Estudo Dirigido_ FHTM do SS_ Positivismo (2)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL - UNINTER
CURSO BACHARELADO EM SERVIÇO SOCIAL – EaD
Estudo Dirigido: Fundamentos Históricos e Teóricos Metodológicos do Serviço Social: Dimensão Teórica/Positivismo
 
· Este roteiro de estudos dirigido, apresenta as principais ideias trabalhadas nas aulas, mas isto não significa que este deve seu ser o único material a ser estudado para as provas, também é preciso assistir às vídeo-aulas e ler o material para impressão completo. 
Então, vamos lá!?
· O iluminismo surge em contestação da ordem, aconteceu ao longo do século XVIII, com grande intensidade na França e, dentre diversos efeitos, resultou no evento conhecido como Revolução Francesa. O Iluminismo se caracterizou em contraposição à Idade das Trevas. Seu objetivo era trazer luz ao pensamento tradicional, reformando-o sob o parâmetro da razão, que já desde o Renascimento vinha se tornando central para o desenvolvimento da sociedade.
· Numa primeira fase do iluminismo podem ser situados nomes como Locke (na área política), Voltaire (na filosofia), Newton (na física e na matemática) D'Alembert e Diderot (como os escritores da primeira enciclopédia). O Iluminismo foi um movimento herdeiro do racionalismo materialista de Francis Bacon. 
· Na observação da matéria a fim de se produzir o conhecimento o que será conhecido como método indutivo de investigação científica. No geral, nesta primeira fase do movimento o que se observa é uma tentativa de interpretar o homem e o meio em que vive a partir das mesmas regras e abstrações gerais alcançadas pelas ciências como a física de Newton.
· Na aula 01 vimos que, Saint-Simon é discípulo de Condorcet e é quem primeiro utiliza o termo "positivo", ao se referir ao método das ciências naturais, baseado na observação e experimentação, que em sua concepção poderia ser transplantado à observação dos objetos das ciências sociais e assim, de forma "positiva", estas ciências poderiam analisar a sociedade de forma neutra e objetiva.
· De acordo com o conteúdo estudado na Aula 2 “A filosofia da história no pensamento positivo”. Para Comte as ciências e o homem se desenvolvem passando por três fases distintas: a teológica, a metafísica e a positiva. 
· Na fase teológica a imaginação desempenha papel de primeiro plano, já que observações sistemáticas dos fenômenos são raras. O comum é que as pessoas criem suas próprias histórias e mitos para a explicação dos fenômenos. Disso decorre que as explicações passam necessariamente por arrazoados que envolvem deuses e espíritos na movimentação da vida. Essa é a mentalidade teológica: "teo" (Deus), "logia" (ciência). O mundo explicado através dos mitos e deuses.
· Na aula 02, estudamos sobre Augusto Comte, o pai da sociologia, criador do Positivismo. Sua vida e obra mostram a dedicação que teve em estruturar uma linha de pensamento que torna-se possível a produção de uma ciência neutra e livre de interesses diversos. Em suma, no que tange as ciências sociais, Augusto Comte acredita que era possível se produzir um conhecimento neutro, que se propusesse como verdade. 
· “A filosofia da história no pensamento positivo”. Para Comte as ciências e o homem se desenvolvem passando por três fases distintas: a teológica, a metafísica e a positiva. A fase monoteísta faz a transição entre o estado teológico e o estado metafísico. Esta nova fase é marcada pela introdução da argumentação racional para a estruturação da realidade. Nesse sentido, a diferença irá residir no fato de a metafísica colocar o abstrato no lugar do concreto e a argumentação no lugar da imaginação. Um exemplo se dá no campo jurídico: ao invés da vida se organizar em torno do direito divino, proclamado pelo rei, passará a girar em torno da lei, do contrato, estabelecido entre os homens e para os homens.
· “A filosofia da história no pensamento positivo”. Para Comte as ciências e o homem se desenvolvem passando por três fases distintas: a teológica, a metafísica e a positiva. 
· Já o estado positivo, este estava sendo inaugurado pela sociedade científica pós Revolução Francesa. Esta é a sociedade das vésperas da revolução industrial, que está buscando consolidar os avanços científicos e tecnológicos. A grande mudança trazida por esta fase revolucionária se consolidará a partir da revolução política, quando governos passarão a se comprometer com a ordem e o progresso. A ciência terá o papel, então, de interpretar e organizar a sociedade.
· A partir de 1848 Comte e os positivistas passam a lutar pela construção de uma nova ordem política que teve sua realização plena na formulação da Religião da Humanidade, cuja estrutura é análoga à da igreja Católica.
· A linha e a finalidade dessa organização religiosa fundada por de Comte era Religião positiva (Religião da Humanidade), último estágio da obra de Comte quando o autor desenvolverá uma organização religiosa para propagação de sua teoria. 
