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Lista de Exercícios Data: 29/06/2020 Ensino Médio - 3º ano – (Sociologia) – Prof. Lúcio Aluno(a): Gabriela de Paiva Cardoso Turma: 3º ano A Apenas serão corrigidas as questões respondidas à caneta. 22/06/2020 Parte 2 21. (Ufu 2015) Quando aborda o carnaval de Salvador/BA, Fátima Teles afirma que este festejo Foi incorporado à onda neoliberal do capital fetiche e ficou restrito às classes privilegiadas que abandonaram os cordões e fecharam-se nos luxos dos camarotes ou nos blocos, cordões fechados por compra de abadás. Portanto hoje, atrás do trio elétrico só não vai a classe menos favorecida, a classe que vive de salário suado e só vai atrás do trio elétrico quem pode pagar caro, uma minoria que concentra renda de alguma forma. (...) A festa já não é mais popular, mas é a festa de uma minoria privilegiada. Olhando para o carnaval de Salvador lembramos do compositor baiano Gilberto Gil quando ele canta “ó mundo tão desigual, tudo é tão desigual, de um lado esse carnaval, de outro a fome total...” Fátima Teles. A mercantilização do carnaval soteropolitano. Disponível em: <http://www.vermelho.org.br/noticia/258814- 11>. Acesso em: 22 fev. 2015. Implícitas no fragmento acima estão várias categorias marxianas utilizadas, neste caso, para a interpretação das transformações ocorridas em umas das mais importantes festas populares do país. Assim, é correto afirmar que: a) Abadás e camarotes, exclusividades de uma elite, são portadores de uma aura mágica a quem se confere poderes especiais e destacada como desencantamento do mundo. b) O carnaval foi mergulhado nas águas gélidas do cálculo egoísta, vendo extraídos seus conteúdos e naturezas mais autênticos, mas sendo finalmente democratizado. c) Quando mercantilizado, o carnaval perde seu caráter público e se privatiza, produzindo um acesso seletivo e dependente mais do marcador racial do que classista. d) Tal como revelara Marx, o capitalismo traz consigo a tendência de mercantilizar as relações sociais. Ao que tudo indica, o carnaval também se transformou numa mercadoria. 22. (Uem 2015) Considerando as contribuições de Karl Marx e da teoria marxista para a compreensão da economia política capitalista, assinale o que for correto: 01) Marx afirma que a moderna economia política capitalista foi instituída na Europa do século XIX por meio da aceitação generalizada de sua ideologia. 02) A teoria marxista contribui para o entendimento de que os modernos processos de exploração e alienação das forças de trabalho são o resultado de um sistema social de produção que pode ser transformado. 04) Segundo Marx, as empresas passaram a respeitar e a valorizar seus empregados a partir do momento em que se conscientizaram do papel central que eles ocupam no processo produtivo. 08) A teoria marxista explica que o sistema capitalista de produção se tornou a forma mais justa e democrática de combater as desigualdades nas sociedades modernas. 16) A obra de Marx contribuiu para o reconhecimento das leis de mercado enquanto fatos sociais independentes da ação humana, e que devem ser obedecidas para se manter a coesão social. 23. (Uema 2014) A história da cultura brasileira é pontuada pelo “jeitinho brasileiro” e pela cordialidade, frutos da colonização portuguesa. Sérgio Buarque sugere que nossa cultura tem algumas singularidades, tais como: aversão à impessoalidade, forte simpatia e rejeição ao formalismo nas relações sociais. Tais singularidades se refletem no ordenamento da sociedade expresso no fragmento da música Minha história de João do Vale e Raimundo Evangelista, que trata da educação como base da estratificação social na sociedade burguesa. E quando era noitinha, a meninada ia brincar. Vige como eu tinha inveja de ver Zezinho contar: “o professor ralhou comigo, porque eu não quis estudar” (bis) Hoje todos são doutor, E eu continuo um João Ninguém Mas, quem nasce pra pataca nunca pode ser vintém. Ver meus amigos doutor basta pra mim sentir bem (bis)... João do vale; Chico Evangelista. “Minha história”. In: álbum, João do Vale. Rio de Janeiro: Sony, 1981. Conforme a contribuição de Karl Marx sobre a análise da sociedade capitalista, os conceitos sociológicos expressos nessa música são a) superestrutura, anomia social, racionalidade, alienação. b) ação social, infraestrutura, solidariedade orgânica, coesão social. c) divisão do trabalho, mais valia, solidariedade mecânica, burocracia. d) sansão social, relações de produção, organicismo, forças produtivas. e) ideologia, classe social, desigualdade social, relações sociais de trabalho. 