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GEOGRAFIA BIBLICA

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IBADEP Institu to B íblico da A ssem bléia de Deus - 
E nsino e pesquisa
IBADEP - Institu to B íblico da A ssem bléia de Deus - 
E nsino e Pesquisa 
Av. B rasil, S/N° - E letrosiü - Cx. Postal 248 
85980-000 - G uaíra - PR 
Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 
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Site: www.ibadep.com
A luno(a):...................................................................................
DIGITALIZAÇÃO
IBADEP
ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL
http://www.ibadep.com
Geografia Bíblica
Pesquisado e adaptado pela Equipe 
Redatorial para Curso exclusivo do IBADEP - 
Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias 
de Deus do Estado do Paraná.
Com auxílio de adaptação e esboço de 
vários ensinadores
Mapas T01 a T04: Extraído da Bíblia de Referência 
Thompson, Frank Charles Thompson, Mapas 1 a 
16, São Paulo: Editora Vida, 1992.
Mapas P01 a P15: Extraído da Bíblia de Estudo
Pentecostal, Donald C. Stamps, Rio de Janeiro: 
CPAD, 1995.
Mapas T01 a T04 foram utilizados com a devida 
autorização da Editora Vida. Todos os direitos reservados. 
Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei.
Mapas P01 a P15 foram utilizados com a devida 
autorização da Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os 
Direitos Reservados. Os infratores estarão sujeitos às 
penalidades da lei.
9a Edição - Abril/2007
Todos os direitos reservados ao IBADEP
Diretorias
CIEADEP
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra 
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. José Anunciação dos Santos - I o Vice-Presidente
Pr. Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente
Pr. Ival Theodoro da Silva - I o Secretário
Pr. Samuel Azevedo dos Santos - 2o Secretário
Pr. Simão Bilek - I o Tesoureiro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro
AEADEPAR - Conselho Deliberativo
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator
Pr. José Anunciação dos Santos - Membro
Pr. Moisés Lacour - Membro
Pr. Samuel Azevedo dos Santos - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro
Pr. José Carlos Correia - Membro
Pr. Perci Fontoura - Membro
AEADEPAR - Conselho de Administração
Pr. José Polini - Presidente
Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente
Pr. Moysés Ramos - I o Secretário
Pr. Hercílio Tenório de Barros - 2o Secretário
Pr. Edilson dos Santos Siqueira - I o Tesoureiro
Pr. Luiz Carlos Firmino - 2o Tesoureiro
IBADEP
Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo 
Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro
Cremos
1) Em um só Deus, eternamente subsistente em 
três pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo. (Dt 
6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única 
regra infalível de fé normativa para a vida e o 
caráter cristão (2Tm 3.14-17).
3 ) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte 
vicária e expiatória, em sua ressurreição 
corporal dentre os mortos e sua ascensão 
vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4 ) Na pecaminosidade do homem que o destituiu 
da glória de Deus, e que somente o 
arrependimento e a fé na obra expiatória e 
redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá- 
lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).
5) Na necessidade absoluta do novo nascimento 
pela fé em Cristo e pelo poder atuante do 
Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar 
o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).
6) No perdão dos pecados, na salvação presente e 
perfeita e na eterna justificação da alma 
recebidos gratuitamente de Deus pela fé no 
sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso 
favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25;
5.9).
7) No batismo bíblico efetuado por imersão do 
corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do 
Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme 
determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 
6.1-6 e Cl 2.12).
8 ) Na necessidade e na possibi lidade que temos de 
viver vida santa mediante a obra expiatória e 
redentora de Jesus no Calvário, através do 
poder regenerador, inspirador e santif icador do 
Espírito Santo, que nos capacita a viver como 
fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 
IPe 1.15).
9) No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é 
dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, 
com a evidência inicial de falar em outras 
línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 
10.44-46; 19.1-7).
10) Na atual idade dos dons espirituais distribuídos
pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação,
conforme a sua soberana vontade (ICo 12.1­
12).
1 1 ) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em
duas fases distintas. Primeira - invisível ao
mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, 
antes da Grande Tribulação; segunda - visível e 
corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar 
sobre o mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; 
ICo 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os cristãos comparecerão ante o 
Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos 
seus feitos em favor da causa de Cristo na terra 
(2Co 5.10).
13) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e 
condenará os infiéis (Ap 20.11-15).
14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os 
fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 
25.46).
Metodologia de Estudo
Para obter um bom aproveitamento, o 
aluno deve estar consciente do porquê da sua 
dedicação de tempo e esforço no afã de galgar um 
degrau a mais em sua formação.
Lembre-se que você é o autor de sua 
história e que é necessário atualizar-se. Desenvolva 
sua capacidade de raciocínio e de solução de 
problemas, bem como se integre na problemática 
atual, para que possa vir a ser um elemento útil a si 
mesmo e à Igreja em que está inserido.
Consciente desta realidade, não apenas 
acumule conteúdos visando preparar-se para provas 
ou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro 
sugerido abaixo e comprove os resultados:
1. Devocional:
a) Faça uma oração de agradecimento a Deus 
pela sua salvação e por proporcionar-lhe a 
oportunidade de estudar a sua Palavra, para 
assim ganhar almas para o Reino de Deus;
b) Com a sua humildade e oração, Deus irá 
i luminar e direcionar suas faculdades mentais 
através do Espírito Santo, desvendando 
mistérios contidos em sua Palavra;
c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos 
que ser organizados, ler com precisão as 
lições, meditar com atenção os conteúdos.
2. Local de estudo:
Você precisa dispor de um lugar próprio para
estudar em casa. Ele deve ser:
a) Bem arejado e com boa iluminação (de 
preferência, que a luz venha da esquerda);
b) Isolado da circulação de pessoas;
c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas.
3. Disposição:
Tudo o que fazemos por opção alcança bons 
resultados. Por isso adquira o hábito de estudar 
voluntariamente, sem imposições. Conscientize-se 
da importância dos itens abaixo:
a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, 
dividindo-se entre as disciplinas do currículo 
(dispense mais tempo às matérias em que 
tiver maior dificuldade);
b) Reservar, diariamente, algum tempo para 
descanso e lazer. Assim, quando estudar, 
estará desl igado de outras atividades;
c) Concentrar-se no que está fazendo;
d) Adotar uma correta postura (sentar-se à 
mesa, tronco ereto), para evitar o cansaço 
físico;
e) Não passar para outra lição antes de dominar 
bem o que estiver estudando;
f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. 
Quando perceber que está cansado e o estudo 
não alcança mais um bom rendimento, faça 
uma pausa para descansar.
4. Aproveitamento das aulas:
Cada disciplina apresenta características próprias, 
envolvendo diferentes comportamentos, a saber: 
raciocínio, analogia, interpretação, apl icação ou
simplesmente habilidades motoras. Todas, no 
entanto, exigem sua participação ativa. Para 
alcançar melhor aproveitamento, procure:
a) Colaborar para a manutenção da disciplina na 
sala-de-aula;
b) Participar ativamente das aulas, dando 
colaborações espontâneas e perguntando 
quando algo não lhe ficar bem claro;
c) Anotar as observações complementares do 
monitor em caderno apropriado.
d) Anotar datas de provas ou entrega de 
trabalhos.. Estudo extradasse:
Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:
a) Fazer diariamente as tarefas propostas;
b) Rever os conteúdos do dia;
c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se 
constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta 
ao monitor na aula seguinte. Procure não 
deixar suas dúvidas se acumulem.
d) Materiais que poderão ajudá-lo:
s Mais que uma versão ou tradução da Bíblia 
Sagrada;
y Atlas Bíblico;
s Dicionário Bíblico;
s Enciclopédia Bíblica;
s Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;
s Um bom dicionário de Português;
s Livros e apostilas que tratem do mesmo 
assunto.
e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em 
mente:
v' A necessidade de dar a sua colaboração 
pessoal;
■S O direito de todos os integrantes opinarem.
. Aproveitamento nas avaliações:
a) Revise toda a matéria antes da avaliação;
b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!);
c) Concentre-se no que está fazendo;
d) Não tenha pressa;
e) Leia atentamente todas as questões;
f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis;
g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar 
a prova.
Bom Desempenho!
Abreviaturas
a.C. antes de Cristo.
ARA Almeida Revista e Atualizada 
ARC Almeida Revista e Corrida 
AT Antigo Testamento 
BV Bíblia Viva
BLH Bíblia na Linguagem de Hoje
c. Cerca de, aproximadamente, 
cap. capítulo; caps. - capítulos, 
cf. confere, compare.
d.C. depois de Cristo.
e.g. por exemplo.
Fig. Figurado.
fig. figurado; figuradamente, 
gr. grego 
hb. hebraico
i.e. isto é.
IBB Imprensa Bíblica Brasileira 
Km Símbolo de quilometro 
lit. literal, l iteralmente.
LXX Septuaginta (versão grega do AT) 
m Símbolo de metro.
MSS manuscritos 
NT Novo Testamento 
NVI Nova Versão Internacional 
p. página.
ref. referência; refs. - referências
ss. e os seguintes (isto é, os versículos
consecutivos de um capítulo até o seu final. 
Por exemplo: IPe 2.1ss, significa IPe 2.1-25). 
séc. século (s). 
v. versículo; 
vv. versículos, 
ver veja
índice
Lição 1 - 0 Mundo Bíb l ico........................................ 13
Lição 2 - Geografia Física da Pa lest ina.................... 39
Lição 3 - Geografia Econômica e Humana da
Palestina.................................................... 71
Lição 4 - Geografia Política da Pa lest ina................. 95
Lição 5 - A Ásia Menor e as Viagens do Apóstolo
P a u lo .........................................................119
Referências Bib l iográf icas........................................ 141
Mapas Bíblicos .......................................................... 143
Lição 1
O Mundo Bíblico
O mundo bíblico situa-se no atual Oriente 
Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo, 
mais precisamente na Mesopotâmia, nas planícies 
entre os rios Tigres e Eufrates. É ele o berço da raça 
humana.
Na dispersão das raças após o dilúvio (Gn
10 e 11):
t Sem povoou o sudoeste da Ásia;
t Cão povoou a África, Canaã e a Península
Arábica;
í Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.
O Fértil Crescente
Se traçarmos uma linha curva partindo do 
Egito, passando pela Palestina e a Síria
Mediterrânea, e, seguindo depois até ao Golfo
Pérsico, teremos uma meia lua razoavelmente 
perfeita.
Há quatro mil anos, esse poderoso
semicírculo em redor do deserto da Arábia, 
denominado "Fértil Crescente" abrigava grande 
número de cultura e civil izações ligadas umas às 
outras como pérolas e um colar. Dela irradiou luz 
clara para toda humanidade. Ali foi o centro de 
civilizações desde a chamada "Idade da Pedra até a 
Idade do Ouro" da cultura greco-romana.
13
Como já vimos, a faixa de terra estreita 
que vai de Ur, no sul da antiga Caldéia, até as
proximidades do Nilo, é chamado então de Fértil 
Crescente.
Em algum ponto dessa imensa região, a
humanidade teve o seu berço, antes e depois do
dilúvio. Civil izações importantes, tais como a 
Suméria, a Acádia e a Aramita, deram inicio ao
progresso e os levaram para outras partes da terra.
