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1 
 
Sumário 
Normas Gerais de Circulação e Conduta ........................................................................................................... 3 
1. Regras Básicas Iniciais ................................................................................................................................. 4 
1.2. O Famoso Artigo 29 do CTB ................................................................................................................... 6 
1.3. As Regras de Ultrapassagem ................................................................................................................ 17 
1.3. Os Artigos 30 a 39 – As Bancas também Gostam ............................................................................... 21 
1.5. O Art. 40 – O Outro Famoso do CTB .................................................................................................... 31 
1.6. As Regras para o Uso da Buzina ........................................................................................................... 40 
1.7. O Resto da Galera (Arts. 42 ao 67) ..................................................................................................... 41 
Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 61 
Lista de Questões .............................................................................................................................................. 94 
Gabarito ......................................................................................................................................................... 107 
Resumo ............................................................................................................................................................ 108 
Considerações Finais ....................................................................................................................................... 128 
 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO DA AULA 
 
Olá, caro futuro Policial Rodoviário Federal! 
Trataremos nessa aula de um dos mais importantes para provas de concursos: o Capítulo III do 
nosso CTB, que trata das Normas Gerais de Circulação e Conduta. 
As bancas, principalmente o CESPE/CEBRASPE, têm um verdadeiro caso de amor com esse 
assunto, pois o maior histórico de questões de prova de toda a história de concursos na área de 
trânsito e exatamente sobre o referido tema. 
Você há de concordar comigo que não se concebe um candidato a cargo de fiscalização de trânsito 
não conhecer as normas mais elementares e básicas de circulação e conduta existentes em nosso 
país, não é mesmo? Assim, dada a grande importância deste assunto para provas de concursos, 
vamos estudar detalhadamente cada um dos dispositivos desse capítulo. 
A didática desta aula será a seguinte: 
 
 Enunciaremos o artigo, parágrafo ou inciso, objeto de nosso estudo, da forma como 
ele está disposto no CTB; 
 Destacaremos aqueles mais famosos em provas de concursos; 
 Explicaremos em mais detalhes o que cada um quer dizer na prática, lembrando 
sempre que exemplificaremos alguns deles com questões recentes das mais 
diversas organizadoras 
 Citaremos, sempre que possível e pertinentes, a infração de trânsito 
correspondente à desobediência de grande parte das condutas estudadas. 
 
Prepare-se então, porque começaremos, a partir de agora, uma verdadeira viagem por um assunto 
extremamente importante não só para a sua prova, mas também para o seu dia-a-dia como futuro 
PRF, agente fiscalizador do trânsito nas rodovias e estradas federais do nosso país! 
Sigamos em frente! 
 
 
3 
 
NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA 
 
Querido aluno, começaremos agora a estudar as normas, as regras necessárias ao convívio 
adequado entre pessoas, animais e veículos nas vias públicas. São as chamadas normas gerais de 
circulação e conduta elencadas no Capítulo III do Código de Trânsito Brasileiro, o nosso CTB. 
E aí, já vou logo te dizendo uma primeira regra basilar: 
Quando o convívio entre pessoas, animais e veículos NÃO SE DER EM VIA 
PÚBLICA, as regras aqui estudadas NÃO SERÃO APLICADAS. 
No decorrer desse estudo, verificaremos o comportamento que devemos adotar e também os de 
que somos impedidos, em razão dos direitos dos demais. Na íntegra, tem o mesmo sentido da 
direção segura, da direção perfeita, da direção defensiva, hoje, felizmente, currículo obrigatório 
na formação de novos condutores de veículos, e aos que forem renovar a Carteira Nacional de 
Habilitação. 
Às pessoas que não conseguirem se adequar a estas normas de convívio social, o legislador previu, 
no Capítulo XV do CTB, dos arts. 161 ao 255, medidas punitivas, a fim de restaurar a situação de 
normalidade e a segurança viária. Assim, o Código nos traz uma relação básica entre as normas 
de circulação e conduta e as infrações de trânsito nele previstas, assim resumida: 
 
 
Dito isso, tentaremos seguir o estudo dessa aula na mesma lógica acima: na maioria dos 
dispositivos aqui estudados, indicaremos também a respectiva infração de trânsito a qual estará 
sujeita o infrator da norma. Fazendo isso, você terá a oportunidade de estudar os dois capítulos 
juntos, mesmo que com foco no Capítulo III, e dessa forma visualizar as infrações mais importantes 
e, por conseguinte, as mais queridinhas das bancas para provas de concurso. Quando chegarmos 
à Aula de infrações de trânsito, onde estudaremos todas as infrações, muitas delas já lhes serão 
familiares! 
Beleza? 
Então vamos lá! 
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1. Regras Básicas Iniciais 
 
Comecemos pelo primeiro artigo do importantíssimo Capítulo III, o art. 26: 
Art. 26. Os usuários das VIAS TERRESTRES devem: 
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o 
trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a 
propriedades públicas ou privadas; 
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atirando, depositando 
ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou nela criando qualquer outro 
obstáculo. 
 
 
 
 
A intenção do legislador neste artigo foi a de priorizar a defesa da vida, não deixando de lado o 
meio ambiente. 
Se as pessoas, em qualquer situação possível de ocuparem no trânsito, se abstivessem de atitudes 
perigosas, adotando um comportamento adequado e educado, esta regra inicial seria excelente 
para termos segurança no trânsito. Contudo, nem sempre é desta forma que acontece. Assim, a 
desobediência a tais disposições poderá levar o infrator ao cometimento das seguintes infrações: 
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à segurança de veículo e pedestres, 
tanto no leito da via terrestre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da autoridade de trânsito, conforme o 
risco à segurança. 
Sigamos! 
Art. 27. ANTES de colocar o veículo em circulação nas vias públicas, o condutor 
deverá verificar a existência e as boas condições de funcionamento dos 
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equipamentos de uso obrigatório, bem como assegurar-se da existência de 
combustível suficiente para chegar ao local de destino. 
 
 
 
 
A falta de combustível, convenhamos, trata-se de situação desconfortável ao condutor do veículo 
e seus passageiros, principalmente quando em viagem. 
Podemos imaginar a situação constrangedora e o transtorno. Da mesma forma acontece com os 
equipamentos obrigatórios, previstos na Resolução CONTRAN nº 14/98 e suas atualizações. Os 
equipamentos devem existir e estarem em condições de serem utilizados. Imaginemos a situação 
de necessidade de substituiçãode um pneu e o estepe estar sem condições de uso. Todavia, na 
prática, muitas vezes nos deparamos com tais situações. 
A não observação dessa regra, portanto, leva o condutor infrator às possíveis infrações a seguir: 
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - remoção do veículo. 
Art. 230. Conduzir o veículo: 
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente ou inoperante; 
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabelecido pelo CONTRAN; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização. 
 
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, TER DOMÍNIO DE SEU VEÍCULO, 
dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito. 
 
Essa é uma das regras que mais estão em sintonia com os conceitos e princípios da Direção 
Defensiva. O condutor deve estar atento; observar os demais condutores, pedestres e animais que 
possam estar nas vias públicas, nas faixas de domínio e até em lotes lindeiros, próximos à rodovia 
ou estrada; segurar o volante com as duas mãos; sinalizar antecipadamente as suas manobra de 
maneira que os demais agentes do trânsito possam ver; e adequar o seu comportamento e 
observar constantemente os espelhos retrovisores. E se desobedecer tal regra: 
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Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à segurança: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa. 
Beleza? 
E agora: atenção redobradíssima! 
E sabe por quê? 
Porque no próximo tópico estudaremos o famosíssimo e cobradíssimo artigo 29 do CTB! Este 
dispositivo é enorme, tem muitos incisos e é um daqueles queridinhos (um dos casos de amor) das 
bancas! 
Vamos conhecê-lo? 
 
1.2. O Famoso Artigo 29 do CTB 
 
Segue a letra desse importantíssimo artigo: 
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação 
obedecerá às seguintes normas: 
I - a circulação far-se-á PELO LADO DIREITO DA VIA, admitindo-se as exceções 
devidamente sinalizadas; 
 
 
 
 
II - o condutor deverá GUARDAR DISTÂNCIA DE SEGURANÇA LATERAL E 
FRONTAL entre o seu e os demais veículos, bem como em relação ao bordo 
da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e as condições do local, 
da circulação, do veículo e as condições climáticas; 
 
 
 
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No inciso I o principal cuidado que você precisa ter é lembrar de que a regra da circular pelo lado 
direito da via não é absoluta, pois o próprio dispositivo admite exceções, desde que devidamente 
sinalizadas! 
Sobre o inciso II, é bem verdade que a legislação não fixa exatamente qual deve ser a distância de 
segurança lateral e frontal do seu veículo com os demais. No entanto, é bom saber que há exceção 
no que diz respeito às bicicletas. Ao passar ou ultrapassar bicicleta, segundo estabelece o art. 201 
do CTN, os condutores de veículos deverão guardar uma distância lateral mínima de 1,5m (um 
metro e meio). 
 
