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Educaçã; Geral IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - Ensino e pesquisa IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - Ensino e Pesquisa Av. Brasil, S/N° - Eletrosiü - Cx. Postal 248 85980-000 - Guaíra - PR Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 E-mail: íbadep a ibadep.com Site: www.ibadep.com Aluno(a):................................................................................. DIGITALIZAÇÃO IBADEP ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL http://www.ibadep.com História da Igreja Pesquisado e adaptado pela Equipe Redator ia l para Curso exclusivo do IBADEP - Insti tuto Bíb lico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus do Estado do Paraná. Com auxílio de adaptação e esboço de vários ensinadores . 5a Edição - Agosto/2005 Todos os direitos reservados ao IBADEP Diretorias C I E A D E P Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra Pr. José Alves da Silva - Presidente Pr. Israel Sodré - I o Vice-Presidente Pr. Moisés Lacour - 2° Vice-Presidente Pr. Ival Theodoro da Silva - Io Secretário Pr. Carlos Soares - 2o Secretário Pr. Simão Bilek - I o Tesoureiro Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2° Tesoureiro A E A D E P A R - C o n se lh o D e l i b e r a t i v o Pr. José Alves da Silva - Presidente Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator Pr. Israel Sodré - Membro Pr. Moisés Lacour - Membro Pr. Carlos Soares - Membro Pr. Simão Bilek - Membro Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro Pr. Daniel Sales Acioli - Membro Pr. Jamerson Xavier de Souza - Membro A E A D E P A R - C o n se lh o de A d m i n i s t r a ç ã o Pr. Perci Fontoura - Presidente Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente Ev. Gilmar Antonio de Andrade - I o Secretário Ev. Gessé da Silva dos Santos - 2o Secretário Pr. José Polini - I o Tesoureiro Ev. Darlan Nylton Scheffel - 2° Tesoureiro I B A D E P Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro Cremos 1) Em um só Deus, eternamente subs is tente em três pessoas: O Pai, Filho e o Espíri to Santo. (Dt 6.4; Mt 28.19; Mc 12.29). 2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infal íve l de fé normativa para a vida e o caráter cr is tão (2Tm 3.14-17). 3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicár ia e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vi to r iosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9). 4) Na pecaminosidade do homem que o desti tuiu da glór ia de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19). 5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cris to e pelo poder atuante do Espíri to Santo e da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8). 6) No perdão dos pecados, na sa lvação presente e perfe ita e na eterna jus ti f icação da alma recebidos gra tuitamente de Deus pela fé no sacrifício efe tuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9). 7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo mlciro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Fi111D e do Espíri to Santo, conforme determinou o Scnhoi Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 2 . 1 2 ) . 8) Na necessidade e na possib il idade que temos de viver vida santa mediante a obra expia tória e redentora de Jesus no Calvár io , através do poder regenerador , inspirador e sant if icador do Espíri to Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e l P d 1.15). 9) No bat ismo bíbl ico no Espíri to Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras l ínguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7). 10) Na atual idade dos dons espir i tuais distr ibuídos pelo Espíri to Santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade ( IC o 12.1-12). 11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas fases distintas. Pr imeira - invisível ao mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da Grande Tr ibulação; segunda - visível e corporal , com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; ICo 15.51 54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14). 12) Que todos os cr istãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10). 13) No ju ízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis (Ap 20.11-15). 14) E na vida eterna de gozo e fe licidade para os fiéis e de tr isteza e tormento para os infiéis (Mt 25.46). Metodologia de Estudo Para obter um bom aproveitamento , o aluno deve estar consc iente do porquê da sua dedicação de tempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em sua formação. Lembre-se que você é o autor de sua história e que é necessário atualizar-se. Desenvolva sua capacidade de raciocínio e de solução de problemas, bem como se integre na problemática atual , para que possa vir a ser um elemento útil a si mesmo e à Igreja em que está inserido. Consc iente desta realidade, não apenas acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido abaixo e comprove os resultados: 1. Devocional: a) Faça uma oração de agradecimento a Deus pela sua salvação e por proporcionar- lhe a oportunidade de estudar a sua Palavra, para assim ganhar almas para o Reino de Deus; b) Com a sua humildade e oração, Deus irá i luminar e d i rec ionar suas faculdades mentais através do Espíri to Santo, desvendando mistérios contidos em sua Palavra; c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos que ser organizados , ler com precisão as lições, meditar com atenção os conteúdos. 2. Lociil ele estudo: VocC precisa dispor de um lugar próprio para estudar cm casa. Ele deve ser: a) Bem arejado e com boa i luminação (de preferência , que a luz venha da esquerda); b) Isolado da circulação de pessoas; c) Longe de sons de rádio, te levisão e conversas. 3. Disposição: Tudo o que fazemos por opção alcança bons resultados. Por isso adquira o hábito de estudar volunta riamente , sem imposições . Conscientize-se da impor tânc ia dos itens abaixo: a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, d iv id indo-se entre as disciplinas do currículo (dispense mais tempo às matérias em que tiver maior dificuldade); b) Reservar, d iariamente , algum tempo para descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará desligado de outras a tiv idades; c) Concentrar- se no que está fazendo; d) Adota r uma correta pos tu ra (sentar-se à mesa, tronco ereto), para evitar o cansaço físico; e) Não passar para outra l ição antes de dominar bem o que estiver estudando; f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. Quando perceber que está cansado e o estudo não alcança mais um bom rendim ento , faça uma pausa para descansar. 4. Aproveitamento das aulas: Cada disciplina apresenta características própr ias , envolvendo diferentes comportamenlo* raciocínio, analogia, in terpre tação, aplicação nu s implesmente habi l idades motoras. Todas, im entanto, exigem sua participação ativa. Para alcançar melhor aproveitamento, procure: a) Colaborar para a manutenção da disciplina na sala-de-aula; b) Part icipar a tivamente das aulas, dando colaborações espontâneas e perguntando quando algo não lhe ficar bem claro; c) Anotar as observações complementa res do monitor em caderno apropriado. d) Anotar datas de provas ou entrega de trabalhos. Estudo extraclasse: Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve: a) Fazer d ia riamente as tarefas propostas; b) Rever os conteúdos do dia; c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se consta ta r alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao monitor na aula seguinte. Procure não de ixarsuas dúvidas se acumulem. d) Materiais que poderão ajudá-lo: ■ Mais que uma versão ou tradução da Bíblia Sagrada; ■ Atlas Bíblico; ■ Dic ionár io Bíblico; ■ Encic lopédia Bíblica; ■ Livros de His tór ias Gerais e Bíblicas; ■ l lm bom dic ionário de Português; - I ivrus e aposti las que tratem do mesmo ii.viimlo. e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em mente: ■ A necessidade de dar a sua colaboração pessoal; ■ O direito de todos os integrantes opinarem. 6. Como obter melhor aproveitamento em avaliações: a) Revise toda a matéria antes da avaliação; b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!); c) Concentre-se no que está fazendo; d) Não tenha pressa; e) Leia atentamente todas as questões ; f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis; g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a prova. Bom Desempenho! Currículo de Matérias > Educação Geral ÉO Histór ia da Igreja Y £□ Educação Cristã ^ EB Geograf ia Bíb lica \ / > Ministério da Igreja £0 Ética Cristã / Teologia do Obreiro ® ÉS Homilé tica / Hermenêut ica ^ £3 Famíl ia Cristã v / 03 Adminis tração Ecles iás tica •-/ > Teologia ÉS Biblio logia £Q A Trindade v / EQ Anjos, Homem, Pecado e Salvação 'V ' EB Heresiologia \J BB Eclesio logia / Miss io logia <*• > Bíblia £3 Penta teuco * ÊQ Livros His tóricos ® £3 Livros Poét icos e £3 Profetas Maiores 6 £3 Profetas Menores \ f £3 Os Evangelhos / Atos J £3 Epístolas Paulinas / Gerais ^ 111 Apocalipse / Escato logia „ Abreviaturas a.C. - antes de Cristo. ARA - A lmeida Revis ta e Atualizada ARC - A lmeida Revis ta e Corr ida AT - Antigo Tes tamento BV - Bíblia Viva BLH - Bíb lia na Linguagem de Hoje c. - Cerca de, aproximadamente , cap. - capí tu lo; caps. - capítulos, cf. - confere, compare. d .C. - depois de Cristo. e.g. - por exemplo. Fig. - Figurado. fig. - f igurado; f iguradamente , gr. - grego hb. - hebra ico i.e. - isto é. IBB - Im prensa Bíb lica Brasileira Km - S ím bolo de quilometro lit. - l iteral , l i tera lmente . LXX - Septuagin ta (versão grega do Antigo Testamento) m - Sím bolo de metro. MSS - manuscr itos NT - Novo Testamento NVI - Nova Versão Internacional p. - página. ref. - referência ; refs. - referências ss. - e os seguintes (isto é, os versículos consecutivos de um capítulo até o seu final. Por exemplo: IPe 2.1ss, significa IPe 2.1-25). séc. - século (s). v. - versículo; vv. - versículos. ver - veja / índice Lição 1 - A Idade Antiga ( I o P e r ío d o ) .........................15 Lição 2 - A Idade Antiga (2o e 3o P e r í o d o ) ...................39 Lição 3 - A Idade M é d i a ....................................................... 