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Chega de estudar ERRADO! (1)-1

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CHEGA
DE ESTUDAR
ERRADO!
CHEGA DE ESTUDAR ERRADO! ................................................................................. 1
APRENDA A PLANEJAR E SE ORGANIZAR ...............................................................................................3
A FÓRMULA MÁGICA PARA PASSAR EM CONCURSOS PÚBLICOS ..................................................8
SEU OBJETIVO NÃO É SER APROVADO EM UM CONCURSO (OU PELO MENOS NÃO 
DEVERIA SER) ..................................................................................................................................11
ESTUDAR PARA CONCURSOS: HÁBITOS PARA UMA JORNADA DE SUCESSO ........................... 17
CRIE METAS REAIS E AS DESENVOLVA DIARIAMENTE ..................................................................... 21
TRABALHE COM O QUE VOCÊ TEM: POTENCIALIZE SUAS QUALIDADES ................................... 27
CONHEÇA A SI MESMO, IDENTIFIQUE SUAS
LIMITAÇÕES E AS SUPERE....................................................................................................................... 31
MONITORAMENTO
DO PERÍODO DE ESTUDOS .................................................................................................................... 34
ADMINISTRANDO OS LADRÕES DE TEMPO ....................................................................................... 38
COMO ADMINISTRAR O TEMPO DE FORMA EFETIVA? .................................................................... 42
APRIMORE SUA DISCIPLINA, SUA ORGANIZAÇÃO PESSOAL E SUA RESILIÊNCIA ..................... 48
OS HÁBITOS DOS VENCEDORES: ADEQUE O SEU COMPORTAMENTO ..................................... 54
COMBATENDO OS SABOTADORES INTERNOS E AS CRENÇAS LIMITANTES .............................. 58
SUMÁRIO
3
APRENDA A PLANEJAR E SE 
ORGANIZAR
Eduardo Cambuy, prof. e coach
Mal tenho tempo para a teoria, quanto mais para a revisão! 
Não consigo vencer o edital, nunca tenho tempo! 
Tem que priorizar, impossível estudar tudo isso! 
Quem nunca se fez essas exclamações ou ouviu esses comentários? Somos 
submetidos a esse tipo de crença limitante todos os dias, mas temos uma solução: 
planejamento e organização. 
Para um bom planejamento, o primeiro passo é entender o tempo que te-
mos, fazendo um mapeamento de todas as tarefas que realizamos ao longo de 
determinado período. Inspirado no livro “Tríade do Tempo”, de Christian Barbo-
sa, apresentarei, com adaptações, alguns conceitos e informações relevantes 
para você iniciar seus estudos com um planejamento real e efetivo. 
A tríade do tempo se divide em tarefas circunstanciais, urgentes e importantes.
4
 Tarefas Importantes: são aquelas das quais você não pode se dispor, 
pois fazem parte do seu grupo de valor e trazem satisfação e motivação para sua 
vida e para as coisas que realiza.
 Tarefas urgentes: são tarefas que poderíamos planejar melhor para evi-
tar a urgência, delegá-las, descentralizá-las ou evitá-las se houvéssemos feito um 
planejamento correto, coerente e eficiente. Tarefas urgentes tomam nosso tempo 
e estão relacionadas à necessidade superior. Normalmente têm prioridade sobre 
todas as demais tarefas, roubando momentos valiosos de estudo, por exemplo. 
Essas urgências, quando não controladas, corroem sua Gestão do Tempo.
 Tarefas circunstanciais: são atividades que tomam nosso tempo, mas 
não trazem valor, não agregam produtos de satisfação às suas realizações. Es-
sas tarefas são meras distrações do processo inconsciente cerebral. Consomem 
nossa energia e prejudicam nosso planejamento e nossa organização. Na maior 
parte dos casos, é aqui que encontramos o gargalo para corrigirmos nossa “falta 
de tempo”. 
Com isso, você poderá mapear e ponderar todas as suas atividades diárias, 
construindo uma grande lista de afazeres. Agora, é só calcular quanto cada gru-
po de atividades está impactando na sua vida (importante, circunstancial e ur-
gente). Lembre-se de que o recomendável é uma distribuição próxima de 70% 
para importantes, 20% para urgentes e apenas 10% para circunstanciais. Dessa 
forma, perceberá que terá que eliminar ou ajustar várias tarefas do seu dia a dia, 
liberando tempo produtivo, de valor e “importante” para contemplar seu estudo.
O segundo passo para um bom planejamento é conhecer-se: autoconhe-
cimento. Conheça suas formas de assimilação de matérias, prazer, motivação, 
estímulo, limites etc.
5
A partir desse ponto, você poderá fazer decisões conscientes e produtivas. 
Tribunal, área legislativa, área policial, educação, saúde, fiscal, controle e gestão, 
qualquer que seja a área, a parte cerebral conscientemente treinada irá selecio-
nar coerentemente segundo seu perfil.
Após decidir, o terceiro passo do planejamento é descobrir sua disponibilida-
de de tempo real, efetiva, suas horas líquidas disponíveis, ou seja, todo período 
em que está efetivamente estudando, desconsiderando sua desconcentração 
e a utilização de equipamentos tecnológicos (WhatsApp, Telegram, Facebook, 
redes sociais etc.).
Após esses três passos, teremos nossas tarefas bem definidas, estaremos 
nos conhecendo e saberemos nossas horas líquidas reais. Agora, estamos pre-
parados para nos organizar e começar o nosso estudo.
Para uma boa organização, devemos considerar 4 aspectos: ambiente, regis-
tros, desempenho e testes.