 
 
 
 
A falta desta distância de segurança frontal é a causa de inúmeros acidentes e, muitos, com morte 
de pessoas. A desobediência, é claro, levará a uma das seguintes infrações de trânsito: 
Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o seu veículo e os demais, bem como 
em relação ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as condições climáticas do local da 
circulação e do veículo: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar 
bicicleta: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Questões frequentes em concursos e que sempre trazem dúvidas entre os candidatos são as que 
dizem respeito às preferências de passagem. Vamos então destrinchá-las, buscando facilitar o seu 
aprendizado!! 
III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de 
LOCAL NÃO SINALIZADO, terá preferência de passagem: 
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de RODOVIA, aquele que 
estiver circulando por ela; 
 
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b) no caso de ROTATÓRIA, aquele que estiver circulando por ela; 
 
 
 
 
c) nos DEMAIS CASOS, o que vier pela direita do condutor; 
 
 
 
 
 
 
 
Não esqueça dessas regras, tá? 
Só para reforçar: 
 
 
 
 
 
 Se houver sinalização de PREFERÊNCIA na via, ela DEVERÁ ser respeitada. 
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 Se não houver tal sinalização, as três regrinhas de preferência acima citadas 
é que devem obrigatoriamente ser seguidas. 
 
Eis as infrações para quem não as respeita: 
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: 
I - em interseção não sinalizada: 
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória; 
b) a veículo que vier da direita; 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
Continuando... 
IV - quando uma pista de rolamento comportar VÁRIAS faixas de circulação no 
mesmo sentido são: 
 as da DIREITA destinadas ao deslocamento dos VEÍCULOS MAIS LENTOS E 
DE MAIOR PORTE, QUANDO NÃO HOUVER FAIXA ESPECIAL A ELES 
DESTINADA, e; 
as da ESQUERDA, destinadas à ULTRAPASSAGEM e ao DESLOCAMENTO 
DOS VEÍCULOS DE MAIOR VELOCIDADE; 
 
 
 
 
Não esqueça: 
Se houver FAIXA ESPECIAL destinada aos veículos mais lentos e de maior porte, é 
lá que eles devem trafegar! Em não havendo, aí tais veículos devem usar a faixa da 
direita, ok? 
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Ressalta-se também que mesmo que o veículo se desloque no limite máximo da velocidade 
regulamentada para aquela via, deverá estar na faixa da direita, pois a da esquerda é destinada 
às ultrapassagens. A ultrapassagem poderá estar sendo feita por uma viatura policial, uma 
ambulância ou simplesmente alguém com mais pressa, que não esteja observando o limite de 
velocidade. 
Aproveito para distinguir pista de rolamento de faixa de trânsito, segundo nos ensina o Anexo I 
do CTB: 
Anexo I CTB: 
PISTA DE ROLAMENTO: a parte da via normalmente utilizada para a circulação de 
veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença de nível em relação 
às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. 
FAIXA DE TRÂNSITO: que é qualquer uma das áreas longitudinais em que pista pode 
ser subdividida, sinalizada ou não por marcas viárias longitudinais, que tenham uma 
largura suficiente para permitir a circulação de veículos automotores. 
Assim, uma pista de rolamento poderá ter uma ou mais faixas no mesmo sentido. Poderemos ter 
também as pistas duplas, em que há, em cada pista, faixas no mesmo sentido. 
Pois bem, as infrações previstas para a não observância dessa regra são as seguintes: 
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de conservá-lo: 
I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação, exceto em situações de emergência; 
II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Sigamos em frente! 
V - o trânsito de veículos sobre PASSEIOS, CALÇADAS e nos 
ACOSTAMENTOS, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos 
imóveis ou áreas especiais de estacionamento; 
 
 
 
 
 
Caro aluno, os passeios, as calçadas e os acostamentos são reservados prioritariamente aos 
pedestres. Os acostamentos poderão ser utilizados pelos veículos, para paradas e 
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estacionamentosemergenciais e ainda, por ciclomotores e bicicletas, devendo seus 
deslocamentos ser no mesmo sentido dos veículos (veremos com mais detalhes adiante). 
A desobediência a esse inciso leva ao cometimento das infrações abaixo: 
Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, 
ajardinamentos, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas de canalização, 
gramados e jardins públicos: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa (três vezes). 
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: 
I - pelo acostamento; 
Infração - gravíssima 
Penalidade - multa (cinco vezes). 
 
 
 
VI - os veículos precedidos de batedores terão PRIORIDADE de passagem, 
RESPEITADAS AS DEMAIS NORMAS DE CIRCULAÇÃO; 
 
 
 
 
Saiba, aluno, que via de regra não encontraremos disposição em lei que determine trânsito 
totalmente livre para algum tipo de veículo. Normalmente, temos a necessidade de uso de 
batedores para veículos conduzindo autoridades e em situações específicas. Neste caso, 
objetivando a livre circulação da autoridade, os batedores terão de fazer o serviço. 
Pois bem, a regra nos diz que tais veículos, quando precedidos de batedores, terão prioridade de 
passagem, mas tem prioridade tem um condição fundamental: devem ser respeitadas as demais 
normas de circulação. 
E atenção: prioridade é bem diferente de preferência. Preferência é uma prerrogativa ainda maior 
que determinado veículo possa ter no trânsito e você constatará isso mais adiante! 
Vamos estudar agora uma das regras do art. 29 mais cobradas em provas e que foi atualizada pela 
Lei nº 14.071/20 (atenção para os destaques): 
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VII - os veículos: 
 destinados a socorro de incêndio e salvamento; 
 os de polícia; 
 os de fiscalização e operação de trânsito e; 
 as ambulâncias, 
 
 
além de prioridade de trânsito, gozam de LIVRE CIRCULAÇÃO, 
ESTACIONAMENTO E PARADA, quando em serviço de urgência, de 
policiamento ostensivo OU de preservação da ordem pública, 
observadas as seguintes disposições: 
a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação 
intermitente estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos, 
TODOS OS CONDUTORES deverão deixar livre a passagem pela faixa da 
ESQUERDA, indo para a DIREITA da via e parando, se necessário; 
 
 
 
 
b) os PEDESTRES, ao ouvirem o alarme sonoro OU avistarem a luz intermitente, 
deverão aguardar no passeio e somente atravessar a via quando o veículo já 
tiver passado pelo local; 
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha 
intermitente só poderá ocorrer quando da EFETIVA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO 
DE URGÊNCIA; 
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar COM 
VELOCIDADE REDUZIDA e com os devidos cuidados de segurança, 
obedecidas as demais normas deste Código; 
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[NOVO] e) as prerrogativas de LIVRE CIRCULAÇÃO e de PARADA serão 
aplicadas somente quando os veículos estiverem identificados por dispositivos 
regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente; 
[NOVO] f) a prerrogativa de LIVRE ESTACIONAMENTO será aplicada somente 
quando os veículos estiverem identificados por dispositivos regulamentares de 
iluminação intermitente; 
Diferentemente do que estudamos no inciso VI, os veículos citados no inciso VII gozam, além de 
prioridade de trânsito, de livre circulação, estacionamento e parada. Mas atenção, muita atenção, 
pois essas prerrogativas não poderão ser exercidas de qualquer jeito. É preciso observar as regras 
nela impostas, principalmente aquelas trazidas pela Lei nº 14.071/20, pois chamarão muita atenção 
das bancas! 
A primeira novidade trazida pela citada norma é que as prerrogativas de livre circulação, 
estacionamento e parada, antes permitida apenas para quando em serviço de urgência, teve o seu 
escopo de atuação ampliado! Agora, os veículos citados gozam de tais prerrogativas não só 
quando em serviço de urgência, mas também quando em serviço de policiamento ostensivo OU 
de preservação da ordem pública! Esquematizando: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bom, mas gozar dessas prerrogativas, ainda que nas situações citadas, não significa um cheque 
em branco para os condutores desses veículos, tá? O inciso VII do art. 29, mais especificamente 
em suas alíneas “d” a “f”, traz regras bem claras a respeito. 
A primeira delas, a da alínea “d”, que já existia desde os primórdios do CTB, exige que a 
prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com 
os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas do CTB. Essa alínea “d” visa a 
preservar a vida de quem estiver na viatura ou ambulância e também a dos demais usuários da via. 
Trata-se de uma informação bastante interessante para provas de concursos! 
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Assim, por exemplo, o motorista de uma viatura, em situação de emergência e com os dispositivos 
devidamente acionados, poderá passar com o sinal vermelho de um semáforo, desde que se 
certifique de que os demais condutores e pedestres o viram e lhe deram a preferência. Beleza? 
A segunda regra, essa trazida pela Lei nº 14.071/20, a da alínea “e”, nos ensina que as 
prerrogativas de LIVRE CIRCULAÇÃO e de PARADA serão aplicadas somente quando os veículos 
estiverem identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação 
intermitente. Ou seja, as duas espécies de dispositivos devem estar acionadas para que o veículo 
possa gozar das prerrogativas de livre estacionamento e parada! 
E por fim, a terceira regra, a da alínea “f”, também trazida pela Lei nº 14.071/20, a qual estabelece 
que a prerrogativa de LIVRE ESTACIONAMENTO será aplicada somente quando os veículos 
estiverem identificados por dispositivos regulamentares de iluminação intermitente. Ou seja, para 
estacionar, não precisa ficar fazendo barulho com o alarme sonoro do veículo, bastando estar 
obrigatoriamente acionada a iluminação intermitente! Esquematizando mais uma vez: 
 
