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HISTORIA DO CRISTIANISMO-LIVRO+Aulas 1 a 5

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Prévia do material em texto

autora 
OSANA NAZARÉ VENANCIO 
1ª edição
SESES
rio de janeiro 2019
HISTÓRIA DO 
CRISTIANISMO
Sumário
Prefácio 5
1. Jesus Cristo: humano e divino 7
O que significa Cristianismo? 8
Contexto histórico e geográfico 10
Contexto Religioso 15
Jesus anuncia o reino de Deus 25
Jesus é condenado, morto e ressuscitado e um dia voltará. 26
2. De Pentecoste a Constantino 33
De Pentecoste a Constantino 34
Pentecoste 35
Entendendo os significados de Pentecoste 35
Constantino 38
A divisão da história do Cristianismo 40
Idade Antiga 41
Jesus Cristo, no ano 1 d.C. até o ano de 476 d.C. 41
Idade Média 42
Idade Moderna 42
Idade Contemporânea 43
Fundação do Cristianismo 44
A separação do Cristianismo e do Judaísmo 45
As primeiras comunidades cristãs 46
Pedro e Paulo e os outros apóstolos 47
Os Padres/Pais da Igreja/Padres do Deserto e a Patrística 53
Quem é pai da Patrística? 54
Apóstolo Paulo: sua história e de seus escritos 55
Os padres apostólicos 56
3. De Constantino à Reforma 61
De Constantino à reforma 62
4. Da Reforma à proposta da razão ateísta 
do Iluminismo 95
Da Reforma à proposta da razão ateísta do Iluminismo 97
A Reforma Protestante 97
5. Da razão ateísta do iluminismo às teologias 
contemporâneas 129
Da razão ateísta do iluminismo às teologias contemporâneas 131
5
Prefácio
Prezados(as) alunos(as),
Na história da humanidade, houve muitos fatos que marcaram para sempre. 
Fatos que ligam passado, presente e futuro e que traduzem a esperançosa busca 
de sentidos para a nossa condição de peregrinos neste mundo. Para os Cristãos, o 
Cristianismo é um desses grandes fatos. Nisto consiste a importância de estudar a 
História de uma das maiores religiões do mundo.
Jesus Cristo, é filho de Deus, que se tornou homem e veio ao mundo a fim de 
pregar o amor a Deus e ao próximo. Contudo, foi perseguido e morto pelos que 
não aceitavam os seus ideais. O seu mandamento era o amor. “amai-vos uns aos 
outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua 
vida por seus amigos”. (João 15, 12-15)
Jesus nasceu em Belém, cidadezinha a 100 quilômetros de Nazaré, para onde 
José teve que viajar com Maria por causa do senso que estava acontecendo. Jesus 
nasceu numa manjedoura, pois não houve lugar para Ele e para os seus pais em ne-
nhuma pensão. A viagem para Belém fazia parte do Plano de Deus, pois a Profecia 
de 700 anos AC já anunciava que lá nasceria o Messias, conforme podemos con-
ferir em Miqueias 5,2: "Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, 
é de ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel”.
Jesus veio para uma Missão diferente e ameaçava o que já estava constituído. 
Ele incomodou ao começar sua vida pública, aos 30 anos. Ele arrebanhou multi-
dões. Era um pequeno grupo no começo, mas logo a notícia se espalhou e todos 
queriam conhecer Jesus para ouvi-lo, para tocá-lo e buscar de milagres.
 Jesus falava de um Reino que não era desse mundo, um Reino que era o de 
Deus. Neste sentido, mexeu com questões muito sérias: poder religioso e poder 
político. Deus era somente o do Imperador! Jesus estava ganhando fama e levando 
consigo multidões que antes só admiravam o rei. Ele “transgrediu costumes” e 
inaugurou um novo modo de convivência e de um Deus de amor.
Ao longo deste livro, você terá oportunidade de aprofundar essa história e 
conhecer o contexto do nascimento do Cristianismo e como o mesmo, ao longo 
de mais de 2000 mil anos passou por muitos obstáculos, mas superou a persegui-
ção. Fará uma jornada de revisitação aos Primeiros Cristãos até Cristianismo na 
contemporaneidade. 
Bons estudos!
Jesus Cristo: 
humano e divino
1
capítulo 1 • 8
Jesus Cristo: humano e divino
Você está começando uma jornada de estudo sobre a História do Cristianismo. 
Como não poderia deixar de ser, antes de qualquer coisa, é preciso dar espaço ao 
principal personagem da história que iremos contar: Jesus Cristo! Neste capítulo 
você terá a oportunidade de conhecer ou revisar fatos da vida de Jesus Cristo: nas-
cimento, vida pública, morte e ressurreição. 
Vamos começar nossos estudos com duas orientações iniciais:
 9 Lembre-se de que ter a Bíblia ao seu lado, possibilitará o desenvolvimento 
do conhecimento. 
 9 Não deixe de analisar, contemplar e acessar as fontes indicadas (ima-
gens, vídeos, canções, áudios, sites...), pois abrirão os horizontes. Você pode buscar 
muitas outras. Exerça sua condição de pesquisador.
OBJETIVOS
• Conhecer ou revisitar fatos da vida de Jesus Cristo: nascimento, vida pública, morte e 
ressurreição, compreendendo o contexto histórico e de fé do nascimento do Cristianismo;
• Reconhecer Jesus Cristo, como cidadão de seu tempo, mas também sua condição Divina, 
compreendendo que Jesus é 100% homem e 100% Deus.
O que significa Cristianismo?
É a Religião dos seguidores de Jesus Cristo. Existem várias Religiões e entre 
elas: o Judaísmo, o Cristianismo, o Islamismo, o Budismo, O Hinduísmo. Cada 
Religião tem sua mística, sua história e suas crenças. 
Para os Cristãos, Jesus Cristo é o Salvador e Senhor. O Cristianismo tem mui-
tas doutrinas, que apesar das diferenças de culto e de regras, dialogam em nome 
do que as une: a fé em Jesus Cristo. O Cristianismo é feito também de muitos 
conflitos e divisões.
capítulo 1 • 9
A sua ambição era reformar a fé de Israel, simbolizada pelo círculo dos doze íntimos que 
o seguiam. Estes homens representam simbolicamente o povo das doze tribos, o Israel 
com que Jesus sonha. Ele queria reformar a fé judaica, mas fracassou. Por quê? Jesus 
era um místico, dotado de uma forte experiência de Deus. A seus olhos, Deus estava 
próximo dos humanos, tão próximo que, para lhe orar, bastava chamar-lhe "papá" ou 
"paizinho" (abba em aramaico). As suas palavras e os seus gestos estão marcados por 
um sentimento de urgência inadiável. (CORBIN, Alain (org.). 2009, p. 134-135)
Saiba Mais
Este vos batizará com espírito santo e com fogo.” (Mateus 3,11)
Vamos escutar sobre João Batista e sobre o nascimento de Jesus e o contexto histórico 
da época. Também vamos “viajar” por vários lugares e situações da vida de Jesus.
Cid Moreira - (Bíblia em Áudio) https://www.youtube.com/watch?v=WEpoSIGIHXA
Cide Moreira – (Bíblia em Áudio): https://www.youtube.com/watch?v=5PyanOqI4M8
As origens do Cristianismo estão nos últimos séculos da Idade antiga 
(3.500 a.C. até 476 d.C). Na época do nascimento de Jesus, o Império Romano 
tinha grande poder. Gaio Júlio Cesar Otaviano Augusto era o Imperador. Foi um 
dos mais importantes, pois foi o primeiro imperador romano. Ficou conhecido 
como Cesar Augusto. (27 a.C a 14 d.C).
CURIOSIDADE
Todos os imperadores eram chamados de “César”. Não era um nome, mas um título.
César, Kaiser e czar. Estes dois últimos são títulos imperiais, o primeiro da Áustria-Hun-
gria e Alemanha e o segundo da Rússia. Ambos derivam de Caius Julius Caesar, o imperador 
romano cujo nome passou a significar “imperador”. E esse nome vem de caesaries, “cabelei-
ra”, pois o iniciador de sua linhagem teria nascido com um revestimento completo de cabelo. 
O que não deixava de ser irônico, pois César era careca. E não gostava nada disso. Disponível 
em: <http://origemdapalavra.com.br/site/palavras/czar/>. Acesso em: 06 nov. 2017.
capítulo 1 • 10
Veja só como aparece no relato bíblico: “Naqueles dias César Augusto pu-
blicou um decreto ordenando o recenseamento de todo o império romano” 
(Lc 2,1). 
Que tal começar ouvindo o relato dos Capítulos 1 e 2 do Livro do Evangelista 
Lucas? 
Uma narrativa que nos faz compreender que Jesus, o Messias, já estava sendo esperado 
e era o cumprimento das Promessas de Deus. Antes dele, veio João Batista, o Profe-
ta do Deus Altíssimo, para preparar o caminho para Jesus. João Batista anuncia a 
Salvação. O Deus Misericordioso e bondoso. Não era o Deus guerreiro e vingativo como 
queria o imperador.
"O que vem depois de mim é mais forte do que eu, não sendo eu nem apto para 
tirar-lhe as sandálias"
Contexto históricoe geográfico
Herodes, o Grande, que se intitulava rei dos judeus. Ficou assim conhecido 
como “O Grande”, para diferenciar do nome do filho, que se chamou Herodes e 
também se intitulava como rei e levou Jesus à condenação e à morte. 
A Palestina era governada por Herodes, o grande, que obtive do senado romano o 
título de Rei dos Judeus. Homem ambicioso e Cruel soube cativar a confiança dos 
imperadores e o respeito dos judeus mandou restaurar o Templo de Jerusalém. E 
tentou matar Jesus ainda criança ordenando a matança dos Inocentes. (GALBIATTI.H. 
(Sup.). 1969, p.23)
Para compreendermos o contexto histórico dos fatos que envolveram o nas-
cimento do Cristianismo, precisamos compreender o contexto social, político e 
geográfico desse período, que não é curto, mas muito longo e intenso. É necessário 
situar no tempo, no espaço físico e no contexto histórico, os personagens dessa 
grande história de amor que marcou a humanidade. A história de Jesus, 100% 
homem e 100% Deus, assim professado pelos Cristãos.
capítulo 1 • 11
No tempo de Jesus, a Palestina estava dividida em províncias: a oeste do Jordão (Cisjor-
dânia), encontram-se a Judeia, a Samaria e a Galileia. A leste do Jordão (Transjordânia) 
a Peréia e a Decápolis.
As Principais cidades que têm importância na narração evangélica:
Na Judeia: Jerusalém (a Cidade Santa), Belém (onde nasceu Jesus) Ain Karin, Emaús 
Arimatéia, Efrém, Jericó, Betânia (a terra de Lázaro Marta e Maria).
Na Samaria: Samaria e Sicar. 
Na Galileia: Nazaré (terra de Nossa Senhora e infância de Jesus), Canaã (onde Jesus 
fez o primeiro milagre) Tiberíades, Magdala e Cafarnaum (terra de São Pedro).
Você verá no mapa a localização de cada cidade. Elas são berços do Cristianismo. 
Este mapa apresenta as mesmas na época de Herodes, o Grande e de seu filho, o 
também Herodes que ficou conhecido como Heródes Antipas. Esse, o filho, foi 
quem mandou cortar a cabeça de João Batista, induzido pela mulher de seu irmão, 
mulher Herodia. (Confira o relato Evangelho de Mateus, capítulo 14,1-12). 
Por aquele tempo Herodes, o tetrarca, ouviu os relatos a respeito de Jesus e disse aos 
que o serviam: "Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos! Por isso estão operando 
nele poderes milagrosos". Pois Herodes havia prendido e amarrado João, colocando-o 
na prisão por causa de Herodias, mulher de Filipe, seu irmão, porquanto João lhe dizia: 
"Não te é permitido viver com ela". Herodes queria matá-lo, mas tinha medo do povo, por-
que este o considerava profeta. No aniversário de Herodes, a filha de Herodias dançou 
diante de todos e agradou tanto a Herodes que ele prometeu sob juramento dar-lhe o 
que ela pedisse. Influenciada por sua mãe, ela disse: "Dá-me aqui, num prato, a cabeça 
de João Batista". O rei ficou aflito, mas, por causa do juramento e dos convidados, orde-
nou que lhe fosse dado o que ela pedia e mandou decapitar João na prisão. Sua cabeça 
foi levada num prato e entregue à jovem, que a levou à sua mãe. Os discípulos de João 
vieram, levaram o seu corpo e o sepultaram. Depois foram contar isso a Jesus.
ATENÇÃO
 9 Você se recorda quem é João Batista? Já falamos dele, não é mesmo? Ele foi o Profeta 
enviado por Deus para preparar o caminho de Jesus. João Batista batizou Jesus. “O que vem 
depois de mim é mais forte do que eu, não sendo eu nem apto para tirar-lhe as sandálias. 
Este vos batizará com espírito santo e com fogo.” (Mateus 3,11)
capítulo 1 • 12
Figura 1.1 – Leonardo da Vinci – O Batismo de Jesus. Disponível em: <http://www. 
dominiopublico.gov.br/download/imagem/uf000002.jpeg>.
O autor do livro “História do Cristianismo”, Alain Corbin, elucida a situação 
e o contexto:
Jesus nasceu numa data desconhecida, que poderia ter sido o ano 4, antes de o Grande. 
Foi batizado no Jordão por João Batista, de quem se tornou nossa era (antes da morte 
de Herodes) discípulo, antes de fundar o seu próprio círculo de aderentes. À maneira 
de João, Ele espera a vinda iminente de Deus à história; também partilha a convicção 
de que, para ser salvo, não basta pertencer ao povo de Israel: é indispensável praticar 
o amor e a justiça. Pelos trinta anos, Jesus é um pregador popular que alcança algum 
sucesso na Galileia. CORBIN, Alain (org.). (CORBIN, Alain (org.). 2009, p. 134-135)
capítulo 1 • 13
Voltando a Herodes Antipas, foi ele também que ordenou condenar Jesus. Ele 
honrou o seu pai, o temido Herodes o Grande. Agora sim, veja o mapa:
0 50 km
IDUMÉIA
N A B AT E U S
JUDÉIA
SAMARIA
DECÁPOLIS
PERÉIA
GALILÉIA
GA
UL
AN
ITI
S
BATANÉIA
TRACONITES
S Í R I AITURÉIA
F E N Í C I A
AURANITES
Damasco
Cesaréia
de Filipe
Gamala
Rafana
Monte Hermom
Monte Tabor
Ptolomaida
Kanatha
Tiro
Séforis Tiberíades
Geba
Cesaréia
MAR MEDITERRÂNEO
DionGadara
Hipos
PelaCitópolis
(Bete-Sea)Sebaste
(Samaria)
Sicar
(Siquém)
Gerasa
(Jeras)
Filadélfia
(Rabate-Amom)
Esbus
(Hesbom)
Livias
Alexandrium
Antipátride
Faselis
Arquelis
Chipre
Jope
Jamnia
Azoto
Ascalom
Gaza Marisa
Jerusalém
Hircânia
Heródio
Hebrom
Masada
Machaerus
M
ar
 M
or
to
Jo
rd
ão
Jo
rd
ão
Mar da
Galiléia
Lago Huté
Filipe
Capital
Fronteira do reino de
Herodes, o Grande
Terra dada a:
Herodes Antipas
Arquelau
Província da Síria
Cidades da Decápolis
Fortaleza de Herodes,
o Grande
Rota principal
Herodes, o Grande, governava toda a Palestina, onde estava situada a cidade da 
Galileia na época do nascimento de Jesus: (...) tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, 
no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém (Mt 2,1)
capítulo 1 • 14
Figura 1.2 – Leonardo da Vinci - Adora-
ção dos Magos. Disponível em: <http://
www.dominiopublico.gov.br/download/
imagem/uf000003.jpg>.
Herodes, o Grande, foi um dos mais terríveis e cruéis dos reis. Ele mandou 
matar a esposa e os três filhos. Seu governo foi marcado pela violência. Também foi 
um rei de grandes obras, o que fazia aumentar ainda mais o seu poder. Herodes, o 
Grande, dividiu a Palestina em três reinos e distribuiu entre os seus filhos, aqueles 
que ele não matou. Podemos conferir no relato:
Aliás, ele não se contentou com perpetuar a lembrança e o nome de seus amigos 
por meio de edifícios: seu zelo chegou ao ponto de criar cidades inteiras. Na Samaria, 
construiu uma cidade cercada de muralha magnifica, com extensão de 20 estádios, aí 
instalou seis mil colonos, a quem distribuiu lotes de terra bem rica. No meio dessa fun-
dação, mandou construir um templo imenso cercado de jardim sagrado de três meios 
estádios consagrado a César. Denominou cidade de Sebaste e concedeu aos seus 
habitantes uma constituição privilegiada. (JOSEFO. Flávio 1986, p.57)
Uma história que começa com muita dor, não é mesmo? Jesus foi perseguido 
da Infância à morte. Há muito para descobrir sobre os que escolheram ser Cristão, 
pois esses, assim como Jesus, também sofreram, sofrem e sofrerão perseguição. O 
consolo dos Cristãos vem de Jesus no Sermão da Montanha:
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o 
reino dos céus. Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, 
mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, por-
que é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que 
foram antes de vós. (Mt 5,10-12)
capítulo 1 • 15
Seguir e imitar Jesus não são escolhas fáceis!
Contexto Religioso
 
