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CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 1 cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA CETEFA CNPJ: 11.238.665/0001-54 CURSO BACHAREL LIVRE EM TEOLOGIA Decreto Lei Federal n 1051, de 21 de outubro de 1969. DOCÊNCIA EM EDUCAÇÃO RELIGIOSA DISCIPLINA – PANORAMA BÍBLICO mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 2 cetefa2009@gmail.com PANORAMA BÍBLICO (Histórico e Geográfico) (Definição de pa.no.ra.ma) 1. Grande quadro circular, disposto de modo que o espectador, colocado no centro, vê os objetos representados como se estivesse sobre uma altura, dominando todo o horizonte em volta. 2. Paisagem. 3. Grande extensão que se avista de uma eminência, cenário, espetáculo, horizonte, painel, paisagem, perspectiva, quadro, visão, vista. CRISTO É O CENTRO E O CORAÇÃO DA BÍBLIA Panorama Bíblico - Noções de Geografia e História Bíblica Geografia Bíblica é a parte da Geografia Geral que estuda as terras e os povos bíblicos, bem como a matéria de natureza geográfica, contida no texto bíblico, que de passagem se diga, é de fato, abundante. A importância da Geografia Bíblica. É de muita importância o estudo da geografia bíblica como meio auxiliar no estudo e compreensão da Bíblia. Mensagens e fatos descritos na Bíblia, tido como obscuros tornam-se claros quando estudados à luz da geografia bíblica. Deus permitiu a inserção de grande volume dessa matéria na Bíblia. Um exame, mesmo superficial, mostrará que a cada passo, a Bíblia menciona terras, povos, montes, cidades, vales, rios, mares e fenômenos físicos da Natureza. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 3 cetefa2009@gmail.com 1. A Geografia é o palco terreno e humano da revelação Divina. É ela que juntamente com a cronologia, situa a mensagem no tempo e no espaço, quando for o caso. 2. Ela dá cor ao relato sagrado, ao localizar, situar, fixar e documentar os mesmos. Através dela, os acontecimentos históricos tornam-se vívidos e as profecias mais expressivas. O ensino da Bíblia torna-se objetivo e de fácil comunicação quando podemos apontar, mostrar e descrever os locais onde os fatos se desenrolaram. Exemplos: Lc 10.30 ("descia um homem de Jerusalém para Jericó"); Dt 1.7 (aí nós temos uma profunda aula de geografia da Terra Prometida.) 3. O estudo da geografia bíblica da Palestina e nações circunvizinhas esclarece muitos fatos e ensinos constantes das Escrituras. 4. As nações vêm de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é profícuo sob todos os pontos de vista. Ler Dt 32.8; At 17.26. Fontes de estudo da geografia bíblica. A Bíblia. É a fonte principal. Ela faz menção de inúmeros lugares, fatos, acidentes geográficos, povos, nações, cidades. É evidente que isto merece um cuidadoso estudo. A Bíblia contém capítulos inteiros dedicados ao assunto. Exemplo Gn 10; Js 15-21; Nm 33,34; Ez 45-47. Somente cidades da Palestina Ocidental a Bíblia registra cerca de 600. Não registradas, há inúmeras outras como prova a arqueologia. Um problema com que se defronta o estudante nesse assunto, é o fato de grande número de países, cidades, regiões inteiras e outros elementos geográficos, terem atualmente novos nomes. Exemplos: a antiga Pérsia é hoje o Irã; a Assíria é parte do atual Iraque; a Ásia do Novo Testamento é hoje a Turquia; a Dalmácia do tempo de Paulo (II Tm 4.10) é hoje a Iugoslávia e assim por diante. A Cartografia. A ciência dos mapas. Certas editoras especializadas editam atlas e mapas bíblicos, apropriados ao estudo da Geografia Bíblica. Os mapas mais importantes do mundo bíblico são os quatro seguintes: Mundo Bíblico do AT; Mundo Bíblico do NT; A Palestina do AT; A Palestina do NT. A Arqueologia Bíblica. Esta, tem prestado enorme contribuição para a elucidação de dificuldades bíblicas e trazido à tona a história de povos do passado, considerados como lendários, como o caso dos hititas, mitânios e hicsos. A arqueologia bíblica teve seu começo em 1811 com as atividades nesse sentido do cidadão inglês Claude James Rich, na Mesopotâmia, quando lá se encontrava cuidando de interesses ingleses. mailto:cetefa2009@gmail.com http://www.pilb.t5.com.br/mapasbiblicos.htm http://www.pilb.t5.com.br/mapasbiblicos.htm CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 4 cetefa2009@gmail.com LIÇÃO 1 O MUNDO DO ANTIGO TESTAMENTO Esboço Histórico da Bíblia. Deus criou o homem e o colocou no jardim do Éden, na parte sudoeste da Ásia, mais ou menos no Centro Geográfico da maior região da superfície da terra. O homem pecou e deixou de ser aquilo o qual Deus o tinha destinado. Foi então que Deus inaugurou o plano para a redenção final e recriação do homem, e o fez chamando Abraão para que fundasse uma nação, mediante a qual o plano seria executado, Deus guiou Abraão para fora de Babilônia e fê-lo entrar na terra de Canaã. Os descendentes de Abraão migraram para o Egito, e aí se desenvolveram, tornando-se uma nação. Depois de 400 anos foram tirados do Egito, sob a direção de Moisés, de volta à terra prometida de Canaã. Aí, no decorrer de uns 400 ou 500 anos, sob os reinados de: Davi e Salomão, a nação veio a se tornar um grande e poderoso reino. Posteriormente, encerrando-se o reinado de Salomão, dividiu-se o reino. A parte do norte, dez tribos, chamada “Israel”, durou cerca de 200 anos, e foi levada cativa pela Assíria, em 721 a.C.. Á parte sul, chamada “Judá”, durou depois disto pouco mais de 100 anos, e em três levas datadas o redor do ano 600 a.C. foi levada cativa para Babilônia. Um remanescente da nação cativa, em 536 a.C., voltou à sua terra e restabeleceu sua vida como nação. Logo mais se encerrava o Antigo Testamento. 400 anos mais tarde, Jesus, o Messias profetizado no Antigo Testamento, mediante Quem o homem seria redimido e criado de novo, apareceu e realizou Sua obra: Morreu pelo pecado humano; ressurgiu dos mortos; e mandou os discípulos contar a história de Sua vida e Seu poder redentor em todas as nações. A nação foi estabelecida e nutrida por Deus para que desse aquele Homem ao mundo. O próprio Deus tornou-se homem para dar ao gênero humano uma idéia concreta, definida e palpável do que seja a Pessoa que devemos ter em mente quando pensamos em Deus. Deus é tal qual Jesus. Jesus era Deus encarnado, em forma humana. Seu aparecimento na terra é o acontecimento central de toda a história. O Antigo Testamento fornece o cenário para esse aparecimento. O Novo Testamento descreve- o. O homem, Jesus viveu a vida mais peculiarmente bela que já se conheceu. Ele foi o homem mais bondoso, mais terno, mais gentil, mais paciente, mais compassivo que já existiu. Amava pessoas. Detestava vê-las aflita. Gostava de perdoar. Deleitava-se por ajudar. Operava milagres estupendos para alimentar gente faminta. Aliviando os que sofriam, esquecia-se de comer. Multidões cansadas, vencidas pelas dores, de coração aflito, vinham a Ele e encontravam cura e alívio. Dele, e de mais ninguém foi dito, que, se todas as suas obras de bondade fossem registradas, o mundo não poderia conter os livros. Jesus foi este tipo de homem. E Deus é este tipo de Pessoa. Depois: Ele morreu numa cruz, para tirar o pecado do mundo, para tornar-se o Redentor e Salvador do homem. Depois: Ressurgiu dos mortos e agora vive. Não é apenas uma personalidade histórica, porém, uma Pessoa viva. Ele é o fato mais importante da história e a força mais vital no mundo de hoje. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 5 cetefa2009@gmail.com Toda a Bíblia se desenvolve ao redor desta bela história de Cristo e da Sua promessa de vida eterna, feita aos quantos O aceitam.A bíblia foi escrita somente para que o homem creia e conheça e ame e siga a CRISTO. Cristo, centro e âmago da Bíblia, centro e âmago da história, é o centro e o âmago de nossas vidas. Nosso destino eterno está em Suas mãos. De aceita-LO ou de rejeitá-LO depende, para cada um de nós, a glória eterna ou ruína eterna, o céu ou o inferno; ou um, ou outro. A mais importante decisão que alguém possa ser chamado a tomar é a de resolver, em seu coração, uma vez para sempre, a questão de sua atitude para com Cristo. Disso depende tudo. É uma coisa gloriosa ser crente, o mais elevado privilégio da raça humana. Aceitar a Cristo como Salvador, Senhor e Mestre, porfiar sincera e devotamente por segui-LO no caminho da vida que Ele ensinou, é, certa e decididamente, o modo mais razoável e mais satisfatório de vida. Isso significa paz, paz de espírito, contentamento de coração, perdão, felicidade, esperança, vida, vida aqui e agora, vida abundante, VIDA QUE NUNCA FINDARÁ. Como pode alguém ser tão cego e insensato, ao ponto, de prosseguir pela vida á fora e encarar a morte sem esperança cristã? Fora de Cristo, que é que existe, que é que pode existir, seja quanto a este mundo, seja quanto ao outro, para que valha a pena viver? Todos havemos de morrer. Para que dissimular, com risos, este fato? Vê-se que convêm a todo ser humano receber a Cristo de braços abertos, e considerar o mais altaneiro privilégio da vida, o de usar o nome de CRISTÃO. A coisa mais cara e mais doce da vida é ter consciência, no mais recôndito de nossos íntimos, motivos de que vivemos para Cristo, e de que por mais débeis que sejam os nossos esforços, afadigamos-nos em nossa lida diária na esperança de que, na última etapa, teremos feito alguma coisa para depositar, em gratidão e adoração humildes, aos Seus pés como oferta. Partiram os discípulos em todas as direções. Levando alegres notícias, principalmente na direção do oeste, através da Ásia Menor e da Grécia até Roma, ao longo das estradas que então formavam a espinha dorsal do Império Romano, que então abrangia o mundo civilizado conhecido. Com o lançamento, assim, da obra da redenção, encerrava-se o Novo Testamento Canaã A Terra da História Bíblica Canaã situava-se na estrada entre o Vale do Eufrates e o Egito, os dois principais centros de população no mundo antigo. O rio Orontes, correndo na direção norte, fez Antioquia. O Abana, para o leste, fez Damasco. O Leontes (Litânia), para o oeste, fez Tiro e Sidom. E o Jordão, para o sul, fez Canaã, “terra que mana leite e mel”. Foi o centro geográfico e lugar de encontro das culturas: egípcia, babilônica, assíria, persa, grega e romana: ponto estratégico e protegido no eixo dessas poderosas civilizações que fizeram a história antiga. Aí se estabeleceu Israel, como representante de Deus entre as nações. Israel foi criado no Egito, na época do poderio egípcio, destruído pela Assíria e Babilônia, na época do poderio delas e restaurado pela Pérsia, na época do poderio persa. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 6 cetefa2009@gmail.com Palestina ou Canaã, nos ocuparemos nela agora, porque é a mais importante terra bíblica por várias razões: Alguns fatos sobre a Palestina: Foi prometida por Deus aos hebreus, Gn 15.18; Êx 23.31. É, sob o ponto de vista Divino, o centro geográfico da terra, Ez 5.5; 38. 12b. Melhor terra do mundo, Ez 20.6,15; Jr 3.19; Am 6.1. Se atualmente isto parece contraditório, a palavra profética assegura a sua restauração e esplendor no futuro. Os judeus seriam um povo destacado dos demais, Lv 20.24; Dt 33.28; Mq 7.14; Nm 23.9; Jr 49.31. Para que Deus chamou e elegeu a nação israelita: Gn 3.15; Êx 19.6; Dt 7.6; Rm 3.2; 9.4,5. Em suma: trazer o Messias ao mundo; produzir e preservar as Escrituras; ser um povo sacerdotal; e difundir o conhecimento do Senhor entre as nações. Nomes pelos quais é conhecida a Palestina: Canaã, Gn 13.12. Terra dos Hebreus, Gn 40.15. Terra do Senhor, Os 9.3. Terra de Israel, I Sm 13.19; Mt 2.20; II Rs 5.2. Terra de Judá, Judéia, Ne 5.14; Is 26.1; Jo 3.22; At 10.39. Terra Formosa, Dn 8.9. Terra Gloriosa, Dn 11.41. Terra da Promessa, Hb 11.9. Terra Santa, Zc 2.12; Sl 78.54 ARA. Israel (modernamente.) Não há modernamente nenhum país chamado Palestina. O antigo país deste nome está hoje dividido entre a Jordânia e o moderno Israel. Limites da Palestina. Limite sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, na Arábia. (el Arish é o "rio do Egito" mencionado em Gn 15.18.) Limite norte: Síria e Fenícia. Limite oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíblia chamado Mar Grande, Dn 7.2. Limite leste: Síria e Arábia. (O estudante deve ver isto num mapa bíblico apropriado.) Superfície da Palestina. Mais ou menos como a do nosso Estado de Alagoas. Comprimento: cerca de 250 km, de Dã a Berseba. Hoje: 416 km. Largura: 88 km (a maior). Hoje: 100 km. Essa extensão variou com as épocas e situações de sua história. Por exemplo: na época das 12 tribos - 26.400 km². A extensão atual é de cerca de 156.000 km². mailto:cetefa2009@gmail.com http://www.pilb.t5.com.br/mapasbiblicos.htm CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 7 cetefa2009@gmail.com Clima. O tipo de relevo do solo da Palestina resulta numa superfície muito variada, com muitas regiões elevadas e baixas, originando por isso toda espécie de climas, desde o tropical, no Jordão, até o de intenso frio no Hermom, a 2.815 metros de altitude. A faixa litorânea tem uma temperatura média de 21 graus C. No vale do Jordão a temperatura vai a 40 graus. A temperatura média de Jerusalém é de 22 graus. Janeiro é a época mais fria do ano, quando o termômetro chega a 4 graus. É por essa variedade de climas que a Palestina presta-se a toda espécie de culturas. Divisão política da Palestina. No Antigo Testamento foi a Palestina dividia entre as 12 tribos de Israel. Três tribos ficaram a leste do Jordão: Manassés (parcialmente), Gade, Rúben. Cinco ficaram na área litorânea: Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã (em parte), Judá. Quatro se estabeleceram na região central: Naftali, Zebulom, Issacar, Benjamim. Duas ficaram nas extremidades Norte-Sul: Dã (Norte), Simeão (Sul). A divisão política da Palestina mudou com o correr dos tempos e dos governos. Nos tempos do Novo Testamento a divisão política constava de cinco regiões: Judéia, Samaria, Galiléia, Ituréia, Peréia. O estudante deve ver isso no respectivo mapa. Durante o ministério de Jesus, seus governantes eram: Judéía e Samaria: Pôncio Pilatos (26-36 AD.) Pilatos era procurador romano. Sua capital política era Cesaréia; à beira-mar. A capital religiosa: Jerusalém. Galiléia e Peréia: Herodes Antipas (4 AC a 39 AD.) Era filho de Herodes, o Grande. Jesus passou a maior parte de Sua vida no território sob a jurisdição desse Herodes. Às vezes, todo o leste do Jordão era chamado Peréia (Mt 4.25; Mc 3.8). O vocábulo Peréia significa literalmente "região além", isto é, além dó Jordão, Mt 4.15; 19.1; Jo 10.40. Ituréia e outros distritos menores: Herodes Felipe II (4 AC a 34 AD.) O moderno território de Golã, em parte ora ocupado por Israel, integrava essa jurisdição (a antiga Gaulanites, Dt 4.43; Js 20.8.) É mencionada apenas uma vez no NT, em Lc 3.1. A Iduméia, no extremo sul do pais, integrava a jurisdição da Judéia. É mencionada apenas uma vez no Novo Testamento: Mc 3.8. A Capital da Palestina: Teve várias capitais, a saber: Gilgal. No tempo de Josué, Js 10.15. Siló. No tempo dos juizes, I Sm 1.24. Gibeá. No tempo do rei Saul, I Sm 15.34; 22.6. Jerusalém. Da época de Davi em diante, II Sm 5.6-9. Seu primitivo nome foi Salém, Gn 14.18, depois Jebus, Js 18.28 e por fim Jerusalém, Jz 19.10. Nos dias do Novo Testamento a capital política da Judéia era Cesaréia, não Jerusalém, comojá mostramos. Mispá, Jr 40.8. Por pouco tempo foi capital, durante o cativeiro babilônico. Tiberíades. Foi outra capital da Palestina. Isso, após a revolta de Bar-Cócheba, em 135 AD. O Antigo Testamento descreve uma nação. O Novo Testamento descreve um Homem. mailto:cetefa2009@gmail.com http://www.pilb.t5.com.br/mapasbiblicos.htm CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 8 cetefa2009@gmail.com Comumente, em nossas pregações ou estudos, citamos nomes de cidades, montes, rios, mares, povos, desertos, impérios mundiais, viagens, guerras, milagres, nascimentos de pessoas, etc., enfim não percebemos, como poderíamos enriquecer nossa pregação ou nosso estudo, citando com detalhes estes pontos Históricos e Geográficos que abundantemente fazem parte de nossa Bíblia Sagrada. Observe atentamente o mapa abaixo e verifique a riqueza de informações que ele nos transmite e constate que cada nome citado você com certeza já ouviu em alguma pregação ou já leu em sua Bíblia, e que agora terá oportunidade de estudá-la com mais carinho e atenção. Observe a localização dos Mares: Mediterrâneo, Vermelho, Negro, Cáspio, Egeu, Morto. Mesopotâmia berço da civilização humana, local do Jardim do Éden. Rios: Eufrates, Tigre, Jordão, Nilo. Potências antigas: Egito, Império Heteu e Babilônico. Deserto Arábico. Rota de Abrão de Ur dos Caldeus próximo o Golfo Pérsico, para Canaã. Povos antigos: Suméria, Babilônia, Susã, Acmetá, Mari, Nínive, Harã, Hazor, Alepo, Ugarite, Hamate, Sidom, Tiro, Dor, Siquém, Jerusalém, Gaza, Hebrom, Berseba, Mídia, Damasco, Chipre. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 9 cetefa2009@gmail.com O “Crescente Fértil” foi um dos berços da civilização. Uma faixa de terras férteis entre o Deserto da Arábia e o Mar Mediterrâneo. As chuvas e rios, que essas montanhas proporcionam, produzem o cinturão fértil, observe o mapa abaixo. As planícies da Mesopotâmia, irrigadas pelo Tigre e pelo Eufrates, foram sede dos grandes impérios da Assíria e da Babilônia. A Babilônia foi o berço da raça humana, local do Jardim do Éden, cenário do começo da história, centro da área do dilúvio, lar de Adão, Noé e Abraão. Os acontecimentos bíblicos mais importantes deram-se na terra de Israel, no cruzamento das estradas do mundo Antigo. O Egito é um elemento constante no cenário da história bíblica desde o tempo dos patriarcas e da formação do povo de Israel até a época dos profetas e, por fim, como centro da cultura helenística, no Novo Testamento. O reino da Babilônia A Babilônia foi o berço de uma das primeiras grandes civilizações da história. Desenvolveu-se na região banhada pelos rios Tigre e Eufrates, que faz parte do chamado Crescente Fértil. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 10 cetefa2009@gmail.com O Mundo do Antigo Testamento OBSERVE ATENTAMENTE NO MAPA ACIMA AS DESCRIÇÕES A SEGUIR: 1) Babilônia: (foi por longo tempo conhecida como “País de Ninrode”. Capital do rei Hamurábi em 1750 a.C; depois de 612 a.C. centro do império babilônico. A história remonta suas origens para além de 3000 a.C. Os babilônios tiveram duas épocas de grandeza: em torno de 1850 a.C e depois em torno de 600 a.C. sob o reinado de Nabucodonosor, que destruiu Jerusalém e deportou a sua população. Embora haja quem pense que as regiões montanhosas da Armênia, nas cabeceiras do Tigre e do Eufrates, as quais talvez não se elevavam tanto sobre o nível do mar como agora, seria possivelmente o local específico do Jardim do Éden. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 11 cetefa2009@gmail.com O local tradicional e geralmente reconhecido desse jardim é a Babilônia, próximo da foz do Eufrates. “Édim” era o antigo nome sumeriano da planície babilônica. Atualmente o Tigre e o Eufrates confluem cerca de 160 Km acima do Golfo Pérsico. No tempo de Abraão o golfo estendia-se te Ur, e os dois rios se encontravam nele separados. Toda a planície da Babilônia foi formada por depósitos aluviais desses dois rios. O leito dos mesmos mudou de posição muitas vezes. O mesmo acontecia com pequenos rios que ligavam estes dois grandes. No tempo de Adão, possivelmente, os dois rios corriam juntos uma distância pequena, e se separavam de novo antes de alcançar o golfo, sendo que o jardim situava-se sobre os dois cursos unidos, entre a confluência e a separação deles, formando-se assim os quatro braços, Gen 2.10; prosseguiam os dois rios chamados Giom e Pisom como costa oriental e ocidental do golfo. Em inscrições antigas o Golfo Pérsico é chamado “rio”. (Nota Arqueológica) Eridu, tradicional Jardim do Éden. O sítio específico que a tradição fixou como local do Jardim do Éden é um grupo de cômoros, 19 Km ao sul de Ur, conhecido por Eridu. Foi residência de “Adapa”, o Adão babilônico. O Prisma Weld (Primeiro Esboço conhecido da História Universal. Escrito em 2170 a.C. por um escriba que se assinava Nur-Ninsubur, é um belo prisma de barro cozido) diz que os dois primeiros reis da história reinaram em Eridu. Inscrições antigas dizem, “Perto de Eridu havia um jardim, em que existia uma árvore sagrada misteriosa, árvore da vida, plantada pelos deuses, cujas raízes eram profundas, enquanto seus ramos tocavam o céu; era protegido por espíritos guardiões; ninguém penetra nele.” As ruínas de Eridu foram escavadas por Hall e Thompsom, do Museu Britânico (1918-19). Encontraram indícios de ter sido uma cidade próspera e culta, reverenciada como primitiva morada do homem. (Observe o mapa da pág. 5 sua localização). A região de Eridu. Foi revelado por escavações que a região ao redor de Eridu era densamente povoada nas eras mais remotas da História, que se conhecem, e que durante séculos foi um centro que dominou o mundo; é região onde muitas das inscrições mais antigas e mais valiosas foram encontradas. Ur, residência de Abraão, distava apenas 19 Km de Eridu Fara, tradicional residência de Noé ficava 112 Km além. Obeide, onde se encontrou o documento histórico mais antigo que se conhece, distava só 24 Km. Lagás, onde foram achadas imensas bibliotecas primitivas, distava somente 96 Km. Nipur, outro centro de bibliotecas, distava 161 Km. Ereque, uma das cidades de Ninrode, (Ninrode - o mais eminente líder dos 400 anos entre o dilúvio e Abraão. Neto de Cão, nascido logo após o dilúvio), estava a 80 Km de distância Larsa, onde se achou o Prisma Weld, cerca de 64 Km. Babilônia, (cidade) distava 241 Km de Eridu. 2) Mênfis: Antiga capital do Egito. O vale do rio Nilo foi o cenário da ascensão do Egito antes de 3000 a.C. Durante 3000 anos sucessivos o Egito foi a grande potência meridional, apesar de alguns períodos de fraqueza, sendo governado por dinastias sucessivas de reis (faraós). mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 12 cetefa2009@gmail.com 3) Midianitas: Povo do deserto que atacou Israel no tempo dos Juízes. Descendentes de Abraão, da parte de Quetura, Gn 25.2, e deviam possuir tradições acerca do Deus de Abraão. 4 Filisteus: Este povo sedentário, vindo do mar, estabeleceu-se na zona costeira de Canaã e lutou com Israel pelo domínio do país. 5) Nínive: Capital da Assíria 6) Sumérios: Este povo foi o criador da civilização babilônica que nos deixou documentos escritos desde 3200 a.C. 7) Assírios: Há documentos assírios que remontam até 2000 a.C. Entre 1500 e 1100 a.C. constituíram um vasto e poderoso império. O reino de Israel (setentrional) caiu sob o domínio da Assíria em 722/721 a.C. Um século mais tarde os assírios foram vencidos pelos babilônios. 8). Acádios: O rei Sargon de Acade assumiu o controle de Babilônia em torno de 2300 a.C.9) Hititas: O Gênesis menciona-os. Provinham do grande império hitita que floresceu entre 1600 e 1300 a.C. 10) Fenícios: Desenvolveram florescente comércio marítimo com base em Biblos, Tiro e Sidom entre o século XVII e VIII a.C. 11) Arameus: O reino entrou muitas vezes em guerra com Israel, no tempo dos reis. 12) Canaã: Povo tribal que ocupava a terra invadida pelos israelitas. 13) Damasco: Capital da Síria. 14) Amorreus: Um povo que vivia em Canaã antes da invasão dos israelitas. 15) Amonitas: Aparentados com os israelitas através de Ló. 16) Edomitas: Descendentes de Esaú, hostis a Israel. 17) Susã: Capital do império elamita e posteriormente cidade importante sob os medos e persas. 18) Moabitas: Os moabitas descendiam de Ló, Gn 19.37.o seu deus Camos, era adorado com o sacrifício de crianças. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 13 cetefa2009@gmail.com O MUNDO DO GÊNESIS O Começo do Mundo, do Homem, da Natureza Hebraica. A Criação – O Dilúvio – Abraão – Isaque – Jacó – José. Autor: A evidência apresentada pelo Novo Testamento contribui para essa posição (cfe. especialmente João 5:46-47); Lucas 16:31; 24:44). Na tradição da Igreja, o livro de Gênesis tem sido comumente designado como Primeiro Livro de Moisés. Nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa tradição. Segundo antiqüíssima tradição hebraica cristã, Moisés, dirigido pelo Espírito de Deus, compôs o Gênesis à vista de antigos documentos existentes em seus dias. Os fatos do final do livro ocorreram uns 300 anos antes dos dias de Moisés. Este podia ter recebido as informações somente por revelação direta de Deus, ou mediante aqueles registros históricos recebidos dos seus ancestrais. 1) Os primeiros capítulos do Gênesis têm seu cenário na Mesopotâmia: o jardim do Éden, a torre de Babel, semelhante a um Zigurate, o início da viagem de Abraão rumo à Terra Prometida, onde Deus fará dele uma nação e um povo. A extensão do mundo bíblico. O mundo bíblico situa-se no atual Oriente Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo. É ele o berço da raça humana. Mais precisamente a Mesopotâmia, nas planícies entre os rios Tigre e Eufrates. Foi daqui que partiram as primeiras civilizações. Na dispersão das raças após o Dilúvio (Gn caps. 10 e 11), Sem povoou o sudoeste da Ásia. Cão povoou a África, Canaã e a península arábica. Jafé povoou a Europa e parte da Ásia. Limites do mundo bíblico: Ao Norte: Da Espanha ao Mar Cáspio A Leste: Do Mar Cáspio ao Mar Arábico (Oceano Indico) Ao Sul: Do Mar Arábico á Líbia. A Oeste: Da Líbia à Espanha. (O estudante deve ver isso nos mapas e atlas bíblicos.) Regiões, áreas e países do mundo bíblico. Acidentes naturais. Citaremos apenas alguns casos, dado o limitado espaço que temos para isso. 1. Mesopotâmia, Gn 24.10; At 2.9; Dt 23.4. Berço da humanidade. Não é verdade o que muitos manuais de História Geral declaram: ser o Egito o berço da humanidade. A verdade está na Bíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico. Na Mesopotâmia destacam-se dois países: Babilônia, de capital do mesmo nome. Outros nomes antigos: Caldéia (Ez 11.24); Sinear (Gn 14.1); Súmer. É o sul da Mesopotamia. mailto:cetefa2009@gmail.com http://www.pilb.t5.com.br/mapasbiblicos.htm CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 14 cetefa2009@gmail.com Assíria, Gn 2.14; 10.11. É o norte da Mesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital: Nínive, destruída em 607 AC. A Oeste ficava o reino de Mari. Os Mitânios habitavam em volta de Haran, ao Norte da Assíria. 2. Arábia. Capital: Petra (gr); Sela (heb.) Vai da foz do Nilo ao Golfo Pérsico. Aí, Israel peregrinou em demanda de Canaã. A região de Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelmente aí, I Rs 9.28. A parte da península do Sinai era chamada Arábia Pétrea. A Lei foi dada aí e o tabernáculo erigido a primeira vez. 3. Pérsia. Hoje parte do Irã. Capitais: teve as seguintes, pela ordem: Ecbátana, Pasárgada, Susã, Persópolis. Foi cenário do livro de Ester e parte do de Daniel. Aí, primeiramente floresceram os medos. Depois os persas assumiram a liderança. Ver At 2.9. A Média, quando na supremacia tinha por capital Hamadã (entre os gregos Ecbátana.) 4. Elam. Hoje incorporado no Irã. Capital: Susã, Gn 14.1; At 2.9. 5. Armênia ou Arará: Cap. 6 de Gênesis. 6. Síria. Mesmo que Arã. (Não confundir com Haran.) Capital: Damasco, Is 7.8. Seu território não é o mesmo da Síria moderna, At 11.26: Nos dias de Jesus tornara-se sede da província romana, da qual fazia parte a Palestina, Lc 2.2. A capital dessa província era Antioquia. A Síria era na época governada por um legado romano. 7. Fenícia. Hoje: Líbano, em parte. Cidades principais: Tiro e Sidon. Navegantes famosos. Primitivos exploradores. Fundaram Cartago, na África do Norte (hoje Tunis.) Nosso alfabeto vem dos fenícios, cerca de 1500 AC. Ver Mt 15.21; 11.22; I Rs 9.26-28. 8. Egito. É o país mais citado na Bíblia depois da Palestina. Em hb seu nome é Mizraim, Gn 10.6. Teve, várias capitais nos templos bíblicos. Parte do seu futuro, profeticamente falando, está em Ez 29.15. Fica ao Norte da África. 9. Etiópia. Fica ao Sul do Egito. Segundo Gn 2.13, existia outra Etiópia na região Norte da Mesopotâmia - a chamada Terra de Cush (hb). A profecia de Sl 68.31 a respeito da Etiópia, teve seu cumprimento a partir de At 8.26-39, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país de princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia compreende hoje a Abissínia e a Somália. 