 Ambiente: um local adequado para estudo faz parte da sua estratégia de 
aprovação, uma vez que, se mal escolhido, será um empecilho durante todo seu 
processo de aprendizagem. Se bem escolhido, será uma alavanca para obtenção 
do seu sucesso. Para isso, conforme seu perfil de aprendizagem, avalie o barulho 
desse local, a movimentação, a acomodação (cadeira, mesa), a iluminação e as 
possíveis distrações. Não irei dizer para você não estudar em cima da cama, mas 
avalie se, nessa acomodação, seu cérebro funcionará bem no seu processo de 
assimilação de matérias. Pergunte-se se ele estará mais disposto a aprender ou 
a descansar. Ora, você o ensinou por anos que a cama é um local essencialmen-
te de repouso, agora vai querer que ele desaprenda em minutos e fique a ponto 
de bala para estudar? Refaça essa avaliação em qualquer local em que pretenda 
estudar. É sério, viu? Faz parte da estratégia da aprovação, não menospreze isso! 
6
 Registros e desempenho: muitos alunos (eu também já passei por isso) 
reclamam que não passam ou não conseguem aumentar sua performance sem 
entender o porquê. Quando pensam sobre isso, alegam que é “porque não está 
na minha hora” ou “porque não dei sorte”. Mas será? Faça o registro de tudo du-
rante seus estudos. Com esses dados, você poderá saber exatamente onde está 
ruim e precisa aprimorar. Faça isso com a parte teórica, com os exercícios e até 
nas revisões. Lembro de mim, já havia estudado bem para uma área e bati na 
trave 2 vezes. Quando fui analisar a prova, percebi que errava de 5% a 10% de 
itens por não ler corretamente o item, ler com pressa ou achando que tinha mais 
coisa ali do que somente a parte escrita, enfim, criava caraminholas. O que fiz? 
Passei a ler os itens sublinhando cada palavra lida, para garantir que leria tudo 
e que não havia um “não” despercebido. Consegui aumentar meu rendimento e 
obter outra aprovação. 
 Teste: sabe a história de que jogo é jogo e treino é treino? É verdade, mas 
vai perguntar se aquele gol de jogada ensaiada ocorreria se não houvesse sido 
treinado! Portanto, não deixe de fazer testes (não só simulados). O Teste tam-
bém pode ser feito por meio de fichamentos, jogo da memória, estudos de casos 
etc. O teste é algo muito maior que meramente fazer simulados da prova, deve 
ser algo incluído no seu cotidiano, no seu almoço, jantar, na fila do banco ou 
mesmo no dentista enquanto ouve aquele motorzinho irritante (rs).
Planejamento e Organização são pilares da sua aprovação! Diante disso, rea-
lize-os sempre, como forma de demonstrar para você mesmo que está levando 
a sério o tempo que está se dedicando(investindo) aos estudos.
Até a próxima!
7
Eduardo Cambuy é Servidor do Superior Tribu-
nal de Justiça (STJ), aprovado em diversos concursos, entre 
eles Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tribunal Superior 
do Trabalho (TST), Conselho Nacional do Ministério Público 
(CNMP), Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), 
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Insti-
tuto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais 
(INEP), Empresa de Processamento de Dados 
da Previdência Social (Dataprev), Secretaria de 
Planejamento e Orçamento (Seplag-DF), Profes-
sor-Substituto de Língua Portuguesa da Secretaria de Educação (SEE-DF), Banco 
de Brasília (BRB), Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) e 
Hospital das Forças Armadas (HFA/Ministério da Defesa). Certificação Interna-
cional Professional Coaching. Analista Comportamental DISC. Professor de Língua 
Portuguesa e Redação Oficial.
8
A FÓRMULA MÁGICA PARA 
PASSAR EM CONCURSOS 
PÚBLICOS
Descubra sua técnica De estuDo e métoDo De resolução De questões
Existe fórmula mágica para passar em concursos públicos? Sempre que faço 
essa pergunta, a primeira coisa que me falam é um sonoro: “Não!” Mas como é 
que 55 pessoas passaram junto comigo no concurso do TCU em 2013, outras 
tantas no BACEN em 2010 e mais de 2000 mil no concurso da PF em 2004? Então 
existe fórmula mágica sim! A questão é que cada um tem a sua. Neste artigo, vou 
dar algumas dicas de como você pode encontrar a sua.
A primeira delas é pra você desenvolver as suas próprias técnicas de estudos. 
Para isso, você tem que descobrir quais são as que existem, experimentar algu-
mas e depois refiná-las para que elas se adequem à sua realidade. Eu sempre 
gostei de ler livros que ensinavam a estudar (na minha época não existiam youtu-
bers para me ensinar). Eu lia de tudo! 
Desde os espessos livros do William 
Douglas a blogs na internet. De todos 
eles, eu peguei muitas ideias e as colo-
quei em prática. No final, ficava com 
aquelas que eram mais eficientes para 
a minha realidade.
9
Com essa prática, eu consegui interpretar muito 
bem o mundo dos concursos públicos e tirar o melhor 
que ele pode oferecer. Consegui desenhar cada passo 
que temos que dar para conseguirmos ser aprovados. 
Prova disso foram os vários concursos em que obtive a 
aprovação e também aqueles em que meus alunos têm 
conseguido. A mais recente foi de um dos meus alunos do 
Gran que passou, dentro do número de vagas, na Polícia Rodoviária Federal do 
estado do Pará. Em menos de um ano de traba-
lho no Gran, consegui colocar um aluno de lá na 
PRF. Ele era o único que eu estava preparando 
para esse concurso. A maioria dos que vêm para 
mim são para a área fiscal ou para a área de con-
trole, ou seja, só bomba!