 
 
 
 
 
 
E você percebeu que dá para extrair mais outra novidades das regras acima? Sim! Confira: 
 
 
 
 
 
COM O ADVENTO DAS REGRAS DA LEI Nº 14.071/20, NÃO HÁ MAIS A 
OBRIGATORIEDADE DE A ILUMINAÇÃO INTERMINETE SER DA COR VERMELHA! 
Agora, será permitido o uso de outras cores, com o azul e o âmbar! Beleza? 
E se essas regras não forem observadas? Eis as infrações relacionadas! 
Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de emergência, o sistema de iluminação 
vermelha intermitente dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de fiscalização de trânsito 
e das ambulâncias, ainda que parados: 
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Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, de socorro de incêndio e salvamento, 
de polícia, de operação e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de urgência e 
devidamente identificados por dispositivos regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha 
intermitentes: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa. 
Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com prioridade de passagem devidamente 
identificada por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
Agora o inciso VIII, igualmente importante e que não pode ser confundido com o que acabamos 
de estudar: 
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, QUANDO EM 
ATENDIMENTO NA VIA, gozam de livre parada e estacionamento no local da 
prestaçãode serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar 
identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN; 
 
 
 
 
Agora, estamos tratando de outros tipos de veículos: os prestadores de serviço de utilidade 
pública! 
Esses veículos gozam, quando em atendimento na via, de livre PARADA e ESTACIONAMENTO 
(mas não de livre circulação) no local da prestação do serviço, independentemente de proibições 
ou restrições estabelecidas na legislação de trânsito ou através de sinalização regulamentar, 
quando atendido o quesito acima. E atenção: 
Em qualquer outra situação, eles NÃO GOZAM DE NENHUMA PRIORIDADE DE 
TRÂNSITO. 
Dentre estes veículos, são incluídos os de guincho, os de recolhimento e depósito de valores, 
os de manutenção na energia elétrica, etc. 
Veja como foi cobrado: 
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[CBM/DF – 2011] Considerando que um caminhão do CBMDF, em serviço 
de urgência e devidamente identificado por alarme sonoro e iluminação vermelha 
intermitente, esteja transitando por uma pista de quatro faixas bastante congestionada, julgue 
os itens seguintes. 
01. O referido caminhão poderá ultrapassar sinais vermelhos, desde que tome os devidos 
cuidados de segurança. 
Comentário: 
Certíssima! A chave da resposta está na expressão “desde que tome os devidos cuidados de 
segurança”. O caminhão citado na assertiva goza de livre circulação parada e estacionamento, 
mas deve, de fato, tomar os devidos cuidados necessários. Lembrando que, com as mudanças 
promovidas no inciso VII do art. 29 do CTB pela Lei nº 14.071/20, a iluminação intermitente não 
precisa mais necessariamente ser vermelha, ok? 
Gabarito: Certo 
02. Ao chegar ao local da prestação do serviço de urgência, o caminhão poderá ser estacionado 
em locais nos quais haja sinalização proibindo estacionar, no entanto será vedado que o condutor 
do referido caminhão o estacione em locais em que a sinalização determine que seja proibido 
parar. 
Comentário: 
Invenção da banca! Ora, se o caminhão está em serviço de urgência e devidamente identificado 
por alarme sonoro e iluminação vermelha intermitente, então ele goza de livre circulação, 
estacionamento e parada (art. 29, VII). Não há, portanto, a restrição mencionada! Quero 
aproveitar para lembrar também que com as mudanças promovidas pela Lei nº 14.071/20, o 
caminhão citado poderá gozar das mesmas prerrogativas não só quando em serviço de urgência, 
mas também quando em serviço de policiamento ostensivo e em serviço de preservação da 
segurança pública! E mais: ao circular ou parar, deverá estar com dispositivos de alarme sonoro e 
de iluminação intermitente acionados; ao estacionar, apenas os de iluminação intermitente devem 
estar acionados. 
Gabarito: Errado 
03. Os condutores dos veículos que estiverem trafegando à frente do referido caminhão deverão 
deixar livre a passagem pela faixa à esquerda, indo para as faixas à direita e parando, se necessário. 
Comentário: 
Perfeito! Foi o que vimos ao estudarmos sobre a postura dos demais atores do trânsito quando 
diante de um veículo como o citado no comando da questão! 
Gabarito: Certo 
Tranquilas, não é? Bom, agora estudaremos outro importante tópico desta aula que são as regras 
de ultrapassagem. Bastante atenção também para esse assunto, pois é outro sério candidato a 
aparecer em sua prova! 
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1.3. As Regras de Ultrapassagem 
 
De início, vamos entender o conceito de ULTRAPASSAGEM retirado do glossário do CTB, o seu 
Anexo I: 
 
Anexo I CTB: 
ULTRAPASSAGEM é o movimento de passar à frente de outro veículo que se 
desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa de trânsito, 
necessitando sair e retornar à faixa de origens. 
 
 
 
 
 
 
 
De posse desse conceito, vamos então estudar as regras que você todos nós devemos (ou 
deveríamos!) respeitar nos casos de ultrapassarmos outros veículos. 
São elas: 
 
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento DEVERÁ SER FEITA PELA 
ESQUERDA, obedecida a sinalização regulamentar e as demais normas 
estabelecidas neste Código, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver 
sinalizando o propósito de entrar à esquerda; 
 
 
 
 
 
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X - todo condutor deverá, ANTES de efetuar uma ultrapassagem, certificar-se 
de que: 
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma manobra para 
ultrapassá-lo; 
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indicado o propósito 
de ultrapassar um terceiro; 
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão suficiente para 
que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua o trânsito que venha em 
sentido contrário; 
XI - todo condutor AO EFETUAR A ULTRAPASSAGEM deverá: 
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando a luz indicadora 
de direção do veículo OU por meio de gesto convencional de braço; 
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal forma que deixe 
livre uma distância lateral de segurança; 
c) RETOMAR, APÓS A EFETIVAÇÃO DA MANOBRA, A FAIXA DE TRÂNSITO 
DE ORIGEM, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazendo 
gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários para não pôr 
em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ultrapassou; 
Professor, sinalizar com gesto convencional de braço? Como assim?! 
Nós não estudamos ainda a Sinalização de trânsito, objeto de nossa próxima aula, mas já vou te 
adiantando que os condutores de veículos podem utilizar seus braços para fazer determinados 
gestos que funcionam também como uma espécie de “pisca-alerta humano”. Tais gestos são 
regulados e aceitos pelo CTB e podem, conforme vimos nas regras acima, substituir o uso das 
luzes indicadoras de direção do veículo. São eles: 
 
 
 
 
 
 
Entendido? 
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Retângulo
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Perceba que a ultrapassagem é uma manobra rotineira, tanto em vias urbanas, quanto rurais. 
Contudo, utilizar momentaneamente a faixa de trânsito destinada aos veículos que se deslocam 
em sentido contrário, trata-se de uma manobra que deve ser realizada com todo o cuidado. 
Diariamente, muitos e muitos acidentes acontecem e vitimam elevado número de pessoas pela 
falta de cuidado na realização desta manobra. 
Lembre-se que se ocorrer uma colisão frontal, as velocidades veículos serão somadas e, muito 
provavelmente, os equipamentos de segurança não serão suficientes para evitar a ocorrência 
de acidentes fatais. 
Se desrespeitar essas regrinhas: 
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der 
sinal de que vai entrar à esquerda: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre cortejo, préstito, desfile e formações militares, salvo 
com autorização da autoridade de trânsito ou de seus agentes: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa. 
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto regulamentar de braço ou luz indicadora de 
direção do veículo, o início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mudança de direção ou 
de faixa de circulação: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
 
XII - os veículos que se deslocam SOBRE TRILHOS terão PREFERÊNCIA DE 
PASSAGEM sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. 
 
