Buscar

HISTORIA DA IGREJA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 137 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 137 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 137 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Educaçã; Geral
IBADEP Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - 
Ensino e pesquisa
IBADEP - Instituto Bíblico da Assembléia de Deus - 
Ensino e Pesquisa 
Av. Brasil, S/N° - Eletrosiü - Cx. Postal 248 
85980-000 - Guaíra - PR 
Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 
E-mail: íbadep a ibadep.com 
Site: www.ibadep.com
Aluno(a):.................................................................................
DIGITALIZAÇÃO
IBADEP
ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL
http://www.ibadep.com
História da Igreja
Pesquisado e adaptado pela Equipe 
Redator ia l para Curso exclusivo do IBADEP - Insti tuto 
Bíb lico das Igrejas Evangélicas Assembléias de Deus 
do Estado do Paraná.
Com auxílio de adaptação e esboço de vários 
ensinadores .
5a Edição - Agosto/2005
Todos os direitos reservados ao IBADEP
Diretorias
C I E A D E P
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Israel Sodré - I o Vice-Presidente
Pr. Moisés Lacour - 2° Vice-Presidente
Pr. Ival Theodoro da Silva - Io Secretário
Pr. Carlos Soares - 2o Secretário
Pr. Simão Bilek - I o Tesoureiro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2° Tesoureiro
A E A D E P A R - C o n se lh o D e l i b e r a t i v o
Pr. José Alves da Silva - Presidente
Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator
Pr. Israel Sodré - Membro
Pr. Moisés Lacour - Membro
Pr. Carlos Soares - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro
Pr. Daniel Sales Acioli - Membro
Pr. Jamerson Xavier de Souza - Membro
A E A D E P A R - C o n se lh o de A d m i n i s t r a ç ã o
Pr. Perci Fontoura - Presidente
Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente
Ev. Gilmar Antonio de Andrade - I o Secretário
Ev. Gessé da Silva dos Santos - 2o Secretário
Pr. José Polini - I o Tesoureiro
Ev. Darlan Nylton Scheffel - 2° Tesoureiro
I B A D E P
Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo 
Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro
Cremos
1) Em um só Deus, eternamente subs is tente em três
pessoas: O Pai, Filho e o Espíri to Santo. (Dt 6.4; 
Mt 28.19; Mc 12.29).
2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra
infal íve l de fé normativa para a vida e o caráter 
cr is tão (2Tm 3.14-17).
3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte
vicár ia e expiatória, em sua ressurreição corporal 
dentre os mortos e sua ascensão vi to r iosa aos céus 
(Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4) Na pecaminosidade do homem que o desti tuiu da
glór ia de Deus, e que somente o arrependimento e 
a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo 
é que pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 
3.19).
5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé
em Cris to e pelo poder atuante do Espíri to Santo e 
da Palavra de Deus, para tornar o homem digno do 
Reino dos Céus (Jo 3.3-8).
6) No perdão dos pecados, na sa lvação presente e
perfe ita e na eterna jus ti f icação da alma recebidos 
gra tuitamente de Deus pela fé no sacrifício 
efe tuado por Jesus Cristo em nosso favor (At 
10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25; 5.9).
7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo
mlciro uma só vez em águas, em nome do Pai, do 
Fi111D e do Espíri to Santo, conforme determinou o 
Scnhoi Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 6.1-6 e Cl 
2 . 1 2 ) .
8) Na necessidade e na possib il idade que temos de
viver vida santa mediante a obra expia tória e 
redentora de Jesus no Calvár io , através do poder 
regenerador , inspirador e sant if icador do Espíri to 
Santo, que nos capacita a viver como fiéis 
testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e l P d 
1.15).
9) No bat ismo bíbl ico no Espíri to Santo que nos é dado
por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a 
evidência inicial de falar em outras l ínguas, 
conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46; 
19.1-7).
10) Na atual idade dos dons espir i tuais distr ibuídos pelo
Espíri to Santo à Igreja para sua edificação, 
conforme a sua soberana vontade ( IC o 12.1-12).
11) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duas
fases distintas. Pr imeira - invisível ao mundo, 
para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da 
Grande Tr ibulação; segunda - visível e corporal , 
com sua Igreja glorificada, para reinar sobre o 
mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; ICo 15.51­
54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os cr istãos comparecerão ante o Tribunal
de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos 
em favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).
13) No ju ízo vindouro que recompensará os fiéis e 
condenará os infiéis (Ap 20.11-15).
14) E na vida eterna de gozo e fe licidade para os fiéis e
de tr isteza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).
Metodologia de Estudo
Para obter um bom aproveitamento , o aluno 
deve estar consc iente do porquê da sua dedicação de 
tempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em 
sua formação.
Lembre-se que você é o autor de sua história 
e que é necessário atualizar-se. Desenvolva sua 
capacidade de raciocínio e de solução de problemas, 
bem como se integre na problemática atual , para que 
possa vir a ser um elemento útil a si mesmo e à Igreja 
em que está inserido.
Consc iente desta realidade, não apenas 
acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou 
trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido 
abaixo e comprove os resultados:
1. Devocional:
a) Faça uma oração de agradecimento a Deus pela 
sua salvação e por proporcionar- lhe a 
oportunidade de estudar a sua Palavra, para assim 
ganhar almas para o Reino de Deus;
b) Com a sua humildade e oração, Deus irá i luminar 
e d i rec ionar suas faculdades mentais através do 
Espíri to Santo, desvendando mistérios contidos 
em sua Palavra;
c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos que 
ser organizados , ler com precisão as lições, 
meditar com atenção os conteúdos.
2. Lociil ele estudo:
VocC precisa dispor de um lugar próprio para
estudar cm casa. Ele deve ser:
a) Bem arejado e com boa i luminação (de 
preferência , que a luz venha da esquerda);
b) Isolado da circulação de pessoas;
c) Longe de sons de rádio, te levisão e conversas.
3. Disposição:
Tudo o que fazemos por opção alcança bons 
resultados. Por isso adquira o hábito de estudar 
volunta riamente , sem imposições . Conscientize-se 
da impor tânc ia dos itens abaixo:
a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, 
d iv id indo-se entre as disciplinas do currículo 
(dispense mais tempo às matérias em que tiver 
maior dificuldade);
b) Reservar, d iariamente , algum tempo para 
descanso e lazer. Assim, quando estudar, estará 
desligado de outras a tiv idades;
c) Concentrar- se no que está fazendo;
d) Adota r uma correta pos tu ra (sentar-se à mesa, 
tronco ereto), para evitar o cansaço físico;
e) Não passar para outra l ição antes de dominar bem 
o que estiver estudando;
f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. 
Quando perceber que está cansado e o estudo não 
alcança mais um bom rendim ento , faça uma pausa 
para descansar.
4. Aproveitamento das aulas:
Cada disciplina apresenta características 
própr ias , envolvendo diferentes comportamenlo* 
raciocínio, analogia, in terpre tação, aplicação nu 
s implesmente habi l idades motoras. Todas, im
entanto, exigem sua participação ativa. Para
alcançar melhor aproveitamento, procure:
a) Colaborar para a manutenção da disciplina na 
sala-de-aula;
b) Part icipar a tivamente das aulas, dando 
colaborações espontâneas e perguntando quando 
algo não lhe ficar bem claro;
c) Anotar as observações complementa res do 
monitor em caderno apropriado.
d) Anotar datas de provas ou entrega de trabalhos.
Estudo extraclasse:
Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:
a) Fazer d ia riamente as tarefas propostas;
b) Rever os conteúdos do dia;
c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se 
consta ta r alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao 
monitor na aula seguinte. Procure não de ixarsuas 
dúvidas se acumulem.
d) Materiais que poderão ajudá-lo:
■ Mais que uma versão ou tradução da Bíblia 
Sagrada;
■ Atlas Bíblico;
■ Dic ionár io Bíblico;
■ Encic lopédia Bíblica;
■ Livros de His tór ias Gerais e Bíblicas;
■ l lm bom dic ionário de Português;
- I ivrus e aposti las que tratem do mesmo 
ii.viimlo.
e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em 
mente:
■ A necessidade de dar a sua colaboração 
pessoal;
■ O direito de todos os integrantes opinarem.
6. Como obter melhor aproveitamento em avaliações:
a) Revise toda a matéria antes da avaliação;
b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!);
c) Concentre-se no que está fazendo;
d) Não tenha pressa;
e) Leia atentamente todas as questões ;
f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis;
g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a 
prova.
Bom Desempenho!
Currículo de Matérias
> Educação Geral
ÉO Histór ia da Igreja Y 
£□ Educação Cristã ^
EB Geograf ia Bíb lica \ /
> Ministério da Igreja
£0 Ética Cristã / Teologia do Obreiro ® 
ÉS Homilé tica / Hermenêut ica ^
£3 Famíl ia Cristã v /
03 Adminis tração Ecles iás tica •-/
> Teologia
ÉS Biblio logia 
£Q A Trindade v /
EQ Anjos, Homem, Pecado e Salvação 'V ' 
EB Heresiologia \J 
BB Eclesio logia / Miss io logia <*•
> Bíblia
£3 Penta teuco *
ÊQ Livros His tóricos ®
£3 Livros Poét icos e 
£3 Profetas Maiores 6 
£3 Profetas Menores \ f 
£3 Os Evangelhos / Atos J 
£3 Epístolas Paulinas / Gerais ^
111 Apocalipse / Escato logia „
Abreviaturas
a.C. - antes de Cristo.
ARA - A lmeida Revis ta e Atualizada 
ARC - A lmeida Revis ta e Corr ida 
AT - Antigo Tes tamento 
BV - Bíblia Viva
BLH - Bíb lia na Linguagem de Hoje
c. - Cerca de, aproximadamente , 
cap. - capí tu lo; caps. - capítulos, 
cf. - confere, compare.
d .C. - depois de Cristo.
e.g. - por exemplo.
Fig. - Figurado.
fig. - f igurado; f iguradamente , 
gr. - grego 
hb. - hebra ico
i.e. - isto é.
IBB - Im prensa Bíb lica Brasileira 
Km - S ím bolo de quilometro 
lit. - l iteral , l i tera lmente .
LXX - Septuagin ta (versão grega do Antigo
Testamento)
m - Sím bolo de metro.
MSS - manuscr itos
NT - Novo Testamento
NVI - Nova Versão Internacional
p. - página.
ref. - referência ; refs. - referências
ss. - e os seguintes (isto é, os versículos consecutivos
de um capítulo até o seu final. Por exemplo: IPe 2.1ss,
significa IPe 2.1-25).
séc. - século (s).
v. - versículo; vv. - versículos.
ver - veja
/
índice
Lição 1 - A Idade Antiga ( I o P e r ío d o ) .........................15
Lição 2 - A Idade Antiga (2o e 3o P e r í o d o ) ...................39
Lição 3 - A Idade M é d i a ....................................................... 63
Lição 4 - A Idade M o d ern a ...................................................89
Lição 5 - A Histór ia das Assembléias de Deus no
B ra s i l ....................................................................... 113
Referências B ib l iográ f icas ................................................. 137
Lição 1___________________
A Idade Antiga (5 a.C. a 590 d.C.) 
