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História da Igreja Antiga à Contemporânea

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Prévia do material em texto

2008
História da igreja antiga à 
Contemporânea
Prof. Pastor Acácio Lopes de Amarante
Copyright © UNIASSELVI 2008
Elaboração:
Prof. Pastor Acácio Lopes de Amarante
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
 
271.79
A485h Amarante, Acácio Lopes de
 História da igreja antiga à contemporânea / Acácio Lopes 
de Amarante.
 Indaial :Uniasselvi, 2008.
 
 191 p. : il 
 
 ISBN 978-85-7830-576-5
 1. Igreja – história.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
 
III
apresentação
Prezados acadêmicos!
Este caderno de estudo trata da História da Igreja Antiga à Contemporânea 
e aborda não só a história eclesiástica em si, mas também faz uma reflexão acerca 
da preparação do mundo para o advento do cristianismo. Esta preparação 
se deu com a relevante contribuição das nações judaica, grega e romana. A 
partir de então, comentamos sobre a história da Igreja, desde seus primórdios 
até o presente momento, encerrando com a chegada e o desenvolvimento do 
cristianismo no Brasil. Toda essa reflexão está dividida em três Unidades, e 
subdividida em tópicos, conforme se pode observar a seguir.
A primeira Unidade, dividida em seis tópicos, trata de uma reflexão 
sobre a contribuição dos gregos, dos romanos e dos judeus, os quais 
influenciaram grandemente o mundo de sua época, através de sua cultura, sua 
língua, sua política e sua evolução administrativa. Além de tratar, também, 
das grandes perseguições nas quais muitos cristãos, expressando sua fé 
incondicional em Cristo, tornaram-se mártires, pagando, com suas vidas, o 
alto preço imposto a todos quantos testemunhavam o evangelho de Cristo.
A segunda Unidade abrange o período que vai de Constantino até 
a Renascença, mostrando alguns movimentos heréticos, com destaque para 
o gnosticismo e as discussões conciliares acerca das controvérsias em torno 
da pessoa e da obra de Cristo. Aborda-se ainda, nessa Unidade, a ascensão e 
o apogeu da Igreja, bem como o poder que esta exerceu, com muita tirania, 
sobre o Estado, durante alguns séculos. Em seu apogeu, a Igreja assumiu 
total controle sobre o governo civil, a economia e a vida religiosa durante 
quase toda a Idade Média.
Ainda nessa segunda Unidade, apresenta-se o surgimento do 
papado e o grande cisma entre o Oriente e o Ocidente. Com a corrupção 
moral e espiritual do clero, a Igreja do Ocidente entrou em total decadência, 
passando por um grande período de total degradação. Com pretextos não 
muito louváveis, a Igreja empreendeu várias jornadas, sob o signo das 
Cruzadas, provocando morticínio e confiscando propriedades em nome de 
si mesma, mas alegando estar a serviço de Cristo. A Unidade termina com 
comentários acerca de vários movimentos ecoando o grito pela reforma, bem 
como a influência do movimento renascentista, que muito contribui para a 
tão almejada Reforma religiosa.
A terceira Unidade trata da consolidação da Reforma Protestante, 
começando com Martinho Lutero na Alemanha e se manifestando por toda 
a Europa, sob Calvino, Zuínglio e vários outros reformadores. O clero, não 
satisfeito com a situação, reage com vários movimentos aliados na contra-
IV
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
reforma, donde surgiu o maior e mais sanguinário massacre humano de 
todos os tempos, produzido pela famigerada Inquisição imposta pela Igreja 
Romana contra os verdadeiros seguidores de Cristo, os cristãos. 
Tratamos, ainda, nessa última Unidade, da secularização do 
cristianismo, bem como o desenvolvimento de várias religiões cristãs, não 
cristãs e algumas seitas religiosas. Finalmente, abordamos a chegada e o 
desenvolvimento de várias ramificações do Cristianismo em solo brasileiro.
Nosso pedido ao Senhor da História é que você possa tirar o máximo 
proveito possível ao estudar este caderno e se sinta motivado a buscar conhecer 
mais e melhor sobre a árdua jornada do cristianismo, através dos séculos.
Seja bem-vindo e bom estudo!
Pastor Acácio Lopes de Amarante
NOTA
V
VI
VII
UNIDADE 1 – A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS...................................................... 1
TÓPICO 1 – O MUNDO ROMANO E O ADVENTO DO CRISTIANISMO .............................. 3
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 3
2 O MUNDO ROMANO E O ADVENTO DO CRISTIANISMO .................................................. 4
2.1 O CONTEXTO POLÍTICO .............................................................................................................. 4
2.2 O CONTEXTO RELIGIOSO ........................................................................................................... 5
2.2.1 O Animismo............................................................................................................................. 5
2.2.2 Culto ao Imperador ................................................................................................................ 5
2.2.3 Religiões Místicas.................................................................................................................... 6
2.2.4 Prática do Ocultismo .............................................................................................................. 6
2.2.5 O Judaísmo .............................................................................................................................. 6
2.3 O CONTEXTO SOCIAL .................................................................................................................. 7
RESUMO DO TÓPICO 1........................................................................................................................ 8
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 9
TÓPICO 2 – A CONTRIBUIÇÃO DOS GREGOS ............................................................................ 11
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 11
2 A INFLUÊNCIA DA CULTURA ........................................................................................................11
3 A INFLUÊNCIA DA LÍNGUA ........................................................................................................... 12
4 A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA ...................................................................................................... 12
RESUMO DO TÓPICO 2........................................................................................................................ 14
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 15
TÓPICO 3 – A CONTRIBUIÇÃO DOS ROMANOS ........................................................................ 17
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 17
2 A EXTENSÃO TERRITORIAL ........................................................................................................... 17
2.1 A SEGURANÇA ............................................................................................................................... 18
2.2 A UNIFICAÇÃO DOS POVOS ...................................................................................................... 19
2.3 O INTERCÂMBIO ENTRE OS POVOS ........................................................................................ 19
RESUMO DO TÓPICO 3........................................................................................................................ 20
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 21
TÓPICO 4 – A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS .............................................................................. 23
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 23
2 A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS .................................................................................................. 23
2.1 A ESPERANÇA MESSIÂNICA...................................................................................................... 23
2.2 A RELIGIÃO MONOTEÍSTA ......................................................................................................... 25
2.3 PREPARAÇÃO DO BERÇO DO CRISTIANISMO ..................................................................... 26
2.4 PROPAGAÇÃO DA NOVA FÉ ...................................................................................................... 27
RESUMO DO TÓPICO 4........................................................................................................................ 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................. 32
sumário
VIII
TÓPICO 5 – A VIDA DA IGREJA ......................................................................................................33
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................33
2 A VIDA DA IGREJA .........................................................................................................................33
2.1 AS PRIMEIRAS PERSEGUIÇÕES ...............................................................................................35
2.2 OS PRIMEIROS MÁRTIRES .........................................................................................................37
2.3 OS IMPERADORES E AS PERSEGUIÇÕES ..............................................................................39
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................46
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................47
TÓPICO 6 – OS PAIS DA IGREJA .....................................................................................................49
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................49
2 EXEMPLOS DE FÉ E CORAGEM ....................................................................................................49
2.1 A INFLUÊNCIA DOS APOLOGISTAS .......................................................................................60
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................62
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................63
UNIDADE 2 – DE CONSTANTINO ATÉ A RENASCENÇA .......................................................65
TÓPICO 1 – OS MOVIMENTOS HERÉTICOS ..............................................................................67
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................67
2 OS MOVIMENTOS HERÉTICOS ...................................................................................................67
2.1 O GNOSTICISMO ..........................................................................................................................70
2.2 CONFRONTO RELIGIOSO E FILOSÓFICO .............................................................................74
2.3 CONTROVÉRSIAS ACERCA DA PESSOA DE CRISTO .........................................................78
2.4 O CONCÍLIO DE NICÉIA E REAÇÕES POSTERIORES .........................................................81
2.5 O CONCÍLIO DE CALCEDÔNIA ...............................................................................................83
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................87
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................88
TÓPICO 2 – A IGREJA NO APOGEU DA IDADE MÉDIA ..........................................................89
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................89
2 A IGREJA NO APOGEU DA IDADE MÉDIA ..............................................................................89
2.1 O SURGIMENTO DO PAPADO ..................................................................................................91
2.2 O CISMA ENTRE O ORIENTE E O OCIDENTE ......................................................................92
2.3 A CORRUPÇÃO DO CLERO E A DEGRADAÇÃO DA RELIGIÃO .....................................93
2.4 A IGREJA NO OCIDENTE – DECADÊNCIA E SOERGUIMENTO ......................................94
2.5 A IGREJA NO ORIENTE ..............................................................................................................95
2.6 AS CRUZADAS ..............................................................................................................................95
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................96
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................100
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................101
TÓPICO 3 – A IGREJA E O ESTADO: O PODER E A INFLUÊNCIA DA IGREJA .................103
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................103
2 A IGREJA E O ESTADO: O PODER E A INFLUÊNCIA DA IGREJA ......................................103
2.1 SOBRE O GOVERNO ....................................................................................................................1032.2 SOBRE A ECONOMIA..................................................................................................................104
2.3 SOBRE A VIDA RELIGIOSA ........................................................................................................104
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................106