 
 
 
Assim como vimos nas regras dos veículos precedidos de batedores que, mesmo gozando de 
prioridade devem respeitar as demais normas de trânsito, assim acontece com o que trafegam 
sobre trilhos: têm prioridade, mas devem respeitar as demais normas de trânsito também! 
E se o condutor desobedecer o inciso XII? 
Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa. 
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E atenção: 
§ 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b do inciso X e a e b 
do inciso XI aplicam-se à TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS, que pode ser realizada 
tanto pela faixa da esquerda como pela da direita. 
Eita professor, agora não entendi! Transposição de faixas? Pode explicar melhor? 
Sim, claro, e para respondê-lo vamos fazer mais uma visitinha ao Anexo I do CTB, para aprender 
primeiro o conceito de transposição de faixas. Confira: 
Anexo I CTB: 
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS significa passagem de um veículo de uma faixa 
demarcada para outra. 
Entendido o conceito, fica fácil aceitar o comando do §1º citado na página anterior, segundo o 
qual na transposição de faixas deve-se também obedecer às mesmas regras de atenção 
aplicadas na ultrapassagem. Essencialmente, devemos estar sempre atentos, mantermos as 
distâncias de segurança e indicarmos antecipadamente a realização da manobra de ultrapassagem 
e de transposição de faixas. 
Certo? 
Continuemos agora com o §2º do art. 28:... 
§ 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, 
em ordem decrescente: 
 os veículos de MAIOR PORTE serão sempre responsáveis pela segurança 
dos MENORES, 
 os MOTORIZADOS pelos NÃO MOTORIZADOS e 
 juntos, pela incolumidade dos PEDESTRES. 
De uma forma mais lúdica, a regra funciona mais ou menos assim: 
���� 
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Este parágrafo nos traz um ordenamento de prioridade no trânsito que tem o intuito de dar maior 
segurança ao convívio no trânsito, priorizando os veículos menores e, acima de tudo, os pedestres. 
Infelizmente, caro aluno, nós sabemos que, na prática, na maioria das vezes tal situação não é 
respeitada. Muitos condutores de veículos de maior porte não zelam pela segurança dos menores 
e, juntos, não zelam pela incolumidade dos pedestres 
���. Se todos observassem este preceito 
legal, respeitando os demais atores do trânsito, principalmente os mais frágeis, já teríamos uma 
grande melhora na nossa segurança, não é mesmo?! 
Bom, aqui finalizamos o estudo do cobradííííííííssimo art. 29 do CTB! Sugiro que você revise essa 
parte quantas vezes forem necessárias até que você o aprenda por completo, tá? 
Sigamos com mais um pacote de artigos também relevantes do nosso Código. 
 
1.3. Os Artigos 30 a 39 – As Bancas também Gostam 
 
Comecemos pelo art. 30: 
Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem o propósito 
de ultrapassá-lo, deverá: 
I - se estiver circulando pela faixa da ESQUERDA, deslocar-se para a faixa da 
direita, SEM ACELERAR A MARCHA; 
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II - se estiver circulando pelas DEMAIS FAIXAS, manter-se naquela na qual está 
circulando, SEM ACELERAR A MARCHA. 
Os preceitos acima objetivam facilitar a ultrapassagem e evitar que o veículo a ser ultrapassado 
adote alguma atitude que o envolva em possível acidente de trânsito. Há aqui uma postura 
defensiva. 
Nós já vimos que os condutores de veículos mais lentos ou de maior porte, em havendo várias 
faixas de circulação no mesmo sentido, devem utilizar as da direita para seus deslocamentos, 
deixando as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior 
velocidade. Você, condutor, se já estiver circulando pela direita, mantenha-se nela permitindo a 
ultrapassagem com segurança. Jamais aumente a velocidade. Ao contrário, sempre que possível, 
facilite a ultrapassagens, diminuindo a velocidade. 
E se teimar em desrespeitar a regra, cometerá a seguinte infração de trânsito: 
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Sigamos: 
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, QUANDO EM FILA, deverão manter 
distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem 
POSSAM SE INTERCALAR NA FILA COM SEGURANÇA. 
 
 
 
 
 
Você deve estar dizendo pra si mesmo: essa regra aí é uma lenda, professor! 
Pois é, e eu concordo! 
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Bom, mas o fato é que pela regra os condutores devem (ou deveriam) observar que os veículos 
menores e com maior velocidade irão lhes ultrapassar seguidamente. Como a ultrapassagem dá-
se de veículo a veículo, deverá haver uma distância entre cada um dos veículos de maior porte, 
permitindo a realização da manobra. Se o condutor passar por mais de um veículo, em uma só 
manobra, fugirá ao conceito de ultrapassagem e cometendo a infração de transitar pela 
contramão. É assim que a maior parte dos doutrinadores entende e, segundo eles (dos quais 
corroboro) será essa a infração cometida: 
Art. 186. Transitar pela contramão de direção em: 
I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultrapassar outro veículo e apenas pelo tempo necessário, 
respeitada a preferência do veículo que transitar em sentido contrário: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Vejamos como o assunto foi abordado pelas lentes da nossa estimada banca: 
 
 
 
 
[DETRAN/PA - 2006] Julgue o item a seguir. 
Sempre que o condutor perceber que outro veículo que o segue tem o propósito de ultrapassá-
lo, deverá deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. 
Comentário: 
Cuidado com essa pegadinha! Lembre-se: 
Se o condutor a ser ultrapassado estiver circulando pela faixa da esquerda, ele realmente deverá 
deslocar-se para a faixa da direita, sem acelerar a marcha. Mas e se ele não estiver na faixa da 
esquerda, e sim nas demais faixas? Ah, aí ele deve manter-se naquela na qual está circulando, 
também sem acelerar a marcha (art. 30, I e II). 
Gabarito: Errado 
E vamo simbora! 
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um veículo de 
TRANSPORTE COLETIVO que esteja parado, efetuando embarque ou 
desembarque de passageiros, DEVERÁ REDUZIR A VELOCIDADE, dirigindo 
COM ATENÇÃO REDOBRADA ou PARAR O VEÍCULO com vistas à segurança 
dos pedestres. 
 
 
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Já vimos o conceito de ultrapassagem. Você deve ter percebido que ele é um tanto diferente do 
conceituado no dispositivo acima. Trata-se de um errinho conceitual do CTB! Na verdade, o artigo 
refere-se à passagem de algum veículo por outro, de transporte coletivo, que esteja parado, 
efetuando embarque ou desembarque de passageiros. Mas, tudo bem, abafa o caso! (rsrs) 
Não há dúvidas, no entanto, que se trata de uma regra que prega a prudência, pois o local requer 
sim uma atenção especial à diminuição da velocidade. 
Sigamos com o art. 32! Antes de conhecê-lo, porém, vamos dar mais uma passadinha no Anexo I 
o CTB para trazer o significado de passagem de nível: 
Anexo I CTB: 
PASSAGEM DE NÍVEL é todo cruzamento de nível entre uma via e uma linha férrea ou 
trilho de bonde com pista própria. 
Agora sim: 
Art. 32. O condutor NÃO PODERÁ ULTRAPASSAR veículos em vias: 
 com duplo sentido de direção e pista única, 
 nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, 
 nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres 
Atenção: 
EXCETO SE NESSAS TRÊS SITUAÇÕES ACIMA HOUVER SINALIZAÇÃO 
PERMITINDO A ULTRAPASSAGEM. 
Muita atenção para a exceção destacada: 
Quando houver a autorização através da SINALIZAÇÃO VIÁRIA o condutor PODERÁ 
FAZER a ultrapassagem em quaisquer dos trechos acima citados! 
Agora, se esses trechos não possuírem sinalização permitindo a ultrapassagem, a não observância 
da regra implicará em uma das seguintes infrações: 
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo: 
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; 
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II - nas faixas de pedestre; 
III - nas pontes, viadutos ou túneis; 
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer outro impedimento à 
livre circulação; 
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla contínua ou 
simples contínua amarela: 
Infração - gravíssima] 
Penalidade - multa (cinco vezes). 
Tem outro pequeno, mas importante detalhe também: no que diz respeito aos trechos em curvas 
e em aclives, se houver visibilidade suficiente e nenhum impedimento de sinalização, você pode 
efetuar a ultrapassagem sem nenhum problema, desde que observados, obviamente, os demais 
cuidados relacionados aos movimentos de ultrapassar outro veículo. 
Beleza? 
Vamos ao art. 33! 
Art. 33. Nas INTERSEÇÕES e SUAS PROXIMIDADES, o condutor NÃO poderá 
efetuar ultrapassagem. 
 