Tigre e Eufrates, no Oriente e no Ocidente, 
l igavam-se por estradas reais, que passavam por 
Harã, Alepo, Damasco, Jerusalém e alcançavam o 
Egito.
Caldéia, Assíria e Egito se tornaram
potências. Essas potências disputavam em campo de 
batalha o domínio do mundo. Canaã estava no centro 
dessas potências entre a Mesopotâmia e o Nilo.
A terra de Canaã era uma passagem
obrigatória para assírios, caldeus e egípcios. Sendo 
assim, Canaã se tornou o centro do Fértil Crescente, 
terras disputadas pelas potências do Mundo Antigo. 
Por isto, o Velho Testamento registra muitas vezes 
Israel sendo ameaçado pelos assírios e caldeus, 
recorrendo ao poder militar do Egito e vice-versa.
Quando Napolassar, auxi liado por 
Ciaxiares, rei dos persas, destruiu Nínive e sepultou 
o grande Império Assírio e lançou as bases do
Império Caldeu, com capital em Babilônia, todas 
estas potências perseguiram Israel e atacaram o
Egito, e o Egito revidou também com suas tropas.
Do poder dos gregos, Judá não se livrou; 
os romanos subjugaram Israel e destruíram 
Jerusalém em 70 d.C. e só foi restaurado o Estado 
Judaico em 1948 d.C.
Desde que os judeus se implantaram na 
Palestina, no meado do século passado, o mundo 
todo passou a se despertar pelo Oriente Médio, e até
14
mesmo os árabes, esquecidos por séculos, passaram 
a ocupar um lugar proeminente1 entre as nações. Os 
árabes se impõem pelo petróleo e os judeus pelo 
valor espiritual.
Israel retornou à terra que Deus deu a 
Abraão e à sua descendência em possessão 
perpétua, conduzido pelo braço do Senhor, porque 
lhe está reservado por profecias, papel importante 
nos acontecimentos que precederão ao 
arrebatamento da Igreja, à Gna_ad_e Tribulação, à 
Volta de Cristo e o Milênio. Israel mais uma vez, 
ocupando o centro das atenções da terra e 
Jerusalém, sendo a coroa para todos os povos.
Limites do Mundo Bíblico
Em termos gerais pode-se delinear a área 
do Mundo Antigo da seguinte maneira:
Ao norte: começa na Espanha, passa pelo norte 
da Itália e Mar Negro e vai até ao Mar Cáspio;
® Ao leste: uma linha reta que parte do Mar 
Cáspio, e passando pelo Golfo Pérsico vai até o 
Mar Arábico;
(§ ) Ao sul: uma linha reta que, partindo do Mar 
Arábico, vai à direção oeste, passando pela 
Etiópia e terminando no deserto da Líbia, no 
continente africano;
® Ao oeste: uma linha reta que parte do sul do 
deserto da Líbia e termina na Espanha, 
abrangendo o Egito e as regiões do norte da 
Áfr ica.
Em termos mais específ icos diríamos que a 
referida área fica situada entre longitude 5o oeste e 
55° leste, e entre 10° e 45° latitude norte.
1 Que se a l te ia ac ima do que o c i r cunda; que sobressa i .
15
A Extensão do Mundo Bíblico
No Mundo Bíblico encontram-se diversas 
regiões, áreas, países e acidentes naturais. 
Citaremos apenas alguns casos, dado o limitado 
espaço que temos.
Mesopotâmia (Gn 24.10; Dt 23.4; At 2.9).
Berço da humanidade. Não é verdade o que 
muitos manuais de História Geral declaram ser o 
Egito o berço da humanidade. A verdade está na 
Bíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico.
Na Mesopotâmia destacam-se dois países: 
s Babilônia, de capital do mesmo nome. Outros 
nomes antigos: Caldéia (Ez 11.24); Sinear (Gn 
14.1); Sumer. É o sul da Mesopotâmia.
•/ Assíria (Gn 2.14; 10.11). É o norte da
Mesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital: 
Nínive, destruída em 607 a.C. Ao oeste ficava o 
Reino de Mari. Os mitânios habitavam em volta 
de Haran, ao Norte da Assíria.
Arábia.
Capital: Petra (gr.) e Sela (hb.). Vai da foz 
do Nilo ao Golfo Pérsico. Local onde Israel 
peregrinou à procura de Canaã,. A parte da Península 
do Sinai era chamada Arábia Pétrea.
A Lei foi dada nessa terra e o tabernáculo 
foi erigido pela primeira vez nesse lugar. A região de 
Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelmente na 
Arábia (1 Rs 9.28).
Pérsia.
Documentos desenterrados nas últimas 
décadas revelam-nos existirem duas Pérsias. A 
Grande Pérsia, localizada no sudeste de Elã é
16
atualmente o Irã e a Pequena Pérsia l imitava-se, ao 
norte, pela Magna Média.
Em um sentido amplo, o territóriopersa 
compreendia o Planalto do Irã, toda a região 
confinada pelo Golfo Pérsico, os vales do Tigre e do 
Ciro, o Mar Cáspio e os rios Oxus, Jaxartes e Indo.
No tempo de Assuero, marido de Ester, as 
possessões persas estendiam-se da índia à Grécia, 
do Danúbio ao Mar Negro, e do Monte Cáucaso ao 
Mar Cáspio ao norte e atingia, ainda, o deserto da 
Arábia e Núbia.
Elão.
Região além do Tigre, ao oriente da 
Babilônia, limitada ao norte pela Síria e pela Média; 
ao sul pelo Golfo Pérsico, ao oriente e ao sudeste, 
pela Pérsia. Hoje incorporado no Irã. Capital: Susã 
(Gn 14.1; At 2.9).
Média.
Esta região ficava ao norte de Elão, ao 
leste da Assíria, ao sul do Mar Cáspio e partes da 
Armênia, e ao oeste da Pártia.
Há uma única menção dos partas na Bíblia, 
em Atos 2.9, onde se faz referência aos povos 
representados em Jerusalém no dia de Pentecostes.
** Armênia.
Em sua parte encontra-se o planalto 
chamado antigamente de Ararate (Gn 8.4) que por 
sua vez, localiza-se na Ásia Ocidental. É o lugar das 
nascentes dos rios Eufrates, Tigre e Aras.
Síria.
Mesmo que Arã (Não confundir com Harã). 
Capital: Damasco (Is 7.8). Seu território não é o 
mesmo da Síria moderna (At 11.26).
17
Nos dias de Jesus tornara-se sede da 
província romana, da qual fazia parte a Palestina (Lc 
2.2). A capital dessa província era Ant ioauia. A Síria 
era na época governada por um legado1 romano.
Fenícia.
Atualmente é o Líbano, em parte. Cidades 
principais: Tiro e Sidon. Os fenícios eram navegantes 
famosos e primitivos exploradores; fundaram 
Cartago, na África do Norte (hoje Túnis).
Nosso alfabeto vem dos fenícios cerca de 
1500 a.C. ( IRs 9.26-28; Mt 11.22; 15.21).
Egito.
É o país mais citado na Bíblia depois da 
Palestina. Em hebraico seu nome é Mi.zraim (Gn 
10.6). Teve várias capitais nos tempos bíblicos. 
Parte do seu futuro, profeticamente falando, está em 
Ezequiel 29.15. Fica ao norte da África.
Etiópia.
Fica ao sul do Egito. Segundo Gênesis 
2.13, existia outra Etiópia na região norte da 
Mesopotâmia - a chamada Terra de Cush (hebraico).
A profecia em Salmos 68.31 a respeito da 
Etiópia, teve seu cumprimento a partir de Atos 8.26­
39, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país de 
princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia 
compreende hoje a Abissínia e a Somália.
Líbia.
Extensa região da África do Norte. Simão, 
o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de 
C irene - cidade da Líbia (Mt 27.32).
1 Na ant iga Roma, com is sá r io do Senado en ca r r egado de 
f i s ca l i z a r a adm in i s t r a ção das prov ínc ias .
18
Igualmente, no dia de Pentecostes estavam 
cireneus em Jerusalém (At 2.10).
Ásia.
A Ásia dos tempos bíblicos não era como o 
atual continente asiático atual, era uma província 
romana situada na parte ocidental da chamada Ásia 
Menor ou Anatól ia (At 6.9; 19.22; 27.2; IPe 1.1; Ap 
1.4,11). Capital dessa província: Éfeso.
Toda a região dessa antiga Ásia Menor 
compreende hoje o território da Turquia.
■** Grécia ou Hélade (At 20.2).
No Antigo Testamento, em hebraico, é Java 
ou Iônia (Gn 10.4,5). A maior parte da Grécia Antiga 
era conhecida pelo nome de_Acaia_.(At 18.12); nome 
esse derivado dos aqueus - povo que a habitou.
Na época do Novo Testamento a Grécia era 
constituída de estados isolados sob os romanos. 
Nesse tempo, sua capital política era Corinto, não 
Atenas. Em Corinto residia o procônsul romano.
** Macedônia (At 19.21).
Ficava ao norte da Grécia. A antiga 
Macedônia é hoje parte do território de vários 
países, a saber: norte da Grécia^ sul dâ Bulgária, 
Iugoslávia e parte da Turquia.
O ministério do apóstolo Paulo ocorreu na 
Ásia Menor, Grécia e Macedônia, principalmente. A 
capital da Macedônia era Pella.
Ilírico (Rm 15.19).
Região européia onde Paulo ministrou a 
Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da 
Iugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje é 
a antiga Dalmácia de 2Timóteo 4.10.
19
Itália (At 27.1; Hb 13.24).
País banhado pelo Mediterrâneo, situado 
ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundado 
um diminuto reino em 753 a.C., que mais tarde viria 
a ser senhor absoluto do mundo conhecido - O 
Império Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregou 
o Evangelho como prisioneiro.
*■ Espanha (Rm 15.24,28).
Paulo manifestou o propósito de viajar 
para a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, a 
cidade de Társis mencionada em Jonas 1.3; 4.2; 
ficava ao sul da Espanha., sendo no tempo de Jonas o 
extremo do mundo conhecido do povo comum.
Foi a Espanha grande perseguidora dos
cristãos durante a Idade Média, especialmente 
através dos tribunais da sinistra Inquisição.
Palestina ou Canaã.
Região banhada pelo Mediterrâneo ao
oeste, tendo ao norte a Fenícia e a Síria, e ao leste e
sul da Arábia, sendo que ao sui também fica parte
do Egito. As suas características serão estudadas 
detalhadamente mais adiante neste livro.
Ilhas dos Gentios ou Ilhas do Mar.
É designação aplicada na Bíblia às ilhas do 
Mediterrâneo e Mar Egeu, das quais as principais 
são: Creta, Chipre, Rodes, Patmos, Mitilene,
Samotrácia e talvez Malta e Sicília, bem como de 
regiões mais remotas1, pouco conhecidas nos tempos 
bíblicos.
1 Mu ito a fa s tado no espaço; d i s tante , d i s tanc iado .
20
Montanhas
Uma vez que vamos estudar separadamente
- na lição 2 deste livro - a Geografia da Palestina, 
trataremos neste tópico das montanhas
extrapalestínicas do Mundo Antigo relacionadas com 
a história bíblica. Destas, as quatro mais
importantes são as seguintes:
■*' Ararate.