24. (Unioeste 2014) A teoria do Materialismo Histórico, desenvolvida por Karl Marx, engloba um conjunto de conceitos que perpassam um novo entendimento do sistema capitalista, das classes sociais e do Estado. Sobre os principais conceitos que compõem a teoria do Materialismo Histórico, é CORRETO afirmar que a) não há na teoria do Materialismo Histórico uma preocupação sobre o processo de circulação de mercadorias no capitalismo. b) no processo de formação do capital, o prejuízo nasce no momento em que o produtor fabrica sua mercadoria. c) Marx define a mais-valia como o excedente do valor produzido pelo empresário que é apropriado pelo trabalhador. d) segundo Marx, as mercadorias nada mais são do que a materialização do trabalho que foi pago ao empregado. e) o empresário, ao pagar o salário aos trabalhadores, nunca paga a esses o que eles realmente produziram. 25. (Interbits 2014) Até hoje, como vimos, todas as sociedades sempre se assentaram na oposição entre as classes opressoras e oprimidas. MARX, Karl. Manifesto do Partido Comunista. São Paulo: Penguin Classicis/Companhia das Letras, 2012, p. 57. a) Como Marx chama a oposição entre classes opressora e oprimida? Marx chamava de Luta de classes. b) Quais são as classes sociais no sistema capitalista? Qual delas é a opressora e qual é a oprimida? O que diferencia uma da outra? Para Karl Marx, as classes sociais no sistema capitalista são: Burguesia e proletariado. Sendo que a opressora é a burguesia e a oprimida é o proletariado. A burguesia "opressora" possui os meios de produção e o proletariado "oprimido" acaba por vender sua força de trabalho e fica sujeita as ordens e condições que a burguesia lhe empoe no ambiente do trabalho. Leia mais em Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/10722678#readmore TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Um amigo da área de RH de uma multinacional disse que não sabia onde enfiar a cara quando chamou um homem muito, muito simples para informar que ele seria descontinuado. “O senhorzinho não entendia nem por um decreto que estava sendo demitido'', diz ele – que teve que apelar para o método antigo, quando foi claramente compreendido. Aliás, as empresas não falam mais em “empregados''. Agora são “colaboradores”. Há várias razões que explicam, muitas delas traçando um resgate da ação coletiva de sinergias voltadas à construção de um objetivo comum… Zzzzzz… Prefiro a explicação mais simples que surgiu de outro colega, do RH de uma grande empresa brasileira: “isso foi para botar no mesmo pacote o pessoal que é contratado como CLT e quem é terceirizado ou integrado mas, na prática, também é empregado nosso''. Enfim, todos colaboram com o lucro do patrão, portanto faz sentido. SAKAMOTO, Leonardo. Palavras podem cair em desuso. Mas “idiota” continuará sempre na moda. Blog do Sakamoto. 11 mar. 2014. Adaptado. Disponível em: <http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2014/...na-moda/> Acesso em 11 mar. 2014. 26. (Interbits 2014) A partir de uma abordagem marxista, explique por que as empresas têm interesse em modificar e atenuar palavras como “demissão” ou “empregado”. Visto de forma social, pode-se notar que a força de trabalho é o único vínculo que um trabalhador e uma empresa/indústria/patrão possuem, ou seja, arelação não é pessoal ou intima,sendo resumida apenas no serviço do trabalhador e o pagamento que o chefe dele o providência quanto ao seu trabalho. Sendo assim, vê-se que as palavras demissão e empregado estão relacionadas nesse vínculo fraco de trabalho, em que demonstra como de fato os trabalhadores são apenas números para a empresa, deixando claro que se o trabalhador não fizer seu trabalho, irá o demitir e empregar um novo sem nenhum remorso ou esforço. Leia mais em Brainly.com.br - https://brainly.com.br/tarefa/12663347#readmore 27. (Interbits 2013) Dois grandes sociólogos elaboraram importantes definições acerca da estratificação social: Karl Marx e Max Weber. Considerando essas duas teorias, quais as diferenças entre a concepção marxista e a weberiana de estratificação social? Para o sociólogo Karl Marx, a estratificação social está diretamente relacionada ao modelo de produção e divisão social do trabalho da sociedade. A burguesia, dona dos meios de produção, emprega a classe proletária, que tem apenas sua força de trabalho