 
 
 
Estamos diante da última regrinha de conduta relacionada à ultrapassagem. Uma regra bem 
simples, mas que nos remete novamente ao glossário do CTB, o Anexo I, para tirarmos alguma 
dúvida que ainda possa existir quanto ao termo interseção de nível. Vamos então aos seus 
conceitos: 
Anexo I CTB: 
INTERSEÇÃO é todo cruzamento em nível, entroncamento ou bifurcação, incluindo as 
áreas formadas por tais cruzamentos, entroncamentos ou bifurcações. 
O desrespeito ao art. 33 leva à infração tipificada no art. 202: 
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: 
II - em interseções e passagens de nível; 
Infração - gravíssima 
Penalidade - multa (cinco vezes). 
E vamos revisando com mais uma questão: 
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[DETRAN/PA - 2006] Julgue o item subsecutivo. 
Por medida de segurança, o CTB proíbe toda e qualquer ultrapassagem de veículos em vias com 
duplo sentido de direção e pista única, em trechos em curvas, em aclives sem visibilidade 
suficiente, em passagens de nível, em pontes e viadutos e em travessias de pedestres. 
Comentário: 
Uma questãozinha que parece trazer a literalidade do Código, não é? É sim. Mas muitíssimo 
cuidado, pois é uma questão literal, no entanto, perigosíssima! 
É o tipo de questão inconsequente, pois ela suprime e até troca uma informação relevante da 
regrinha que acabamos de estudar. Lembre-se que destaquei que em havendo sinalização 
adequada na via, o condutor pode fazer ultrapassagem nos trechos citados na questão (art. 32). 
Essa é a exceção à regra! 
A assertiva diz que o CTB proíbe toda e qualquer ultrapassagem, tornando a regra absoluta o que, 
como vimos, está errado. Havendo sinalização regulamentadora nos trechos, a ultrapassagem é 
possível. 
Gabarito: Errado 
Tranquilo? 
 Sigamos! 
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de 
que pode executá-la SEM PERIGO PARA OS DEMAIS USUÁRIOS DA VIA QUE 
O SEGUEM, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua 
direção e sua velocidade. 
Regra muito simples e óbvia. Aqui não temos muito que comentar, apenas ratificar que antes de 
toda e qualquer manobra é de suma importância que sejam observados todos os cuidados já 
estudados, sinalizando adequadamente e observando a sinalização dos veículos que o precedem 
ou o seguem, a fim de evitar colocar-se em perigo, bem como, aos demais. 
 Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um DESLOCAMENTO 
LATERAL, o condutor deverá indicar seu propósito de forma clara E com a 
devida antecedência, por meio da luz indicadora de direção de seu veículo, OU 
fazendo gesto convencional de braço. 
Parágrafo único. Entende-se por DESLOCAMENTO LATERAL: 
a transposição de faixas; 
os movimentos de conversão à direita, à esquerda; e 
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os retornos. 
 
O parágrafo único nos dá uma ajudinha conceituando o deslocamento lateral. Na prática significa 
nada mais do que as nossas conhecidas expressões: “dobrar” ou “fazer a curva”. 
Pois bem, antes de realizar qualquer manobra enquadrada neste conceito, deve-se indicar 
antecipadamente aos demais usuários sua realização, propiciando-lhes que visualizem e adotem 
uma postura de atenção e cautela. Interessante que a esmagadora maioria dos condutores de 
nosso país conhece apenas a luz indicadora de direção como forma de sinalização de intenção de 
deslocamento lateral. 
E se todas as luzes indicadoras do seu veículo estiverem danificadas? Como fazer então para 
indicar com antecedência o propósito de se fazer um deslocamento lateral? 
Você já sabe: Usando os gestos convencionais de braço também regulamentados pelo CTB! 
Relembrando-os: 
 
 
 
Agora, o art. 36: 
Art. 36. O condutor que for INGRESSAR NUMA VIA, procedente de um lote 
lindeiro a essa via, DEVERÁ DAR PREFERÊNCIA aos veículos e pedestres que 
por ela estejam transitando. 
 
 
 
 
Professor, só me esclarece, por favor, o que é esse tal lote lindeiro! 
Eu não, mas o Anexo I do CTB pode sim te esclarecer: 
Anexo I CTB: 
LOTE LINDEIRO é aquele situado ao longo das vias urbanas e rurais e que com elas se 
limita. É um quarteirão ou um terreno delimitado por vias. 
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A regra acima versa sobre as obrigações que temos ao sair dos lotes lindeiros. É importante que 
se dê a preferência aos veículos e pedestres que por elas estejam transitando. Se não assim não 
proceder: 
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente posicionado para ingresso na 
via e sem as precauções com a segurança de pedestres e de outros veículos: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 37. Nas vias providas de ACOSTAMENTO, A CONVERSÃO À ESQUERDA 
e a OPERAÇÃO DE RETORNO deverão ser feitas nos locais apropriados e, 
onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar no acostamento, à 
direita, para cruzar a pista com segurança. 
 
 
 
 
 
A regra geral é essa: sempre que existir um local adequado, devidamente sinalizado, o condutor 
deverá utilizá-lo para fazer a manobra de conversão acima citada. 
A exceção: se não houver esse local sinalizado, em se tratando de via provida de acostamento, 
condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, onde deverá parar seu veículo, sinalizar sua 
intenção e aguardar o momento oportuno para cruzar a pista com segurança. 
Caso não obedeça: 
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, para aguardar a oportunidade de cruzar a pista 
ou entrar à esquerda, onde não houver local apropriado para operação de retorno: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa. 
A seguir, o art. 38 com as regras específicas e bem cobradas em provas sobre os movimentos de 
conversão à direita e à esquerda: 
 Art. 38. ANTES de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou em lotes 
lindeiros, o condutor deverá: 
I - ao sair da via pelo LADO DIREITO, aproximar-se o máximo possível do 
BORDO DIREITO da pista e executar sua manobra no menor espaço possível; 
 
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O Anexo I do CTB também nos traz o conceito de bordo da pista: 
Anexo I CTB: 
BORDO DA PISTA é a margem da pista, podendo ser demarcada por linhas 
longitudinais de bordo que delineiam a parte da via destinada à circulação de veículos. 
Estas linhas longitudinais dividem a pista de rolamento do acostamento. 
Assim, ao sair da via pelo lado direito, o condutor deve aproximar-se ao máximo do bordo direito 
da pista e diminuir a velocidade de forma gradativa, sinalizando a intenção antecipadamente. 
II - ao sair da via pelo LADO ESQUERDO aproximar-se o máximo possível: 
 de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, caso se trate de 
uma pista com circulação nos dois sentidos; OU 
do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido. 
 
 
 
O procedimento é análogo ao comentado no inciso anterior, observando-se a situação de pista 
com circulação nos dois sentidos, quando o veículo será posicionado mais próximo possível da 
linha divisória da pista, porém, no seu próprio sentido de circulação. 
 
 
 
 DURANTE A MANOBRA DE MUDANÇA DE DIREÇÃO, o condutor deverá CEDER 
PASSAGEM aos pedestres e ciclistas, aos veículos que transitem em sentido 
contrário pela pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de preferência 
de passagem. 
 
A infração: 
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Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro 
da respectiva mão de direção, quando for manobrar para um desses lados: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Estudaremos agora o regramento para a operação de retorno. E aí já te dou uma dica bem legal: 
O desrespeito às regras de retorno leva o condutor ao cometimento de infração 
gravíssima. 
E as regras para o retorno constam no art. 39: 
Art. 39. Nas vias urbanas, A OPERAÇÃO DE RETORNO DEVERÁ SER FEITA 
NOS LOCAIS PARA ISTO DETERMINADOS, quer por meio de sinalização, quer 
pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros locais que ofereçam 
condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do 
veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de pedestres e 
ciclistas. 
 operação de retorno é tratada com muito cuidado pelo CTB. Perceba que a condição primária é 
que o retorno seja feito apenas em locais determinados para este tipo de operação (quer por 
meio de sinalização, que pela existência de locais apropriados). 
 
 
 
 
 
 
Contudo, nem sempre é fácil encontrar tudo bonitinho assim nas nossas estimadas vias e é por 
isso que o CTB permitir existir exceções a essa regra e elas vêm descritas no próprio artigo: os 
outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez. 
Só isso, professor?? 
Não, caro aluno! Além de oferecerem segurança e fluidez, também devem ser observadas as 
características do veículo, da via, as condições meteorológicas e da movimentação de pedestres 
e ciclistas. Situações como as a das figuras a seguir não são permitidas: 
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E saiba: o CTB exige que todas essas condições devem ser cumulativamente observadas em toda 
operação de retorno em local não determinado para isso ou não devidamente sinalizado. 
Se essas regras não forem devidamente observadas, como nas figuras acima, o condutor cometerá 
uma das infrações abaixo: 
Art. 206. Executar operação de retorno: 
I - em locais proibidos pela sinalização; 
II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis; 
III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de rolamento, 
refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não motorizados; 
IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da via transversal; 
V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda que em locais permitidos: 
Infração - gravíssima; 
Penalidade - multa. 
Caro aluno, chegou a hora de conhecermos mais um dispositivo que junto ao art. 29 é 
disparadamente outro dispositivo do Capítulo III queridíssimo de absolutamente TODAS as bancas 
de concursos: 
ART. 40 - AS REGRAS PARA O USO DAS LUZES DOS VEÍCULOS!! 
Atenção redobrada para o próximo tópico, ok? 
 
