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13 A expansão republicana

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Módulo 13 - A expansão republicana
História - 1º Bimestre - 1ª Série - Ensino Médio
1. As primeiras conquistas.
O primeiro momento a ser considerado quando tratamos da expansão romana é a conquista da própria
Península Itálica. Foi um processo lento que precisou de mais de 230 anos para se efetivar, mas que
resultou na anexação de todos os povos vizinhos (inclusive os aliados, como os latinos). Roma logrou
derrotar os sabinos e anexar seus territórios; também conquistou a Etrúria, a Gália, a Planície da Campânia
e Tarento, conquistas que lhe deram o controle sobre toda a Península.
O principal instrumento para a conquista foi um exército muito bem preparado para dominar os demais
povos.
Os romanos foram grandes engenheiros. Por volta de 200 a.C., centenas de quilômetros de estradas,
algumas com até 12 metros de largura, cortavam seus domínios. Elas eram construídas pelos legionários do
exército durante suas campanhas. Primeiro, eles colocavam fogo no local escolhido, a fim de destruir a
vegetação e evitar emboscadas inimigas; em seguida, ajustavam os blocos de pedra sobre uma camada de
areia, para depois cobri-los com mistura de cascalho e cimento. As estradas eram levemente encurvadas de
modo a drenar a água das chuvas. Elas permitiam o trânsito dos viajantes a cavalo, de carroças puxadas
por bois e mulas e das tropas de soldados, que viajavam a pé, em marcha.
As campanhas militares eram longas e, durante o avanço das tropas, era preciso montar e desmontar
acampamentos com rapidez e eficiência. Para isso, cada soldado era sempre encarregado de executar as
mesmas tarefas, como nivelar o terreno e demarcá-lo, cavar o fosso, erguer a paliçada e as torres de
observação, abrir ruas no interior do acampamento, dividindo-o em quarteirões. Roma preocupou-se com a
construção de estradas para, justamente, facilitar o deslocamento de suas tropas e a mobilização de
recursos necessários às conquistas.
Quando Roma partiu para a expansão além da Península Itálica, internamente havia uma relativa
estabilidade política, pois as questões sociais entre patrícios e plebeus tinham sido resolvidas,
temporariamente, pelas conquistas plebeias — algumas ocorreram paralelamente à unificação da Península
Itálica.
Com a conquista de Tarento, o grande alvo de Roma passou a ser a cidade de Cartago, pois essa antiga
colônia fenícia dominava o comércio no Mediterrâneo, chegando a atingir a costa ocidental da África, a
Bretanha e a Noruega. Os cartagineses ofereciam tecidos, perfumes, pedras preciosas, trigo, marfim e
ouro, além de possuírem uma poderosa frota naval e um exército de terra.

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Roma e aliados
Cártago e aliados
Guerras Púnicas
 
