmica: projeto de intervenção para o enfrentamento da doença no pacs jardim pérola no município de governador Valadares. 2015. 25 f. TCC (Especialização em atenção básica em saúde da família) – Universidade Federal de Minas Gerais, Minas Gerais, 2015.
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ. Superintendência de Atenção à Saúde. Linha guia de hipertensão arterial/SAS. 2. ed.52p. Curitiba: SESA, 2018. 
SOUZA, L. P; LIMA, M. G. Educação continuada em unidade de terapia intensiva: revisão da literatura. J Health Biol Sci., v. 3, n. 1, p. 39-45, 2015
Sociedade Brasileira de Cardiologia. (2016). SBC. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiro de Cardiologia, 107(3).
OLIVEIRA, F. F. Educação em saúde no contexto da alta hospitalar de paciente de unidade de terapia intensiva. Revista Multitexto. v. 4, n. 01, 2016.

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