1.5. O Art. 40 – O Outro Famoso do CTB 
 
Querido aluno, é muito comum você encontrar em provas de concursos pelo menos uma questão 
que trata desse dispositivo, o art. 40 do Código, que traz as regras sobre o uso dos faróis de 
veículos! Ainda mais agora com as mudanças nele promovidas pela Lei nº 14.071/20! 
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É exatamente por isso que peço que o estude também várias e várias vezes, pois ele é cheio 
detalhes e é nesses detalhes que as organizadoras tentam induzir os candidatos a erro. São 
questões simples, mas que sempre vão requerer de você um olhar especial e uma leitura mais 
cuidadosa. 
Antes de estudar tais regras, vamos primeiramente entender e consolidar os conceitos usados 
pelo CTB (encontrados em seu Anexo I) de luz de posição, luz baixa, luz alta e luz de neblina. 
Professor, mas por que estudá-los se são conceitos tão básicos? 
Porque, a depender da região ou Estado do país onde você mora, esses conceitos tornam-se 
diferentes na linguagem do dia-a-dia e geralmente são diferentes dos conceitos regulamentados 
pelo Anexo I do CTB. 
Para o nosso estudo (e para a sua prova!), o que importa é conhecer bem esses conceitos. São 
eles: 
Anexo I CTB: 
Luz de POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar a presença e a largura 
do veículo. 
Luz BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via diante do veículo, sem 
ocasionar ofuscamento ou incômodo injustificáveis aos condutores e outros usuários da 
via que venham em sentido contrário. 
Luz ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até uma grande distância 
do veículo. 
Luz de NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a iluminação da via em caso de 
neblina, chuva forte ou nuvens de pó. 
Pronto!! Entendido cada conceito acima, agora vamos dar seguimento às regrinhas sobre o uso 
das luzes em nossos veículos. E vamos começar por mais um dispositivo do CTB que sofreu 
mudança importantíssima promovida pela Lei nº 14.071/20, o art. 40. 
Confira: 
Art. 40. O USO DE LUZES em veículo obedecerá às seguintes determinações: 
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio da utilização da 
luz LUZ BAIXA: 
a) À NOITE; 
b) mesmo DURANTE O DIA em TÚNEIS e sob CHUVA, NEBLINA ou 
CERRAÇÃO; 
 
Como você deve entender essas novas regras? Da seguinte forma: 
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1-) será obrigatório ao condutor o uso de LUZ BAIXA à NOITE, em qualquer 
situação que não seja a de uso de LUZ ALTA; e 
2-) será obrigatório o uso de LUZ BAIXA durante o DIA apenas em túneis (providos 
ou não de iluminação pública), sob chuva (não interessa a intensidade dela) e sob 
neblina ou cerração. Com isso ficou revogado o inciso IV do art. 40! 
Professor, e no caso das RODOVIAS? Não precisarei mais utilizar farol de LUZ BAIXA 
durante o dia? 
Depende do tipo de rodovia e para te explicar, vamos conhecer primeiramente o novo 
equipamento obrigatório para veículos, inserido no art. 105 do CTB pela Lei nº 14.071/20, 
segundo o qual: 
Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre outros a serem 
estabelecidos pelo CONTRAN: 
(...) 
VIII - LUZES DE RODAGEM DIURNA. 
 
 
 
 
Pois é, logo em breve, os veículos que circulam nas vias terrestres abertas à circulação 
deverão utilizar essas tais luzes de rodagem diurna, também conhecidos por faróis de DRL! 
Elas têm a função de deixar o carro visível durante o dia sem que o motorista precise usar 
o farol baixo. Todavia, elas também costumam ser usadas como elementos de design, 
integrando-se às linhas do carro. 
Ok, professor, mas o que isso tem a ver com o uso de LUZ BAIXA em RODOVIAS? 
A resposta está no novíssimo §2º do art. 40 do CTB, outro dispositivo inserido pela Lei nº 
14.071/20. De acordo com ele: 
Art. 40. (...) 
§2º Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem diurna 
deverão manter ACESOS os faróis nas rodovias de PISTA SIMPLES situadas 
fora dos perímetros urbanos, MESMO DURANTE O DIA. 
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Ou seja: se o seu veículo já é dotado de luz de rodagem diurna, não interessa o tipo de rodovia, 
seja elasimples ou dupla, você deve utilizar apenas esses faróis DRL e não mais os de LUZ BAIXA. 
Agora, se seu veículo ainda não dispõe dos faróis de rodagem diurna, aí você deverá utilizar os 
faróis de LUZ BAIXA acesos, mas APENAS NAS RODOVIAS DE PISTA SIMPLES, MESMO 
DURANTE O DIA! Nas rodovias de pista dupla, não mais! 
Para fixar bem o entendimento, vamos esquematizar mais uma vez: 
 
 
 
E pode ficar tranquilo que a regra se refere ao farol de LUZ BAIXA mesmo. E sabe por quê? 
Porque as luzes de posição e os faróis de luz alta têm outras finalizadas expressamente 
mencionadas também no art. 40! O faróis de luz alta, por exemplo, só podem ser utilizados na 
seguinte situação: 
II - nas vias NÃO ILUMINADAS o condutor deve usar LUZ ALTA, EXCETO ao 
cruzar com outro veículo ou ao segui-lo; 
 
 
 
 
Já vou te avisando que a única possibilidade de se usar a luz ALTA é em vias não 
iluminadas. E mais: 
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Retângulo
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ATENÇÃO PARA O FINAL DO TEXTO DESSE INCISO!! 
Ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo, mesmo estando em uma via não iluminada, 
o condutor deverá usar a LUZ BAIXA. Nãos se esqueça, ok? 
Beleza, professor, mas e quanto às luzes de posição? Posso utilizá-las em rodovia de pista simples, 
caso meu veículo não tenha luz de rodagem diurna? 
Não, não, não faz sentido e você terá isso confirmado nas regras posteriores. Vamos dar um 
pulinho no inciso VII do art. 40 para você ver uma delas: 
VII - o condutor manterá acesas, À NOITE, AS LUZES DE POSIÇÃO quando o 
veículo estiver PARADO para fins de embarque ou desembarque de 
passageiros E carga ou descarga de mercadorias. 
Tal situação visa facilitar a identificação de veículo parado pelos demais condutores, aumentando 
a segurança viária. Aqui não há outra opção a ser pensada pelo condutor: se, à noite, estiver 
embarcando ou desembarcando passageiros ou carregando e descarregando mercadorias, o 
condutor deverá acionar de imediato as luzes de POSIÇÃO. 
Vou ser repetitivo: o condutor só deve acionar as luzes de posição quando estiver executando tais 
operações durante à noite! De dia não há a necessidade de acionar os faróis para executar tais 
manobras, tá? 
Continuando: 
III - a TROCA DE LUZ BAIXA e ALTA, de forma intermitente e por curto período 
de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, SÓ PODERÁ SER 
UTILIZADA: 
 para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente; OU 
 para indicar a existência de risco à segurança para os veículos que circulam 
no sentido contrário; 
É praticamente proibida a troca de luz alta e baixa de forma intermitente e por período curto de 
tempo. E por quê? 
Porque só é autorizada tão tipo de sinalização em duas situações unicamente: quando o condutor 
tem a intenção de ultrapassar o veículo que está à sua frente e para informar o condutor 
que trafegue em sentido contrário, que ele vai se deparar com alguma situação de 
perigo. 
Jamais deverá esta sinalização ser utilizada como maneira de informar aos condutores de 
veículos que trafeguem em sentido contrário, a existência de barreira policial ou 
fiscalização de trânsito, pois, além da infração de trânsito que cometerá, poderá estar 
avisando a algum ladrão ou foragido, da presença policial. 
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Voltemos um pouquinho e vamos ao inciso V: 
 