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................107
IX
TÓPICO 4 – MOVIMENTOS PRÉ-REFORMISTAS ......................................................................109
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................109
2 MOVIMENTOS PRÉ-REFORMISTAS ...........................................................................................109
2.1 AS CAUSAS ....................................................................................................................................109
2.2 O CONFLITO INTERNO ..............................................................................................................111
2.2.1 João Wycliffe ..........................................................................................................................111
2.2.2 João Huss ...............................................................................................................................112
2.3 MOVIMENTOS INTERNOS ........................................................................................................113
2.3.1 O Concílio de Constança .....................................................................................................113
2.4 O CONCÍLIO DE BASILÉIA ........................................................................................................114
2.5 A INFLUÊNCIA DA RENASCENÇA .........................................................................................114
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................116
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................117
UNIDADE 3 – A IGREJA NOS TEMPOS MODERNOS E CONTEMPORÂNEOS .................119
TÓPICO 1 – A REFORMA ....................................................................................................................121
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................121
2 REFORMA ............................................................................................................................................121
2.1 MARTINHO LUTERO NA ALEMANHA .................................................................................123
2.2 ULRICH ZUÍNGLIO (OU HULDREICH ZWÍNGLIO) NA SUÍÇA ......................................126
2.3 JOÃO CALVINO (1509-1564) EM GENEBRA ...........................................................................127
2.4 OS HUGUENOTES NA FRANÇA ..............................................................................................130
2.5 JOÃO KNOX NA ESCÓCIA .......................................................................................................131
2.6 OUTROS MOVIMENTOS REFORMISTAS ................................................................................131
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................132
RESUMO DO TÓPICO 1......................................................................................................................136
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................137
TÓPICO 2 – A CONTRA-REFORMA ................................................................................................139
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................139
2 A CONTRA-REFORMA ....................................................................................................................139
2.1 OS JESUÍTAS ..................................................................................................................................140
2.2 A INQUISIÇÃO ..............................................................................................................................141
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................142
RESUMO DO TÓPICO 2......................................................................................................................147
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................148
TÓPICO 3 – O CRISTIANISMO EM CONFRONTO COM A REALIDADE ............................149
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................149
2 O CRISTIANISMO EM CONFRONTO COM A MODERNIDADE ........................................149
2.1 O ILUMINISMO .............................................................................................................................149
2.2 O EXISTENCIALISMO SECULAR ..............................................................................................150
2.3 O EXISTENCIALISMO RELIGIOSO ...........................................................................................151
2.4 O PROCESSO DE SECULARIZAÇÃO DO CRISTIANISMO .................................................152
RESUMO DO TÓPICO 3......................................................................................................................154
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................155
TÓPICO 4 – RELIGIÕES HISTÓRICAS ...........................................................................................157
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................157
2 RELIGIÕES HISTÓRICAS ...............................................................................................................157
2.1 O JUDAÍSMO .................................................................................................................................157
X
2.1.1 Os Fariseus .............................................................................................................................158
2.1.2 Os Saduceus ...........................................................................................................................158
2.1.3 Os Zelotas ..............................................................................................................................158
2.1.4 Os Essênios ............................................................................................................................159
2.2 O ISLAMISMO ...............................................................................................................................159
RESUMO DO TÓPICO 4......................................................................................................................161
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................162
TÓPICO 5 – TEÓLOGOS EM DESTAQUE ......................................................................................163
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................1632 TEÓLOGOS EM DESTAQUE ..........................................................................................................163
2.1 TEÓLOGOS CATÓLICOS ............................................................................................................163
2.2 TEÓLOGOS PROTESTANTES ....................................................................................................164
RESUMO DO TÓPICO 5......................................................................................................................166
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................167
TÓPICO 6 – RELIGIÕES E SEITAS ...................................................................................................169
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................169
2 RELIGIÕES SECULARES .................................................................................................................169
2.1 HUMANISMO ...............................................................................................................................169
2.1.1 Existencialismo ......................................................................................................................169
2.2 RELIGIÕES NÃO CRISTÃS .........................................................................................................170
2.2.1 Hinduísmo .............................................................................................................................170
2.2.2 Budismo .................................................................................................................................170
2.3 ESPIRITISMO .................................................................................................................................171
2.3.1 Umbanda ................................................................................................................................173
2.3.2 Candomblé .............................................................................................................................173
RESUMO DO TÓPICO 6......................................................................................................................175
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................176
TÓPICO 7 – RAMIFICAÇÕES DO CRISTIANISMO: CHEGADA E 
 DESENVOLVIMENTO NO BRASIL ..........................................................................177
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................177
2 A IGREJA LUTERANA ......................................................................................................................177
3 A IGREJA ANGLICANA ...................................................................................................................178
4 A IGREJA PRESBITERIANA ...........................................................................................................179
5 A IGREJA BATISTA ...........................................................................................................................180
6 A IGREJA METODISTA ...................................................................................................................181
7 A IGREJA ASSEMBLÉIA DE DEUS ...............................................................................................182
8 A IGREJA DO EVANGELHO QUADRANGULAR .....................................................................184
RESUMO DO TÓPICO 7......................................................................................................................187
AUTOATIVIDADE ...............................................................................................................................188
REFERÊNCIAS .......................................................................................................................................189
1
UNIDADE 1
A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS 
SÉCULOS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir desta unidade, você será capaz de:
• conhecer o contexto religioso, político e econômico-social do Império 
Romano;
• comentar sobre o valor da contribuição dos romanos, para a divulgação 
do evangelho;
• refletir sobre a influência da cultura grega sobre os povos de sua época;
• explicar como os gregos contribuíram para facilitar a disseminação do 
cristianismo;
• comentar sobre a maneira como os judeus atuaram na preparação do ber-
ço do cristianismo e a divulgação da nova fé;
• expor sobre as primeiras perseguições, bem como a fé e a coragem com 
que os primeiros mártires enfrentaram o martírio;
• comentar sobre os pais da Igreja e a influência dos apologistas
Está unidade de ensino está dividida em seis tópicos, sendo que, no final 
de cada um deles, você encontrará atividades que contribuirão para a 
apropriação dos conteúdos.
TÓPICO 1 – O MUNDO ROMANO E O ADVENTO DO CRISTIANISMO
TÓPICO 2 – A CONTRIBUIÇÃO DOS GREGOS
TÓPICO 3 – A CONTRIBUIÇÃO DOS ROMANOS
TÓPICO 4 – A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS
TÓPICO 5 – A VIDA DA IGREJA
TÓPICO 6 – OS PAIS DA IGREJA
2
3
TÓPICO 1
UNIDADE 1
O MUNDO ROMANO E O ADVENTO DO CRISTIANISMO
1 INTRODUÇÃO
Neste trabalho, propõe-se uma reflexão resumida da História da Igreja nos 
três primeiros séculos. O mundo romano sob o governo do imperador Augusto 
expandia-se territorialmente, as artes floresciam, a engenharia arquitetônica era 
muito avançada e o sistema religioso, sob o jugo do paganismo, foi distribuído 
em várias seitas. Observava-se, ainda, a intervenção divina na preparação do 
mundo, para receber o Messias de Israel e o Salvador da humanidade, usando, 
nesta preparação, os três principais povos da época: os gregos, os romanos e os 
judeus; cada um destes dando sua parcela de contribuição para que consolidasse 
a “plenitude dos tempos” no dizer do apóstolo Paulo em (Gl 4:4). 
O acadêmico também se verá inteirado sobre a vida da Igreja nesses três 
primeiros séculos, com destaque para as primeiras perseguições, abordando os 
principais governantes romanos que impetraram as perseguições; bem como 
os primeiros mártires do cristianismo, no que diz respeito aos Pais da Igreja, 
que foram o exemplo de fé e perseverança, sendo barbaramente perseguidos, 
torturados e mortos, em defesa de sua fé. Finalmente ver-se-á uma lista de 
apologistas, bem como suas apologias, as quais não sensibilizaram os inimigos 
do cristianismo, mas contribuíram grandemente para fortalecer a fé dos cristãos 
e encorajá-los para perseverar e não se deixarem desfalecer diante das atrozes 
perseguições.