· A sociologia ou doutrina da sociedade e a religião positiva”. Na sistematização da sociologia Comte faz a divisão em: estática e dinâmica social. A dinâmica social, estuda as causas das mudanças, a sucessão de modificações que ocorrem ao longo da história, de forma orgânica, semelhante à biologia humana, por exemplo. Assim como evolui o corpo evoluiria a sociedade. 
· Primavera dos Povos, ocorrido no ano de 1848: movimentos de cunho liberal avançam em toda a Europa, o resultado desse avanço é o estabelecimento de governos liberais burgueses em países como Itália, Alemanha e mesmo a França, berço de Durkheim.
· Na aula 03 vimos que “Tal qual em Augusto Comte, Durkheim acredita que o método de estudo da vida social deve se assemelhar ao método utilizado nas ciências naturais, ou seja, a busca de relações de causa e efeito, busca de leis gerais que dominem a natureza (QUINTANEIRO, 2002, s/p)” 
· De acordo com o conteúdo estudado na aula 05 “A teoria sociológica do conhecimento”, Durkheim dedica uma boa parte de sua obra para analisar o fenômeno religioso. Para ele ao exteriorizar sentimentos comuns, as religiões apresentam-se também os primeiros sistemas coletivos de representação do mundo: as cosmologias (QUINTANEIRO, 2002). Por meio dessas representações Durkheim pretende compreender as categorias fundamentais do entendimento humano.
· Categorias, para Durkheim, são representações essencialmente coletivas expressas inicialmente por meio da religião, na qual foi engendrado tudo o que há de essencial na sociedade: o direito, a ciência, a moral, a arte e a recreação. A religião seria, então, a expressão resumida da vida.
· De acordo com o conteúdo estudado na aula 04, A concepção de sociedade de Weber implica numa separação da sociedade em esferas - como a econômica, a religiosa, a política, a jurídica, a social, a cultural - cada uma delas com lógicas particulares de funcionamento.
· De acordo com o conteúdo estudado na aula 04 “Divisão de poder na comunidade: classes, estamentos e partidos”, analise o texto a seguir:
· Nestas o agente individual é a unidade da análise sociológica, mas é nas suas ações e no sentido que o agente lhes confere que se atualiza a lógica de cada uma das esferas da vida em sociedade.
· A teoria de Weber se propõe em analisar o indivíduo, mas não perde de vista a coletividade a qual ele faz parte e que orienta suas ações (ação x ação social).
· De acordo com o conteúdo estudado na aula 05 “As bases históricas para o desenvolvimento do positivismo no Brasil”, O governo de D. Pedro I sucumbiu a fatores econômicos que redundavam em problemas sociais. Em 1831 o então imperador do Brasil abdica do trono e retorna a Portugal, deixando o trono para seu filho Pedro, então com 5 anos. Após 9 anos de regência assume D. Pedro II, trazendo estabilidade a um período controverso, marcado por diversos levantes populares de inspiração republicana: cabanagem, sabinada, balaiada, farroupilha, praieira, dentre outros.
· Com isso, cada vez mais se apresentava a necessidade de profissionalização do exército, muitos vão estudar na França e pra lá também vão os militares os estudantesvoltam ao Brasil de posse de um novo arcabouço teórico, capaz de interpretar o mundo, estabelecer nele uma ordem para daí produzir progresso: era o ideário positivista de Augusto Comte
· De acordo com o conteúdo estudado na aula 05 “As bases históricas para o desenvolvimento do positivismo no Brasil”. A consolidação da independência não se deu sem conflitos. Várias guerras marcaram esse período: guerra contra o Uruguai, guerra ao movimento conhecido como confederação do equador e diversas outras. O que se percebeu nesse ínterim é que o exército ainda não era uma força militar organizada. Ao contrário era formada por mercenários, muitos deles escravos.
· “Dom Pedro II, a Guerra do Paraguai e a profissionalização do exército no Brasil”, 
· Por conta de problemas geopolíticos de navegação e comércio na região do Rio da Prata, região fronteiriça entre Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, no ano de 1864 inicia-se a chamada guerra do Paraguai.
· sobre a Proclamação da República em 1889: em 1889 o marechal Deodoro da Fonseca posiciona-se contrário às ordens e junto a civis (Benjamin Constant, Rui Barbosa e outros) avança sob o ministério da guerra no Rio de Janeiro. Tanto o imperador quanto seus oficiais encaram o avanço como um golpe, mas julgando não ter força para se contrapor ao movimento deixam o poder e assim é proclamada a república no Brasil.
· Nos primeiros anos de governo e na constituição de 1891, a segunda constituição do Brasil e a primeira republicana, foi dada grande ênfase à educação. O grande defensor da idéia da educação foi o republicano e positivista Benjamin Constant.
· A linha sociológica e as duas forças interessadas na implantação da republica no Brasil era o programa positivista propunha esta como fundamental para a implantação do Estado Positivo e as duas forças interessadas na implantação da republica no Brasil eram de um lado, os positivistas e, de outro, os liberais. 