N a Primeira Guerra Púnica (264-241 a.C.), os romanos investiram contra Cartago na disputa pelo
controle sobre a Sicília. A vitória romana forçou os cartagineses a pagar-lhes uma pesada indenização de
guerra e a entregar-lhes a Sicília, a Córsega e a Sardenha.
A Segunda Guerra Púnica, entre Roma e Cartago (218-202 a.C.), deu aos romanos o controle sobre o
Norte da África e o Sul da Espanha, exceto o Reino da Numídia e Cartago.
Entre 150 e 146 a.C., Roma e Cartago enfrentaram-se na Terceira Guerra Púnica, e Cartago sucumbiu
diante de Roma.
Ao mesmo tempo em que Roma e Cartago se defrontavam, os romanos desenvolviam guerras também no
Mediterrâneo Oriental. Durante a Segunda Guerra Púnica, como Filipe V da Macedônia havia dado apoio aos
cartagineses, Roma invadiu o seu território, tornando as cidades-estados gregas independentes da
Macedônia. O domínio sobre a Macedônia e a Grécia concluiu-se em 146 a.C. Também no século II a.C.,
Roma anexou a Síria, a Ásia Menor, a Gália, o Ponto, Israel, a Bitínia e o Egito.
Galera Romana
Modelo de galera (embarcação de guerra
movida a remos) construída pelos romanos
para derrotar os navios cartagineses na
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Primeira Guerra Púnica. Suas inovações eram
o esporão na proa e os passadiços que
facilitavam a abordagem dos barcos inimigos.
2. As consequências das conquistas.
O comércio interligava Roma e suas províncias em toda a orla do Mediterrâneo, permitindo o
desenvolvimento das atividades agrícolas.
Na própria Itália, contudo, a agricultura praticamente desapareceu. Os campos ficaram incultos ou
subocupados, devido à evasão dos camponeses plebeus, convocados para a guerra.
Como consequência do desenvolvimento mercantil, surgiu uma classe de comerciantes, banqueiros,
arrendatários, cobradores de impostos (publicanos), denominados homens novos ou cavaleiros. Os
patrícios, dependentes da exploração fundiária, empobreceram-se, passando a depender dos cargos
públicos para manter seu nível social. A plebe, marginalizada pelo aumento do número de escravos, passou
a ser sustentada pelos homens novos ou pelo Estado, que distribuía trigo e proporcionava espetáculos
circenses gratuitamente: a política de pão e circo, que tinha como meta principal a alienação política da
plebe romana.
Frequentemente, os plebeus serviam como agregados aos mais ricos em troca de esmolas e alimentos,
passando a se incorporar aos clientes. Nessa fase, os escravos provenientes das conquistas militares
chegavam a Roma em grandes proporções, tornando-se cada vez mais baratos, sendo considerados seres
inferiores, apenas “instrumentos falantes" (instrumenta vocalia).
O contato com o Oriente e com a Macedônia colocou os romanos em encontro direto com sua cultura, a
helenística, que passou a ser assimilada por Roma. O Exército, principal agente das conquistas, também se
alterou: os soldados foram profissionalizados e passaram a receber salários. O Exército cada vez mais
interferia na vida política romana. A estrutura republicana já não dava mais conta do império universal e
passava a dar sinais de desintegração.
3. Cronologia do período estudado.
395 a.C.: conquista da cidade etrusca de Veios.
335 a.C.: submissão dos latinos.
272 a.C.: conquista de Tarento, no sul da Itália.
265 a.C.: anexação da Etrúria.
264-241 a.C.: Primeira Guerra Púnica.
218-202 a.C.: Segunda Guerra Púnica.
200 a.C.: ocupação da Macedônia.
150-146 a.C.: Terceira Guerra Púnica.
146 a.C.: submissão da Grécia.
133 a.C.: domínio romano sobre a Espanha.
120 a.C.: anexação do sul da Gália.
Século I a.C.: conquista da Ásia Menor, Síria, restante da
Gália e Egito.
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Exercícios Propostos
1. Que condições propiciaram a expansão romana a partir do séc. IV a. C.?
2. Comente as três Guerras Púnicas, ressaltando as conquistas romanas.
 
3. Pois quem seria tão inútil ou indolente a ponto de não desejar saber como e sob que espécie de
constituição os romanos conseguiram em menos de cinquenta e três anos submeter quase todo o mundo
habitado ao seu governo exclusivo – fato nunca antes ocorrido? Ou, em outras palavras, quem seria tão
apaixonadamente devotado a outros espetáculos ou estudos a ponto de considerar qualquer outro objetivo
mais importante que a aquisição desse conhecimento?
POLÍBIO. História. Brasília: Edilora UnB, 1985.
A experiência a que se refere o historiador Políbio, nesse texto escrito no século II a.C., é a
a) ampliação do contingente de camponeses livres.
b) consolidação do poder das falanges hoplitas.
c) concretização do desígnio imperialista.
d) adoção do monoteísmo cristão.
e) libertação do domínio etrusco.
 
4. A expansão de Roma, durante a República, com o consequente domínio da Bacia do Mediterrâneo,
provocou sensíveis transformações sociais e econômicas, entre as quais se destacam
a) um marcado processo de industrialização, o êxodo urbano e o endividamento do Estado.
b) o fortalecimento da classe plebeia, a expansão da pequena propriedade e a propagação do cristianismo.
c) o crescimento da economia agropastoril, a intensificação das exportações e o aumento do trabalho livre.
d) o enriquecimento do Estado Romano,o aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes e o
aumento do número de escravos.
e) a diminuição da produção nos latifúndios, o acentuado processo inflacionário e a escassez da mão de obra
escrava.
5. (PUCCAMP-MODELO ENEM) – “Um filme do meu tempo de jovem: Spartacus, com Kirk Douglas. Roma
já não era, àquela época, um centro imperial de globalização? Escravos do mundo, uni-vos! — conclamaria
algum Marx daqueles tempos, convocação que viria a ecoar também em nosso Palmares, tantos séculos
depois. Não deixo de me lembrar que, em nossos dias, multidões de expatriados em marcha, buscando
sobreviver, continuam a refazer o itinerário dos vencidos."
(Cândido de Castro, Visões do multimundo)
A história de Spartacus representa, na Roma Antiga, a luta dos
a) escravos contra o sistema de opressão estabelecido principalmente a partir da expansão romana.
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b) camponeses, que defendiam a aprovação de uma reforma agrária nas terras conquista das pelos
romanos.
c) patrícios, que reivindicavam a manutenção dos privilégios políticos que tinham no Senado Romano.
d) cartagineses, que não aceitavam o saque e a pilhagem das sua terras pelo exército romano.
e) plebeus, que exigiam do Estado cargos públicos e salários justos em troca de fidelidade política.
6. O fenômeno da escravidão, ou seja, da imposição do trabalho compulsório a um indivíduo ou a
uma coletividade, por parte de outro indivíduo ou coletividade, é algo muito antigo e, nesses termos,
acompanhou a história da Antiguidade até o séc. XIX. Todavia, percebe-se que tanto o status quanto o
tratamento dos escravos variou muito da Antiguidade grego-romana até o século XIX em questões ligadas à
divisão do trabalho.
As variações mencionadas dizem respeito
a) ao caráter étnico da escravidão antiga, pois certas etnias eram escravizadas em virtude de preconceitos
sociais.
b) à especialização do trabalho escravo na Antiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram frequentemente
realizados por escravos.
c) ao uso dos escravos para a atividade agroexportadora, tanto na Antiguidade quanto no mundo moderno,
pois o caráter étnico determinou a diversidade de tratamento.
d) à absoluta desqualificação dos escravos para trabalhos mais sofisticados e à violência em seu tratamento,
independentemente das questões étnicas.
e) ao aspecto étnico presente em todas as formas de escravidão, pois o escravo era, na Antiguidade greco-
romana, como no mundo modemo, considerado uma raça inferior.
7. 
(Disponível em:
<www.metmuseum.org>.
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Acesso em: 14 set. 2011)
 