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Figura 1.3 – Este é o ícone mais antigo de Jesus e se encontra no Monastério de Santa Cata-
rina no Monte Sinai. 
Para os cristãos, Jesus Cristo, é filho de Deus, que se tornou homem e veio ao 
mundo a fim de pregar o amor a Deus e ao próximo. Contudo, foi perseguido e 
morto pelos que não aceitavam os seus ideais, disse Jesus.
Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem 
maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, 
se fazeis o que vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o quefaz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de 
meu Pai. (João 15, 12-15)
capítulo 1 • 16
Que tal fazer uma parada para meditar o que está estudando? Se você é um 
Cristão, renovará sua fé. Se você não é, vale conhecer mais de perto o Cristianismo 
em suas origens. 
É assim, os Cristãos acreditam. Reflita e medite com a letra da canção e tam-
bém com as imagens:
Ouça e veja: REAVIVA A TUA IGREJA: O martírio dos primeiros cristãos 
Mara Lima
REAVIVA A TUA IGREJA
Da firmeza e vontade, da fé e devoção
Da igreja do tempo de Paulo, de Pedro e João
Que enfrentaram a fúria de Roma
Mas nunca negaram sua fé de cristãos
É um exemplo pra mim, verdadeira lição
Eu queria ver a bravura dos santos em plena arena
Enfrentando os leões
Quanto mais a fogueira queimava
Mais se ouvia o louvor dos nossos irmãos
Sob o sangue, tombavam nas ruas
Chegavam no céu com a vitória nas mãos
É um exemplo pra mim, verdadeira lição
Oh, meu Deus, reaviva tua igreja de novo
Faz a chama arder nesse povo
Como foram os primeiros cristãos
Oh, meu Deus, reaviva tua igreja de novo
Faz a chama arder nesse povo
Começando em meu coração
Começando em meu coração
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=x69syp25VZ0>.
Vamos continuar nossa jornada de estudo sobre a História do Cristianismo 
através da análise de outra canção, que vai ao encontro direto do nosso centro 
de interesse: Jesus Cristo! É uma Canção de autoria de Padre Zezinho: “Um cer-
to Galileu”.
capítulo 1 • 17
CONEXÃO
Escute a canção. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=gAz9VMIXE6Q>.
Passagens Bíblicas das situações destacadas na canção:
Mateus 4, 18: Andando à beira do mar da Galileia, Jesus viu dois irmãos: Simão, chama-
do Pedro, e seu irmão André. Eles estavam lançando redes ao mar, pois eram pescadores.
João 2,1: E, ao terceiro dia, fizeram-se umas bodas em Caná da Galiléia; e estava ali a 
mãe de Jesus
Um certo Galileu 
Um certo dia, a beira mar 
Apareceu um jovem Galileu
Ninguém podia imaginar 
Que alguém pudesse amar 
do jeito que ele amava
Seu jeito simples de conversar
Tocava o coração de quem o escutava
E seu nome era Jesus de Nazaré
Sua fama se espalhou e todos vinham ver
O fenômeno do jovem pregador
Que tinha tanto amor
Naquelas praias, naquele mar
Naquele rio, em casa de Zaqueu
Naquela estrada, naquele sol
E o povo a escutar histórias tão bonitas
Seu jeito amigo de se expressar 
Enchia o coração de paz tão infinita
Em plena rua, naquele chão
Naquele poço e em casa de Simão
Naquela relva, no entardecer
capítulo 1 • 18
O mundo viu nascer a paz de uma esperança
Seu jeito puro de perdoar
Fazia o coração voltar a ser criança
Um certo dia, ao tribunal
Alguém levou o jovem Galileu
Ninguém sabia qual foi o mal
E o crime que ele fez; quais foram seus pecados
Seu jeito honesto de denunciar 
Mexeu na posição de alguns privilegiados
E mataram a Jesus de Nazaré
E no meio de ladrões puseram sua cruz
Mas o mundo ainda tem medo de Jesus
Que tinha tanto amor
Vitorioso! Ressuscitou!
Após três dias à vida Ele voltou
Ressuscitado, não morre mais
Está junto do Pai
Pois Ele é o Filho Eterno
Mas ele vive em cada lar
E onde se encontrar
Um coração fraterno
Proclamamos que Jesus de Nazaré
Glorioso e Triunfante,
Deus Conosco está!
Ele é o Cristo e a razão da nossa fé
E um dia voltará!
Após ouvir a canção e consultar as citações bíblicas, que fundamentam a mes-
ma ainda por ela, vamos continuar nossa jornada de estudo.
As palavras e as frases que foram destacadas continuarão sendo nosso foco. 
São pontos importantes para compreendermos sobre a vida de Jesus Cristo, o 
Galileu. Vamos buscar as referências da canção para continuar o estudo da História 
do Cristianismo.
capítulo 1 • 19
Primeiro bloco de frases e de palavras destacadas
Um certo dia, à beira mar 
Apareceu um jovem Galileu 
E seu nome era Jesus de Nazaré 
Naquelas praias, naquele mar, naquele rio, naquele poço.
CONTEXTUALIZANDO
•  A cidade de Nazaré se tornou famosa porque o anjo Gabriel anunciou o 
nascimento de Jesus neste lugar (cf. Lc 1,27) à uma Virgem chamada Maria, pro-
metida em casamento a um jovem chamado José (cf. Mt 1,18). Em Nazaré a 
Santíssima Virgem disse “sim” ao anúncio do Arcanjo. Foi onde também a Sagrada 
Família composta por Jesus, Maria e José – viveu. Foi ali que Jesus Cristo viveu 
toda a vida oculta até que desse início à vida pública.
Figura 1.4 – Anunciação – Leonardo da Vinci. Disponível em: <http://www.dominiopublico.
gov.br/download/imagem/uf000001.jpeg>.
capítulo 1 • 20
O Papa Paulo VI fez uma Alocução pronunciada em Nazaré a 5 de janeiro de 
1964 intitulada: As lições de Nazaré. Uma bela declaração de amor: 
Nazaré é a escola onde se começa a compreender a vida de Jesus: a escola do Evan-
gelho. Aqui se aprende a olhar, a escutar, a meditar e penetrar o significado, tão pro-
fundo e tão misterioso, dessa manifestação tão simples, tão humilde e tão bela, do 
Filho de Deus. Talvez se aprenda até, insensivelmente, a imitá-lo.
Aqui se aprende o método que nos permitirá compreender quem é o Cristo. Aqui se 
descobre a necessidade de observar o quadro de sua permanência entre nós: os luga-
res, os tempos, os costumes, a linguagem, as práticas religiosas, tudo de que Jesus se 
serviu para revelar-se ao mundo. Aqui tudo fala, tudo tem um sentido. 
CONEXÃO
Abra o link e continue lendo: <http://w2.vatican.va/content/paul-vi/es/speeches/1964/
documents/hf_p-vi_spe_19640105_nazareth.html>.
•  Jesus nasceu em Belém, cidadezinha a 100 quilômetros de Nazaré, também 
conhecida como “Belem Efrata”. 
 