Não se concebe uma história do cristianismo sem um prévio conhecimento 
acerca de seu fundador – O Senhor Jesus Cristo. As Escrituras Sagradas vaticinaram 
de forma bastante vasta o nascimento do Messias de Israel. Daí, faz-se necessário 
pelo menos algumas informações a seu respeito, bem como a respeito do ambiente 
em que surgiu, antes de adentrarmos a história da Igreja propriamente dita.
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
4
2 O MUNDO ROMANO E O ADVENTO DO CRISTIANISMO
A história bíblica do Antigo Testamento termina com a morte de Neemias 
por volta de 440 a 400 a.C. O apóstolo São Paulo, escrevendo para as igrejas da 
Galácia afirma: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, 
nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4:4, ARC). O termo plenitude, neste 
contexto, significa que Deus, depois de anunciar por meio de seus profetas a 
vinda de seu Filho Jesus Cristo, o fez quando tudo estava devidamente preparado, 
conforme os Seus santos propósitos.
Este período de aproximadamente quatrocentos anos, entre a morte de 
Neemias e o nascimento de Cristo,é chamado Período Interbíblico, ou Período 
de Silêncio da parte de Deus. Isto porque, durante quatro séculos, Deus não se 
manifestou a seu povo, nem por meio de profecias, visões ou por meio de sonhos. 
Estar em silêncio, não implica em estar inativo, ou seja, Deus estava numa intensa 
atividade, preparando o mundo para o Advento de Cristo. Nesta preparação, 
Deus usou três povos: os judeus, os gregos e os romanos; cada um dos quais 
contribuindo para o cumprimento do propósito de Deus.
Antes de falar a respeito de como Deus usou estas nações, comentaremos 
a respeito do ambiente no qual nasceu o messias de Israel, o Senhor Jesus Cristo. 
A vida de Cristo ocorreu na época em que a Palestina estava sob o jugo do Império 
Romano. Ele nasceu durante o reinado de Augusto (27 a.C. a 14 d.C.); morreu e 
ressuscitou no período do reinado de Tibério (14 a 37 d.C.). 
A Palestina esteve sob jugo romano de 63 a.C. até 135 d.C. Herodes, o 
Magno era o rei da Judéia quando Jesus nasceu. Pode-se descrever a situação de 
Roma no período do Advento e a vida de Cristo da seguinte maneira: política, 
religiosa e social. Cada uma será abordada nos itens a seguir.
2.1 O CONTEXTO POLÍTICO
 Augusto exerceu uma política culturalmente revolucionária. Ele preparou 
o mundo para um grande avivamento literário, pois, durante a sua gestão, a 
literatura clássica foi reestruturada e se desenvolveu de forma extraordinária. 
As artes floresceram em todo o seu esplendor e se desenvolveram de forma 
vertiginosa, principalmente no campo da música e da arte dramática. O setor 
da construção civil também se desenvolveu grandemente – até hoje Roma é 
conhecida por suas façanhas arquitetônicas – como o Panteon, o Coliseu e muitas 
outras obras magníficas desenvolvidas pela sua engenharia. As estradas do 
Império Romano, por exemplo, eram construídas o máximo possível em linha 
reta e, quando necessário, eram construídos grandes viadutos e pontes sobre rios 
e vales. Algumas dessas estradas ainda estão em uso, atualmente. Lembrando-
se ainda que, já naquela época, se nutria grande interesse pelas ciências e, 
principalmente, pela matemática. 
TÓPICO 1 | O MUNDO ROMANO E O ADVENTO DO CRISTIANISMO
5
2.2 O CONTEXTO RELIGIOSO
Segundo os historiadores, as condições morais do mundo romano não 
eram exemplos de virtudes. Havia pessoas virtuosas, mas num contexto geral, 
os níveis moral e ético estavam abaixo da mediocridade. Corrupção no governo, 
fraude no comércio, imoralidade sexual, superstição religiosa eram os fatores que 
revelavam o estado de gritante degradação moral e ética do Império Romano. 
Neste ambiente, pautado pela degradação moral e ética, algumas religiões se 
destacaram, como as que estudaremos a seguir.
2.2.1 O Animismo
Era a religião primitiva de Roma, observando-se que a formação de Roma se 
iniciou com um conjunto de pequenas províncias por volta de 753 a.C. e, em meio 
a muitas lutas e muito derramamento de sangue, foi se desenvolvendo até se tornar 
o maior, mais longo e mais poderoso Império mundial. No Animismo, havia certas 
categorias de deuses que eram cultuados por determinados grupos de pessoas.
O agricultor adorava os deuses da terra, da floresta, do céu, da colheita e 
das florestas, ou seja, para os praticantes dessa religião, a natureza era constituída 
de diversos deuses, aos quais eles personificavam e adoravam.
Os militares adoravam os deuses de origem grega, como Júpiter, o deus 
dos céus; Netuno, o deus dos mares; Plutão, o deus dos infernos e das regiões dos 
mortos. Um exemplo dessa prática religiosa pode ser observado no livro de Atos dos 
Apóstolos, quando uma multidão, tomada pelo fanatismo, gritava freneticamente: 
“Mas quando conheceram que eram judeus, todos unanimemente levantaram a 
voz, clamando por espaço de quase duas horas: Grande é a Diana dos efésios... 
Então o escrivão da cidade, tentando apaziguar a multidão, disse: Varões efésios, 
qual é o homem que não sabe que a cidade dos efésios é a guardadora do templo 
da grande deusa Diana, e da imagem que desceu de Júpiter?” (At 19.34,35 ARC).
2.2.2 Culto ao Imperador
Paralelamente ao Animismo, havia também o culto idólatra prestado ao 
imperador. Os imperadores, muitos dos quais reivindicavam para si a adoração 
que se prestava às divindades, recebiam nomes de deuses, eram cultuados como 
deuses, e muitos os consideravam, em certo sentido, como os próprios deuses. Os 
cristãos abominavam esse tipo de idolatria e eram furiosamente perseguidos por 
se recusarem a participar de suas práticas.
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
6
2.2.3 Religiões Místicas
Tratava-se de um conjunto de facções religiosas, cujos rituais eram 
simplesmente estranhos. Eles adoravam pessoas falecidas, considerando-as como 
verdadeiros deuses. Além dessas práticas, ainda mantinham certa fraternidade, 
na qual o escravo e seu senhor, o rico e o pobre, poderiam viver na mais perfeita 
harmonia, como pessoas pertencentes a um mesmo nível social.
2.2.4 Prática do Ocultismo
Semelhantemente às religiões místicas, a prática do Ocultismo estava 
em alta naquela época de trevas espirituais. Os ocultistas observavam muitos 
credos e ritos misteriosos. Praticavam a magia e tinham também suas previsões 
proféticas. Prediziam o futuro, através do exame das entranhas de animais 
abatidos e, também, através de certos tipos de aves. Os seguidores dessa corrente 
religiosa acreditavam que o mundo estava repleto de espíritos e de demônios, 
os quais, por meio de fórmulas mágicas, eram convocados e recebiam instruções 
para cumprirem determinadas missões.
Havia ainda outras práticas de conotação religiosa que gozavam de grande 
popularidade naquela época. Entre as tais, podemos mencionar: a astrologia, o 
horóscopo, o zodíaco e, até mesmo, as estrelas que, segundo a crença popular 
influenciavam o nascimento, a carreira e o futuro do ser humano. 
2.2.5 O Judaísmo
Além das religiões pagãs comentadas acima, havia o Judaísmo subdividido 
em várias seitas. O Judaísmo era a religião do povo de Israel, baseado na revelação 
de Deus através das Escrituras, isto é, na Lei de Moisés e nos profetas. Era uma 
religião pautada pela rigorosa observância aos rituais e sacrifícios impostos pela 
Lei Mosaica. Por se tratar de uma religião monoteísta, os judeus não admitiam 
a existência de outros deuses e abominavam qualquer menção aos deuses do 
paganismo. O Judaísmo se dividia em várias seitas, entre as quais se destacavam 
a dos fariseus e a dos saduceus. Os fariseus controlavam a vida religiosa e os 
saduceus, menores em número, detinham o poder político e governavam a vida 
civil judaica nos dias do rei Herodes.