Primeiro Período
Períodos da História da Igreja
> Antiga (5 a .C. - 590 d .C.)
Revela a evo lução da Igreja Apostólica para 
a Antiga Igreja Católica Imperia l , e o início do sistema 
católico romano.
O centro de a tividade era os arredores do 
Mediterrâneo, que inc luía regiões da Ásia, África e 
Europa. A Igreja operou dentro do ambiente cultural da 
c ivil ização greco-romana e do ambiente polí t ico do 
Império Romano.
1 ) 0 avanço do c r i s t ian ism o no Império (até 100).
Observe que destacaremos o ambiente onde a 
Igreja nasceu.
A fundação da Igreja na vida, morte e 
ressurreição de Cris to e a sua fundação entre os judeus 
são impor tantes para se compreender a gênese1 do 
cr ist ianismo.
O cresc im ento gradual do cr is t ianismo 
dentro dos quadros do juda ísm o e a cultura des.scs
1 Formação , co ns t i tu i çã o; or igem.
15
quadros no concíl io de Jerusa lém antecedem a pregação 
do Evangelho aos gentios por Paulo e outros, e também 
a emergência do cri s t ianismo separado do judaísmo.
2) A lu ta da A n t ig a Igre ja Católica Im p e r ia l para 
sobreviver (100-313) .
A Igreja teve sua existência constantemente 
ameaçada pela oposição de fora, a perseguição pelo 
Estado Romano. Os márt ires e os apologis tas deram a 
resposta da Igreja a este problema externo.
A Igreja também enfrentou o problema 
interno da heresia, tendo os polemistas for ta lecidos a 
resposta cristã.
3) A suprem acia da A n t ig a Igre ja Catól ica Im per ia l 
(313-500) .
A Igreja enfrentou os problemas decorrentes 
de sua aproximação e inf luência com o Estado sob 
Conslimtino e sua união com o Estado no tempo de 
'I ■ odósio, logo ela se viu dominada pelo Estado.
Os imperadores romanos dese javam uma 
douliihii unificada a fim de unir e salvar a cultura 
yicco mmana. Os cristãos, porém, não t inham 
i'oiisc|>iiido ainda um campo de doutrina no período da 
|)i:i HCjiylçílo. Seguiu-se , então, um longo tempo de
i oniinviTsias doutrinárias.
Os escri tos dos Pais gregos e latinos, autores 
dr menie cienti f icamente privi legiada, apareceram 
como iciiçao e em parte como protesto contra a 
cn-stcnii mundanização da Igreja inst i tucional e 
visívi-l
Nrsta época, o ofício de bispo foi for talecido 
e o bisqiu lomano aumentou o seu poder ao término do 
período ii Anima Igreja Católica Imperial transformou- 
se em Igirjii Cnlólica Romana.
16
> M ed ieval (590-1517)
O palco da ação muda-se do Sul para o Norte 
e Oeste da Europa, isto é, para as margens do 
Atlântico.
A Igreja Medieva l, diante das levas
migratórias das tribos t eu tôn icas1, lutou para trazê-los 
ao c r is t ian ismo e integrar a cultura greco-romana e o 
cri s t ianismo como inst i tu ições teutônicas. Ao intentar 
isto, a Igreja Medieval centraliza sua organização 
debaixo da supremacia papal , desenvolvendo um
sistema sacramenta l-hie rárquico que caracteriza a
Igreja Católica Romana.
1) O s u rg im e n to da Igre ja e do C r is t ian ism o Lat ino- 
Teu tôn ico (590-800).
Gregório I (540-604) empenhou-se muito na 
tarefa de evangelizar as tr ibos teutônicas invasoras do 
Império Romano.
A Igreja oriental , neste período, enfrentou a 
ameaça de uma religião rival , o i s lamismo, que tomou 
muitos de seus terri tórios na Ásia e na África. 
Lentamente , a al iança entre o papa e os teutões foi 
dando lugar à organização da sucessão teutônica ao 
velho Império Romano, o Império Carol íngio de Carlos 
Magno. Este foi um período de pesadas perdas.
2) A v a n ç o s e retrocessos nas relações entre Igre ja e 
Estado (800-1054) .
A primeira grande c isma da Igreja aconteceu 
neste período.
A Igreja Ortodoxa grega, depois de 1054, 
seguiu seus próprios caminhos à base da teologia 
estát ica criada por João de Damasco (685-749) nu 
século oitavo.
1 R el a t i vo à Alemanha e aos a le mães .
17
A Igreja Ocidental nesta época feudalizou-se 
e procurou, sem muito sucesso, desenvolver uma 
polí t ica de relações entre a Igreja Romana e o Estado 
que fosse aceito tanto pelo papa quanto pelo imperador. 
Nesta época os re formadores de Cluny in tentaram 
corrig ir os males dentro da própr ia Igreja Romana.
3) A suprem acia do pap a d o (1054-1305).
A Igreja Católica Medieval chegou ao cl ímax 
do poder sob a l iderança de Gregório VII (Hildebrando, 
1023-1085) e Inocêncio III (1180-1216) , conseguindo 
forçar uma supremacia sobre o Estado pela humilhação 
dos soberanos mais poderosos da Europa.
As cruzadas t rouxeram prestígio para o 
papado. Monges e freiras espalharam a fé romana e 
reconverteram os d is s iden tes1.
A fi losofia grega de Aristó teles, levada à 
Europa pelos árabes da Espanha, foi integrada ao 
cr is t ianismo por Tomás de Aquino (1224-1274) numa 
espécie de catedralinte lectual que se tornaria à 
expressão máxima da teologia romana. A catedral 
gó t ica2 era a visão sobrenatura l e supramundana do 
período e fornecia uma “Bíblia de Pedra” para os fiéis. 
A Igreja Romana seria a pedra deste poder no período 
seguinte.
3) O Ocaso M edieva l e o R en a sc im en to M oderno 
(1309-1517).
Tenta tivas internas para reformar um papado 
corrupto foram feitos pelos místicos, que lu taram para 
personal izar uma religião que se inst i tuc ionalizara
1 Que d iver ge das o p in i õ e s de outrem ou da o p i n i ão geral .
2 Es t i lo que se d e s e n v o l v e u na Europa oc identa l , caracter izado 
em es pe c ia l pe lo em pr eg o das o g iv a s , as quais permit iam a 
construção de estruturas e l ev ad as , e pela presença de e l e m e n to s 
de cor at ivos nas fachadas e portais; e s t i l o og iva l .
18
demasiadamente . Tentativas de reformas foram feitas 
também por re formadores primitivos, tais como: João 
Wycl if e João Huss, re formadores e humanis tas 
bíblicos.
A expansão geográfica do mundo, a nova 
visão inte lectua l secular da real idade na Renascença, o 
surgimento das nações-es tados e a emergência da 
classe média se const i tuiu em forças externas que logo 
derrubariam uma igreja corrupta e decadente.
A recusa de parte da Igreja R om ana em 
aceitar a Reforma interna tornou possível a Reforma.
> M oderna (1517 e d epo is) .
Este período foi iniciado por um cisma que 
resultou na or igem das igrejas-estados protes tantes e na 
divulgação universal da fé cristã pela grande vaga 
missionár ia do século XIX. O palco de ação não era 
mais o Mediterrâneo nem o Atlântico, mas o mundo, o 
crist ianismo tornou-se uma religião universal e global.
1) R e fo rm a e C on tra - re fo rm a (1517-1648) .
As forças de revoltas contidas pela Igreja 
Romana no per íodo anterior i r ro m p eram 1, e novas 
igrejas protes tantes nacionais surgiram: Luterana,
Anglicana, Calv in is ta e Anabatista; como resultado, o 
papado foi obrigado a tratar da Reforma.
Com os movimentos contra -reformadores do 
Concíl io de Trento , dos Jesuítas e da Inquisição , o 
papado conseguiu deter o avanço do Pro tes tan ti smo na 
1'uropa e ter vitórias nas Américas do Sul e Central , 
mis Fil ipinas e no Vietnã, exper imentando uma 
m novação. Só depois do Tratado de Westfá lia (1648),
1111o pôs fim à tr iste guerra dos 30 anos, os dois lados st; 
t“.lnbcleceram para consolidar suas conquistas.
I ui i .ii ,iui . surgiram, brotaram, co m ímpeto , c o m v io lênc in
19
2) Rac iona l i sm o , R e a v iva m en t i sm o e D e nom inac io - 
na l ism o (1648-1789) .
Durante este período, as idéias calvinis tas da 
Reforma chegaram aos Estados Unidos da América do 
Norte através dos puritanos. A Inglaterra legou à 
Europa um rac ionali smo cuja expressão religiosa era o 
D e ísm o 1. Por outro lado, o P ie t ism o2 apresentou-se 
como a resposta à or todoxia fria, suas expressões na 
Inglaterra foram os movimentos Quacre e Wesleyano.
3) Tempos de Reav ivam en tos , Missões e M o d ern ism o 
(1789-1914) .
Na primeira parte do século XIX houve um 
reavivamento do catolicismo. Sua contrapar te 
protes tante foi um reavivamento que criou um amplo 
movimento miss ionár io estrangeiro e provocou uma 
reforma social in terna nos países europeus. Mais tarde, 
as forças destrut ivas do rac ionali smo e do 
evolucionismo levaram a uma “ruptura” com a Bíblia 
que se expressou no l iberal ismo religioso.
4) A Igre ja e a Soc iedade em Tensão (desde 1914).
A Igreja, em grande parte do mundo, 
enfrenta o p rob lema do estado secular e freqüentemente 
totalitário. O modern ismo sentimental do início do 
século XX deu lugar à neo-ortodoxia e seus sucessores. 
O movimento para a reunião das igrejas continua, uma 
corrente evangélica crescente está emergindo. Será útil 
aprender e, periodicamente , revisar estas divisões 
básicas da His tó ria da Igreja.
1 Crença se g un do a qual D eu s es tá distante, uma vez que cr iou o 
universo , mas d e p o i s o d e ix ou seguir seu curso soz in h o , de 
acordo co m certas “ le i s naturai s” criadas igua lmen te por e l e.
2 M o v i m e n t o de in te ns i f i ca ç ã o da fé, n asc ido na Igreja Luterana 
alemã no séc. XV II . Ato de afirmar a superior idade das verdades 
da fé sobre as verdad es da razão.
20
Antecedentes que Colaboraram para o Advento 
do Cristianismo
Paulo chama a atenção para a era h is tó rica da 
preparação providencial que antecedeu a v inda de 
Cristo a terra em forma humana; “vinda à p len i tude dos 
tempos” . “Deus enviou seu f i lho . . .” (G1 4.4). Marcos 
indica que a vinda de Cristo aconteceu quando estava 
tudo preparado na terra (Mc 1.15).