63 Lição 4 - A Idade M o d ern a ...................................................89 Lição 5 - A Histór ia das Assembléias de Deus no B ra s i l ....................................................................... 113 Referências B ib l iográ f icas ................................................. 137 Lição 1___________________ A Idade Antiga (5 a.C. a 590 d.C.) Primeiro Período Períodos da História da Igreja > Antiga (5 a .C. - 590 d .C.) Revela a evo lução da Igreja Apostólica para a Antiga Igreja Católica Imperia l , e o início do sistema católico romano. O centro de a tividade era os arredores do Mediterrâneo, que inc luía regiões da Ásia, África e Europa. A Igreja operou dentro do ambiente cultural da c ivil ização greco-romana e do ambiente polí t ico do Império Romano. 1 ) 0 avanço do c r i s t ian ism o no Império (até 100). Observe que destacaremos o ambiente onde a Igreja nasceu. A fundação da Igreja na vida, morte e ressurreição de Cris to e a sua fundação entre os judeus são impor tantes para se compreender a gênese1 do cr ist ianismo. O cresc im ento gradual do cr is t ianismo dentro dos quadros do juda ísm o e a cultura des.scs 1 Formação , co ns t i tu i çã o; or igem. 15 quadros no concíl io de Jerusa lém antecedem a pregação do Evangelho aos gentios por Paulo e outros, e também a emergência do cri s t ianismo separado do judaísmo. 2) A lu ta da A n t ig a Igre ja Católica Im p e r ia l para sobreviver (100-313) . A Igreja teve sua existência constantemente ameaçada pela oposição de fora, a perseguição pelo Estado Romano. Os márt ires e os apologis tas deram a resposta da Igreja a este problema externo. A Igreja também enfrentou o problema interno da heresia, tendo os polemistas for ta lecidos a resposta cristã. 3) A suprem acia da A n t ig a Igre ja Catól ica Im per ia l (313-500) . A Igreja enfrentou os problemas decorrentes de sua aproximação e inf luência com o Estado sob Conslimtino e sua união com o Estado no tempo de 'I ■ odósio, logo ela se viu dominada pelo Estado. Os imperadores romanos dese javam uma douliihii unificada a fim de unir e salvar a cultura yicco mmana. Os cristãos, porém, não t inham i'oiisc|>iiido ainda um campo de doutrina no período da |)i:i HCjiylçílo. Seguiu-se , então, um longo tempo de i oniinviTsias doutrinárias. Os escri tos dos Pais gregos e latinos, autores dr menie cienti f icamente privi legiada, apareceram como iciiçao e em parte como protesto contra a cn-stcnii mundanização da Igreja inst i tucional e visívi-l Nrsta época, o ofício de bispo foi for talecido e o bisqiu lomano aumentou o seu poder ao término do período ii Anima Igreja Católica Imperial transformou- se em Igirjii Cnlólica Romana. 16 > M ed ieval (590-1517) O palco da ação muda-se do Sul para o Norte e Oeste da Europa, isto é, para as margens do Atlântico. A Igreja Medieva l, diante das levas migratórias das tribos t eu tôn icas1, lutou para trazê-los ao c r is t ian ismo e integrar a cultura greco-romana e o cri s t ianismo como inst i tu ições teutônicas. Ao intentar isto, a Igreja Medieval centraliza sua organização debaixo da supremacia papal , desenvolvendo um sistema sacramenta l-hie rárquico que caracteriza a Igreja Católica Romana. 1) O s u rg im e n to da Igre ja e do C r is t ian ism o Lat ino- Teu tôn ico (590-800). Gregório I (540-604) empenhou-se muito na tarefa de evangelizar as tr ibos teutônicas invasoras do Império Romano. A Igreja oriental , neste período, enfrentou a ameaça de uma religião rival , o i s lamismo, que tomou muitos de seus terri tórios na Ásia e na África. Lentamente , a al iança entre o papa e os teutões foi dando lugar à organização da sucessão teutônica ao velho Império Romano, o Império Carol íngio de Carlos Magno. Este foi um período de pesadas perdas. 2) A v a n ç o s e retrocessos nas relações entre Igre ja e Estado (800-1054) . A primeira grande c isma da Igreja aconteceu neste período. A Igreja Ortodoxa grega, depois de 1054, seguiu seus próprios caminhos à base da teologia estát ica criada por João de Damasco (685-749) nu século oitavo. 1 R el a t i vo à Alemanha e aos a le mães . 17 A Igreja Ocidental nesta época feudalizou-se e procurou, sem muito sucesso, desenvolver uma polí t ica de relações entre a Igreja Romana e o Estado que fosse aceito tanto pelo papa quanto pelo imperador. Nesta época os re formadores de Cluny in tentaram corrig ir os males dentro da própr ia Igreja Romana. 3) A suprem acia do pap a d o (1054-1305). A Igreja Católica Medieval chegou ao cl ímax do poder sob a l iderança de Gregório VII (Hildebrando, 1023-1085) e Inocêncio III (1180-1216) , conseguindo forçar uma supremacia sobre o Estado pela humilhação dos soberanos mais poderosos da Europa. As cruzadas t rouxeram prestígio para o papado. Monges e freiras espalharam a fé romana e reconverteram os d is s iden tes1. A fi losofia grega de Aristó teles, levada à Europa pelos árabes da Espanha, foi integrada ao cr is t ianismo por Tomás de Aquino (1224-1274) numa espécie de catedralinte lectual que se tornaria à expressão máxima da teologia romana. A catedral gó t ica2 era a visão sobrenatura l e supramundana do período e fornecia uma “Bíblia de Pedra” para os fiéis. A Igreja Romana seria a pedra deste poder no período seguinte. 3) O Ocaso M edieva l e o R en a sc im en to M oderno (1309-1517). Tenta tivas internas para reformar um papado corrupto foram feitos pelos místicos, que lu taram para personal izar uma religião que se inst i tuc ionalizara 1 Que d iver ge das o p in i õ e s de outrem ou da o p i n i ão geral . 2 Es t i lo que se d e s e n v o l v e u na Europa oc identa l , caracter izado em es pe c ia l pe lo em pr eg o das o g iv a s , as quais permit iam a construção de estruturas e l ev ad as , e pela presença de e l e m e n to s de cor at ivos nas fachadas e portais; e s t i l o og iva l . 18 demasiadamente . Tentativas de reformas foram feitas também por re formadores primitivos, tais como: João Wycl if e João Huss, re formadores e humanis tas bíblicos. A expansão geográfica do mundo, a nova visão inte lectua l secular da real idade na Renascença, o surgimento das nações-es tados e a emergência da classe média se const i tuiu em forças externas que logo derrubariam uma igreja corrupta e decadente. A recusa de parte da Igreja R om ana em aceitar a Reforma interna tornou possível a Reforma. > M oderna (1517 e d epo is) . Este período foi iniciado por um cisma que resultou na or igem das igrejas-estados protes tantes e na divulgação universal da fé cristã pela grande vaga missionár ia do século XIX. O palco de ação não era mais o Mediterrâneo nem o Atlântico, mas o mundo, o crist ianismo tornou-se uma religião universal e global. 1) R e fo rm a e C on tra - re fo rm a (1517-1648) . As forças de revoltas contidas pela Igreja Romana no per íodo anterior i r ro m p eram 1, e novas igrejas protes tantes nacionais surgiram: Luterana, Anglicana, Calv in is ta e Anabatista; como resultado, o papado foi obrigado a tratar da Reforma. Com os movimentos contra -reformadores do Concíl io de Trento , dos Jesuítas e da Inquisição , o papado conseguiu deter o avanço do Pro tes tan ti smo na 1'uropa e ter vitórias nas Américas do Sul e Central , mis Fil ipinas e no Vietnã, exper imentando uma m novação. Só depois do Tratado de Westfá lia (1648), 1111o pôs fim à tr iste guerra dos 30 anos, os dois lados st; t“.lnbcleceram para consolidar suas conquistas. I ui i .ii ,iui . surgiram, brotaram, co m ímpeto , c o m v io lênc in 19 2) Rac iona l i sm o , R e a v iva m en t i sm o e D e nom inac io - na l ism o (1648-1789) . Durante este período, as idéias calvinis tas da Reforma chegaram aos Estados Unidos da América do Norte através dos puritanos. A Inglaterra legou à Europa um rac ionali smo cuja expressão religiosa era o D e ísm o 1. Por outro lado, o P ie t ism o2 apresentou-se como a resposta à or todoxia fria, suas expressões na Inglaterra foram os movimentos Quacre e Wesleyano. 3) Tempos de Reav ivam en tos , Missões e M o d ern ism o (1789-1914) . Na primeira parte do século XIX houve um reavivamento do catolicismo. Sua contrapar te protes tante foi um reavivamento que criou um amplo movimento miss ionár io estrangeiro e provocou uma reforma social in terna nos países europeus. Mais tarde, as forças destrut ivas do rac ionali smo e do evolucionismo levaram a uma “ruptura” com a Bíblia que se expressou no l iberal ismo religioso. 4) A Igre ja e a Soc iedade em Tensão (desde 1914). A Igreja, em grande parte do mundo, enfrenta o p rob lema do estado secular e freqüentemente totalitário. O modern ismo sentimental do início do século XX deu lugar à neo-ortodoxia e seus sucessores. O movimento para a reunião das igrejas continua, uma corrente evangélica crescente está emergindo. Será útil aprender e, periodicamente , revisar estas divisões básicas da His tó ria da Igreja. 