Fica no sudeste da Armênia; célebre pelo 
encalhe da arca de IMoé; tem cerca de 5.000 metros 
de altitude. Devemos notar, entretanto, que o texto 
bíblico em Gênesis 8.4 diz que a arca parou sobre 
"os montes de Ararate". Portanto ignora-se o local 
exato do pouso da arca, embora a tradição aponte a 
montanha mais alta da região como tal e cujo nome 
é Ararate.
Sinai ou Horebe.
Local izado no extremo sudoeste da Ásia,
na Península1 do Sinai, que tem forma tr iangular e
que é banhado por dois braços do Mar Vermelho 
chamados Golfo de Suez e Golfo de Ácaba, ficando 
este do lado oriental da península e aquele do lado 
ocidental.
A península da sua natureza divide-se em 
duas partes:
s Uma ao norte, predominante, deserta e com 
leves elevações; 
s Outra ao sul, na qual predominam a topografia 
montanhosa, de elevações entre 1000 e 2000 
metros de altitude cortada por vales de 
dimensões variadas, cobertas de alguma
1 Porção de te rra ce rc ada de água por to do s os la dos , menos 
um, pelo qual se l iga a out ra terra.
21
vegetação em certas épocas do ano. É nesta 
região sul da península que se localiza o monte 
Sinai, também chamado Horebe. ,
No monte Sinai Moisés recebeu a Lei com a 
qual se firmou o pacto entre Deus e o povo de 
Israel, originando-se, assim, a nacionalidade 
hebraica com seus aspectos religioso e civil.
No mesmo monte, uns poucos anos antes, 
Moisés teve a visão da sarça ardente - quando
apascentava os rebanhos do seu sogro - e seis 
séculos depois Elias, o profeta, teve a visão de Deus 
( lR s 19) em que lhe foi revelado que, apesar da 
idolatria de Israel havia muitos joelhos em seu meio 
que não se haviam dobrado a Baal.
Hoje o Sinai é conhecido pelo nome de 
Jebel-Musa, que significa "monte de Moisés".
Líbanos.
A cordi lheira1 dos montes Líbanos, que 
corre paralelamente à costa oriental do
Mediterrâneo, fica na parte ocidental da Síria, ao 
norte da Palestina, e apresenta-se em duas divisões: 
Líbano e Antelíbano.
Esta divisão não é conhecida nas Escrituras 
Sagradas, mas vem desde os tempos da dominação 
grega e persiste até hoje.
A cadeia de montanhas que fica ao oeste é 
conhecida como Líbano e a que fica ao leste como 
Antelíbano. A altitude de ambas as cadeias varia 
entre 1.900 e 3.300 metros. A sua extensão na 
direção norte-sul é de aproximadamente 180km e na 
direção oeste-leste varia entre 20 e 30 km em linha 
aérea.
1 S is t ema de a l tas m on ta nhas que se d e senvo l vemem grande 
ex te nsão , ge ra lmen te pa ra le la s e p r ó x im as ao l i toral , l an çando 
cade ia s de mon tanhas se cundár ia s .
22
0 vale que separa as duas cadeias de 
montanhas toma nomes diferentes: 
v' Ao sul é chamado vale do Leontes, por onde 
corre o rio do mesmo nome;
•/ Pouco mais para o norte é conhecido como o 
vale de Mispá. que se estende por entre os 
contrafortes das duas cadeias;
■s E do centro para o norte toma o nome de vale 
do Orontes, pois serve de leito para o rio do 
mesmo nome.
No tempo de Josué o vale era conhecido 
simplesmente como vale do Líbano. Era famoso pela 
sua fertil idade. Nas encostas dos Líbanos cresciam 
os famosos cedros e as esbeltas faias, madeiras 
empregadas na construção do templo de Salomão, 
cobertura de navios, palácios dos reis, instrumentos 
musicais, enfim, por serem de grande duração. Os 
montes Líbanos são freqüentemente citados nas 
Escrituras.
Seir.
Na real idade Seir não é um monte isolado 
e sim uma serra de montanhas que corre na direção 
norte-sul na região de Edom, na Arábia Ocidental 
(durante a dominação romana denominada Arábia 
Pétrea), entre o sul do Mar Morto e o estremo norte 
do Golfo Ácaba, cuja altitude varia entre 300 e 2.000 
metros na encosta leste.
Um pouco afastado da serra, mas 
pertencendo ao mesmo sistema, fica o monte Hor, 
onde morreu Arão, irmão de Moisés, durante a 
peregrinação de Israel em demanda1 à terra da 
promessa. Nas montanhas de Seir, provavelmente na 
sua parte norte, habitava Esaú, na região central dos
1 Em busca de; à pro cu ra de.
23
montes Seir onde ficava a cidade-fortaleza Petra, 
também conhecida como Selá. posto militar guardião 
das fronteiras meridionais do Império Romano.
Questionário
f Assinale com "X" as alternativas corretas
1. O Mundo Bíblico situa-se no atual:
a)[H Continente Asiático e parte da Oceania
b ) H Oriente Médio e terras do contorno do Mar 
Mediterrâneo
c )D Ocidente, precisamente no continente europeu 
e africano
d )D Oriente Próximo e terras do litoral do Golfo 
Ácaba
2. Na Mesopotámia, berço da humanidade, destacam- 
se dois países:
a )D Fenícia e Egito
b ) 0 Egito e Babilônia
c)[3 Babilônia e Assíria
d)D Espanha e Palestina
3. Célebre pelo encalhe da arca de Noé; fica no 
sudeste da Armênia.
a)EH Monte Seir
b ) 0 Monte Sinai
c )D Monte Horebe
d)Q3 Monte Ararate
f Marque "C" para Certo e "E" para Errado
4.ICI A faixa de terra estreita que vai de Ur, no sul da 
antiga Caldéia, até as proximidades do Nilo, é 
chamado então de Fértil Crescente
5 . 0 O Egito foi o local onde Israel peregrinou à 
procura de Canaã
24
Rios
Na vasta área do Mundo Antigo podemos 
considerar quatro rios importantes: Nilo, Tigre
Eufrates e Jordão.
Nilo.
Com cerca de 6.500 km de comprimento, é
0 primeiro rio do continente africano e o segundo do 
mundo, tendo suas nascentes na região dos grandes 
lagos da África Equatorial, por onde se estende seus 
dois braços chamados Nilo Branco e Nilo Azul e seus 
afluentes.
O Nilo corre na direção sul-norte através 
do Egito, desaguando no Mediterrâneo através de um 
vasto estuário1 de 250 km de largura, formado pelo 
os três braços (que antigamente eram sete), 
denominado delta.
As chuvas produzidas pelas nuvens 
formadas sobre o Oceano Índico e levadas pelos 
ventos sobre as cordilheiras da África Oriental e 
Equatorial faziam transbordar o Nilo e seus 
afluentes, levando para o Egito a aluvião2 ferti l izante 
das vertentes das montanhas.
O transbordamento do Nilo nas regiões 
áridas do Egito e conseqüentes abundância das 
colheitas, notadamente na região do delta, era 
considerado pelos egípcios obras dos seus deuses. 
Caráter sagrado que o povo atribuía ao rio.
A parte navegável ia até a Ilha Elefantina, 
antigamente chamada Yeb, 1.145 km ao sul de 
Cairo, junto da primeira catarata. Há mais cinco
1 T ipo de foz em que o curso de água se abre mais ou menos 
la rgamen te .
2 Depó s i to de casca lho , areia e argi l a que se fo rma j un to às 
margens ou à foz dos r ios, p roven ien te do t r aba l ho de erosão; 
a lúv io .
25
outras cataratas no alto Nilo que não permitem a 
navegação.
Além de ser o ponto final da rota 
comercial, a Ilha Elefantina também era o posto 
mil itar mais avançado do governo egípcio na direção 
sul, pois as escavações nela efetuada mostram 
vestígios de fortificações que abrigavam guarnições 
militares. Provas iguais nos oferecem as ruínas da 
cidade de Siene (moderna Assuã), referida em 
Ezequiel 29.10, que fica em frente da ilha.
Na mesma ilha ainda foram encontradas 
ruínas de colônias judaicas e documentos em papiro 
em grande quantidade que relatam acontecimentos 
entre 400 e 525 a.C., oferecendo novos dados sobre 
a dispersão dos judeus pelo mundo de então, 
suplementando, assim, a narrativa bíblica relativa ao 
assunto.
■*" Tigre (gr.) ou Hidéquel (hb.).
Este é o rio que nasce nas montanhas da 
Armênia, corre na direção sudeste banhando o lado 
oriental da Mesopotâmia até juntar-se com o rio 
Eufrates, cerca de 160 km antes do Golfo Pérsico.
Devido à mudança do leito do rio através 
dos tempos - pelos os meios naturais (inundações), 
e artificiais (canalização) - e também preferências 
de suas diversas nascentes, o percurso total do Tigre 
varia entre 1.780 e 2.300 km segundo os dados 
oferecidos pelos diversos autores.
Nos tempos remotos ele desaguava 
diretamente no Golfo Pérsico, mas, devido ao aluvião 
formado na baixa Mesopotâmia, hoje despeja as 
águas no Eufrates que daí para frente recebe o nome 
de Shat-el-Arab.
Em sua margem esquerda, na altura de seu 
terço superior, ficam as ruínas da antiguíssima
26
cidade de Nínive, cuja história começa no terceiro 
milênio a.C., e no seu terço inferior, na margem 
direita, fica a cidade de Bagdá. Fora os primeiros 
capítulos de Gênesis, pouquíssimas são as 
referências bíblicas ao Tigre.
Eufrates, o "Grande Rio".
As suas nascentes acham-se no maciço 
montanhoso da Armênia. De início, o rio corre para o 
ocidente, chegando a uma distância de apenas 93 
km do Mediterrâneo. Depois toma a direção sudeste, 
atravessando a célebre cidade de Babilônia a cerca 
de 140 km do seu estuário.
O curso total deste rio também varia entre 
2.880 e 3.330 km, segundo diversos autores. 
Aparentemente esta diferença se explica pelas 
mesmas razões citadas com referência ao 
comprimento do rio Tigre.
Na época da maior glória do domínio
hebreu o rio Eufrates era o seu limite nordeste.
Também constituía o limite ocidental da 
Mesopotâmia extremamente fértil especialmente na 
região sul, ou baixa - Mesopotâmia, também
chamada Caldéia.
Todos os anos os dois rios depositam uma 
faixa de terra no fundo do Golfo Pérsico fazendo-o 
recuar. Calcula-se que desde os tempos de Abraão, 
quando a sua cidade (ür) era porto marítimo, o Golfo 
Pérsico tenha recuado cerca de 250 km.
Também o Eufrates nos tempos antigos
desaguava diretamente no Golfo Pérsico. Hoje, cerca 
de 160 km ao norte do referido Golfo junta-se com o 
Tigre e daí em diante é chamado Shat-el-Arab.
Jordão.
Este é o rio da terra santa, inúmeras vezes 
referido nas Escrituras Sagradas. É formado por
27
várias nascentes nas encostas noroeste e oeste do 
monte Hermom - sendo quatro as principais: a 
Bareighit, Hasbani, Ledã e Banias - e corre na 
direção norte-sul.