V - O condutor utilizará o PISCA-ALERTA nas seguintes situações: 
 em imobilizações ou situações de emergência; 
 quando a regulamentação da via assim o determinar; 
Aqui, precisamos visitar mais um conceito retirado do Anexo I de nosso CTB: 
Anexo I CTB: 
PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em caráter de advertência, 
destinada a indicar aos demais usuários da via que o veículo está imobilizado ou em 
situação de emergência. 
Nós, brasileiros, temos o péssimo hábito de acionarmos o pisca-alerta para várias outras situações 
que não as previstas acima. Pois saiba de mais essa dica: não há exceções à regra!! 
Qualquer insinuação da banca para outra finalidade do pisca-alerta será um erro! 
Temos também regrinha para a luz de placa: 
VI - durante A NOITE, em circulação, o condutor manterá acesa a LUZ DE 
PLACA; 
A Resolução CONTRAN nº 14/98 determina a lanterna de iluminação da placa traseira, de cor 
branca, como um item veicular obrigatório. O que eu preciso que você fique atento e não 
esqueça é que dois requisitos precisam ser preenchidos para que você acenda a luz DE PLACA: 
 só pode ser utilizada durante a noite; e 
 quando em circulação. 
Por fim, uma regra que as bancas adoram, que já era e que agora tornou-se ainda mais um 
verdadeiro parque de diversões para um elaborador de prova, após as mudanças em sua redação 
promovidas pela Lei nº14.071/20: 
Parágrafo único. Os veículos de TRANSPORTE COLETIVO REGULAR DE 
PASSAGEIROS, quando circularem em faixas OU PISTAS próprias a eles 
destinadas, e as MOTOCICLETAS, MOTONETAS e CICLOMOTORES deverão 
utilizar-se de FAROL DE LUZ BAIXA durante o dia e à noite. 
Primeiro esclarecimento importante: a regra não mudou com os ajustes de redação promovidos 
pela Lei nº 14.071/20. O que aconteceu foi que o legislador deu uma melhorada na regra, o que 
pode despertar a atenção de um elaborador de questões criativo! 
Vamos entender a regra: 
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1º) Quem ela diz que deve usar o farol de luz BAIXA durante o dia e a noite? 
Os veículos de transporte coletivo de passageiros e as motocicletas, motonetas e ciclomotores. 
Na redação anterior usava-se o termo “ciclos motorizados”, muito genérico. Agora, está claro que 
ciclos motorizados são esses! Não deixe a banca inventar outro , tá? 
���� 
2º) E esses veículos devem usar o farol de luz BAIXA de dia e de noite em toda e qualquer 
situação? 
Não! Em toda e qualquer situação SOMENTE as motocicletas, motonetas e ciclomotores! 
 
 
 
 
Professor, mas você não acabou 
de dizer que também os veículos de transporte coletivo de passageiros estão inclusos na regra? 
Calma, pois é esse o pulo do gato que eu quero que você entenda: tão somente no momento 
em que circularem em FAIXAS OU PISTAS PRÓPRIAS (corredores de ônibus, por exemplo), é 
obrigatório aos veículos de transporte coletivo de passageiros, utilizar a luz baixa acesa, mesmo 
durante o dia. Não sendo em faixas OU PISTAS próprias, a esses veículos não é obrigatório o uso 
da luz baixa durante o dia. Veja o exemplo na figura: 
 
 
 
 
 
 
Professor, mas por que você fica destacando todo o tempo o termo “OU PISTAS”? 
É só para você saber que esse termo entrou na redação do dispositivo na mudança promovida 
pela Lei nº 14.071/20! Pra você ficar ligado, pois já sabe que as bancas amam esses detalinhos 
novos! 
���� 
Entendido? 
Para reforçar, vamos revisar: 
 
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 Para as motocicletas, motonetas e ciclomotores sempre será obrigatório manter o 
farol ligado na luz BAIXA, SEJA DIA SEJA NOITE. 
 Os de transporte coletivo regular de passageiros (ônibus) só manterão as luzes 
BAIXAS acesas durante o dia se estiverem em faixas OU PISTAS próprias a eles 
destinadas. 
 Para ambos os tipos de veículos, nas vias NÃO ILUMINADAS, é óbvio, é a luz ALTA 
que deve ser utilizada. 
 
Bom, é isso! Terminamos aqui nosso estudo sobre as regras que tratam das luzes dos veículos. No 
CTB, apenas dois artigos tipificam as infrações relativas ao uso indevido das luzes dos veículos. E 
são infrações de natureza média! 
Vamos a eles: 
Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento: 
I - deixar de manter acesa a luz baixa: 
a) durante a noite; 
b) de dia, nos túneis providos de iluminação pública e nas rodovias; 
c) de dia e de noite, tratando-se de veículo de transporte coletivo de passageiros,circulando em faixas ou pistas 
a eles destinadas; 
d) de dia e de noite, tratando-se de ciclomotores; 
II - deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição sob chuva forte, neblina ou cerração; 
III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite; 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Art. 251. Utilizar as luzes do veículo: 
I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de emergência; 
II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes situações: 
a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro condutor que se tem o propósito de ultrapassá-
lo; 
b) em imobilizações ou situação de emergência, como advertência, utilizando pisca-alerta; 
c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar o uso do pisca-alerta: 
Infração - média; 
Penalidade - multa. 
Estudaremos, no próximo artigo, o regramento para o correto uso das famosas buzinas de nossos 
veículos! Antes disso, convido-o a exercitar o aprendizado com umas questõezinhas bem legais: 
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[CETURB/ES – 2010] Julgue o item seguinte. 
Quando os veículos de transporte coletivo regular de passageiros circularem em faixas próprias, 
ou seja, a eles destinadas, é obrigatório o uso de farol de luz baixa, tanto de dia quanto à noite. 
Comentário: 
Como você pode ver, caro aluno, essa questão traz literalmente o que acabamos de estudar!! 
Vimos que os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando em circulação em faixas 
OU PISTAS a eles destinadas, deverão usar farol de luz baixa de dia em de noite (art. 40, 
parágrafo único). 
Se o CTB usou a expressão "deverão", significa que ela indica obrigatoriedade e, assim, fica claro 
então que a questão está correta quando diz ser obrigatório o uso de farol de luz baixa, tanto de 
dia quanto à noite. 
Gabarito: Certo 
[MPU – 2010] Julgue o item a seguir, à luz do CTB. 
A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, pode ser usada 
pelo condutor de veículo, com o objetivo de advertir outros condutores que circulam no sentido 
contrário da presença de animais na pista. 
Comentário: 
Começo o comentário com uma pergunta: animais na pista não trazem riscos à segurança dos 
condutores? 
Claro que sim! E muitos riscos!! Assim, advertir os condutores que trafegam em sentido contrário 
da existência de animais na pista se encaixa perfeitamente como uma das duas condutas 
permitidas para a troca de luz baixa e alta de forma intermitente (art. 40, III). 
Gabarito: Certo 
[CBM/DF – 2011] Julgue o item subsecutivo. 
O CTB determina que o condutor mantenha acesos os faróis do veículo, utilizando luz baixa, 
durante a noite, o que significa que os faróis deverão ser mantidos acesos no período entre 18 h 
e 6 h, independentemente das condições de luminosidade. 
Comentário: 
Caro aluno, diga-me onde está no CTB o dispositivo que versa a respeito de ser ou não noite o 
período compreendido entre 18h e 6h, porque sinceramente não encontrei! 
E não existe mesmo!! A assertiva acima é uma enrolação total da nossa querida banca. 
Gabarito: Errado 
No próximo tópico, o uso da buzina. 
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1.6. As Regras para o Uso da Buzina 
Aqui trabalharemos basicamente o art. 41, conjugando-o com o art. 227 do CTB. 
Vamos lá: 
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de BUZINA, desde que em 
toque breve, nas seguintes situações: 
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes; 
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que 
se tem o propósito de ultrapassá-lo. 
Caro aluno, a norma deste artigo praticamente proíbe o uso deste equipamento obrigatório! 
Apenas em dois casos, e desde que com toque BREVE, é que o uso da buzina é PERMITIDO. Os 
dois casos são: 
1º - Sempre que for necessário advertir alguém com o intuito de se evitar algum acidente, 
a qualquer momento a buzina poderá ser acionada. 
2º - Estando em via fora das áreas urbanas, ser desejar ultrapassar alguém e quiser adverti-
lo desse seu intuito, você pode fazer uso da buzina. Se estiver em uma via dentro de área 
urbana, seja qual for o motivo, a buzina é proibida! 
Não se esqueça dessas regrinhas, ok? 
Dica: TODA infração de trânsito relacionada a uso incorreto de BUZINA é LEVE. 
Quer ver? Olha só: 
Art. 227. Usar buzina: 
I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros 
veículos; 
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto; 
III - entre as vinte e duas e as seis horas; 
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização; 
V - em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN: 
Infração - leve; 
Penalidade - multa. 
E no quadro-destaque a seguir, um reforço a respeito do inciso III do art. 227: 
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 O CTB PROÍBE o uso de BUZINAS entre as 22:00hs e às 06:00hs EM TODA E 
QUALQUER SITUAÇÃO!! 
 
Certinho? 
Bom, estamos quase no fim do nosso estudo. No nosso próximo e último tópico, os dispositivos 
restantes do CTB, que são os que menos chamam a atenção dos elaboradores de provas. Isso não 
quer dizer, obviamente, que não devem ser levados a sério. Devem sim, e muito! 
Estude-os com atenção, buscando assimilá-los ao máximo, ok? 
A eles! 
 