1 Crença se g un do a qual D eu s es tá distante, uma vez que cr iou o universo , mas d e p o i s o d e ix ou seguir seu curso soz in h o , de acordo co m certas “ le i s naturai s” criadas igua lmen te por e l e. 2 M o v i m e n t o de in te ns i f i ca ç ã o da fé, n asc ido na Igreja Luterana alemã no séc. XV II . Ato de afirmar a superior idade das verdades da fé sobre as verdad es da razão. 20 Antecedentes que Colaboraram para o Advento do Cristianismo Paulo chama a atenção para a era h is tó rica da preparação providencial que antecedeu a v inda de Cristo a terra em forma humana; “vinda à p len i tude dos tempos” . “Deus enviou seu f i lho . . .” (G1 4.4). Marcos indica que a vinda de Cristo aconteceu quando estava tudo preparado na terra (Mc 1.15). Não apenas os judeus, mas os gregos e os romanos também, contr ibuíram com a preparação religiosa para a aparição de Cristo. Os gregos e romanos em muito contr ibuíram para levar o desenvolv imento his tórico até o ponto em que Cristo pudesse exercer o impacto máximo sobre a h is tória de uma forma até então impossível. Sem saberem que es tavam sendo usados por Deus (o Senhor da His tór ia), estabeleceram e revogaram leis, enfim, provocaram uma série de s i tuações que só contr ibuíram para a vinda de Jesus, para o es tabe lecimento, expansão e fortalecimento da Igreja. O desenvolv imento do juda ísm o nos seis séculos anter iores ao nascimento de Cris to foi de terminado pelos eventos concretos da história. Desde a conquista de Jerusa lém por Nabucodonosor , em 586 a.C., a Judéia passou a estar sob controle pol í t ico estrangeiro. No juda ísm o, dois partidos se destacavam: os fariseus e os saduceus. S Os fariseus (separados) eram os representanlcs mais radicais desta ati tude democrático-legalisi . i Mantinham-se afastados da massa do judaísmo. ■S Os saduceus (palavra cujo sentido e origem puin o se sabe) era na essência um partido mundmm | 21 desprovido de convicções religiosas. Membros de uma seita judaica favorável ao helenismo e, poste r io rmente , à cultura romana, e cujos adeptos, per tencentes, em sua maioria , às famílias sacerdota is e à classe rica, re je itavam as tradições dos antigos, a predest inação e só reconheciam como regra a lei escrita. > Os judeus (contribuição re lig io sa ) . Deus escolheu-os para serem seu povo santo, separado e exemplar. Seriam eles os transmissores da revelação divina a respeito da pessoa de Deus e da nova revelação progressiva, preservava-na em sua pureza e integridade, de modo que, cumprindo-se a “plenitude dos tem pos” , esse povo se const i tu iu benção s ingular a todos os povos. Ao contrário dos gregos, os judeus não in ten tavam encontrar Deus pelos processos da razão humana. Eles pressupunham sua exis tênc ia e lhe pres tavam o devido culto. O povo judeu foi muito in fluenciado a estas ati tudes pelo fato que Deus o procurou e se revelou a ele ( judeus) na história por in te rmédio de Abraão e de outros grandes l íderes da época. Jerusa lém tornou-se o s ímbolo de uma preparação religiosa posi t iva para a vinda do cr is t ianismo. A salvação viria, pois “dos judeus” , como Cristo diria à mulher (Jo 4.22). O Salvador viria desta pequenina nação cativa, si tuada no caminho da Ásia, Áfr ica e Europa. O judaísmo tornou-se o berço do c r is t ian ismo e ao mesmo tempo, forneceu o abrigo inicial da nova religião. 22 Poderíamos resumir: Título Assunto Monoteísmo A crença em um só Deus. Esperança Messiânica A expectação da vinda de um salvador polí tico. Antigo Testamento A Escri tu ra Sagrada do povo judeu. A Sinagoga Casa de pregação e insti tuição (escola). > Os gregos (f ilosofia e in te lectua lidade). A cidade de Atenas ajudou a criar um ambiente intelectual propício à propagação do Evangelho. Os romanos podem tersido os conquistadores dos gregos, mas como indicou Horácio (65 a.C. - 8 d .C.) em sua poesia, os gregos conquis taram os romanos culturalmente. A mente prática dos romanos pode ter construído boas estradas, pontes fortes e belos edifícios, mas a grega er igiu os grandiosos edifícios da mente. 1 ) 0 E vange lho Universal. Precisava de uma língua universal para poder exercer um impacto real sobre o mundo. O processo pelo qual o grego se tornou o vernáculo do mundo é interessante. O dia le to de Atenas, que se orig inara da l iteratura grega clássica , tornou-se a l íngua que Alexandre, seus soldados e os comerciantes do mundo heleníst ico entre 338 e 146 a.C. modif icaram, e espalharam através do mundo mediterrâneo. Através deste dialeto do homem comum, lonhecido como Koiné e diferente do grego clássico i|iie os cristãos fo ram capazes de se comunicar com os povos do mundo antigo, usando-o inc lusive pnru escrever o seu Novo Testamento, o mesmo fazendo om 111 cie l i s de Alexandr ia para escrever seu VeUio IVslamento, a Septuaginta. 23 2) A f i l o s o f ia grega. Preparou o caminho para a vinda do cr is t ianismo por ter levado à destruição as antigas religiões. Qualquer um que chegasse a conhecer seus princípios , fosse grego ou romano, logo perceberia que sua disciplina inte lectua l tornou a rel igião tão ininteligível que acabava abandonando em favor da filosofia. A fi losofia falhou, porém, na satisfação das necessidades espir i tual do homem, que se via obrigado a tornar-se um c ép t i co 1 ou procurava conforto nas religiões de mistério do Império Romano. A época do advento de Cristo, a f i losofia descera do ponto elevado que alcançara com Platão para um sistema de pensamento individuali s ta e egoísta, como é o caso do Esto ic ismo ou do Epicurismo. Idealista Doutr ina Estoicismo Zenão (340-264 a.C.). Todas as coisas eram emanações de Deus, e que por isto nada era mal. Epicurismo Epicuro (341-270 a.C.). Fundamenta-se na identificação do bem soberano com o prazer, que deve ser encontrado na prática da virtude e no aprimoramento do espírito. Na maioria dos casos, a f i losofia apenas aspirava pui Deus, fazendo dEle uma abstração, jamais revelava mu Deus pessoal de amor. Este fracasso da filosolui lorfuju as mentes humanas prontas para entendei uma apresentação mais espiri tual da vida. 1 Que duviilii iL: luito; descrente. 24 Só o crist ianismo pode preencher o vazio na vida espir i tual de então. Na época da vinda de Cristo, os homens t inham compreendido f inalmente a insufic iência da razão humana e do poli teísmo. As fi losofias indiv idua lis tas de Epicuro (34 1 -2 7 0 a.C.), Zenão e as religiões de mistério, tes temunham do desejo humano por um re lacionamento mais pessoal com Deus. O cris t ianismo, com sua oferta de um re lacionamento pessoal forneceu aquilo que a cultura grega, em função de sua própria inadequação, havia produzido corações famintos. > Os rom anos (p o lít ica ). A contribuição polí t ica anter ior à vinda de Cris to foi basicamente obra dos romanos. Este povo, seguidor do caminho da idolatria, dos cultos de mistérios e do culto ao imperador, foi então usado por Deus, a quem ignoravam, para cumprir a sua vontade. 1) Os ro m a n o s desenvo lveram um sentido de unidade sob um a lei universal. Este sentido de solidariedade do homem no Império criou um ambiente favorável à aceitação do Evangelho que proclamava a unidade da raça humana, baseada no fato de que todos os homens estavam sob a pena do pecado e no fato de que a todos era oferecida a salvação que os integra num organismo universal, a Igreja Cristã, o corpo de Cristo. A unidade polí t ica seria a contribuição par ticular de Roma. A apl icação da lei romana aos cidadãos de todo o Império era imposta diariamente a todos os cidadãos e súditos do Império pela justiça imparcial das cortes romanas. Esta lei foi codificada nas doze tábuas, que eram par te essencial na educai, fm de toda criança romana. 25 A com preensão que os grandes princípios da lei romana eram tam b ém partes das leis de todas as nações sob o dom ín io dos romanos como “Pretor peregrinos, que era encarregado da tarefa de tra tar com as cortes em que est rangeiros es tivessem sendo ju lgados” . Um passo adicional da idéia de unidade foi a garantia de c idadania romana aos não romanos . Este processo foi p r inc ip iado no período anter ior ao nasc imento de Cris to, foi completado quando Caracala concedeu, em 212 a .C., a todos os homens livres do Império Romano a c idadan ia romana. 2) A m ov im en ta çã o do M edi terrâneo. A m ovim entação l ivre em torno do mundo Mediterrâneo teria sido mais difíci l para os mensageiros do Evange lho antes de César Augusto (27 a.C. a 14 d.C.). Com o aumento do poderio imperial romano no pe r íodo de expansão imperia l , o desenvolv imento pacíf ico ocorreu nos países ao redor do Mediterrâneo. Os piratas foram varridos do Mediterrâneo e os so ldados romanos mant inham a paz nas estradas da Ásia, África e Europa. 3) Criaram estradas. Criaram um ótimo sistema de estradas que iam do marco áureo no fórum a todas as regiões do Império. As est radas principais eram de concreto e duraram séculos, a lgumas delas são usadas até hoje. Um estudo das viagens de Paulo indica que ele se serviu deste s is tema viário. 