No seu percurso total, cerca de 340 km 
pelo leito s inuoso1, atravessa dois lagos - o de 
Merom (atualmente chamado Hulé) e o da Galiléia - 
desaguando no Mar Morto.
A peculiaridade do Jordão é que este é o 
único rio do mundo cujo leito é inferior ao nível do 
mar. A depressão começa desde 3 km ao sul das 
águas de Merom e continua cada vez mais acentuada 
até chegar a 426 metros no Mar Morto, cuja 
profundidade chega a 400 metros. Portanto, trata-se 
de uma depressão de 826 metros sendo a mais 
profunda do globo terrestre.
O Jordão nasce nas montanhas do 
Anti líbano, ao oeste do monte Hermom, e é o 
principal rio da Palestina, ele corre na direção norte- 
sul, dividindo o estadojudaico em duas partes 
diferentes deixando na região leste a Transjordânia e 
na região oeste, a terra de Canaã.
Seu nome significa "decaimento" ou 
"aquele que desce"; e em virtude de sua grande 
sinuosidade, tem sido apelidado de "serpentina". No 
seu curso superior, ao norte, estão as fronteiras 
sírio-israelense e. jordano-israelense.
Nascentes: Esse rio inicia-se nos montes 
do Antilíbano, (especialmente o Hermom) em cujos 
picos a neve cai o ano todo; e quando esta sofre a 
alta temperatura, torna-se líquida e vai se 
deslizando pela superfície da terra, ou se infiltrando 
pelas brechas do solo até formar as nascentes do rio 
Jordão.
1 Que apresenta cu rvas i r regu la res , em sen t i dos d i fe rentes; 
ondu l an te , to r tuoso , f l exuoso .
28
O início do rio propriamente dito começa 
através do encontro de quatro principais riachos:
s Hasbani. É um riacho com cerca de 40 km de 
extensão, que mana de uma grande fonte 
chamada "Ain Furar", onde a altitude é de cerca 
de 520 metros acima do nível do mar, com cerca 
de 300 metros de profundidade.
s Banias. Cujo nome significa "o deus da 
fertil idade". É o mais oriental de todos. Esse 
riacho nasce perto das ruínas de Banias - antiga 
Cesaréia de Filipe (Mt 16.13), no sopé do monte 
Hermom, onde a elevação é de 348 metros 
acima do nível do mar.
s Ledã. Essa é a fonte central e mais volumosa. 
Está a 157 metros acima do nível do mar. Inicia- 
se perto de Tel-el-Cadi, a antiga Dã da Bíblia. 
Trata-se de uma poderosa nascente que brota 
do solo naquele ponto.
s Bareighit. Esse riacho é mais ocidental e mais 
alto, iniciando a 563 metros acima do nível do 
mar, e cujas fontes não se alimentam das 
torrentes do Hermom.
Primeiro se encontram as vertentes, Banias 
e Bareighit, e logo após Ledã, e um pouco mais ao 
sul, esses três se ajuntam ao de Hasbani, e assim 
está formado o início do rio Jordão.
Para um estudo mais detalhado, costuma- 
se dividir o curso do rio Jordão em três trechos, a 
saber: A Região das Nascentes, o Jordão Superior e 
o Jordão Inferior.
s Região das Nascentes. Essa região, é 
exatamente a que acabamos de descrever nos 
seus aspectos mais setentrionais que se estende 
até o lago de Meron. Após a fusão das quatro 
nascentes já descritas, o Jordão atravessa uma
29
planície pantanosa numa extensão de 11 km e 
entra no lago de Meron. A sua largura varia 
muito nesse trecho, e a profundidade varia de 3 
a 4 metros.
s Jordão Superior. Trata-se da parte que está 
entre o lago de Meron e o Mar da Galiléia, com 
uma extensão de 20 km. Esse trecho é quase 
reto, com uma caída de 225 metros, o suficiente 
para fazer com que as águas fiquem altamente 
impetuosas, causando enormes erosões. A 
velocidade das águas nesse trecho é tão grande, 
a ponto de quase 20 km adentro do Mar da 
Galiléia ainda dá para perceber a sua 
correnteza. A largura do rio nesse trecho varia 
entre 8 a 15 metros, onde o seu leito percorre 
um terreno rochoso entre uma vegetação média.
v' Jordão Inferior. É a região que fica entre o 
Mar da Galiléia e o Mar Morto. Esse trecho mede 
cerca de 117 km em linha reta, e cerca de 340 
km pelo leito tortuoso do rio, com uma largura 
que oscila entre 25 a 35 metros, indo 1 a 4 
metros de profundidade. O declive desse trecho 
é de 200 metros, levando o rio a descer 
precipitadamente formando meandros1 e 
cascatas, alargando o vale até uma extensão de 
15 km, como ocorre nas proximidades de Jericó.
Há outros três grandes rios no Mundo 
Antigo, porém sem importância para a geografiar 
bíblica, são eles: Leontes e Orontes na Síria - o 
primeiro correndo no seu último trecho pelo limite 
norte de Canaã e o segundo banhando a cidade de 
Antioquia - e Tibre na Itália, em cuja margem 
esquerda fica Roma.
1 S inuos idade , rodeio, vo l te io de curso de água, de cam inho, 
etc.
30
Desertos
Na Bíblia encontramos várias referências a 
desertos, e isto em virtude das peregrinações dos 
patriarcas e do povo de Israel bem como da 
formação de Moisés, o grande guia do povo de Deus, 
que se efetuou especialmente nos desertos do 
êxodo. A idéia de deserto entre os judeus abrangia 
três aspectos:
■s Yeshimon: deserto absoluto, onde não há
possibil idade de sobrevivência animal ou 
vegetal;
s Heraboth: lugar devastado, desértico, em
conseqüência de destruição. É o caso da cidade 
destruída pela guerra;
s Midbar ou Arabah: deserto com certas
possibil idades de vida animal e vegetal que, na 
época chuvosa do ano transformava-se em 
campo.
Os israelitas peregrinaram 40 anos em 
desertos destes aspectos. Aqui abordaremos os 
desertos extrapalestínicos, deixando os palestínicos 
para mais adiante (lição 2).
Os desertos extrapalestínicos relacionados 
com as narrativas bíblicas podem ser divididos em 
dois grupos, tomando-se a linha Mar Morto - Golfo 
de Ácaba como divisória:
O grupo do oeste: 
s Shur (Êx 15.22), que alguns identificam como o 
de Etam (Êx 13.20), estende-se pelo noroeste 
da Península do Sinai, ao largo da fronteira 
nordeste do Egito e costa oriental do Mar 
Vermelho (Golfo de Suez) à altura do seu terço 
superior;
31
s Sin, que é o prolongamento do anterior na 
direção sul da costa oriental do mesmo mar, 
abrangendo o terço médio da mesma; 
s Sinai, que abrange toda a parte sul da 
península incluindo o monte Sinai, bem como a 
parte oriental da mesma até o fundo do Golfo de 
Ácaba;
s Parã, que cobre todo o centro da península, 
deslocando-se um pouco para nordeste da 
mesma;
s Cades, ou Cades-Barnéia, pequena área que 
fica ao norte do Parã e leste de Shur; 
s Zim, fica ao leste de Cades. Estes dois últimos 
desertos constituíam o limite sul da Palestina, 
também conhecidos pelo nome de Negeb;
s Berseba. Este é um pequeno deserto em torno 
da cidade de Berseba, o marco meridional da 
terra santa. A expressão "de Dã a Berseba" era 
maneira de definir a extensão norte-sul do 
território palestínico.
O grupo do leste: 
s Idumeu, que fica ao sudeste do Mar Morto; 
s Moabe, ao nordeste do mesmo mar; 
s Quedemote, ao norte de Moabe;
Diblat e Beser, cuja localização é desconhecida, 
são desertos de pouquíssima importância 
histórica.
Cidades
O estudo das cidades do Mundo Antigo 
requer que as dividamos em dois grupos: 
extrapalestínico e palestínico (este será estudado na 
lição 4).
32
*■ Cidades principais do grupo extrapalestínico.
Destacam-se neste grupo, pela sua 
importância e relação com os hebreus e com o 
crist ianismo primitivo, as seguintes:
1. Ur.
Situada no sul da Babilônia ou Caldéia, 
hoje chamada Mugheir (perto das escavações da 
antiga Ur). Cidade natural do patriarca Abraão; 
centro industrial, agrícola e comercial de grande 
importância; porto marítimo, segundo as 
descobertas arqueológicas (o Golfo Pérsico 
antigamente ia até Ur); antedi luviana.
Nas escavações arqueológicas de Ur temos 
as mais antigas evidências da cultura sumeriana.
2. Nínive.
Segundo Gênesis 10.11 foi uma das 
antigas cidades da Assíria. Tornou-se a capital do 
mundo no período áureo do Império Assírio.
Ficava a margem oriental do Tigre 
Superior, 50 km ao norte da confluência do rio Zabe 
com o Tigre. Foi tomada pelos babilônios em 612
a.C., terminando assim a sua glória.
Dois dos livros proféticos do Antigo 
Testamento têm Nínive por objetivo: Jonas e Naum.
3. Damasco.
Segundo os historiadores é "a cidade viva 
mais antiga da terra", localizada ao sul da Síria, no 
planalto oriental do Antel íbano.
Através dos séculos tem sido a capital da 
Síria. Notável por se constituir centro estratégico 
para o comércio do Mundo Antigo, por tratar-se de
33
um ponto de entroncamento1 das estradas que 
comunicavam Egito e Arábia com Assíria, Babilônia e 
Roma (via Éfeso, na Ásia Menor).
É citada freqüentemente nas Escrituras 
Sagradas em que as referências vão desde os dias 
das peregrinações de Abraão (Gn 14) até o tempo do 
apóstolo Paulo (Gl 1.17).
4. Mênfis.
Os hebreus a conheciam pelo nome de 
Nofe (Is 19.13). A cidade mais importante do Egitosetentrional que, segundo Heródoto, teria sido 
edificado por Menes, primeiro rei do Egito 
mencionado na história, localizada na margem 
ocidental do Nilo, cerca de 20 km ao sul de Cairo, 
atual capital do Egito. As pirâmides egípcias mais 
famosas ficam perto desta cidade.
5. Babilônia.
A antiga e bela capital do famoso Império 
Babilónico, notável pelos seus maravilhosos palácios, 
jardins suspensos, muralhas quase inexpugnáveis2.
Segundo Heródoto, historiador grego - 
citado por J. D. Davis em seu Dicionário da Bíblia - 
as muralhas que cercavam a "cidade maravilhosa" do 
Mundo Antigo eram duplas e tinham cerca de 28 
metros de largura e até 112 metros de altura e 96 
km de extensão, construída de tijolos com 
argamassa3 de betume com 250 torres e 100 portões 
de cobre.
1 Ponto de j unção de doi s ou mais cam inhos , de duas ou mais 
co isas.
2 Invenc í ve l , indes t ru t í ve l , inaba láve l .
3 M istura de um ag l u t inant e com areia e água, em p reg ad a no 
a s sen tam en to de a lvena r i a , t i jo los, l adr i lhos , etc., da qual 
resu lta uma massa de c on s i s tênc ia mais ou menos p lás t i ca , que 
endu rece com o tempo.