TÓPICO 1 | O MUNDO ROMANO E O ADVENTO DO CRISTIANISMO
7
Foi em meio a este emaranhado de controvérsias política e religiosa que 
nasceu Jesus Cristo. Ali também nasceu, floresceu e, posteriormente, teve início a 
expansão do cristianismo, cuja história comentaremos mais adiante.
2.3 O CONTEXTO SOCIAL
As condições econômicas e sociais do primeiro século não eram muito 
diferentes da situação atual. Dentro da sociedade pagã e judaica, havia uma 
aristocracia extremamente opulenta. Os judeus ricos, por exemplo, eram 
sacerdotes e rabinos. Os pagãos ricos eram os grandes proprietários de terras e 
monopolizavam o setor agropecuário. Em geral, a sociedade pagã era formada 
por classe média, pela plebe (pessoas comuns e as mais pobres), escravos e 
criminosos. Nesse complexo ambiente, destacavam-se quatro línguas: latim, 
grego, hebraico e aramaico. O meio de se ganhar o sustento, ainda que por 
processos bem rudimentares, eram a pecuária, a agricultura e a indústria.
8
Neste tópico, você viu:
l	As condições do mundo romano no Advento de Cristo: contexto político, 
contexto religioso, contexto social.
l	A preparação do mundo para o Advento de Cristo.
RESUMO DO TÓPICO 1
9
A partir da leitura que você, caro acadêmico, realizou deste tópico, 
responda as seguintes perguntas:
1 Mencione dois fatores que indiquem o progresso políticona administração 
de Augusto.
2 Cite duas religiões que predominaram no paganismo romano.
3 No contexto social, como se dividia a sociedade romana?
4 O que eram os judeus ricos no contexto social?
5 Que grupo formava a classe política na sociedade romana?
AUTOATIVIDADE
10
11
TÓPICO 2
A CONTRIBUIÇÃO DOS GREGOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Conforme listado anteriormente, o povo grego constituiu, juntamente com 
os romanos e os judeus, uma das nações colaboradoras na preparação do mundo 
para o advento de Cristo e, conseqüentemente, do cristianismo. Isto porque, os povos 
que viviam nas regiões do Mediterrâneo tinham sido grandemente influenciados 
pelo espírito do povo grego. A influência dos helenos se fez presente e marcou 
profundamente as civilizações dos mais distantes países e das principais cidades do 
mundo da época. Considerando que o domínio político imperial estava nas mãos 
dos romanos e o mundo era tão influenciado pela cultura grega, os historiadores 
referem-se ao mundo antigo como o mundo greco-romano. 
2 A INFLUÊNCIA DA CULTURA
De acordo com Claudionor de Andrade em sua obra Geografia Bíblica, (p 
61, 1987), “A Grécia é o berço da civilização ocidental”. A influência da cultura 
grega é marcante em todas as gerações, não só pelo legado que nos deixou, mas 
também porque se tornou responsável pela divisão do mundo entre Ocidente e 
Oriente. Os gregos antigos davam a seu país o nome de Helas, por isso tornaram-se 
mundialmente conhecidos por helenos e, entre as suas cidades-estados se destacava 
Atenas, razão pela qual se tornou a capital do país. A democracia, a concepção 
clássica das artes e, principalmente, a filosofia, são um legado inestimável deixado 
pelos gregos e que hoje constituem a base de muitas civilizações. 
A cultura helênica atingiu seu ápice em Atenas, por volta do quinto século 
antes de Cristo e no século quatro se espalhou por todo o Leste do Mediterrâneo. 
O principal responsável pela difusão da cultura grega foi Alexandre, o Grande 
(356-323 a.C.), rei da Macedônia. Embora seu reinado tenha sido curto, Alexandre 
conquistou o Império Persa e estabeleceu um Império Grego, sua fama se espalhou 
por todo o mundo habitado da época, perdurando até nossos dias. Através das 
conquistas de Alexandre, a cultura helênica foi se desenvolvendo, se espalhando 
e se impondo por toda parte, onde quer que chegassem as tropas. 
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
12
Esse desenvolvimento da cultura helênica, iniciada em Atenas, passou a 
ser chamada cultura helenística. Tratava-se de um estilo de vida grego, levado 
pelos exércitos de Alexandre aos mais distantes povos, chegando até à Índia. 
Também chegou e fincou raízes no Egito, na Palestina, na Pérsia e por toda a Ásia 
Menor, influenciando-lhes a religião, os sistemas de governo, as línguas e as artes. 
Dessa maneira, foram se espalhando colônias gregas por todos os lugares 
e, centenas de anos mais tarde, tornaram-se grandes centros de difusão do 
cristianismo, pois havia mais facilidade de comunicação entre as pessoas e menor 
suspeita ou perseguição aos estrangeiros, como se verá quando comentaremos 
sobre a influência pacifista imposta pelos romanos.
3 A INFLUÊNCIA DA LÍNGUA
Para difundir o evangelho por todas as nações, conforme a ordenança 
do Senhor Jesus, seria necessária conhecer não somente a cultura em si, mas, 
principalmente, a língua de cada nação. Os primeiros discípulos do senhor Jesus 
não eram homens de cultura intelectual muito elevada e, certamente, seria quase 
impossível cumprir sua missão, uma vez que mal conheciam a sua própria língua, 
ou seja, o hebraico. Os gregos, portanto, ao difundir sua cultura entre os povos, 
difundiram também a sua língua, tornando-a o idioma universal na época.
Como resultado dessa influência lingüística, tornou-se fácil a comunicação 
do evangelho. Isto porque, após a ascensão de Cristo, os discípulos, chamados 
de apóstolos, saíram pelo mundo pregando e testemunhando o evangelho. Por 
todos os lugares aonde chegavam, cada povo tinha sua própria língua ou dialeto; 
mas também conheciam o grego. Não se tratava do grego clássico dos homens 
cultos ou dos filósofos, mas do grego comum (Koiné) ou popular; que era falado 
pelas grandes massas.
4 A INFLUÊNCIA DA FILOSOFIA
Não houve, no mundo antigo, nenhum povo cuja vida intelectual fosse 
tão vigorosa e desenvolvida quanto eram os gregos. Eles abordavam temas que 
para outras nações eram indiferentes, como por exemplo, a existência de Deus; 
do homem; a origem e o significado do universo; a relação entre o bem e o mal 
etc. Todos esses temas, e outros afins, se tornaram objeto de pesquisa para os 
pensadores gregos. Eles não só tornavam esses assuntos objeto de meditação, 
mas se sentiam fascinados por eles. Não é sem motivo que a Grécia é considerada 
o berço da filosofia. Este é um dos fatores que muito influenciaram a pesquisa 
TÓPICO 2 | A CONTRIBUIÇÃO DOS GREGOS
13
e as discussões acerca dos valores do cristianismo. A disposição para receber e 
questionar novos conceitos, buscando novas descobertas através das pesquisas, 
era uma característica peculiar do povo grego, ou seja, eles estavam sempre 
abertos para as novidades e novos questionamentos em todas as áreas da vida.
Lucas, que segundo Richard Leroy Hoover em sua obra Os Evangelhos, “é 
considerado o primeiro historiador da Igreja e apologista literário do Cristianismo”; 
ao narrar a discussão do apóstolo Paulo com os filósofos epicureus e estóicos 
(os quais lideravam os intelectuais da cidade) no Areópago em Atenas, escreveu: 
“pois todos os atenienses e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se 
ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade” (At 17:21 ARC). Portanto, 
fica bem claro que ouvir, discutir e questionar as novidades que surgiam era uma 
característica própria dos atenienses, fossem gregos ou estrangeiros residentes.
A influência dos helenos se estendeu por todo o mundo antigo, que 
impulsionavam os homens a pensar e, conseqüentemente, a pesquisa era pautada 
pela curiosidade intelectual. Podemos observar que tão logo o apóstolo Paulo 
chegou a Atenas e começou a pregar e a discutir com os judeus e religiosos em praça 
pública, rapidamente a notícia chegou aos intelectuais, os quais o conduziram 
até o Areópago, a fim de o interrogarem acerca da sua mensagem, que para eles 
era estranha (At 17:20). Esta curiosidade intelectual, recheada pelo interesse por 
novidades, fez da mensagem cristã o centro das atenções dos gregos, tornando 
mais fácil a sua aceitação.
14
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você viu:
l	A contribuição dos gregos: a influência da cultura, a influência da língua, a 
influência da filosofia.