A outra dica valiosíssima pra encontrar a sua 
fórmula mágica é você se atentar na hora de fa-
zer questões. Se você não sabe a quantidade de 
questões que tem que fazer em cada fase da sua 
preparação, você está perdendo um tempo pre-
ciosíssimo.
Bom, pra você entender o que estou falando, 
a preparação para concursos públicos está di-
vidida em duas fases. Na primeira, você estuda 
efetivamente a matéria, pegando o conhecimen-
to básico para, num segundo momento, apro-
fundar esse conhecimento. 
10
Na primeira fase, você tem que definir uma meta de questões pra fazer. Você 
pode estipular essa meta no tempo – por exemplo, fazer de meia a uma hora de 
questões para cada duas ou três horas que você assistir a videoaulas. Ou você 
pode estipular uma meta em quantidade de questões – por exemplo, fazer 20 
questões a cada duas ou três horas de videoaulas. Isso porque você tem todo 
um edital pela frente para matar, então não pode gastar muito tempo em alguns 
pontos e negligenciar outros. Você tem que focar nos mais importantes para o 
seu concurso, claro, mas tem que tentar avançar o máximo que puder no seu 
edital.
Só que chega um momento em que você tem que fazer muitas questões. Isso 
acontece quando você vai acabando de estudar as matérias. Aí, sim, você tem 
que fazer muitas questões. O máximo que você puder! Você vai utilizar aquele 
tempo em que você se dedicava pra assimilar matéria nova. Então, à medida que 
for terminando as matérias, você só vai fazer questões e revisões delas. 
Assim, com essas informações, tenho certeza que chegará um pouco mais 
perto de achar a SUA FÓRMULA MÁGICA da aprovação! Então experimente as 
dicas que nós do Gran passamos para você e procure adequá-la à sua realida-
de. Além disso, sempre faça questões! Mas a quantidade que cada fase da sua 
preparação exigir. Dessa maneira, você conseguirá chegar rapidamente ao seu 
objetivo.
11
SEU OBJETIVO NÃO É 
SER APROVADO EM UM 
CONCURSO (OU PELO MENOS 
NÃO DEVERIA SER)
Erika Radespiel
Na minha trajetória enquanto estudante e agora também como coach, me 
deparo com muitas pessoas que querem ser aprovadas em concurso público.
Até então, tudo bem, exceto por um detalhe: muitas dessas pessoas, senão a 
maioria, querem ser aprovadas em um concurso público qualquer.
Elas têm esse DESEJO, mas, enquanto desejo, isso está longe de ser um SO-
NHO ou um OBJETIVO. Essas pessoas muito menos possuem um PROJETO.
Um diálogo recorrente e padrão é o seguinte:
– Nossa, você é concursada?
– Sim!!!
– Puxa! Eu quero muito passar em um concurso!
– Opa! Que legal! E você estuda para qual concurso?
(pausa)
– Ah, na verdade, para nenhum... Eu preciso começar a estudar...
– E estudaria para que concurso mesmo?
– Não sei ainda... Poderia ser qualquer um, sabe?
(...)
Para que o desejo de ser aprovado em um concurso se torne concreto a cur-
to, médio ou longo prazo, faz-se necessário que seja muito mais que um simples 
“querer”. E a motivação do indivíduo precisa ser algo além de uma simples apro-
vação/nomeação ou até mesmo do exercício de uma função pública.
12
É completamente diferente quando encontro alguém que diz:
– Meu sonho é ser professora na rede pública... Eu quero muito trabalhar 
lá na escola X na qual eu estudei quando criança!
Ou ainda:
– Não me vejo trabalhando em outro local que não seja no Corpo de 
Bombeiros. É o meu sonho! Eu tenho certeza de que nasci pra isso e 
serei um excelente bombeiro! Cara, nós temos que fazer a diferença...
A aprovação em um concurso público se torna uma certeza quando é nada 
menos que um PROPÓSITO.
Para se caracterizar como um propósito – ou “propósito de vida”, como cos-
tumamos dizer e ouvir por aí –, essa nossa “vontade” (ou até outra qualquer) 
precisa ter, em sua concepção, três dimensões:
• a dimensão do EU ;
• a dimensão do NÓS ;
• e a dimensão do TODOS NÓS .
Em uma representação gráfica, assim:
EU
NÓS TODOS
NÓS
A dimensão do EU é nuclear. É dela que vem o impulso inicial, uma força 
centrífuga. Ela é bastante concentrada. Ali estão contidas as nossas aspirações 
puramente pessoais, necessidades básicas como: satisfação, prazer, autorreco-
nhecimento, autoaprovação, autoestima.
13
Tudo aquilo que diz respeito a nós e a ninguém mais constitui essa primeira 
dimensão: a dimensão do EU. Eu quero, eu preciso... eu mereço! No entanto, 
apesar de estar no centro e ser bastante importante, não é a maior de todas.
A segunda dimensão é a dimensão do NÓS, bem fácil de ser compreendida 
e identificada. São os motivos que temos para agir e que dizem respeito aos 
amigos, à família... É o que nos move para sermos e existirmos, não apenas para 
nossas finalidades puramente individuais, mas para que possamos beneficiar 
aqueles que amamos, a quem queremos bem ou pessoas sobre as quais temos 
responsabilidade. Essa dimensão não exclui a anterior, a dimensão do EU. Am-
bas são dimensões complementares.
A terceira dimensão, a dimensão do TODOS NÓS, é a maior de todas, a mais 
abrangente e, ainda assim, talvez seja a mais difícil de se compreender ou de 
visualizar. Ela não tem limites e se expande continuamente (como tentei repre-
sentar no desenho acima, apesardas limitações da própria representação).
