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FILIPE DE FREITAS LEAL BÁSICO.do SERVICO SOCIAL TERMOS TÉCNICOS PARA A INTERVENÇÃO PROFISSIONAL 3ª Edição De acordo com a nova reforma ortográfica da língua portuguesa ´ VOCABULÁRIO Edição, Paginação e Capa Filipe de Freitas Leal Conselho Editorial Dr. Adriano Arnaldo Oliveira de Paula Hermes V. Guerreiro José Edgar Amorim Mizabel de Abreu Derzi Produtora Editorial Roseli Carlos Oliveira Pinto Diagramação Know-how Editoração Revisão Técnica Elaine Maria Durigam Depósito Legal: M-14086-2018 BISAC: Reference / Dictionary / Social Work Copyright 2018 © Filipe de Freitas Leal. Todos os direitos reservados. Esta obra está protegida legalmente por direitos de autor, estando vedada a sua reprodução, no todo ou em parte, por quaisquer meios sem a prévia autorização por escrito do autor, do editor ou da editora. S337 Dicionário Básico do Serviço Social – Termos Técnicos para a Interven- ção Profissional. Filipe de Freitas Leal. – São Paulo: Gen, 2018. ISBN-13: 978-85917085-1-2 ISBN-10: 153 pág. Terminologia técnica e específica no âmbito do Serviço Social com abor- dagem própria para a intervenção Social. CDD: 340.03 CDU: 34 (038) Leal, Filipe de Freitas Prefácio.............................................................................................................................................................................................21 Introdução......................................................................................................................................................................................23 Abandono................................................................................................................................................................................26 Abono Abordagem Abordagem de Rua Abrangência Territorial Abrigamento Abrigo.........................................................................................................................................................................................27 Abuso Sexual Ação Ação Coletiva Ação Socioassistencial Ação Profissional Ação Social Accountability....................................................................................................................................................................28 Acessibilidade Acesso Acolhida Acolhimento Acomodação........................................................................................................................................................................29 Acompanhamento Acompanhamento Técnico-Metodológico dos Serviços Acumulação Administração de Serviços Sociais Adoção Agente de Mudança.....................................................................................................................................................30 Agentes Sociais Agressão Agrupamento Ajuda Albergamento Albergue Alienação Ambiente de Trabalho..............................................................................................................................................31 Ambiente Familiar Ambiente Social Amoral Amostragem Análise Análise de Conteúdo SU M Á R IO Análise Diagnóstica Análise Social...................................................................................................................................................................32 Animação Sociocultural Antecedentes do Caso Antropocentrismo Apoio Domiciliário Apoio Social Apoio Socioeconômico...........................................................................................................................................33 Aprendizagem Social Assistência Social Assistencialismo Assistente Social.............................................................................................................................................................34 Assistente Social Polivalente Atendimento Domiciliar Atendimento Integral Institucional Atendimento Psicossocial Atendimento Socioassistencial.......................................................................................................................35 Atendimento Socioeducativo Atitude Não-Preconceituosa Atividades Ato Infracional Ator Social.............................................................................................................................................................................36 Atribuições Auditoria Social Autoajuda Autodeterminação do Usuário. Autogestão Autonomia Auxílio Social....................................................................................................................................................................37 Avaliação Baixa Qualificação Profissional....................................................................................................................38 Bem-Estar Bem-Estar Social Beneficência Benefícios Assistenciais Benefícios Eventuais Benefício de Prestação Continuada – BPC.......................................................................................39 Bolsões de Pobreza......................................................................................................................................................40 Burguesia Busca Ativa Cadastro Único (CadÚnico) ..............................................................................................................................41 Campanhas SU M Á R IO Campo de Intervenção..............................................................................................................................................42 Capital Capitalismo Caráter Social Caridade Casa de Passagem (de acolhida) Casa-Lar Cenário Centro da Juventude Centro de Atendimento à Criança e Adolescente Centro de Atendimento para a Pessoa com Deficiência....................................................43 Centro de Atendimento aos Adolescentes Autores de Ato Infracional Centro de Convivência Centro de Geração de Trabalho e de Renda/Profissionalizante Centro de Juventude Centro de Múltiplo Uso Centro-Dia para Idosos Cidadania Circular Classes Sociais..................................................................................................................................................................44 Classista Clientelismo Coeficiente de GINI COEGEMAS Coesão Social Cofinanciamento COGEMAS...........................................................................................................................................................................45 Coletividade Comando Único da Assistência Social Comissão Intergestores Bipartite – CIB Comissão Intergestores Tripartite – CIT Comunidade Comunismo Concepção Materialista.da História.........................................................................................................46 Conferências de Assistência Social CONGEMAS Consciência Crítica Consciência de Classe Conselho Municipal de Assistência Social.......................................................................................47 Conselho Tutelar Conselhos de Assistência Social Contrato de Acompanhamento SU M Á R IO Controle Social Convivência Familiar e Comunitária.......................................................................................................48 Convivência Social Precária CRAS CREAS.......................................................................................................................................................................................49 Critérios de Partilha Defesa de Direitos.........................................................................................................................................................50Defesa Socioinstitucional Deficiência Física Deficiência Mental Deficiência Múltipla Deficiência Permanente Deficiência Sensorial Demanda Demanda Potencial para Atendimento Democracia Democracia Participativa......................................................................................................................................51 Dependência Desajuste Social Descentralização Desenvolvimento Desenvolvimento Comunitário Desenvolvimento Humano Desenvolvimento Social........................................................................................................................................52 Desenvolvimento Sustentável Desigualdade Deslocados.............................................................................................................................................................................53 Desumanização Diagnóstico Diagnóstico Participativo Diagnóstico Social Dialética Diário de Campo Diferenciação Social...................................................................................................................................................54 Dinâmica Social Direitos Humanos Direitos Socioassistenciais Diretriz.......................................................................................................................................................................................55 Discriminação....................................................................................................................................................................56 Dogmatismo Dominação Efetividade.............................................................................................................................................................................57 SU M Á R IO Eficácia Eficiência Egressos do Sistema Prisional Elaboração de Projetos