para vender ao mercado. Marx também aponta que a estratificação e as desigualdades produzidas pelo modelo capitalista de produção e influenciam diretamente na luta de classes.Essa desigualdade está relacionada ao surgimento da mais-valia. Para Max Weber, o processo de estratificação acontece a partir das relações de produção, do status social, dos poderes político e econômico e das oportunidades que os indivíduos ou grupos sociais têm para adquirirem bens. Para ele, as oportunidades de ascensão social estão diretamente ligadas às variações econômicas do mercado.Na teoria weberiana, o uso do termo “status” torna-se mais importante que o conceito de classes sociais, utilizado por Marx.O status, na explicação weberiana da estratificação social, sofre influência do gênero, condições de saúde, cor e idade. 28. (Ufpr 2013) Explique a relação entre Estado e classes sociais para Karl Marx, tomando como referência o livro Os clássicos da política (WEFFORT, F. (org.). vol. 2. São Paulo: Ática, 2006). As classes sociais, para Marx, surgem a partir da divisão social do trabalho. Em razão dela, a sociedade se divide em possuidores e não detentores dos meios de produção. O Estado aparece para representar os interesses da classe dominante e cria, para isso, inúmeros aparatos para manter a estrutura da produção. https://querobolsa.com.br/enem/sociologia/max-weber 29. (Enem 2013) Na produção social que os homens realizam, eles entram em determinadas relações indispensáveis e independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um estágio definido de desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a estrutura econômica da sociedade — fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social. MARX, K. “Prefácio à Crítica da economia política.” In: MARX, K.; ENGELS, F. Textos 3. São Paulo: Edições Sociais, 1977 (adaptado). Para o autor, a relação entre economia e política estabelecida no sistema capitalista faz com que a) o proletariado seja contemplado pelo processo de mais-valia. b) o trabalho se constitua como o fundamento real da produção material. c) a consolidação das forças produtivas seja compatível com o progresso humano. d) a autonomia da sociedade civil seja proporcional ao desenvolvimento econômico. e) a burguesia revolucione o processo social de formação da consciência de classe. 30. (Ufu 2013) E se, em toda ideologia, os homens e suas relações aparecem invertidos como numa câmara escura, tal fenômeno decorre de seu processo histórico de vida, do mesmo modo porque a inversão dos objetos na retina decorre de seu processo de vida diretamente físico. MARX, Karl, A ideologia alemã. São Paulo: Hucitec, 1987. p. 37. Com essa famosa metáfora, Marx realiza a definição de ideologia como inversão da realidade, da qual decorre para ele a) a alienação da classe trabalhadora. b) a consciência de classe dos trabalhadores. c) a existência de condições para a práxis revolucionária. d) a definição de classes sociais. 31. (Unioeste 2013) O Manifesto do Partido Comunista, escrito por Marx e Engels no ponto de inflexão entre as reflexões de juventude e a obra de maturidade, sintetiza os resultados da concepção materialista da história alcançados pelos dois autores até 1848. A dinâmica do desenvolvimento histórico é então concebida como resultante do aprofundamento da tensão entre forças produtivas e relações de produção, que se expressaria através da luta política aberta. Com base na concepção materialista da história defendida por Marx e Engels no Manifesto, selecione a alternativa correta. a) A história das sociedades humanas até agora existentes tem sido o resultado do agravamento das contradições sociais que, uma vez maturadas, explode através da luta de classes. b) A história das sociedades humanas é o resultado dos desígnios da providência que atuam sobre a consciência dos homens e forjam os rumos do desenvolvimento social. c) A história das sociedades humanas é o resultado de acontecimentos fortuitos e casuais, independentes da vontade dos homens, que acabam moldando os rumos do desenvolvimento social. d) A história das sociedades humanas é o resultado inevitável do desenvolvimento tecnológico, que não só aumenta a produtividade do trabalho, como elimina o antagonismo entre as classes sociais. e) A história das sociedades humanas é o resultado da ação desempenhada pelos grandes personagens que, através de sua emulação moral, guiam as massas no sentido das transformações sociais pacíficas. 