34
Esta cidade foi edificada sobre as duas 
margens do rio Eufrates, em torno do local da torre 
de Babel, cerca de 500 km ao noroeste do Golfo 
Pérsico (250 km no tempo de Abraão, pois Ur, cidade 
do patriarca, era cidade marítima conforme provam 
as escavações em suas ruínas que hoje ficam a cerca 
de 250 km do fundo do Golfo Pérsico).
As suas origens pré-históricas remontam 
aos dias de Ninrode (Gn 10.8-9). Foi na cidade de 
Babilônia que Alexandre, o grande, terminou seus 
dias em 323 a.C.
6. Harã.
Poucos informes têm dessa cidade. Porém 
sabemos que ficava na região chamada Harã - 
Naaraim, Padã-Arã, no planalto setentrional da
Mesopotâmia, onde permaneceram por algum tempo 
Tera e seu filho depois de deixarem Ur..
Entretanto, pelo que se pode concluir de 
alguns dados arqueológicos, tratava-se de um 
importante centro militar e comercial, ponto de
convergência dos caminhos da Assíria, Babilônia, 
Ásia Menor, Egito (via Palestina) e Síria.
7. Tiro.
Cidade antiga e muito importante na
Fenícia. Conforme relatos de escritores e
historiadores antigos (Heródoto e outros), sua 
fundação remonta a 2.750 anos a.C.
De início, a cidade foi edificada sobre um 
pequeno promontório1,, transferindo-se mais tarde 
para uma ilha mais próxima a fim de resistir melhor 
aos constantes ataques dos inimigos. Mas, 
Alexandre, o Grande, tomou a Ilha de Tiro em 332 
a.C., depois de sete meses de cerco, tendo
1 Cabo f o rm ado de rochas e l e vada s ou a l cant i s.
35
construído um molhe1 através do estreito que 
separava do continente.
Foram os tírios navegantes e comerciantes 
famosos que mantinham relações com as mais 
distantes regiões. Foram eles que fundaram Cartago, 
na África setentrional, no século IX a.C.
Na época de Davi e Salomão, o rei de Tiro
- Hirão - manteve estreita amizade com Israel, 
ajudando com sua madeira e artífice a construir os 
palácios e o templo (2Cr 2.1-16).
Foram as cidades fenícias: Tiro e Sidon, as 
únicas em território estrangeiro que Jesus visitou 
durante o seu ministério terreno (Mt 15.21-31). O 
nome moderno dessa cidade é Sur.
8. Sidon.
Outra cidade importante e muita antiga da 
Fenícia, cerca de 30 km ao norte de Tiro, porto 
marítimo do Mediterrâneo, é freqüentemente referida 
na Bíblia. Foi arrasada, muitas vezes, pelos 
conquistadores, e reconstruída. Hoje seu nome é 
Saida.
A importância desta cidade foi tão grande 
que os historiadores da antigüidade freqüentemente 
referia-se aos sidônios como sinônimo de fenícios. 
Um dos reis sidônios, Etbaal, era pai de Jezabel, a 
terrível mulher de Acabe, rei de Israel.
9. Atenas.
Este é o nome da capital Ática, um dos 
estados da Grécia, fundada em 1156 a.C., que em 
1834 tornou-se a capital de todo o reino da Grécia. 
Está cerca de S km de distância do mar Pireu., sendo 
seu porto comercial mais próximo Falero.
1 Es t ru tura mar í t ima en ra i z ada em terra, e que pode s e rv i r de 
queb r a -m a r (q. v.), gu ia - co r ren te ou cais acos táve l .
36
Atenas era célebre como centro da ciência, 
da literatura e das artes do Mundo Antigo, atraindo 
inúmeros estudantes de todas as regiões.
As referências bíblicas a esta cidade são 
todas elas relacionadas com a obra missionária de 
PâliLo (At 17.15-18.1; lT s 3.1).
10. Éfeso.
Cidade mais importante da costa ocidental 
da „Ásia Menor, cuja origem remonta o século XI
a.C., localizada na margem direita do rio Caister. 
cerca de 18 km da desembocadura deste no Mar 
Egeu, na província,de Lídia.
Era a um só tempo o porto mais 
importante do Egeu Oriental, a capital da Ásia 
proconsular e o entroncamento das duas estradas 
mais importantes (leste-oeste e norte-sul) da grande 
península no tempo dos romanos.
Seu magnífico templo consagrado à deusa 
Diana (Ártemis dos gregos), levou 220 anos para ser 
construído e tinha 55 metros de largura por 112 
metros de comprimento. Seu teatro com capacidade 
para 25 mil pessoas assentadas e seu hipódromo 
eram de famõ mundial.
Paulo, reconhecendo a importância 
estratégica de Éfeso, ficou ali durante dois anos e 
• rês meses (At 19.8-10) entre os anos 54 e 57 d.C., 
leal izando o seu maior trabalho missionário.
11. Roma.
Cidade das mais antigas da Península 
itálica, edificada sobre sete colinas, na margem 
osquerda do rio T ibre, a 24 km da desembocadura 
deste no Mar Tirreno, na costa ocidental da 
península. A data de sua fundação, universalmente 
.)ceita, é 753 a.C. Famosa por ter sido a capital 
política e cultural do mundo por vários séculos.
37
No tempo do apóstolo Paulo a "cidade 
eterna" - como é chamada - já possuía cerca de
1.000.000 (um milhão) de habitantes.
Paulo esteve preso em Roma durante dois 
anos e dali escreveu quatro epístolas: Efésios,
Filipenses, Colossenses e Filemom.
Questionário
f Assinale com "X" as alternativas corretas
6. Quatro rios mais importantes do Mundo Antigo:
a)[ZI Zabe, Eufrates, Jordão e Quisom
b)CH Belus, Caister, Zabe e Banias
c)Q Nilo, Tigre Eufrates e Jordão
d ) 0 Caister, Banias, Tigre e Nilo
7. Segundo os judeus, o deserto absoluto, onde não há 
possibilidade de sobrevivência animal ou vegetal é:
a )D O Midbar
b)D O Arabah
c )D O Heraboth
d) EU O Yeshimon
8. Cidade natural do patriarca Abraão, de grande 
importância econômica nos tempos bíblicos
a )D Ur
b)C] Damasco
c)D Sidon
d)D Nínive
Marque "C" para Certo e "E" para Errado
9.|C I O rio Nilo tem cerca de 6.500 km de 
comprimento e é o primeiro rio do continente 
africano
10.Ly Paulo esteve preso em Roma durante dois anos e
dali escreveu duas epístolas
38
Lição 2________________
Geografia Física da Palestina
O nome "Palestina" deriva-se do termo 
Filistia, ou seja, a terra habitada pelos filisteus. Na 
Bíblia este nome é dado a uma faixa de terra ao 
sudoeste de Canaã, ao largo do Mar Mediterrâneo 
até ao Egito.
Posteriormente, figuras como Plínio e 
Josefo, passaram a chamar por este nome toda a 
região de Canaã. E desde os tempos do domínio 
romano até os dias que precederam a fundação do 
moderno Estado de Israel, Palestina era o nome mais 
usado.
Outros nomes são: 
v'' Canaã ou Terra de Canaã (Gn 13.12);
/ Terra dos Amorreus; 
s Terra dos Hebreus (Gn 40.15);
 ̂ Terra de Israel ou Terra dos Israel itas (ISm 
13.19; 2Rs 5.2; Mt 2.20); 
s Terra de Judá ou Judéia (Ne 5.14; Is 26.1; Jo 
3.22; At 10.39); 
s Terra da Promessa ou Terra Prometida (Hb
11.9);
✓ Terra Santa (Zc 2.12; SI 78.54 - ARA);
 ̂ Terra Formosa (Dn 8.9); 
s Terra do Senhor (Os 9.3); 
s Terra Gloriosa (Dn 11.41).
39
Localizada no continente asiático, a 30° 
latitude norte, banhada pelo Mar Mediterrâneo 
(extremo leste) em toda a extensão do seu limite 
ocidental, mais ou menos eqüidistante1 dos pontos 
principais do Mundo Antigo, a Palestina constituía-se 
num centro de gravidade para o mundo e as 
civilizações da antiguidade.Do ponto de vista comercial ficava na rota 
obrigatória do tráfego entre o oriente e o ocidente, 
bem como entre o norte e o sul; e do ponto de vista 
político era passagem inevitável dos exércitos 
conquistadores das grandes potências ao seu redor, 
razão pela qual estas se interessavam por sua 
conquista e fortificação.
Com isso, a Palestina sofreu devastações 
em repetidas ocasiões durante a sua história.
@ Limite sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, 
na Arábia, el-Arish é o "rio do Egito" (Gn 15.18). 
@ Limite norte: Síria e Fenícia.
(§ Limite oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíblia
chamado de Mar Grande (Dn 7.2).
@ Limite leste: Síria e Arábia.
Naturalmente estes são os limites médios 
ou prevalecentes da história política da Palestina, 
havendo épocas em que eles sofriam algumas 
modificações resultantes das conquistas ou perdas 
nas guerras.
Topografia
O termo "Topografia" significa, 
literalmente, descrição de um lugar ou de uma 
região. A Palestina pode ser dividida em quatro 
seções, a saber:
1 Que di sta igua lmente .
40
s Planície da costa do Mediterrâneo; 
s Região montanhosa central; 
s Vale do Jordão;
■s Planalto Oriental, ou zona montanhosa de
Gileade, na Transjordânia.
Planícies
A palavra "planície" significa uma grande 
porção de terreno plano, enquanto que "planalto" 
significa uma grande porção de terreno plano sobre 
montes ou serras.
Planície Costeira.
Israel apossou-se das montanhas centrais, 
quando ocupou a terra prometida, e depois, fez 
tentativa esporádica de estender seu domínio até o 
litoral. Mas esta região estava ocupada pela
poderosa nação dos filisteus.
Davi conseguiu controlá-la por um
momento, mas durante a maior parte da história 
israelita foram os fil isteus que, a partir das suas 
cinco cidades, fizeram pressão em direção às 
colinas.
Naquela época o litoral não era região 
particularmente atraente, e consistia em uma faixa 
de dunas1, areia misturada com bosques e alguns 
pântanos. Ao sul do monte Carmelo não apresentava 
grandes pontos naturais. Os fi l isteus não eram 
navegadores.
O primeiro grande porto nesta faixa 
costeira foi o porto oficial de Cesaréia, construída 
pelo rei Herodes, o grande, não muito tempo antes 
do nascimento de Jesus Cristo.
1 Monte de areia moved iç a fo rmado pela ação do vento .
41
Ao sul do monte Carmelo a área era 
chamada de Planície da Filistéia e Planície de Saron, 
ao norte do Carmelo Planície de Aser.
Continuando para o norte a planície se 
restringe, mas em compensação oferece melhores 
portos naturais, a partir dos quais operavam os 
fenícios navegadores e comerciantes.
Planície do Aco (ou Acre).
A palavra Acre (hb. akko) significa "areia 
quente" (Jz 1.31), e os Cruzados1 lhe deram o nome 
de "São João de Acre".
Esta planície está na região do extremo 
noroeste da costa palestínica, ao sul da Fenícia e se 
estendendo até o monte Carmelo.