A dimensão do TODOS NÓS ultrapassa o que diz respeito a nós e às pessoas 
que estão à nossa volta. É a dimensão da ética, a mais altruísta de todas, a dimen-
são mais “nobre”. É aquela para a qual trabalhamos ainda que não observemos 
nenhum benefício diretamente relacionado ao nosso umbigo (o EU) ou à nossa 
árvore genealógica e amigos/afins (o NÓS). É a dimensão social e, para muitos, 
até espiritual. É aquela dimensão em que não sou o centro, sou apenas parte, 
uma parte pequena, mas fundamental para o equilíbrio de todo o sistema.
Voltando ao contexto da nossa discussão:
Como se manifestam essas três dimensões na vida de um “aspirante a 
concursado público”?
Quando se limita ao EU :
Eu quero, eu preciso, eu mereço.
Se os outros têm, por que não eu?
14
Eu vou provar a mim mesmo que sou capaz.
Eu terei uma boa remuneração, poderei comprar o que eu desejo ter.
Eu mereço a tranquilidade de ter um emprego estável.
Eu quero desfrutar da satisfação de ter realizado esse objetivo.
Quando vai além do EU e alcança o NÓS :
Minha família requer mais tranquilidade, estabilidade.
Meus pais merecem sentir orgulho de mim.
Eu pretendo me casar, ter um emprego fixo e construir uma casa para 
minha família.
Meus filhos precisam de mais conforto.
Quando ultrapassa o EU , o NÓS e alcança o TODOS NÓS :
A sociedade precisa de pessoas que prestam bons serviços.
Eu pretendo atuar em uma área que considero muito relevante.
Me vejo como participante da transformação social que tanto almejamos.
Não podemos ser apenas mais um no mundo, temos que fazer a diferença!
�Atenção:
Todas essas dimensões são necessárias e legítimas.
Importante ressaltar que nenhuma das dimensões é menos ou mais impor-
tante que as outras, mas que a ausência de qualquer uma delas, a meu ver, tor-
na qualquer “grande QUERER” menos alcançável.
Para que possamos realizar um grande DESEJO, ele precisa se transformar 
em SONHO.
15
Um SONHO é um DESEJO com três dimensões, ou seja, um verdadeiro PRO-
PÓSITO.
Sendo um PROPÓSITO, ainda é bastante abstrato e precisa ser convertido 
em OBJETIVO (exequível, mensurável etc.) para que seja passível de realização.
Ainda assim, um OBJETIVO não é nada se você não tiver um PROJETO para 
alcançá-lo e se você não colocar esse projeto em prática.
Um projeto, por sua vez, se desdobra em diversas fases como: ações, crono-
grama, recursos, instrumentos de avaliação etc. – que não são elementos de dis-
cussão neste artigo.
Desejo Sonho Propósito Objetivo Projeto
“Mas, Erika... Eu não conseguirei ser aprovado em um concurso público 
caso eu só me importe comigo mesmo?”
A resposta é:
NÃO, é claro que você pode conseguir!
Não estou dizendo que não seja possível, mas creio que a energia que você 
precisará empenhar para realizar esse desejo será muito alta, e a caminhada 
bem menos interessante.
Além disso, depois de alcançar sua aprovação, você não verá tanto sentido 
nela e talvez continue com a mesma sensação de incompletude de antes.
Afinal...
Existe vida após a aprovação?
16
Essa é uma brincadeira que gosto muito de fazer com meus coachees. Por 
muitas vezes os vejo absortos no processo de estudo, cansados e sem pers-
pectiva, pois não se mantêm conectados com o que está além da aprovação no 
concurso para o qual estão se preparando.
ser aprovaDo(a) não é o seu Destino, é parte Do caminho.
O objetivo de quem estuda para concurso público NÃO deve ser a apro-
vação.
O estudante para concurso precisa visualizar o que vem após esse momento, 
aquilo que justifica seu esforço, ou seja, o seu PROPÓSITO em todas aquelas 
três dimensões: o EU, o NÓS e o TODOS NÓS.
Além da simples aprovação é que estão as razões de que ele precisa ter cla-
reza e lucidez para continuar se empenhando nessa jornada – que não é fácil.
Lembre-se: quando nos conectamos com o futuro, indo além desse ponto es-
paço-temporal, conseguimos encontrar uma energia sem medida que nos leva 
a nada mais nada menos que o SUCESSO em todas as suas formas de apresen-
tação.
O que eu desejo a você que está lendo este artigo é: brilho nos olhos!
Um grande abraço e vamos juntos até e para além da APROVAÇÃO!
17
ESTUDAR PARA CONCURSOS: 
HÁBITOS PARA UMA JORNADA 
DE SUCESSO
Se você está se preparando para concursos e já se perguntou quais os hábi-
tos para ter sucesso nessa jornada, saiba que existem alguns que todo concur-
seiro deveria adquirir!
Alguns hábitos são mais simples, e outros, nem tanto… mas todos eles são 
importantes para quem está se preparando para alguma prova de concurso pú-
blico.
– Que legal, Fabão! Mas quais são esses hábitos que devo desenvolver?
Opa! Então vem comigo para conhecer os principais.
1. Leitura
O principal e mais importante hábito para quem estuda para concursos é o 
hábito da leitura! Infelizmente, quem não gosta ou não tem esse hábito terá de 
se esforçar e torná-lo rotina!
Isso porque, mesmo que se estude majoritariamente por videoaulas, cedo ou 
tarde você terá de revisar o conteúdo dessas aulas. E o que você fará? Vai assistir 
à aula de novo e perder tempo? Provavelmente não… você irá ler seus resumos 
ou até mesmo os esquemas que escreveu.