Empirismo Empoderamento...............................................................................................................................................................58 Empreendedorismo Social Empregado Assalariado Encaminhamento Entidade de Assistência Social Entrevista.................................................................................................................................................................................59 Equidade Equilíbrio Social Equipamento Social Estado1 Estado2........................................................................................................................................................................................60 Estado (Concepção Marxista) Estado de Bem-Estar Estado Laico Estado Novo Estágio Supervisionado Estatuto......................................................................................................................................................................................61 Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA Estereótipo Estratégia Estrutura Familiar Estudo de Avaliabilidade Estudo de Caso..................................................................................................................................................................62 Estudo de Custos Estudo Social Ética Ética Profissional Etnocentrismo Etnocídio Evasão Escolar Evidência Social..............................................................................................................................................................63 Evolucionismo Etapismo Exclusão Social Exercício Profissional Execução Exploração Exploração Sexual SU M Á R IO Facilitador...............................................................................................................................................................................64 Família Família Acolhedora Família Composta Família Comunitária Família Extensa ou Tradicional Família Homoparental............................................................................................................................................65 Família Nuclear Família Parental ou Monoparental Família Substituta Fenômeno Fenômeno Social Fetichismo Filantropia Filosofia da Práxis Forças Sociais Fordismo..................................................................................................................................................................................66 Formação Econômico-Social Força de Trabalho Forças Produtivas Formulário Fórum Nacional de Assistência Social..................................................................................................67 Funcionalismo Funções da Assistência Social Fundo Municipal de Assistência Social Gênero.........................................................................................................................................................................................68 Gênese do Caso Social Gestão Gestão da Informação Gestão de Documentos Gestão de Pessoas Gestão da Política de Assistência Social Gestão do Conhecimento......................................................................................................................................69 Gestão do Trabalho no SUAS Gestão Participativa.....................................................................................................................................................70 Gestão Pública...................................................................................................................................................................71 Gestão Social Globalização Grupo Grupo de Controle Grupo de Interesse Grupo de Pertencimento.........................................................................................................................................72 SU M Á R IO Grupo de Pressão Grupo de Referência Grupo Focal Grupo Local Grupo Marginal Grupo Social Grupos Vulneráveis Habilidades Sociais......................................................................................................................................................73 Habilitação e Reabilitação das Pessoas com Deficiência Habilitação Profissional de Pessoas com Deficiência Handicap Hegemonia Herança Social Hierarquia Histórico Clínico Histórico de Caso...........................................................................................................................................................74 Humanismo Ideário.........................................................................................................................................................................................75 Identidade Cultural Identidade Estigmatizada Identidade Profissional Ideologia Idoso Igualdade..................................................................................................................................................................................76 Igualdade de Gênero Igualdade Racial Igualdade Social Imaginário Social...........................................................................................................................................................77 Impacto Impacto Social Imperialismo Implementação Inadaptação Incapacidade........................................................................................................................................................................78 Inclusão Inclusão Digital Inclusão Produtiva Inclusão Social Indicador..................................................................................................................................................................................79Indicador Social Índice Índice de Assistência Social – IAS SU M Á R IO Índice de Desenvolvimento Humano – IDH Índice Futuridade Índice de Gestão Descentralizada – IGD Índice SUAS........................................................................................................................................................................80 Indigente Individualidade Individualismo Indivíduo Indução Inércia Social Inferência Informação Confidencial Informe Social Infraestrutura Social....................................................................................................................................................81 Inquietação Social Insalubre Instabilidade Social Instituição Instituições Sociais Instrução de Serviço Instrução Normativa Instrumentos de Gestão Integração Social............................................................................................................................................................82 Interacionismo Simbólico Interdependência Interpretação de Resultados Interrelação Interdisciplinaridade Intersetorialidade Interface Intervenção Social Investigação..........................................................................................................................................................................83 Investigação-Ação Participativa Investigação Social Jovem...........................................................................................................................................................................................84 Juizado da Infância e da Juventude - JIJ Juízo Judicialização da Políticas Sociais Juventudes Justiça Social Lar...................................................................................................................................................................................................86 Lar AdotivoFamília Adotiva SU M Á R IO Lar de Guarda Lar SubstitutoFamília Substituta Latinfúndio Legislação Social Lei Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO..............................................................................................87 Lei de Parcerias Lei Orçamentária Anual – LOA Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS Liberalismo Liberdade Liberdade Liberdade Civil Liberdade de Expressão..........................................................................................................................................88 Liberdade Moral Liberdade Política Liberdade Religiosa Linha de Ação Luta de Classes Mais-Valia..............................................................................................................................................................................89 Mais-Valia Absoluta Mais-Valia Relativa Manifestação Mão de Obra Mapa Conceitual.............................................................................................................................................................90 Marco de Referência Marginalidade – Marginalização Social Marxismo-Marxiano-Marxista Materialismo Matriarcado Matricialidade Sociofamiliar............................................................................................................................91 Mecanismo de Defesa Mediação Mediação Familiar Mediação Social Medidas de Proteção Medidas Socioeducativas Meio Social...........................................................................................................................................................................92 Menos-Valia Mercadoria Mercantilismo....................................................................................................................................................................93 Método SU M Á R IO Método Básico Métodos Clássicos do Serviço Social Método de Caso Método de