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UNIVERSIDADE JORGE AMADO ava2 SOCIOLOGIA2020

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UNIVERSIDADE JORGE AMADO
CURSO DE BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO
LINIARES BATISTA DOS SANTOS
TRABALHO AVA 2 SOCIOLOGIA 
SALVADOR
2020
LINIARES BATISTA DOS SANTOS
TRABALHO AVA 2 SOCIOLOGIA
 Produção de Aprendizagem Significativa para compor a média da disciplina.
SALVADOR
2020
Situação problema:
Marx e Engels compreenderam que as relações estabelecidas entre as classes são, em geral, marcadas pela opressão de uma classe sobre a outra. Ou seja, as relações sociais de produção eram baseadas na exploração do trabalho de uma classe sobre a outra e, em geral, esse processo era acompanhado de altas doses de violência. Para os autores, ao longo da história, os conflitos de classe são a mola propulsora das transformações e das mudanças.
Nesta atividade, façam uma avaliação crítica-analítica sobre como as relações sociais de produção e o Estado são importantes para a compreensão do capitalismo.
Resolução:
Apresentar a análise de Marx como uma crítica historicamente específica do trabalho no capitalismo conduz a uma compreensão da sociedade capitalista muito diferente daquela que está presente nas interpretações marxistas tradicionais. Isso sugere, por exemplo, que, na análise de Marx, as relações sociais e as formas de dominação que caracterizam o capitalismo não podem ser suficientemente entendidas enquanto relações de classe enraizadas em relações de propriedade e mediadas pelo mercado, como pretendem as interpretações tradicionais. Ao contrário, sua análise da mercadoria e do capital – ou seja, das formas quase objetivas de mediação social constituídas pelo trabalho no capitalismo – deveria ser entendida como uma análise das relações sociais fundamentais desta sociedade. Estas formas sociais impessoais e abstratas não apenas encobrem o que tradicionalmente tem sido avaliado como as „reais “relações sociais do capitalismo, isto é, as relações de classe; elas são as reais relações sociais da sociedade capitalista, estruturando sua trajetória dinâmica e seu modo de produzir.
Longe de analisar o trabalho como o princípio de constituição social e a fonte de riqueza em todas as sociedades, a teoria de Marx sugere que, o que caracteriza inequivocamente o capitalismo são suas relações sociais básicas constituídas precisamente pelo trabalho e, por conseguinte, em última instância, uma espécie fundamentalmente diferente daquelas que caracterizam as sociedades não capitalistas. Embora sua análise crítica do capitalismo inclua a crítica à exploração, à desigualdade social e à dominação de classe, vai além disso, ao procurar elucidar o próprio tecido das relações sociais na sociedade moderna, e a forma abstrata de dominação social que lhes é intrínseca, através de uma teoria que fundamenta sua constituição social em determinadas e estruturadas formas de práticas.
Esta reinterpretação da teoria crítica madura de Marx desloca o foco central de sua crítica para longe das considerações sobre a propriedade e o mercado. Diferentemente das abordagens marxistas tradicionais, a mesma fornece a base para uma crítica da natureza da produção, do trabalho e do „crescimento “na sociedade capitalista, ao sustentar que tais dimensões, em vez de tecnicamente, são socialmente constituídas. Tendo assim deslocado o foco da crítica ao capitalismo para a esfera do trabalho, a interpretação aqui apresentada conduz a uma crítica ao processo industrial de produção – por conseguinte, a uma reconceituação das definições básicas de socialismo e a uma reavaliação do papel político e social tradicionalmente atribuído ao proletariado, na possível superação histórica do capitalismo.
À medida que esta reinterpretação implica numa crítica ao capitalismo que não está presa às condições do capitalismo liberal do Século XIX, e acarreta uma crítica à produção industrial, enquanto capitalista, pode fornecer a base para uma teoria crítica capaz de esclarecer a natureza e a dinâmica da sociedade capitalista contemporânea. Tal teoria crítica pode também servir como o ponto de partida para uma análise do „socialismo realmente existente “, enquanto uma forma alternativa (e fracassada) de acumulação de capital – no lugar de um tipo de sociedade que representou, não obstante, de maneira imperfeita, a negação histórica do capitalismo.
Esta crítica ao capitalismo implica numa outra maneira de conceituar o socialismo, como sendo uma sociedade na qual o trabalho, liberto das relações capitalistas, estrutura a vida social abertamente e a riqueza que ele cria é distribuída de forma mais justa. Dentro do quadro tradicional, a „realização “histórica do trabalho – seu pleno desenvolvimento histórico e sua emergência como a base da vida social e da riqueza – é a condição fundamental da emancipação social geral.
A visão de socialismo como a realização histórica do trabalho está também evidente na idéia de que o proletariado – a classe trabalhadora intrinsecamente relacionada à produção industrial – surgirá como a classe universal no socialismo. Isto é, a contradição estrutural do capitalismo é vista, em outro nível, como uma oposição de classes entre os capitalistas, que possuem e controlam a produção, e os proletários, que com o seu trabalho criam a riqueza da sociedade (e a riqueza dos capitalistas), ainda que tenham que vender sua força-de-trabalho para sobreviver. Esta oposição de classes, porque está fundamentada na contradição estrutural do capitalismo, tem uma dimensão histórica: ao mesmo tempo em que a classe capitalista é a classe dominante da presente ordem, a classe trabalhadora está enraizada na produção industrial e, por conseguinte, nos alicerces históricos de uma nova ordem, a ordem socialista. A oposição entre estas duas classes são vistas imediatamente como um conflito entre explorados e exploradores e como um conflito entre interesses universais e interesses individuais. A riqueza social geral produzida pelos trabalhadores não beneficia a todos os membros da sociedade sob o capitalismo, mas é apropriada pelos capitalistas, para os seus fins particulares. A crítica ao capitalismo do ponto de vista do trabalho é uma crítica na qual as relações sociais dominantes (propriedade privada) são tidas como particularizadas, a partir de uma posição universalista. O que é universal e verdadeiramente social é constituído pelo trabalho, porém impedido, pelas relações capitalistas individualizadas, de se tornar plenamente realizado. A visão de emancipação contida nesta compreensão do capitalismo é, como veremos, uma visão de totalização.
Através do trabalho para produzir seus meios de sobrevivência, o ser humano gerou, em primeiro lugar, o crescimento e a diferenciação da massa cerebral, do que resultou a gestação da consciência, e, em seguida, passou a aprender, isto é, a gerar conhecimento por intermédio do trabalho. O trabalho, portanto, é a fonte da consciência e do conhecimento. Na teoria de Marx o conhecimento não é fruto da contemplação, mas da atividade humana prática. O trabalho consiste na ação do ser humano sobre os materiais naturais que o circundam, a fim de obter deles as coisas de que necessita. Ao agir sobre tais materiais começa a conhecê-los, familiariza-se com suas propriedades, e à medida que o trabalho se repete continuamente, o conhecimento adquirido amplia-se e reage sobre o processo de trabalho, aperfeiçoando-o gradualmente.
Dessa maneira podemos concluir que, apesar das contratações trazidas pelo capitalismos e sua forma desumana de pensar e agir, sua existência gerou debates que possibilitaram o desenvolvimento humano e social, possibilitando mais justiça e igualdade.
REFERÊNCIAS:
· MARX, Karl e ENGELS, Friedrich. A sagrada família ou A crítica da crítica contra Bruno Bauer e consortes. São Paulo: Boitempo,2009.
· 
· https://www.krisis.org/2000/repensando-a-critica-de-marx-ao-capitalismo/
· https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo172artigo2 Acesso em: 16 de setembro de 2020.

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