4) O papel do exérc i to romano. No desenvolv imento do ideal de uma organização universal e na propagação do Evangelho não pode ser ignorado. Os romanos adotavam a práticn 26 ilc usar habitantes das provínc ias no exérci to como fornia de suprir a falta de c idadãos romanos atingidos pi las guerras e pelo conforto de vida. Os provincianos en travam em contato com a ( H11iira romana e ajudavam a divulgar suas idéias Miavés -do mundo antigo. Em muitas casas, alguns • li u's homens conver teram-se ao cri s t ianismo e lavaram o Evangelho às regiões para onde eram ilr«Hinados. ') lv conqu is tas romanas . Levaram muitos povos à falta de fé em seus BI ir;i\s, uma vez que eles não foram capazes de los dos romanos. Tais povos foram deixados nu ui vácuo espiri tual que não estava sendo satisfeito I»> la1, religiões de então. Além disso, os substi tutos das i : Iii' uh*s perdidas nada mais podiam fazer além de l< • m os povos a compreenderem sua necessidade de iiiuii rr j ig ião mais espiritual. O Império Romano criou um ambiente I<• 11ti 11 o favorável para a propagação do cris t ianismo li*** pifmyrdios de sua existência. Mesmo a Igreja da lihili Mfdia não conseguiu se desfazer da glória da M * * n i ii Imperial, acabando por perpetuar seus ideais uniu kDicina eclesiástico. 27 Questionário ■ Assinale com “X ” as a lternativas corretas 1. Quanto à His tória da Igreja Antiga, é errado dizer a ) l_1 Revela a evolução da Igreja Apostólica para a Antiga Igreja Católica Imperial b ) D É o início do sistema católico romano c ) l_I O centro de a tividade era os arredores do Mediter râneo d ) H Origina-se as igrejas-es tados protestantes 2. É uma carac terís t ica da Igreja Medieval a ) |_J A supremacia da Antiga Igreja Católica Imperial b ) @ A supremacia do papado c ) l_I A Reforma e Contra-reforma d)l I O Racionali smo, o Reavivament ismo e o Denominac ional ismo 3. Os gregos, antecedentes que colaboraram para o advento do cr is t ianismo, contr ibuíram mais a)[71 Na fi losofia e in te lectual idade b ) |_j Na relig iosidade c ) l_] Na polí t ica d ) |_] Na legis lação e ju ri sdição ■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado 4 .KJ A Igreja Medieva l foi inic iada por um cisma que resultou na or igem das igrejas-estados protestantes e na divulgação universal da fé cristã 5 . 0 Os romanos também colaboraram para o advento do crisl ianismo. Podemos destacar seu ótimo sistemade estradas, onde, chegou até ser uti l izado por Paulo 28 O Precursor1 João, “O Bat i s ta” descendia de pais tementes a Deus, piedosos e pertenciam a uma geração sacerdotal, su-a mãe Isabel e seu pai Zacarias eram descendentes de Arão. Nasceu no ano 5 a.C. Passou os primeiros anos no deserto, perto de sua casa ao ocidente no M ar Morto. No ano 28 d.C. surgiu pregando no deser to do Jordão. As idéias de João fi rmavam-se nos ensaios espiri tuais do Antigo Testamento, pr inc ipalmente nas profecias e nos salmos. Eram, porém, novas por combater a ex is tência da base racial e cerimonia l da religião e em insis t ir sobre o preparo espiri tual do coração. “Para ele a re l ig ião era pessoal e não nacional e cer imonia l” . João era o maior de todos os profetas, por ter o privilégio de preparar o povo para o aparec imento do Cristo e apresentá-lo como o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. O ódio da adúltera Herodias foi a causa da morte de João. Ela persuadiu sua filha, que havia agradado a Herodes, dançando em sua presença e da corte, a pedir a cabeça de João, a qual lhe foi entregue. O Fundador A pregação de João Batista afastou Jesus da vida calma que levava. Depois de seu batismo, Jesus imedia tamente começou a pregar o reino de Deus c curar os at ribulados na Galiléia, granjeando desde logo grande número de seguidores dentre o povo. Reuniu ao 1 Que anuncia a ch ega da de a lguém. Que precede. 29 seu redor dois grupos: os mais ín timos (apóstolos), e o outro, menos chegados (discípulos). Durante três anos de sua atividade pública, Jesus viveu imaculadamente, chamando os homens ao arrependimento e a uma vida mais nobre, pregando a fé em Deus e n ’Ele mesmo. Sempre colocando o homem acima de qualquer doutr ina ou ins ti tuição. “Ensinava como quem tem autoridade” , e não se l imitava como os escribas, a ci tar autoridades antigas. Denunciava a hipocris ia dos fariseus e t inha compaixão dos desprezados. Jesus disse que o céu e a terra hão de passar, mas as suas palavras jam ais passariam. Sua humanidade é tão evidente quanto a sua divindade. A explicação de “com o” isto é possível excede os l imites dc nossa exper iência, por conseguinte , nossa capacidade de compreensão. O que deu imensa s ignificação ao que Jesus ens inava foi pr incipalmente a sua ressurreição. Pois a morle não pôs fim ao seu minis tério . Ao contrário, o l i i m l i Io vazio e a presença constante de Jesus em meio aos seus discípulos durante os quarenta dias posteriores ao ressurgimento e por f im a sua ascensão aos céus, alem de d is s ipa r1 qualquer dúvida quanto à Sua Pessoa e missão, imprimiu nos discípulos uma tal convicção da salvaçao que chegaram a influencia r muitos sacerdotes a aceitarem a fé. Também convenceram até seus persegu id ores de que estiveram de fato com o Cristo ressuneU ) (At 4.13). Ora, houve um realismo espiri tual muito mais p ioiundo do que o juda ísmo poderia imaginar, o Messias da esperança judaica t inha de fato vivido, morr ido e ressurgido para a sua salvação. 1 Fazer cessar ou desaparecer; pôr fia a. 30 Cristo é a pedra sobre a qual a Igreja foi fundada. Através dEle vem a fé em Deus para a salvação do pecador. Dele vem o amor ao coração humano, que faz com que os homens vejam a pessoa como santa, uma vez que Deus é o cr iador do ser f ísico e espiri tual do homem e o fundamento de toda a esperança futura. A Descida do Espírito Santo Cinqüenta dias depois da crucif icação de Jesus e dez depois de sua ascensão1, o Espíri to Santo desceu sobre o grupo de Jerusalém, acompanhado de sinais tão evidentes que não restava a menor dúvida de que Jesus estava à dest ra do Pai, como havia profetizado. A Igreja foi de fato, inaugurada numa poderosa manifestação do Espíri to Santo com o som de um vento impetuoso, e com língua de fogo pousando sobre cada um dos primeiros membros da Igreja, com a primeira proclamação pública de ressurreição de Jesus, feita para representantes do mundo inteiro, a judeus e a proséli tos2 do juda ísm o reunidos em Jerusa lém para celebrar o Pentecostes, vindo de todas as terras do mundo que se conhecia (mencionando-se 15 nações) e os apóstolos de Jesus Cris to falavam para eles nas suas próprias línguas. Nesse dia de Pentecostes a novata Igreja de quase 120 membros foi acrescida a quase três m i l , e pouco tempo depois, quase cinco mil crentes” (At 1.15; 2.41; 4.4). 1 Subida, e l ev aç ão . Pagão conv er t ido à doutrina dos judeus . 31 A Fundação da Igreja “Vindo, porém, a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nasc ido sob a lei para resgatar os que estavam sob a lei, a f im de que recebêssemos a adoção de f i lhos” (G1 4.4,5). Orig ina-se no mundo Mediterrâneo o cris t ianismo, o mais importante centro de civil ização de então, herdeiro que era de longa histór ia juda ica e tendo o seu início nos anos de maior vigor do Império Romano, gozava de todos os benefícios que o império oferecia aos seus cidadãos. “Na manhã do dia de Pentecostes, enquanto os seguidores de Jesus, cento e vinte ao todo, estavam reunidos, orando, o Espíri to Santo veio sobre eles de forma maravilhosa. Tão real foi aquela manifestação, que foram vistas descer do alto, como que l ínguas de logo, os quais pousaram sobre a cabeça de cada um ” . O erfcilo desse acontecimento foi tríplice: ■ Iluminou a mente dos discípulos. Dando-lhes um novo conceito do reino de Deus. ■ Compreenderam que esse reino não era um império polít ico, mas um reino espiri tual , na pessoa de Jesus ressuscitado, que governava de modo invisível a Uulos aqueles que o aceitava pela fé. ■ Aquela manifestação revigorou a todos, repartindo eom eles o fervor do Espír i to, e o poder de expressão que fazia de cada tes temunho um motivo d<t eonvicção naqueles que os ouviam. Fxpansão da Igreja Primitiva (Primeiro Período) He vido à grande perseguição que se levantou contra a Igreja em Jerusalém, os crentes, com exceção dos apóstolos, loram espalhados pela Judéia e Samaria. 32 Assim Deus aproveitou a perseguição dos ju deus em favor do cresc imento da Igreja. '3) E m Ant ioquia da S ír ia (500 km ao norte de Jerusa lém) os crentes que fugiram de Jerusa lém começaram a pregar aos gentios, e muitos se converte.ram. Nessa c idade os d isc ípulos foram, pela pr imeira vez, chamados c r i s tão s .^ Antioquia não ficou sendo a ponta final do esforço da expansão dos cristãos. Por indicação do Espír i to Santo, a Igreja de Antioquia enviou dois missionár ios, Paulo e Barnabé, para a Ásia Menor. Surgiram as Igrejas de Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe. Mais tarde surgiram as Igrejas de Éfeso e Colossos. Como resultado de uma visão do apóstolo Paulo, a quem um varão macedônio disse: “ ... Passa à Macedônia e a juda-nos. . .” . O apóstolo atendeu ao apelo e fundou igrejas em toda a Macedônia , Tessa lônica e Corinto. Finalmente a Igreja chegou até Roma, na Itália, onde Paulo esteve por a lgum tempo. Efet ivamente , o tes temunho dos discípulos, fortalecido pelo Espíri to Santo, gradualmente ganhou terreno em Jerusalém. Aí começou a irradiar-se primeiro entre os samaritanos, e depois aos estrangeiros simpatizantes do culto a Jeová dentro do país. De Jerusa lém partiram para Antioquia , que veio a const i tui r-se em novo local de d isseminação da fé cristã, de onde alcançou os habitantes da Ásia M enor e grande parte da Europa. A Igreja Perseguida Pelos Judeus Os judeus perseguiram os cristãos porqiH estes pregavam a Jesus como o verdadeiro Messias e porque permitiam que os gentios partic ipassem <Ju Igreja sem serem circuncidados . 