Não apenas os judeus, mas os gregos e os 
romanos também, contr ibuíram com a preparação 
religiosa para a aparição de Cristo. Os gregos e 
romanos em muito contr ibuíram para levar o 
desenvolv imento his tórico até o ponto em que Cristo 
pudesse exercer o impacto máximo sobre a h is tória de 
uma forma até então impossível. Sem saberem que 
es tavam sendo usados por Deus (o Senhor da His tór ia), 
estabeleceram e revogaram leis, enfim, provocaram 
uma série de s i tuações que só contr ibuíram para a 
vinda de Jesus, para o es tabe lecimento, expansão e 
fortalecimento da Igreja.
O desenvolv imento do juda ísm o nos seis 
séculos anter iores ao nascimento de Cris to foi 
de terminado pelos eventos concretos da história. Desde 
a conquista de Jerusa lém por Nabucodonosor , em 586 
a.C., a Judéia passou a estar sob controle pol í t ico 
estrangeiro.
No juda ísm o, dois partidos se destacavam: os 
fariseus e os saduceus.
S Os fariseus (separados) eram os representanlcs 
mais radicais desta ati tude democrático-legalisi . i 
Mantinham-se afastados da massa do judaísmo.
■S Os saduceus (palavra cujo sentido e origem puin o 
se sabe) era na essência um partido mundmm |
21
desprovido de convicções religiosas. Membros de 
uma seita judaica favorável ao helenismo e, 
poste r io rmente , à cultura romana, e cujos adeptos, 
per tencentes, em sua maioria , às famílias 
sacerdota is e à classe rica, re je itavam as tradições 
dos antigos, a predest inação e só reconheciam 
como regra a lei escrita.
> Os judeus (contribuição re lig io sa ) .
Deus escolheu-os para serem seu povo santo, 
separado e exemplar. Seriam eles os transmissores da 
revelação divina a respeito da pessoa de Deus e da 
nova revelação progressiva, preservava-na em sua 
pureza e integridade, de modo que, cumprindo-se a 
“plenitude dos tem pos” , esse povo se const i tu iu benção 
s ingular a todos os povos.
Ao contrário dos gregos, os judeus não 
in ten tavam encontrar Deus pelos processos da razão 
humana. Eles pressupunham sua exis tênc ia e lhe 
pres tavam o devido culto.
O povo judeu foi muito in fluenciado a estas 
ati tudes pelo fato que Deus o procurou e se revelou a 
ele ( judeus) na história por in te rmédio de Abraão e de 
outros grandes l íderes da época.
Jerusa lém tornou-se o s ímbolo de uma 
preparação religiosa posi t iva para a vinda do 
cr is t ianismo.
A salvação viria, pois “dos judeus” , como 
Cristo diria à mulher (Jo 4.22). O Salvador viria desta 
pequenina nação cativa, si tuada no caminho da Ásia, 
Áfr ica e Europa.
O judaísmo tornou-se o berço do 
c r is t ian ismo e ao mesmo tempo, forneceu o abrigo 
inicial da nova religião.
22
Poderíamos resumir:
Título Assunto
Monoteísmo A crença em um só Deus.
Esperança
Messiânica
A expectação da vinda de um salvador 
polí tico.
Antigo
Testamento A Escri tu ra Sagrada do povo judeu.
A Sinagoga Casa de pregação e insti tuição (escola).
> Os gregos (f ilosofia e in te lectua lidade).
A cidade de Atenas ajudou a criar um 
ambiente intelectual propício à propagação do 
Evangelho. Os romanos podem tersido os 
conquistadores dos gregos, mas como indicou Horácio 
(65 a.C. - 8 d .C.) em sua poesia, os gregos
conquis taram os romanos culturalmente. A mente 
prática dos romanos pode ter construído boas estradas, 
pontes fortes e belos edifícios, mas a grega er igiu os 
grandiosos edifícios da mente.
1 ) 0 E vange lho Universal.
Precisava de uma língua universal para poder 
exercer um impacto real sobre o mundo. O processo 
pelo qual o grego se tornou o vernáculo do mundo é 
interessante. O dia le to de Atenas, que se orig inara da 
l iteratura grega clássica , tornou-se a l íngua que 
Alexandre, seus soldados e os comerciantes do mundo 
heleníst ico entre 338 e 146 a.C. modif icaram, e 
espalharam através do mundo mediterrâneo.
Através deste dialeto do homem comum, 
lonhecido como Koiné e diferente do grego clássico 
i|iie os cristãos fo ram capazes de se comunicar com os 
povos do mundo antigo, usando-o inc lusive pnru 
escrever o seu Novo Testamento, o mesmo fazendo om 
111 cie l i s de Alexandr ia para escrever seu VeUio 
IVslamento, a Septuaginta.
23
2) A f i l o s o f ia grega.
Preparou o caminho para a vinda do 
cr is t ianismo por ter levado à destruição as antigas 
religiões. Qualquer um que chegasse a conhecer seus 
princípios , fosse grego ou romano, logo perceberia que 
sua disciplina inte lectua l tornou a rel igião tão 
ininteligível que acabava abandonando em favor da 
filosofia.
A fi losofia falhou, porém, na satisfação das 
necessidades espir i tual do homem, que se via obrigado 
a tornar-se um c ép t i co 1 ou procurava conforto nas 
religiões de mistério do Império Romano.
A época do advento de Cristo, a f i losofia 
descera do ponto elevado que alcançara com Platão 
para um sistema de pensamento individuali s ta e 
egoísta, como é o caso do Esto ic ismo ou do 
Epicurismo.
Idealista Doutr ina
Estoicismo
Zenão 
(340-264 
a.C.).
Todas as coisas eram emanações 
de Deus, e que por isto nada era 
mal.
Epicurismo Epicuro 
(341-270 
a.C.).
Fundamenta-se na identificação 
do bem soberano com o prazer, 
que deve ser encontrado na 
prática da virtude e no 
aprimoramento do espírito.
Na maioria dos casos, a f i losofia apenas 
aspirava pui Deus, fazendo dEle uma abstração, jamais 
revelava mu Deus pessoal de amor. Este fracasso da 
filosolui lorfuju as mentes humanas prontas para 
entendei uma apresentação mais espiri tual da vida.
1 Que duviilii iL: luito; descrente.
24
Só o crist ianismo pode preencher o vazio na 
vida espir i tual de então.
Na época da vinda de Cristo, os homens 
t inham compreendido f inalmente a insufic iência da 
razão humana e do poli teísmo. As fi losofias 
indiv idua lis tas de Epicuro (34 1 -2 7 0 a.C.), Zenão e as 
religiões de mistério, tes temunham do desejo humano 
por um re lacionamento mais pessoal com Deus. O 
cris t ianismo, com sua oferta de um re lacionamento 
pessoal forneceu aquilo que a cultura grega, em função 
de sua própria inadequação, havia produzido corações 
famintos.
> Os rom anos (p o lít ica ).
A contribuição polí t ica anter ior à vinda de 
Cris to foi basicamente obra dos romanos. Este povo, 
seguidor do caminho da idolatria, dos cultos de 
mistérios e do culto ao imperador, foi então usado por 
Deus, a quem ignoravam, para cumprir a sua vontade.
1) Os ro m a n o s desenvo lveram um sentido de unidade 
sob um a lei universal.
Este sentido de solidariedade do homem no 
Império criou um ambiente favorável à aceitação do 
Evangelho que proclamava a unidade da raça humana, 
baseada no fato de que todos os homens estavam sob a 
pena do pecado e no fato de que a todos era oferecida a 
salvação que os integra num organismo universal, a 
Igreja Cristã, o corpo de Cristo.
A unidade polí t ica seria a contribuição 
par ticular de Roma. A apl icação da lei romana aos 
cidadãos de todo o Império era imposta diariamente a 
todos os cidadãos e súditos do Império pela justiça 
imparcial das cortes romanas. Esta lei foi codificada 
nas doze tábuas, que eram par te essencial na educai, fm 
de toda criança romana.
25
A com preensão que os grandes princípios da 
lei romana eram tam b ém partes das leis de todas as 
nações sob o dom ín io dos romanos como “Pretor 
peregrinos, que era encarregado da tarefa de tra tar com 
as cortes em que est rangeiros es tivessem sendo 
ju lgados” .
Um passo adicional da idéia de unidade foi a 
garantia de c idadania romana aos não romanos . Este 
processo foi p r inc ip iado no período anter ior ao 
nasc imento de Cris to, foi completado quando Caracala 
concedeu, em 212 a .C., a todos os homens livres do 
Império Romano a c idadan ia romana.
2) A m ov im en ta çã o do M edi terrâneo.
A m ovim entação l ivre em torno do mundo 
Mediterrâneo teria sido mais difíci l para os 
mensageiros do Evange lho antes de César Augusto (27
a.C. a 14 d.C.). Com o aumento do poderio imperial 
romano no pe r íodo de expansão imperia l , o 
desenvolv imento pacíf ico ocorreu nos países ao redor 
do Mediterrâneo. Os piratas foram varridos do 
Mediterrâneo e os so ldados romanos mant inham a paz 
nas estradas da Ásia, África e Europa.
3) Criaram estradas.
Criaram um ótimo sistema de estradas que 
iam do marco áureo no fórum a todas as regiões do 
Império. As est radas principais eram de concreto e 
duraram séculos, a lgumas delas são usadas até hoje. 
Um estudo das viagens de Paulo indica que ele se 
serviu deste s is tema viário.
4) O papel do exérc i to romano.
No desenvolv imento do ideal de uma 
organização universal e na propagação do Evangelho 
não pode ser ignorado. Os romanos adotavam a práticn
26
ilc usar habitantes das provínc ias no exérci to como 
fornia de suprir a falta de c idadãos romanos atingidos 
pi las guerras e pelo conforto de vida.
Os provincianos en travam em contato com a 
( H11iira romana e ajudavam a divulgar suas idéias 
Miavés -do mundo antigo. Em muitas casas, alguns 
• li u's homens conver teram-se ao cri s t ianismo e 
lavaram o Evangelho às regiões para onde eram 
ilr«Hinados.
') lv conqu is tas romanas .
Levaram muitos povos à falta de fé em seus 
BI ir;i\s, uma vez que eles não foram capazes de 
los dos romanos. Tais povos foram deixados 
nu ui vácuo espiri tual que não estava sendo satisfeito 
I»> la1, religiões de então. Além disso, os substi tutos das 
i : Iii' uh*s perdidas nada mais podiam fazer além de 
l< • m os povos a compreenderem sua necessidade de 
iiiuii rr j ig ião mais espiritual.
O Império Romano criou um ambiente 
I<• 11ti 11 o favorável para a propagação do cris t ianismo 
li*** pifmyrdios de sua existência. Mesmo a Igreja da 
lihili Mfdia não conseguiu se desfazer da glória da 
M * * n i ii Imperial, acabando por perpetuar seus ideais 
uniu kDicina eclesiástico.