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capítulo 1 • 21
•  José era da família do Rei Davi, e por isso teve que ir para lá com Maria para 
fazer o recadastramento do senso. (Belém hoje se localiza na Palestina). 
•  Belém ficava em Judéia. Era um povoado e saíam de Belém para irem para 
Jerusalém para as Festas. Nazaré era uma cidade da Galileia. 
O relato do Nascimento pelo relato do Apostolo Lucas (Lc 2,1-7)
Naqueles dias, César Augusto publicou um decreto ordenando o recenseamento de 
todo o império romano. Este foi o primeiro recenseamento feito quando Quirino era 
governador da Síria. E todos iam para a sua cidade natal, a fim de alistar-se. Assim, 
José também foi da cidade de Nazaré da Galileia para a Judeia, para Belém, cidade 
de Davi, porque pertencia a casa e à linhagem de Davi. Ele foi a fim de alistar-se, com 
Maria, que lhe estava prometida em casamento e esperava um filho. Enquanto estavam 
lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em 
panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria.
Observe com atenção a cena do Nascimento de Jesus. Pela Arte, temos a pos-
sibilidade de entrar na cena.
 
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Figura 1.5 – The Adoration of the Magi - ANTONIO VIVARINI (Murano, 1440-1480) - 
Gemäldegalerie, Berlin.
•  A viagem para Belém fazia parte do Plano de Deus, pois a Profecia de 
700 anos AC já anunciava lá nasceria o Messias, conforme podemos conferir em 
capítulo 1 • 22
Miqueias 5,2: "Mas tu, Belém-Efrata, tão pequena entre os clãs de Judá, é de 
ti que sairá para mim aquele que é chamado a governar Israel. Suas origens 
remontam aos tempos antigos, aos dias do longínquo passado".
•  Depois que o Rei Herodes morreu, José, Maria e Jesus voltaram para 
Nazaré. Herodes era o Rei que mandou matar todos os meninos para tentar matar 
o Menino Jesus. Confira o Relato do Apostolo Mateus sobre a Matança dos 
Inocentes: (Mt 2, 16,18)
Então Herodes, vendo que tinha sido iludido pelos magos, irritou-se muito, e mandou 
matar todos os meninos que havia em Belém, e em todos os seus contornos, de dois 
anos para baixo, segundo o tempo que diligentemente inquirira dos magos. Então se 
cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias, que diz: Em Ramá se ouviu uma voz. La-
mentação, choro e grande pranto: Raquel chorando os seus filhos, E não quer ser con-
solada, porque já nãoexistem.
Observe com atenção a cena do “Massacre dos Inocentes”. A Arte nos ajuda 
entrar na história, compreendê-la e senti-la.
Figura 1.6 – Matteo di Giovanni - 1482 Massacre dos Inocentes.
capítulo 1 • 23
"O Massacre dos Inocentes”, um óleo sobre tela, datado de 1482 e pertencente à Gal-
leria Nazionale di Capodimonte, em Nápoles, é considerado a obra-prima de Matteo di 
Giovanni di Bartolo, um pintor renascentista italiano também conhecido por Matteo di 
Siena, por se ter radicado nessa cidade. Nascido em Borgo Sansepolcro, cerca de 1430, 
foi viver para Siena quando a sua família para ali se mudou, e aí faleceu em 1495. Entre 
as suas obras principais contam-se também um retábulo datado de 1477, para o Ora-
tório da Igreja de Nossa Senhora da Neve, em Siena e o retábulo de Santa Bárbara, de 
1478/9, para a Igreja de San Domenico. Disponível em: <http://tulacampos.blogspot.
com.br/2012/12/massacre-dos-inocentes.html>. Acesso em: 05 nov. 2017.
•  Ao voltarem para Nazaré, Jesus cresceu e, anos mais tarde, cumpriu a Missão 
para qual havia sido enviado por Deus: Ele é o Salvador do mundo!;
•  Em Nazaré, Jesus passou a Infância Durante o seu Ministério Jesus mora 
também em Cafarnaum à beira do Mar, por isso, muitas vezes, encontramos cenas 
no mar e sobre o Mar da Galileia;
•  Em Samaria havia o Poço onde Jesus encontrou a Samaritana, quando Jesus 
saía da Judéia e ia para a Galileia e precisava passar por Samaria, que tinha con-
flitos com os outros povos de Israel. Havia mudança na forma de adorar a Deus 
e evitava os demais povos. A Região da Galileia era uma região mais pobre. Mais 
simples. Nazaré estava na Galileia, onde Jesus passou a infância;
•  Em Jerusalém estava o tempo de Salomão: Os Sacerdotes cuidavam do tem-
po. Conhecimento da Lei e da Religião Judaica. 
Segundo bloco de palavras e frases destacada
Um certo dia, ao tribunal
Mexeu na posição de alguns privilegiados
E no meio de ladrões puseram sua cruz.
Vitorioso! Ressuscitou!
Ele é o Cristo e a razão da nossa fé
E um dia voltará!
CONTEXTUALIZANDO
capítulo 1 • 24
Lembra-se de Herodes, o Grande? Ele já foi apresentado neste estudo, não é 
mesmo? Ele mandou matar três filhos e a esposa. Foi um dos reis mais violentos da 
história do Cristianismo. Fez cair o sangue dos inocentes para tentar matar Jesus. 
Tivemos a oportunidade de contemplar a obra da “Matança dos Inocentes”. 
Herodes, o Grande, deixou muitas heranças do mal para o mundo e entre elas, 
um de seus filhos, o também chamado Herodes. O filho continuou a tentativa de 
colocar em prática o projeto do pai: perseguir e matar Jesus. Um no início, quando 
Jesus era uma criança. O outro, quando Jesus estava em pleno desenvolvimento de 
sua Missão como Filho de Deus, como o Messias. 
Jesus é o Messias enviado por Deus! Essa verdade sempre desagradou ao poder 
romano. Desde criança Jesus já compreendia a sua Missão e já ensinava nos tem-
plos admirando a todos os que ouviam. A fama de Jesus foi se espalhando e todos 
queriam ver o “Jovem Pregador”
Jesus ensinava nas Sinagogas. Como assim? As Sinagogas não são templos dos 
Judeus? Sim! Jesus era um judeu e assim como qualquer cidadão, por sua condição 
100% humana, seguia as leis de seu povo e frequentava as sinagogas. 
Ele foi apresentado ao nascer em uma Sinagoga. Confira o relato do Evangelista 
Lucas sobre a apresentação de Jesus no Templo (Lc 2,22-35).
Concluídos os dias da sua purificação segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusa-
lém para apresentá-lo ao Senhor, conforme o que está escrito na lei do Senhor: Todo 
primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Ex 13,2); e para ofere-
cerem o sacrifício prescrito pela lei do Senhor, um par de rolas ou dois pombinhos. 
Ora, havia em Jerusalém um homem chamado Simeão. Este homem, justo e piedoso, 
esperava a consolação de Israel, e o Espírito Santo estava nele. Fora-lhe revelado pelo 
Espírito Santo que não morreria sem primeiro ver o Cristo do Senhor. Impelido pelo 
Espírito Santo, foi ao templo. E tendo os pais apresentado o menino Jesus, para cum-
prirem a respeito dele os preceitos da lei, tomou-o em seus braços e louvou a Deus 
nestes termos: Agora, Senhor, deixai o vosso servo ir em paz, segundo a vossa palavra. 
Porque os meus olhos viram a vossa salvação que preparastes diante de todos os po-
vos, como luz para iluminar as nações, e para a glória de vosso povo de Israel. Seu pai 
e sua mãe estavam admirados das coisas que dele se diziam. Simeão abençoou-os e 
disse a Maria, sua mãe: Eis que este menino está destinado a ser uma causa de que-
da e de soerguimento para muitos homens em Israel, e a ser um sinal que provocará 
contradições, a fim de serem revelados os pensamentos de muitos corações. E uma 
espada transpassará a tua alma.
A apresentação do menino Jesus, no templo, evidencia as Promessas de Deus 
que estavam se concretizando na história da humanidade. São Profecias que foram 
capítulo 1 • 25
feitas pelos Profetas e entre eles. O Profeta Isaias, sete séculos antes da vinda do 
Salvador, do Messias, já profetizava:
 9 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho e chamá-lo-ão pelo nome 
de Emanuel. (Isaías 7,14)
 9 O povo que andava em trevas viu uma grande luze sobre os que habitavam 
nas regiões da sombra da morte resplandeceu a luz. (Isaías 9,2)
 9 Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está so-
bre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, 
Pai Eterno, Príncipe da Paz. Ele estenderá o seu domínio, e haverá paz sem fim 
sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, estabelecido e mantido com justiça 
e retidão, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isso. 
(Isaías 9,6-7) 
Jesus anuncia o reino de Deus
Conforme o menino crescia e compreendia cada vez mais sua missão, crescia 
também a desconfiança e a insatisfação dos que não aceitavam o aceitavam. 
Aos 12 anos, Jesus, mais uma vez protagoniza uma cena no Templo. 
Acompanhe o relato do Apostolo Lucas, 4, 41-52:
De ano em ano, seus pais costumavam ir a Jerusalém para a Festividade da Páscoa. E, 
quando ele tinha 12 anos de idade, subiram segundo o costume da festividade. Quan-
do a festividade terminou e eles começaram a viagem de volta, o menino Jesus ficou 
em Jerusalém, mas seus pais não perceberam. Pensando que ele estivesse no grupo 