33 O medo da conseqüente desconsideração do ritual his tórico levou os judeus farisaicos ao ataque, que resultou na morte do primeiro márti r cristão, Estevão, apedrejado pela multidão. A paz re la tiva desf rutada pela Igreja de Jerusalém, logo após o martír io de Estevão, foi perturbada por uma perseguição mais severa, ins tigada em 44 d.C. por Herodes Agripa I, que, desde 41 até sua morte, em 44, foi rei vassa lo1 do antigo terri tório de Herodes, o Grande. Pedro foi preso, mas escapou da morte. O apóstolo Tiago foi decapitado2. Esta perseguição se fez sentir não somente no terri tório juda ico , mas por toda a parte onde era pregado o Evangelho. Observe que: S Nesta época decidiu-se a impor tantí ss ima questão: se o cri s t ianismo devia continuar como uma obscura seita judaica , ou se devia transformar-se em Igreja cujas portas permanecessem para sempre abertas a lodo o mundo. S O idioma usado nas assembléias na Palest ina era o hebraico ou aramaico, porém, em outras regiões bem mais povoadas o id ioma era o grego. J Após o apedrejamento de Estevão, Saulo l iderou, lerrívcl e obs tinada perseguição contra os discípulos de Cristo, prendendo e açoitando homens e mulheres. A Igriíja em Jerusalém dissolveu-se nessa ocasião, e seus membros dispersaram-se por vários lugares. S Aos f.eniios. Foi em Jope que Pedro teve a visão do que parecia ser um grande lençol que descia, onde havia Iodos os t ipos de animais, e foi- lhe dirigido 1 Súdito; c j i i l * Iributo a a lguém; subordinado , subm iss o . 2 Cortar a cabeça de; degolar ; decepar. 34 uma voz que dizia: “Não faças tu im undo ao que Deus pur i f icou” . Nisto chegaram a Jope mensageiros vindo de Cesaréia, que fica cerca de quarenta quilômetros ao norte, e pediram a Pedro que fosse inst ruir a Cornélio, um oficial romano temente a Deus. Pedro foi a Cesaré ia sob a direção do Espíri to , pregou o Evangelho a Cornélio e aos que estavam em sua casa, e os recebeu na Igreja mediante o batismo. O Espíri to de Deus sendo derramado como no dia de Pentecostes, test if icou sua aprovação divina. Dessa forma foi div inamente sanc ionada1 a pregação do Evangelho aos gentios e sua aceitação na Igreja. S Poss ivelmente Saulo conver teu-se um pouco antes de Pedro haver visi tado Cesaréia. Saulo, o perseguidor, foi surpreendido no caminho de Damasco por uma visão de Jesus ressusci tado. Ele, que fora o mais temido perseguidor do Evangelho, conver teu-se em seu mais entusias ta defensor. Sua oposição fora dirigida especia lmente contra a doutrina que e l iminava a barreira entre ju deus e gentios. S Carac terís t icas da Igreja do I o Século: Característ icas dos Cristãos ■ A mor Fraternal________________ ■ Zelo e Pureza Moral___________ ■ Conten tamento e Confiança ■ Esperança na Vinda do Senhor * Persegu iç ão____________________ 3 J J J 1 Dar sanção a; confirmar, aprovar, ratificar. 35 *O b serv a çã o ; Os cristãos necessi tavam de um auxílio especial , pois estavam constantemente expostos a sofr imentos por causa da sua fé. Muitas vezes foram hosti l izados, perseguidos pelos judeus inimigos do cr is t ianismo, odiados por mui tos , por suas vidas consti tu írem permanente condenação dos costumes e conduta moral dos p ag ão s1. Culto na Igreja / Reunião de Adoração Suas reuniões eram em casas particulares. Havia dois tipos de reuniões: ■ Culto de O ração : orações, ensinos e cânticos de hinos. ■ Festa do Amor ou fraternidade e no fim celebravam a Santa C e ia : Normalmente realizado no I o dia da semana (domingo) comem oravam a ressurreição de Jesus. Também faziam uma refeição comum. Repar t iam o que traziam de casa. A Crença da Igreja Na Igreja do primeiro século não se compuseram credos2 ou declarações formais de fé. O credo dos apóstolos só apareceu no segundo século. Para conhecermos a crença dos cristãos primitivos devemos recorrer ao Novo Testamento, criam eles em Deus, o Pai; em Jesus, como o Filho de Deus e Salvador, criam no Espíri to Santo cuja presença 1 D i z - s e do ind i v íd uo que não foi bat i zado . D i z - s e de adepto de qualquer das re l i g i õe s onde não se adota o bat i smo. 2 E x p o s i ç ã o resumida dos art igos de fé ace i ta por uma re l ig ião, ou de n om in aç ã o . 36 estavam cônsc ios e criam no perdão dos pecados . A base de seu ideal moral era o ensino de Jesus sobre o amor a todos os homens. Aguardavam a volta de Jesus para exercer o ju lgamento final e dar vida eterna a todos os que criam nEle. Suas idéias doutr inárias, se assim podemos chamar, eram muito simples, todos os seus pensamentos sobre a vida re lig iosa t inha como centro a pessoa de Cristo. Duas inf luências levaram os crentes do primeiro século a cair em alguns erros doutrinár ios os quais, de cer to modo, ameaçaram a pureza do Evangelho. Os judaizantes ens inavam que os cristãos deviam cumprir todas as cer imônias exigidas pela Lei Judaica. Paulo condenou-os porque viu que se o ensino deles prevalecesse o c ri s t ianismo não podia ser a religião de todas as raças. Encontramos no Novo Testamento advertências solenes contra os erros do chamado gnos t ic i sm o1, que surgiu no pr imeiro século e veio depois a se tornar muito poderoso. Consis t ia de uma estranha mis tura de idéias cristãs, juda icas e pagãs. O Governo da Igreja As igrejas pr im it ivas1 eram independentes, n im governo própr io decidindo todos os seus negócios e problemas. Os cristãos ins is ten temente afirmavam <|uc pertencia á única Igreja, pois todos eram um em ( listo, mas nenhuma organização de caráter geral rxerc ia controle sobre as inúmeras igrejas espalhadas l»or toda parte. 1 I >o gr. ' g n o s t i k o s ’, co n h ec i m e n t o . Seu arcabouço doutriiiíii In i Bnsiderava a matéria i r re me dia ve lm en te má. Por i sso di/. inm i|iiif ii humanidade de Cri sto era apenas aparente. 37 Os apóstolos exerciam autoridade , como se ver ifica da decisão tomada quanto aos cr is tãos gentios e a Lei Judaica e como se vê no cap. 15 de Atos. Questionário ■ Assinale com “X ” as alternativas corretas 6. Para João Bat ista a religião era a ) |_I Cerimonial b)[/1 Pessoal c ) |_| Nacional d ) |_] Formal 7. No dia de Pentecostes a novata Igreja de quase _______ foi acrescida a quase três mil, e pouco tempo depois, quase cinco mil crentes (At 1.15; 2.41; 4.4) a ) l_J 210 membros b ) |_| 520 membros c ) |_] 250 membros d ) B 120 membros 8. Nessa cidade os discípulos foram, pela primeira vez, chamados cristãos a^l^l Antioquia da Síria b ) |_] Jerusalém c)| J Roma d ) |_] Atenas ■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado V9 . [ $ As idéias de João fi rmavam-se nos ensaios espiri tua is do Antigo Testamento , pr incipalmente nas profecias e nos salmos 10.[vj Uma das causas dos judeus perseguirem os cristãos era a permissão dos gentios part ic iparem da Igreja sem serem circuncidados 38 Lição 2 Idade Antiga (5 a.C. a 590 d.C.) Segundo e Terceiro Período 2o Período: As Perseguições Imperiais Os romanos cons ideravam os cristãos como: > A n ti-soc ia is , n/ As expressões de cumprimento dos romanos naquela época sempre inc lu íam o louvor a um deus pagão. Muitos cristãos não gostavam de dizer “bona dia” aos seus viz inhos, pois com simples cumprimento cies t inham que invocar o nome do deus Júpiter. Os cristãos se recusavam a part ic ipar das cer imônias pagãs antes da refeição. Para os romanos, esta era mais uma prova de que os cristãos eram contra a sociedade. > Desleais ao im p erador . O imperador romano era considerado divino. <>s cristãos recusavam-se a reconhecê- lo como divino. l’or isso eles foram acusados de serem desleais ao imperador. Outros povos adoravam seus deuses e lambém o imperador. V M arginais. Os cristãos não t inham proteção das autoridades. Eles se reuniam em lugares secretos como as famosas “C a tacum bas1 de R o m a” . Foramusaila-: 1 i l ii lerias subterrâneas em cujas paredes se faziam tumbas 39 pelos cristãos como lugares de refúgio, culto e sepul tamento durante as perseguições imperiais. Houve uma época que, durante dez anos, os cristãos foram caçados pelas cavernas e f lorestas; queimados, lançados às feras, mortos por todas as crueldades imagináveis. > A teus. Quando alguém se conver tia a Cristo, destruía logo todos os seus ídolos. Tentavam explicar que o verdadeiro Deus era invisível , mas os romanos diziam que qualquer pessoa que não t ivesse nenhum ídolo era um ateu. > A nárqu icos . Os cris tãos , por falta de proteção por parte das autoridades const i tu ídas se reuniam secre tamente , à noite, e se mant inham afastados da sociedade comum, eram acusados, caluniosamente pelos romanos de anarquia1", imoralidade e toda sorte de l iber t inagens2. > A ntropófagos3. A acusação freqüente de canibali smo contra eles deve-se a falta de compreensão da doutrina cristã da presença de Cristo na Santa Ceia (Quem não comer do meu corpo e não beber do meu sangue, não é digno de mim), e a l i cencios idade4, ao fato de esse ofício ser celebrado secre tamente , à noite. > In cen d iár ios . Grande parte da cidade de Roma foi destruída por um gigantesco incêndio. Os cristãos 1 A usê nc i a de c o m a n d o ou de regras em qualquer es fera de at ividade ou organ ização . 2 D e v a s s id ã o , de sregramento , l i c e n c i o s i d a de , crápula. 3 Que, ou aque le que c o m e carne humana; can iba l í s t i co . 4 Indi scipl ina; desregrado; sensua l idade , l iber t inagem. 