15
A partir da leitura que você, caro acadêmico, realizou deste tópico, 
responda as seguintes perguntas:
1 Quem comandava os gregos na disseminação de sua cultura?
2 Por que seria importante que os povos falassem uma mesma língua?
3 Como era o grego falado pelas grandes massas?
4 Em que a filosofia grega contribuiu para a disseminação do evangelho?
AUTOATIVIDADE
16
17
TÓPICO 3
A CONTRIBUIÇÃO DOS ROMANOS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Com o propósito de enviar o Redentor para toda a humanidade, Deus 
planejou tudo conforme propusera em Seu coração. Entretanto, para que as 
Boas Novas do Reino fossem difundidas por todos os lugares, haveria alguns 
imprevistos que, se não fossem tomadas providências antecipadas, poderiam se 
tornar um entrave à propagação do evangelho. Como se mencionou anteriormente, 
os romanos foram também usados neste aspecto.
2 A EXTENSÃO TERRITORIAL
Já foi dito que a formação do Império Romano teve início por volta do 
oitavo século antes de Cristo, começando com um conjunto de várias pequenas 
províncias até se transformar no mais poderoso de todos os Impérios. Este 
Império começou a despontar enquanto Alexandre Magno conquistava o Oriente 
e esmagava o imbatível poderio persa. Ainda no terceiro século, os romanos já 
dominavam toda a península itálica.Desta maneira, quando surgiu o cristianismo, 
os romanos eram os senhores da terra. Ainda que houvesse algumas regiões 
que não se achavam sob o seu domínio, por volta do ano cinqüenta depois de 
Cristo, a vastidão do Império era notável, abrangendo todas as terras por onde o 
cristianismo seria propagado durante os três primeiros séculos da era cristã.
Os romanos dominavam toda a Europa, na parte sul dos rios Reno e 
Danúbio; abrangia ainda a maior parte de toda a Inglaterra, o Egito e toda a costa 
norte da África; bem como uma grande parte da Ásia, desde o Mediterrâneo 
até à Mesopotâmia. O Dr John D. Davis, autor do Dicionário da Bíblia (1960), 
afirma que no período de sua maior extensão, o Império romano media 3.000 
milhas de leste a oeste, 2.000 de norte a sul, e tinha uma população de 120.000.000 
de habitantes. Apesar do seu vasto domínio, os romanos não agiam pela força 
ou violência. Pelo contrário, governavam com moderação e muita inteligência. 
18
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Sempre que conquistavam uma região, os romanos levavam o progresso, 
pautado por uma civilização bem mais elevada do que a existente antes de sua 
chegada. Sua administração demonstrava maior eficiência nas proximidades do 
Mediterrâneo, onde ficava a Palestina, ou Judéia; região que se tornaria o palco do 
advento de Cristo e, conseqüentemente, o berço do cristianismo.
Entre os legados que o Império Romano deixou para as gerações seguintes, 
pode-se mencionar a excelência de sua administração e um colossal monumento 
jurídico marcado por sua longa experiência tanto pública quanto privada. Ao 
comentar sobre as leis romanas, Souto Maior, em sua História Universal afirma: 
O direito romano foi um dos legados mais importantes deixados por Roma 
às gerações que lhes sucederam. O antigo direito consuetudinário, isto é, baseado 
no uso e nos costumes, passou a ser direito escrito com a Lei das 12 Tábuas, 
que é considerada a mais antiga lei de Roma. O sistema jurídico dos romanos 
resultou não somente da necessidade de governar os diferentes povos dos países 
conquistados mas, também, da natural substituição de antigos costumes por 
certos princípios gerais que se foram condensando através dos editos dos pretores.
2.1 A SEGURANÇA
A segurança também constitui um fator importante quando se fala da 
significativa contribuição dos romanos na preparação do mundo, para a propagação 
do cristianismo. Isto, porque nos primórdios do cristianismo era dificultosa a relação 
com nações estrangeiras. Quando o indivíduo ultrapassava as fronteiras com outro 
país, normalmente, ele era preso como suspeito de espionagem e, naturalmente, 
era visto como um inimigo em potencial. Havia, ainda, os perigos nas estradas, 
representado por salteadores que as infestavam. A navegação era extremamente 
perigosa, por causa da pirataria que assolava os mares. À vista disto, dificilmente 
os apóstolos do Senhor Jesus teriam qualquer chance de sucesso, se porventura 
tentassem difundir o cristianismo para todas as nações conforme orientação do 
Mestre. “Portanto ide, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome 
do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo... E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai 
o evangelho a toda a criatura” (Mt 28:19; Mc 16:15 ARC).
Neste aspecto, a atuação dos romanos foi fundamental e eficaz. Agindo 
com todo o rigor, o governo romano combateu e varreu a pirataria que infestava o 
Mediterrâneo e também erradicou o perigo de assalto, combatendo e eliminando 
os salteadores, além de manter um patrulhamento constante por todas as 
estradas do Império. Desta maneira, quando os apóstolos saíram de Jerusalém 
para propagar a mensagem do evangelho, o sucesso foi total.
 
TÓPICO 3 | A CONTRIBUIÇÃO DOS ROMANOS
19
2.2 A UNIFICAÇÃO DOS POVOS
Apesar de abranger várias nações e culturas diferentes, o Império Romano 
foi muito hábil em cumprir uma missão importantíssima e necessária para que 
pudesse exercer uma boa administração, isto é, unificaram todos os povos sob 
uma mesma bandeira e um mesmo governo. Havia guerras constantes entre 
uma nação e outra, as quais foram abolidas sob os combates intensos, rigorosos 
e eficazes dos governantes romanos. Esta atitude sábia e eficiente por parte dos 
romanos seria, mais tarde, um trunfo valioso que também seria habilmente usado 
pelos primeiros missionários responsáveis por difundir a mensagem salvadora do 
Senhor Jesus Cristo, para todas as nações. É evidente que o governo romano não 
tinha tal preocupação, o que nos leva à convicção de que o próprio Deus estava 
agindo em conformidade com seus santos propósitos, de tornar a mensagem da 
salvação não somente conhecida, mas principalmente acessível a todos os povos.
2.3 O INTERCÂMBIO ENTRE OS POVOS
Com uma administração sábia e uma vigilância competente e contínua, 
as autoridades romanas conseguiram estabelecer uma pacífica relação entre as 
diferentes partes do mundo sob o seu domínio. Através do combate à pirataria, 
bem como à violência dos assaltos em suas estradas, o governo romano conseguiu 
amenizar e tornar mais seguras as viagens entre cidades e países diferentes. 
A eficiente pavimentação das estradas também contribuíu grandemente para 
facilitar o deslocamento de um lugar para outro. 
Os povos não estavam apenas unificados, mas também havia um estreito 
relacionamento diplomático e comercial entre eles, porque não somente os 
apóstolos do Senhor Jesus Cristo, mas também comerciantes e viajantes de todas 
as partes do mundo habitado daquela época se tornaram portadores da mensagem 
redentora do evangelho de nosso senhor Jesus Cristo. Fosse em Jerusalém ou em 
qualquer outro lugar que passassem e ouvissem a mensagem, a levavam consigo 
para outros lugares, onde davam seu testemunho e muitas almas se rendiam aos 
pés do salvador. Eles levavam no arcabouço de suas bagagens não só os produtos 
de seu comércio, mas levavam também o progresso, a paz e uma mensagem 
nova, avassaladora e contundente, que abalava e libertava os corações oprimidos, 
fazendo com que almas sedentas fossem saciadas pela palavra maravilhosa, a 
qual trazia libertação e acalentava os corações com novas perspectivas de vida 
para o futuro.
20
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você viu:
l	A contribuição dos romanos: a extensão territorial, a unificação dos povos, o 
intercâmbio entre os povos.
21
A partir da leitura que você, caro acadêmico, realizou deste tópico, 
responda as seguintes perguntas:
1 Qual era a extensão do Império Romano nos dias de Cristo?
2 Em que a unificação dos povos seria útil na propagação do evangelho?
3 O que fizeram os romanos em favor da segurança marítima?
4 Qual era o perigo nas estradas e como foi eliminado?
5 Em que consistia o intercâmbio entre os povos?
AUTOATIVIDADE
22
23
TÓPICO 4
A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos a valiosa contribuição dos judeus na preparação 
do mundo para o Advento de Cristo, através da preservação de sua pureza religiosa 
e sua esperança pelo Messias. Depois de preparar o berço e receber o Messias, coube 
também aos judeus a disseminação do evangelho para o mundo de então.
2 A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS
Acompanhe, a seguir, quais foram as contribuições dos judeus na 
preparação do mundo par o Advento de Cristo.