que viajava junto, percorreram a distância de um dia e então começaram a procurá-lo 
entre os parentes e conhecidos. Mas, visto que não o acharam, voltaram a Jerusalém 
e o procuraram cuidadosamente. Pois bem, depois de três dias, eles o acharam no 
templo, sentado no meio dos instrutores, escutando-os e fazendo-lhes perguntas. Mas 
todos os que o escutavam ficavam admirados com o seu entendimento e suas respos-
tas. Assim, seus pais ficaram espantados quando o viram, e sua mãe lhe disse: “Filho, 
por que você fez isso conosco? Olhe, seu pai e eu estávamos desesperados procu-
rando você.” Mas ele lhes disse: “Por que estavam procurando por mim? Não sabiam 
que eu devia estar na casa do meu Pai?” No entanto, não compreenderam o que ele 
estava lhes dizendo. Então ele desceu com eles e voltou a Nazaré, e continuou a estar 
sujeito a eles. Também, sua mãe guardava cuidadosamente todas essas declarações 
no coração. E Jesus progredia em sabedoria e em desenvolvimento físico, e no favor 
de Deus e dos homens.
capítulo 1 • 26
Figura 1.7 – Disponível em: <http://joseinacioh.blogspot.com.br/2015/12/evangelho-sao
-lucas-241-52-festa-da_20.html>. Acesso em: 06 nov. 2017.
Jesus é condenado, morto e ressuscitado e um dia voltará.
Na Canção “Um certo Galileu” diz que Jesus “mexeu na posição de alguns pri-
vilegiados”. Jesus não agradou ao poder romano. Ao começar sua vida pública, aos 
30 anos, Jesus foi arrebanhando muitas pessoas. Era um pequeno grupo no começo, 
mas logo, multidões seguiam Jesus para ouví-lo, para tocá-lo e também em busca de 
milagres. Jesus falava de um Reino que não era desse mundo, mas um Reino que era 
de Deus. Jesus mexeusim com questões muito sérias: poder religioso e poder políti-
co. O Deus era o do Imperador! Não havia outro para os que dominavam. Além de 
tudo, Jesus estava ganhando fama e levando consigo multidões que antes só admira-
vam o rei. Jesus “transgrediu costumes” e inaugurou um novo modo de convivência. 
A sua transgressão do repouso sabático também chocou. Por várias vezes, Jesus cura 
em dia de sábado; para se justificar, reivindica a necessidade imperiosa de salvar uma 
vida (Mc 3,4). Quando Jesus comenta a Tora (a Lei), que é a coletânea das prescrições 
divinas, o imperativo do amor ao outro desvaloriza todas as outras prescrições; até o 
rito sacrificial no Templo de Jerusalém deve ser interrompido perante a exigência de 
se reconciliar com o seu adversário (Mt 5,23-23). Em suma: tanto as curas como a 
leitura da Tora participam num estado de urgência provocado pela iminência da vinda 
de Deus. Jesus está convencido de que, dentro de pouco tempo, acontecerá a vinda 
de Deus que, com o seu julgamento, suprimirá todas as causas de sofrimento e reunirá
capítulo 1 • 27
os seus à sua volta. Já nada importa senão chamar à conversão. Opções chocantes 
de solidariedade social. Os Evangelhos e o Talmude judeu falam concordantemente da 
tolerância chocante de Jesus quanto às suas atitudes e amizades. Tornou-se solidário 
com todas as categorias. CORBIN, Alain (org.). (CORBIN, Alain (org.). 2009, p. 138)
Para os judeus, o Messias não seria um Deus de amor, mas deveria ter lideran-
ça política. Eles esperavam um restaurador que lutasse contra a opressão, mas seria 
um líder terreno e não Divino. Os judeus esperavam um messias que reconquis-
tasse o esplendor de Israel. Não foi a revolução que queriam, pois Jesus pregava a 
conversão, o amor, a paz e um novo tempo em Deus. 
Muitos queriam segui-lo, mas nem sempre aceitavam as condições, assim como o 
jovem rico que ficou encantado e desejo, mas não teve coragem de aceitar a proposta.
Eis que alguém se aproximou de Jesus e lhe perguntou: “Mestre, que farei de bom para ter 
a vida eterna?” Respondeu-lhe Jesus: “Por que você me pergunta sobre o que é bom? Há 
somente um que é bom. Se você quer entrar na vida, obedeça aos mandamentos”. “Quais?”, 
perguntou ele. Jesus respondeu: “‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás 
falso testemunho, honra teu pai e tua mãe’[a] e ‘Amarás o teu próximo como a ti mesmo’[b”. 
Disse-lhe o jovem: “A tudo isso tenho obedecido. O que me falta ainda?” Jesus respondeu: 
“Se você quer ser perfeito, vá, venda os seus bens e dê o dinheiro aos pobres, e você terá 
um tesouro nos céus. Depois, venha e siga-me”. Ouvindo isso, o jovem afastou-se triste, 
porque tinha muitas riquezas. (CORBIN, Alain (org.). 2009, p. 134-135)
Claramente a proposta de Jesus é espalhada. Todos já sabiam qual era o Reino 
que Ele buscava e a serviço de quem Ele estava. Jesus ampliava, por um lado, a 
admiração, mas por outro o ódio daqueles que mais tarde seriam seus algozes.
O apelo para seguir Jesus começa a quebrar as sociedades mais intocáveis: já não 
há necessidade de despedir-se dos seus nem de cuidar das exéquias do seu pai (Lc 
9,59-62). Este atentado aos escritos funerários e aos deveres familiares deve ter sido 
considerado totalmente indecente, escandaloso. Outro sinal de urgência: a necessi-
dade de anunciar o Reino de Deus é tão imperiosa que os seus discípulos recebem 
a ordem de ir dar testemunho sem levar alforge nem sandálias nem saudar ninguém 
pelo caminho (Lc 10,4). CORBIN, Alain (org.). (CORBIN, Alain (org.). 2009, p. 136)
Não somente para os judeus, mas também para os romanos, Jesus causava es-
panto. Logo perceberam que Jesus estava mexendo com o cotidiano de todos, pois 
capítulo 1 • 28
não tinha medo de defender os que sofriam por causa dos poderosos. Neste sen-
tido, toda elite econômica e religiosa estava buscando caminhos para calar Jesus.
E foi nestes fatos que eles conseguiram levar Jesus a julgamento. Jesus foi colo-
cado como inimigo dos judeus e também um grande inimigo do império romano. 
Jesus mexeu na posição de alguns privilegiados, não é isso que diz a canção? Jesus 
ensinava, curava, amava, corrigia e anunciava o Reino:
Ao contrário dos rabinos (doutores da Lei) da época, Ele ensina com uma linguagem 
simples; as suas parábolas retomando quadro familiar dos seus ouvintes (o campo, o 
lago, as vinhas) para falar surpreendentemente de um Deus próximo e acolhedor. Sim-
plifica a obediência à Lei, centrando-a, como outros rabinos antes dele, no amor aos 
outros. Os seus numerosos atos de cura revelam que Ele era um curador talentoso e 
apreciado. Com o seu grupo de aderentes, leva uma vida itinerante; vão-se aumentan-
do e alojando nas aldeias onde param. Além de um círculo próximo de doze galileus, 
há outros homens e mulheres que o acompanham e partilham o seu ensino diário. 
CORBIN, (CORBIN, Alain (org.). 2009, p. 137)
Jesus ensinava com paciência, amor e com o método da parábola para que seus en-
sinamentos pudessem ser aprendidos de forma significativa. No entanto, em algumas 
situações, Jesus percebia que precisava apresentar sua autoridade diante das coisas que 
passavam dos limites. Um dos comportamentos que Jesus corrigia, se relacionava ao 
uso do Templo. O mesmo não podia ser profanado pelo pecado do homem. Por isso 
mesmo, certa vez, Jesus expulsou os vendilhões com um chicote. Não é a imagem de 
um Jesus rude que esta citação nos apresenta, mas a imagem de um Jesus que se man-
tem fiel à sua Missão e para isso age energicamente com os que insistiam em profanar a 
Casa de seu Pai. Jesus estava cada vez mais próximo de sua condenação e morte. Como 
já citado, buscaram argumentos para levá-lo ao julgamento. 
Acompanhe o relato de Jesus expulsando os vendilhões do Templo: Jo 2,13-25
Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Encontrou no templo 
os negociantes de bois, ovelhas e pombas, e mesas dos trocadores de moedas. Fez 
ele um chicote de cordas, expulsou todos do templo, como também as ovelhas e os 
bois, espalhou pelo chão o dinheiro dos trocadores e derrubou as mesas. Disse aos 
que vendiam as pombas: Tirai isto daqui e não façais da casa de meu Pai uma casa de 
negociantes. Lembraram-se então os seus discípulos do que está escrito: O zelo da tua 
casa me consome (Sl 68,10). Perguntaram-lhe os judeus: Que sinal nos apresentas tu, 
para procederes deste modo? Respondeu-lhes Jesus: Destruí vós este templo, e eu o 
reerguerei em três dias. Os judeus replicaram: Em quarenta e seis anos foi edificado 
este templo, e tu hás de levantá-lo em três dias?! Mas ele falava do templo do seu corpo. 
capítulo 1 • 29
Depois que ressurgiu dos mortos, os seus discípulos lembraram-se destas palavras e 
creram na Escritura e na palavra de Jesus. Enquanto Jesus celebrava, em Jerusalém, a 
festa da Páscoa, muitos creram no seu nome, à vista dos milagres que fazia. Mas Jesus 
mesmo não se fiava neles, porque os conhecia a todos. Ele não necessitava que alguém 
desse testemunho de nenhum homem, pois ele bem sabia o que havia no homem.
 