27
Questionário
■ Assinale com “X ” as a lternativas corretas
1. Quanto à His tória da Igreja Antiga, é errado dizer
a ) l_1 Revela a evolução da Igreja Apostólica para a
Antiga Igreja Católica Imperial
b ) D É o início do sistema católico romano
c ) l_I O centro de a tividade era os arredores do
Mediter râneo
d ) H Origina-se as igrejas-es tados protestantes
2. É uma carac terís t ica da Igreja Medieval
a ) |_J A supremacia da Antiga Igreja Católica
Imperial
b ) @ A supremacia do papado
c ) l_I A Reforma e Contra-reforma
d)l I O Racionali smo, o Reavivament ismo e o 
Denominac ional ismo
3. Os gregos, antecedentes que colaboraram para o 
advento do cr is t ianismo, contr ibuíram mais
a)[71 Na fi losofia e in te lectual idade
b ) |_j Na relig iosidade
c ) l_] Na polí t ica
d ) |_] Na legis lação e ju ri sdição
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4 .KJ A Igreja Medieva l foi inic iada por um cisma que 
resultou na or igem das igrejas-estados protestantes e 
na divulgação universal da fé cristã
5 . 0 Os romanos também colaboraram para o advento 
do crisl ianismo. Podemos destacar seu ótimo sistemade estradas, onde, chegou até ser uti l izado por Paulo
28
O Precursor1
João, “O Bat i s ta” descendia de pais tementes 
a Deus, piedosos e pertenciam a uma geração
sacerdotal, su-a mãe Isabel e seu pai Zacarias eram 
descendentes de Arão. Nasceu no ano 5 a.C. Passou os 
primeiros anos no deserto, perto de sua casa ao
ocidente no M ar Morto. No ano 28 d.C. surgiu 
pregando no deser to do Jordão.
As idéias de João fi rmavam-se nos ensaios 
espiri tuais do Antigo Testamento, pr inc ipalmente nas 
profecias e nos salmos. Eram, porém, novas por 
combater a ex is tência da base racial e cerimonia l da 
religião e em insis t ir sobre o preparo espiri tual do 
coração. “Para ele a re l ig ião era pessoal e não nacional 
e cer imonia l” .
João era o maior de todos os profetas, por ter
o privilégio de preparar o povo para o aparec imento do
Cristo e apresentá-lo como o cordeiro de Deus que tira 
o pecado do mundo.
O ódio da adúltera Herodias foi a causa da 
morte de João. Ela persuadiu sua filha, que havia 
agradado a Herodes, dançando em sua presença e da 
corte, a pedir a cabeça de João, a qual lhe foi entregue.
O Fundador
A pregação de João Batista afastou Jesus da 
vida calma que levava. Depois de seu batismo, Jesus 
imedia tamente começou a pregar o reino de Deus c 
curar os at ribulados na Galiléia, granjeando desde logo 
grande número de seguidores dentre o povo. Reuniu ao
1 Que anuncia a ch ega da de a lguém. Que precede.
29
seu redor dois grupos: os mais ín timos (apóstolos), e o 
outro, menos chegados (discípulos).
Durante três anos de sua atividade pública, 
Jesus viveu imaculadamente, chamando os homens ao 
arrependimento e a uma vida mais nobre, pregando a fé 
em Deus e n ’Ele mesmo. Sempre colocando o homem 
acima de qualquer doutr ina ou ins ti tuição. “Ensinava 
como quem tem autoridade” , e não se l imitava como os 
escribas, a ci tar autoridades antigas. Denunciava a 
hipocris ia dos fariseus e t inha compaixão dos 
desprezados.
Jesus disse que o céu e a terra hão de passar, 
mas as suas palavras jam ais passariam. Sua 
humanidade é tão evidente quanto a sua divindade. A 
explicação de “com o” isto é possível excede os l imites 
dc nossa exper iência, por conseguinte , nossa 
capacidade de compreensão.
O que deu imensa s ignificação ao que Jesus 
ens inava foi pr incipalmente a sua ressurreição. Pois a 
morle não pôs fim ao seu minis tério . Ao contrário, o
l i i m l i Io vazio e a presença constante de Jesus em meio 
aos seus discípulos durante os quarenta dias posteriores 
ao ressurgimento e por f im a sua ascensão aos céus, 
alem de d is s ipa r1 qualquer dúvida quanto à Sua Pessoa 
e missão, imprimiu nos discípulos uma tal convicção da 
salvaçao que chegaram a influencia r muitos sacerdotes 
a aceitarem a fé. Também convenceram até seus 
persegu id ores de que estiveram de fato com o Cristo 
ressuneU ) (At 4.13).
Ora, houve um realismo espiri tual muito 
mais p ioiundo do que o juda ísmo poderia imaginar, o 
Messias da esperança judaica t inha de fato vivido, 
morr ido e ressurgido para a sua salvação.
1 Fazer cessar ou desaparecer; pôr fia a.
30
Cristo é a pedra sobre a qual a Igreja foi 
fundada. Através dEle vem a fé em Deus para a 
salvação do pecador. Dele vem o amor ao coração 
humano, que faz com que os homens vejam a pessoa 
como santa, uma vez que Deus é o cr iador do ser f ísico 
e espiri tual do homem e o fundamento de toda a 
esperança futura.
A Descida do Espírito Santo
Cinqüenta dias depois da crucif icação de 
Jesus e dez depois de sua ascensão1, o Espíri to Santo 
desceu sobre o grupo de Jerusalém, acompanhado de 
sinais tão evidentes que não restava a menor dúvida de 
que Jesus estava à dest ra do Pai, como havia 
profetizado.
A Igreja foi de fato, inaugurada numa 
poderosa manifestação do Espíri to Santo com o som de 
um vento impetuoso, e com língua de fogo pousando 
sobre cada um dos primeiros membros da Igreja, com a 
primeira proclamação pública de ressurreição de Jesus, 
feita para representantes do mundo inteiro, a judeus e a 
proséli tos2 do juda ísm o reunidos em Jerusa lém para 
celebrar o Pentecostes, vindo de todas as terras do 
mundo que se conhecia (mencionando-se 15 nações) e 
os apóstolos de Jesus Cris to falavam para eles nas suas 
próprias línguas.
Nesse dia de Pentecostes a novata Igreja de 
quase 120 membros foi acrescida a quase três m i l , e 
pouco tempo depois, quase cinco mil crentes” (At 1.15; 
2.41; 4.4).
1 Subida, e l ev aç ão .
Pagão conv er t ido à doutrina dos judeus .
31
A Fundação da Igreja
“Vindo, porém, a plenitude dos tempos, Deus 
enviou seu Filho, nascido de mulher, nasc ido sob a lei 
para resgatar os que estavam sob a lei, a f im de que 
recebêssemos a adoção de f i lhos” (G1 4.4,5).
Orig ina-se no mundo Mediterrâneo o 
cris t ianismo, o mais importante centro de civil ização 
de então, herdeiro que era de longa histór ia juda ica e 
tendo o seu início nos anos de maior vigor do Império 
Romano, gozava de todos os benefícios que o império 
oferecia aos seus cidadãos.
“Na manhã do dia de Pentecostes, enquanto 
os seguidores de Jesus, cento e vinte ao todo, estavam 
reunidos, orando, o Espíri to Santo veio sobre eles de 
forma maravilhosa. Tão real foi aquela manifestação, 
que foram vistas descer do alto, como que l ínguas de 
logo, os quais pousaram sobre a cabeça de cada um ” . O 
erfcilo desse acontecimento foi tríplice:
■ Iluminou a mente dos discípulos. Dando-lhes um 
novo conceito do reino de Deus.
■ Compreenderam que esse reino não era um império 
polít ico, mas um reino espiri tual , na pessoa de Jesus 
ressuscitado, que governava de modo invisível a 
Uulos aqueles que o aceitava pela fé.
■ Aquela manifestação revigorou a todos, repartindo 
eom eles o fervor do Espír i to, e o poder de 
expressão que fazia de cada tes temunho um motivo 
d<t eonvicção naqueles que os ouviam.
Fxpansão da Igreja Primitiva 
(Primeiro Período)
He vido à grande perseguição que se levantou 
contra a Igreja em Jerusalém, os crentes, com exceção 
dos apóstolos, loram espalhados pela Judéia e Samaria.
32
Assim Deus aproveitou a perseguição dos ju deus em 
favor do cresc imento da Igreja.
'3) E m Ant ioquia da S ír ia (500 km ao norte de
Jerusa lém) os crentes que fugiram de Jerusa lém 
começaram a pregar aos gentios, e muitos se 
converte.ram. Nessa c idade os d isc ípulos foram, pela 
pr imeira vez, chamados c r i s tão s .^
Antioquia não ficou sendo a ponta final do 
esforço da expansão dos cristãos. Por indicação do 
Espír i to Santo, a Igreja de Antioquia enviou dois 
missionár ios, Paulo e Barnabé, para a Ásia Menor. 
Surgiram as Igrejas de Antioquia da Pisídia, Icônio, 
Listra e Derbe. Mais tarde surgiram as Igrejas de Éfeso 
e Colossos.
Como resultado de uma visão do apóstolo 
Paulo, a quem um varão macedônio disse: “ ... Passa à 
Macedônia e a juda-nos. . .” . O apóstolo atendeu ao apelo 
e fundou igrejas em toda a Macedônia , Tessa lônica e 
Corinto. Finalmente a Igreja chegou até Roma, na 
Itália, onde Paulo esteve por a lgum tempo.
Efet ivamente , o tes temunho dos discípulos, 
fortalecido pelo Espíri to Santo, gradualmente ganhou 
terreno em Jerusalém. Aí começou a irradiar-se 
primeiro entre os samaritanos, e depois aos 
estrangeiros simpatizantes do culto a Jeová dentro do 
país. De Jerusa lém partiram para Antioquia , que veio a 
const i tui r-se em novo local de d isseminação da fé 
cristã, de onde alcançou os habitantes da Ásia M enor e 
grande parte da Europa.
A Igreja Perseguida Pelos Judeus
Os judeus perseguiram os cristãos porqiH 
estes pregavam a Jesus como o verdadeiro Messias e 
porque permitiam que os gentios partic ipassem <Ju 
Igreja sem serem circuncidados .
33
O medo da conseqüente desconsideração do 
ritual his tórico levou os judeus farisaicos ao ataque, 
que resultou na morte do primeiro márti r cristão, 
Estevão, apedrejado pela multidão.
A paz re la tiva desf rutada pela Igreja de 
Jerusalém, logo após o martír io de Estevão, foi 
perturbada por uma perseguição mais severa, ins tigada 
em 44 d.C. por Herodes Agripa I, que, desde 41 até sua 
morte, em 44, foi rei vassa lo1 do antigo terri tório de 
Herodes, o Grande. Pedro foi preso, mas escapou da 
morte. O apóstolo Tiago foi decapitado2.
Esta perseguição se fez sentir não somente 
no terri tório juda ico , mas por toda a parte onde era 
pregado o Evangelho. Observe que:
S Nesta época decidiu-se a impor tantí ss ima questão: 
se o cri s t ianismo devia continuar como uma obscura 
seita judaica , ou se devia transformar-se em Igreja 
cujas portas permanecessem para sempre abertas a 
lodo o mundo.