Comunidade.........................................................................................................................................94 Método de Grupo Método de Intervenção Método de Intervenção Direta Método Dialético Metodologia.........................................................................................................................................................................95 Metodologia do Serviço Social Migração Migrante Militante Mínimos Sociais Ministério Público Mobilidade Social Mobilização Social.......................................................................................................................................................96 Modelo Modelo Clássico Modernização Modernidade Capitalista Modo de Produção Monitoramento e Avaliação...............................................................................................................................97 Moral Moralizar Mortalidade Infantil Movimento Social Município Sustentável..............................................................................................................................................98 Natalidade...............................................................................................................................................................................99 Necessidade Necessidades Básicas Necessidades Culturais Necessidades Econômicas Necessidades Espirituais ou Religiosas Necessidades Humanas Necessidades Políticas..........................................................................................................................................100 Necessidades Públicas Necessidades Sentidas Necessidades Sociais Necessitado Negligência Neoliberalismo SU M Á R IO Norma Operacional Básica - NOB-SUAS.....................................................................................101 Nível Operativo Nível Profissional Nível Social Nível de Subsistência Nível de Vida Norma Norma Jurídica Norma Moral Normas Sociais Objetividade.....................................................................................................................................................................102 Observação Objeto de Conhecimento Objeto de Intervenção do Trabalho Social Ocupação Oficinas Oficina Cultural............................................................................................................................................................103 Oficinas de Convivência Oficinas de Reflexão Opinião Pública Orçamento Público Ordem Ordem Pública Ordem Social Organização Organização da Caridade...................................................................................................................................104 Organização Comunitária Organização Não Governamental – ONG Organização Social Órgão Gestor da Assistência Social Orientação...........................................................................................................................................................................105 Orientação Profissional Orientador Social Voluntário Pacto Social.......................................................................................................................................................................106 Padrão Básico de Inclusão Padrão de Desempenho Palestra Paradigma Parceria Público – Privado Parecer Parecer Social.................................................................................................................................................................107 Participação Social SU M Á R IO Paternalismo PatriarcadoPauperismo – Pobreza Penúria Pernoitar Perícia Social Personalidade..................................................................................................................................................................108 Pessoa com Deficiência Planejamento Planejamento na Assistência Social Plano Plano de Assistência Social Plantão Social.................................................................................................................................................................109 Pluralismo Política Política Cultural Política Social Política Pública.............................................................................................................................................................110 Políticas Sociais Básicas População Populismo Posição Social Positivismo Potencialiadades...........................................................................................................................................................111 Povo Pragmatismo Prática Prática de Atos Infracionais............................................................................................................................112 Práxis Prática Social Pré-Juizo Social Pressão Social Prevenção Problema Problema Social Problemática.....................................................................................................................................................................113 Processo Processo de Ajuda Processo de Mediação Processo Metodológico Processo de Socialização Processo de Trabalho SU M Á R IO Processo Étnico.............................................................................................................................................................114 Processos Grupais Processo Social Produção-Mercado-Consumo Programa Programa Bolsa Família - PBF Programas de Serviço Social.........................................................................................................................115 Projetos Proletariado Promoção Social Prostituição........................................................................................................................................................................116 Proteção Social Proteção Social Básica - PSB Proteção Social Especial - PSE PSE Média Complexidade PSE Alta Complexidade Psicossocial.......................................................................................................................................................................117 Psicoterapia de Grupo Psicoterapia Familiar Qualidade de Vida.....................................................................................................................................................118 Questão Social Racismo.................................................................................................................................................................................119 Reabilitação de Pessoas com Deficiência Reabilitação Social Readaptação Social Realidade Social Reconceituação do Serviço Social..........................................................................................................120 Recursos Recursos Comunitários Recursos Humanos Recursos Institucionais Rede de Proteção Rede de Proteção Socioassistencial Rede Socioassistencial Reeducação Referencial Teórico Reforma Agrária..........................................................................................................................................................121 Reforma Social Reformismo Regime Registros Regulação SU M Á R IO Regulamentação Reinserção Social Relações Profissionais Relações Sociais de Produção Relatório Social............................................................................................................................................................122 Renda Ressocialização Renda Per Capita Repressão Repressão Social Reprodução Social Requerente Residência Social........................................................................................................................................................123 Responsabilidade Social Reunião Revoluções Burguesas Revolução Industrial Revolução Pós-Industrial Revolução Socialista Risco Pessoal e Social Salário......................................................................................................................................................................................125 Sanção Social Saneamento Básico Precário Saúde Mental Secular Seguranças Básicas da Política de Assistência Social Seguridade SocialSegurança Social........................................................................................................................126 Seguro Social Segregação Senso Comum Serviço Interno de Informação Serviços Públicos Serviço Social Serviços Sociais............................................................................................................................................................127 Serviços Sociais Polivalentes Serviços Sociais Setoriais Serviços Socioassistenciais Serviços Socioassistenciais.............................................................................................................................128 Sigilo Profissional Sindicato Sistema de Monitoramento e Avaliação na Assistência Social Sistema Social SU M Á R IO Sistema Único de Assistência Social – SUAS Situação de Risco Social....................................................................................................................................129 Situação Social Soberania Sociabilidade Social Social-Democracia Socialismo Socialização Sociedade Civil.............................................................................................................................................................130 Sociedade de Consumo Socioterapia Solidariedade Somatizar Sondagem Standard.Padrão