1.7. O Resto da Galera (Arts. 42 ao 67) 
 
No art. 42, uma regra de prudência: 
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veículo, SALVO POR 
RAZÕES DE SEGURANÇA. 
Já vimos que o condutor deve dirigir sempre com atenção e cuidados indispensáveis à segurança. 
Dentre os cuidados, convém ressaltar a distância de segurança entre os veículos que se seguem. 
O próprio artigo nos traz uma exceção: o freio somente deve ser usado bruscamente em situação 
emergencial. 
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar constantemente 
as condições físicas da via, do veículo e da carga, as condições meteorológicas 
e a intensidade do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade 
estabelecidos para a via, além de: 
Nem sempre é prudente trafegar no limite máximo da velocidade regulamentada para aquela via. 
Sempre é necessário observar as circunstâncias do momento, como as condições físicas da via, do 
veículo, carga, condições meteorológicas, intensidade de trânsito, presença de pedestres no 
acostamento ou paradas de ônibus e presença de animais na faixa de domínio. Presente uma ou 
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mais destas circunstâncias, convém adotar uma postura de cautela e diminuir a velocidade, a fim 
de evitar se envolver em acidente de trânsito. Ainda devemos observar o seguinte: 
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circulação sem causa 
justificada, transitando a uma velocidade ANORMALMENTE REDUZIDA; 
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo deverá antes 
certificar-se de que pode fazê-lo SEM RISCO NEM INCONVENIENTES para os 
outros condutores, a não ser que haja perigo iminente; 
III - indicar, DE FORMA CLARA, COM A ANTECEDÊNCIA NECESSÁRIA E A 
SINALIZAÇÃO DEVIDA, a manobra de redução de velocidade. 
Regrinhas óbvias e, por isso, não tão cobradas em provas. Não nos custa relembrar que qualquer 
manobra deve ser precedida de sinalização adequada, a fim de que os demais usuários da via, 
quer sejam condutores de veículos quer sejam pedestres, possam saber o que iremos fazer. 
Art. 44. Ao aproximar-se de QUALQUER TIPO DE CRUZAMENTO, o condutor 
do veículo deve demonstrar prudênciaespecial, transitando em velocidade 
moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar 
passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência. 
Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, esteja sinalizado ou não, deve-se reduzir a 
velocidade e redobrar a atenção, em condições de parar o veículo a qualquer momento. Poderá, 
como já vimos, o condutor se deparar com veículos que tenham o direito de preferência, como 
viaturas policiais ou ambulâncias e ainda com um pedestre atravessando a via em uma faixa de 
segurança. Com esta conduta, muitos atropelamentos de pessoas e abalroamentos de veículos 
podem ser evitados. 
Art. 45. MESMO QUE A INDICAÇÃO LUMINOSA DO SEMÁFORO LHE SEJA 
FAVORÁVEL, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se houver 
possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área do cruzamento, 
obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito transversal. 
 
 
 
 
 
Esta norma quer nos alertar para o fato que mesmo que o semáforo esteja na luz VERDE, é 
importante que observemos, antes de atravessar o cruzamento, se o trânsito nele existente 
permite que façamos a travessia com segurança. 
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Repito: a atenção e o cuidado devem existir mesmo que o sinal esteja verde permitindo sua 
passagem! 
Se isso não acontecer, você deve obrigatoriamente aguardar que o cruzamento esteja 
completamente desobstruído para só então cruzar a interseção. E a infração? 
Art. 181. Estacionar o veículo: 
(...) 
XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres: 
Infração - grave; 
Penalidade - multa; 
Medida administrativa - remoção do veículo. 
Art. 182. Parar o veículo: 
(...) 
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação de veículos e pedestres: 
Infração - média; 
Penalidade - multa; 
 
E a seguir, o mais novo dispositivo desse capítulo, inserido no CTB pela Lei nº 14.071/20, uma 
inovação no nosso trânsito e, portanto, candidatíssimo a prova de concursos: 
 
 
 Art. 44-A. É LIVRE o movimento de conversão À DIREITA diante de sinal 
VERMELHO do semáforo onde houver sinalização indicativa que permita essa 
conversão, observados os arts. 44, 45 e 70 deste Código. 
 
 
 
 
Essa regra, copiada do trânsito de algumas cidades americanas, como Miami, por exemplo, tem o 
condão de aliviar o tráfego nas vias e, com isso, permitir maior fluidez do fluxo de veículos em 
determinados trechos. Com ela, será possível virar à direita mesmo quando o semáforo estiver 
indicando a luz vermelha, desde que haja sinalização indicando a possiblidade e respeitadas as 
regras já estudadas do art. 44 e 45. Para os carros que já se encontrarem na pista da direita, a 
conversão não irá atrapalhar o trânsito e isso será permitido desde que você pare e olhe se o 
tráfego está livre, e também a regra do art. 70 do CTB, relacinada a cuidados com os pedestres, 
e que assim estabelece: 
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Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas 
delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com 
sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições deste 
Código. 
Eu, particularmente, estou torcendo para que essa regra seja implementada o quanto antes! Vai 
ajudar muito! Entendido? Sigamos! 
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária de um veículo no 
leito viário, EM SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA, deverá ser providenciada a 
imediata sinalização de advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN. 
 
 
 
 
A presente regra nos ensina a como proceder em caso de situação de emergência que nos leva 
a imobilizar temporariamente o veículo no leito viário. 
Vamos começar a analisá-la pela sua última informação: “...na forma estabelecida pelo 
CONTRAN...” 
Todos nós, ou quase todos, conhecemos o velho e bom triângulo de emergência de veículos. 
Pois bem, o correto uso desse equipamento para sinalização de veículo que esteja imobilizado na 
via foi regulamentado pela Resolução nº 36/98. 
Essa Resolução tem apenas um artigo e ele estabelece que, em situação de emergência, o 
condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a 
colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros 
da parte traseira do veículo. 
 Outra informação importante é que o equipamento de sinalização de emergência deverá ser 
instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade. O curioso é que 
a Resolução não cita o que pode ser um equipamento similar... 
Sigamos! 
Art. 47. Quando PROIBIDO O ESTACIONAMENTO na via, a PARADA deverá 
restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou desembarque de 
passageiros, desde que não interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a 
locomoção de pedestres. 
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Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regulamentada pelo 
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é considerada 
ESTACIONAMENTO. 
Dica: caso um condutor de um veículo se depare com a placa de regulamentação de 
estacionamento proibido, ele poderá parar o veículo apenas pelo tempo necessário para o 
embarque ou desembarque de algum passageiro. Qualquer tempo excedente a será 
caracterizado como a infração de estacionar em local proibido! 
E para não esquecer: 
OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA = ESTACIONAMENTO 
 
Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos estacionamentos, 
o veículo deverá ser posicionado NO SENTIDO DO FLUXO, PARALELO AO 
BORDO DA PISTA DE ROLAMENTO E JUNTO À GUIA DA CALÇADA (meio-
fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas. 
 
 
 
 
Esta é a conduta básica para a parada, o estacionamento ou a operação de carga e descarga de 
veículos. Simples! Agora, atenção, pois a regra acima não é absoluta! 
O artigo também nos diz que exceções são admitidas. Sabemos que é possível, por exemplo, 
estacionar o veículo de forma oblíqua. Para isso, é necessária a regulamentação de 
estacionamento com a devida sinalização, acrescido de informação complementar "oblíquo". Se 
não existir restrição alguma à parada ou estacionamento, o veículo deverá ser posicionado na 
forma mostrada, pois, repito, a exceção sempre deverá ser sinalizada. 
A distância máxima que o veículo poderá estar afastado da guia da calçada deve ser 
inferior a 50 centímetros. 
Atente ainda para a parada ou o estacionamento ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de 
pista de rolamento, marcas de canalização, gramados, ilhas, refúgios ou jardins públicos. É proibi-
do!! Só se pode estacionar ou parar junto ao meio-fio dos canteiros centrais, quanto estiver 
regulamentado, através da sinalização específica. 
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§ 1º Nas vias providas de ACOSTAMENTO, os veículos parados, estacionados 
ou em operação de carga ou descarga deverão estar situados FORA DA PISTA 
DE ROLAMENTO. 
 
 
 
 
§ 2º O estacionamento dos veículos motorizados de DUAS RODAS será feito 
em POSIÇÃO PERPENDICULAR à guia da calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo 
quando houver sinalização que determine outra condição. 
 
 
 
 
Assim como os veículos de quatro rodas têm que ser estacionados ou parados na posição 
regulamentada pelo CTB, os de duas rodas (motocicleta, motoneta, ciclomotor, bicicleta) também. 
Esses veículos têm uma enorme vantagem no estacionamento, em relação aos demais. O condutor 
deve atentar para a posição do veículo, colocando-o de forma perpendicular à guia da calçada; 
todavia, poderá estacionar em qualquer local, desde que não haja a proibição de 
estacionamento. Ressalto ainda a exceção trazida na norma acima, a qual diz que em havendo

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