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Figura 1.8 – Jesus expulsa os vendilhões do Templo, de Giotto (sec. XIV), Capela Scrovegni.
Já estava claro, Jesus veio para uma Missão diferente e ameaçava o que já es-
tava constituído. Ele precisava ser parado. Ele estava incomodando, ameaçando e 
perturbando a ordem pública.
A subida a Jerusalém irá causar a sua morte. Comete no Templo um gesto profético que 
atrai a hostilidade da elite política de Israel: derruba as bancas dos vendedores de animais de 
sacrifício, talvez para protestar contra a multiplicação dos ritos que se interpõem entre Deus 
e o seu povo. Então, por instigação do partido saduceu, decide-se denunciar Jesus ao pre-
feito Pôncio Pilatos por causa da agitação popular. Pressentindo que a hostilidade iria apa-
nhá-lo, Jesus despedira-se dos seus amigos durante uma última refeição (a Ceia), em que 
instaurou um rito de comunhão no seu corpo e no seu sangue: o pão partido e a taça de quetodos bebem simbolizavam a sua morte futura e relembrariam a sua memória. Depois da sua 
detenção, facilitada por um discípulo, Judas, Jesus foi levado perante o prefeito, condenado 
à morte e entregue aos legionários que o pregaram numa cruz. A sua agonia durou apenas 
algumas horas, facto que espantou Pilatos; o homem de Nazaré devia ter uma constituição 
fraca. (CORBIN, Alain (org.). 2009, p. 134-135)
capítulo 1 • 30
 
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E a história não acaba aqui. Ele Ressuscitou! A vida venceu a morte e as pro-
messas de Deus se cumpriram. Jesus vive. "Ele não está aqui, mas ressuscitou" 
(Lucas 24, 6) Ele havia dito: "Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em 
mim, ainda que morra, viverá”. (João 11,25). Os Apóstolos também falaram: 
Vocês mataram o autor da vida, mas Deus o ressuscitou dos mortos. E nós 
somos testemunhas disso. (A.T 3, 15)
Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Venham ver o lugar onde ele jazia. Vão 
depressa e digam aos discípulos dele: Ele ressuscitou dentre os mortos e está 
indo adiante de vocês para a Galileia. Lá vocês o verão. Notem que eu já os 
avisei.( Mateus 28,6-7).
E ele prometeu que também nós Ressuscitaremos:
Não fiquem admirados com isto, pois está chegando a hora em que todos os 
que estiverem nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão; os que fizeram o bem 
ressuscitarão para a vida, e os que fizeram o mal ressuscitarão para serem 
condenados. (João 5,28-29)
capítulo 1 • 31
Jesus Ressuscitado no 3º dia
Figura 1.9 – Disponível em: <http://hdwallpaper.info/wallpaper-jesus>.
ATIVIDADES
01. O povo de Jesus era dividido em vários grupos (saduceus, fariseus, essênios e zelotes). 
Alguns destes grupos acreditavam na vinda de um Messias. No entanto esperavam um Mes-
sias bem diferente de Jesus que dizia ser o “Filho de Deus”. Quais características de Jesus 
definem essa diferença?
02. Alguns ensinamentos de Jesus não agradaram ao poder político e ao poder religioso. 
Jesus foi condenado por mexer na posição dos mesmos. Explique o motivo ou os motivos da 
condenação de Jesus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bíblia Sagrada Online: https://www.bibliacatolica.com.br/
CORBIN, Alain (org.). História do Cristianismo: para compreender melhor nosso tempo. Trad.: 
Eduardo Brandão. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2009.
De Pentecoste a 
Constantino
2
capítulo 2 • 34
De Pentecoste a Constantino
Vamos para mais um passo na jornada de estudo sobre a História do 
Cristianismo? Não se esqueça de que o principal e essencial personagem dessa 
história é Jesus Cristo! 
Neste capítulo, vamos fazer uma longa viagem no tempo. Vamos relembrar 
a História do Cristianismo de Pentecoste a Constantino, especificamente dos sé-
culos de 1 a 3. Estamos nos referindo à Igreja Primitiva. O início da Igreja, o 
Testemunho dos Atos dos Apóstolos, a expansão da Igreja, ao Didaquê (Primeiro 
Catecismo), aos Padres da Igreja ou Pais da Igreja: Os Apostólicos (Aqueles que 
viveram com os Apóstolos) e os Apologistas (aqueles que produziram literatura 
cristã). Vamos estudar a perseguição aos Cristãos, tornando-se implacável com o 
incêndio de Roma. O martírio foi o preço para quem não negou Jesus. São muitos 
acontecimentos, fatos e situações que constituem a história do Cristianismo nestes 
séculos, por isso é muito importante que você pesquise e aprofunde. Vá em frente! 
OBJETIVOS
• Conhecer a História do Cristianismo no tempo de Pentecoste a Constantino, especifica-
mente dos séculos de 1 a 3 percebendo o sofrimento, mas também a resistência dos que 
decidiram seguir Jesus;
• Compreender que os três primeiros séculos fazem parte da Igreja Primitiva e se situa na 
Idade Antiga.
De Pentecoste a Constantino
Iniciando os estudos neste capítulo, vamos partir dos dois pontos do título: 
Pentecoste e Constantino. Pentecoste, por ser o início do Cristianismo e da Igreja. 
Constantino por ter sido o imperador romano que concedeu a liberdade de cul-
to aos cristãos e também aos adeptos de quaisquer outras crenças pelo Édito de 
Milão. Ele tornou o Cristianismo a religião oficial do Império Romano. Vamos 
aprofundar sobre ele no capítulo 3 e neste capítulo já iremos ter algumas pistas de 
quem foi este imperador.
capítulo 2 • 35
Pentecoste
“Pentecostes”: palavra grega (pentekosté) que significa “quinquagésimo”. 
Para os Cristãos, é a memória do dia em que os Discípulos estavam reunidos 
no cenáculo e também estava Maria, a Mãe de Jesus, quando receberam o Espírito 
Santo pela primeira vez. Jesus já havia subido aos céus, a Ascensão. Em Pentecoste 
Jesus apresenta sua Glória e plenifica a Páscoa. Ele venceu a Morte! Está Vivo!
Entendendo os significados de Pentecoste
No antigo testamento:
•  Quinquagésimo dia após a Páscoa judaica cada família oferecia os seus dons 
derivados da colheita. 
Conferir em: Ex 19, 1-16: 
Três vezes por ano celebrarás uma festa em minha honra. Observarás a festa dos Ázi-
mos: durante sete dias, no mês das espigas, como o fixei, comerás pães sem fermento 
(foi nesse mês que saíste do Egito). Não se apresentará ninguém diante de mim com 
as mãos vazias. Depois haverá a festa da Ceifa, das primícias do teu trabalho, do que 
semeaste nos campos; e a festa da Colheita, no fim do ano, quando recolheres nos 
campos os frutos do teu trabalho. (Êxodo 23, 14-16)
 
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capítulo 2 • 36
•  Dia em que os judeus comemoravam com uma grande festa a entrega das 
tábuas da Lei a Moisés sobre o monte Sinai. Jerusalém ficava repleta de estrangei-
ros, judeus vindos de todas as partes do mundo. A “Diáspora”: deslocamento do 
povo, de todos os lados, tendo Jerusalém como destino, para celebrar a festa.
Conferir em Êxodo 19,16-18
Na manhã do terceiro dia, houve um estrondo de trovões e de relâmpagos; uma es-
pessa nuvem cobria a montanha e o som da trombeta soou com força. Toda a multidão 
que estava no acampamento tremia. Moisés levou o povo para fora do acampamento 
ao encontro de Deus, e pararam ao pé do monte. Todo o monte Sinai fumegava, porque 
o Senhor tinha descido sobre ele no meio de chamas; o fumo que subia do monte era 
como a fumaça de uma fornalha, e toda a montanha tremia com violência.
 
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No novo testamento
•  Quinquagésimo dia após a Ressurreição de Cristo. Jesus havia prometido 
aos Discípulos que enviaria o Espírito Santo. Eles estavam temerosos, pois com a 
subida de Jesus aos Céus (Ascensão) havia a insegurança, pois seriam perseguidos, 
mas precisavam manter o testemunho sobre o que viram, ouviram e experimenta-
ram estando ao lado de Jesus. 
capítulo 2 • 37
Depois da Ascensão, os discípulos não tinham mais a presença física do Mestre. 
Por isso Jesus prometeu “outro Consolador”: “Se eu não for, o Consolador não 
virá a vós; mas, quando eu for, vo-Lo enviarei” (João 16.7)
Conferir Atos dos Apóstolos 2,1-3:
Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, 
veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa 
onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se 
repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e 
começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. 
 