10. Líbia. Extensa região da África do Norte. Simão, o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de Cirene - cidade da Líbia, Mt 27.32. Igualmente, no dia de Pentecoste estavam cireneus em Jerusalém, At 2.10. 11. Ásia. A Ásia dos tempos bíblicos nada tinha com o atual continente asiático. Era uma província romana situada na parte ocidental da chamada Ásia menor ou Anatólia. Ler At 6.9; 19.22; 27.2; I Pe 1.1; Ap 1.4,11. Capital dessa província: Éfeso. Toda a região dessa antiga Ásia Menor compreende hoje o território da Turquia. 12. Grécia ou Hélade, At 20.2. No Antigo Testamento, em hebraico, é Javan ou Iônia, Gn 10.4,5. A maior parte da Grécia Antiga era conhecida pelo nome de Acaia (At 18.12), nome esse derivado dos Aqueus - povo que a habitou. Na época do Novo Testamento a Grécia era constituída de Estados isolados sob os romanos. Nesse tempo, sua capital política era Corinto, não Atenas. Em Corinto residia o procônsul romano. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 15 cetefa2009@gmail.com 13. Macedônia, At 19.21. Ficava ao norte da Grécia. A antiga Macedônia é hoje parte do território de vários países, a saber: norte da Grécia, sul da Bulgária, Iugoslávia, e parte da Turquia. O ministério do apóstolo Paulo ocorreu na Ásia Menor, Grécia e Macedônia, principalmente. A capital da Macedônia era Pella. 14. Ilírico, Rm 15.19. Região européia onde Paulo ministrou a Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da Iugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje é a antiga Dalmácia de II Tm 4.10. 15. Itália, At 27.1; Hb 13.24. País banhado pelo Mediterrâneo, situado ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundado um diminuto reino em 753 AC, que mais tarde viria a ser senhor absoluto do mundo conhecido - O Império Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregou o Evangelho como prisioneiro. 16. Espanha, Rm 15.24,28. Paulo manifestou o propósito de viajar para a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, a cidade de Tarsis mencionada em Jn 1.3; 4.2, ficava ao sul da Espanha, sendo no tempo de Jonas o extremo do mundo conhecido do povo comum. Foi a Espanha grande perseguidora dos cristãos durante a Idade Média, especialmente através dos tribunais da sinistra Inquisição.Torre de Babel mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 16 cetefa2009@gmail.com 1) Abraão e os outros patriarcas impelidos pela fome foram ao Egito, mais rico de cereais. Depois que os israelitas se multiplicaram e adquiriram uma identidade própria começaram a ser controlados e perseguidos. Decidiram recuperar sua liberdade sob a liderança de Moisés e fugiram: é a aventura do Êxodo. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 17 cetefa2009@gmail.com 2) Da saída do Egito até a entrada na Terra Prometida, os hebreus tiveram que passar quarenta anos difíceis no deserto inóspito e montanhoso da península do Sinai, onde Deus lhes deu as leis contidas nos livros do Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Êxodo Cap.13 a 20. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 18 cetefa2009@gmail.com mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 19 cetefa2009@gmail.com 3) Após a conquista da terra dos cananeus, (designação geral de todos os habitantes da região) descrita no livro de Josué, os israelitas dividiram-na entre as tribos, que nela se estabeleceram. As populações adjacentes molestaram-nos e a gesta dos heróis israelitas que as venceram é narrada no livro dos Juízes. A história do seu desenvolvimento como nação, com reis e profetas continua nos livros de Samuel, Reis e Crônicas, sobre um fundo constituído pela história de Rute, os livros poéticos (Salmos e Cântico dos Cânticos) e a literatura sapiencial (Jó, Provérbios, Eclesiastes). Josué 1; 13-14. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 20 cetefa2009@gmail.com 4) A ascensão da Assíria ao papel de uma das ameaçadoras “potência do Norte”, constitui o pano de fundo de alguns profetas particularmente de Isaías. Depois de uma série de ameaças de invasão, a população de Israel (Reino do Norte) foi levada para exílio, enquanto Judá (Reino do Sul) conseguiu salvar-se a muito custo. Isaías 2; I Reis: 11-12-13. II Crônicas 11-12-13. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 21 cetefa2009@gmail.com 5) O império assírio cedeu lugar à poderosa Babilônia que, por fim, conquistou Judá e Jerusalém. O profeta Ezequiel foi um dos exilados, que convidou o povo a lembrar-se de seu Deus também longe do templo. O livro de Daniel conta a história de um homem de Deus que alcançou alta posição num país estrangeiro. Esdras e Neemias contam as várias etapas da volta dos judeus à terra de Israel. Também Ageu e Zacarias pertencem a esse período. Isaías 36. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 22 cetefa2009@gmail.com Antes do ano 3.000 a.C. o Oriente Médio conheceu dois grandes centros distintos de civilização, cada qual com sua cultura, atividade artesanal e escrita própria. Um encontrava-se na Mesopotâmia, a terra do Tigre e do Eufrates, parte “Crescente Fértil”. O outro era o Egito. A história da humanidade começa no Éden, situado em algum lugar na Mesopotâmia meridional de Ur, (Gn.2). Alguns membros da sua família estabeleceram-se em Harã, enquanto ele prosseguiu até Canaã. VIAGEM DE ABRAÃO (Gn.12.4-9) Abraão foi de Ur, sua cidade natal a Harã e depois seguiu na direção sudoeste, rumo a Canaã, a terra que Deus prometeu a ele e a seus descendentes. Passou a maior parte da vida em Canaã, com base perto de Hebron, salvo breve visita ao Egito, numa época de seca. Mas nunca possuiu terras. Quando Sara, sua esposa, morreu, teve que comprar um terreno de um hitita para sepultá-la. Portanto, o mundo dos primeiros antepassados de Israel foi o mundo de dois reinos ricos e poderosos, situados nos vales fluviais do Egito e da Mesopotâmia. Entre estes havia muitas cidades fortificadas e pequenos reinos. Estas fortalezas protegiam as populações sedentárias, que cultivavam as terras adjacentes. Mas também existiam tribos nômades, que mudavam de um lugar para outro, em busca de boas pastagens para os seus rebanhos. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 23 cetefa2009@gmail.com Abraão e sua família eram um grupo de nômades, entre tantos outros que se movimentavam na região. Esta era a situação de Canaã, quando Abraão chegou e acampou em Siquém. A planície costeira e o vale do Jordão, onde havia boas terras para a agricultura, já estavam ocupados. A região do vale do Jordão atraiu o sobrinho de Abraão, Ló, que se mudou das colinas para acampar perto de Sodoma. Mas a vida ali tinha seus perigos. Ló foi apenas um entre muitos outros que sofreram, quando os reis do lugar se rebelaram contra o domínio dos seus senhores longínquos (Gn 14). Canaã freqüentemente era atingida por seca e fome. Era, pois, natural que os nômades rumassem para as férteis terras do Egito. Numa dessas ocasiões Abraão estava no meio deles (Gn. 12). Mais tarde outro perigo de seca levou os irmãos de José, bisnetos de Abraão, o Egito para comprar cereais. Pouco depois, toda a família de Israel (os doze filhos de Jacó) estabeleceu-se em Gósen, na parte oriental do Delta do Nilo. Aqui termina o Livro de Gênesis. EGITO. MAPA SATÉLITE (Êxodo 12.40-41) mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 24 cetefa2009@gmail.com O EGITO É um vale, 3 a 48 Km de largo, sendo a largura média uns 16 Km; de comprimento, 1.206 Km; o Nilo corta-o pela extremidade oriental do deserto do Saara, desde Asuã ao Mediterrâneo; com um planalto deserto de cada lado, de uns 300 m de altitude. O solo do vale é coberto de rico depósito aluvial negro, procedente das serranias da Abissínia, e é de fertilidade em igual, sendo cada ano renovado o sedimento pelas enchentes do rio Nilo. É irrigado desde a alvorada da história por um sistema vasto, e esmerado de: canais e represas. A represa Asuã, recentemente construídas pelos ingleses, controla a enchente do Nilo; as fomes são coisas do passado. “Rodeado, isolado e protegido pelo deserto, desenvolveu-se ali o primeiro grande império da História; e em parte alguma, como ali, os testemunhos da civilização antiga foram tão bem conservados. ” A terra de Gósen, principal centro da região habitada pelos israelitas, ficava na parte oriental do Delta. A RELIGIÃO DO EGITO. Sir Filinders Petrie, famoso arqueólogo egípcio, diz que a religião original do Egito foi monoteísta. Contudo, antes do alvorecer do período histórico, uma religião desenvolveu-se, na qual cada tribo tinha seu próprio deus, representado por um animal. Ptá (Apis), foi divindade de Mênfis, representada por um touro. Amom, deus de Tebas, era representado por um carneiro. Hator, deusa da alegria, era representada por uma vaca. Mut, esposa de Amom, representada por um abutre. Horus, deus do céu, representada por um falcão Ra, deus sol, representada por um gavião Set, deus da fronteira oriental, representada por um crocodilo. Osíris, deus dos mortos, representada por um bode. Ísis sua esposa, representada por uma vaca. Tote, deus da inteligência, representada por um macaco. A deusa Hequite, representada por uma rã Nechebt, deusa do Sul, representada por uma serpente. A deusa Bast, representada por um gato. Havia muitos outros deuses. Os