2.1 A ESPERANÇA MESSIÂNICA
O povo hebreu, descendente de Abraão, se tornou o povo de Israel, 
descendente de seu neto Jacó. Tendo Deus escolhido a tribo de Judá dentre 
os filhos de Jacó, este povo, ao retornar do cativeiro babilônico, passou a ser 
conhecido como “judeus”, denominação que abarca toda a nação de Israel, ou 
seja, os descendentes de Abraão. Hoje, conhecemos Israel como um país, uma 
nação, embora envolva todas as tribos remanescentes, é chamada de “os judeus”. 
Este é o povo que recebeu a missão de preparar o berço do cristianismo.
Deus prometera a Abraão que lhe daria, por herança, a terra de suas 
peregrinações, a qual se tornaria uma possessão perpétuados descendentes do 
patriarca. A partir de então, Canaã passou a ser vista pelos descendentes de Abraão 
como a “Terra Prometida” ou a “Terra da Promessa”. Certa ocasião, Deus revelou 
para Abraão que a sua descendência viveria em uma terra estrangeira, seria 
escravizada, mas que, passado determinado tempo (quatrocentos e trinta anos) 
24
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
tornaria para sua terra, conforme se vê registrado em Gênesis capítulo quinze, 
versículos treze e quatorze. Esta promessa de julgamento, para a nação opressora, 
e a libertação dos hebreus passaram a ser vistas como a promessa da visitação do 
Senhor, ou seja, uma profecia que apontava para a vinda do Salvador, da qual a 
escravidão egípcia e a libertação através de Moisés se tornaram figuras ou tipos.
Séculos mais tarde, houve uma fome terrível que atingiu toda a terra e 
Jacó, deixando a terra de Canaã ou Palestina, foi viver no Egito com todos os seus 
descendentes, pois só ali, onde José, filho de Jacó, era governador, havia alimento. 
Aproximadamente, um século se passou até que chegou o momento da morte de 
José, o qual alimentara, juntamente com todo o seu povo, a visita do Libertador 
que os tiraria do Egito e os conduziria de volta à Terra Prometida. Entretanto, 
essa visitação do Senhor não acontecera e, nos momentos que antecederam à sua 
morte, José procurou fortalecer seus irmãos para que estes não desanimassem, 
porque o Senhor cumpriria a promessa feita aos seus antepassados: “E disse José 
a seus irmãos: Eu morro; mas Deus vos visitará, e vos fará subir desta terra para 
a terra que jurou a Abraão, a Isaque e a Jacó.” (Gn 50:24 ARC).
Depois da morte de José, o governo do Egito passou para uma nova 
dinastia de faraós e o povo de Israel passou a ser escravizado pelos egípcios por 
trezentos anos. Contudo, apesar das tribulações e angústias em decorrência da 
escravidão, o povo permaneceu confiante na promessa divina de resgatá-lo do 
poder dos egípcios e reconduzi-lo à terra que lhes prometera. Passados trezentos 
anos, estava Moisés apascentando ovelhas, quando o Senhor lhe apareceu em 
forma de fogo em um sarçal e lhe deu instruções, ordenando que fosse ao Egito, 
de onde fugira quarenta anos antes, e libertasse o seu povo da escravidão. 
Diante da insegurança de Moisés, o Senhor o instruiu dizendo: 
Vai, e ajunta os anciãos de Israel, e dize-lhes: O Senhor, o Deus de 
vossos pais, o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, me apareceu, 
dizendo: Certamente vos tenho visitado, e visto o que vos é feito no 
Egito. Portanto eu disse: Far-vos-ei subir da aflição do Egito à terra 
do cananeu, e do heteu, e do amorreu, e do ferezeu, e do heveu, e do 
jebuseu, a uma terra que mana leite e mel. (Ex 3:16,17 ARC)
 Ao ouvir Moisés dizendo que Deus os visitava, os anciãos entenderam 
que de fato era o Senhor cumprindo a promessa de libertação, ou seja, a palavra-
chave era visitação do Senhor. Podemos observar que quando o menino Jesus 
foi levado ao templo para ser apresentado a Deus, Simeão o tomou nos braços e, 
por revelação divina, reconheceu tratar-se do messias que os judeus esperavam 
há milhares de anos. “Agora, Senhor, despedes em paz o teu servo, segundo a 
tua palavra; pois já os meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2:29,30 ARC). No 
capítulo sete de Lucas, versículo dezesseis, o povo, ao presenciar a ressurreição 
de um morto pela palavra do Senhor Jesus, exclamou com alegria, dizendo que o 
Senhor havia visitado o seu povo. Portanto, a esperança de um Messias libertador, 
alimentada pelo povo judeu, se tornou uma marca indelével de sua fé.
TÓPICO 4 | A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS
25
2.2 A RELIGIÃO MONOTEÍSTA
O povo judeu era completamente distinto de todos os povos de sua época, 
porque, apesar de todos os sofrimentos que passara, nunca abandonaram a sua 
esperança e, quando estavam prestes a se desesperar diante das tribulações, 
Deus levantava seus profetas para transmitir-lhes uma mensagem de consolo e 
esperança. Outro fator relevante, que distinguia o povo judeu de outras nações, 
era a sua religião monoteísta, a qual fazia questão de preservar. O povo judeu 
era o único povo que praticava uma religião monoteísta, ou seja, cultuava um 
único Deus e este não era representado por nenhuma imagem esculpida, nem 
por animais ou quaisquer outros seres, como ocorria com as outras nações ao seu 
redor, as quais acreditavam na existência de vários deuses e cada um deles era 
representado por um ídolo diferente. 
Além da contribuição religiosa, os judeus também legaram ao mundo o 
mais alto ideal ético. O padrão moral e ético proposto nos Dez Mandamentos não 
era apenas um ideal de conduta para os hebreus e nem estava restrito à sua época. 
Trata-se de uma instrução ética-moral para toda a humanidade e para todos os 
tempos. E esse padrão entrava em confronto com todos os conceitos de ética e 
de moral que prevalecia naqueles dias e, a bem da verdade, ainda prevalecem 
em nossos dias. Isto, porque, na concepção judaica, o pecado não era apenas a 
conduta moral ou imoral dos povos que viviam no entorno, ou até mesmo entre 
o povo de Deus. Tratava-se de uma violação da vontade de Deus enraizada num 
coração perverso e impuro. 
O povo de Israel, portanto, pautava sua ética e sua vida moral nos ditames 
expressos no Antigo Testamento, cujos valores devem ser observados e vividos 
por todos os homens e em todas as épocas. Esse padrão de vida, tanto moral 
quanto espiritual, expresso nos Dez Mandamentos e ampliados por Jesus Cristo 
no Sermão do Monte, registrado nos capítulos cinco a sete do evangelho segundo 
são Mateus, é o mais completo e o mais eficaz na solução de todos os problemas 
que afligem o homem. Todos estes problemas têm uma única raiz – o pecado. E 
este será combatido e derrotado quando o indivíduo se dispuser a conhecer e 
a colocar em prática os ensinamentos éticos e morais registrados nas Sagradas 
Escrituras, os quais os judeus não só preservaram, mas também o transmitiram 
e deixaram como um precioso legado para todos os homens, de todas as épocas. 
O resultado é uma vida abundante e próspera, que culminará na salvação 
eterna do indivíduo, pois o próprio Senhor Jesus Cristo, ao evangelizar uma 
mulher samaritana, disse o que o cristianismo pode e deve dizer para aqueles que 
buscam a salvação por outro caminho que não seja Cristo: “Vós adorais o que não 
sabeis; nós adoramos o que sabemos, porque a salvação vem dos judeus” (Jo 4:22 
ARC). Isto ele disse diante do questionamento da mulher quanto à adoração, se 
no templo em Jerusalém ou nas montanhas de Samaria onde seus antepassados 
haviam adorado.
26
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Foi preservando estas características ímpares em sua relevância, que o 
povo judeu também se tornou ímpar, uma vez que dele adveio a salvação para 
toda a humanidade. Assim eles não só esperavam, mas também anunciavam, a 
chegada de um Messias libertador, afirmando a existência de um Único Deus, 
ao qual prestavam culto e no qual depositavam sua fé,preparando, assim, o 
berço para receber a visita Daquele prometido, que traria redenção para todos os 
homens, de todas as raças, tribos, línguas e nações.
2.3 PREPARAÇÃO DO BERÇO DO CRISTIANISMO
Tanto a narrativa bíblica quanto a narrativa da história, apontam os 
judeus como o povo designado por Deus para preparar o berço do cristianismo. 
