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Endocrinologia - hipófise e hipotálamo

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PROBLEMA 04 
INTRODUÇÃO A ENDOCRINOLOGIA – 
HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS E 
HIPOFISÁRIOS 
 
ANATOMIA DO EIXO HIPOTALÁMO-HIPÓFISE: 
- A hipófise é uma glândula cerebral pequena 1cm de 
diâmetro. 
- Está ligada ao hipotálamo pelo pedúnculo hipofisário. 
- Localizada na sela turca ou túrcica. Logo, a hipófise 
não tem a tendência de crescer e em casos patológicos, 
o crescimento da hipófise atinge principalmente o 
quiasma óptico, causando primordialmente problemas 
de visão. 
a) A hipófise é dividida em duas partes: 
→ Hipófise anterior (adeno-hipófise): 
• Secreta hormônios e também 
armazena hormônios produzidos pelo 
hipotálamo. 
• Possui 5 tipos de células: 
▪ Somatotrofos: hormônio do 
crescimento (GH). 
▪ Tireotrofos: tireotropina 
(TSH). 
▪ Gonadotrofos: hormônio 
folículo estimulante (FSH) e 
hormônio luteinizante (LH). 
▪ Lactotrofos: prolactina (PRL). 
▪ Corticotrofos: corticotropina 
(ACTH). 
 
→ Hipófise posterior (neuro-hipófise): 
• A hipófise posterior não sintetiza 
hormônios, ela apenas armazena os 
hormônios que já foram produzidos 
pelo hipotálamo. 
• Hormônio antidiurético/ 
Vasopressina/ ADH 
• Ocitocina 
b) O hipotálamo: 
- O hipotálamo é quem controla a secreção de 
hormônios na hipófise, através de hormônios ou sinais 
nervosos. 
- O hipotálamo recebe sinais vindos de diversas partes 
do corpo humano 
→ Na hipófise anterior, o hipotálamo controla a 
secreção através de hormônios estimuladores 
e inibidores. (são liberados na eminência 
mediana por meio dos vasos portais 
hipotalâmico-hipofisários). 
• Sistema porta hipofisário: veias ou 
artérias que fazem parte do sistema de 
transporte entre o hipotálamo e a 
adeno-hipófise. 
 
→ Na hipófise posterior, as fibras nervosas que 
originam no núcleo paraventricular e 
supraóptico (células neurosecretoras) são as 
produtoras dos hormônios do hipotálamo, e 
assim, chegam até a hipófise posterior pelo 
trato hipolâmico-hipofisário (terminações 
nervosas) que atravessa o pedúnculo 
hipofisário. 
 
 
 
 
2. HORMÔNIOS HIPOLÂMICOS: 
a) Hormônios secretados no hipotálamo que atuam 
na adeno-hipófise: 
- Macete: “RH” no nome é um hormônio liberador. 
- Há hormônios estimuladores e inibidores. 
-GhRH: hormônio estimulador das células 
somatotrofas → GH; Também, provoca a secreção de 
somatostatina (hormônio inibidor do hormônio do 
crescimento – GH). 
• GhRN é estimulada pela endorfina, 
serotonina e durante a fase do sono. 
-TRH: hormônio estimulador das células tireotróficas 
→ TSH. 
• A morfina (fármaco utilizado como 
analgésico) inibe a secreção do TRH. 
-GnRH: hormônio estimulador das células 
gonadotróficas → FSH e LH. 
-PRH ou PRF: hormônio estimulador das células 
lactotróficas → prolactina. Também, secreta 
dopamina, que é um inibidor da prolactina (também 
conhecido com PIF ou PIH – fator inibido da prolactina). 
-CTH: hormônio estimulador das células corticotróficas 
→ ACTH 
 
a) Hormônios secretados no hipotálamo e 
armazenados na neuro-hipófise: 
- ADH (vasopressina ou antidiurético): diminui a 
excreção de água pelos rins, por meio da sua 
reabsorção nos túbulos coletores. Ocorre em casos de 
desidratação e hipovolemia. 
• Formado nos núcleos supraópticos. 
- Ocitocina: promove a contração musculares uterinas 
durante o parto e a ejeção de leite durante a 
amamentação. 
→ Quando o bebê suga, ele não recebe quase 
nenhum leite durante mais ou menos 30 segundos. 
Primeiro é preciso que impulsos sensoriais sejam 
transmitidos para o hipotálamo, que promove a 
secreção de ocitocina, ao mesmo tempo em que 
causa secreção de prolactina. A ocitocina é 
transportada para as mamas, onde faz com que as 
células mioepiteliais, que envolvem os alvéolos, se 
contraiam, expulsando o leite neles contido para 
os ductos. 
→ A liberação da ocitocina pode ser provocada pelo 
estímulo da sucção, também ocorre em resposta a 
visão, cheiro e choro da criança, e a fatores de 
ordem emocional como motivação, autoconfiança 
e tranquilidade. 
→ A ocitocina é inibida pela endorfina (hormônio do 
esporte). 
 