No norte ela é mais estreita, medindo 
aproximadamente 5 km, e vai se alargando pouco a 
pouco, até alcançar 17 km ao sul. É irrigada por dois 
pequenos rios, a saber: o rio Belus ao norte e o rio 
Quisom ao sul, ao pé do monte Carmelo.
As terras do centro que rodeia os montes 
são fertil íssimas, com exceção da parte praiana, 
onde as areias são muito quentes. Esta região coube 
por sorte a tribo de Aser (Js 19.25-28) que não 
conseguiu expulsar os cananeus.
■*" Planície de Saron.
A palavra "Saron" é semítica, e significa 
"zona de bosques". Essa planície está entre o sul do 
monte Carmelo e a cidade de Jope.
Ela se alarga na direção das montanhas da 
região central à medida que avança para o sul, 
medindo 85 km no sentido norte-sul, com uma
1 Exped i ção mi l i ta r de c a rá te r re l ig ioso que se fazia na Idade 
Méd ia, cont ra hereges ou inf i éis.
42
largura que varia de 15 a 25 km, tendo a sua faixa 
mais estreita que se encontra nas proximidades do 
monte Carmelo. Esta planície tornou-se famosa por 
causa das variedades de flores e lírios que ali 
medravam1 (Ct 2.1-2).
Planície da Filistia.
Essa planície compreende a faixa de terra 
habitada pelos filisteus, que fica entre Jope e Gaza, 
no sudeste da Palestina, medindo cerca de 75 km de 
comprimento por 25 km de largura.
As cinco cidades principais dos fil isteus, 
fortemente muradas, eram: Gaza, Ascalon, Azoto, 
Gate e Ecrom. As três primeiras eram marít imas e as 
duas últimas ficavam no interior. Tais cidades eram 
as fortalezas da planície.
Planície de Sefelá.
A palavra Sefelá, l iteralmente significa 
"terras boas" ou "mais baixas". Essa região 
propriamente dita, é mais uma faixa de terra do que 
uma planície; trata-se de um altiplano rochoso que 
corre da costa, rumo sudeste, se estendendo até a 
fronteira da tribo de Judá (Dt 1.7; Js 10.40; 12.8; 
15.33; 2Cr 26.10; 28.18).
Na sua região norte ela l imita-se com a 
Filistia, ao sul com o vale de Aijalom e Berseba, e ao 
leste com as montanhas de Judá.
Planície de Jezreel ou Esdraelon.
O nome profético dessa região é 
"Armagedom". Apesar dessa região ser classificada 
como vale, pela sua extensão e aspecto do conjunto, 
preferimos qualificá-la de planície.
1 Crescer , vege tando ; de senvo lv er -s e .
43
Esse local encontra-se na confluência de 
três vales, o mais importante é o de Jezreel, que 
está situado entre os montes da Galiléia e os de 
Samaria, alargando-se para o noroeste até as 
fraldas1 do monte Carmelo e sul dos montes Líbanos.
Os três vales se formam ao leste da
imensa planície separada pelo monte Gilboa e o
pequeno Hermom. O do centro é o maior. É o
Jezreel, que desce abruptamente para o Jordão. A 
entrada do vale está na cidade de Jezreel que foi a 
capital do Reino do Norte. A planície é cortada pelo 
rio Quisom do leste para o oeste, com destino ao 
Mar Mediterrâneo.
O termo "esdraelon", é grego e não
aparece na Bíblia, enquanto "Jezreel" aparece por 29 
vezes no Antigo Testamento. Há quem pensa que 
Jezreel e Esdraelon não sejam o mesmo lugar.
Em Josué 17.16 e 2Crônicas 35.22 esse
lugar é chamado de "Vale de Megido". Essa é a maior 
planície de todo o Israel, medindo 40 km de
comprimento por 20 km de largura.
Essa região foi na verdade o celeiro de
Israel, especialmente nos tempos da monarquia. 
Suas terras eram abundantemente férteis, regadas 
pelas constantes chuvas, pelo orvalho que caia do 
céu e pelos rios.
Alguns intérpretes vêem na palavra 
"Armagedom" uma transliteração do hebraico 
Armegido, que significa, colina ou montanha de
Megido.
Além dessas, existem outras planícies 
menores espalhadas pelo interior da Palestina, como 
a de Jericó, a de Dotam, a de Moabe, a de Genezaré 
etc.
1 A par te infer ior , as abas , o sopé (de ser ra, monte , etc).
44
Vales
Apesar de ser a Palestina, terra de muitos 
vales conforme disse Moisés, contentemos em 
estudar apenas alguns dos mais importantes (Dt 
11 . 10 , 11 ):
1. Vale do Jordão.
É uma depressão geológica; os lados 
seguem duas falhas paralelas da crosta terrestre até 
a depressão conhecida pelo nome de Arabá, 
terminando no Golfo de Ácaba. As falhas são a causa 
que explica o caráter íngreme1 do vale.
As praias do Mar Morto encontram-se 388 
metros abaixo do nível do mar. A distância entre a 
linha do horizonte das montanhas de um lado para 
outro do vale é de 15 a 20 km.
Nenhuma estrada importante percorre este 
vale, o que se explica pelo fundo difícil e 
continuamente interrompido pelo rio e seus afluentes 
e ainda pelas altas temperaturas estivais2.
Este é o maior vale de toda a Palestina, 
que inicia no sopé3 do monte Hermom (extremo 
norte) e desce em direção sul, até terminar no Mar 
Morto. No seu ponto inicial esse vale é um tanto 
estreito medindo 100 metros; mas na medida em 
que vai se alargando ele cresce pouco a pouco. E 
logo um pouco abaixo do Mar da Galiléia ele mede 3 
km, na região de Jericó ele chega até 15 km, e 
depois começa a estreitar-se novamente antes de 
chegar ao Mar Morto, seu ponto final.
Por este grande vale corre o rio Jordão, do 
qual o seu nome deriva.
1 Dif íc il de subir; que tem for te decl ive; ab rupto , esc arpado , 
n l cant i l ado
1 Re ferente ao, ou própr i o do est io; ca lmoso, est ivo , est io.
' Base (de mon tanha) ; fa lda.
45
Este é o mais profundo vale de toda a face 
da terra, com 426 metros abaixo do nível do Mar 
Mediterrâneo, em uma distância de 215 km em linha 
reta desde o monte Hermom até ao Mar Morto. 
Grande parte desse vale é de ferti lidade exuberante,
o que enriquecia a agricultura israelense.
Este é o vale de maior contraste geológico 
da face da terra. Como já vimos, ele inicia no sopé 
do monte Hermom a 3.000 metros de altitude, e 
termina no Mar Morto com cerca de 426 metros 
abaixo do nível do mar, com a agravante deste ter 
aproximadamente 400 metros de profundidade.
Onde ele nasce, no monte Hermom, sua 
temperatura climática é bastante fria, em virtude da 
neve, enquanto no seu término, no Mar Morto, a 
temperatura chega a 50° no verão.
A natureza do terreno desse vale é das 
mais variadas que se pode imaginar. A sua 
vegetação não é muito diferente, produzindo até 
maçãs, pêras e uvas.
2. Vale Acor.
A palavra "Acor" significa "perturbação". O 
nome desse vale deriva-se de Acã. Este vale fica 
entre as terras que pertenciam às tribos de Judá e 
Benjamim, ao sul de Jericó. Foi neste vale que 
ocorreu o triste episódio que envolveu a vida de Acã 
e sua família (Js 7.24-26).
3. Vale de Aijalom (Js 10.12).
A palavra "Aija lom" significa "das gazelas". 
Este vale situa-se na região de Sefelá, 24 km ao 
noroeste de Jerusalém. Este vale tem uma extensão 
de 18 km de comprimento na direção do 
Mediterrâneo, por 9 km de largura.
46
4. Vale de Escol (Nm 13.22-27).
A palavra "Escol" em hebraico significa 
"cacho". Este vale fica ao oeste de Hebrom, e é 
muito famoso pela sua ferti l idade especialmente na 
plantação de uvas.
5. Vale de Hebrom.
Esse vale fica cerca de 30 km a sudoeste 
de Jerusalém, onde foi edificada a célebre cidade de 
Hebrom, em cujas cercanias fixou-se por longo 
tempo a família de Abraão.
Planaltos
A definição de planalto é: uma grande
extensão de terras sobre montanhas ou serras. A 
Palestina é geralmente vista com dois planaltos, a 
saber:
s O Planalto Central, que existe como a 
continuação dos montes Liba nos e se estende 
pelo centro do país na direção norte-sul; e 
 ̂ O Planalto Oriental, que pode ser considerado 
como continuação do Anti líbano, andando na 
mesma rota do anterior.
Ambos variam em altitude, medindo de 
650 a 1.300 metros.
*■ Planalto Central.
Esse planalto é compreendido pela região 
onde habitavam as tribos de: Naftali, Efraim e Judá. 
s O Planalto de Naftali, corresponde à região da 
Galiléia ao norte;
 ̂ O Planalto de Efraim corresponde à região de 
Samaria, ao centro; e 
s O Planalto de Judá situa-se ao sul, entre Betei 
e Hebrom.
47
Planalto Oriental.
Esse planalto situa-se ao oriente do rio 
Jordão e também está subdividido em três partes 
diferentes, a saber: Basã, Gíleade e Moabe.
■s Planalto de Basã. Também conhecido como
Auran, que se estende desde o sul do monte 
Hermom até o vale por onde corre o rio
Iarmuque. A ferti lidade dessa região é mais 
apropriada para o plantio de trigo e pastagem 
para o gado.
•/ Planalto de Gileade. Que se situa entre o
Iarmuque e o Hebrom, cortado pelo rio
Jaboque; esta é uma região ferti l íss ima. Essas
terras são famosas pela abundante produção do 
bálsamo, muito apreciado no período do AT (Jr 
8.22). Essa região, é hoje chamada de 
Jordânia.
s Planalto de Moabe. Localiza-se ao leste da
última parte do curso do rio Jordão e do Mar
Morto, indo até o rio Arnon. Esta região é um 
tanto rochosa entrecortado de prados e de 
lindas pastagens. Essa região levou esse nome 
em virtude de ter sido colonizada pelo filho de 
Ló (Gn 19.37).
Montes da Palestina
Canaã é uma terra montanhosa por 
excelência; esta é a razão da Bíblia chamá-la de
" terra de montes e vales" (Dt 11.11).
O núcleo central dos reinos hebreus 
encontra-se na região montanhosa ao longo do 
divisor de águas, que de um lado desce para o litoral 
e do outro para o vale do Jordão. Estas alturas 
atingem acima de 1.000 metros no seu ponto 
culminante, próximo a Hebrom.
48
O declive desapareceu há muito tempo, 
dando lugar a descalvados1 tabuleiros de calcário e 
terrenos pobres. A agricultura é praticada em 
terraços e em campos de animais.
Na extremidade setentrional desta região 
certo números de colinas isoladas voltam à vizinha 
planície de Jezreel, a cadeia montanhosa retoma o 
seu caminho, avança na direção norte, elevando-se 
gradativamente à medida que se aproxima dos altos 
montes do Líbano.
É constituída de patamares que geralmente 
se voltam para o sul ou sudoeste. Os mais baixos 
destes "degraus de escada" eram e são uma espécie 
de bacias férteis, separadas entre si por estéreis 
encostas de calcário.