S O idioma usado nas assembléias na Palest ina era o 
hebraico ou aramaico, porém, em outras regiões 
bem mais povoadas o id ioma era o grego.
J Após o apedrejamento de Estevão, Saulo l iderou, 
lerrívcl e obs tinada perseguição contra os discípulos 
de Cristo, prendendo e açoitando homens e 
mulheres.
A Igriíja em Jerusalém dissolveu-se nessa ocasião, e 
seus membros dispersaram-se por vários lugares.
S Aos f.eniios. Foi em Jope que Pedro teve a visão do 
que parecia ser um grande lençol que descia, onde 
havia Iodos os t ipos de animais, e foi- lhe dirigido
1 Súdito; c j i i l * Iributo a a lguém; subordinado , subm iss o .
2 Cortar a cabeça de; degolar ; decepar.
34
uma voz que dizia: “Não faças tu im undo ao que 
Deus pur i f icou” .
Nisto chegaram a Jope mensageiros vindo de 
Cesaréia, que fica cerca de quarenta quilômetros ao 
norte, e pediram a Pedro que fosse inst ruir a 
Cornélio, um oficial romano temente a Deus.
Pedro foi a Cesaré ia sob a direção do Espíri to , 
pregou o Evangelho a Cornélio e aos que estavam 
em sua casa, e os recebeu na Igreja mediante o 
batismo.
O Espíri to de Deus sendo derramado como no dia de 
Pentecostes, test if icou sua aprovação divina. Dessa 
forma foi div inamente sanc ionada1 a pregação do 
Evangelho aos gentios e sua aceitação na Igreja.
S Poss ivelmente Saulo conver teu-se um pouco antes 
de Pedro haver visi tado Cesaréia. Saulo, o 
perseguidor, foi surpreendido no caminho de 
Damasco por uma visão de Jesus ressusci tado.
Ele, que fora o mais temido perseguidor do 
Evangelho, conver teu-se em seu mais entusias ta 
defensor.
Sua oposição fora dirigida especia lmente contra a 
doutrina que e l iminava a barreira entre ju deus e 
gentios.
S Carac terís t icas da Igreja do I o Século:
Característ icas dos Cristãos
■ A mor Fraternal________________
■ Zelo e Pureza Moral___________
■ Conten tamento e Confiança
■ Esperança na Vinda do Senhor
* Persegu iç ão____________________
3
J
J
J
1 Dar sanção a; confirmar, aprovar, ratificar.
35
*O b serv a çã o ;
Os cristãos necessi tavam de um auxílio 
especial , pois estavam constantemente expostos a 
sofr imentos por causa da sua fé. Muitas vezes foram 
hosti l izados, perseguidos pelos judeus inimigos do 
cr is t ianismo, odiados por mui tos , por suas vidas 
consti tu írem permanente condenação dos costumes e 
conduta moral dos p ag ão s1.
Culto na Igreja / Reunião de Adoração
Suas reuniões eram em casas particulares. 
Havia dois tipos de reuniões:
■ Culto de O ração : orações, ensinos e cânticos de 
hinos.
■ Festa do Amor ou fraternidade e no fim celebravam 
a Santa C e ia : Normalmente realizado no I o dia da 
semana (domingo) comem oravam a ressurreição de 
Jesus. Também faziam uma refeição comum. 
Repar t iam o que traziam de casa.
A Crença da Igreja
Na Igreja do primeiro século não se 
compuseram credos2 ou declarações formais de fé. O 
credo dos apóstolos só apareceu no segundo século.
Para conhecermos a crença dos cristãos 
primitivos devemos recorrer ao Novo Testamento, 
criam eles em Deus, o Pai; em Jesus, como o Filho de 
Deus e Salvador, criam no Espíri to Santo cuja presença
1 D i z - s e do ind i v íd uo que não foi bat i zado . D i z - s e de adepto de 
qualquer das re l i g i õe s onde não se adota o bat i smo.
2 E x p o s i ç ã o resumida dos art igos de fé ace i ta por uma re l ig ião, 
ou de n om in aç ã o .
36
estavam cônsc ios e criam no perdão dos pecados . A 
base de seu ideal moral era o ensino de Jesus sobre o 
amor a todos os homens. Aguardavam a volta de Jesus 
para exercer o ju lgamento final e dar vida eterna a 
todos os que criam nEle. Suas idéias doutr inárias, se 
assim podemos chamar, eram muito simples, todos os 
seus pensamentos sobre a vida re lig iosa t inha como 
centro a pessoa de Cristo.
Duas inf luências levaram os crentes do 
primeiro século a cair em alguns erros doutrinár ios os 
quais, de cer to modo, ameaçaram a pureza do 
Evangelho.
Os judaizantes ens inavam que os cristãos 
deviam cumprir todas as cer imônias exigidas pela Lei 
Judaica. Paulo condenou-os porque viu que se o ensino 
deles prevalecesse o c ri s t ianismo não podia ser a 
religião de todas as raças.
Encontramos no Novo Testamento 
advertências solenes contra os erros do chamado 
gnos t ic i sm o1, que surgiu no pr imeiro século e veio 
depois a se tornar muito poderoso. Consis t ia de uma 
estranha mis tura de idéias cristãs, juda icas e pagãs.
O Governo da Igreja
As igrejas pr im it ivas1 eram independentes, 
n im governo própr io decidindo todos os seus negócios 
e problemas. Os cristãos ins is ten temente afirmavam 
<|uc pertencia á única Igreja, pois todos eram um em 
( listo, mas nenhuma organização de caráter geral 
rxerc ia controle sobre as inúmeras igrejas espalhadas 
l»or toda parte.
1 I >o gr. ' g n o s t i k o s ’, co n h ec i m e n t o . Seu arcabouço doutriiiíii In
i Bnsiderava a matéria i r re me dia ve lm en te má. Por i sso di/. inm 
i|iiif ii humanidade de Cri sto era apenas aparente.
37
Os apóstolos exerciam autoridade , como se 
ver ifica da decisão tomada quanto aos cr is tãos gentios 
e a Lei Judaica e como se vê no cap. 15 de Atos.
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternativas corretas
6. Para João Bat ista a religião era
a ) |_I Cerimonial
b)[/1 Pessoal
c ) |_| Nacional
d ) |_] Formal
7. No dia de Pentecostes a novata Igreja de quase
_______ foi acrescida a quase três mil, e pouco tempo
depois, quase cinco mil crentes (At 1.15; 2.41; 4.4)
a ) l_J 210 membros
b ) |_| 520 membros
c ) |_] 250 membros
d ) B 120 membros
8. Nessa cidade os discípulos foram, pela primeira vez, 
chamados cristãos
a^l^l Antioquia da Síria
b ) |_] Jerusalém
c)| J Roma
d ) |_] Atenas
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
V9 . [ $ As idéias de João fi rmavam-se nos ensaios espiri tua is do Antigo Testamento , pr incipalmente nas profecias e nos salmos 
10.[vj Uma das causas dos judeus perseguirem os 
cristãos era a permissão dos gentios part ic iparem da 
Igreja sem serem circuncidados
38
Lição 2
Idade Antiga (5 a.C. a 590 d.C.) 
Segundo e Terceiro Período
2o Período: As Perseguições Imperiais
Os romanos cons ideravam os cristãos como:
> A n ti-soc ia is , n/
As expressões de cumprimento dos romanos 
naquela época sempre inc lu íam o louvor a um deus 
pagão. Muitos cristãos não gostavam de dizer “bona 
dia” aos seus viz inhos, pois com simples cumprimento 
cies t inham que invocar o nome do deus Júpiter. Os 
cristãos se recusavam a part ic ipar das cer imônias pagãs 
antes da refeição. Para os romanos, esta era mais uma 
prova de que os cristãos eram contra a sociedade.
> Desleais ao im p erador .
O imperador romano era considerado divino. 
<>s cristãos recusavam-se a reconhecê- lo como divino. 
l’or isso eles foram acusados de serem desleais ao 
imperador. Outros povos adoravam seus deuses e 
lambém o imperador.
V M arginais.
Os cristãos não t inham proteção das 
autoridades. Eles se reuniam em lugares secretos como 
as famosas “C a tacum bas1 de R o m a” . Foramusaila-:
1 i l ii lerias subterrâneas em cujas paredes se faziam tumbas
39
pelos cristãos como lugares de refúgio, culto e 
sepul tamento durante as perseguições imperiais.
Houve uma época que, durante dez anos, os 
cristãos foram caçados pelas cavernas e f lorestas; 
queimados, lançados às feras, mortos por todas as 
crueldades imagináveis.
> A teus.
Quando alguém se conver tia a Cristo, 
destruía logo todos os seus ídolos. Tentavam explicar 
que o verdadeiro Deus era invisível , mas os romanos 
diziam que qualquer pessoa que não t ivesse nenhum 
ídolo era um ateu.
> A nárqu icos .
Os cris tãos , por falta de proteção por parte 
das autoridades const i tu ídas se reuniam secre tamente , à 
noite, e se mant inham afastados da sociedade comum, 
eram acusados, caluniosamente pelos romanos de 
anarquia1", imoralidade e toda sorte de l iber t inagens2.
> A ntropófagos3.
A acusação freqüente de canibali smo contra 
eles deve-se a falta de compreensão da doutrina cristã 
da presença de Cristo na Santa Ceia (Quem não comer 
do meu corpo e não beber do meu sangue, não é digno 
de mim), e a l i cencios idade4, ao fato de esse ofício ser 
celebrado secre tamente , à noite.
> In cen d iár ios .
Grande parte da cidade de Roma foi 
destruída por um gigantesco incêndio. Os cristãos
1 A usê nc i a de c o m a n d o ou de regras em qualquer es fera de 
at ividade ou organ ização .
2 D e v a s s id ã o , de sregramento , l i c e n c i o s i d a de , crápula.
3 Que, ou aque le que c o m e carne humana; can iba l í s t i co .
4 Indi scipl ina; desregrado; sensua l idade , l iber t inagem.
40
possuidores de muitos t í tulos degradantes foram 
apontados como causadores do s in is t ro1. Cristãos foram 
presos e condenados sumariamente. Para os cristãos 
incendiários só restava fogueiras, espadas, cruzes, 
feras, forcas, prisões e etc.
Perseguições
O fato de maior destaque na His tória da 
Igreja no segundo e terceiro século foi, sem dúvida, a 
perseguição ao cr is t ianismo pelos imperadores 
romanos.
A perseguição, no século IV, durou até o ano 
313, quando o Edito de C onstantino , o primeiro 
imperador “cr is tão” , fez cessar todos os propósitos de 
destruir a Igreja de Cr is to r ' /? , /
Surpreendente é o fato de se consta tar que 
durante esse período, alguns dos melhores imperadores 
foram mais ativos na perseguição ao cris t ianismo, ao 
passo que os considerados piores imperadores, eram 
brandos na oposição, ou então não perseguiam a Igreja. 
Pode-se apresentar várias causas para jus t i f icar o ódio 
dos imperadores ao cris t ianismo.