18
Além disso, as provas de concursos são formadas de questões – e isso é ÓB-
VIO! Mas o que quero dizer é que você terá que ler e compreender todas elas no 
dia da sua prova. Ou seja, a leitura não serve apenas como meio de aprendizado 
de um conteúdo, mas também auxilia no desenvolvimento cognitivo de com-
preensão das questões.
Se você não é muito fã da leitura, comece aos poucos. Você pode começar 
lendo alguns artigos de lei seca por dia ou mesmo resolvendo algumas ques-
tões, mas não deixe de promover esse hábito da leitura.
Inclusive, com o tempo, você perceberá que aumentou a velocidade de leitu-
ra – é a chamada leitura dinâmica – e vai compreender mais rapidamente a ideia 
central dos textos. 
2. Melhorar a Organização
Outro hábito bastante importante para o sucesso de quem estuda para con-
cursos é a organização. Ser organizado é primordial para que os estudos se de-
senvolvam de uma forma mais eficiente.
E quando falamos em organização, estamos nos referindo a sua aplicação em 
diversos aspectos:
• quanto aos horários de estudo;
• quanto ao local de estudo;
• quanto ao material que será utilizado para estudar;
• quanto aos resumos elaborados;
• quanto aos demais aspectos que interfiram nos estudos.
Apesar de nem todos terem a característica de serem pessoas altamente or-
ganizadas, no preparo para concursos públicos é necessário se esforçar, beleza?
19
3. Resolver Questões
Existe um ditado muito comum e que é usado no mundo dos concursos: 
“Treinamento difícil, combate fácil”. Ou seja, treine muito, que sua prova será 
“fácil”. E como se treina para concursos públicos? Obviamente através de ques-
tões de provas passadas.
Portanto, se você quer ter sucesso nos certames, crie o hábito de resolver 
questões, de todas as matérias e até mesmo de mais de uma banca! Não se 
esqueça de acompanhar o seu desempenho para pode verificar onde está pre-
cisando melhorar.
4. Desenvolver o pensamento positivo
Esse talvez seja um dos hábitos mais difíceis de conseguir adquirir. A preparação 
para concursos é árdua, cheia de desafios que podem testar sua fé, paciência e bom 
humor! E pensar positivo deve ser um exercício diário para o concurseiro!
Então, sempre que algo parecer desanimador ou você não estiver motivado, 
tente pensar em algo positivo. Imagine-se no cargo, podendo ter a estabilidade 
que sempre sonhou… Enfim, foque em coisas boas para que você tenha motiva-
ção de continuar estudando, costumamos chamar de propósito inabalável, car-
regue aquele pensamento que faz com que você siga em frente enquanto todos 
os outros estão desistindo.
5. Procurar se alimentar de forma saudável
Sim. Alimentar-se de forma saudável é um hábito que TODAS as pessoas de-
veriam adquirir – mesmo a gente sabendo que não é tão fácil! Aconteceque, 
20
pela rotina exaustiva a que o concurseiro está exposto, ingerir bons alimentos 
pode fazer toda a diferença.
Ter uma boa alimentação, balanceada e repleta de nutrientes, pode auxiliar 
na sua imunidade e te livrar de uma gripe, por exemplo. Já imaginou ficar dias 
de cama por conta de um resfriado? Você vai arriscar o cargo dos seus sonhos 
por isso? Lógico que não.
Além disso, ingerir certos alimentos auxilia no processo cognitivo e de apren-
dizado. Portanto, tente manter uma dieta equilibrada, ingerindo bons alimentos 
e evitando o abuso de cafeína e açúcares.
– Entendi, Fabão. Tem uma forma simples de conseguir desenvolver um 
hábito?
Sim. escolha um e tente se desafiar por 21 dias. Ex.: resolver 5 questões por 
dia durante 21 dias. Ao final, a sensação de que isso está virando rotina será 
perceptível.
Por fim, se você tiver dificuldades em seguir essa jornada de realização sozi-
nho, procure a ajuda de um coach, mentor ou consultor especializados em con-
cursos públicos e que já seguiram pelo mesmo caminho que você quer trilhar. 
Você sentirá uma transformação na sua forma de estudar e uma melhoria 
na qualidade dos estudos. 
E pode ter certeza: isso não tem preço!
21
CRIE METAS REAIS E AS 
DESENVOLVA DIARIAMENTE
Coach Ellen Piedade
Se você está estudando para concurso público, você já tem um objetivo bem 
definido: ser servidor público. Correto? Provavelmente, você já deve saber qual 
carreira ou órgão quer seguir. Se não sabe, essa definição deve estar em suas 
prioridades, pois saber o concurso (cargo) ou minimamente a área (tribunais, 
fiscal...) faz muita diferença em sua preparação: a construção de suas metas de-
pende disso.
Após a definição do que se quer, temos um novo passo a ser dado: construir 
um planejamento que te ajude todos os dias a dar novos passos em direção a 
sua visão de futuro, seu tão sonhado cargo público. 
Quando você quer algo, você tem um ob-
jetivo. Objetivo é a intenção de realizar algo, é 
aonde se quer chegar. É a direção do que se 
deseja e se deve fazer. Quando você especifica 
como alcançará esse objetivo, você está crian-
do uma meta. Metas são tarefas específicas 
que precisam ser realizadas de forma regular 
para alcançar os objetivos determinados.
Definir um foco, ter clareza de onde se quer chegar e estruturar bem as me-
tas que se vai perseguir para alcançar seu objetivo são atitudes necessárias a 
uma estratégia de sucesso no mundo dos concursos. 
Seu objetivo é ser aprovado no concurso, mas um objetivo dessa grandeza 
não consegue ser fonte de motivação todos os dias. Talvez em alguns dias você 
se sinta desestimulado e queira desistir por parecer que está muito longe de 
alcançar.