de Vida Statu quo Status Subdesenvolvimento Subjacente Submoradia.Cortiço - Favela Subordinado......................................................................................................................................................................131 Subsídio Subúrbios Sufrágio Supervisão Survey Survey Social Sustentabilidade Tabulação............................................................................................................................................................................133 Tática Taxativo Técnica Técnica grupal Técnica Social Técnico Tecnologia Tecnologia Social Teleologia............................................................................................................................................................................134 Temperamento Tensão Social Teocentrismo SU M Á R IO Teologia da Libertação Teoria Teoria da Dependência Terapia Terapia Familiar Terapia Social.................................................................................................................................................................135 Terceiro Setor Territorialização Território Tese Tipo Tipo Ideal de Max Weber Tipologia..............................................................................................................................................................................136 Tipos Funcionais Tipos Psicológicos Totalitarismo ToyotismoTrabalhador Autônomo Trabalho Trabalho Abstrato.......................................................................................................................................................137 Trabalho Aprendiz Trabalho de Campo Trabalho em Equipe Trabalho Infantil Trabalho Não-Assalariado Trabalho Protegido Tradição Tradicionalismo............................................................................................................................................................138 Tráfico de Drogas Transferência de Renda Transformação Transgressão Transtorno Mental Tratamento Acompanhamento Social Unidade Administrativa......................................................................................................................................139 Unidade Social Unilateral Universalidade Usos Sociais Usuário Utilidade Utilitarismo SU M Á R IO Utopia Utópico Valor..........................................................................................................................................................................................141 Valor de Cambio/Troca Valor de Uso Valores Variável Vigilância Socioassistencial Vínculo...................................................................................................................................................................................142 Vínculo Familiar e Comunitário Violação de Direitos Violência Violência doméstica Violência Estrutural Violação dos Direitos Sociais Visita Domiciliar Visitador Social Visita Institucional....................................................................................................................................................143 Voluntariado Voluntário Vulnerabilidade Vulnerabilidade Social Xenofobia............................................................................................................................................................................145 Zona de Deterioração.............................................................................................................................................146 Zona de Influência Bibliografia........................................................................................................................................................................148 SU M Á R IO UM DICIONÁRIO DIFERENTE Compartilhar uma terminologia específica sobre a história, as teorias, os mo- delos ou as técnicas determinam o léxico próprio que o Serviço Social vem ad- quirindo ao longo de sua história. Nossa linguagem comum nos une, nos identifica, serve para nos expressar, criar, convencer e divulgar o conjunto de conhecimentos da profissão e a dis- ciplina. Nós o utilizamos normalmente para marcar o caminho por onde trans- correm nossas responsabilidades, e nos une para reunir um acervo teórico e prático que deixaremos para as próximas gerações de Assistentes Sociais. O Dicionário Básico do Serviço Social – Termos Técnicos para a Interven- ção Profissional consolida nossa área de conhecimento porque reúne todos os requisitos para se converter em um referente crucial da linguagem e dos conte- údos da profissão, onde os leitores encontrarão um conjunto de termos organi- zados e aplicados no âmbito do Serviço Social e inter-relacionadas no campo das Ciências Sociais. É um livro imprescindível para pesquisadores, profissionais atuantes em to- dos os âmbitos do Serviço Social e acadêmicos, que devem conhecer, analisar e estudar. Cada um dos termos destina-se a ser um texto claro e objetivo, es- sencial de consulta e debate nas várias áreas propostas, e sem dúvida, os leitores irão consultá-lo novamente sempre que tiverem alguma dúvida ou incerteza acadêmica ou profissional. Filipe de Freitas Leal São Paulo, Agosto de 2018 PR EF Á C IO UMA OBRA DE REFERÊNCIA A necessidade de escrever um dicionário de termos técnicos para inter- venção social, surgiu na faculdade quando iniciei meus estudos em Serviço So- cial. Pretendia, assim, auxiliar não somente os estudantes, mas também os esta- giários, voluntários, profissionais já graduados e a todos os interessados que a- tuam ou queiram vir a atuar no Serviço Social, a conhecer a terminologia técni- ca e os conceitos fundamentais que orientam o trabalho na intervenção Social. Trata-se de um dicionário completo que procura ir além da terminologia socio- lógica, focado na práxis do Serviço Social, uma obra de referência para a desco- berta do universo interdisciplinar do Serviço social em algumas de suas múlti- plas partes, auxiliando seus processos de formação. A realização deste trabalho constitui um esforço intelectual de primeira linha, com o objetivo de contribuir com a consolidação da terminologia em tor- no dos conceitos-chave, teorias, modelos, referentes históricos fundamentais, que moldaram e definem o Serviço Social como profissão e disciplina. A diversidade de termos que permeiam os debates sobre Serviço Social e suas origens foi tornando evidente a nossa necessidade de compartilhar referenciais sobre os vários sentidos que os termos podem assumir. A oportunidade de reu- nir, em uma única obra, um guia completo e atualizado de termos e temas que ganham novos significados será de grande ajuda para profissionais, estudantes, interessados e envolvidos com a profissão, já que seu conteúdo traz um extenso vocabulário, além de expressões cotidianamente utilizadas no âmbito do Ser- viço Social. A ideia de desenvolver um dicionário na esfera do Serviço Social é uma iniciativa para que se continue aprofundando e trocando ideias que nos permitam fixar alguns conceitos-chave, que nos possibilitem entender novos conceitos que surgiram ao ritmo das mudanças que ocorrem no contexto atual e que tornem mais fácil para nós compartilhar uma linguagem comum, tão ne- cessária para estabelecer alianças e redes de trabalho conjunto. Este conjunto termos oferecem um reflexo fiel da realidade da profissão e da disciplina. Isso permite três objetivos complementares: IN TR O D U Ç Ã O 1. Oferece à população em geral um conhecimento do que são os Assistentes Sociais e o que eles fazem; 2. Fornece informações suficientes aos alunos que começam a apreender e a- prender sobre o Serviço Social e que lhes permite aprofundar os conhecimentos na área, permitindo que eles conheçam outras dimensões do Serviço Social que vão além do campo específico em que o professor é especialista. 3. Em relação aos profissionais, o dicionário é oferecido como um material de referência rápida de termos, conceitos, teorias, instrumentos e técnicas que eles precisam em sua prática profissional, ajudando-os na precisão e rigor que isso requer. É um livro de referência, acreditamos que é obrigatório para todos os profissionais e estudantes que terão a possibilidade para aprofundar seu conhe- cimento sobre os termos propostos. Partimos com uma lista inicial de 694 términos que respondem ao passado, ao presente e também ao futuro do Serviço Social, na medida em que incorpora vozes de espaços de ação que, embora tenham um desenvolvimento incipiente no Serviço Social, apresentam grande perspectivas para o futuro, como espaços para a realização profissional. Trata-se de uma “singela” contribuição, espero que suscite o interesse de estu- dantes e profissionais que queiram aprofundar seus conhecimentos sobre a pro- fissão e sobre a disciplina que escolheram através do presente trabalho que vos é dedicado! Filipe de Freitas Leal São Paulo, Agosto de 2018 IN TR O D U Ç Ã O Abandono. Condição em que o indivíduo se en- contra com ausência ou ruptura de vínculos afetivos, sociais ou familia- res - caracterizado por situação de de- samparo - sendo violado seu direito à convivênciafamiliar e comunitária. Abono. Abono representa um benefício desti- nado a uma pessoa ou entidade que te- nha direitos adquiridos sobre o mes- mo. Na maioria das vezes este benefí- cio é dado em forma monetária. Entre- tanto, ele pode também ser ofertado de forma social, comercial ou política. Abordagem. Técnica pela qual o Assistente Social aproxima-se do usuário em situação de