À medida que aumenta a altitude, as
plataformas tornam-se escalvadas e batidas pelo
vento até constituírem uma área desolada e estéril, 
destituída das f lorestas que cobrem as encostas das 
montanhas mais altas ao norte.
Toda esta parte forma a região da Galiléia, 
c'ls vezes subdividida em alta e baixa Galiléia. Os 
limites meridionais e orientais da região são claros. 
Mas ao norte a divisa se perde nas montanhas.
Os montes da Palestina normalmente são 
divididos em dois grupos gerais, a saber:
s Montes Palestínicos, que ficam ao oeste do
Jordão; e
s Montes Transjordânicos, que se localizam ao
leste do Jordão.
I. Montes Palestínicos.
i . l . Hermom.
Este monte fica no extremo sul da cadeia 
dos montes Anti líbano, no limite sul da Síria e
I al ta de vege ta ção ; á r ido , esté r i l , ca lvo , es ca l vado.
49
extremo norte da Palestina, também, conhecido 
como monte Sirion e monte Senir.
Devido à sua altitude que atinge pouco 
mais de 3.000 metros (os dados oferecidos pelos 
vários autores divergem consideravelmente quanto à 
altitude deste monte, oscilando entre 2.750 e 3.365 
metros), há uma escassez de vegetação (exceto nas 
encostas inferiores onde a vegetação é 
extremamente rica). Sua cobertura é permanente de 
neve e gelo.
Este monte se reveste de uma imponência1 
majestosa, podendo ser avistado de muitas partes da 
Palestina, Síria, Arábia, Fenícia e Mediterrâneo.
Durante o inverno o enorme véu de neve 
baixa até cerca de 1.500 metros. À medida que 
avança o verão a neve vai derretendo, formando fios 
de água e riachos que descem pelas encostas e 
regam as partes inferiores do monte e os vales, 
ficando no seu tríplice cume (formado por três 
elevações ou picos dispostos em triângulo) uma 
calota de gelo que reflete os raios solares, como um 
espelho, a distâncias enormes.
Hermom tem um papel importante na 
formação do clima da região, principalmente da 
Palestina, como catal isador das correntes de ar 
quente e úmido vindas do Mediterrâneo e 
precipitador2 das mesmas em forma do orvalho 
denso em áreas mais próximas e chuvas abundantes 
em regiões próximas e distantes. Isto, devido à 
baixa temperatura reinante em suas culminâncias.
1.2. Monte Tabor.
Em hebraico significa "pedreira" ou 
simplesmente "montanha". Este monte está a 615 
metros acima do nível do Mar Mediterrâneo e tem
1 Que impõe admi ração ; ma je s to so , magn i f i cen te .
2 At i ra r , lançar , a r r em essa r
50
120 metros de altitude, e fica totalmente isolado.
I stá localizado na Galiléia, na parte nordeste da 
exuberante Planície de Esdraelon, tem uma distância 
ili' 10 km da cidade de Nazaré e 16 km do Mar da 
(i < 11 i I é i a .
1.3. Monte Gilboa.
É mais que um monte, parece ser mais 
uina pequena cordilheira. O monte Gilboa tem 13 km 
ili1 comprimento, com uma largura que varia entre 5 
8 km; com cerca de 543 metros de altitude. Nele 
•hi■ cultivam oliveiras, f igueiras e alguns cereais que
ii.io necessitam de muita umidade.
1.4. Monte Carmelo.
Não é propriamente dito um monte, mas 
•.im uma pequena cordilheira, situada no Planalto
i iMitral na direção oeste, formando um promontório 
.ui sulda Planície do Acre, sendo a única parte da 
M.ilcstina que avança mar adentro, formando, ao 
imite, a baía do Acre onde está situada a atual
i ui.ide de Haifa.
Em seus f lancos1 existem várias cavernas, 
i|iii> pelos seus aspectos internos parecem que já 
Im em habitadas.
A cadeia montanhosa do Carmelo se 
■ blende por cerca de 48 km, na direção noroeste- 
uil< ste, desde as margens do Mar Mediterrâneo, ao 
m i I da baía de Acre, até à Planície de Dotã.
Em um sentido mais estrito, o monte
i .li melo é o pico principal dessa curta cadeia 
nmiitanhosa, que alcança um máximo de 531 metros, 
i‘iii sua extremidade nordeste, e que fica cerca de 19
I m i distante da beira-mar.
r .uh: lateral de qua lq ue r ob je to; lado.
51
1.5. Montes de Efraim.
Trata-se de uma região localizada no 
Planalto Central, onde se localiza a tribo de Efraim, 
meia tribo de Manassés e um pouco da tribo de 
Benjamim.
Esta região é também conhecida como 
"monte de NaftaIi", bem como norte de Israel e 
monte de Samaria (Js 20.7; Jr 31.5-6). Os mais 
importantes desses montes são: Ebal e Gerizim, 
conhecidos também como montes das bênçãos e 
monte das maldições (Dt 11.29; 27.1-13; Js 8.33).
O monte Ebal tem 300 metros e está a 
mais de 100 metros acima do nível do Mar 
Mediterrâneo.
1.6. Monte Sião.
Alguns entendem que significa "montanha 
ereta", outros dizem que é "estrutura", mas, não 
falta quem defende o significado "colina ressicada1 
pelo sol".
Este monte situa-se na região leste da 
cidade de Jerusalém, com aproximadamente 800 
metros de altitude, sendo a montanha mais alta da 
cidade sagrada. Antigamente, nas proximidades 
deste monte estava a fortaleza dos jebuseus (2Sm 
5.17; ICr 11.5).
1.7. Monte Moriá.
Segundo a tradição judaica, este monte 
está localizado ao lado leste do monte Sião, medindo 
cerca de 800 metros de altitude. É de forma 
alongada, tendo na sua parte mais baixa o monte 
Ofe l.
A primeira vez que a palavra "Moriá" 
aparece na Bíblia é em Gênesis 22.2, e não se refere
1 To rna r resseco; ressequ i r , ressecar .
52
a um monte, mas, a uma região onde tem muitos 
montes; e foi em um destes montes o lugar em que 
Abraão iria sacrificar Isaque por ordem de Deus.
1.8. Monte das Oliveiras.
Este monte está situado na região oriental 
da cidade de Jerusalém, separado da cidade pelo 
vale do Cedron. Ele faz parte de uma pequena 
cordilheira, com cerca de 3 km de comprimento.
A distância deste monte até o centro de 
Jerusalém era de 15 estádios (Jo 11.18), cerca de 
2.775 metros, "jornada de um sábado" (At 1.12).
Betfagé e Betânia estavam neste monte, 
lietfagé significa "casa do figo", e Betânia, significa 
"casa da tâmara". Na encosta ocidental deste monte 
rstava o Jardim do Getsêmani.
Nos tempos do AT, essa região de muita 
lisrtilidade, era coberta por grandes oliveiras, 
vinhedos, figueiras e outras árvores frutíferas e 
ui namentais. A palavra "Getsêmani" (hb.) significa 
''prensa de azeite".
1.9. Áreas ao pé dos montes.
Entre o litoral e as altitudes montanhosas 
rstende-se uma zona constituída de colinas baixas 
,io pé das montanhas, outrora cobertas de florestas 
i‘ s icômoros1. Hoje grande parte dessa região é
i ultivada.
2 . Montes da Transjordânia.
Os montes da Transjordânia são aqueles 
i|iie ficam ao lado oriental do rio Jordão, onde se 
i".labeleceram as tribos de Rúberi, Gade e a meia 
ii ibo de Manassés.
i i í í ne ro de ár vo res da famí l i a das a r to cá rpeas , esp éc ie de 
Ii(iiiAi r a , de oito a qu inze me t ros de a l tura.
53
A Transjordânia é uma região montanhosa 
semelhante à ocidental, porém mais elevada. A área 
é rica de água e fornece ótimas pastagens para 
grandes rebanhos de ovinos e bovinos.
As montanhas sobem de 600 a 700 metros 
ao leste da Galiléia para quase 2.000 metros ao leste 
e ao sul do Mar Morto. Estas são cada vez mais 
chuvosas à medida que se elevam, constituindo uma 
faixa fértil entre o vale árido, de um lado, e o 
deserto arábico, do outro.
2.1. Montes de Basã.
É uma região montanhosa de muita 
fertil idade, que está situada no Planalto Oriental. Ao 
norte faz divisa com o monte Hermom, ao leste, 
l imita-se com o deserto da Síria e parte do deserto 
da Arábia, e ao sul com o vale do Iarmuque e ao 
oeste com o rio Jordão e o Mar da Galiléia. Este 
monte é referido no Salmo 68.15.
2.2. Monte de Gileade.
Este é mais um conjunto montanhoso, que 
vai do sul do rio Iarmuque e se estende até o Mar 
Morto. Toda sua extensão era de 90 km de 
comprimento, por 30 km de largura.
O rio Jaboque divide esta região 
montanhosa, de leste a oeste, em duas partes quase 
iguais; ficando ao norte a tribo de Gade e ao sul a 
tribo de Rúben. Nos tempos de Jesus, esta região 
era chamada de Peréia.
O nome "Gileade" tem origem no encontro 
de Jacó com Labão (Gn 31.46-48), e logo após com o 
Anjo do Senhor (Gn 32).
2.3. Monte Nebo ou Pisga.
Com 800 metros de altitude, este monte 
localiza-se a cerca de 15 km ao leste da foz do rio
54
Jordão e por trás da Planície de Moabe, perto do Mar 
Morto. Alguns palestinólogos entendem que o monte 
Pisga (Nm 21.20) é um acidente geográfico do monte 
Abarim, que compreendia toda a região montanhosa, 
onde se localizava também o pico do monte Nebo.
Calvário.
Pequena elevação fora dos muros de 
Jerusalém. Fica ao norte, perto da Porta de Damasco 
(Lc 23.33).
Calvário vem do latim "calvária" - crânio. 
Em hebraico é Gólgota - crânio, caveira (Mt 27.33; 
Jo 19.17).
No local acima, em 1885 o general inglês 
Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas 
pesquisas revelaram nunca ter sido o mesmo 
ocupado continuamente. Passou a ser tido como o de 
Cristo.
55
Questionário
f Assinale com "X" as alternativas corretas
1. O termo "Topografia" significa, literalmente:
a )D Grande porção de terreno plano
b)[ZI Descrição de um lugar ou de uma região
c )D Grande porção de terreno plano sobre montes 
ou serras
d )D Conjunto de estados da atmosfera próprios de 
um lugar
2. O mais profundo vale de toda a face da terra, com 
426 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo:
a )Q Vale de Escol
b ) 0 Vale do Jordão
c )D Vale de Aijalom
d ) 0 Vale de Hebrom
3. A Palestina é geralmente vista com dois planaltos:
a ) 0 O Planalto Oriental e o Planalto de Ur
b ) 0 O Planalto de Ur e o Planalto de Basã
c )D O Planalto de Basã e o Planalto Central
d ) 0 O Planalto Central e o Planalto Oriental
f Marque "C" para Certo e "E" para Errado
4.P=] A palavra "planalto" significa uma grande porção 
de terreno plano
5 .C O Planalto Oriental está subdividido em três
partes diferentes: Basã, Gileade e Moabe
56
Hidrografia1
O sistema hidrográfico da Palestina é
talvez um dos mais pobres do mundo. Desde os
tempos patriarcais vemos o quanto aquela terra tem 
sido castigada pela seca.