22
Normalmente, pensamos primeiro em nossos objetivos de longo prazo, mas, 
para manter você motivado em um projeto, você precisa identificar os pequenos 
passos que precisam ser dados e as pequenas vitórias que se alcançam.
Por isso é importante estabelecer metas menores e anteriores a seu objetivo 
final. Estabeleça metas intermediárias durante o seu processo de preparação 
para concursos públicos. Crie metas de curto prazo que levem a seu objetivo. 
Dividir seu objetivo em metas menores é uma estratégia essencial em sua pre-
paração. A consecução dessas metas intermediárias deve necessariamente te 
levar em direção a sua aprovação.
Muitas vezes, nos sentimos desestimulados por não conseguirmos ver como 
concreta a possibilidade de alcançar nosso objetivo. E é nesse momento que 
muita gente fica perdida sem saber para onde vai, andando em círculos entre 
materiais, estudando sem métricas e sem construir uma séria história de pro-
gresso. Não cometa esse equívoco! Estude de verdade, saiba para o que você 
está estudando, o quanto você está estudando e como está estudando.
Por isso, vamos falar sobre como construir metas exequíveis que te levem em 
direção a seu objetivo! Vou repetir para você o que qualquer administrador diria: 
“Suas metas devem ser S.M.A.R.T.”. E o que isso significa?
 Específicas: elas devem ser precisas, dizer exatamente o que você quer alcan-
çar. Metas como “passar em um concurso”, “entrar em forma” ou “ganhar mais” 
não geram comprometimento, pois são demasiadamente abertas. Em qual con-
curso exatamente você quer passar?
 Mensuráveis: você precisa conseguir medir sua meta de alguma forma, saber 
se você está no caminho certo para o alcance de seus objetivos. Então, “passar 
no concurso para professor de educação básica”, “estudar o edital básico para 
concursos de tribunais em 4 meses” ou “perder 10 quilos” são metas que você 
pode medir e acompanhar.
23
 Alcançáveis: não crie metas que você não pode cumprir, isso é básico. Não 
adianta querer “ganhar um milhão de dólares em 1 ano” se você não estiver pre-
parado para isso ou para “perder 100 quilos em 1 mês”. Defina metas pequenas 
e que sejam alcançáveis a partir de um certo esforço.
 Relevantes: sua meta deve te levar em direção ao seu objetivo principal, deve 
ser relevante para você e estar alinhada com seus objetivos maiores e de longo 
prazo. Por isso, “estudar todo o edital de Direito Constitucional” faz sentido se 
você tiver uma meta de “ser aprovado em um concurso de Tribunal até fevereiro 
de 2020”.
 Temporais: uma meta sem prazo não é uma meta. Você não pode ter toda 
uma vida para cumpri-la. Assim, tão importante quanto decidir quais são suas 
metas e objetivos é o ato de datá-las, definir o período para executar o que é 
necessário. Transforme “perder 10 quilos” em “perder 4 quilos fazendo dieta e 
academia até dezembro de 2019”. 
Tenha em mente que, se você não estabelecer metas bem claras, é muito 
provável que você se perca durante os estudos, se perdendo em suas priorida-
des. Por isso, um bom plano de estudo vai te ajudar a ter disciplina e mais orga-
nização. 
Seja objetivo e explícito, estabeleça um cronograma de fato, com horários e 
datas. Nesse processo é essencial que você construa uma programação, ciclos 
de estudos que englobem as disciplinas associadas a seu concurso, com prazos 
factíveis em relação ao tempo disponível. Ao montar um programa de estudos 
adequado à sua realidade e que embasará a construção de suas metas, faça a 
seguinte equação:
24
• o tempo disponível para estudo diariamente e semanalmente;
• o edital de referência para o seu concurso;
• o peso das matérias que você precisa estudar;
• a complexidade de cada matéria (às vezes o peso é menor, mas a exigência 
de nota mínima torna a disciplina mais relevante);
• a dificuldade pessoal de aprendizagem (se você já estudou aquela matéria 
antes ou nunca viu o conteúdo); 
• o seu desempenho em exercícios e simulados.
Para construir metas específicas e relevantes, você precisa ter em mente o 
que é necessário para alcançar a sua aprovação. Por exemplo, “ter um percen-
tual de acertos de 90% em questões nas disciplinas básicas em 4 meses de estu-
do”. Aí você pensará sobre como alcançar esse percentual de acertos em prova. 
Para chegar nesse nível de acertos 
é preciso: estudar e aprender as dis-
ciplinas básicas do seu concurso e re-
solver muitas questões da banca e de 
provas anteriores. E como isso é fei-
to? Agora, você precisa delimitar uma 
determinada quantidade de assuntos 
por semana para resolver questões, 
estudar, resumir, revisar, tudo isso com base em um ciclo eficiente de estudos.
Outro aspecto importante: estabeleça metas de estudo periódicas. Minha 
sugestão é que essas metas sejam semanais, mas você pode identificar uma 
periodização que faça mais sentido para você. Gosto da lógica de 7 dias, e todo 
domingo torna-se um dia para prática concentrada de exercícios, revisão do que 
foi feito durante a semana e ajustes no planejamento. Veja um exemplo prático 
de meta semanal:
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1) estudar 3 turnos das seguintes disciplinas: Direito Administrativo, Direito 
Constitucional e Português;
2) resumir os assuntos estudados; 
3) resolver 100 questõessobre os temas estudados;
4) revisar todos os assuntos pelo resumo, 1 turno de revisão para cada disci-
plina.