Quando os habitantes de uma cidade 
dese javam desenvolver o comércio ou a imigração, 
constru íam templos aos deuses que se adoravam em 
outros países ou cidades, a f im de que os habitantes 
desses países ou cidades fossem adorá-los.
A razão que nas ruínas da c idade de Pompéia 
na Itália, se encontra um Tem plo de ísis, uma deusa 
egípcia. Esse templo foi ed i f icado para fomenta r2 o 
comércio de Pompéia com o Egito.
1 D es as tr e , ruína.
P ro m o v er o d e s e n v o lv i m e n t o , o p r o g r e ss o de; estimiilni 
faci l i tar.
41
Um imperador desejou colocar uma estátua 
de Cristo no Panteão, no qual se colocavam todos os 
deuses importantes. Porém os cristãos recusaram a 
oferta com desprezo, não dese javam que o seu Cristo 
fosse conhecido meramente como um deus qualquer 
entre outros deuses.
Não raro os interesses econômicos também 
provocavam e exci tavam o espíri to de perseguição. Os 
governantes eram influenciados para perseguirem os 
cristãos, por pessoas cujos interesses financeiros eram 
prejudicados, os que negociavam com imagens dos 
escultores, os arquitetos que constru íam templos , todos 
aqueles que ganhavam a vida por meio da adoração 
pagã.
Durante todo o segundo e terceiro século, e 
especialmente nos primeiros anos do quarto século 
(313), a religião cris tã era proibida e seus partidários 
eram considerados fora da lei.
Os maiores perseguidores foram:
=> N ero .
Primeiro imperador romano a perseguir a 
Igreja de Jesus Cristo.
Em 64 d.C. ocorreu o grande incêndio de 
Roma. O povo suspei tava de Nero; este para desviar de 
si tal suspeita, acusou os cr istãos e mandou que fossem 
punidos.
A morte dos cristãos se tornou mais cruel 
pelo escá rn io1. Alguns foram vestidos de peles e 
despedaçados pelos cães; outros morreram numa cruz 
em chamas; ainda outros foram queimados depois do 
por do sol, para ass im a lumiar as trevas. Nero cedeu o 
próprio jardim para o espetáculo.
1 Meno sp re zo , desprezo , desdém.
42
=> D écio .
No ano 250 d.C. o imperador Décio decretou 
pela pr imeira vez uma perseguição universal aos 
cristãos, que at ingiu todo o Império Romano.
Multidões pereceram sob as mais cruéis torturas: 
exílios, prisões, trabalhos nas minas, execuções pelo 
fogo, animais ferozes e espadas. Cipriano disse: “O 
mundo inteiro está devas tado” . Naquela época, 
Orígenes, um dos homens mais eruditos da Igreja
Antiga, depois de ser preso e tor turado faleceu.
=> D ioc lec ian o .
Este, no ano 303 d .C., decretou a segunda
perseguição de caráter universal , ou seja, em todo o
Império Romano. Foi a últ ima perseguição imperia l e a 
mais severa. Os cr istãos foram caçados pelas cavernas 
e f lorestas; queimados, lançados às feras, sofrendo 
todas as crueldades imagináveis. Foi um esforço 
resoluto, de te rminado e sistemático por aboli r o nome 
dos cristãos.
— -N
Os Apologistas /A ^
Os apologis tas foram defensores intelectuais 
do cris t ianismo. Entre os que mais se destacaram: 
Justino (o mártir) e Tertuliano.
▼ Justino , o M ártir (100 -167 d.C.).
Nasceu em Siquém, na ant iga Samaria. 
Estudioso, dil igente da fi losofia, teve a atenção atraída 
pelos profetas hebreus, “homens mais antigos que 
todos os que são considerados f i l ó s o fo s " . Pelo contato 
com as mensagens proféticas conver teu-se ao 
cris t ianismo, “Acendeu-se imediatamente em minha 
alma uma chama de amor pelos profe tas e pe los que 
são amigos de Cristo... Descobri que só essa f i lo so f ia é 
segura e p ro ve i to sa ”.
43
Viajava num manto de filósofo, procurando 
ganhar pessoas para Cristo. Escreveu várias obras 
(apologias) defendendo o cris t ianismo contra a 
perseguição governamenta l e as crít icas pagãs. 
Escreveu a respeito de sua crença nas profecias do 
Velho Tes tamento e na segunda vinda de Cristo, na 
ressurreição e no milênio.
Como Paulo, Justino se tornou um
missionár io , os pagãos de Roma não permiti ram que 
Just ino continuasse ensinando, planejaram tirar-lhe a 
vida. Ele, entretanto, prosseguiu em seu testemunho até 
que foi decapitado. Depois de sua morte, foi
acrescentada ao seu nome a palavra “márt ir” , dando-lhe 
o t í tulo “Just ino, o M ár t i r” .
^ T ertu liano (160-220 d .C.)-
Foi uma das personalidades mais originais e 
notáveis da Igreja Primitiva; “Pai do Cris t ianismo
Lat ino” . Nasceu em Cartago, na África, possuía grande 
erudição em advocacia, f i losofia e história. Encetou 
uma carrei ra li terária de defesa e explicação do 
crist ianismo.
O intenso fervor espiri tual que demonst rava 
tornava sempre admirável o que escrevia. Muitos 
termos fi losóficos que hoje empregamos para definir 
certas doutrinas bíblicas foram cr iados por Tertul iano 
como exemplo: a palavra “tr indade” .
Movimentos (Seitas) e suas Doutrinas
> E b ion itas: pobres cristãos judaicos:
•S Jesus, o Messias, porém não divino;
\ S Rejeitavam o apostolado de Paulo e veneravam a 
Tiago e Pedro.
44
> G n ostic ism o:
S Surge no pr imeiro século e veio depois de se 
tornar muito poderoso. Consiste de uma estranha 
mistura de idéias cristãs, judaicas e pagãs.
> M aquineus (M ani): fundado em 238 d.C.
•f Só ace itava o Novo Testamento quando não 
havia re fe rência ao judaísmo;
S Uma mis tura do budismo,zoroast r ismo e 
crist ianismo.
> N eoplatonism o (205-304):
S Via o ser absoluto como a fonte transcendental 
de tudo e achavam que tudo foi criado por um 
processo de emanação;
S Esta emanação resultou na cr iação final do 
homem como alma e corpo presentes;
> M onarquianos (final II Século).
•S A d inam is ta : Cria que Jesus recebera poder do 
Pai e se tornara Cristo no ba tismo pela virtude 
do Espí ri to Santo. Na realidade, Jesus era um 
mero homem até no batismo.
S Os m oda l i s ta s : Deus aparecera na pessoa de 
Jesus (Cristo não era divino) e assumiu sofrer a 
morte no calvário. Destacavam a unidade de 
Deus e não crêem nas três pessoas da tr indade.
S Montanis ta (Montano: fundador 135-160 d .C.). 
M ovimento Reformador:
■ Reje itava um segundo casamento;
■ A vida era guiada pelo Espíri to Santo em 
formas de governo e direção;
■ A autoridade ecles iástica const i tuía-se um 
obstáculo à ação do Espíri to Santo;
■ Suas interpre tações da Bíblia são fanálicns i' 
equivocadas.
45
S Novar iamos ('249-231). Movim ento Reformador:
■ Insist iam no arrependimento sincero e no 
rebatismo daqueles que num momento de 
f raqueza negaram a fé durante a perseguição.
S Donat is ta (311 d.C.). M ovimento Reformador:
■ Não aceitava a minis tração ou ofício 
sacerdotal de pessoas que durante a 
perseguição haviam negado a fé e que agora 
“arrependido” re to rnava ao cris t ianismo.
■ O ofício do minis tério (bênçãos espiri tuais) 
estava ligado à moral pessoal.
> M arcionism o (160 d.C.). Fundador Marcião:
S Rejei tava os ensinos do Velho Testamento por 
causa do legalismo;
S Acei tava as Epístolas Paulinas e o Evangelho de 
Lucas;
S Os cristãos t inham que rejeitar o Velho 
Testamento e o seu Deus;
S O único conhecimento verdadeiro de Deus 
provém de Cristo.
Corrupções Pagãs
=> I c i t i c i sm o : Todos os t ipos de paganismo
magnificavam a grande importância dos artigos, 
iiiividades e formalidades, e os cristãos do segundo 
e terceiro século passaram a reverenciar até os 
ossos dos santos, com procissões religiosas e sinal 
da c ru / , etc...
=> S a e m m entalism o: Conceito dado às ordenanças; as 
águas do batismo começaram a ter efeito salvador. 
O pão e o vinho foram chamados “a medicina da 
imor ta l idade” .
46
=> C ler ica lism o: As religiões pagãs requeriam
sacerdotes e r i tuais em seus cultos , pela mudança 
dos significados da ordenança era necessária pessoa 
preparada devidamente para administrá-las. A 
salvação era l igada com o bati smo e a ceia.
Examinemos as condições das igrejas e suas 
doutrinas no fim deste período com o cris t ianismo do 
Novo Testamento. Não era mais o povo “a Igreja” . 
Agora, o pastor ou bispo era considerado como 
const i tu indo “a Igreja” . A pa lavra “Igreja” passou a 
significar, não a assemblé ia local mais a totalidade dos 
bispos.
A salvação era considerada como vinda 
através do bispo, o admin is trador dos sacramentos 
salvadores da Igreja. Somente o bispo era capaz de 
autorizar batismo salvador e in te rv ir “a medic ina da 
im or ta lidade” , a ceia do Senhor. Não mais eram todas 
as igrejas iguais, e nem também os pastores diante de 
Deus eram iguais. Os campos eram divididos 
terr i torialmente, e os bispos mais fortes predominavam.
Os Pais da Igreja
Entre os vários Pais da Igreja 
mencionaremos Policarpo, Inácio, Ir ineu, Orígenes e 
Eusébio.
0 P olicarpo (69 -156 d.C .).
Era bispo de Esmirna e discípulo de João. Na 
perseguição ordenada pelo imperador foi preso e 
levado à presença do governador . Ofereceram-lhe a 
liberdade, se ele negasse o nome de Cristo, mas cli: 
respondeu .(“Oitenta e seis anos f a z que sirvo a Cristo i' 
Ele nunca me f e z mal; como podia eu, agoni, 
amaldiçoá-lo, sendo Ele meu Senhor e S a lva d o r?". j
47
Sua resposta entrou para a história. Por causa 
destas palavras, Pol icarpo foi que imado vivo.
EI Inácio (110 d.C.).
Bispo de Antioquia, discípulo do apóstolo 
João. Quando o imperador Trajano fez uma visita à 
cidade de Antioquia , mandou prendê-lo e após o 
ju lgamento foi condenado à morte.
Inácio deveria ser lançado às feras em Roma. 
De viagem para esta cidade escreveu uma carta aos 
cristãos romanos dizendo que ansiava ter a honra de 
morrer pelo nome de Jesus.