A figura apresentada é um mosaico, produzido por volta do ano 300 d.C., encontrado na cidade de Lod,
atual Estado de Israel.Nela, encontram-se elementos que representam uma característica política dos
romanos no período, indicada em:
a) Cruzadismo – conquista da terra santa.
b) Patriotismo – exaltação da cultura local.
c) Helenismo – apropriação da estética grega.
d) Imperialismo – selvageria dos povos dominados.
e) Expansionismo – diversidade dos territórios conquis tados.
Gabarito
1. RESOLUÇÃO:
Paz interna; estradas; ótimos exércitos.
2. RESOLUÇÃO:
1. : Roma conquista a Sicília, a Córsega e a Sardenha.
2. : Roma conquista o Norte da África e a Espanha.
3. : Roma domina Cartago.
3. RESOLUÇÃO:
Desde seus primórdios, Roma revelou possuir uma acentuada tendência expansionista, que se tornaria, com
o passar dos séculos, um imperialismo incontestável, responsável pela transformação do Mediterrâneo no
Mare Nostrum, e também pela constituição do maior império da Antiguidade.
Resposta: C
4. RESOLUÇÃO:
O expansionismo permitiu o saque das riquezas, a expropriação de terras e a escravização dos povos
conquistados.
Resposta: D
5. RESOLUÇÃO:
A expansão republicana pelo Mediterrâneo acarretou a sujeição de diversos povos. A revolta comandada
pelo grego Spartacus, por volta do ano 70 a. C., contra a escravidão, acabou sendo massacrada pelo
exército romano comandado pelo triúnviro Crasso. Este personagem foi transformado num símbolo de luta
contra a opressão.
Resposta: A
6. RESOLUÇÃO:
Na Antiguidade Clássica, a escravidão se estendia às mais diversas atividades produtivas, o que resultava
a
a
a
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em um melhor tratamento para os escravos mais especializados. Já a escravidão moderna, que persistiu
até o século XIX, destinava a mão de obra escrava à execução de trabalhos, sobretudo, braçais.
Resposta: B
7. RESOLUÇÃO:
GABARITO OFICIAL: E
A questão está formulada de maneira problemática, pois envolve uma interpretação subjetiva de uma obra
isolada, sem nenhuma contextualização além da data (c.300 d.C.). O hermetismo da abordagem permite
duas respostas, ambas criticáveis: a referência ao imperialismo romano, associado à “selvageria dos povos
conquistados" (devido às feras representadas no mosaico), esbarra no bom conceito que os romanos tinham
da civilização helenística, dominante em grande parte dos povos conquistados. E a referência ao
expansionismo romano, associado à “diversidade dos territórios conquistados (simbolizada na variedade de
animais presentes no mosaico), é inviabilizada por dois motivos: a data de 300 d.C. (muito posterior ao fim
das conquistas romanas); e a exigência, feita pelo enunciado, de uma interpretação política da obra
apresentada.
A rigor, esta questão deveria ser anulada.
Resposta: D ou E
Professor: Artur Favaro
Lucchesi
Aula: A expansão
republicana
Professor: Artur Favaro
Lucchesi
Aula: A expansão
republicana – Exercícios
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