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ATENÇÃO
O Novo Pentecostes marca o nascimento da Igreja e definitivamente do Cristianismo. Por 
todas as nações e em todas as Línguas, pela ação do Espírito Santo, o nome de Jesus deve 
ser proclamado para sempre. Todos os povos e nações devem saber que Jesus é o Salvador, 
o Messias enviado que morreu e ressuscitou. Afirma o Apostolo Paulo: “Pois todos nós fomos 
batizados em um Espírito, formando um corpo” ( 1Co. 12.13).
capítulo 2 • 38
Veja no Mapa Conceitual os pontos, que marcam a história do Cristianismo a 
partir de Pentecoste pela ação dosApóstolos Pedro e Paulo:
Pedro toma a palavra
em Pentecostes
Pedro age em nome de Jesus é
testemunha de Jesus
Inicia a Evangelização
dos pagãos(Anos 10). Dá
passos em direção a Eles.
Pedro anuncia Jesus aos pagãos
batiza Cornélio e todos os presentes.
E.S. desce sobre eles. 2° Pentecostes
Testemunho Igreja centrada em Pedro
História do Cristianismo
Atos dos ApóstulosTeologia de Atos dos Apóstolos
Anuncio Catequese
Proposta de um
caminho acontece de
maneira narrativa
Anuncio: tradução do
Kerigma. Valoriza a Pessoa
que se anuncia Boa nova
NT, é o novo jeito de ser,
agir, pensar.
Em uma sociedade de morte.
Anuncio do Ressuscitado é
possibilidade de vida,
caminho de esperança de
Salvação
Pedro e Cornélio
Atos 10, 1-33
Completa e
preenche o anuncio
Ação apostólica de
Paulo. Atos 16, 11-13
Estar no caminho é se
identificar com o Senhor
4ª Viagem vai a Roma centro do mundo, pode testemunhar vida nova em Cristo. Testemunho em
Roma. Sereis minhas testemunhas, em toda Judeia, Samaria e até os Confins do mundo (AT 1,8)
03 Viagens missionárias para difundir o
Evangelho entre os pagãos que o
Evangelho se desenvolve
Decisão importante os Apóstolos
deixam de ouvir e segura
TORAH e fazem as próprias
decisões “DIDAQUÊ”
Igualdade nos
chamados
Controvérsia a respeito
da circuncisão
Concilio ou Assembleia de
Jerusalém
Problemas de
convivência entre
judeus de origem
pagã e judaica
Fatos e atividades de Paulo
sua ação missionária.
Conversão de Saulo/Paulo
determina caminho em direção
aos pagãos. Declara fiél a Cristo
Através dele Deus ampliou os
horizontes da Salvação, fazendo
aliança com a humanidade não
apenas com o judaísmo
Sete representantes do
povo pagão indica para
onde vai a Igreja.
Igreja nascente: centrada na ação
de Jesus, no que Ele fez até partir
desse mundo.
Teofania de Pentecostes
entre judeus e pagãos
Escolha dos 7 Diáconos e
martírio de Estevão que dá
testemunho supremo de Fé
Figura 2.1 – Mapa Conceitual construído pelo Profa Osana Nazaré Venancio.
Constantino
Para início de conversa é preciso saber que Constantino foi um Imperador 
Romano, proclamado Augusto pelas suas Tropas em 306. Ele é também conheci-
do como Constantino Magno ou Constantino, o Grande.
CURIOSIDADE
Augusto significa (Augustus, plural: augusti, Latim para "majestoso", "o exaltado", ou 
"venerável").
capítulo 2 • 39
Foi um Imperador que venceu muitas batalhas e entre elas Magêncio e Licínio 
durante as guerras civis. Lutou contra os francos e alamanos, os visigodos e os 
sármatas. Construiu a Nova Roma, uma nova residência imperial em lugar de 
Bizâncio que ficou conhecida como Constantinopla, que se tornou a capital do 
Império Romano do Oriente por mais de mil anos. Por isso que ele é considerado 
como um dos fundadores do Império Romano do Oriente. Estamos apenas come-
çando a conhecê-lo, mas no 3º Capítulo poderemos conhecer melhor suas ações. 
Antes de voltar ao começo, ainda sobre Constantino, não nos prenderemos às 
questões que envolvem os muitos questionamentos sobre sua conversão e sobre os 
interesses que o levaram a proteger o Cristianismo, mas situaremos o Cristianismo 
a partir do governo do mesmo:
Qualquer que tenha sido a fé individual de Constantino, o fato é que ele educou seus 
filhos no cristianismo, associou a sua dinastia a esta religião, e deu-lhe uma presença 
institucional no Estado romano (a partir de Constantino, o tribunal do bispo local, a 
episcopalis audientia, podia ser escolhida pelas partes de um processo como tribunal 
arbitral em lugar do tribunal da cidade[25]). E quanto às suas profissões de fé pública, 
num édito do início de seu reinado, em que garantia liberdade religiosa, ele tratava os 
pagãos com desdém, declarando que lhes era concedido celebrar "os ritos de uma 
velha superstição". (Código Teodosiano, 2003, pg. 74)
Figura 2.2 – Constantino e sua mãe, Helena (Wikimedia Commons/CC BY-SA 4.0).
capítulo 2 • 40
Neste capítulo, teremos a oportunidade de situar o Cristianismo, como elu-
cida o título: de Pentecoste até o Constantino, por isso, a partir daqui, voltare-
mos ao começo da história, em Pentecoste e viajaremos pelos fatos até chegar 
Constantino, quando encerramos o 2º capítulo e passaremos para o 3º capítulo: 
De Constantino a Reforma.
No capítulo I você teve a oportunidade de estudar sobre aquele que é a essên-
cia do Cristianismo. Teve a oportunidade de conhecer ou revisar fatos da vida de 
Jesus Cristo: nascimento, vida pública, morte e Ressurreição pela dimensão da fé. 
Esse estudo foi importante para que, nos próximos capítulos, você possa situar o 
Cristianismo, que é o seguimento a Jesus Cristo, nas dimensões históricas, sociais, 
políticas e também de fé. O Cristianismo está marcado pelas perseguições, mas 
resiste ao longo dos séculos como uma das principais religiões da humanidade. 
Dedique-se à construção de seu conhecimento e olhe para a História como 
um processo humano e divino, pois a história do Cristianismo é feita por homens, 
mas que creram na ação de Deus sobre os fatos, por isso que estudar Teologia en-
volve essencialmente a dimensão de fé.
CONEXÃO
Visite o Portal do Cristianismo. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/
Portal:Cristianismo>.
A divisão da história do Cristianismo
Para que você se localize na história do Cristianismo, é muito importante que 
conheça a divisão dos períodos da história situando-se nos mesmos: A divisão do 
tempo recebe o nome e periodização clássica e divide a História em cinco grandes 
períodos. Vamos nos dedicar aos quatro após a Pré-História. 
ATENÇÃO
Não se esqueçam de que o nosso foco é o Cristianismo em cada período da História. 
Neste capítulo estamos situados na Idade Antiga.
capítulo 2 • 41
HISTÓRIA
Pré-História
Teve início com o
aparecimento do
homem há cerca de
4 milhões de anos.
Esse longo período
costuma ser dividido
em Paleolí�co,
Neolí�co e Idade dos
Metais.
Nascimento de
Jesus Cristo
a.C /d.C
Contagem dos séculos:
 • Se o ano não termina com dois zeros,
�ramos os dois úl�mos algarismos e
somamos 1 ao número que restou:
1808/18 + 1: séc. XIX
1654/16 + 1: séc.XVII
• Se o ano termina com dois zeros,
�ramos o zero e encontramos o século:
1700 – séc. XVII
2000 – séc. XX
Idade An�ga Idade Média IdadeModerna
Idade
Contemporânea
Para os historiadores, a invenção
da escrita, por volta de 4.000
a.C, marca a passagem da Pré-
História para a História.
Idade Antiga
Jesus Cristo, no ano 1 d.C. até o ano de 476 d.C.
Roma foi invadida pelos povos germânicos e eslavos que ficou conhecido pelos 
romanos como os “bárbaros”. Caracteriza-se pelo nascimento e expansão inicial 
do Cristianismo. Houve muitas crises provocadas pelas rupturas com o Judaísmo 
e muitas perseguições dos Romanos aos Cristãos. A sociedade, neste tempo, estava 
marcada pela existência de grandes impérios e pelo escravismo. 
capítulo 2 • 42
Idade Média
Abrange um longo (quase dez séculos). Vai do século V ao século XV. Teve iní-
cio com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e o fim, pela tomada 
de Constantinopla pelos turcos, em 1453, culminando com o declínio do poder 
temporal dos papas até o início da reforma protestante, em 1517.
Foi um Período de crescimento e expansão do Cristianismo, que ficou conhe-
cido como “Cristandade”. O Cristianismo torna-se uma grande força no mundo 
ocidental, sendo assim, toda a vida social girava em torno da vida cristã. 
Os historiadores dividem a Idade Média em duas partes: Alta Idade Média, 
meados do século V até o fim do século X e do século XI e a Baixa Idade Média 
(meados do século XV).
Idade Moderna
Período compreendido entre os séculos XV e XVIII. Foram os europeus desse 
tempo que se autodenominaram modernos. Um período que começou com a to-
mada da cidade de Constantinopla pelos Turcos-Otomanos, em 1453, e encerrou-
se com a queda da Bastilha e a Revolução Francesa, em 1789. Também é o Período 
da crise eclesial no renascimento, da Reforma Protestante Luterana e formação de 
novas igrejas: Luterana, Calvinista eAnglicana. Também foi um período de trans-
formações paradigmáticas, a invenção da imprensa, o desenvolvimento marítimo 
e pelo modo de produção capitalista.
ATENÇÃO
Apesar de ficar conhecido como Idade Moderna, este período não se refere aos dias 
atuais, mas ao que era novo após a Idade Média.
CONEXÃO
Verifique os principais fatos da Idade Moderna. Disponível em: <https://www.suapesquisa. 
com/historia/idade_moderna.htm>.
capítulo 2 • 43
Idade Contemporânea
Teve início em 1789 e continua até nossos dias. Período marcado por trans-
formações profundas na sociedade e também por conflitos mundiais. A adoção da 
Revolução Francesa como ponto inicial desse período da história remete ao im-
pacto de seus efeitos em diversos locais do mundo. Tempo de novas perseguições 
aos Cristãos, inclusive com genocídios. A rejeição ao religioso toma força a partir 
do século XVIII.
O Cristianismo tornou-se a Religião mais perseguida. Pesquisas apontam que 
no tempo presente “a cada cinco minutos morre um Cristão no Oriente Médio”. 
Gabriel Nadaf (2016) afirma:
O que acontece no Oriente é um genocídio e está acontecendo hoje, agora (...). A cada 
cinco minutos um cristão morre no Oriente Médio e os líderes mundiais sabem. Levo 
anos gritando isso enquanto o mundo se cala (...) o Oriente Médio está esvaziando-se 
de cristãos e foi lá onde a sua fé nasceu. (NADAF. Gabriel 2016. P 34)
As Religiões tentam encontrar caminhos para sobreviverem no mundo pós-mo-
derno. A Igreja Católica Apostólica Romana a partir do Concílio Vaticano II, pelas 
tentativas bem-sucedidas de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso, amplia sua ação 
evangelizadora. As Igrejas Protestantes também se lançam no novo tempo de diálogo e 
de ecumenismo. Dessa forma, há mais pontos que unem do que pontos que separam.
Agora, que recordamos a periodização da História, vamos situar o Cristianismo 
ao longo da mesma utilizando a estruturação de BIHLMEYERTUECHLE (1964): 
capítulo 2 • 44
a) Idade Antiga
1º período (1-313): marcado pela atuação da Igreja no Império Romano pagão (per-
seguições dos mártires).
2º período (313-692): marcado pela atuação da Igreja no Império Romano cristão 
(oficialização do Cristianismo e dos grandes concílios). 
b) Idade Média 
1º período (692-1073): marcado pela atuação da Igreja na formação da Europa (cris-
tandade medieval).
2º período (1073-1303): em que se deu o apogeu do poder temporal dos papas (auge 
da cristandade). 
c) Idade Moderna 
3º período (1303-1517): marcado pelo clamor pela reforma (crise eclesial pré-luterana). 
4º período (1517-1648): marcado pelas Reformas Protestante e Católica (renovação 
e fechamento tridentino).
d) Idade Contemporânea
5º período (1648-1789): estendeu-se até a Revolução Francesa (silêncio eclesial e 
críticas modernistas). 
6º período (período após 1789): marcado pelas revoluções sociais (intransigência católica, 
diálogo com modernidade e abertura pós-vaticana) (BIHLMEYERTUECHLE, p.16-17)
Fundação do Cristianismo 
O Cristianismo tem como berço a Palestina e foi fundado por Jesus Cristo e 
teve continuidade com seus discípulos, com destaque inicial para Pedro, Paulo e 
os apóstolos. 
 