Faraós eram endeusados. O Nilo era sagrado etc. Durante a permanência de Israel no Egito, este cresceu e tornou-se império mundial. Com a saída de Israel, o Egito decaiu, tornando-se e permanecendo uma potência de segunda classe. mailto:cetefa2009@gmail.comCENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 25 cetefa2009@gmail.com As monumentais pirâmides de pedra do Egito Antigo foram construídas durante 2.700 anos e eram usadas para fins funerários. O período das pirâmides começou no início da terceira dinastia egípcia e terminou na sexta, que se estendeu de 2686 a.C. a 2345 a.C. Na época, a arquitetura das pirâmides assumiu uma forma bastante complexa, pois elas possuíam, além do espaço para a tumba real, pequenas câmaras, salas, valetas e corredores. Nelas os corpos embalsamados dos faraós eram depositados em tumbas extremamente ornamentadas, sendo algumas de ouro. Foto: PhotoDisc EGITO. MAPA TOPOGRÁFICO CONTEMPORÂNEO mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 26 cetefa2009@gmail.com QUESTIONÁRIO DA LIÇÃO 01 De acordo com os estudos referente a lição 1, que versam sobre o módulo Panorama Bíblico, julgue as seguintes afirmações, inserindo no parênteses ( ) de respostas, (V) caso julgue a afirmativa verdadeira e (F) caso julgue a afirmativa falsa: 1) Deus criou o homem e o colocou no jardim do Éden, na parte sudoeste da Ásia, mais ou menos no Centro Geográfico da maior região da superfície da terra. ( ) 2) Deus inaugurou o plano para a redenção final e recriação do homem, e o fez chamando Adão para que fundasse uma nação. ( ) 3) Comumente, em nossas pregações ou estudos, citamos nomes de cidades, montes, rios, mares, povos, desertos, impérios mundiais, viagens, guerras, milagres, nascimentos de pessoas, etc. ( ) 4) O “Crescente Fértil” foi um dos berços da civilização. Uma faixa de terras férteis entre o Deserto da Arábia e o Mar Mediterrâneo. As chuvas e rios, que essas montanhas proporcionam, produzem o cinturão fértil. ( ) 5) A Babilônia foi o berço da raça humana, local do Jardim do Éden, cenário do começo da história, centro da área do dilúvio, lar de Adão, Noé e Abraão. ( ) 6) O Egito é um elemento constante no cenário da história bíblica desde o tempo dos patriarcas e da formação do povo de Israel até a época dos profetas e, por fim, como centro da cultura helenística, no Novo Testamento. ( ) 7) O Egito foi por longo tempo conhecido como “País de Ninrode”, Capital do rei Hamurábi em 1750 a.C; depois de 612 a.C. centro do império babilônico. ( ) 8) Há quem pense, que as regiões montanhosas da Armênia, nas cabeceiras do Tigre e do Eufrates, as quais talvez não se elevavam tanto sobre o nível do mar como agora, seria possivelmente o local específico do Jardim do Éden. ( ) 9) “Édim” era o antigo nome sumeriano da planície babilônica, local tradicional e geralmente reconhecido desse jardim babilônico, próximo da foz do Eufrates. ( ) 10) Eridu, tradicional Jardim do Éden, o sítio específico que a tradição fixou como local do Jardim do Éden, é um grupo de cômoros, 19 Km ao sul de Ur, foi residência de “Adapa”, o Adão babilônico. ( ) 11) Foi revelado por escavações, que a região ao redor de Eridu, era densamente povoada nas eras mais remotas da História, e que durante séculos foi um centro que dominou o mundo; é região onde muitas das inscrições mais antigas e mais valiosas foram encontradas. ( ) 12) A antiga capital do Egito Mênfis, no vale do rio Nilo foi o cenário da ascensão do Egito antes de 3000 a.C. Durante 3000 anos sucessivos o Egito foi a grande potência meridional, apesar de alguns períodos de fraqueza, sendo governado por dinastias sucessivas de reis (faraós). ( ) 13) Povo do deserto que atacou Israel no tempo dos Juízes, descendentes de Abraão, da parte de Quetura, Gn 25.2, e deviam possuir tradições acerca do Deus de Abraão, foram os Filisteus. ( ) mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 27 cetefa2009@gmail.com 14) Filisteus eram o povo sedentário, vindo do mar, estabeleceu-se na zona costeira de Canaã e lutou com Israel pelo domínio do país. ( ) 15) Criador da civilização babilônica, os Sumérios, deixou-nos documentos escritos desde 3200 a.C. ( ) 16) Documentos assírios que remontam até 2000 a.C. Entre 1500 e 1100 a.C. afirmam que os Assírios constituíram um vasto e poderoso império. ( ) 17) Canaã era povo tribal que ocupavam a terra invadida pelos israelitas. ( ) 18) Os Amonitas, eram aparentados com os israelitas através de Ló, e os Moabitas descendiam também de Ló, conforme Gn 19.37-38, o seu deus Camos, era adorado com o sacrifício de crianças. ( ) 19) Na tradição da Igreja, o livro de Gênesis tem sido comumente designado como Primeiro Livro de Moisés, e nenhuma evidência em contrário tem sido capaz de invalidar essa tradição. ( ) 20) Os primeiros capítulos do Gênesis têm seu cenário na Mesopotâmia: o jardim do Éden, a torre de Babel, semelhante a um Zigurate, o início da viagem de Abraão rumo à Terra Prometida, onde Deus faria dele uma grande nação e um povo. ( ) 21) Abraão e os outros patriarcas impelidos pela fome foram ao Egito, mais rico de cereais. Depois que os israelitas se multiplicaram e adquiriram uma identidade própria começaram a ser controlados e perseguidos. Decidiram recuperar sua liberdade sob a liderança de Josué e depois com Moisés. ( ) 22) Da saída do Egito até a entrada na Terra Prometida, os hebreus tiveram que passar setenta anos difíceis no deserto inóspito e montanhoso da península do Sinai, onde Deus lhes deu as leis. ( ) 23) Após a conquista da terra dos cananeus, (designação geral de todos os habitantes da região) descrita no livro de Josué, os israelitas dividiram-na entre as tribos, que nela se estabeleceram. ( ) 24) A história do desenvolvimento de Israel como nação, com reis e profetas continua nos livros de Samuel, Reis e Crônicas, sobre um fundo constituído pela história de Rute, os livros poéticos (Salmos e Cântico dos Cânticos) e a literatura sapiencial (Jó, Provérbios, Eclesiastes). Josué 1; 13-14 ( ) 25) A ascensão da Assíria ao papel de uma das ameaçadoras “Potência do Norte”, constitui o pano de fundo de alguns profetas particularmente de Eliseu. ( ) 26) Depois de uma série de ameaças de invasão, a população de Israel (Reino do Norte) foi levada para exílio, enquanto Judá (Reino do Sul) conseguiu salvar-se a muito custo. Isaías 2; I Reis: 11-12-13. II Crônicas 11-12-13. ( ) 27) O império assírio cedeu lugar à poderosa Babilônia que, por fim, conquistou Judá e Jerusalém. ( ) 28) O profeta Ezequiel foi um dos exilados, que convidou o povo a lembrar-se de seu Deus também longe do templo. ( ) 29) Abraão foi de Ur, sua cidade natal a Harã e depois seguiu na direção sudoeste, rumo a Canaã, a terra que Deus prometeu a ele e a seus descendentes. Passou a maior parte da vida em Canaã, com base perto de Hebron, salvo breve visita ao Egito, numa época de seca. ( ) mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 28 cetefa2009@gmail.com LIÇÃO 2 RUMO À TERRA PROMETIDA Durante cerca de 400 anos os filhos de Jacó permaneceram no Egito. No decorrer deste tempo transformaram-se num povo; o povo de Israel. Os egípcios, então governados por outra dinastia de faraós, começaram a ver uma ameaça nesse povo. Intensificaram o controle, obrigando os israelitas a trabalharem como escravos na produção de tijolos, seus filhos deveriam ser afogados nas águas do rio Nilo. O povo elevou o seu clamor a Deus que lhe enviou um líder, Moisés. Foi necessário que se abatesse uma série de terríveis pragas sobre o Egito para que faraó concordasse em deixar os israelitas partir. Mesmo assim, nos últimos instantes, mudou novamente de idéia e mandou seu exército em perseguição dos fugitivos. Mas os israelitas escaparam através do Mar dos Juncos (Mar Vermelho). O caminho percorrido pelos Hebreus no deserto do Sinai está em Nm.33, numa lista de várioslugares. Seguiram em direção sul ao longo da costa e depois em direção ao interior até o Monte Sinai, (também chamado Horebe) onde Deus lhe deu a Lei e eles se tornaram o seu povo. Prosseguiram na direção de Cades e enviaram espiões para explorar a terra de Canaã. Estes referiram que o país era rico e fértil, mas estava dominado por cidades fortificadas e homens gigantes. Ao ouvir isso, os israelitas recusaram-se terminantemente a obedecer e prosseguir. Em castigo tiveram que passar quarenta anos no inóspito ambiente do deserto. Depois se dirigiram para o vale de Arabá, percorrendo-o no lado oriental, evitando Edom, para travar suas primeiras lutas com o Amorreus e Moabitas. Acamparam nas estepes de Moab no outro lado do Jordão em frente a Jericó. Morreu Moisés e Josué tornou-se o novo líder. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 29 cetefa2009@gmail.com A Rota Do Êxodo (Êxodo 33) mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 30 cetefa2009@gmail.com I - O ÊXODO 1. Israel no Egito Jacó (cujo outro nome era Israel) teve doze filhos, que foram os “filhos de Israel” originais. Mas todos estes progenitores das doze tribos de Israel não morreram em Canaã nem passaram seus últimos anos nessa região, mas no Egito, para onde foram impelidos pela fome. José tornou-se administrador da mais elevada categoria no Egito e também morreu lá (Gn 50.26). As historias de José e seus irmãos estão em harmonia com evidências de outros povos semíticos que viviam no Delta do Nilo, sobretudo entre aproximadamente 2000 e 1500 a.C. As circunstâncias desse período concordam melhor que qualquer outro com o estilo de vida e acontecimentos que as narrativas patriarcais descrevem. Êxodo 1.8 declara que “depois, levantou-se um rei sobre o Egito, que não conhecera a José”, uma das dinastias sucessivas está em mira, provavelmente a décima nona, cujos primeiros faraós construíram as cidades de Pitom e Ramesses, esta última como residência real na região do Delta, onde os israelitas tinham se estabelecido. Tornou- se conveniente usar os israelitas como trabalhadores escravos. À medida que os anos passavam, a escravidão dos israelitas ficou mais difícil de suportar (Ex 1.14). O exílio egípcio provavelmente durou, ao todo, 430 anos (Ex 12.40,41). 