Ademais, tenha metas diárias. Estabeleça o número de horas diárias que você 
estudará, quantos turnos de estudos você terá e quantas questões você fará por 
dia. Por exemplo, para uma carga horária diária de 4 horas de estudos, uma 
quantidade razoável de questões é 50 questões/dia. Esse seria um exemplo de 
meta de curtíssimo prazo. Exemplo de meta diária:
1) estudar 1 turno de 2 horas de português, tema: Pontuação – PDF 03 – re-
solver 50 questões;
2) estudar 2h de Direito Administrativo, tema: Improbidade Administrativa – 
4 videoaulas;
3) revisar por 1 hora Direito Constitucional, tema: Poder Judiciário – anota-
ções pessoais.
É importante que seu cronograma seja revisto a cada curto período, para 
ajustar o tempo dedicado a cada disciplina, pois, naturalmente, você vai avançar 
mais em algumas matérias que em outras. Acompanhe o seu desempenho. 
Ter registros objetivos do quanto você está progredindo é sempre impor-
tante e fundamental para sua organização e motivação.
Lembre-se de que o mais importante para sua evolução nessa jornada de es-
tudos é o seu comprometimento com as metas propostas. Não adianta construir 
metas e não as seguir.
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E minha última dica para a construção de metas é: escreva suas metas em 
algum local de destaque, anote-as e revise-as periodicamente. Você precisa es-
crever as metas que você estabeleceu e tê-las sempre no seu campo de visão, 
para reforçar a importância do que se quer alcançar e não abandonar os com-
portamentos que te levam nessa direção.
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TRABALHE COM O QUE VOCÊ 
TEM: POTENCIALIZE SUAS 
QUALIDADES
Micael Portela
Quem disser que o processo de aprovação para concurso é fácil não está ex-
perimentando alguns obstáculos naturais da maioria dos estudantes. Durante 
esse processo, passamos pelo cansaço, frustração, desânimo, medo, pressão, 
entre tantos outros sentimentos. 
Uma das atitudes que mais nos assola é a comparação, pois pessoas próxi-
mas (e nós mesmos) passam a comparar a vida profissional de quem decidiu 
estudar para concurso, mas se esquecem que cada ser é único, tem habilidades 
e competências próprias.
Não permita que as comparações ceguem a sua percepção sobre o seu po-
tencial. As pessoas podem não saber suas qualidades ou quem você é, mas é 
suficiente que você saiba. E esta é a primeira lição: não há como utilizar suas 
qualidades se você não as conhece. O autoconhecimento é primordial. Pegue 
um papel e escreva quais são suas qualidades e seus dons. Talvez você tenha al-
guma dificuldade em reconhecê-las, mas não deixe de escrever pelo menos três.
Um erro comum é focar apenas em nossos defeitos; isso afeta a autoestima 
e ofusca aquilo que você tem de bom. Você precisa trabalhar com o que tem 
agora! Alcançar o resultado, com os meios adequados e disponíveis, de forma a 
otimizá-los. Esse é o conceito do famoso princípio da eficiência, no Direito Admi-
nistrativo.
Aplicando esse conceito à vida pessoal, significa que você deveria considerar 
quem é e o que tem agora. Por exemplo, quanto ao tempo, se você tem três 
horas, estude durante esse período da melhor forma possível! Se você tem oito 
28
horas, ótimo, faça o melhor nesse período! Quanto ao material, não se lamente 
se você não conseguiu adquirir aquele livro que você gostaria. Use o bom mate-
rial que você tiver.
Quanto aos exercícios, talvez você não possa pagar os sites disponíveis, mas 
se você pode baixar as provas ou utilizar as questões dos PDFs, então faça isso. 
O que você precisa entender é que o foco não está no que você não tem, mas no 
que você tem e em como pode usar.
O mesmo se aplica à parte emocional. Não somos perfeitos, mas precisamos 
nos aperfeiçoar todos os dias. Aperfeiçoar-se não significa que você será perfei-
to e sim que você não desistirá de ser sua melhor versão. Conseguir o equilíbrio 
durante a fase que você está passando é difícil, por todas as emoções com que 
você tem que lidar, mas pense que essa fase é temporária, e não queremos que 
você se envergonhe de atitudes durante este período.
Estar numa fase difícil não é desculpa para agir com descontrole, tratar mal 
as pessoas, ser negligente com suas emoções e relacionamentos. Estudar é uma 
etapa para o seu sucesso, portanto utilize bem cada recurso, seja físico ou emo-
cional, que estiver ao seu alcance.
Muitos estudantes consideram como qualidades: disciplina, força de vonta-
de, determinação, equilíbrio emocional, organização, persistência, vontade de 
vencer, entre outros. Identifique quais são as suas principais qualidades, pois, 
com certeza, elas vão te ajudar a alcançar o seu objetivo. Reflita sobre essas qua-
lidades e estude formas de explorá-las, de modo que você possa utilizar toda a 
sua capacidade e estar cada dia mais perto da realização dos seus sonhos.
No que se refere à parte cognitiva, se suas habilidades estão voltadas para 
humanas, com certeza você despenderá muito mais energia e tempo para com-
preender exatas. Estudantes cometem um erro comum: dão ênfase para as ma-
térias que não conhecem e demandam a maior parte de seu tempo se debru-
çando sobre elas. 
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É claro que, com um bom planejamento, um coach e um bom material, você 
pode estudar todo o conteúdo. Porém, com o edital publicado, é preciso estraté-
gia e, ao invés de aprender matérias das quais não tem conhecimento, dominar 
as que você já aprendeu e gabaritá-las é essencial.