vulnerabilidade e risco social, a fim de obter as informações fundamentais para poder dar início à intervenção so- cial, com vista a inseri-lo ou reinseri- lo na rede de serviços socioassisten- ciais. Entende-se também por abordagem, o contato, por iniciativa do técnico a pessoas e populações em risco ou vul- nerabilidade social. A abordagem po- de se dar mediante solicitação da soci- edade ou através de busca ativa dos serviços. A visita domiciliar, que ob- jetiva estudar à realidade socioeconô- mica e psicossocial do usuário, e tam- de sua família é uma forma de aborda- gem. Abordagem de Rua. É o atendimento que busca estabelecer contato direto da equipe de assistência social com pessoas em situação de rua, a fim de conhecer as condições em que estas pessoas vivem e cons- truir uma proposta de saída definitiva das ruas. Abrangência Territorial. Corresponde à área geográfica em que se identifica um dado fenômeno so- cial, bem como a dimensão e defini- ção do público a ser atendido pelos serviços socioassistenciais. Os serviços são definidos de acordo com as seguintes abrangências: • Local: serviços que atendem o pú- blico de uma comunidade ou unidade territorial de intervenção; • Regional: serviços que atendem o público da região administrativa onde o serviço está implantado; • Municipal: serviços que atendem o público de todo município. Abrigamento. Ação protetiva que tem por objetivo resguardar os usuários de situações de risco circunstancial, conjuntural, geo- lógico, oferecendo abrigo temporário. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Abandono Abrigamento 26 A Abrigo. Equipamento social que procura apoi- ar pessoas que se encontram em situa- ções de vulnerabilidade, risco pessoal e social com o objetivo de restabelecer e reconstituir vínculos e autonomia. Em geral o abrigo destina-se a dar res- posta à perda de habitação, quer pro- vocada por fenômenos naturais ou por outros motivos de ordem social, tendo tempo limite de permanência, man- tendo assim sua característica de pro- visório, permitindo ao indivíduo o tempo mínimo necessário para sua re- abilitação. No caso de crianças e ado- lescentes, de acordo com o ECA – Es- tatuto da Criança e do Adolescente, trata-se de uma medida de proteção provisória e excepcional, utilizada co- mo forma de transição para colocação em família substituta, não implicando em privação de liberdade. São tam- bém denominados de abrigos as resi- dências especiais para vítimas de vio- lência doméstica, que ficam ao abrigo da justiça e a salvo dos seus agresso- res. Abuso Sexual. Considera-se como abuso sexual todo tipo de contato sexualizado, desde fa- las eróticas ou sensuais e exposição da criança a material pornográfico, até o estupro seguido ou não de morte. Den- tro deste vasto espectro incluem-se as carícias íntimas, relações orais, anais, vaginais com penetração ou não, além de voyeurismo e exibicionismo, entre outros. Ação. Comportamento intencional que en- volve o fazer ou agir. Efeito ou resul- tado do fazer para alcançar um obje- tivo político, social, cultural ou econô- mico, etc. Ação Coletiva. Expressão intimamente relacionada a comportamentos de massas. Refere-se à ação empreendida de maneira es- pontânea por um grupo numeroso de pessoas que intervêm através de mo- vimentos, mobilizações, marchas, ma- nifestações, assembleias populares, com o propósito de transformar uma dada situação. Ação Socioassistencial. Compreende os programas, projetos, serviços e concessão de benefícios da assistência social. Ação Profissional. Conjunto de atividades realizadas por um profissional, neste caso, pelo As- sistente Social, respondendo à meto- dologia e princípios do Serviço Social baseado no objeto de intervenção. Consiste em ajudar os indivíduos a analisar em que sentido eles querem se modificar ou contribuir para as mu- danças da sociedade, para formular i- deias e colaborar nas relações que os levam à satisfação de suas necessida- des. Ação Social. É um conceito que tem diferentes sen- tidos, normalmente confunde-se com outros termos e conceitos como inter- venção social, solidariedade social e até com política social. No entanto, a ação social refere-se à intervenção so- cial que pode ocorrer em variados âm- bitos, podendo definir-se como o con- junto de instrumentos e meios que vi- sam à intervenção social pela preven- ção, acompanhamento e reinserção, obedecendo a procedimentos normati- A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Abrigo Ação Social 27 tivos e cumprindo com objetivos esti- pulados pelos organismos públicos e patentes nas políticas sociais. Podemos também aludir a ação social como um conjunto articulado de agen- tes, ou rede formada por equipamen- tos sociais públicos ou privados, bem como de recursos humanos, materiais e financeiros, que através de métodos e técnicas específicas, sejam postas a serviço da comunidade visando dar respostas às necessidades sociais, per- mitindo a inclusão das populações al- vo e garantir a prevenção, o acompa- nhamento social e psicossocial das pessoas, famílias, grupos ou comuni- dades que apresentem algum grau de vulnerabilidade social. É constituído principalmente por atividades relacio- nadas à educação, legislação social, saúde, trabalho, indústria, assistência pública, recreação, educação social, prevenção de crime e assimilação in- tercultural, entre outros. Accountability. Sem uma tradução definitiva para o português, o termo accountability re- fere-se à cultura de cobrança, por par- te dos cidadãos, e de prestação de con- tas por parte do agente público de suas ações; tem correspondência com o ter- mo transparência. Acessibilidade. Capacidade de oferecer e garantir aos cidadãos as respostas sociais de que necessitem, disponibilizando-as pela distribuição equitativa de bens e servi- ços, bem como pela informação e di- vulgação de iniciativas sociais, atra- vés de diversos meios, tais como os in- formáticos, eliminando assim os obs- táculos de ordem física e geográfica. A acessibilidade relaciona-se também com os direitos humanos pela promo- ção da mobilidade das pessoas porta- doras de deficiência no sentido de per- mitir a sua inclusão social, bem como a melhoria na qualidade de vida dessa população e garantir as condições ade- quadas no que concerne à habitabili- dade, socialização e inclusão pelo e- xercício de uma profissão, através de políticas sociais e mecanismos norma- tivos que promovam a acessibilidade, o deslocamento, tanto pela adequação de meios de transporte, como pelo a- cesso a locais públicos e privados, na divulgação de mecanismos de leitura em braile, bem como na linguagem gestual para pessoas com deficiência auditiva. Acesso. Ingresso ou entrada nos serviços pú- blicos. Acolhida. Princípio básico de um atendimento humanizado em que são considerados os seguintes aspectos: ética do traba- lhador social, condições institucionais para a realização do atendimento e comprometimento com a busca da re- solutividade. Acolhimento. Recepção do usuário que efetua o pe- dido de ajuda a um técnico ou quando é encaminhado por via interinstitucio- nal, é o atendimento propriamente dito e ao mesmo tempo o ponto de partida do processo de intervenção, pelo qual deve ser tido com primordial impor- tância no processo interventivo. O acolhimentotambém está relacio- nado com a recepção ou acolhida do usuário no contexto familiar ou insti- tucional, quer se trate de acolhimento A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Accountability Acolhimento 28 para crianças, adolescentes ou idosos. Acomodação. No sentido pertinente ao Serviço So- cial, refere-se à acomodação do usuá- rio à problemática que está inserido, quer seja no sentido psíquico, social, cultural, econômico etc., que o impe- dem de procurar uma solução para a situação. Aqui temos algo que parece confun- dir-se com conformismo, mas pode ser visto como uma incapacidade de ação e sensação de impotência tanto em compreender como em reagir so- bre a própria problemática. Acompanhamento. Método e procedimento que faz parte da atividade do Assistente Social no processo de intervenção de indivídu- os, famílias e grupos, sendo também uma ferramenta pela qual é prestado ao usuário um apoio continuado, no qual se obtém as informações necessá- rias sobre a problemática envolvente, inicialmente apresentada pelo usuário ou pela família do mesmo. O acompa- nhamento direto visa entre outras fina- lidades, resolver o problema através do afastamento dos riscos sociais, o empowerment do usuário na resolu- ção da problemática inicial, permi- tindo resultados plenos e evitando o ressurgimento dos problemas inicial- mente apresentados. O acompanhamento inclui outros pro- cedimentos como atendimento, enca- minhamento e atividades tais como: • Visitas domiciliares e/ou institucio- nais, • Contatos com órgãos encaminhado- res, • Organizações da rede socioassisten- cial e demais políticas públicas. Acompanhamento..Técnico-Meto- dológico dos Serviços. Procedimento realizado por equipes técnicas da SMAAS junto aos servi- ços socioassistenciais, com a finalida- de de monitorar a eficácia qualitativa das normas e diretrizes metodológicas em relação aos objetivos desses servi- ços, para proposição de possíveis ajus- tes no decorrer do processo de traba- lho. Acumulação. Reinversão do mais-valor no proces- so produtivo, com aumento da escala de produção. Caracteriza-se pela cen- tralização dos capitais e pela concen- tração do mais-valor. A acumulação é uma reprodução ampliada do capital. Administração