• Formado nos núcleos paraventriculares. 
 
3. HORMÔNIOS HIPOFISÁRIOS: 
a) Adeno-hipófise: 
- Hormônio tireoide estimulante (TSH): 
• Função: estimula a síntese e secreção de 
hormônios na tireóide – triiodotironina 
(T3) e tetraiodotironina (T4). 
- Hormônio folículo estimulante (FSH): 
• Função: maturação folicular e ovulação, 
preparação das mamas para a lactação. 
Nos homens tem função de 
espermatogênese. 
- Hormônio luteinizante (LH): 
• Função: ovulação, síntese de estrogênio e 
progesterona. Síntese de testosterona. 
- Hormônio do crescimento (GH): 
• O fígado é um alvo importante do GH, 
pois esse hormônio estimula a produção 
hepática do fator de crescimento 
semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). O IGF-
1 inibe a síntese e a secreção de GH pela 
hipófise por meio de uma alça de 
retroalimentação. 
• Funções do IGF-1: crescimento ósseo, 
aumento do metabolismo proteico, 
aumento do metabolismo de lipídeos e 
diminui os níveis de glicose sanguínea. 
- Prolactina: 
• Função: preparação e manutenção da glândula 
mamária para a secreção de leite; 
Desenvolvimento das mamas e inibição da 
ovulação. 
→ Prolactina secreta (produz) o leite nos 
alvéolos (glândulas mamárias), 
enquanto, a ocitocina promove a 
ejeção do leite (saída do leite das 
glândulas para os ductos mamário). 
• Inibe o GnRH (hormônio estimulante das 
células produtoras de LH e FSH), logo acaba por 
inibir a função reprodutora 
- Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH): 
• Função: estimula a síntese de cortisol pela 
adrenal 
b) Neuro-hipófise: 
- A neuro-hipófise não produz hormônios, apenas 
armazena-os. 
- ADH: produzido pelo nervo supra-óptico e promove a 
reabsorção da água pelos túbulos coletores renais. 
- Ocitocina: contração da musculatura do útero e 
ejeção do leite durante a lactação. 
 
4. REGULAÇÃO HORMONAL: 
a) Feed-back negativo: 
- O feed-back negativo é o meio no qual a glândula 
endócrina saberá quanto hormônio deve ser liberado 
no sangue. 
- O feed-back negativo é um mecanismo inibitório, 
importante para a manutenção da homeostase 
corporal. 
- O controle não é gerado pela produção em excesso 
do hormônio secundário, mas sim do grau de atividade 
desse hormônio no tecido alvo 
- Exemplo didático: 
• A hipófise produz o hormônio tireotrófico, que 
estimula a tireoide a liberar os 
hormônios tiroxina (T4) e triiodotironina (T3). 
• Quando esses hormônios atingem 
determinada concentração no sangue, seu 
excesso passa a inibir a produção de 
tireotrofina pela hipófise. 
• Quando a taxa de tireotrofina no sangue 
diminui, diminuem também as taxas de 
tiroxina e triiodotironina no sangue. 
• Desfaz-se, assim, o efeito inibitório sobre a 
hipófise, que aumenta a produção de 
tireotrofina, reiniciando o ciclo regulatório. 
 
 
b) Feed-back positivo: 
- Quando um hormônio provoca sua secreção adicional. 
- Exemplo didático: 
• O hormônio luteinizante (LH) sofre um surto de 
secreção em efeito estimulatório do estrogênio 
na hipófise anterior. 
• O aumento de LH, também leva ao aumento de 
estrogênio e assim sucessivamente. 
• Quando o LH atinge a concentração adequada, 
ocorre sua regulação pelo mecanismo de 
feedback negativo. 
c) Variações hormonais: 
- Existem variações periódicas da liberação de 
hormônio, influenciadas por alterações sazonais, 
etapas de desenvolvimento e envelhecimento, ciclo 
circadiano (diário), sono. 
- Exemplo: o hormônio do crescimento (GH) aumenta 
sua secreção durante o período inicial do sono. 
 