2. A Peregrinação Até aqui estudamos as peregrinações daqueles que tinham de Deus uma promessa, e aguardavam ansiosamente por ela, tal promessa feita por Deus a Abraão através de Isaque. Agora estudaremos as peregrinações da nação cuja formação é o cumprimento desta promessa. Fica difícil fixar com precisão os muitos lugares onde o povo de Israel fizeram suas paradas no deserto. Apesar de todas as investigações feitas para dar o roteiro, não é possível fazê-lo com exatidão; isto se deve em parte ao fato de a Bíblia não ser um tratado histórico e muito menos geográfico. Pelas mudanças ocorridas em uma região cercada de mar, em um período de três mil anos, tornaram difícil localizá-los com exatidão. O palco das maravilhas operadas por Deus através de Moisés foi Zoá, cidade real a leste do braço do Nilo. Em êxodo 13.17,18 a bíblia diz: “E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que, porventura, o povo não se arrependa, vendo a guerra, e tornem ao Egito”. Mas Deus fez rodear o povo pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho; e subiram os filhos de Israel da terra do Egito armados“. O povo podia chegar a terra prometida em poucas semanas, mas por esse caminho encontrariam os filisteus, e Israel não estava organizado para uma guerra. Então Moisés guiou o povo por um longo caminho, levando três meses para chegar ao Sinai. Deus cuida de tudo para proteger o seu povo. O caminho normal, era a rota litorânea conhecida por “caminho da terra dos filisteus” Como os egípcios tinham fortificações ao longo da única fronteira entre o Mediterrâneo e a cabeceira do Golfo de Suez, Israel se viu forçado a desviar para o sul em direção ao mar Vermelho. A jornada de Israel no deserto pode ser dividida em quatro partes diferentes, que são: mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 31 cetefa2009@gmail.com a) – De Ramsés ao Sinai; b) – Do Sinai a Cades-Barnéia; c) – De Cades-Barnéia a Cades-Barnéia (andando em circulo); d) – De Cades-Barnéia a Canaã. 2.1 – De Ramsés ao Sinai Gósen: Ponto de partida cidade da região onde o povo judeu se estabeleceu (Ex 12.37); Sucote: A sudeste de Ramsés. Ali levantaram o primeiro acampamento (Ex 12.37); Etã: Na entrada do deserto. Lugar onde Deus manifestou a coluna de nuvem e a coluna de fogo (Ex 13.20); Pi-Hairote: Diante de Baal-Zefom e ao norte do Mar Vermelho. Foi deste lugar que Faraó começou a perseguição ao povo de Israel (Ex 14.2); Mar Vermelho: Em sua extremidade norte. No extremo norte do então chamado canal de Suez. O fato marcante aqui foi a travessia dos israelitas pelo meio do mar. De acordo com alguns historiadores a distância da travessia teria sido de 1 quilometro, outro fato inesquecível foi a morte dos egípcios no mar após a travessia do povo de Israel (Ex 14.22); Mara: Entre o deserto de Etã ao norte, e o deserto de Sim ao sul, costeando o litoral ocidental da península do Sinai. O nome Mara quer dizer "amarga". Foi ali que Deus operou o milagre tornando as águas amargas e águas doces pela oração de Moisés (Ex 15.23); Elim: Ligeiramente ao sul de Mara. Ali encontram um lindo Oásis, com setenta palmeiras e doze fontes dáguas (Ex 15.27); Deserto de Sim: ficava no litoral ocidental da península do Sinai, parte oriental do Golfo de Suez. Israel murmura; e Deus manda o maná e codornizes; a instituição do sábado (Ex 16.1); Refidim: A noroeste do Monte Sinai. Vários fatos se destacam neste lugar: A rocha foi ferida; os amalequitas destruídos; e Jetro, sogro de Moisés o aconselhou (Ex 17; 18.17-27); Deserto do Sinai: Finalmente Israel chegou no Monte Sinai. Extremo sul da península que leva o mesmo nome. Provavelmente após três meses de jornada, onde ficou por mais ou menos um ano (Nm 10.11,12). Nesse lugar Deus deu a Israel três presentes: uma aliança renovada, uma lei moral e um sistema de sacrifício. A lei moral foi os dez mandamentos, complementados por outros estatutos e juízos. A nova aliança foi ratificada por sacrifício, quando o povo se comprometeu a guardar a lei. Além disso, Deus deu instruções para a construção do Tabernáculo. Do Sinai a Cades-Barnéia O Povo ficou acampado no Sinai cerca de doze meses, nesse tempo construíram o Tabernáculo, tempo suficiente também para se adaptar as diversas leis e sacrifícios instituídos por Deus. Logo em seguida, a marcha começou. O Tabernáculo foi desmontado e os israelitas partiram do Sinai. Finalmente uns sete séculos depois de Deus ter prometido a Abraão que seu povo receberia a terra de Canaã, a promessa parecia prestes a cumprir-se (Nm 10.29). mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 32 cetefa2009@gmail.com Sinai: De onde partiram (Nm 10.11,12); Taberá: A 48 quilometro a nordeste de Sinai. Lugar marcado pela murmuração do povo quando Deus enviou o fogo e os consumiu (Nm 11.3). Começava ali o povo dificultar sua própria chegada a Canaã. Quibrote-Hataavá: Entre Taber e Hazerote. A princípio parece sero mesmo lugar em que estavam, mas segundo alguns escritores, é um lugar um pouco mais adiante. Deus envia codornizes; morre os cobiçosos e a designação de setenta anciões (Nm 11.34). Hazerote: A 64 quilômetros do Sinai. A murmuração de Miriã, ela fica leprosa e é curada (Nm 11.35; 12). Cades-Barnéia: Ficava no deserto de Parã (Nm 12. 16; 13.26). Foi em Cades que Moisés envia doze espias para Canaã, levando quarenta dias para retornar; como resultado; os espias disseram que realmente a terra fluía leite e mel, mas acrescentaram que seus habitantes eram invencíveis (Nm 13. 27-29,31). Dois dos espias Calebe e Josué rogaram ao povo para que não desacreditassem de Deus. Mas o julgamento de Deus sobre o povo significou que nenhum adulto daquela geração iria entrar na terra prometida, exceto Calebe e Josué. A punição era peregrinar 40 anos no deserto (Nm 14.33,34). De acordo com Números 14.32-34 e Deuteronômio 2.14, dois anos já havia se passado; faltavam ainda 38 anos De Cades-Barnéia a Cades-Barnéia Uns 40 anos decorreram entre o êxodo do Egito e a entrada em Canaã, dos quais em sua grande maioria passados no oásis de Cades-Barnéia, no Neguebe. A história da peregrinação é interrompida no final do capítulo 14 e reinicia no capítulo 20 de Números. A partir deste ponto os 38 anos já se passaram, e eles estão agora na última arrancada para a terra prometida. Nesta fase o povo ficou andando em círculo, retornando ao mesmo lugar. Surge, então, a quarta etapa da viagem. De Cades-Barnéia a Canaã Cades-Barnéia: deste ponto deu-se a partida definitiva para Canaã. Segundo Números 20.1 neste lugar antes da partida; morreu Miriã irmã de Moisés. No verso 7 temos a desobediência de Moisés. Faltava água, e o povo começou a murmurar, então Deus diz para Moisés falar a rocha, mas ele fere com a vara novamente como em Refidim (Ex 17.6, Nm 20.8). Aqui também morre Arão e o próprio Moisés. Todos os três morrendo no mesmo ano (Manual Bíblico de H. H. Halley pág. 138). Monte Hor: Norte do Golfo de Acaba. Neste monte temos a morte de Arão; e a destruição dos cananeus na região de Arade (Nm 20.22). Elate: Conhecida como região do Mar Vermelho, no Golfo de Ácaba. Neste lugar ocorreu o episódio das serpentes ardentes (Nm 21.4). Obote: Ao sul do Mar Morto. Outeiros de Abarim: Nas terras de Moabe. Ribeiro de Zerede: Rio que deságua no sul do Mar Morto. Arnom: Ali Abraão pede passagem ao rei de Seom, mas é negado. Como conseqüência os amorreus são destruídos, quando Israel chega em suas terras (Nm 21.13). Deságua na parte oriental do Mar Morto. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 33 cetefa2009@gmail.com Planicies de Moabe: Após a vitória sobre os reis de Moabe e Basã, Moisés continuou na sua campanha de guerra em destruir os povos para lhes tomar as terras, chegando até as regiões de Basã (no norte da Palestina além do Jordão). Depois disto retornam para as Campinas de Moabe. É neste retorno que acontece o encontro de Balaque com Balaão, onde vemos suas profecias de bênçãos para o povo de Israel e maldições para Balaque. Aqui também é feita a divisão das terras desta região as tribos de Rúbem, Gade e a meia tribo de Manassés feita ainda por Moisés. Algumas leis são estabelecidas: a cerca da divisão da terra; leis a cerca das heranças etc.; recapitulação das jornadas, as cidades de refúgio, cidades dos levitas, e a morte de Moisés (Nm 21.22-36; Dt 34). II. ISRAEL EM CANAÃ 1. A Travessia do Jordão. “Esforça-te e tem bom ânimo, porque tu farás a este povo herdar a terra que jurei a seus pais lhes daria” (Js 1.6). Já antes de sua morte, Moisés tinha nomeado Josué para levar o povo a terra prometida. Agora Deus da a ordem a Josué para ele atravessar o Jordão. Josué conduziu o povo pelo rio Jordão, no ponto oposto de Abel-Sitim, e assentou acampamento em Gilgal (Js 4.19). Deste lugar, Josué administrou suas campanhas militares ao sul de Canaã. Diante dos israelitas estava Jericó, antiga cidade murada; sua destruição foi a primeira vitória obtida na terra prometida. Aos poucos os israelitas foram conquistando as terras de Canaã, principalmente nos altiplanos. Porém, não ao todo; os cananeus, com seu armamento superior, sobretudo carros de ferro, continuaram a prevalecer nas regiões das planícies. Assim, quando a terra foi repartida entre as tribos de Israel, restaram algumas cidades a conquistar, tendo os israelitas de conviver lado a lado com os cananeus. A área conquistada por Josué somada aquela que Moisés já tinha conquistado na transjordânia, juntas não representavam mais que uma sexta parte da área prometida por Deus a Abraão, que era desde o Egito até o rio Eufrates (Gn 15.18). Não foram conquistadas, a Fenícia, a Filístia, a terra de Amate (Síria) e nem as partes de Edom e Moabe ao sul e leste do Mar Morto. 