“Que as f e ras at irem-se com avidez sobre 
mim, Se elas não se d ispuserem a isto eu as 
provocarei . Vinde, multidões de fe ras ; vinde, dilacerai- 
me, estraçalhai-me, quebrai-me os ossos, tri turai-me 
os membros; vinde cruéis torturas do demônio; deixai- 
me apenas que eu me una a Cris to”.
Bem que Inácio poderia parafrasear as 
palavras do apóstolo Paulo: “o viver para mim é Cristo, 
e o morrer é g anho”.
0 Irineu (1 3 0 -2 0 0 d.C.).
Criou-se em Esmirna, onde conheceu 
Policarpo e tornou-se seu discípulo. Mais tarde veio a 
ser bispo de Lião. É considerado por muitos 
h is toriadores como um dos pr incipais líderes 
teológicos.
Por volta do ano de 165 d.C., escreveu sua 
principal obra (Contar as Heres ias ) com a intenção de 
refutar o gnosticismo. Assim Irineu resumiu numa frase 
a obra de Cristo:
“Nós seguimos ao único Mestre verdadeiro e 
f i rme, o Verbo de Deus, nosso Senhor Jesus Cristo, o 
qual, mediante o Seu amor transcendente, se tornou o 
que somos, a f im de que nós pudéssemos transformar
48
naquilo que é Cristo, fa zen d o com que esta esperança 
voltasse a br ilhar com in tensidade nos corações dos 
f iéis".
Considerava o Novo Tes tamento como 
Escri tu ra Sagrada tão comple ta quanto o Velho 
Testamento. Morreu mártir.
0 O rígenes (185 -254 d .C.)*
Um dos homens mais erudi tos da Igreja 
Antiga. Na cultura e poder inte lectual não houve quem 
o superasse no seu tempo. Ele e Tertu l iano foram os 
dois maiores homens da Igreja dos séculos II e III.
Orígenes nasceu em Alexandr ia , seus pais 
eram crentes (seu pai, Leônidas, sofreu martír io). Com 
apenas dezoito anos de idade tornou-se mestre de uma 
escola de ca tequese1 da Igreja de Alexandria. Sua 
maior obra foi a “H exap la” (O Antigo Testamento em 
seis idiomas).
É bem verdade que não concordamos com 
todos seus ensinos teológicos, mais isto não põe em 
descrédi to sua capacidade e amor às Escrituras . Pelo 
Evangelho, foi preso e torturado.
0 E uséb io (264 -340 d .C.). ^ Ç
Bispo de Cesaréia, na Palestina, é 
considerado como o “Pai da His tória Ec les iás t ica” . Ele 
compôs uma “ Crônica Universal”, que abrange toda a 
his tória desde o princípio do mundo até princípios do 
século IV da nossa era. Em seguida escreveu uma 
“His tória Ecles iást ica”, com dez volumes, narrando 
desde Cris to até ao Concí l io de Nicéia.
1 Dout r i naç ão . Instrução s i s temát ica , m etó dic a e oral a c e m i tinh 
pr inc íp ios fundamentai s de uma rel ig ião .
49
Questionário
\
■ Assinale com “X ” as al ternativas corretas
1. Fez cessar todos os propósitos de destruir a Igreja de 
Cristo, no século IV
a) |_] O Edito de Décio
b ) |_] O Edito de Nero
OÍxl O Edito de Constant ino 
d)|_| O Edito de Diocleciano
2. Justino (o mártir) e Tertu l iano foram defensores 
intelectuais do cris t ianismo, são denominados de
a)| J Andrologis tas
b ) |_] Antropologis tas
c)| I Antologistas
\ d)[7] Apologistas
3. Uma das doutrinas dos Ebioni tas
a ) |_] Jesus não era o Messias, porém, era divino
b ) [ 3 Rejei tavam o apostolado de Paulo e veneravam 
a Tiago e Pedro
c ) |_1 Jesus era o Messias e to ta lmente divino
d ) |_] Veneravam o apostolado de Paulo e re je itavam
a Tiago e Pedro
■ Marque “C ” para Certo e “E ” para Errado
4 . Q Feiticismo: Concei to dado às ordenanças. O pão e 
o vinho foram chamados “a medic ina da 
imo rtalidade”
5.1 vl Inácio foi bispo em Cesaréia, na Palestina, e é
considerado “Pai da His tór ia Ec les iás tica”
50
—, i Polemistas
R - -
Diferente dos apologistas do segundo século 
que procuraramfazer uma explanação e uma
jus tif icação racional do cr is t ianismo para as
autoridades, os polemis tas empenharam-se por
responder ao desafío~~3õs falsos ensinos heréticos, 
condenando veementemente esses ensinos e seus 
mestres. Este combate era travado também dentro da 
própria Igreja obje tivando a defesa de suas doutrinas.
ÍL,*' Os polemis tas t inham uma visão da Igreja
Católica oponente às heresias.
Escritas dos Pais Apostólicos
■ A Epís to la de Barnabé (entre 70 e 120 d.C.);
■ A Epís to la de Clemente de Roma a Corinto (95
d.C.);
■ Sete cartas de Inácio (110);
■ A Epís to la de Policarpo aos Fi l ipenses (110);
■ O ensino dos doze (entre 70 e 165);
■ O Pas tor de Hermos (entre 100 e 140);
■ O “P e regr ino” da Igreja Pr imitiva , fragmentos de 
Papiros;
■ O “D ia tessaror í ’ de Ticiano, harmonia dos quatro 
Evangelhos (150).
A Igreja Católica Antiga (Características)
A palavra católica quer dizer universal , 
portanto a Igreja Católica é a que está em toda parte do 
inundo.
O período de 180-313 é o que diz respcilo .i 
Igreja Católica . Foi marcado por grande relaxanifftlí»
51
de seus membros inf luenciados pelos cultos pagãos. 
Entre os mui tos males, encontram: a ceia mágica, 
sacrifício m e r i tó r io1 à hierarquia e outras distorções.
Ensinava-se que o batismo lavava as pessoas 
de todos os pecados. Os pecados menores eram 
perdoados pela oração, boas obras, je jum e esmolas. Os 
mortais (pecados mais graves), como fornicação, 
homicídios , apostas ia e outros, não t inham perdão, 
portanto, quem praticasse este t ipo de pecado era 
banido da Igreja.
Diante destes problemas, a solução 
encontrada foi dar ao bispo autoridade para perdoar 
pecados. Invertendo o papel do perdão, ao contrar io do 
pecador arrependido ir ao encontro de Deus, ia ao 
encontro do homem.
A parti r do ano 250 começaram a se reunir 
os s ínodos2 provinciais.
Os bispos das capitais ou maiores cidades 
eram mais impor tantes. Passaram a ser chamados de 
Bispos Metropoli tanos e, poster iormente , Arcebispos. 
Os que mais se destacaram foram os de Jerusalém, 
Antioquia , Alexandr ina e Roma.
O bispo de Roma considerava-se sucessor de 
Pedro e Paulo, mas no III século, não gozava de 
nenhuma autoridade ju r íd ica sobre a Igreja, mais tarde 
foram chamados de patriarcas.
O batismo no tempo de Tertul iano era em 
nome do Pai, do Filho e do Espíri to Santo, e eram 
comuns os batismos de crianças com padr inhos, e era 
por imersão (3 vezes). A eucaris t ia (gr. dar graças) era 
no domingo, do II século em diante novos vis lumbres 
acerca das formas de culto apareceram nas igrejas.
1 Que mer ece prêmio ou louvor, louv áv e l .
2 A ss e m b lé i a regular de párocos e outros padres , c o n v o c a d a pe lo 
bispo local .
52
Just ino Már ti r reconhecia a semelhança da 
eucarist ia com o Mit ra ísmo (o culto dos mis térios) . Ele 
considerava o vinho e o pão, o sangue e o corpo de 
Cristo.
A M issa (Católica):
■ A missa e a santa ceia eram a mesma coisa;
■ A missa renova o sacrifício do Calvário;
■ O pão e o vinho usados na missa são 
transformados no corpo real de Cris to no 
momento da celebração;
■ Quem não di ferenciar o pão que é servido na 
missa com o que é vendido na padaria, come e 
bebe para sua própr ia condenação.
i!
Fim da Perseguição
Em 311 apareceu um Edito de tolerância, 
publicado por Galeno, imperador no Oriente, onde se 
reconhecia a in s â n ia 1 da perseguição aos cristãos. Dois 
anos mais tarde, o Edi to de Milão, de Constantino e 
Licínio, imperadores do Ocidente e do Oriente, 
estabelecia a l iberdade rel igiosa para todos. Tal edito 
foi destinado a por f im à perseguição ao cris t ianismo.
Terceiro Período: Constantino à Carlos Magno 
(União da Igreja ao Estado - 323)
Para se compreender as re lações entre a 
Igreja e o Estado após a concessão de l iberdade de 
religião por Constantino, é necessár io pres tar atenção 
aos problemas polí t icos enfrentados pelo imperadoi 
nesta época.
1 Falta de ju íz o ; loucura , demênc ia .
53
'è C on stan tin o .
Pouco se sabe sobre sua vida, Zózimo, 
his toriador do quin to século, diz que ele era filho 
i legít imo, sendo seu pai eg rég io1 general e sua mãe, 
uma mulher l ivre cristã do Oriente (da Sérvia), de 
nome: Helena.
De nasc imento humilde, sua infância cheia 
de obstáculos e o fato de ter alcançado posição elevada 
no governo revela que foi homem de valor. Sua 
educação formal era l imitada, mas era sóbrio e honesto. 
Constantino era mais autocrático que os seus 
antecessores. Seu reinado foi sem conselheiros.
In te ressava-se pelo culto tr ibutado pelos 
persas, a Mit ra (deus sol), combinação de fi losofia 
neopla tônica e zoroast r ina que se tornara sedutora por 
meio de um rito bem elaborado e importante.
Quando Constant ino estava lutando contra 
Maxêncio , vendo que a luta era difícil, resolveu adorar 
o Deus dos cris tãos , e cer tamente para encoraja r suas 
tropas, declarou ter visto no firmamento uma bandeira 
em forma de cruz, na qual se lia: “com este sinal 
vencerás” . Tomando-as como um presság io2, ele 
derro tou os seus in imigos na batalha da ponte Mílvia 
sobre o rio Tigre.
Em bora a visão possa ter ocorrido, é 
evidente que o favorecimento da Igreja por Constant ino 
foi um expediente seu. A Igreja poderia serv ir como 
um novo centro de unidade e salvar a cul tura cláss ica e 
o Império.
Constantino apesar de se considerar o “Bispo 
dos b ispos” não achou prudente batizar-se senão 
poucos iluis antes de sua morte, ocorrida no ano 337 
d .C..
1 Mu i to d i s lu i lo ; ins igne; nobre, i lustre.
2 Fato ou sinnl quo prenunc ia o futuro; agouro.
54
Para os cristãos ele fez o seguinte:
■ E x im iu 1 o clero das obr igações mili tares e 
munic ipais, isentou as suas propr iedades de 
impostos;
■ Derrotou e aboliu certos costumes e ordenanças 
pagãs ofensivas aos cristãos;
■ Ordenou a observância do domingo (dia do sol);
■ Legalizou as doações das igrejas cristãs;
■ Contr ibuiu com a construção do templo;
■ Deu aos seus filhos educação cristã;
■ Está dito que no ano 324, prometeu a cada 
convertido vinte moedas de ouro e uma roupa 
branca para a cer imônia batismal, e neste ano 
verif icaram-se o número de doze mil homens 
batizados.