Mesmo com toda engenharia desenvolvida 
no atual Estado Israelense a terra ainda sofre com 
as terríveis secas, com exceção da orla marítima, 
onde as chuvas são mais freqüentes.
Apesar de todas estas deficiências, a
Palestina é chamada na Bíblia de "terra que mana
leite e mel" (Êx 33.3); "jardim regado" (Gn 13.10; Is
58.11); " terras das chuvas" (Dt 11.11); a " terra da 
abundância" (Dt 28.11).
A hidrografia da Palestina pode ser dividida 
i:m três partes, a saber: Mares, Lagoas e Rios.
Mares
Mar Mediterrâneo.
Banha a Europa Meridional, a Ásia 
Ocidental, a África Setentrional e toda a costa 
ocidental da Palestina. Liga três continentes, Ásia, 
Africa e Europa e era o único mar navegado nos 
I( mpos bíblicos.
A palavra "Mediterrâneo", não aparece na 
lUblia nenhuma vez, esse mar é mencionado na 
híblia com o nome de Mar Grande (Js 1.4); Mar 
ocidental (Dt 11.24); Mar dos Filisteus (Êx 23.31). 
Apesar de todos estes nomes, o termo mais usado na 
llíblia para se referir a este mar é "O Mar".
1 A palavra H id rogra f i a é fo rmada por do is vo cábu lo s gregos 
l l l d ro" (água) e " g r a p h e i n ” ( des creve r) ; sendo ass im, 
H idrogra f ia é a c iênc ia que es tuda as r eg i õesaquát i cas .
57
Os gregos o chamavam de "Mar Grande", e 
os romanos de "Internum Maré” . Com uma extensão 
de 4.500 km, o Mediterrâneo é o maior dos mares 
internos.
Neste mar estão as ilhas de Chipre (At 
4.36; 11.19; 13.4; 15.39; 27.4), Creta (At 27.7,12­
13,21; Tt 1.5) e Malta (At 28.1).
Para os judeus, o Mediterrâneo constituía 
numa enorme defesa natural, em seu flanco 
ocidental, uma vez que na sua costa não havia 
nenhum porto exceto o da cidade de Jope.
Mar Morto.
Localiza-se no extremo sul do rio Jordão. 
Fica na foz do rio Jordão, entre as montanhas de 
Judá e as montanhas de Moabe, na região mais 
profunda do planeta. Não tem saída, mas produz 
uma imensa evaporação de aproximadamente oito 
milhões de toneladas de água por dia, o suficiente 
para controlar suas dimensões.
No verão, a temperatura chega até 50°. 
Está situado entre Israel e a Jordânia, a uma 
distância de 24 km ao leste de Jerusalém. Tem cerca 
de 74 km de norte a sul e 16 km de leste a oeste, 
com um total de 930 km.
O Mar Morto é profundíssimo, medindo
cerca de 300 metros de profundidade. Seu ponto 
mais profundo tem 410 metros. Fica a quase 369 
metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, o que 
faz o mais baixo lençol de água do mundo.
Ao longo da história, esse mar tem sido 
conhecido por diversos nomes; em algumas
passagens bíblicas ele é chamado de "Mar Salgado" 
(Gn 14.3; Nm 34.12), "Mar do Arabá" (Dt 3.17; 
4.49), "Mar do Oriente" (Ez 47.18; Jl 2.20; Zc 14.8).
O Mar Morto é um dos mais salgados do
planeta, sua água contém 25% de salinidade.
58
Além do sal, existem em abundância nas 
águas desse mar outros elementos químicos como 
magnésio, cloro, potássio, cálcio, bromo e enxofre.
■*' Mar da Galiléia.
O Mar da Galiléia que não é propriamente 
um mar, mas um grande lago de água doce, está 
localizado ao lado norte da Palestina e é formado 
exclusivamente pelo alargamento do rio Jordão, num
I recho do seu curso.
Com uma forma ovalada1, nos lembra uma 
pêra. Este mar está aproximadamente a 18km ao sul 
do lago de Meron, e 96 km ao norte de Jerusalém.
I stá a 212 metros abaixo do nível do mar
Mediterrâneo, medindo aproximadamente 18 km de 
• umprimento e cerca de 14 km de largura.
As suas margens que dão para o oriente 
.íío montanhosas, enquanto o seu lado ocidental e 
11a parte noroeste estendem-se planícies férteis com 
(Idades que foram muito importantes nos tempos 
bíblicos. Tem em média 45 metros de profundidade; 
ii sua parte mais rasa não chega menos de 4 metros 
(1(5 profundidade; e a sua parte mais funda não vai 
.ilém de 50 metros de profundidade.
Fica situado em uma grande bacia,
( .lusada por uma grande falha geológica. Com águas 
ivermelhadas e turvas, deságua exausto sobre este 
Uiande lago de água doce o rio Jordão. Apesar disso, 
| t suas águas são relativamente limpas.
Além do rio Jordão, ele recebe muitas
Imites em suas margens. Entretanto, suas praias 
localizadas ao norte e ao leste são barrentas e
i nchosas.
O Mar da Galiléia nos tempos bíblicos
í ipirece com vários nomes, a saber:
1 I o rnado oval.
59
✓ Quinerete (Dt 3.17; Js 13.27; 19.35; Nm
34.11). Esse vocábulo vem de "Kinnor", que 
significa "cítara", pelo fato de parecer com este 
instrumento musical, que é ovalado, em forma 
de uma pêra.
s Lago de Genesaré (Lc 5.1; Mc 6.53). Ganhou 
esse nome, pelo fato de estar localizado em 
uma planície no seu ângulo noroeste chamada 
"Genesaré". Este nome significa "Jardim do 
príncipe".
s Tiberíades (Jo 6.1,23; 21.1) recebeu esse 
nome, por causa da cidade de Tiberíades, 
construída pelo rei Herodes Antipas, em 
homenagem ao imperador Tibério César.
s Mar da Galiléia (Mt 4.18). Esse nome lhe foi 
dado pelo fato de estar localizado em uma 
divisão política do Império Romano na 
Palestina, chamada de "Galiléia".
Lagos
O único lago existente em todo o território 
palestínico é o Lago de Merom; mencionado apenas 
duas vezes no livro de Josué (Js 11.5,7) com o nome 
de "águas de Merom". O seu nome atual é "Lago de 
Hulé" (nome árabe).
Esse lago mede cerca de 8 km de 
comprimento por 6 km de largura, tendo 3 a 4 
metros de profundidade, está a 2 metros acima do 
nível do Mar Mediterrâneo e a 280 metros acima do 
Mar da Galiléia, lugar aonde iam as águas que por 
ele passava.
O seu nome significa literalmente 
"superior", talvez pela sua posição geográfica, ao 
compará-lo com o Mar da Galiléia e o Mar Morto.
60
As suas águas eram doces e produziam 
muitos peixes. A sua parte norte era inóspita1, e 
icpleta de mosquito transmissor da malária.
Antigamente, nas margens desse lago 
vicejava2 o papiro. Esse lago não existe mais, porque 
foi totalmente drenado pela engenharia de Israel, 
ioduzindo-o a uns pequenos açudes.
Rios
Todos os cursos de água da Palestina (com 
exceção do Jordão) são de pouca expressão. A 
palavra "Rio" no hebraico aparece em diversas 
lormas:
s "W a d i " , Trata-se de uma ravina3, ou de um 
leito seco onde só correm águas em seu leito 
no período do inverno ou de chuvas.
S "N ãh ã r " , é o vocábulo normalmente usado 
para designar um rio comum.
Os rios da Palestina são divididos em duas 
hiicias hidrográficas: Bacia do Mediterrâneo e Bacia 
tio Jordão,
l. Bacia do Mediterrâneo.
1.1. Belus.
Esse não é propriamente dito um rio de 
.'i()uas perene, mas tão somente um "Wadi", que fica 
•,eco por quase dois terços do ano. Tradicionalmente 
irm sido identificado com o rio Sior-Libnate 
mencionado em Josué 19.26.
Apesar de não ser identificado a localidade 
deste rio, muitos autores dizem que ele deveria 
estar ao sul da tribo de Aser, onde corria um riacho.
1 I [Ti que não se pode v iver.
Ilrotar, p roduz i r , lançar .
1 I scavação provocada pela enxur rada; bar ranco .
61
O nome "Belus" foi dado pelos gregos. Os judeus e 
os árabes o chamam hoje de "Nannã".
1.2. Quisom ou Kschon.
Trata-se de um rio profundo e de águas 
rápidas, em certos meses do ano quase não pode ser 
atravessado.
Este é o maior rio da Bacia do 
Mediterrâneo, e o segundo de toda a Palestina, 
perdendo somente para o Jordão. Esse rio nasce nas 
pequenas correntes dos montes Gilboa e Tabor, e vai 
recebendo águas de outras pequenas vertentes; 
correndo na direção noroeste do monte Carmelo, ele 
passa pela planície de Esdraelon; e em fim, deságua 
no Mar Mediterrâneo, na parte sul da baía de Acre.
Sem muita certeza, alguns autores dizem 
que o seu nome significa "turvo e tortuoso".
Em Juizes 5.19 esse rio é chamado de 
"águas de Megido". Em virtude do grande episódio 
que envolveu o profeta Elias e os profetas de Baal 
( lR s 18.40), é atualmente chamado de "Nah el 
Mukatta" que significa "rio da matança".
1.3. Caná (Js 16.8; 17.9).
Trata-se de um "Wadi" e não de um rio de 
águas perenes. Nascendo em Samaria, esse rio se 
estende pela planície de Saron irrigando suas terras 
em direção ao mar Mediterrâneo onde termina o seu
curso. Tem esse nome, em virtude do seu leito
correr nas proximidades da cidade de "Caná de 
Efraim".
1.4. Gaás (2Sm 23.30; lC r 11.32).
Aqui temos um outro " Wadi”, que
atravessa o território de Saron na direção leste- 
oeste terminando no Mar Mediterrâneo, nas
proximidades da antiga cidade de Jope.
62
1.5. Soreque (Jz 16.4).
O nome "Soreque" significa "vinha seleta". 
Este também não é um rio perene, porém, um 
"Wadi". A palavra Soreque, indicava tanto um ribeiro 
quanto um vale, entre Asquelom e Gaza, não muito 
longe da cidade de Zorá.
Este rio nasce nas montanhas de Judá, ao 
sudoeste da cidade de Jerusalém, e anda em direção 
noroeste f indando o seu trecho no Mar Mediterrâneo 
entre Jope e Ascalom, na região setentrional da
l ilistia.
1.6. Besor (ISm 30.9,21).
A palavra "Besor" no hebraico significa 
"Refrigério". Este é o maior "Wadi" da Palestina, 
localiza-se nas vizinhanças de Ziclague, na região 
sul de Judá.
Nasce no sul das montanhas de Judá, 
iiassa pelo lado sul de Berseba e precipita-se no Mar 
Mediterrâneo cerca de 8km ao sul da cidade de Gaza.
2. Bacia do Jordão.
Compreende-se como Bacia do Jordão,

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