40 possuidores de muitos t í tulos degradantes foram apontados como causadores do s in is t ro1. Cristãos foram presos e condenados sumariamente. Para os cristãos incendiários só restava fogueiras, espadas, cruzes, feras, forcas, prisões e etc. Perseguições O fato de maior destaque na His tória da Igreja no segundo e terceiro século foi, sem dúvida, a perseguição ao cr is t ianismo pelos imperadores romanos. A perseguição, no século IV, durou até o ano 313, quando o Edito de C onstantino , o primeiro imperador “cr is tão” , fez cessar todos os propósitos de destruir a Igreja de Cr is to r ' /? , / Surpreendente é o fato de se consta tar que durante esse período, alguns dos melhores imperadores foram mais ativos na perseguição ao cris t ianismo, ao passo que os considerados piores imperadores, eram brandos na oposição, ou então não perseguiam a Igreja. Pode-se apresentar várias causas para jus t i f icar o ódio dos imperadores ao cris t ianismo. Quando os habitantes de uma cidade dese javam desenvolver o comércio ou a imigração, constru íam templos aos deuses que se adoravam em outros países ou cidades, a f im de que os habitantes desses países ou cidades fossem adorá-los. A razão que nas ruínas da c idade de Pompéia na Itália, se encontra um Tem plo de ísis, uma deusa egípcia. Esse templo foi ed i f icado para fomenta r2 o comércio de Pompéia com o Egito. 1 D es as tr e , ruína. P ro m o v er o d e s e n v o lv i m e n t o , o p r o g r e ss o de; estimiilni faci l i tar. 41 Um imperador desejou colocar uma estátua de Cristo no Panteão, no qual se colocavam todos os deuses importantes. Porém os cristãos recusaram a oferta com desprezo, não dese javam que o seu Cristo fosse conhecido meramente como um deus qualquer entre outros deuses. Não raro os interesses econômicos também provocavam e exci tavam o espíri to de perseguição. Os governantes eram influenciados para perseguirem os cristãos, por pessoas cujos interesses financeiros eram prejudicados, os que negociavam com imagens dos escultores, os arquitetos que constru íam templos , todos aqueles que ganhavam a vida por meio da adoração pagã. Durante todo o segundo e terceiro século, e especialmente nos primeiros anos do quarto século (313), a religião cris tã era proibida e seus partidários eram considerados fora da lei. Os maiores perseguidores foram: => N ero . Primeiro imperador romano a perseguir a Igreja de Jesus Cristo. Em 64 d.C. ocorreu o grande incêndio de Roma. O povo suspei tava de Nero; este para desviar de si tal suspeita, acusou os cr istãos e mandou que fossem punidos. A morte dos cristãos se tornou mais cruel pelo escá rn io1. Alguns foram vestidos de peles e despedaçados pelos cães; outros morreram numa cruz em chamas; ainda outros foram queimados depois do por do sol, para ass im a lumiar as trevas. Nero cedeu o próprio jardim para o espetáculo. 1 Meno sp re zo , desprezo , desdém. 42 => D écio . No ano 250 d.C. o imperador Décio decretou pela pr imeira vez uma perseguição universal aos cristãos, que at ingiu todo o Império Romano. Multidões pereceram sob as mais cruéis torturas: exílios, prisões, trabalhos nas minas, execuções pelo fogo, animais ferozes e espadas. Cipriano disse: “O mundo inteiro está devas tado” . Naquela época, Orígenes, um dos homens mais eruditos da Igreja Antiga, depois de ser preso e tor turado faleceu. => D ioc lec ian o . Este, no ano 303 d .C., decretou a segunda perseguição de caráter universal , ou seja, em todo o Império Romano. Foi a últ ima perseguição imperia l e a mais severa. Os cr istãos foram caçados pelas cavernas e f lorestas; queimados, lançados às feras, sofrendo todas as crueldades imagináveis. Foi um esforço resoluto, de te rminado e sistemático por aboli r o nome dos cristãos. — -N Os Apologistas /A ^ Os apologis tas foram defensores intelectuais do cris t ianismo. Entre os que mais se destacaram: Justino (o mártir) e Tertuliano. ▼ Justino , o M ártir (100 -167 d.C.). Nasceu em Siquém, na ant iga Samaria. Estudioso, dil igente da fi losofia, teve a atenção atraída pelos profetas hebreus, “homens mais antigos que todos os que são considerados f i l ó s o fo s " . Pelo contato com as mensagens proféticas conver teu-se ao cris t ianismo, “Acendeu-se imediatamente em minha alma uma chama de amor pelos profe tas e pe los que são amigos de Cristo... Descobri que só essa f i lo so f ia é segura e p ro ve i to sa ”. 43 Viajava num manto de filósofo, procurando ganhar pessoas para Cristo. Escreveu várias obras (apologias) defendendo o cris t ianismo contra a perseguição governamenta l e as crít icas pagãs. Escreveu a respeito de sua crença nas profecias do Velho Tes tamento e na segunda vinda de Cristo, na ressurreição e no milênio. Como Paulo, Justino se tornou um missionár io , os pagãos de Roma não permiti ram que Just ino continuasse ensinando, planejaram tirar-lhe a vida. Ele, entretanto, prosseguiu em seu testemunho até que foi decapitado. Depois de sua morte, foi acrescentada ao seu nome a palavra “márt ir” , dando-lhe o t í tulo “Just ino, o M ár t i r” . ^ T ertu liano (160-220 d .C.)- Foi uma das personalidades mais originais e notáveis da Igreja Primitiva; “Pai do Cris t ianismo Lat ino” . Nasceu em Cartago, na África, possuía grande erudição em advocacia, f i losofia e história. Encetou uma carrei ra li terária de defesa e explicação do crist ianismo. O intenso fervor espiri tual que demonst rava tornava sempre admirável o que escrevia. Muitos termos fi losóficos que hoje empregamos para definir certas doutrinas bíblicas foram cr iados por Tertul iano como exemplo: a palavra “tr indade” . Movimentos (Seitas) e suas Doutrinas > E b ion itas: pobres cristãos judaicos: •S Jesus, o Messias, porém não divino; \ S Rejeitavam o apostolado de Paulo e veneravam a Tiago e Pedro. 44 > G n ostic ism o: S Surge no pr imeiro século e veio depois de se tornar muito poderoso. Consiste de uma estranha mistura de idéias cristãs, judaicas e pagãs. > M aquineus (M ani): fundado em 238 d.C. •f Só ace itava o Novo Testamento quando não havia re fe rência ao judaísmo; S Uma mis tura do budismo,zoroast r ismo e crist ianismo. > N eoplatonism o (205-304): S Via o ser absoluto como a fonte transcendental de tudo e achavam que tudo foi criado por um processo de emanação; S Esta emanação resultou na cr iação final do homem como alma e corpo presentes; > M onarquianos (final II Século). •S A d inam is ta : Cria que Jesus recebera poder do Pai e se tornara Cristo no ba tismo pela virtude do Espí ri to Santo. Na realidade, Jesus era um mero homem até no batismo. S Os m oda l i s ta s : Deus aparecera na pessoa de Jesus (Cristo não era divino) e assumiu sofrer a morte no calvário. Destacavam a unidade de Deus e não crêem nas três pessoas da tr indade. S Montanis ta (Montano: fundador 135-160 d .C.). M ovimento Reformador: ■ Reje itava um segundo casamento; ■ A vida era guiada pelo Espíri to Santo em formas de governo e direção; ■ A autoridade ecles iástica const i tuía-se um obstáculo à ação do Espíri to Santo; ■ Suas interpre tações da Bíblia são fanálicns i' equivocadas. 45 S Novar iamos ('249-231). Movim ento Reformador: ■ Insist iam no arrependimento sincero e no rebatismo daqueles que num momento de f raqueza negaram a fé durante a perseguição. S Donat is ta (311 d.C.). M ovimento Reformador: ■ Não aceitava a minis tração ou ofício sacerdotal de pessoas que durante a perseguição haviam negado a fé e que agora “arrependido” re to rnava ao cris t ianismo. ■ O ofício do minis tério (bênçãos espiri tuais) estava ligado à moral pessoal. > M arcionism o (160 d.C.). Fundador Marcião: S Rejei tava os ensinos do Velho Testamento por causa do legalismo; S Acei tava as Epístolas Paulinas e o Evangelho de Lucas; S Os cristãos t inham que rejeitar o Velho Testamento e o seu Deus; S O único conhecimento verdadeiro de Deus provém de Cristo. Corrupções Pagãs => I c i t i c i sm o : Todos os t ipos de paganismo magnificavam a grande importância dos artigos, iiiividades e formalidades, e os cristãos do segundo e terceiro século passaram a reverenciar até os ossos dos santos, com procissões religiosas e sinal da c ru / , etc... => S a e m m entalism o: Conceito dado às ordenanças; as águas do batismo começaram a ter efeito salvador. O pão e o vinho foram chamados “a medicina da imor ta l idade” . 46 => C ler ica lism o: As religiões pagãs requeriam sacerdotes e r i tuais em seus cultos , pela mudança dos significados da ordenança era necessária pessoa preparada devidamente para administrá-las. A salvação era l igada com o bati smo e a ceia. Examinemos as condições das igrejas e suas doutrinas no fim deste período com o cris t ianismo do Novo Testamento. Não era mais o povo “a Igreja” . Agora, o pastor ou bispo era considerado como const i tu indo “a Igreja” . A pa lavra “Igreja” passou a significar, não a assemblé ia local mais a totalidade dos bispos. A salvação era considerada como vinda através do bispo, o admin is trador dos sacramentos salvadores da Igreja. Somente o bispo era capaz de autorizar batismo salvador e in te rv ir “a medic ina da im or ta lidade” , a ceia do Senhor. Não mais eram todas as igrejas iguais, e nem também os pastores diante de Deus eram iguais. Os campos eram divididos terr i torialmente, e os bispos mais fortes predominavam. Os Pais da Igreja Entre os vários Pais da Igreja mencionaremos Policarpo, Inácio, Ir ineu, Orígenes e Eusébio. 0 P olicarpo (69 -156 d.C .). Era bispo de Esmirna e discípulo de João. Na perseguição ordenada pelo imperador foi preso e levado à presença do governador . Ofereceram-lhe a liberdade, se ele negasse o nome de Cristo, mas cli: respondeu .(“Oitenta e seis anos f a z que sirvo a Cristo i' Ele nunca me f e z mal; como podia eu, agoni, amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e S a lva d o r?". j 47 Sua resposta entrou para a história. Por causa destas palavras, Pol icarpo foi que imado vivo. EI Inácio (110 d.C.). Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo João. Quando o imperador Trajano fez uma visita à cidade de Antioquia , mandou prendê-lo e após o ju lgamento foi condenado à morte. Inácio deveria ser lançado às feras em Roma. De viagem para esta cidade escreveu uma carta aos cristãos romanos dizendo que ansiava ter a honra de morrer pelo nome de Jesus. “Que as f e ras at irem-se com avidez sobre mim, Se elas não se d ispuserem a isto eu as provocarei . Vinde, multidões de fe ras ; vinde, dilacerai- me, estraçalhai-me, quebrai-me os ossos, tri turai-me os membros; vinde cruéis torturas do demônio; deixai- me apenas que eu me una a Cris to”. Bem que Inácio poderia parafrasear as palavras do apóstolo Paulo: “o viver para mim é Cristo, e o morrer é g anho”. 0 Irineu (1 3 0 -2 0 0 d.C.). Criou-se em Esmirna, onde conheceu Policarpo e tornou-se seu discípulo. Mais tarde veio a ser bispo de Lião. É considerado por muitos h is toriadores como um dos pr incipais líderes teológicos. Por volta do ano de 165 d.C., escreveu sua principal obra (Contar as Heres ias ) com a intenção de refutar o gnosticismo. Assim Irineu resumiu numa frase a obra de Cristo: “Nós seguimos ao único Mestre verdadeiro e f i rme, o Verbo de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, o qual, mediante o Seu amor transcendente, se tornou o que somos, a f im de que nós pudéssemos transformar 48 naquilo que é Cristo, fa zen d o com que esta esperança voltasse a br ilhar com in tensidade nos corações dos f iéis". Considerava o Novo Tes tamento como Escri tu ra Sagrada tão comple ta quanto o Velho Testamento. Morreu mártir. 0 O rígenes (185 -254 d .C.)* Um dos homens mais erudi tos da Igreja Antiga. Na cultura e poder inte lectual não houve quem o superasse no seu tempo. Ele e Tertu l iano foram os dois maiores homens da Igreja dos séculos II e III. Orígenes nasceu em Alexandr ia , seus pais eram crentes (seu pai, Leônidas, sofreu martír io). Com apenas dezoito anos de idade tornou-se mestre de uma escola de ca tequese1 da Igreja de Alexandria. Sua maior obra foi a “H exap la” (O Antigo Testamento em seis idiomas). É bem verdade que não concordamos com todos seus ensinos teológicos, mais isto não põe em descrédi to sua capacidade e amor às Escrituras . Pelo Evangelho, foi preso e torturado. 0 E uséb io (264 -340 d .C.). ^ Ç Bispo de Cesaréia, na Palestina, é considerado como o “Pai da His tória Ec les iás t ica” . Ele compôs uma “ Crônica Universal”, que abrange toda a his tória desde o princípio do mundo até princípios do século IV da nossa era. Em seguida escreveu uma “His tória Ecles iást ica”, com dez volumes, narrando desde Cris to até ao Concí l io de Nicéia. 1 Dout r i naç ão . Instrução s i s temát ica , m etó dic a e oral a c e m i tinh pr inc íp ios fundamentai s de uma rel ig ião . 49 Questionário \ ■ Assinale com “X ” as al ternativas corretas 1. Fez cessar todos os propósitos de destruir a Igreja de Cristo, no século IV a) |_] O Edito de Décio b ) |_] O Edito de Nero OÍxl O Edito de Constant ino d)|_| O Edito de Diocleciano 2. Justino (o mártir) e Tertu l iano foram defensores intelectuais do cris t ianismo, são denominados de a)| J Andrologis tas b ) |_] Antropologis tas c)| I Antologistas \ d)[7] Apologistas 3. Uma das doutrinas dos Ebioni tas a ) |_] Jesus não era o Messias, porém, era divino b ) [ 3 Rejei tavam o apostolado de Paulo e veneravam a Tiago e Pedro c ) |_1 Jesus era o Messias e to ta lmente divino d ) |_] Veneravam o apostolado de Paulo e re je itavam a Tiago e Pedro ■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado 4 . Q Feiticismo: Concei to dado às ordenanças. O pão e o vinho foram chamados “a medic ina da imo rtalidade” 5.1 vl Inácio foi bispo em Cesaréia, na Palestina, e é considerado “Pai da His tór ia Ec les iás tica” 50 —, i Polemistas R - - Diferente dos apologistas do segundo século que procuraramfazer uma explanação e uma jus tif icação racional do cr is t ianismo para as autoridades, os polemis tas empenharam-se por responder ao desafío~~3õs falsos ensinos heréticos, condenando veementemente esses ensinos e seus mestres. Este combate era travado também dentro da própria Igreja obje tivando a defesa de suas doutrinas. ÍL,*' Os polemis tas t inham uma visão da Igreja Católica oponente às heresias. Escritas dos Pais Apostólicos ■ A Epís to la de Barnabé (entre 70 e 120 d.C.); ■ A Epís to la de Clemente de Roma a Corinto (95 d.C.); ■ Sete cartas de Inácio (110); ■ A Epís to la de Policarpo aos Fi l ipenses (110); ■ O ensino dos doze (entre 70 e 165); ■ O Pas tor de Hermos (entre 100 e 140); ■ O “P e regr ino” da Igreja Pr imitiva , fragmentos de Papiros; ■ O “D ia tessaror í ’ de Ticiano, harmonia dos quatro Evangelhos (150). A Igreja Católica Antiga (Características) A palavra católica quer dizer universal , portanto a Igreja Católica é a que está em toda parte do inundo. O período de 180-313 é o que diz respcilo .i Igreja Católica . Foi marcado por grande relaxanifftlí» 51 de seus membros inf luenciados pelos cultos pagãos. Entre os mui tos males, encontram: a ceia mágica, sacrifício m e r i tó r io1 à hierarquia e outras distorções. Ensinava-se que o batismo lavava as pessoas de todos os pecados. Os pecados menores eram perdoados pela oração, boas obras, je jum e esmolas. Os mortais (pecados mais graves), como fornicação, homicídios , apostas ia e outros, não t inham perdão, portanto, quem praticasse este t ipo de pecado era banido da Igreja. Diante destes problemas, a solução encontrada foi dar ao bispo autoridade para perdoar pecados. Invertendo o papel do perdão, ao contrar io do pecador arrependido ir ao encontro de Deus, ia ao encontro do homem. A parti r do ano 250 começaram a se reunir os s ínodos2 provinciais. Os bispos das capitais ou maiores cidades eram mais impor tantes. Passaram a ser chamados de Bispos Metropoli tanos e, poster iormente , Arcebispos. Os que mais se destacaram foram os de Jerusalém, Antioquia , Alexandr ina e Roma. O bispo de Roma considerava-se sucessor de Pedro e Paulo, mas no III século, não gozava de nenhuma autoridade ju r íd ica sobre a Igreja, mais tarde foram chamados de patriarcas. O batismo no tempo de Tertul iano era em nome do Pai, do Filho e do Espíri to Santo, e eram comuns os batismos de crianças com padr inhos, e era por imersão (3 vezes). A eucaris t ia (gr. dar graças) era no domingo, do II século em diante novos vis lumbres acerca das formas de culto apareceram nas igrejas. 1 Que mer ece prêmio ou louvor, louv áv e l . 2 A ss e m b lé i a regular de párocos e outros padres , c o n v o c a d a pe lo bispo local . 52 Just ino Már ti r reconhecia a semelhança da eucarist ia com o Mit ra ísmo (o culto dos mis térios) . Ele considerava o vinho e o pão, o sangue e o corpo de Cristo. A M issa (Católica): ■ A missa e a santa ceia eram a mesma coisa; ■ A missa renova o sacrifício do Calvário; ■ O pão e o vinho usados na missa são transformados no corpo real de Cris to no momento da celebração; ■ Quem não di ferenciar o pão que é servido na missa com o que é vendido na padaria, come e bebe para sua própr ia condenação. i! Fim da Perseguição Em 311 apareceu um Edito de tolerância, publicado por Galeno, imperador no Oriente, onde se reconhecia a in s â n ia 1 da perseguição aos cristãos. Dois anos mais tarde, o Edi to de Milão, de Constantino e Licínio, imperadores do Ocidente e do Oriente, estabelecia a l iberdade rel igiosa para todos. Tal edito foi destinado a por f im à perseguição ao cris t ianismo. Terceiro Período: Constantino à Carlos Magno (União da Igreja ao Estado - 323) Para se compreender as re lações entre a Igreja e o Estado após a concessão de l iberdade de religião por Constantino, é necessár io pres tar atenção aos problemas polí t icos enfrentados pelo imperadoi nesta época. 1 Falta de ju íz o ; loucura , demênc ia . 53 'è C on stan tin o . Pouco se sabe sobre sua vida, Zózimo, his toriador do quin to século, diz que ele era filho i legít imo, sendo seu pai eg rég io1 general e sua mãe, uma mulher l ivre cristã do Oriente (da Sérvia), de nome: Helena. De nasc imento humilde, sua infância cheia de obstáculos e o fato de ter alcançado posição elevada no governo revela que foi homem de valor. Sua educação formal era l imitada, mas era sóbrio e honesto. Constantino era mais autocrático que os seus antecessores. Seu reinado foi sem conselheiros. In te ressava-se pelo culto tr ibutado pelos persas, a Mit ra (deus sol), combinação de fi losofia neopla tônica e zoroast r ina que se tornara sedutora por meio de um rito bem elaborado e importante. Quando Constant ino estava lutando contra Maxêncio , vendo que a luta era difícil, resolveu adorar o Deus dos cris tãos , e cer tamente para encoraja r suas tropas, declarou ter visto no firmamento uma bandeira em forma de cruz, na qual se lia: “com este sinal vencerás” . Tomando-as como um presság io2, ele derro tou os seus in imigos na batalha da ponte Mílvia sobre o rio Tigre. Em bora a visão possa ter ocorrido, é evidente que o favorecimento da Igreja por Constant ino foi um expediente seu. A Igreja poderia serv ir como um novo centro de unidade e salvar a cul tura cláss ica e o Império. Constantino apesar de se considerar o “Bispo dos b ispos” não achou prudente batizar-se senão poucos iluis antes de sua morte, ocorrida no ano 337 d .C.. 1 Mu i to d i s lu i lo ; ins igne; nobre, i lustre. 2 Fato ou sinnl quo prenunc ia o futuro; agouro. 