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capítulo 2 • 45
Quando o Cristianismo foi fundado, os romanos tinham muito poder e domi-
nava a política e tinha grande exército de batalhas. Os Romanos viviam o apogeu. 
Como estudado no primeiro capítulo, a Palestina pertencia ao Império 
Romano. Depois da tomada de Jerusalém (Pompeu no ano 63 a.C.) não existiu 
mais um Estado judaico independente. Depois da morte do idumeu Herodes 
(37–4 a.C.), Augusto deixou o seu território aos filhos. A Palestina era uma região 
desprezada, assim como também o seu povo Judeu. O imperador possuía poder 
ilimitado; o governo era moderado, e as províncias tinham autonomia.
Fazendo memória
Volte ao capítulo I e relembre quem foram os Herodes que marcaram a História do Cris-
tianismo. Eles foram os grandes perseguidores de Jesus.
Foi no Império Romano que os primeiros cristãos viveram e deram continui-
dade à obra de Jesus Cristo e fundaram a Igreja e promoveram as comunidades 
cristãs por todos os lados.
Esse período classifica-se como Cristianismo primitivo (séculos I, II, III e par-
te do IV). Vai da Ressurreição de Jesus e depois com Pentecostes, até a abertura do 
Concílio de Niceia. De 30 d.C. 325, que veremos no capítulo 3, mas você pode 
começar a pesquisa.
A separação do Cristianismo e do Judaísmo 
O Cristianismo Surgiu como seita judaica surgida no século 1º, mas pouco a 
pouco houve a ruptura com o Judaísmo. Foi pelo Concílio de Jerusalém, ano 52, 
que o Cristianismo se desvincula do Judaísmo de vez. Surge definitivamente uma 
nova religião.
Nos primeiros séculos, os romanos perseguiram o Cristianismo ocasionando a 
morte de milhares de mártires e dificuldades para a expansão cristã. 
Inicialmente, os cristãos foram vistos como "judeus fervorosos", mas, com 
o passar do tempo, a pregação cristã, que enfatizava Jesus Cristo, como filho de 
Deus, fez com que os judeus os proibissem de pregar. Tal medida não foi suficiente 
e os cristãos foram expulsos das sinagogas judaicas. Os cristãos, diferentemente 
dos judeus, passaram a adotar os livros do Novo Testamento, escrito após advento 
de Jesus Cristo por seus apóstolos e que relata a Sua vida e dos primeiros aconte-
cimentos da comunidade cristã nascente. 
capítulo 2 • 46
 
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Figura 2.3 – Jesus ensinando na Sinagoga.
A aproximação entre a Igreja e o Estado. A aproximação entre os cristãos e o 
Estado, o Império Romano, se deu por que o Cristianismo se propagou muito. 
Assim, perseguir os cristãos acabou por ser prejudicial ao próprio império, que 
vivia uma crise religiosa e social e encontrou no Cristianismo apoio e respostas.
O cristianismo começou a se espalhar a partir de Jerusalém, e depois em todo o Orien-
te Médio, acabando por se tornar a religião oficial da Armênia em 301, da Etiópia em 
325, da Geórgia em 337, e depois a Igreja estatal do Império Romano em 380. Tor-
nando-se comum em toda a Europa na Idade Média, ela se expandiu em todo o mundo 
durante a Era dos Descobrimentos. (BOGAZ, Antonio Sagrado. 2014. P. 22)
As primeiras comunidades cristãs
Os Cristãos são perseguidos e sendo expulsos das Sinagogas passam a se es-
conder nas catacumbas para viverem o testemunho da Fé Cristã. Esta era a Igreja 
de Jesus Cristo. Ela é ao mesmo tempo Divina e Humana, pois é um fato histó-
rico, mas um fato revelado. A Igreja, traduzida pelo Cristianismo é fato divino e 
humano. 
capítulo 2 • 47
 
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Figura 2.4 – As catacumbas.
Pedro e Paulo e os outros apóstolos
Os Atos dos Apóstolos: expansão e perseguição ao Cristianismo
Pedro foi a grande coluna da fundação do Cristianismo. Por isso é conhecido 
como uma das colunas da Igreja. O Testemunho dos Atos dos Apóstolos e a ex-
pansão da Igreja, Os primeiros cristãos, ou eram judeus ou eram gentios converti-
dos ao judaísmo, conhecidos pelos historiadores como judeus-cristão.
O Cristianismo se espalha e a Igreja é fundada, a princípio, pela liderança de 
Pedro. Após, é possível verificar no livro dos Atos dos Apóstolos a formação de 
uma comissão.
Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas dos gregos 
contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas na distribuição 
diária. 2.Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: Não é 
razoável que abandonemos a palavra de Deus, para administrar. 3.Portanto, irmãos, 
escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de 
sabedoria, aos quais encarregaremos este ofício. 4.Nós atenderemos sem cessar à 
oração e ao ministério da palavra. 5.Este parecer agradou a toda a reunião. Escolheram 
Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pár-
menas e Nicolau, prosélito de Antioquia. 6.Apresentaram-nos aos apóstolos, e estes, 
orando, impuseram-lhesas mãos. (Atos dos Apóstolos 6,1-6)
capítulo 2 • 48
Dessa forma, o Cristianismo se consolidou e se expandiu e foi perseguido. 
Da comissão dos eleitos, Estevão se tornou o primeiro Mártir, pois pregava o 
Evangelho de forma explícita, clara e segura. Fato que causava espanto, medo, 
rancor e ódio. Estevão se tornou o líder dos sete diáconos eleitos. Ele não temia 
e atacava a prática religiosa dos judeus que não se converteram. Estevão externou 
que já não era possível nenhuma identificação do Cristianismo com o Judaísmo. 
Definida a separação. Evidente que isso não agrada as autoridades religiosas. 
Estevão não se intimidava e era incisivo em sua pregação. Por isso foi perseguido. 
No livro dos Atos dos apóstolos podemos conferir:
7.Divulgou-se sempre mais a palavra de Deus. Multiplicava-se consideravelmente o 
número dos discípulos em Jerusalém. Também grande número de sacerdotes aderia 
à fé. 8.Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes milagres e prodígios entre o 
povo. 9.Mas alguns da sinagoga, chamada dos Libertos, dos cirenenses, dos alexandri-
nos e dos que eram da Cilícia e da Ásia, levantaram-se para disputar com ele. 10.Não 
podiam, porém, resistir à sabedoria e ao Espírito que o inspirava. 11.Então subornaram 
alguns indivíduos para que dissessem que o tinham ouvido proferir palavras de blasfê-
mia contra Moisés e contra Deus. 12.Amotinaram assim o povo, os anciãos e os escri-
bas e, investindo contra ele, agarraram-no e o levaram ao Grande Conselho. 13.Apre-
sentaram falsas testemunhas que diziam: Esse homem não cessa de proferir palavras 
contra o lugar santo e contra a lei. 14.Nós o ouvimos dizer que Jesus de Nazaré há de 
destruir este lugar e há de mudar as tradições que Moisés nos legou. 15.Fixando nele 
os olhos, todos os membros do Grande Conselho viram o seu rosto semelhante ao de 
um anjo. (Atos dos Apóstolos 6,7-15)
Estevão não se calava. Sua pregação, cada vez mais, incomodava os poderosos. 
Estevão era conhecedor das Escrituras e tinha profunda segurança ao denunciar o 
pecado contra elas. Em Atos dos Apóstolos, no capítulo 7, 1-60- Pegue sua Bíblia 
e leia – podemos acompanhar a pregação de Estevão e seus ensinamentos que 
tanto incomodaram e o levaram ao martírio. Estevão foi apedrejado até a morte: 
Confira:
51Homens de dura cerviz, e de corações e ouvidos incircuncisos! Vós sempre resistis 
ao Espírito Santo. Como procederam os vossos pais, assim procedeis vós também! 
52.A qual dos profetas não perseguiram os vossos pais? Mataram os que prediziam a 
vinda do Justo, do qual vós agora tendes sido traidores e homicidas. 53.Vós que rece-
bestes a lei pelo ministério dos anjos e não a guardastes... 54. Ao ouvir tais palavras, 
esbravejaram de raiva e rangiam os dentes contra ele. 55.Mas, cheio do Espírito Santo, 
Estêvão fitou o céu e viu a glória de Deus e Jesus de pé à direita de Deus: 
capítulo 2 • 49
56. Eis que vejo, disse ele, os céus abertos e o Filho do Homem, de pé, à direita de 
Deus. 57.Levantaram então um grande clamor, taparam os ouvidos e todos juntos se 
atiraram furiosos contra ele. 58.Lançaram-no fora da cidade e começaram a apedrejá
-lo. As testemunhas depuseram os seus mantos aos pés de um moço chamado Saulo. 
59.E apedrejavam Estêvão, que orava e dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. 
60.Posto de joelhos, exclamou em alta voz: Senhor, não lhes leves em conta este pe-
cado... A estas palavras, expirou. (Atos dos Apóstolos 7, 51-60)
 
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Figura 2.5 – Estevão em serviço.
O Incêndio de Roma
A Perseguição aos Cristãos aumentava dia após dia e se tornou implacável. 
Os Cristãos passaram a conhecer o medo, a dor, a tortura e o martírio. Foram 
acusados do Incêndio em Roma em 64 d.C.. Muitas versões são levantadas pelos 
pesquisadores, inclusive que podia ter sido o próprio Imperador. Em outras ver-
sões são os moradores os acusados. O fogo se alastrou rápido, pois as casas eram 
de madeira. Dois terços da cidade foram destruídos, além de templos e outras 
construções oficiais. 
Conta a história que Nero, tocava violino enquanto apreciava o fogo destruir 
a cidade. Também há versões históricas de que Nero não estaria em Roma e vol-
tou por causa do incêndio, mas foi indicado como incendiário por ser aproveitar, 
capítulo 2 • 50
posteriormente, para comprar propriedades oferecendo baixo valor aos que já es-
tavam sofrendo com as perdas. Nero queria construir um palácio. Os Cristãos pa-
garam caro e com o próprio sangue a ira do poder romano. Dessa forma inicia-se 
a sangrenta fase do Cristianismo. 
A lenda diz que o imperador romano Nero "dedilhava" um instrumento musical, enquanto 
Roma era destruída pelas chamas. Muitos de seus contemporâneos achavam que Nero 
fora o responsável pelo incêndio. Quando a cidade foi reconstruída, mediante o uso de 
altas somas do dinheiro público, Nero se apoderou de grande uma extensão de terra e 
construiu ali os Palácios Dourados. O incêndio pode ter sido a maneira rápida de renovar 
a paisagem urbana. Objetivando desviar a culpa que recaíra sobre si, o imperador criou 
um conveniente bode expiatório: os cristãos. Eles tinham dado início ao incêndio, acusou 
o imperador. Como resultado, Nero jurou perseguir e matar os cristãos. A primeira onda 
da perseguição romana se estendeu de um período pouco posterior ao incêndio de 
Roma até a morte de Nero, em 68 d.C. Sua enorme sede por sangue o levou a crucificar 
e queimar vários cristãos cujos corpos foram colocados ao longo das estradas romanas, 
iluminados, pois eram usados como tochas. Outros vestidos com peles de animais, eram 
destroçados por cães nas arenas. De acordo com a tradição, tanto Pedro quanto Paulo 
foram martirizados na perseguição de Nero: Paulo foi decapitado, e Pedro foi crucificado 
de cabeça para baixo. (CURTIS, A. 2003. P.11)
 