de Serviços Sociais. Atividades realizadas pra determinar, organizar.ou.implementar.todas.as.a- ações que têm, ou que tenham a ver com a realização de programas/proje- jetos para fornecer serviços sociais. Adoção. Processo legal pelo qual uma criança ou adolescente é adotado para que este entre no seio de uma nova família. O artigo 227, parágrafo 6º da Constitui- ção Federal estabelece que os filhos havidos por adoção terão os mesmos direitos e qualificações, sendo proibi- das quaisquer designações discrimina- tórias relativas à filiação, portanto, seus direitos com relação à herança es- tão resguardados. • Diferença entre Guarda e Adoção A guarda permite representar a cri- ança judicial e civilmente e traz consi- A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Acomodação Adoção 29 go o dever de cuidado. Não altera o re- gistro civil, no qual continuam cons- tando o nome dos pais biológicos ou registrais, mas pode gerar dependên- cia previdenciária, assim como em plano de saúde e imposto de renda. A adoção é mais abrangente, sendo irre- tratável e com pleno direito de heran- ça. Por exemplo, pode ser que os avós te- nham a guarda dos netos, mas isso não significa que os tenham adotado. Agente de Mudança. Pessoa que contribui para que outros indivíduos, grupos ou organizações, usem suas potencialidades de maneira produtiva, para gerar mudanças fun- cionais ou estruturais no sistema, ou modificar situações que são conside- radas anômalas. Agentes Sociais. São todos os indivíduos, instituições, organismos, grupos e até comunida- des que interagem na dinâmica social. Quanto aos agentes específicos do tra- balho social, são todos os indivíduos, grupos, os organismos ou instituições que atuam no processo de intervenção social na busca de transformações so- ciais. Os agentes sociais podem ser de caráter estatal ou privado, sendo o pri- meiro voltado para a ação social vin- culada às políticas sociais, posta em prática pelos organismos públicos e os Assistentes Sociais, bem como pode ser oriunda do terceiro setor através de instituições privadas sem fins lucrati- vos e dos respectivos agentes de inter- venção. Agressão. É a forma de conduta, física ou verbal, que se realiza com a intenção de preju- judicar, ofender ou destruir. Agrupamento. Grupo de pessoas que se reúnem com um propósito e interesse comuns, seja político, social, sindical, cultural, re- creativo, artístico, etc., ou que tenham uma característica em comum. Ajuda. Ato de prestar auxílio a quem está ne- cessitado a fim de aliviar ou resolver as necessidades de uma pessoa ou gru- po social. É normal que as pessoas procurem ajuda especializada de pes- soas com conhecimentos específicos em questões específicas, para que for- neçam orientação na resolução de pro- blemas associados a elas, e que sozi- nhas não conseguem solucionar. Albergamento. Modalidade de abrigamento que com- põe a Proteção Social de Alta Comple- xidade, oferecendo atividades/benefí- cios como pernoite, refeição e higieni- zação aos usuários. Albergue. Espaço para acolhimento provisório destinado a pessoas em situação de rua e migrantes. Alienação. Processo histórico-social no qual o produto do trabalho humano torna-se independente, se autonomiza, esca- pando ao controle racional e virando- se contra seu criador. Apesar de, eti- mologicamente, a alienação possuir uma origem psicológica, Marx utili- zou o termo também no seu aspecto e- conômico, ao se referir à alienação no trabalho e suas consequências no coti- diano das pessoas. Marx também ob- A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Agente de Mudança Alienação 30 servou a alienação da sociedade bur- guesa – o fetichismo (ver adiante). Hegel define alienação como o outro distinto de si mesmo. Em Hegel, seu conteúdo não é negativo. Em Marx, sim. Expressa o estranhamento, a se- paração e a fragmentação do ser hu- mano. Algo está alienado quando já não mais nos pertence. Ambiente de Trabalho. Ambiente é um termo com origem no latim ambĭens, que significa “que ro- deia”, referindo-se ao entorno que ro- deia os indivíduos. O ambiente, por conseguinte, é for- mado por diversas condições, tanto fí- sicas como sociais, culturais e econô- micas. Desta forma entende-se que ambiente de trabalho significa o con- junto de relações entre os indivíduos no campo do trabalho, assim como o modelo normativo e organizacional pelo qual são regulamentadas as rela- ções de trabalho dentro de uma insti- tuição de trabalho. Ambiente Familiar. O ambiente familiar diz respeito às práticas familiares usadas pela famí- lia e que geram consequências no de- senvolvimento dos membros, sendo este de grande importância no que concerne ao desenvolvimento saudá- vel do indivíduo, de vários pontos de vista, sendo eles a qualidade do cui- dado físico e afetivo-social e estabili- dade socioeconômica e social. Ambiente Social. Contexto onde um indivíduo desen- volve as atividades sociais nas quais ele influencia e é influenciado. Não constitui necessariamente um grupo formal, mas uma soma total de fatores e processos que constituem uma cir- cunstância do indivíduo, ou seja, o conjunto de fatos sociais, externos ao indivíduo, que afetam seu comporta- mento. Amoral. Desprovido de sentido moral. Indife- rente à moral. Diz-se das pessoas que carecem de senso moral. Amostragem. Método através do qual se seleciona parte de uma população que repre- senta um universo pesquisado. Os re- sultadosobtidos em uma pesquisa a- mostral podem ser inferidos para esse universo. Análise. Avaliação sistemática e crítica. Dis- tinção ou separação de partes de um todo para conhecer seus princípios ou elementos. Análise de Conteúdo. A análise de conteúdo constitui uma metodologia de pesquisa usada para descrever e interpretar o conteúdo de toda classe de documentos e textos. Essa análise, conduzindo a descrições sistemáticas, qualitativas ou quantita- tivas, ajuda a reinterpretar as mensa- gens e a atingir uma compreensão de seus significados num nível que vai além de uma leitura comum. Essa me- todologia de pesquisa faz parte de uma busca teórica e prática, com um signi- ficado especial no campo das investi- gações sociais. Constitui-se em bem mais do que uma simples técnica de análise de dados, representando uma abordagem metodológica com carac- terísticas e possibilidades próprias. Análise Diagnóstica. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Ambiente de Trabalho Análise Diagnóstica 31 http://knoow.net/outros/definicao/familia/ http://knoow.net/outros/definicao/familia/ Pesquisa dinâmica que permite uma compreensão da realidade social, in- cluindo a identificação das necessida- des e dos problemas prioritários e res- pectivas causalidades, bem como dos recursos e potencialidades locais, que constituem reais oportunidades de de- senvolvimento. A análise situacional do município (diagnóstico social) consiste na carac- terização (descrição interpretativa), na compreensão e na explicação de uma determinada situação. Análise Social. Refere-se ao exame de um indivíduo, grupo e/ou organização ou comunida- de para estabelecer com base em uma metodologia previamente estabeleci- da, com outras esferas da vida cotidi- ana. Animação Sociocultural. Conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comuni- dades no processo do seu próprio de- senvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que estão in- tegrados. A Animação Sociocultural umne-se de metodologias participati- vas e ativas para promover a implica- ção responsável e livre dos indivídu- os na comunidade onde se inserem, tornando-os protagonistas do seu pró- prio desenvolvimento. Tem como principal preocupação os interesses e aspirações dos indivíduos, através de um conjunto de ações que potenciam seu próprio desenvolvimento, contri- buindo para sua autonomia social, cul- tural, psicológica, afetiva e política. Antecedentes do Caso. Expressão utilizada no Serviço Social, em sociologia, medicina, psicologia, para designar as informações coleta- das sobre um indivíduo, família, gru- po, instituição, organização ou comu- nidade. Antropocentrismo. Expressão aplicada ao campo do Ser- viço Social, designando as atividades desempenhadas por um Assistente So- cial para influenciar pessoas, grupos ou comunidades a fim de alcançar cer- tos resultados. Apoio Domiciliário. O Serviço de Apoio Domiciliário é uma resposta social que visa prestar cuidados e serviços a famílias e pes- soas que se encontrem no seu domicí- lio, em situação de dependência física e ou psíquica e que não possam asse- gurar a satisfação das suas necessida- des básicas e ou a realização das ativi- dades instrumentais da vida diária, nem disponham de apoio familiar para o efeito. Apoio Social. Conceito interativo que se refere às transações que se estabelecem entre indivíduos. É genericamente definido como a utilidade das pessoas (que nos amam, nos dão valor e se preocupam conosco) e nas quais se pode confiar ou com quem se pode contar em qual- quer circunstância. Inclui a quantidade, qualidade e carac- terísticas das relações sociais junta- mente com a forma como o indivíduo as percebe. Nisso, influenciam: • A noção de proximidade: emocio- nal ou intimidade. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Análise Social Apoio Social 32 https://amenteemaravilhosa.com.br/intimidade-base-do-relacionamento/ • A fonte do apoio: se são amigos, cui- dadores profissionais, família, organi- zações sociais ou religiosas, etc. • O tipo de apoio: A quantidade de a- poio recebido. • A percepção de apoio por parte da pessoa: o grau em que percebemos a existência de relações suficientes e adequadas que nos dão apoio. Apoio Socioeconômico. Conjunto de ações que proporcionam a melhoria das condições sociais e econômicas com ênfase na sustentabi- lidade material às famílias e indiví- duos em situação de vulnerabilidade e risco social, através da concessão de benefícios eventuais, ações de transfe- rência de renda e/ou preparação para inserção no mercado de trabalho, em atividades produtivas de geração de renda. Aprendizagem Social. Processo pelo qual um grupo adquire novos comportamentos que se com- provam através de mudanças socio- culturais. Assistência Social. Direito do cidadão e dever do Estado, é Política de Seguridade Social não contributiva, que prevê os mínimos sociais, realizada através de um con- junto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade civil, para ga- rantir as necessidades básicas. Cabe à Assistência Social atender a quem dela necessitar, tendo como objetivo: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; amparo às crianças e adolescentes ca- rentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho; a reabilitação das pessoas deficientes e a promoção de sua integração à vida comunitária e o pagamento de benefícios aos idosos e pessoas com deficiência. A partir da Constituição de 1988, im- plantou-se um sistema de proteção so- cial para o enfrentamento das desi- gualdades sociais. A LBA foi extinta pela LOAS – Lei 8742 de 07/12/93, que regulamentou a Assistência So- cial como Política Pública de Seguri- dade Social, de natureza compensató- ria, seguindo o modelo inglês Beveri- dgiano (1942) de caráter universal, in- dependente de contribuição. Em 1998, foi aprovada a Política Na- cional de Assistência Social, regida pelos princípios: universalização dos direitos sociais; igualdade de direitos ao acesso e ao atendimento, sem dis- criminação de qualquer natureza; pri- mazia da responsabilidade do Estado na condução da política com interação construtiva com a sociedade para o en- frentamento da miséria, pobreza e ex- clusão, com centralidade na família para implementação dos serviços; des- centralização político-administrativa no âmbito da União, Estados, Distrito Federal, com ênfase na municipaliza- ção da gestão das ações e dos serviços; promoção da equidade no sentido da redução das desigualdades sociais e enfrentamento das disparidades regio- nais e locais no acesso aos recursos fi- nanceiros. Assistencialismo. Tem como princípio fundamental a caridade e o voluntariado, a doação de algo ou prestação de serviços a al- guém. Ação de pessoas, organizações governamentais ou entidades da soci- edade civil junto às camadas mais po- bres, com objetivo de apoiar ou ajudar de forma pontual, oferecendo gêneros A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Apoio Socioeconômico Assistencialismo 33 de primeira necessidade, não transfor- mando a realidade social. Prática não- pertencente ao Serviço Social. Com o assistencialismo, não há garan- tia de cidadania, pois o acesso às con- dições plenas e dignas de vida para o cidadão é conseguido através do fa- vor. Este tipo de prática assistencial foi superado com a promulgação da Constituição Federal de 1988 e da LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social – 8.742 de 07/12/1993, uma vez que a Assistência Social, a partir de então, passou a se constituir um di- reito do cidadão e um dever do Estado. _______________ Atividade social que as classes domi- nantes historicamenteimplementaram para mitigar a miséria que elas geram e para perpetuar o sistema. Tal atividade tem sido e é realizada, com nuances e particularidades, em consonância com os respectivos perí- odos históricos, no ambiente oficial e privado, por leigos e religiosos. Em suma, de acordo com alguns autores, trata-se de dar algum alívio para rela- tivizar e parar o conflito social, para garantir a preservação de privilégios nas mãos de poucos ou para se sentir em paz com sua consciência. Assistente Social. Assistente Social é o/a profissional devidamente graduado(a) em nível su- perior de Serviço Social e capacitado para atuar nas políticas públicas soci- ais, elaborando, coordenando, e-xecu- tando e avaliando programas e proje- tos que visam à expansão dos direitos sociais. Esse tipo de profissional tem em seu trabalho o foco na coletividade e na integração do indivíduo na socie- dade, atuando como articulador de di- reitos e no enfrentamento das expres- sões da questão social, nas políticas sociais públicas, privadas e nas orga- nizações não governamentais. Por li- dar com diversos tipos de pessoas, esse trabalho pode ser realizado em di- ferentes lugares, mas sempre com o objetivo de reintegração. Atualmente a profissão é regida pela Lei Federal 8.662/93 que estabelece suas compe- tências e atribuições. O Conselho Fe- deral e os Conselhos Regionais atuam na normatização e na defesa da cate- goria, visando a qualidade dos servi- ços prestados à sociedade. Assistente Social Polivalente. O termo se aplica ao assistente social que desempenha várias funções cor- respondentes a dois ou mais serviços. Atendimento Domiciliar. Atendimento prestado ao indivíduo e/ou a família na sua unidade domici- liar, visando conhecer a realidade do núcleo familiar, suas demandas e ne- cessidades, recursos e vulnerabilida- des. Atendimento Integral Institucional. É um serviço pertencente à Proteção Social Especial de Alta Complexida- de. Consiste no atendimento integral e institucional de crianças, idosos e pes- soas com deficiência em situação de abandono, risco pessoal ou social. Este atendimento é realizado em al- bergues, casas lares, repúblicas, casas de passagem, abrigos etc. Atendimento Psicossocial. É desenvolvido através de ações ou serviços oferecidos individualmente e em grupos, incluindo a família, a es- cola e os bolsistas. Busca-se trabalhar A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Assistente Social Atendimento Psicossocial 34 https://pt.wikipedia.org/wiki/Quest%C3%A3o_social https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%B5es_n%C3%A3o_governamentais https://pt.wikipedia.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%B5es_n%C3%A3o_governamentais preventivamente a promoção da saúde mental e do bem-estar e melhorar o processo de ensino-aprendizagem em seu aspecto global: cognitivo, emoci- onal e social, com uma atuação mais próxima, acolhedora e compreensiva, promovendo a escuta e o acolhimento aos grupos. Nessa atividade atuam as áreas de Pedagogia, Serviço Social e Psicologia. Atendimento Socioassistencial. É um procedimento técnico de escuta e identificação de demandas do usuá- rio, viabilizando a realização das in- tervenções pertinentes aos serviços da Política de Assistência Social. Os a- tendimentos podem se dar através de atividades de caráter formativo, infor- mativo, lúdico e de socialização. Podem ser de natureza: • Pontual: atendimento que se encerra na resolução de uma demanda especí- fica dos indivíduos, famílias ou gru- pos, com ou sem retorno; • Processual: atendimento que se dá em um processo no qual indivíduos, famílias ou grupos são acompanha- dos, durante um período determinado, considerando suas diferentes deman- das. Os atendimentos podem ser classifica- dos em três tipos: •.Atendimento.individual:.atendimen- to a um indivíduo. • Atendimento familiar: atendimento a mais de um membro do grupo fami- liar. •.Atendimento.coletivo/grupo: atendi- mento realizado a um grupo de indiví- duos e/ou famílias. Atendimento Socioeducativo. Ação dirigida a um grupo de pessoas visando o desenvolvimento de compe- tências, consciência crítica ou à com- preensão acerca de um tema de inte- resse geral ou específico. Atitude Não-Preconceituosa. Consiste que o profissional se abste- nha de julgamentos valorativos, quali- ficativos e avaliativos de caráter clas- sista, sexista, étnico ou cultural, para permitir uma relação de empatia com o usuário. Os Assistentes Sociais nunca devem desaprovar a conduta dos demais, as- sim como, não podem e não devem ser parciais à miséria e aos males indivi- duais e sociais. Atividades. É um conjunto de ações que operacio- nalizam e qualificam os procedimen- tos metodológicos de atendimento, encaminhamento e acompanhamento. São exemplos de atividades: Entre- vista, palestra, grupo, oficina, reunião, visita domiciliar, estudo de caso, con- tato institucional, visita institucional, contato interinstitucional, abordagem de rua etc. Ato Infracional. O Estatuto da Criança e do Adoles- cente (ECA) definiu como ato infraci- onal a conduta descrita como crime ou contravenção penal; trata-se de ca- tegoria precisa, descrita no Código Pe- nal. A idade mínima de inimputabili- dade está firmada em 18 anos, (con- forme legislação Penal de 1940), pre- vendo tratamento diferenciado para crianças (até 12 anos) e adolescentes (entre 12 e 18 anos), sendo as crian- ças, penalmente inimputáveis e irres- ponsáveis. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Atendimento Socioassistencial Ato Infracional 35 Ao ato infracional praticado por ado- lescente, o ECA previu a aplicação de medidas que variam no grau de seve- ridade: •.Advertência (admoestação verbal); •.Obrigação de Reparar o Dano (resti- tuição ou ressarcimento do dano cau- sado); •.Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) (serviços gratuitos); •.Liberdade Assistida (LA) (acompa- nhamento e orientação); •.Semiliberdade (restrição da liber- dade); •.Internação (privação da liberdade). Para aplicação da medida serão consi- deradas: as condições do adolescente para cumpri-la, as circunstâncias, a gravidade da infração e as provas su- ficientes de materialidade e autoria. A prática do ato infracional por ado- lescente revela a aproximação deste com a violência – forma de inter-rela- ção no mundo social –, que guarda ra- ízes com a esfera da vida privada (contexto familiar e social) e da pú- blica (políticas públicas e Sistema de Justiça). Ator Social. Indivíduo, organização, ou agrupa- mento humano que de certa forma, es- tável ou transitória, tem capacidade de acumular força e desenvolver inte- resse, produzindo fatos na situação. Atribuições. Conjunto de obrigações e de poderes conferidos a uma pessoa ou órgão. Auditoria Social. Processo que busca avaliar e garantir que o desempenho e os resultados fi- nais de um projeto estejam em confor- midade com as políticas e regulamen- tações existentes. Permite que uma or- ganização avalie sua eficiência social e seu comportamento ético em relação aos seus objetivos para que possa me- lhorar seus resultados sociais. Autoajuda. Refere-se a qualquer coisa que possa ajudar o indivíduo a se transformar, melhorar. Seja na forma econômica, espiritual, intelectual ou emocional. Autodeterminação do Usuário. Princípio do Serviço Social que se re- fere ao direito do usuário de tomar suas próprias decisões, usar suas habi- lidades e recursos e resolver seus pro- blemas, usando plenamente as oportu- nidades que são oferecidas para o seu próprio desenvolvimento. Autogestão. Refere-se à busca e à configuração de processos/ modos organizacionais jus- tos e democráticos, onde os membros de uma organização coletiva (como empreendimentos de economia soli- dária,por exemplo) estão engajados nos processos de tomada de decisão, atividades e controles organizaciona- is. Nestes tipos de organização, os fins sempre serão sociais, mesmo que os meios sejam econômicos. Autonomia. O conceito de autonomia é compreen- dido como a capacidade e a possibili- dade do cidadão em suprir suas neces- sidades vitais, especiais, culturais, po- líticas e sociais, sob as condições de respeito às ideias individuais e coleti- vas, supondo uma relação com o mer- cado – onde parte das necessidades deve ser adquirida – e com o Estado, responsável por assegurar outra parte A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Ator Social Autonomia 36 das necessidades; a possibilidade de exercício de sua liberdade, tendo reco- nhecida a sua dignidade, e a possibili- dade de representar pública e partida- riamente os seus interesses sem ser obstaculizado por ações de violação dos direitos humanos e políticos ou pelo cerceamento à sua expressão. Sob esta concepção o campo da auto- nomia inclui não só a capacidade do cidadão de autossuprir, desde o mí- nimo de sobrevivência até necessida- des mais específicas, como a de usu- fruir segurança social pessoal mesmo quando na situação de recluso ou ape- nado. É este o campo dos direitos hu- manos fundamentais. Auxílio Social. Expressão com que se designam a as- sistência pública, privada e beneficên- cia para as pessoas ou grupos que não podem satisfazer às suas necessidades básicas. Avaliação. Avaliação é uma forma de pesquisa social aplicada, sistemática, planejada e dirigida; destinada a identificar, ob- ter e proporcionar de maneira válida e confiável dado e informação sufici- ente e relevante para apoiar um juízo sobre o mérito e o valor dos diferentes componentes de um programa (tanto na fase de diagnóstico, programação ou execução), ou de um conjunto de atividades específicas que se realizam, foi realizado ou se realizarão. Tem o propósito de produzir efeitos e resultados concretos; comprovando a extensão e o grau em que se deram es- sas conquistas, de forma tal que sirva de base ou guia para uma tomada de decisão racional e inteligente entre os cursos de ação ou para solucionar pro- blemas e promover conhecimento e a compreensão dos fatores associados ao êxito ou ao fracasso de seus resul- tados. A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Auxílio Social Avaliação 37 Baixa Qualificação Profissional. Formação profissionalizante que não atende à demanda de mercado de mão de obra. Bem-Estar. Estado que um indivíduo alcança para atender às suas necessidades de forma compatível com a dignidade humana. O conceito foi incorporado ao campo das ciências sociais por alguns econo- mistas ingleses do século XX. O ter- mo se opõe ao desconforto e conota um estado de completa satisfação, de ausência de necessidades. Bem-Estar Social. O desenvolvimento e a realização de direitos sociais. Grau em que uma de- terminada sociedade, comunidade, se- tor social, grupo ou família satisfaz as necessidades humanas fundamentais. Nesse sentido, está alinhado ao desen- volvimento econômico e social que incide na qualidade de vida. Implica um sistema organizado de políticas, leis, serviços e instituições sociais, destinado a promover em comunida- des, grupos, famílias e indivíduos, a obtenção de níveis satisfatórios de vi- da, bem como relações pessoais e so- ciais que lhes permitam desenvolver suas potencialidades. Beneficência. Do latim beneficentia, de facere, ação para ajudar a prestar assistência àque- les que precisam de proteção e apoio, para aqueles que não podem se defen- der sozinhos, que estão em uma situa- ção de miséria ou foram vítimas de um infortúnio. Benefícios Assistenciais. Auxílios em bens materiais e/ou em pecúnia para famílias em situação de vulnerabilidade social. Benefícios Eventuais. Os Benefícios Eventuais são previstos no artigo 22 da LOAS e são prestados aos cidadãos e às suas famílias que não têm como arcar com o enfrenta- mento de adversidades temporárias. Caracterizam-se por seu caráter suple- mentar e provisório, prestados em vir- tude de nascimento, morte, situações de vulnerabilidade temporária e de ca- lamidade pública. Em dezembro de 2007, a União, por intermédio do Decreto nº 6.307, esta- beleceu normas gerais para a regula- mentação e a provisão de Benefícios Eventuais. De acordo com o Decreto são modalidades de Benefícios Even- tuais: • Natalidade: para atender às necessi- dades do bebê que vai nascer; apoio à mãe nos casos em que o bebê nasce morto ou morre logo após o nascimen- A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Baixa Qualificação Profissional Benefícios Eventuais 38 B to; e apoio à família no caso de morte da mãe. • Funeral: para atender despesas de urna funerária, velório e sepulta- mento; necessidades urgentes da famí- lia advindas da morte de um de seus provedores ou membros; e ressarci- mento, no caso da ausência do Bene- fício Eventual, no momento necessá- rio. • Vulnerabilidade Temporária: para o enfrentamento de situações de riscos, perdas e danos à integridade da pessoa e/ou de sua família. • Calamidade Pública: para o atendi- mento das vítimas de calamidade pú- blica, de modo a garantir a sobrevi- vência e a reconstrução da autonomia destas. A regulamentação da prestação dos Benefícios Eventuais e a organização do atendimento aos beneficiários são responsabilidade dos municípios e do Distrito Federal. Os estados são res- ponsáveis pelo cofinanciamento des- tes benefícios. Os Benefícios Eventuais são direitos assegurados em lei e devem estar inte- grados aos serviços ofertados pela po- lítica de assistência social, de forma a garantir oferta qualificada e integrada com as demais políticas públicas das áreas do trabalho, habitação, segu- rança alimentar e nutricional, saúde, entre outras. Benefício de Prestação Continuada – BPC. O BPC é um benefício que integra a Proteção Social Básica no âmbito do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). É um benefício individual, não vitalício e intransferível, que asse- gura a transferência mensal de um sa- lário mínimo à pessoa idosa, com ses- senta e cinco anos ou mais, e à pessoa com deficiência, de qualquer idade. Em ambos os casos, os requerentes devem comprovar não possuir meios de garantir o próprio sustento, nem tê- lo provido por sua família. A renda mensal familiar per capita deve ser in- ferior a um quarto do salário mínimo vigente.O BPC é um direito assegu- rado constitucionalmente, constituin- do-se em direito de cidadania. É o primeiro benefício de prestação comtinuada instituído no âmbito do sistema de proteção social com caráter não contributivo, estando desvincula- do da condição de trabalhador, e de contribuições prévias à previdência social. A gestão do BPC, hoje, é realizada pe- lo Ministério do Desenvolvimento So- cial e Combate à Fome (MDS), por in- termédio da Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), responsá- vel pela implementação, coordenação, regulação, financiamento, monitora- mento e avaliação do Benefício. A o- peracionalização é realizada pelo Ins- tituto Nacional do Seguro Social, a quem compete o requerimento, manu- tenção e cessação do benefício. Para requerer o BPC, o cidadão deve procurar o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para rece- ber as informações sobre o BPC e a- poios necessários para requerê-lo. Após recepção no CRAS, é agendado atendimento em Agência da Previdên- cia Social, quando será preenchido o formulário de solicitação, apresentada a declaração de renda dos membros da família, comprovada residência e a- presentados documentos de identifica- ção pessoal e da família. De acordo com artigo 21 da LOAS, o BPC
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