No ano 325 advertiu seus súditos a 
abraçarem o crist ianismo. Em 330, transferiu a sede do 
governo imperial para Bizâncio, por causa do seu 
desagrado pelo paganismo que ainda prevalec ia em 
Roma. A escolha de Constantinopla como a nova 
Roma, afetou o futuro da história. Resultando num 
Império e uma Igreja dividida.
Depois da morte de Constant ino, seus filhos 
não seguiram os pr incíp ios do cri s t ianismo em que 
foram ensinados. O seu fi lho, Constânc io II, conseguiu 
tornar-se único imperador e ultrapassou seu pai no 
esforço para derro tar o paganismo.
Jul iano, o apóstata, sobrinho de Constantino 
foi salvo de grande chacina contra a família dc 
Constantino por um bispo cristão. Derrotou Constâncio 
e o sucedeu no trono, declarando-se hosti l ao 
crist ianismo, restabeleceu os sacerdotes, restaurou <>:.
1 Isentou, d i sp en so u , desob r ig ou .
55
templos e os sacrifícios pagãos, morreu na batalha 
travada com os persas.
▼ Teodósio (379 a 395).
Foi o primeiro Imperador Ortodoxo e sob a 
sua in fluência o Senado Romano reconheceu o 
c r is t ianismo como religião oficial . Prevalecendo dessa 
si tuação favorável, muitos bispos, auxil iados pelo 
poder civil, inc itavam o povo a assal tar os santuários 
pagãos. O paganismo foi vencido, mas vi rtualmente 
continuou a viver no seio da Igreja Cris tã pelas 
conversões forçadas.
A Igreja Oficializada
Depois da morte de Jul iano em 363, todos os 
imperadores professaram o cr is t ianismo, sendo 
estabelecido como religião do Império, antes de findar 
o quarto século.
=>Benefícios :
■S A derrota do paganismo, seus templos foram 
destruídos e transformados em igrejas cristãs. O 
sacrifício e o culto pagão foram abol idos , e as 
escolas foram fechadas;
■S A inf luência do cris t ianismo sobre a legis lação do 
Império Romano foi de alta apreciação sobre o 
valor da vida humana (direitos humanos) . Foi 
abolido a g lad iação1 e e levada a posição dos 
escravos, estrangeiros , bárbaros , mulheres e 
crianças;
■/ Sobretudo melhorou considerave lm ente a 
moralidade.
1 Gladiador: Indiv íduo que nos c i rcos roman os co m ba t ia com 
outros home ns ou c o m feras, para d iver t imento púb l ico .
56
=> Os Males:
•f O c r is t ian ismo deixou de ser re ligião espiri tual 
para se tornar secular - Rel igião do Estado;
•f Os pagãos que se tornavam cr istãos nominalmente , 
rec lamaram seus deuses, seus objetos de adoração; 
S As igrejas encheram-se de objetos de adoração por 
causa dos maus costumes dos pagãos;
•f A hierarquia recebeu força e tornou-se num 
contrapeso no governo civil. A Igreja cheia do 
poder (autor idade delegada pelo Império), 
va lendo-se da autoridade civil tornou-se mais 
cruel em perseguir os que não concordavam com 
ela do que a própr ia religião pagã;
S A reação contra o mundanismo resultou em 
excessivo ascetismo, os mais espiri tua is viram que 
era impossível uma vida cris tã pura dentro da 
Igreja mundana, diante disto, mui tos se afastaram 
da Igreja para lugares desertos, onde passaram 
tempo em je jum e oração, fazendo assim triunfar o 
espír i to sobre a carne.
Os Concílios Ecumênicos (até 590)
Concí lios Assuntos
Nicéia (325) > Condenou o Arianismo
Constantinopla (381) > Convocado para deliberar sobre Apolinarianismo
Éfeso (431) > Convocado para dar fim à controvérsia Nestoriana
Calcedônia (451) > Convocado para resolver a controvérsia Eutiquiana
II Constantinopla (553) > Convocado para acabar com a controvérsia Monafisilas.
57
Controvérsia na Igreja
Durante este período na história eclesiástica, 
realizou-se a s is tematização da Teologia . Agora, com o 
poder do Estado as igrejas f icavam mais livres para 
pensar sobre as doutrinas fundamentais de sua crença.
A sistematização de doutrina foi provocada 
pela necessidade de jus ti f icação de suas crenças diante 
do mundo. E com as heresias e d is s idênc ias1 por 
dentro, os l íderes do cr is t ianismo formularam suas 
crenças. As fontes de discussão foram:
■ As Escrituras, inclusive os l ivros apócrifos;
■ A tradição, os quais de te rminavam o conteúdo da 
Bíblia e a interpre tavam;
■ Controvérs ia , provocada pr incipalmente pelos 
orienta is e apresentada em fórmula de doutrina;
■ Concíl ios ecumênicos, os quais fo ram tidos como 
inspirados e sua aceitação t ida como necessária.
Controvérsias
Area Agentes
Adminis tra tiva Os Donatis tas
Trin i ta r iana (361-600) 0 Arianismo
Cris to logia (362-381) Apolinari smo (362-381) 
Nestor ianismo (428) 
Eut iquismo ou Monofis ismo 
Monote l i to
Antropológico Pelagianos (412)
1 Parte dos membros de uma corpor açã o que se separa desta por 
d iv er gê n c i a de op in iõ es . Ci sma - c i são .
58
=> A r ia n ism o . Heresia fe rmentada por um presbítero
do 4 o século chamado Ário. Negando a divindade
de Cristo, ens inava ele ser Jesus o mais elevado dos
seres criados. Todavia, não era Deus. Por este
motivo, seria impropriedade re ferir -se a Cristo
como se fora um ente divino. Para fundamentar seus
devaneios doutrinár ios, buscava desautorizar o
Evangelho de João por ser o propósito desta
Escritura , jus tamente , mostrar que Jesus Cristo era,
de fato, o Filho de Deus. Os ensinos de Ário foram
„ condenados no Concíl io de Nicéia em 325. uc — ---------------- -
=> A polinarian ism o (A polinário). Negava a união das
duas naturezas humana e divina, fazendo de Cristo
duas pessoas distintas.
=> N estorian ism o (Nestório). Monge e Presbítero de 
Antioquia e depois Patriarca de Constantinopla . 
Negava a única verdade entre as duas naturezas de 
Cristo.
=> E utiquism o (M onge Eutico). As duas naturezas de 
Cristo fundiam-se de maneira que formava uma 
te rceira natureza.
=> P elae ianos (Pelágio: M onge B ritân ico). Advogou 
ardentemente a bondade e a capacidade do homem 
(doutr ina da natureza e da graça). Agost inho (bispo 
de Hifona) pelo contrário, insist iu na sua ruína, e na 
contínua atividade e soberania de Deus.
Aparecimento e Crescimento do Poder Papal
Em 325, quando se reuniu o primeiro 
Concíl io Ecumênico, o cr is t ianismo tinha assumido 
várias caracter ís t icas em desacordo com as Escrituras 
Sagradas, o que podiam ser chamados “Cató l icos” :
59
S A idéia de uma visível Igreja universal , que é 
com posta de bispos;
■S A c rença que os sacramentos têm um tipo mágico 
de graça transformadora;
S A admissão de um sacerdote especial (o Clero) 
que pela ordenação fica autor izado a adminis trar 
estes sacramentos;
■S O reconhecimento dos bispos como o corpo 
re inante da Igreja.
Todas estas caracterís t icas se encontram hoje 
nos grupos que são chamados Católicos Romanos, 
Católicos Gregos e Anglicanos.
Antes do ano 325, não obstante ser o bispo 
de Roma igual aos outros bispos em autoridade foi 
mais digno por estar entre os bispos mais hábeis do 
mundo.
Razões do crescimento:
■ H om ens de grande ca p a c id a d e . Todos os bispos 
de Roma perceberam a dignidade da sua posição e 
se despertaram para a lcançar o primeiro lugar 
entre os demais.
■ A posição geográfica de R o m a . Era privi legiada 
pela local ização de sua área.
■ M udança da capital im p er ia l . No ano 330, 
Constantino mudou a capital do Império para 
cidade de Bizâncio, que foi chamada de 
Constant inopla , o que em lugar de enfraquecer a 
posição do bispo romano, melhorou a sua situação. 
Com a presença do imperador, o bispo ocupava o 
segundo lugar, mas com a saída do mesmo ele 
tori iavâ-sc bispo dos bispos e rei secular ao 
mesmo tempo.
60
■ A h istór ia da trad ição . A Igre ja romana afirma 
que Pedro foi Papa durante 25 anos, mas estas 
a sse rções1 não foram realizadas até o século 
quinto, depois que o bispo já havia se tornado 
poderoso. A teoria dada pelo bispo Leão I (440­
461) era baseada em três textos (Mt 16.13-18, Jo 
21.15-17 e Lc 22.31-32). A teor ia é que Pedro 
t inha autoridade sobre os apóstolos e passou aos 
seus sucessores no bispado romano. Durante este 
mesmo período (325-461) os bispos de Roma 
demonst raram grande sabedor ia no sentido 
doutrinário, conduzindo-se bem durante os 
grandes debates a respeito da natureza de Cristo e 
a salvação dos homens.
Leão I “O Grande” (440-461)
Estava ausente quando o Senado e o povo de 
Roma o elegeram. Ele era romano de origem e de 
sen timento , t inha as fortes qualidades agressivas de 
Roma Imperia l e Papal. Possuía orgulho e capacidade 
romana de governar. Não deixou perder nenhuma 
opor tunidade vantajosa da “Santa S é” de Roma.
O imperador decretou que a nenhum bispo 
fosse permit ido fazer qualquer coisa sem autorização 
do “Pai da Cidade E terna” . Sendo o Estado espiri tual 
foi representado universalmente pelo bispo de Roma, e
0 Estado secular pelo imperador.
Os papas que sucederam Leão I foram: 
Gedásio (492-496) , Simaco (4 98 -514) e Harmindos 
(514-523) . Todos os papas, apesar de serem alguns 
corruptos , a lcançaram prerroga tivas2 papal.
1 A f i rm a çã o , asse ver açã o , a le gaç ão , argumento .
C o n c e s s ã o ou vantagem co m que se d i s t i ngu e uma pessnn nu 
uma corpor açã o; p r iv i l ég i o , regal ia .
61
Nos anos de 527 a 565, o imperador 
Justin iano entrou em confli to com o papado 
re iv indicando direito de o imperador controlar a 
religião como um depar tamento de governo.
Questionário
■ Assinale com “X ” as alternat ivas corretas
6. Em penharam-se por responder ao desafio dos falsos 
ensinos

Continue navegando