32. (Ufu 2013) Temos um trabalhador numa determinada indústria. Suponhamos que ele conheça o dono da pequena indústria em que trabalha e que tenha até uma boa amizade com ele. Em determinado momento, porém, acontece uma greve. Apesar da amizade entre o trabalhador e seu patrão, provavelmente durante a greve ambos estarão colocados em lados opostos. TOMAZI, Nelson. Iniciação à Sociologia. São Paulo: Atual, 1993. p. 13-14. Este exemplo, tomado para introduzir uma reflexão sobre conceitos elaborados por Marx, em sua crítica à sociedade capitalista, remete, claramente, à noção de “classes sociais”, entendida no marxismo como a) grupos de indivíduos que compartilham os mesmos motivos para realizarem ações sociais. b) grupos de indivíduos que agem de forma semelhante em face de um mesmo fato social. c) grupos de indivíduos que possuem a mesma crença com relação aos valores que precedem suas ações. d) grupos de indivíduos que ocupam uma mesma posição nas relações sociais de produção. 33. (Unimontes 2013) Para Karl Marx, sociólogo alemão (1818-1883), as crises no sistema capitalista devem-se à expansão da produção para além daquilo que o mercado pode absorver dentro de uma taxa de lucro considerada satisfatória. Havendo uma descida da taxa de lucro, o investimento diminui, parte da força de trabalho fica desempregada, o que, por sua vez, irá diminuir o poder de compra do consumidor, produzindo nova descida na taxa de lucro etc. A retomada da expansão e o início de um novo ciclo ocorrem quando empresas sobreviventes conquistam as seções do mercado que ficaram livres. São proposições relativas à teoria desse autor, EXCETO a) A crise tem o efeito de restabelecer o equilíbrio de rendimentos e de recompensas entre o trabalho assalariado e o proprietário de capital, consolidando o sistema de produção capitalista. b) As crises não equivalem a uma quebra do sistema capitalista, mas fazem parte de um mecanismo regulador que permite ao sistema dominar as flutuações periódicas a que está sujeito. c) As crises são soluções momentâneas e necessárias das contradições existentes, que promovem e restabelecem, durante certo tempo, o equilíbrioperturbado. d) O capitalismo organiza-se unicamente em função da expansão do capital, o que requer o desenvolvimento das forças produtivas e busca competitiva do lucro e, por isso, está sujeito a crises endêmicas. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: 34. (Uel 2013) A figura Mapa Mundi é composta por lixo eletrônico. Com base nessa figura e na crítica de Marx à sociedade capitalista, assinale a alternativa correta. a) A cada nova tecnologia desenvolvida pelo capital, maior é a qualificação necessária aos trabalhadores. b) A existência de mercadorias é o que distingue o capitalismo de outros modos de produção no transcurso da história do homem. c) A produção do desperdício é parte constitutiva do processo de acumulação de capital e realização da lei do valor. d) No capitalismo contemporâneo, o valor de uso foi substituído pelo valor de troca, do qual resultam as mercadorias. e) Produzir mercadorias com pouca durabilidade é prática momentânea para que o capitalismo supere suas crises periódicas. 35. (Ufpa 2012) Um das importantes preocupações sociológicas é a questão a respeito dos fatores que tornam possível a existência e a evolução das sociedades. A ideia de “conflito” assume uma posição contraditória, por este ser considerado ora como “motor das transformações”, ora como fator que “deixa a sociedade estagnada” e impede a evolução. Em relação às consequências do conflito para sociedade, é CORRETO afirmar: a) Para Karl Marx, o regime capitalista é capaz de produzir cada vez mais. A despeito desse aumento das riquezas, a miséria continua sendo a sorte da maioria. Essa contradição irá gerar conflitos que, mais cedo ou mais tarde, desencadearão um processo de reforma da sociedade que a reorganizará com critérios científicos. b) Para Karl Marx, a supressão das contradições de classe deve levar logicamente ao desaparecimento do Estado, pois este é um dos subprodutos ou a expressão dos conflitos sociais. c) O marxismo exclui a possibilidade de haver um paralelismo entre o desenvolvimento das forças produtivas, a transformação das relações de produção, a intensificação da luta de classes e dos conflitos que marcam a marcha para a revolução. d) Durkheim diz que os conflitos entre trabalhadores e empresários demonstram a falta de organização ou a anomia parcial da sociedade moderna, que deve ser corrigida com uma revolução do proletariado, que restaure o consenso social. e) Durkheim acredita que a forma como os indivíduos se organizam socialmente para produzir determina a sua visão de mundo. Ou seja, ele acredita que não é a consciência dos homens que determina a realidade, mas, ao contrário, é a realidade social e principalmente seus conflitos que determina a consciência coletiva. 