54 Para os cristãos ele fez o seguinte: ■ E x im iu 1 o clero das obr igações mili tares e munic ipais, isentou as suas propr iedades de impostos; ■ Derrotou e aboliu certos costumes e ordenanças pagãs ofensivas aos cristãos; ■ Ordenou a observância do domingo (dia do sol); ■ Legalizou as doações das igrejas cristãs; ■ Contr ibuiu com a construção do templo; ■ Deu aos seus filhos educação cristã; ■ Está dito que no ano 324, prometeu a cada convertido vinte moedas de ouro e uma roupa branca para a cer imônia batismal, e neste ano verif icaram-se o número de doze mil homens batizados. No ano 325 advertiu seus súditos a abraçarem o crist ianismo. Em 330, transferiu a sede do governo imperial para Bizâncio, por causa do seu desagrado pelo paganismo que ainda prevalec ia em Roma. A escolha de Constantinopla como a nova Roma, afetou o futuro da história. Resultando num Império e uma Igreja dividida. Depois da morte de Constant ino, seus filhos não seguiram os pr incíp ios do cri s t ianismo em que foram ensinados. O seu fi lho, Constânc io II, conseguiu tornar-se único imperador e ultrapassou seu pai no esforço para derro tar o paganismo. Jul iano, o apóstata, sobrinho de Constantino foi salvo de grande chacina contra a família dc Constantino por um bispo cristão. Derrotou Constâncio e o sucedeu no trono, declarando-se hosti l ao crist ianismo, restabeleceu os sacerdotes, restaurou <>:. 1 Isentou, d i sp en so u , desob r ig ou . 55 templos e os sacrifícios pagãos, morreu na batalha travada com os persas. ▼ Teodósio (379 a 395). Foi o primeiro Imperador Ortodoxo e sob a sua in fluência o Senado Romano reconheceu o c r is t ianismo como religião oficial . Prevalecendo dessa si tuação favorável, muitos bispos, auxil iados pelo poder civil, inc itavam o povo a assal tar os santuários pagãos. O paganismo foi vencido, mas vi rtualmente continuou a viver no seio da Igreja Cris tã pelas conversões forçadas. A Igreja Oficializada Depois da morte de Jul iano em 363, todos os imperadores professaram o cr is t ianismo, sendo estabelecido como religião do Império, antes de findar o quarto século. =>Benefícios : ■S A derrota do paganismo, seus templos foram destruídos e transformados em igrejas cristãs. O sacrifício e o culto pagão foram abol idos , e as escolas foram fechadas; ■S A inf luência do cris t ianismo sobre a legis lação do Império Romano foi de alta apreciação sobre o valor da vida humana (direitos humanos) . Foi abolido a g lad iação1 e e levada a posição dos escravos, estrangeiros , bárbaros , mulheres e crianças; ■/ Sobretudo melhorou considerave lm ente a moralidade. 1 Gladiador: Indiv íduo que nos c i rcos roman os co m ba t ia com outros home ns ou c o m feras, para d iver t imento púb l ico . 56 => Os Males: •f O c r is t ian ismo deixou de ser re ligião espiri tual para se tornar secular - Rel igião do Estado; •f Os pagãos que se tornavam cr istãos nominalmente , rec lamaram seus deuses, seus objetos de adoração; S As igrejas encheram-se de objetos de adoração por causa dos maus costumes dos pagãos; •f A hierarquia recebeu força e tornou-se num contrapeso no governo civil. A Igreja cheia do poder (autor idade delegada pelo Império), va lendo-se da autoridade civil tornou-se mais cruel em perseguir os que não concordavam com ela do que a própr ia religião pagã; S A reação contra o mundanismo resultou em excessivo ascetismo, os mais espiri tua is viram que era impossível uma vida cris tã pura dentro da Igreja mundana, diante disto, mui tos se afastaram da Igreja para lugares desertos, onde passaram tempo em je jum e oração, fazendo assim triunfar o espír i to sobre a carne. Os Concílios Ecumênicos (até 590) Concí lios Assuntos Nicéia (325) > Condenou o Arianismo Constantinopla (381) > Convocado para deliberar sobre Apolinarianismo Éfeso (431) > Convocado para dar fim à controvérsia Nestoriana Calcedônia (451) > Convocado para resolver a controvérsia Eutiquiana II Constantinopla (553) > Convocado para acabar com a controvérsia Monafisilas. 57 Controvérsia na Igreja Durante este período na história eclesiástica, realizou-se a s is tematização da Teologia . Agora, com o poder do Estado as igrejas f icavam mais livres para pensar sobre as doutrinas fundamentais de sua crença. A sistematização de doutrina foi provocada pela necessidade de jus ti f icação de suas crenças diante do mundo. E com as heresias e d is s idênc ias1 por dentro, os l íderes do cr is t ianismo formularam suas crenças. As fontes de discussão foram: ■ As Escrituras, inclusive os l ivros apócrifos; ■ A tradição, os quais de te rminavam o conteúdo da Bíblia e a interpre tavam; ■ Controvérs ia , provocada pr incipalmente pelos orienta is e apresentada em fórmula de doutrina; ■ Concíl ios ecumênicos, os quais fo ram tidos como inspirados e sua aceitação t ida como necessária. Controvérsias Area Agentes Adminis tra tiva Os Donatis tas Trin i ta r iana (361-600) 0 Arianismo Cris to logia (362-381) Apolinari smo (362-381) Nestor ianismo (428) Eut iquismo ou Monofis ismo Monote l i to Antropológico Pelagianos (412) 1 Parte dos membros de uma corpor açã o que se separa desta por d iv er gê n c i a de op in iõ es . Ci sma - c i são . 58 => A r ia n ism o . Heresia fe rmentada por um presbítero do 4 o século chamado Ário. Negando a divindade de Cristo, ens inava ele ser Jesus o mais elevado dos seres criados. Todavia, não era Deus. Por este motivo, seria impropriedade re ferir -se a Cristo como se fora um ente divino. Para fundamentar seus devaneios doutrinár ios, buscava desautorizar o Evangelho de João por ser o propósito desta Escritura , jus tamente , mostrar que Jesus Cristo era, de fato, o Filho de Deus. Os ensinos de Ário foram „ condenados no Concíl io de Nicéia em 325. uc — ---------------- - => A polinarian ism o (A polinário). Negava a união das duas naturezas humana e divina, fazendo de Cristo duas pessoas distintas. => N estorian ism o (Nestório). Monge e Presbítero de Antioquia e depois Patriarca de Constantinopla . Negava a única verdade entre as duas naturezas de Cristo. => E utiquism o (M onge Eutico). As duas naturezas de Cristo fundiam-se de maneira que formava uma te rceira natureza. => P elae ianos (Pelágio: M onge B ritân ico). Advogou ardentemente a bondade e a capacidade do homem (doutr ina da natureza e da graça). Agost inho (bispo de Hifona) pelo contrário, insist iu na sua ruína, e na contínua atividade e soberania de Deus. Aparecimento e Crescimento do Poder Papal Em 325, quando se reuniu o primeiro Concíl io Ecumênico, o cr is t ianismo tinha assumido várias caracter ís t icas em desacordo com as Escrituras Sagradas, o que podiam ser chamados “Cató l icos” : 59 S A idéia de uma visível Igreja universal , que é com posta de bispos; ■S A c rença que os sacramentos têm um tipo mágico de graça transformadora; S A admissão de um sacerdote especial (o Clero) que pela ordenação fica autor izado a adminis trar estes sacramentos; ■S O reconhecimento dos bispos como o corpo re inante da Igreja. Todas estas caracterís t icas se encontram hoje nos grupos que são chamados Católicos Romanos, Católicos Gregos e Anglicanos. Antes do ano 325, não obstante ser o bispo de Roma igual aos outros bispos em autoridade foi mais digno por estar entre os bispos mais hábeis do mundo. Razões do crescimento: ■ H om ens de grande ca p a c id a d e . Todos os bispos de Roma perceberam a dignidade da sua posição e se despertaram para a lcançar o primeiro lugar entre os demais. ■ A posição geográfica de R o m a . Era privi legiada pela local ização de sua área. ■ M udança da capital im p er ia l . No ano 330, Constantino mudou a capital do Império para cidade de Bizâncio, que foi chamada de Constant inopla , o que em lugar de enfraquecer a posição do bispo romano, melhorou a sua situação. Com a presença do imperador, o bispo ocupava o segundo lugar, mas com a saída do mesmo ele tori iavâ-sc bispo dos bispos e rei secular ao mesmo tempo. 60 ■ A h istór ia da trad ição . A Igre ja romana afirma que Pedro foi Papa durante 25 anos, mas estas a sse rções1 não foram realizadas até o século quinto, depois que o bispo já havia se tornado poderoso. A teoria dada pelo bispo Leão I (440 461) era baseada em três textos (Mt 16.13-18, Jo 21.15-17 e Lc 22.31-32). A teor ia é que Pedro t inha autoridade sobre os apóstolos e passou aos seus sucessores no bispado romano. Durante este mesmo período (325-461) os bispos de Roma demonst raram grande sabedor ia no sentido doutrinário, conduzindo-se bem durante os grandes debates a respeito da natureza de Cristo e a salvação dos homens. Leão I “O Grande” (440-461) Estava ausente quando o Senado e o povo de Roma o elegeram. Ele era romano de origem e de sen timento , t inha as fortes qualidades agressivas de Roma Imperia l e Papal. Possuía orgulho e capacidade romana de governar. Não deixou perder nenhuma opor tunidade vantajosa da “Santa S é” de Roma. O imperador decretou que a nenhum bispo fosse permit ido fazer qualquer coisa sem autorização do “Pai da Cidade E terna” . Sendo o Estado espiri tual foi representado universalmente pelo bispo de Roma, e 0 Estado secular pelo imperador. Os papas que sucederam Leão I foram: Gedásio (492-496) , Simaco (4 98 -514) e Harmindos (514-523) . Todos os papas, apesar de serem alguns corruptos , a lcançaram prerroga tivas2 papal. 1 A f i rm a çã o , asse ver açã o , a le gaç ão , argumento . C o n c e s s ã o ou vantagem co m que se d i s t i ngu e uma pessnn nu uma corpor açã o; p r iv i l ég i o , regal ia . 61 Nos anos de 527 a 565, o imperador Justin iano entrou em confli to com o papado re iv indicando direito de o imperador controlar a religião como um depar tamento de governo. Questionário ■ Assinale com “X ” as alternat ivas corretas 6. Em penharam-se por responder ao desafio dos falsos ensinos
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