· De acordo com o conteúdo estudado na aula 04 “Moral e religião”, A divisão social do trabalho também impôs uma nova dualidade à vida social: ao mesmo tempo que separou classes de trabalhadores, constituiu laços entre trabalhadores de mesma classe, pois o trabalho já não era mais artesanal e individual, mas produto de um conjunto de trabalhadores associados. Tome-se como exemplo a produção de um sapato. À Idade Média um sapato era provavelmente feito por completo, manualmente ou com a ajuda de algumas máquinas por um só artesão. Com o advento das grandes máquinas um único sapato passou a ser o resultado da associação de grande número de trabalhadores especializados que juntos são responsáveis pela produção de um grande número de sapatos.
· A essa associação Durkheim atribuirá a qualidade de solidariedade, que pode ser mecânica ou orgânica. A grande questão explicitado pelo autor é que esses dois tipos de solidariedade evoluem em razão inversa, ou seja, enquanto uma progride a outra se retrai.
· Sobre “O positivismo e o Serviço Social”; O positivismo teve determinação fundamental na história do Brasil e tem também uma participação decisiva na conformação e consolidação da profissão do Assistente Social em nossa nação. O aparelhamento técnico/científico dado à educação é o pano de fundo onde se encaixa o Assistente Social. É importante lembrar que tanto o positivismo quanto o Serviço Social se consolidam a partir do paradigma da industrialização: ambos são fenômenos de uma sociedade mecanizada.
· O Serviço Social foi chamado a ação quando a industrialização apresenta seus subprodutos consequentes, ou seja, problemas sociais, violência, déficit habitacional, violação de direitos e tantas outras expressões dessa realidade. Cada uma dessas expressões da "questão social" vai se apresentar à sociedade por meio de um conjunto de dados, que devem ser trabalhados por um profissional habilitado a entendê-los a fim de propor soluções.
· “O positivismo na prática do Assistente Social”: A ligação do Serviço Social com a igreja, em sua origem, impedia a profissão de aproximar-se do positivismo, o paradigma materialista do positivismo não admitia o caráter idealista religioso, proposto pela igreja.
· o motivo em comum que a Igreja Católica e os Positivistas defendiam na década de 30 que os aproximou: na década de 1930, as duas posições defendiam alguns pontos bastante semelhantes, o principal deles, por exemplo, o combate a um inimigo comum, a saber, o liberalismo econômico que propunha uma sociedade regida pelos interesses do mercado. 
· “O positivismo na prática do Assistente Social”: a doutrina social da igreja era insuficiente para dotar o serviço social de um estatuto profissional. Dentro do Serviço Social proposto a partir do paradigma cristão não se ofereciam ferramentas suficientes para que o Assistente Social atuasse nessa nova realidade advinda da sociedade industrializada.
· Para proporcionar melhor conhecimento aos assistentes sociais eram necessários, portanto, métodos e procedimentos que garantissem caráter científico a profissão. A necessidade de “conhecer bem” levou os assistentes sociais a se aproximarem de procedimentos de caráter científico. Assim, o que havia de mais progressista por volta da década de 1930-40 no Brasil era o positivismo.
· Ao longo das décadas de 1930 e 1940 o Serviço Social se aproxima da corrente positivista. Conhecimento científico que acaba se mostrando necessário para que, a partir da compreensão da realidade, o assistente social possa empreender uma ação sobre ela.
· Esta forma de pensar se desenvolveu dentro da igreja, considerava a matéria em seu desenvolvimento filosófico “a escolástica”, cujo pensador em sua obra “Suma Teologia” tem como objetivo comprovar materialmente a existência de Deus. 
· Dentro da igreja que se desenvolve uma forma de pensar que passa a considerar a matéria em seu desenvolvimento filosófico: a escolástica. Um dos grandes pensadores dessa nova linha de interpretação da vida é Tomás de Aquino, que em sua obra chamada "Suma Teológica" empreende, dentre outras coisas, comprovar materialmente a existência de Deus. A forma de pensar dos escolásticos e mais especificamente de Tomás de Aquino está diretamente relacionada à redescoberta de Aristóteles por um grupo social que deseja a libertação do pensamento: os comerciantes burgueses que, por não possuírem títulos de nobreza ou terras, acumulam riquezas por conta de sua atividade e passam a investir, dentre diversas outras coisas, no desenvolvimento da arte.
· Pessoal, tudo o que foi visto nesse Estudo Dirigido é o resumo do que foi passado a vocês ao longo de seis aulas, Mas, não se limite apenas a esse estudo dirigido, complete o aprendizado com a revisão das aulas, pois, com certeza o professor esclarece ainda mais, através de exemplos práticos cada ponto aqui mencionado. 
· Bons Estudos e Boa Prova!!!