Slide Apresentação de TCC

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Orientador:
Prof. Me. Jefferson Antonione Rodrigues
Acad. RENALTO FERREIRA BINA JUNIOR
“O PROCESSO” (FRANZ KAFKA): FICÇÃO E REALIDADE À LUZ DA JUSTIÇA NO BRASIL
Palavras-chave:
1. Delito.
2. Direito Penal do Inimigo
3. Franz Kafta
Objetivo: o objetivo geral é traçar um paralelo entre os elementos alegóricos da obra e as práticas penais do Estado Brasileiro. Os objetivos específicos são: conhecer o contexto e a hermenêutica da obra “O Processo” de Franz Kafka; apontar os aspectos característicos do direito penal do inimigo; e ilustrar a narrativa com a casuística do ordenamento brasileiro
SUBDIVISÃO DAS SEÇÕES:
1. INTRODUÇÃO
2. FRANZ KAFKA E “O PROCESSO”
3. TEORIA DO DELITO
4. DIREITO PENAL DO INIMIGO
5. DIREITO PENAL DO INIMIGO E SEUS REFLEXOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO E NOS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
SEÇÃO I - INTRODUÇÃO
Síntese: O artigo fará uma comparação entre a obra de ficção “O Processo de Franz Kafka e a realidade atual do direito penal brasileiro. A obra foi lançada em 1925, postumamente, pelo amigo pessoal de Franz Kafka, Max Brod, que o editou e lançou após a morte do amigo. Retrata a história de Josef K., que é preso e processado sem ao menos saber do que está sendo acusado. 
SEÇÃO II - FRANZ KAFKA E “O PROCESSO”
Síntese: Já no início da obra, Franz afirma: “Alguém devia ter caluniado Josef K., porque foi preso uma manhã, sem que ele houvesse feito alguma coisa de mal.” (KAFKA, 1925, p. 5). A obra retrata que o acusado era bancário em um banco prestigiado da cidade, cargo que demandava uma grande responsabilidade, bem como que cresceu na instituição em pouco tempo, devido sua dedicação ao trabalho. Contudo, na manhã em que completou 30 anos de idade, Josef K. foi detido por dois guardas, em seu próprio quarto, mesmo sem ter cometido nenhum delito. Inicialmente Josef K. acreditava que toda a situação não passasse de uma brincadeira dos colegas de trabalho, pelo seu trigésimo aniversário. Quando, por fim, se deu conta de que realmente estava sendo acusado, K. acreditava que a situação seria esclarecida em seu interrogatório, o que não aconteceu . Daí sucederam somente eventos trágicos para K.
SEÇÃO III - TEORIA DO DELITO
Síntese: O conceito de crime é ponto de partida para a compreensão dos principais institutos de Direito Penal, embora pareça simples, sua definição completa e pormenorizada apresenta complexidade que requer estudo aprofundado para sua correta compreensão. 
Para Masson (2015), não basta dizer que crime é o fato típico, ilícito e etc., sem maiores preocupações cientificas, é necessário uma resposta mais técnica e minuciosa para a sua real compreensão. Assim, para se conceituar o crime três aspectos devem ser considerados: material, legal e formal. 
Para o critério material, nas palavras do autor: “crime é toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão bens jurídicos penalmente tutelados.” (MASSON, 2015, p. 192). O critério formal funda-se nos elementos que compõem a estrutura no crime, quais sejam: o fato típico, a ilicitude, a culpabilidade e a punibilidade. Já o aspecto legal, é o fornecido pelo artigo 1º da Lei de Introdução ao Código Penal – Decreto-Lei n.º 3.914/41.
SEÇÃO IV - DIREITO PENAL DO INIMIGO
Síntese: Günther Jakobs começou a desenvolver a teoria do Direito Penal do Inimigo na década de 80 quando traçou as primeiras linhas de sua pesquisa, retornando a ela no final dos anos 90 e, em 2003, assumiu sua postura inequívoca em defesa de sua teoria, justificando com sua obra “Derecho penal Del enemigo”, a necessidade de se revolucionar os conceitos clássicos arraigados pela doutrina. Jakobs discute a real efetividade do Direito Penal em vigor e pugna pela flexibilização, ou mesmo supressão, de diversas garantias materiais e processuais consideradas como absolutas e intocáveis. 
Para Jakobs, independente das hipóteses de definição, o inimigo é tratado como alguém que deve ser enfrentado e, a qualquer custo, vencido.
SEÇÃO V - DIREITO PENAL DO INIMIGO E SEUS REFLEXOS NO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO E NOS TRATADOS DE DIREITOS HUMANOS
Síntese: Atualmente, é possível notar traços do Direito Penal do Inimigo na legislação pátria, a exemplo da Lei de Crimes Hediondos, bem como na vigência de Estado de Defesa e Estado de Sítio. Contudo, a flexibilização absoluta dos direitos e garantias fundamentais causaria para alguns o perigo de preconceito, indiferença, ameaças e o rótulo de inimigo, contrariando o disposto na Declaração Universal dos Direitos Humanos, enquanto que, resguardaria aos demais o respeito às suas garantias e direitos dentro do Estado Democrático de Direito.
Em relação aos Direitos Humanos, o primeiro confronto visível entre o Direito Penal do Inimigo e a Declaração Universal dos Direitos Humanos encontra-se no fato de a teoria de Jakobs sustentar que o inimigo não mais será tratado como pessoa e a Declaração Universal dos Direitos Humanos disciplinar em seu artigo 6º que: “toda pessoa tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecida como pessoa perante a lei”. 
CONCLUSÃO 
Síntese: Embora fictícia, a obra de Kafka retrata a realidade pós-guerra de sua época, bem como assemelhasse à teoria do Direito Penal do Inimigo desenvolvida décadas mais tarde, pelo professor alemão Günther Jakobs. A teoria de Jakobs é criticada por grande parte da doutrina, em razão de sua inflexibilidade, bem como por ir em desencontro às normas de Direitos Humanos e garantias constitucionais e fundamentais vigentes. Contudo, após análise pormenorizada da doutrina, foi possível constatar que no Brasil existem legislações ou dispositivos que prevêem, ainda que de forma leve, a aplicação de sanção mais grave e de acordo com a teoria de Direito Penal do Inimigo, a exemplo da Lei de Crimes Hediondos. 
REFERÊNCIAS
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Orientador:
Prof. Me. Jefferson Antonione Rodrigues
Acad. RENALTO FERREIRA BINA JUNIOR
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