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Figura 2.6 – Incêndio de Roma, 18 de julho de 64 d.C. óleo de Hubert Robert, no Museu de 
Arte Moderna André Malraux, em Le Havre.
capítulo 2 • 51
O Incêndio do Templo de Jerusalém
Em 70 d.C, as Tropas do General Tito, invadiram a cidade de Jerusalém e 
incendeiam o templo. Os Judeus, que antes eram protegidos pelo império, são 
também perseguidos, maltratados e vendidos como escravos. Os Judeus queriam 
independência a qualquer custo e lidera um massacre contra os romanos, mas 
Vespasiano nomeou seu filho, Tito, para conduzir a guerra contra os judeus. Tudo 
se concentrava em Jerusalém. O cerco estava fechado e a fome e a miséria toma-
vam conta. As doenças aniquilavam as pessoas. Os romanos desenvolviam má-
quinas para arremessar pedras contra as cidades. Os romanos foram avançando 
e romperam os três muros de proteção do templo. Os Judeus foram se refugiar 
dentro do Templo, mas os soldados provocaram um grande incêndio pondo fim 
ao Templo de Jerusalém e aos judeus.
Os Cristãos não quiseram enfrentar a batalha. Não escolheram lado e fugiram 
de Jerusalém. Tendo sido destruído o Templo de Jerusalém, também os Cristãos 
ficariam vulneráveis, pois o império não mais podia defender o judaísmo. Fato que 
permitia os Cristãos se esconder da perseguição dos romanos. 
O Templo, construído por Salomão em 970 a. C. e reconstruído por Herodes em 19 a. 
C., era o símbolo e o centro do poder religioso e político dos judeus. Somente o muro 
ocidental de sustentação da esplanada do Templo permaneceria em pé. Seria cha-
mado mais tarde de “O Muro das Lamentações”. A destruição do Templo constitui de 
resto um elemento determinante para a religião cristã, que se separa então, cada vez 
mais, de suas origens judaicas. (CURTIS, A. 2003. P.15)
Os Apóstolos Pedro, Tiago, João foram os líderes da Primeira Comunidade 
Cristã de Jerusalém:
E conhecendo Tiago, Cefas e João, que eram considerados como as colunas, a graça 
que me havia sido dada, deram-nos as destras, em comunhão comigo e com Barnabé, 
para que nós fôssemos aos gentios, e eles à circuncisão. (Carta aos Gálatas 2, 9)
capítulo 2 • 52
CURIOSIDADESaiba como morreram os Apóstolos. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=cO0cfKyzDOE>.
Somente o Apóstolo João morreu de morte natural, na velhice, mas foi torturado sendo 
jogado em um caldeirão fervente, mas se salvou.
Foi na língua aramaica que o Evangelho foi espalhado oralmente 
O Cristianismo Primitivo, que aconteceu após Ressurreição de Jesus, ficou 
conhecido pelo mundo pelo testemunho dos Apóstolos e de todos os que haviam 
convivido com Jesus. Oralmente e em aramaico, a mensagem foi espalhada. Na 
época de Jesus o Hebraico já não era mais usado, por isso o aramaico ganhou força 
e se estabeleceu como língua principal.
CONEXÃO
O ARAMAICO. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=DZ2k0isPZ-0>.
Aprenda sobre o Alfabeto Aramaico. Disponível em: <http://www.nyudraa.com.br/ 
download/EBOOK_Aprenda_Aramaico_Facil.pdf>.
A Didaquê (Primeiro Catecismo): 90 dC
Didaquê ( em grego clássico) ou Instrução dos Doze Apóstolos do 
grego Didache kyriou dia ton dodeka apostolon ethesin. (DI BERARDINO, 2002. 
pp. 404, 405)
 É do Século I. São 16 capítulos de instrução para os Cristãos. Quem qui-
sesse seguir Jesus Cristo precisava seguir esta Doutrina. A Didaqué apresenta o 
"O Caminho da Vida e o caminho da morte". O Cristão deve conhecer e seguir 
sempre o caminho da vida.
capítulo 2 • 53
A Didaché. Este texto, fundamental para a história da liturgia, da disciplina eclesiás-
tica, da moral e da doutrina cristã, foi descoberto em 1863 em Constantinopla, dentro 
de um código de 1056. Os materiais que o compõem provavelmente datam do mesmo 
período em que foram escritos os sinóticos, embora o texto atual seja certamente re-
dacional, mas não para além do séc. I, e a área da composição terá sido a Síria. O que 
é a Didaché? Didaché, significa “doutrina” e no texto descoberto em Constantinopla a 
obra tem dois títulos, talvez adicionados por algum copista: “Doutrina dos doze apósto-
los” e “Doutrina do Senhor às nações por meio dos doze apóstolos”. É “uma espécie de 
regra para a comunidade cristã” (LONGOBARDO, 2007, p.145).
CONEXÃO
Saiba mais
Disponivel em: <https://www.youtube.com/watch?v=8_Dfhmm4RuE&t=28s>.
Disponivel em: <http://www.ofielcatolico.com.br/2001/05/o-didaque-instrucao-dos- 
apostolos.html>.
Disponivel em: <http://www.familiasemcristo.com.br/2010/10/didaque/>.
Os Padres/Pais da Igreja/Padres do Deserto e a Patrística
O início da patrística não é definido como um marco cronológico, mas como um pe-
ríodo de passagem se considerarmos que o texto bíblico está escrito no período da 
segunda metade do século primeiro consideramos que nesta passagem inicia-se o 
período dos padres e mães da Igreja Primitiva. Esta passagem está no final do primei-
ro século da era cristã podemos apresentar a instrução Didaquê como marco inicial. 
Neste período datado aproximadamente do ano 90 consideramos ainda que temos 
textos bíblicos canônicos posteriores a esta data e isso nos faz pensar que além do 
tempo histórico outros elementos caracterizam este inscritos que estudamos para de-
limitar a finalização deste período consideramos duas áreas geográficas culturais e 
eclesiásticas da igreja naquele século o Oriente e o ocidente cristão. (BOGAZ, Antonio 
Sagrado. 2014. P. 22)
capítulo 2 • 54
Papa João Paulo II, na carta apostólica Patres ecclesiae afirmou: 
Em favor da Igreja de todos os séculos, exercem uma função perene. De maneira que 
todo o anúncio e magistério seguinte, se quer ser autêntico, deve pôr-se em confronto 
com o anúncio e o magistério deles; todo o carisma e todo o ministério deve beber na 
fonte vital da paternidade deles; e toda a pedra nova, acrescentada ao edifício santo 
que todos os dias cresce e se amplifica, deve colocar-se nas estruturas já por eles 
postas e a elas soldar-se e ligar-se. (SANTA SÉ. 1980)
Os que pertencem à primeira e segunda geração da Igreja, depois dos apósto-
los, recebem o nome de Padres apostólicos e mostram como começa o caminho da 
Igreja na história. Seus escritos refletem diretamente o ensinamento dos apóstolos:
Os padres da Igreja são teólogos místicos nos seus primeiros séculos muitos eram epís-
copos, presbíteros, diáconos outros eram leigos entre eles temos muitos monges e már-
tires. São considerados cristãos de grande santidade. Os padres sentiram necessidade 
de aprofundar refletir registrar e Intercomunicar os ensinamentos e rituais das Comuni-
dades Cristãs. Outra função importante era o testemunho Cristão diante de autoridades 
e mesmo. O Confronto e o combate dos hereges e dos adversários das comunidades 
cristãs. Consideramos São Jerônimo como autor do primeiro estudo histórico deste gru-
po de teólogos embora a distinção entre heréticos e ortodoxos seja posterior a ele. Uma 
vez que esta distinção é atribuída ao autor dos escritos, após a consagração ou conde-
nação de suas afirmações. (BOGAZ, Antonio Sagrado. 2014. P. 22)
Quem é pai da Patrística?
No sentido da vivência dos sentidos do que significa Patrística, foi o Grande 
Apóstolo Paulo. Aquele que passou de perseguidor, a defensor do Cristianismo. 
Uma das grandes colunas junto com Pedro. 
Paulo é um aprendiz dos Apóstolos, dos quais recebeu a herança da mensagem dos 
Evangelhos. No entanto partindo dos eventos da vida de Cristo, interpreta sua men-
sagem para os novos convertidos. Depois de partir das comunidades que fundara, 
escreve epístolas que se tornaram patrimônio mais precioso da Teologia Cristã. Suas 
pregações e seus escritos nos fazem perceber que Paulo argumenta, com lógica dos 
Mestres de Israel, e como exegeta, ultrapassa a herança tradicional judaica e se insere 
no universo religioso dos pagãos. Mesmo sendo um pregador com grande especula-
ção filosófica e teológica, demonstra a verdadeira Mística dos cristãos viver o ideal de 
Jesus Cristo. (BOGAZ, Antonio Sagrado. 2014. P. 22)
capítulo 2 • 55
Apóstolo Paulo: sua história e de seus escritos
Jesus Cristo veio a este mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o primeiro. 
Se encontrei misericórdia, foi para que em mim primeiro Jesus Cristo manifestasse 
toda a sua magnanimidade e eu servisse de exemplo para todos os que, a seguir, nEle 
crerem, para a vida eterna" (I Tm 1, 15-16).
Paulo é o Apóstolo. O responsável pela expansão do cristianismo entre o mun-
do conhecido a sua época. O único chamado Apóstolo, que não fazia parte dos 
doze. Sem conhecer pessoalmente Jesus, mas que O conheceu pela Graça. Como 
nós podemos fazê-lo! É preciso que como ele, falemos: "Senhor, que queres que 
eu faça?" (At 9, 6).
Através de seus escritos (tendo iniciado a literatura neotestamentária) foi 
capaz de expor o pensamento cristão de forma clara e objetiva: ou se segue o 
Evangelho (do Xto crucifixado) ou não se pode ser considerado cristão. É quase 
impossível apresentar a importância de Paulo em uma resposta simples... Sem Ele, 
não conheceríamos a proposta do Reino que Jesus trouxe. "A linguagem da Cruz 
é loucura para os que se perdem, mas para os que foram salvos, para nós, é uma 
força divina" (I Cor 1, 18). Suas viagens fizeram com que o Cristianismo ficasse 
conhecido. 
No capítulo 3, ao aprofundar a Patrística, aprofundaremos também sobre esse 
grande Cristão. Buscando as origens da criação da Patrística como área de estudo, 
o conceito foi criado pelo Teólogo Luterano João Gerhardh, em 1563.
Também são responsáveis como guardiões da fé e fazem parte dos Padres da 
Igreja, os Padres do Deserto. Eles foram fundamentais no desenvolvimento do 
Cristianismo. 
Os Padres do Deserto ou Pais do Deserto foram eremitas, ascetas, monges e freiras 
que viviam majoritariamente no deserto da Nítria (Scetes), no Egito, a partir do século 
III. O mais conhecido deles foi Santo Antão (ou Santo Antônio, o Grande), que mu-
dou-se para o deserto em 270-271 e se tornou conhecido tanto como o pai quanto 
o fundador do monasticismo no deserto. Quando Antão morreu em 356, milhares de 
monges e freiras tinham sido atraídos para a vida no deserto seguindo o exemplo do 
grande santo. Seu biógrafo,

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