Como descendência de Abraão, o povo judeu se tornou herdeiro da promessa 
feita àquele patriarca: “E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os 
que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas famílias da terra” (Gn 12:3 
ARC). Desta palavra se infere que através da descendência de Abraão, Deus 
daria prosseguimento ao plano da salvação prometida em Gênesis capítulo três, 
versículo quinze, quando o Criador disse para satanás, que assumira a possessão 
do corpo de uma serpente: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua 
semente e a sua semente: esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Esta 
Sementeda mulher, portanto, já possuía uma linhagem definida – a descendência 
de Abrão, o qual posteriormente passou a se chamar Abraão. 
Esta linhagem deveria se preservar dos ídolos do paganismo, pois seria 
um povo especial, o qual seria formado por Deus para trazer a redenção para 
toda a humanidade. Deus deu a Abraão um filho em sua velhice (cem anos 
de idade), o qual se chamou Isaque. De Isaque descendeu Jacó, o qual passou 
a se chamar Israel, do qual nasceu Judá, originado-se o povo judeu. Apesar de 
Jacó ter tido outros filhos, Deus escolheu, dentre suas tribos, a de Judá para 
dar continuidade à linhagem messiânica. Este povo, portanto, teve, dentre as 
muitas responsabilidades, a de preparar o berço do cristianismo, o que fez com 
muito zelo, para que se cumprisse o propósito divino em relação à redenção 
da humanidade. Eles esperaram e divulgaram sua esperança durante milênios, 
até que se consolidou em sua plenitude, a preparação do mundo para receber o 
Salvador. E o apóstolo Paulo, como já se mencionou acima, ao escrever para as 
igrejas da Galácia, esclareceu que tudo ocorrera na plenitude dos tempos, ou seja, 
quando tudo estava preparado conforme o plano de Deus.
TÓPICO 4 | A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS
27
2.4 PROPAGAÇÃO DA NOVA FÉ
Finalmente o Salvador nasceu na aldeia de Belém, como vaticinara o 
profeta Miquéias e, ainda infante, passou a ser perseguido e ameaçado de morte. 
Foi levado para o Egito e, ao retornar, foi viver em Nazaré, onde passou sua 
infância e juventude, até que, aos trinta anos de idade, se manifestou em público 
e passou a anunciar a chegada do Reino de Deus. Ele escolheu, a princípio, doze 
homens, ou discípulos, aos quais treinou para serem apóstolos e delegou-lhes a 
missão de propagar as boas novas de salvação para todos os povos. 
Portanto, ide e fazei discípulos de todos os povos, batizando-os em 
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo (Mt 28:19) [...] E disse-lhes: 
Ide por todo o mundo, e pregai o evangelho a toda criatura. Quem 
crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado (Mc 
16:15,16). 
Estas instruções foram dadas aos discípulos depois que o Senhor Jesus 
Cristo ressuscitou, momentos antes de sua ascensão aos céus. Portanto, coube ao 
povo judeu dar início à propagação do evangelho, fazendo através de intensas 
perseguições. Contudo, não desfaleceram. Pelo contrário, quanto mais eram 
perseguidos, tanto mais aumentava o número de pessoas salvas. Isto, porque, 
o próprio Deus, na pessoa do Espírito Santo, não só os encorajava, mas também 
lhes dava orientações quanto aonde ir e o que falar. Mesmo porque, não podia ser 
diferente, como também não o pode ser hoje, uma vez que a salvação é uma dádiva 
de Deus, através do sacrifício de Seu filho na cruz. Ele mesmo enviou o Espírito 
Santo para guiar e fortalecer a Sua Igreja através dos milênios, até que decidiu 
arrebatá-lo para viver consigo por toda a eternidade. Esta Igreja, desde os seus 
primórdios, tem sobrevivido graças à atuação divina, pois tem sido perseguida, 
execrada e, além de ultrajes e todo tipo de calúnia, muitos foram sacrificados nas 
mais diversas modalidades de tortura e crueldade, pelo fato de testemunhar as 
grandezas de Deus e proclamar a salvação dos pecadores. 
Para expandir a disseminação da nova fé, os discípulos tiveram que 
trilhar os caminhos mais difíceis. As situações políticas e culturais, às vezes, 
contribuíam para o sucesso da missão, contudo, muitas vezes essas situações 
serviam de empecilho e, muitas vezes, havia até mesmo tentativas de impedir 
os missionários. Líderes religiosos promoviam conspirações e, difamando os 
apóstolos, provocavam suas prisões e até atentavam contra suas vidas. Apesar 
do Império Romano ter uma paz e uma unidade política em toda a bacia do 
Mediterrâneo, em algumas regiões ainda perduravam costumes, religiões e leis 
próprias; e isto muitas vezes dificultava a aceitação da pregação do evangelho 
que, para muitos, poderia constituir um embargo à sua própria fé, bem como 
ofensa às suas leis e costumes.
28
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Havia ainda outros fatores que interferiam negativamente à divulgação do 
evangelho. Isto porque, uma vez que o Império Romano estabeleceu uma unidade 
política e procurava alcançar a maior unidade possível entre seus súditos, boa 
parte da política imperial consistia em estabelecer também uma uniformidade 
religiosa. Neste aspecto, o sincretismo religioso e o culto ao imperador se 
evidenciavam em todas as regiões do Império. Para um mundo, onde dominava 
o paganismo, no qual muitos deuses eram cultuados, aceitar o sistema religioso 
imposto pelos romanos era bem mais fácil do que aceitar o cristianismo, uma 
religião que suprimia os deuses pagãos e propunha uma fé monoteísta que, além 
de exigir a crença em um Único Deus, impunha também um estilo de vida que, 
quase sempre, entrava em choque com a vida e os costumes locais.
Na verdade, este é o propósito do evangelho: operar mudanças radicais não 
somente no campo religioso, mas em todas as áreas da vida. Em não havendo tais 
transformações significaria ineficácia do evangelho. O fato de dominar sobre muitas 
nações com costumes e religiões diferentes, proporcionou um grande aumento 
na população que ocupava o Panteão Romano, pois cada cultura acrescentava 
ao ‘templo de todos os deuses’ (significado do termo Panteão), as suas próprias 
divindades. Confrontar essa milícia de deuses era confrontar todo o estilo de vida 
do povo, o que constituía um grande desafio para os proclamadores do evangelho.
Considerando que o sincretismo era o sistema religioso que imperava na 
época, os missionários cristãos se viam obrigados a transitar por vias e praças 
numa convivência incômoda e desagradável, com mercadores e transeuntes que 
apregoavam sua crença numa grande variedade de deuses. A variedade de pessoas 
e, conseqüentemente, a variedade de religiões e deuses se entremesclavam e se 
confundiam nas praças e nos foros das cidades. Nesse ambiente, tanto judeus 
como cristãos eram antipatizados e considerados intransigentes, por querer 
incrementar uma religião estranha e se contrapor às religiões e deuses locais. 
Isto muitas vezes resultava em prisão, expulsão, ou até mesmo em morte para os 
discípulos de Cristo.
Esta é a história sobre a qual comentaremos a seguir. Antes, porém, é 
importante transcrever um comentário do historiador Natanael Duval da Silva, em 
sua obra, A Igreja Militante (p.11-13, 1951):
É com Jesus Cristo que começa o cristianismo. Entanto, não veio Ele de 
inopino, sem que houvesse antes uma preparação. Desde séculos esteve essa 
preparação se fazendo. São Paulo, homem de cultura e de visão, conhecedor 
do ambiente político e social de sua época tanto quanto da história e das velhas 
profecias do seu povo judaico, reconheceu isso. Daí afirmar: “Vindo a plenitude 
dos tempos, Deus enviou o seu Filho”. Os cristãos, melhor que qualquer 
outro tipo de gente, reconhecem essa preparação, a qual pode parecer para os 
outros mera casualidade. Nós, que sabemos que Deus dirige todas as coisas, 
nitidamente a percebemos. Vejamos, então, o momento em que Cristo veio, 
essa hora que o Apóstolo denomina “plenitude dos tempos”. E verificaremos 
que três povos exerciam influência no mundo: romanos, gregos, judeus.
TÓPICO 4 | A CONTRIBUIÇÃO DOS JUDEUS
29
NOTA
Lácio: Região a sudoeste de Roma, situada entre os montes Apeninos e o 
mar. Na antiguidade, era o território onde se situavam os latinos; povos que empregavam o 
latim, dentre os quais se destacavam os romanos. Densamente povoado nos primórdios da 
civilização romana , na época imperial o Lácio tornou-se um balneário para a nobreza romana, 
que fez construir vilas luxuosas na região. (Nova Enciclopédia Ilustrada FOLHA, v. 2, p. 546).