36. (Uem 2012) Sobre as teorias clássicas da estratificação social, assinale o que for correto. 01) Segundo a sociologia marxista, a diferenciação entre os indivíduos na sociedade capitalista se dá pela posição que eles ocupam na estrutura produtiva. 02) Apesar de reconhecer a existência da pequena burguesia, Marx defendia que, com o desenvolvimento do capitalismo, haveria a redução da sociedade a apenas duas classes fundamentais: burguesia e proletariado. 04) A sociologia weberiana desenvolve uma teoria da estratificação social que inclui, além das posses materiais, o nível de educação e o conjunto das habilidades técnicas individuais na definição das classes. 08) Para Max Weber, os grupos de status são unidades de estratificação tão importantes quanto a classe social. 16) Os grupos de status distinguem e agrupam os indivíduos em termos do prestígio, honra social ou estilo de vida que possuem. (todas corretas) 37. (Uel 2012) Considere os trechos a seguir. A classe operária não pode apossar-se simplesmente da maquinaria de Estado já pronta e fazê-la funcionar para os seus próprios objetivos. (MARX, Karl. A revolução antes da revolução. São Paulo: Expressão Popular, 2008, p.399.) Também do ponto de vista histórico, contudo, o “progresso” a caminho do Estado regido e administrado segundo um direito burocrático e racional e regras pensadas racionalmente, atualmente, está intimamente ligado ao moderno desenvolvimento capitalista. (WEBER, Max. Parlamento e governo na Alemanha reordenada: crítica política do funcionalismo e da natureza dos partidos. Petrópolis: Vozes, 1993, p.43.) Com base nos trechos, compare as concepções clássicas de Estado formuladas nas obras de Karl Marx e Max Weber. Segundo Marx, o Estado está relacionado com a superestrutura de uma sociedade e é uma forma de dominação da burguesia. Já Weber vê o Estado como uma forma de representação da racionalidade humana. Mesmo que tendo ideias diferentes, os dois autores veem que o Estado está relacionado ao desenvolvimento do sistema capitalista. 38. (Unesp 2012) Leia os textos. Texto 1 Ora, a propriedade privada atual, a propriedade burguesa, é a última e mais perfeita expressão do modo de produção e de apropriação baseado nos antagonismos de classes, na exploração de uns pelos outros. Neste sentido, os comunistas podem resumir sua teoria nesta fórmula única: a abolição da propriedade privada. (…) (…) A ação comum do proletariado, pelo menos nos países civilizados, é uma das primeiras condições para sua emancipação. Suprimi a exploração do homem pelo homem e tereis suprimido a exploração de uma nação por outra. Quando os antagonismos de classes, no interior das nações, tiverem desaparecido, desaparecerá a hostilidade entre as próprias nações. (Marx e Engels. Manifesto comunista, 1848.) Texto 2 Os comunistas acreditam ter descoberto o caminho para nos livrar de nossos males. Segundo eles, o homem é inteiramente bom e bem disposto para com seu próximo, mas a instituição da propriedade privada corrompeu-lhe a natureza. (…) Se a propriedade privada fosse abolida, possuída em comum toda a riqueza e permitida a todos a partilha de sua fruição, a má vontade e a hostilidade desapareceriam entre os homens. (…) Mas sou capaz de reconhecer que as premissas psicológicas em que o sistema se baseia são uma ilusão insustentável. (…) A agressividade não foi criada pela propriedade. (…) Certamente (…) existirá uma objeção muito óbvia a ser feita: a de que a natureza, por dotar os indivíduos com atributos físicos e capacidades mentais extremamente desiguais, introduziu injustiças contra as quais não há remédio. (Sigmund Freud. Mal-estar na civilização, 1930. Adaptado.) Qual a diferença que os dois textos estabelecem sobre a relação entre a propriedade privada e as tendências de hostilidade e agressividade entre os homens e as nações? Explicite, também, a diferença entre os métodos ou pontos de vista empregados pelos autores dos textos para analisar a realidade. Segundo Marx e Engels (texto 1), a propriedade privada é a origem da violência entre os homens, manifestada, por exemplo, na luta de classes e nos confrontos entre as nações. Freud (texto 2) afi rma que os fundamentos dessa relação são outros, uma vez que a análise marxista ignora certas premissas psicológicas que identificam na própria natureza humana o impulso à agressividade. O ponto de vista marxista se funda na análise da atuação histórica de classes sociais, enquanto a visão freudiana baseia-se em uma análise sobre o indivíduo. 