5. TRANSPORTE DE HORMÔNIOS NO SANGUE: 
a) Hormônios hidrossolúveis: 
- Peptídeos e catecolaminas (adrenalina, noradrenalina 
e dopamina); 
- São dissolvidos no plasma e transportados até o 
tecido-alvo → difundem dos capilares parar o liquido 
intersticial → chegando a célula-alvo. 
b) Hormônios esteroidese da tireoide: 
- Esteroides (testosterona) e tireoide (T3 e T4); 
- Circulam no sangue ligados às proteínas plasmáticas. 
- Não conseguem se difundir facilmente pelos 
capilares, sendo portanto, inativos até que se 
dissociem das proteínas plasmáticas. 
c) Receptores hormonais: 
- Os receptores hormonais podem está localizados: 
• Na membrana celular; 
• No citoplasma da célula; 
• No núcleo da célula. 
- Os receptores são grandes proteínas e cada célula 
estimulada tem em geral uns 2.000 a 100.000 
receptores. 
- Cada receptor costuma ser muito específico para um 
só hormônio. 
Obs.Acho importante pesquisar mais afundo sobre a 
função de cada hormônio 
 
DOENÇAS E SÍNDROMES DO EIXO HIPOTALÁMO-
HIPÓFISE: 
PAN-HIPOTUITARISMO 
Significa secreção reduzida de todos os hormônios da 
hipófise anterior. 
Essa baixa secreção pode ser congênita ou pode 
ocorrer, repentina ou lentamente, em qualquer 
momento da vida, resultando na maioria das vezes de 
tumor hipofisário que destrói a hipófise. 
No adulto, o pan-hipotuitarismo pode ocorrer por 
condições tumorais, que comprimem a hipófise até 
que as células funcionantes da adeno-hipófise sejam 
destruídas, ou por trombose dos vasos sanguíneos 
hipofisários. 
Os efeitos gerais dessa patologia no adulto são: 
hipotireoidismo, diminuição da produção de 
glicocorticoides pelas adrenais e secreção suprimida 
dos hormônios gonadotróficos, de modo que as 
funções sexuais são perdidas. 
Assim, o quadro clínico é o de pessoa letárgica, que 
está ganhando peso (devido à ausência de mobili zação 
das gorduras pelos hormônios do crescimento, 
adrenocorticotrópico, adrenocorticais e tireoidianos) e 
que perdeu todas as funções sexuais. 
Com exceção da anormalidade das funções sexuais, o 
paciente pode ser tratado, satisfatoriamente, com a 
administração de hormônios adrenocorticais e 
tireoidianos. 
O GH é necessário para o crescimento que ocorre antes 
da fase adulta, pois a deficiência desse hormônio pode 
produzir nanismo e o excesso pode provocar 
gigantismo. 
 
NANISMO 
Quando a deficiência de GH ocorre antes da 
puberdade, o crescimento é muito prejudicado. 
Quando o GH é o único hormônio da pituitária anterior 
que está deficiente, eles podem ter uma expectativa de 
vida normal. Às vezes são prejudicados, porque seus 
corpos não sofrem a lipólise induzida pelo GH. 
Quando apresentam nanismo pan-hipopituitário 
(deficiência de todos os hormônios da pituitária 
anterior), com deficiência de gonadotrofinas, o 
amadurecimento sexual pode estar ausente e eles 
podem permanecer inférteis. 
 Indivíduos com nanismo exibem poucas 
anormalidades metabólicas, exceto uma tendência à 
hipoglicemia, à insulinopenia (falta de insulina) e ao 
aumento da sensibilidade à insulina. 
 
GIGANTISMO 
Ocasionalmente, as células somatotróficas ficam 
excessivamente ativas e às vezes até mesmo tumores 
ocorrem na glândula. Como consequência, são 
produzidas grandes quantidades de hormônio do 
crescimento. 
Se a condição ocorrer antes da adolescência, antes que 
a fusão das epífises dos ossos longos ocorra, o tamanho 
aumenta de modo que a pessoa se torna um gigante, 
podendo alcançar mais de 2 m de altura. 
O gigante, em geral, apresenta hiperglicemia e as 
células beta das ilhotas de Langerhans no pâncreas 
costumam degenerar porque se tornam hiperativa. 
Consequentemente, em cerca de 10% dos gigantes, 
eventualmente desenvolve-se diabetes melito. 
 
ACROMEGALIA 
Se um tumor das células somatotróficas ocorrer depois 
da adolescência, ou seja, depois da fusão das epífises 
dos ossos longos, o paciente não pode crescer mais, 
mas os ossos ficam mais espessos e os tecidos moles 
continuam a crescer. Essa condição é conhecida como 
acromegalia. 
O aumento é, especialmente, acentuado nos ossos das 
mãos e dos pés e nos ossos membranosos, incluindo o 
crânio, o nariz, os sulcos supraorbitários, a maxila 
inferior. 
Finalmente, muitos órgãos de tecidos moles, como a 
língua, o fígado e especialmente os rins, apresentam-
se muito aumentados.

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