Qual o papel dos primeiros? Sobre o mundo conhecido e civilizado de 
então as asas dominadoras das águias romanas soberanamente se abriram. 
As fronteiras haviam desaparecido. A capital mundial era Roma.E, para que 
ela estivesse presente em toda parte, estradas cortavam seu vasto império, 
convergindo todas para a famosa cidade do Lácio . Caminhava-se, pois, com 
a maior liberdade e facilidade – tudo era romano. Ainda mais, reinava a paz 
no mundo e, assim, o templo famoso Jano estava fechado, à margem do Tibre. 
Nada impedia o livre trânsito. São Paulo disso se aproveitará nas suas históricas 
viagens missionárias.
E o dos gregos? Deram eles a língua universal. O grego era o idioma 
principal do império romano. Essa predominância da ingá da Hélade se deve 
a Alexandre da Macedônia. Quando ele, o célebre conquistador, saiu para 
realizar o sonho de conquistar o mundo, levou consigo a civilização grega. 
Com suas falanges invencíveis marchavam também a filosofia, as idéias, a 
língua grega. Procurando helenizar o mundo, Alexandre ensinou a falar como 
Sócrates, Platão e Aristóteles falavam. Àqueles, pois, que se propusessem a 
pregar o Evangelho, além de terem ampla liberdade de locomoção, havia a 
facilidade de serem entendidos em qualquer lugar.
Com referência aos judeus, cumpre assinalarmos a sua dispersão. Eram 
encontrados em toda a vastidão do Império. E onde estavam, aí estava também 
o seu livro sagrado, aquelas Escrituras mesmas que falavam do Messias. De 
passagem, lembremos que até estavam traduzidas para o grego – a Septuaginta 
– visando os que já não conheciam e nem falavam o velho hebraico, esquecido 
no tempo do cativeiro babilônico. E guardavam os judeus o monoteísmo 
judaico e a sua religião de alevantada moralidade quando comparada com as 
então praticadas. 
30
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
NOTA
Algumas palavras são grafadas de modo diferente hoje. Entretanto, foi mantida 
a fidelidade ao texto original. Inclusive expressões e concordâncias verbais.
E havia mais. As criaturas estavam necessitadas de religião. As 
divindades gregas bem como o culto ao imperador não satisfaziam as 
necessidades espirituais dos homens. Marte, Apolo, Hera e Zeus não tinham 
o poder de responder aos apelos dos corações e das almas. Despovoado 
estava já o Olimpo, e só servia para a inspiração da lira dos poetas. Espalhara-
se pelo mundo o pessimismo e a descrença, enquanto reinava a espectativa 
e a apreensão. Formavam os homens grandes rebanhos tresmalhados, sem 
pastores e guias, entregues a si mesmos ou procurando nas religiões de mistério 
a solução para os seus problemas.
Os próprios judeus, tendo passado 400 anos sem profecia, estavam 
como que desarvorados. Praticavam uma religião formalista, ditada por 
escribas e fariseus que haviam já perdido a notável importância do passado. 
Precisamente para responder a tão trágica situação é que veio o cristianismo. 
Era a “plenitude dos tempos”. 
Philip Hughes escreve: “O primeiro fato importante que se depreende 
do mundo em que nasceu a Igreja é tratar-se de um mundo cujo interesse pela 
religião se tornara generalizado. A história pode ligar esse texto (refere-se às 
palavras de Paulo) com um movimento mundial de transformações religiosas, 
começando ao tempo de Alexandre o Grande e que atingiu o seu mais alto 
ponto por ocasião do nascimento de nosso Senhor”. O cristianismo começa 
com Jesus Cristo. Quem é Ele? Nós O conhecemos através dos Evangelhos, 
documentos que têm sido mais do que estudados, sofrendo, até, acerbas e 
hostis críticas. Entanto, a todas elas têm eles resistido. Inegavelmente aí está 
uma prova da sua autenticidade. Outra prova seria o poder e consolo que 
almas bem formadas hão encontrado em suas páginas imortais.
FONTE: SILVA, Natanael Duval da. A Igreja Militante. Porto Alegre, Editora Metrópole: 1951.
31
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico, você viu:
l	A contribuição dos judeus: a esperança messiânica, a religião monoteísta, a 
preparação do berço do cristianismo e a propagação da nova fé.
32
AUTOATIVIDADE
A partir da leitura que você, caro acadêmico, realizou deste tópico, 
responda as seguintes perguntas:
1 Em que consistia a esperança messiânica dos judeus?
2 O que é uma religião monoteísta?
3 Quais as duas principais seitas do judaísmo?
4 Qual era a função dos saduceus?
5 Que grupo administrava a vida religiosa judaica?
33
TÓPICO 5
A VIDA DA IGREJA
UNIDADE 1
1 INTRODUÇÃO
Neste tópico, estudaremos acerca da vida da Igreja em seus primórdios, 
bem como as primeiras perseguições. No ardor das perseguições, muitos cristãos 
pagaram com a própria vida o preço de sua nova fé. Também contemplaremos, 
neste tópico, a danosa atuação dos imperadores contra o cristianismo.
2 A VIDA DA IGREJA
Passados, aproximadamente, vinte anos depois da crucificação do Senhor 
Jesus, em todos os centros mais importantes de civilização no entorno do mar 
Mediterrâneo, havia grupos de seguidores de Cristo. Ao estudarmos o Novo 
Testamento, principalmente o livro de Atos dos Apóstolos, encontramos menção 
de cristãos procedentes de várias regiões como: Roma, Corinto, Éfeso, Etiópia, 
bem como Alexandria, no Egito, e muitas outras cidades espalhadas por toda 
a vastidão do Império Romano. No capítulo dois, do livro mencionado, está 
registrada a descida do Espírito Santo, no Dia de Pentecostes, e mais de uma 
dezena de regiões diferentes estavam ali representadas e se maravilhavam ao 
ouvir os indoutos discípulos falando uma linguagem que cada grupo entendia 
em sua própria língua.
E todos pasmavam e se maravilhavam, dizendo uns aos outros: Pois 
quê! Não são galileus todos esses homens que estão falando? Como 
pois os ouvimos , cada um, na nossa própria língua em que somos 
nascidos? [...] todos os temos ouvido em nossas próprias línguas falar 
das grandezas de Deus. E todos se maravilhavam e estavam suspensos, 
dizendo uns para os outros: Que quer isto dizer? (At 2.7-12 ARC).
34
UNIDADE 1 | A IGREJA NOS TRÊS PRIMEIROS SÉCULOS
Nos primórdios da Igreja, o alvo da mensagem redentora do evangelho 
era constituído de judeus da Palestina, que eram de cultura hebraica e os judeus 
da Diáspora, os quais eram de cultura helenística. O que caracterizava a Igreja 
Primitiva era a sua humildade aliada a uma unidade sustentada pelo amor entre 
os irmãos. A prática da caridade era uma característica marcante na comunidade 
cristã primitiva. Eles partilhavam seus bens e também o alimento, de tal maneira, 
que ninguém passava necessidade. Os que tinham muitas propriedades as 
vendiam e entregavam o produto da venda aos apóstolos, os quais administravam 
e faziam a distribuição de alimentos e vestuário para os que não tinham. Com 
a dispersão provocada pelo tumulto que culminou com a morte de Estevão e, 
conseqüente, perseguição, se espalharam por todos os lugares, conforme segue 
nos comentários sobre as perseguições.
Devido a escassez de espaço para um comentário mais longo, é importante 
transcrever aqui pelo menos dois textos registrados no livro de Atos dos Apóstolos 
(ARC) capítulos dois, versículos quarenta e dois ao quarenta e sete; e capítulo 
quatro, versículos trinta e dois ao trinta e sete:
E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir 
do pão, e nas orações. E em toda alma havia temor, e muitas maravilhas 
e sinais se faziam pelos apóstolos. E todos os que criam estavam 
juntos, e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e 
fazendas, e repartiam com todos, segundo cada um havia de mister. E, 
perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em 
casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração. Louvando a 
Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o 
Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar (2.42-47).
E era um o coração e a alma da multidão dos que criam, e ninguém 
dizia que coisa alguma do que possuía era sua própria, mas todas as 
coisas lhes eram comuns. E os apóstolos davam, com grande poder, 
testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia 
abundante graça. Não havia, pois entre eles necessitado algum; 
porque todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, 
traziam o preço

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