39. (Interbits 2012) “A ideologia, como consciência invertida, teria o papel de amparar o domínio de uma classe ou grupo social sobre as demais. Por meio da ideologia, essa classe ou grupo social se faria hegemônica, como que convencendo as outras de que seus interesses e valores seriam universais”. RICUPERO, Bernardo. Sete lições sobre as interpretações do Brasil. São Paulo: Alameda, 2008, p. 32-33. A partir da definição acima e dos seus conhecimentos sobre classe social no sentido pensado por Karl Marx, quais das frases abaixo podem ser consideradas de cunho ideológico? I. “Todohomem tem seu preço”. II. “Antes tarde do que nunca”. III. “Quem não trabalha também não deve comer”. IV. “Diga-me com quem andas e eu te direi quem és”. V. “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. a) Somente I e II. b) Somente I e III. c) Somente III e IV. d) Somente IV e V. e) Somente I, II e III. 40. (Interbits 2012) A seguir, leia o trecho da música Homem Primata, do grupo Titãs (1986). (...) Eu aprendi A vida é um jogo Cada um por si E Deus contra todos Você vai morrer e não vai pro céu É bom aprender, a vida é cruel Homem Primata Capitalismo Selvagem ô ô ô Eu me perdi na selva de pedra Eu me perdi, eu me perdi. (...) FROMER, M. et al. Homem Primata. In: Cabeça Dinossauro. WEA, 1986. A partir da música acima, responda: a) A música Homem Primata faz uma crítica a qual sistema econômico? Há uma crítica ao sistema capitalista b) Existe algum autor ou teoria da sociologia que ajude a compreender essa crítica? Explique o porquê. O Marx é um autor sociológico que ajuda a entender a crítica ao capitalismo e ao homem dentro desse sistema, uma vez que Marx diz que o sujeito precisa suprir necessidades básicas que, com algumas exceções, dependem dos ganhos financeiros recebidos em consequência ao seu trabalho. Portanto, é compreensível dizer que o homem ainda faz o que o macaco fazia(por isso a ideia de homem primitivo da música), apesar da racionalidade desenvolvida pelo ser humano, a diferença é que o homem moderno, com o advento do capitalismo depende da venda de sua força de trabalho para sobreviver. 41. (Interbits 2012) O estudo da religião é uma atividade desafiadora, que impõe demandas muito especiais à imaginação sociológica. Ao analisar práticas religiosas, temos que compreender as muitas crenças e rituais diferentes encontrados nas diversas culturas humanas. GIDDENS, A. Sociologia. 6ª edição. Porto Alegre: Penso, 2012, p. 483. A abordagem sociológica acerca do fenômeno da religião é bastante variada. Karl Marx, ao analisar a função da religião na sociedade capitalista, faz uma interpretação bem diferente daquele de Durkheim e de Weber. Que abordagem é essa adotada por Marx? a) Marx relaciona a religião com a alienação e a ideologia. Segundo ele, a religião conforma os homens no regime de dominação no qual eles vivem, destituindo-os da sua capacidade de transformação da realidade e justificando desigualdades e injustiças em nome de deuses que são, na verdade, fruto da criação humana. b) Marx faz uma abordagem otimista acerca da religião. Segundo ele, todas as religiões, em um sistema capitalista mundial, tendem a se sincretizar em um único modelo religioso de valorização do homem enquanto ser fundamental. c) Marx considera a religião como elemento fundante do capitalismo moderno. Para ele, a religião oferece a base sobre a qual a moral burguesa irá se constituir. A essa base ele deu o nome de espírito do capitalismo. d) Marx analisa a religião a partir do totemismo australiano. É desse modelo religioso que ele extrai a importância da religião para a solidariedade orgânica no capitalismo. e) Marx compreende a religião como um produto da indústria cultural. Tal como os produtos culturais de massa, a religião tem a característica de inebriar a população, fazendo com que ela não perceba os problemas sociais. É por isso que ele afirmou que “a religião é o ópio do povo”.
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