2. Divisão das Tribos de Israel A Palestina foi repartida de forma desigual entre as tribos de Israel. A parte oriental do Jordão a região da Transjordânia, foi repartida entre as tribos ricas em gado de Rubem, Gade e a meia tribo de Manassés, por meio de um acordo em que se propuseram a ajudar as outras tribos a desapossar os indígenas hostis da região ocidental de Canaã. Este acordo entre eles não foi levado muito a sério, pouca foi a participação das duas e meia tribos nas lutas da nação. Logo após o fim das campanhas na Palestina ocidental, os primeiros a receberem a herança foram as tribos de Judá, Efraim e a meia tribo de Manassés, enquanto as outras restantes levaram tempo a obter suas possessões. Josué enviou três homens de cada tribo fazer um mapeamento do país. Quando voltaram, foi-lhes repartida a terra por sorte, as quais estudaremos agora. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 34 cetefa2009@gmail.com 2.1 Tribo de Rúbem As cidades mais importantes que constavam eram: Aroer, Bezer, Hesbom, Jasa e Dibom. 2.2 Tribo de Gade Entre as suas localidades, merecem destaque as cidades: Minite, Jaser, Maanaim, Penuel, Sucote, Ramote, Jabes-gileade, Bete-Nimra. 2.3 Tribo de Manassés - Oriental Cidades: Quenate, Edrei, Gola, Astarote, Afeque e Salcá. 2.4 Tribos de Manassés - Ocidental Cidades: Ofra, Taanaque, Dotã, Ibleã, Dor, Em-dor, Megido Bete-Seã. 2.5 Tribo de Judá Judá tinha 115 cidades destas cedeu 18 para Simeão, e outras a Dã e a Benjamim, restaram-lhe: Hebrom, Belém ou Efrata, Carmelo, Técoa, Bete-Semes, Azeca, Quiriate-Jearim, Socó, Queila, Malom, Adulão, Laquis, Debir, Libna, etc. 2.6 Tribo de Benjamim Ficou com as seguintes cidades: Jebus, Gilgal, Jericó, Ai, Betel, Ram, Anatote, Gibe, Micmas, Gibeom, e Mispá. 2.7 Tribo de Simeão Cidades: Berseba, Ziclague, Sefate ou Hormá, Gerar e Arade. 2.8 Tribo de Dã Cidades: Timna, Aijalom, Elteque, Zorá, Ecrom, Lida e Jope. 2.9 Tribo de Efraim Cidades: Timnate-Sera, Tirza, Siquém, Bete-Horom e Samaria. 2.10 Tribo de Issacar Cidades: Em-Ganim, Suném, Jesreel e Afeque. 2.11 Tribo de Zebulom Cidades: Gate-Hefer, Quislote-tabor, Catate, e Naalal. 2.12 Tribo de Naftali Cidades: Quedes, Hamate, Carta, Irom, Em-Hazor, Migdal-El, e Abel-Bete-Maaca. 2.13 Tribo de Aser Cidades: Misal, Acsafe, Cabul e Reobe. A tribo de José não teve nome nem herança entre seus irmãos ela foi dividida entre seus dois filhos, Efraim e Manassés. Já a tribo de Levi não teve herança, mas teve 48 cidades, perfazendo assim as 12 tribos. Das 48 cidades, 6, seriam cidades de refúgio (Js 21.41). mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 35 cetefa2009@gmail.com As Cidades de Refúgio Cidades Orientais: Ramote Em Gade; Bezer Em Rúbem; Golã Em Manassés. Cidades Ocidentais: Quedes Em Naftali; Siquém EmEfraim; Hebrom Em Judá. OS TEMPLOS DE DEUS O Tabernáculo. Uma simples tenda. O lugar de habitação de Deus no meio de Israel por 400 anos. A maior parte do tempo esteve em Silo. Ex. 25 a 40. O Templo de Salomão. Sua glória durou pouco. Foi saqueado 5 anos depois da morte de Salomão. Destruído pelos babilônios, 587 a.C. O Templo de Ezequiel. Ez. Cap. 40-43. Não era, em realidade, um templo, mas uma visão do templo ideal, restaurado no futuro. Sinagogas. Surgiram durante o cativeiro. Não eram templos, porém pequenos prédios, nas comunidades espalhadas dos judeus, para reuniões locais. O Templo de Zorobabel. Construído depois da volta do cativeiro. Durou 500 anos, até ser substituído pelo Templo de Herodes. O Templo de Herodes. Foi este templo em que Jesus esteve. Edificado por Herodes, de mármore e ouro. De magnificência indescritível. Destruído pelos romanos em 70 d.C. (João 2.13 e Mt. 24). O Corpo de Cristo. Jesus chamou seu corpo um templo, João 2.19-21. Nele, Deus tabernaculou entre nós. Jesus disse que templos terrestres não eram necessários ao culto de Deus, João 4.20-24. A Igreja, coletivamente, é um templo de Deus, lugar de habitação de Deus no mundo, I Co 3.16-19. Cada crente, individualmente, é um templo de Deus, I Co 6.19, do qual a grandeza do Templo de Salomão pode ter sido um tipo. Edifícios da Igreja, algumas vezes, são chamadas templos de Deus, mas não o são em parte alguma da Bíblia. O templo no céu. O Tabernáculo era o modelo de alguma coisa no céu, Hb 9.11-24. João viu um templo no céu, Ap.11.19. Adiante, porém, declara-se que Deus e o Cordeiro eram esse templo, Ap 21.22. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 36 cetefa2009@gmail.com AS CAMPANHAS DE JOSUÉ: a conquista de Canaã Josué assumiu a liderança de Israel no momento da entrada na Terra Prometida. Depois da travessia do Jordão, estavam diante da cidade fortificada de Jericó. Toda a terra que Deus lhes prometera estava à espera de ser conquistada. Na época Canaã estava dividida em numerosos, pequenos reinos independentes, cada qual centralizado numa cidade fortificada, com seu próprio rei. Josué tomou Jericó e atemorizou os cananeus. Na segunda tentativa caiu Ai, Os homens de Gabaon não perderam tempo, tentando obter a paz. Envolveram os israelitas num tratado de paz fraudulento, o que deu origem à próxima fase da guerra. Josué obteve uma série de vitórias no sul e depois voltou se para o norte, onde derrotou a aliança do rei Hasor. Os Filisteus continuaram em sua cidade na planície costeira. Os Cananeus ainda controlavam muitas cidades no interior, mas os israelitas puderam estabelecer-se. O país foi sorteado (dividido) entre as tribos. Duas e meia tribos estabeleceram-se no lado oriental do rio Jordão e as demais repartiram entre si a terra de Canaã. Os Levitas não tinham território tribal próprio. Em compensação receberam certas cidades para aí morar. Seis cidades foram declaradas cidades-refúgio, onde as pessoas culpadas de homicídio estavam a salvo de vingança. (Josué 20) Josué mata cinco reis amorreus; as cidades estratégicas do sul caem em seu poder. A primeira batalha decisiva em Canaã foi pela posse da antiga cidade-oásis de Jericó. Derrota do rei Hasor e seus aliados, destruição de Hasor. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 37 cetefa2009@gmail.com As campanhas de Josué: a conquista de Canaã. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 38 cetefa2009@gmail.com A DIVISÃO DAS TRIBOS mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 39 cetefa2009@gmail.com mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 40 cetefa2009@gmail.com OS JUÍZES As tribos estabeleceram-se nas áreas que lhes couberam por sorte. Estavam agora dispersas e cercadas por vizinhos hostis. Josué estava morto. Começava a parecer impossível conseguir o controle completo do país. Pouco a pouco os israelitas esqueceram-se de que Deus combatia a seu lado e, por amor à paz, passaram a assumir compromisso com os povos limítrofes e a adotar os seus deuses. Os inimigos aproveitaram-se da sua fraqueza. O livro dos Juízes conta essa triste história. Os povos vizinhos voltaram ao ataque: o rei da Mesopotâmia veio do norte, os moabitas e amonitas do outro lado do Jordão, os midianitas do sudeste. Os cananeus de Hasor tornaram-se novamente fortes e desencadearam um segundo ataque contra os novos ocupantes, e da região costeira os filisteus empurraram os israelitas cada vez mais para dentro da região montanhosa. Como tantas vezes no decurso de sua história, os israelitas invocaram a ajuda de Deus. Cada Juíz gozou pelo menos de um poder temporário. Os mais famosos desses lutadores pela liberdade foram: Débora, Baraque, Gideão, Jefté e Sansão. Não muito tempo depois de estabelecidos em Canaã, os israelitas começaram a adorar os deuses locais, especialmente Baal, o deus do tempo atmosférico. Os doze Juízes e suas vitórias. Otoniel de Judá venceu Cusã-Rasataim. Eúde de Benjamim matou Eglon de Moabe Sangar derrotou os filisteus Débora (de Efraim) e Baraque (de Naftali) venceram Jabin e Sísara Gideão de Manassés derrotou os midianitas e amalequitas. Tola de Issacar Jair de Gileade. Jefté de Gileade venceu os amonitas. Ibsã de Belém Elom de Zebulom. Abdom de Efraim. Sansão de Dã combateu os filisteus. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 41 cetefa2009@gmail.com PRIMEIROS REIS DE ISRAEL: SAUL, DAVI e SALOMÃO O último e maior de todos os Juízes foi Samuel que, além de profeta, ungiu dois reis. Quando Samuel estava velho, o povo pediu, para governá-lo, um rei, como o tinham as outras nações. Samuel advertiu que um rei significaria recrutamento militar obrigatório, trabalho forçado e opressão. Mas os israelitas insistiram e ele acabou cedendo à vontade do povo. O primeiro rei foi um homem alto e de bela aparência da tribo de Benjamim, chamado Saul. No começo tudo correu bem, mas depois o poder subiu-lhe à cabeça e ele passou a desobedecer às ordens de Deus. Por causa disso seu filho Jônatas não herdou o trono. Campanhas de Saul: Logo que se tornou rei Saul teve que enfrentar os amonitas, que ameaçavam sitiar Jabes. Reuniu um exército, lançou um ataque em três direções e rechaçou-os. Depois teve que lutar contra os filisteus durante toda a sua vida. Consegui mantê-los sob um certo controle, mas por fim foi derrotado e morto na batalha do monte Gelboé. Ainda em vida de Saul, Deus mandou Samuel ungir Davi como o próximo rei de Israel. Quando ainda era simples pastor, Davi matou o campeão filisteu Golias. Sua popularidade atraiu-lhes a inveja de Saul. Em conseqüência foi obrigado a passar vários anos como foragido ameaçado de morte. Depois que Saul e seu filho Jônatas foram mortos na batalha de Gelboé contra os filisteus, Davi tornou-se rei. Davi unificou o reino, conquistou Jerusalém, fortaleza dos Jebuseus, e ali estabeleceu a sua capital. Foi um rei guerreiro. Estendeu as fronteiras do reino e expulsou os inimigos antigos, deixando a seu filho Salomão uma herança de paz e segurança. Davi queria construir um templo para Deus em Jerusalém, mas teve de contentar-se com reunir os materiais necessários. Coube a Salomão construir o templo e muitas outras grandes obras. Um reino forte e seguro permitiu-lhe enriquecer-se através de alianças comerciais. Sua sabedoria era legendária. Na sua corte floresceu a cultura e a beleza. Seu reino marcoua idade de ouro de Israel. Mas havia também o outro lado da medalha. A introdução de pesados tributos, de trabalhos forçados e de deuses estrangeiros lançou as sementes, que deram origem à divisão do reino, depois da sua morte (I Reis 11). A administração do rei Salomão (I Reis 10) “Salomão estendeu seu domínio sobre os reinos desde o rio Eufrates até a terra dos filisteus e até a fronteira do Egito. Pagavam-lhe tributos e serviram a Salomão por toda sua vida”. A paz e a segurança permitiram-lhe ocupar-se de outras tarefas que não a guerra, entre as quais o governo e a administração do país. A nível interno nomeou doze governadores regionais encarregados de arrecadar suprimentos para a corte, um mês por ano cada um reportavam-se ao governador geral do país. Além desses, havia secretários da corte, um arquivista, um conselheiro, um mordomo e um ministro dos trabalhos forçados. As riquezas do rei Salomão (I Rs.10.14) “O rei Salomão superou em riqueza e em sabedoria todos os reis da terra”. Ampliou Jerusalém, sua capital, ergueu os muros e, além do templo construiu diversos outros belos edifícios. Adquiriu mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 42 cetefa2009@gmail.com grande número de carros e cavalos. Reconstruiu Hasor, Gazer e Meguido, além de Bet-Horon baixa, Baalat, Palmira no deserto da Síria e ainda “todas as cidades - armazéns..., as cidades para carros e para cavalos e tudo quanto lhe aprouve construir em Jerusalém, no Líbano e em todos os países que lhe estavam sujeitos”. OS REINOS DE SAUL, DAVI e SALOMÃO OS DOIS REINOS (I REIS 12) Sob o governo de Salomão, Israel tornou-se um reino rico e poderoso, mas o povo vivia oprimido por pesados tributos e era submetido a trabalhos forçados. O Reino unido durou 120 anos: Saul, 40 anos, 2 Sm 5.4; Salomão, 40 anos, I Rs 2.42. Depois da morte de Salomão, dividiu-se o reino: dez tribos formaram o Reino do Norte, chamado “Israel”; Judá e Benjamim formaram o Reino do Sul, chamado “Judá”. A separação das dez tribos “veio de Deus”, I Rs 11.11, 31; 12.15, como castigo da apostasia de Salomão e como uma lição para Judá. Quando o filho de Salomão, Roboão, subiu ao trono, o povo pediu que lhe aliviasse o pesado fardo, mas ele recusou. As dez tribos do norte rebelaram-se e formaram um novo reino, o reino de Israel, que começou a ser governado por Jeroboão I, com capital em Siquém. Ao sul, Roboão continuou a governar o reino de Judá (as tribos de Judá e Benjamim), tendo Jerusalém por capital. Jeroboão teve que fixar um novo centro de culto para a população do seu reino, agora separado de Jerusalém. Para este fim escolheu Dã, no norte, e Betel, um lugar importante no tempo de Samuel. Mas as práticas pagãs não tardaram a infiltrar-se no culto. Os autores dos livros dos Reis e das Crônicas classificaram como “bons” os reis que reformaram a religião e como “maus” os que permitiram ou favoreceram a continuação do culto pagão. Uzias e Ezequias foram dois reis reformadores de Judá. O rei Acab de Israel foi considerado um dos piores. Ele e sua mulher estrangeira Jezabel opuseram-se a Elias e a todos quantos adoravam a Deus. Ainda hoje podem ser vistas as ruínas da sua “casa de marfim” em Samaria. Os anais assírios registram que Acab levou 10.000 homens e 2.000 carros para a batalha de Cacar, onde uniu suas forças com as do Egito para resistir ao rei assírio Salmanassar. (853 a.C.) O REINO DE ISRAEL 1. O REINO UNIDO Saul – Logo após o final do período dos Juízes, que durou cerca de 325 anos (1375 a 1050 a.C.), findando assim com Samuel, começa a época dos reis de Israel. Saul foi feito rei pelo profeta Samuel em atenção ao clamor popular por um rei (1 Sm 8.5). Os estados vizinhos eram reinos, e acreditava-se que o fracasso do exército de Israel era devido à falta de liderança e unidade. O primeiro rei de Israel começou seu reinado com grande promessa. Saul era rico, alto, bonito, jovem e popular. Ele comandou Israel com êxito contra os amonitas na libertação de Jabes-Gileade, antes mesmo de ser ungido rei em Gilgal. Com a ajuda de seu filho Jônatas, um grande estrategista de mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 43 cetefa2009@gmail.com guerra, venceu grandes batalhas principalmente em Micmas. Embora fosse bem-sucedido em suas campanhas militares no sul; que abriria caminho para seu sucessor, Davi, o ciúme mudou a sorte de Saul sendo derrotado e morto, ele e Jônatas, pelos seus piores inimigos, os Filisteus, em Gilboa (1 Sm 31.1-6 Davi – Durante a vida de Saul, Davi já fora declarado herdeiro do trono, mas passou os anos finais do reinado de Saul em fuga devido ao ciúme do rei. Davi buscou refúgio em muitos lugares, inclusive entre os filisteus. Ele começou seu reinado em Hebrom, onde sua tribo, Judá, o ungiram rei. Sete anos depois, todas as tribos de Israel foram a Hebrom e o ungiram segunda vez rei sobre todo o Israel (2 Sm 2-5). Aos poucos, Deus ia exaltando Davi, preparando-o para reinar sobre toda nação. “Ia Davi crescendo em poder cada vez mais, porque o Senhor dos exércitos era com ele” (1 Cr 11.9). Deus não somente deu um rei para Israel como também escolheu uma nova capital, Jerusalém. Jerusalém antes era conhecida como Jebus e pertencia aos jebuseus. Quando Davi a conquistou ele alterou o nome para Jerusalém, que quer dizer: “cidade de paz”. A conquista de Jerusalém efetuada por Davi completou a conquista de Canaã. Foi com Davi que o reino de Israel foi unificado, ele tomou providências para consolidar o que Saul tinha começado: unir seu povo, debilitar o poder dos filisteus e ampliar as fronteiras do reino conquistando as terras dos amonitas, edomitas moabitas e sírios. O primeiro feito heroico de Davi foi tornar o país um lugar livre de inimigos. Davi estendeu o reino conquistando terras desde Dã até o ribeiro do Egito. Seu império se ampliou ainda mais, alcançando o rio Eufrates, no norte, e o porto de Eziom-Geber, no Golfo de Ácaba, no sul, ao mesmo tempo em que os povos de Edom, Moabe, Amom e Síria tornaram-se estados vassalos, sendo obrigados a pagar tributo (2 sm 8.2-14). Jerusalém Terra de Deus, promessa para os homens Jerusalém está edificada nas colinas da Judéia, a cerca de 70 Km do Mar Mediterrâneo, no centro de Israel. Equidistante de Eilat, ao sul, e de Metullah, ao norte – os pontos extremos do país. Nesta geografia, acontecimentos inigualáveis que não se repetem, mudaram o rumo da história do mundo. O nome da cidade é mencionado centenas de vezes nas Escrituras Sagradas e em fontes egípcias. Jerusalém, do rei Melquisedeque e do Monte Moriá, onde o patriarca Abraão esteve pronto para sacrificar o seu filho; Jerusalém, da capital do reino de Davi, do primeiro templo de Salomão e do segundo templo, reconstruído por Herodes; Jerusalém, palco dos profetas Isaías e Jeremias, cujas pregações influenciaram atitudes morais e religiosas da humanidade; Jerusalém, onde Jesus peregrinou, foi crucificado, ressuscitou e subiu ao Céu; Jerusalém, da figueira que brotou, sinal dos tempos, relógio de Deus. Nomes e Significados Segundo o pesquisador, Pr. Enéas Tognini, o nome de Jerusalém aparece em registros antiquíssimos. Nos textos egípcios do Império Medo foram grafados Rusalimun e Urusali-Mum. No texto Massorético, Yerusalaim. No aramaico bíblico Yeruselem. E para nosso vernáculo chegou através do grego Hierousalem. mailto:cetefa2009@gmail.com CENTRO EDUCACIONAL DE TEOLOGIA E FILOSOFIA APLICADA PANORAMA BÍBLICO 44 cetefa2009@gmail.com A cidade, antes de ser tomada pelos filhos de Israel, pertencia aos jebuseus. E nos escritos jebuseus lê-se Yebusi. Em Juízes 19:10 afirma-se que Jebus é Jerusalém, donde se conclui que o nome Jerusalém não é de origem hebraica. Nos Salmos 87:2
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