Seja na área emocional ou nos estudos para concurso, podemos concluir que 
o desenvolvimento de competências não está apenas no saber, mas na aplica-
ção que você dá às suas habilidades, suas qualidades e seu conhecimento. Isso 
gera experiência, que é necessária na hora de mobilizar os recursos que você 
tem.
A competência é constituída de várias habilidades, e essas se referem às qua-
lidades que temos. Quando você potencializa suas qualidades, está influencian-
do no seu desempenho, pois você estará mudando o foco para o que é positivo.
O exposto é endossado pela Psicologia. Nessa área existe a Psicologia Po-
sitiva, que indica que, ao identificar o que você tem de melhor, isso traz uma 
sensação de bem-estar e felicidade. A Psicologia Positiva foi instituída em 1998 
e tentou resgatar a identificação e desenvolvimento de talentos e o estudo de 
como tornar a vida das pessoas mais produtiva e satisfatória.
Diante de pesquisas nessa área, verificou-se que a identificação de qualida-
des eleva o bem-estar mesmo que em situações desconfortáveis. E talvez, por 
esse motivo, o estudante de concurso deveria dar ênfase ao assunto.
O bem-estar tão mencionado está ligado à motivação, necessária para todo 
estudante, pois é importante que este esteja seguro de sua capacidade e, desse 
modo, ele conseguirá extrair o que tem de melhor para melhorar o seu desem-
penho.
Valorize-se. Foque no que você tem de melhor e saiba que suas qualidades 
são o suficiente para atingir o seu objetivo, basta que você saiba utilizá-las ple-
namente a seu favor.
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Diante do exposto, podemos afirmar que as circunstâncias não devem defi-
ni-lo, mas o que você faz diante delas, que recursos você usa e como se enxer-
ga. Para um desempenho maior, é necessário autoconhecimento e otimização 
dos meios de que você dispõe. Trabalhe com o que você tem e não se esqueça 
de reconhecer suas qualidades. Valorizar-se garantirá que, independentemente 
do seu desempenho, você tenha convicção de que continua sendo competente 
para o que se propôs a fazer, que é: passar em um concurso!
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CONHEÇA A SI MESMO, 
IDENTIFIQUE SUAS 
LIMITAÇÕES E AS SUPERE
Por Thiago Paixão da Silva
Em nossa vida, todos nós sofremos a influência do mundo externo. Essa in-
fluência nos orienta com aspectos positivos e negativos. Nós aprendemos como 
viver em sociedade e quais são as regras da própria sobrevivência. Quando nas-
cemos, é como se nosso cérebro fosseum computador puro, sem nenhum pro-
grama, e, à medida que desenvolvemos nossos sentidos e nos tornamos mais 
capazes de perceber as informações e de entendê-las, criamos rotinas que con-
duzem nossas atitudes, formando nossos valores, personalidades, fobias e nos-
sa psique.
Para um estudante, o autoconhecimento gera um fator muito importante em 
seu rendimento. A análise de seus pontos fracos e fortes determina o que você 
será capaz de fazer e quais atitudes deve tomar para garantir melhores resulta-
dos. Não falo que isso deve ser um fator limitante, pois conhecer suas próprias 
limitações não significa aceitá-las, e sim conseguir ferramentas para que possa 
enfrentá-las, e, porventura, superá-las.
Aqui vão algumas dicas para conseguir identificar seus pontos fracos:
• Faça uma lista com todas as situações que tenham termi-
nado de forma desfavorável para você. Durante a vida, algu-
mas coisas vão acabar do jeito que gostaríamos, e outras não vão. A criação 
de uma lista de fracassos e decepções vai ajudá-lo a enxergar seus pontos 
fracos, portanto anote qualquer situação que não tenha terminado da for-
ma inicialmente desejada.
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• Procure pontos em comum entre todas as ocasiões desfa-
voráveis. Quando nossos fracassos têm um denominador comum, esse 
é um ponto fraco bastante evidente – agora que você identificou um defei-
to, comece a desenvolver uma estratégia para combatê-lo. Você terá mais 
chances de conseguir o que deseja no futuro se conseguir superar esses 
obstáculos.
• Peça a opinião alheia. Nem sempre podemos reconhecer nossos 
próprios defeitos, e a opinião de pessoas que nos conhecem bem pode ser 
bastante útil. Portanto, converse com seu supervisor, parceiro amoroso ou 
qualquer outra pessoa que o conheça muito bem. Tome cuidado para não 
ficar na defensiva – agradeça o outro pelo conselho sincero, e ele estará 
mais propenso a ser honesto com você no futuro.
E, agora, para identificar seus pontos fortes:
• Faça uma lista com todas as situações que tenham termi-
nado de forma favorável para você. Do mesmo modo que listou 
suas desvantagens, agora é hora de colocar no papel os aspectos favoráveis. 
Pense naquela frase “em time que está ganhando não se mexe”. Veja onde 
acertou, qual conduta assumiu, e tente copiar para as situações similares.
• Identifique seus talentos dominantes. Saiba o que deve ser 
aperfeiçoado e quando deve ser aperfeiçoado.
• Se conheça. O autoconhecimento nesse momento é algo crucial. Sun 
Tzu disse: o homem que não conhece a si mesmo e não conhece ao seu ini-
migo estará fadado ao fracasso. Às vezes, seu pior inimigo é você mesmo.
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• Seja agradecido e satisfeito pelo que já conquistou. 
Quando focamos em resultado, muitas vezes tendemos a apenas ver os 
aspectos negativos e os fracassos. Olhe ao seu redor. Veja aonde chegou e 
o que tem, e reflita consigo mesmo: “Quantos gostariam de estar no meu 
lugar”. A perspectiva da alteridade ajuda quando se está confuso.
Um ponto forte é o resultado da soma entre talento, técnica e conhecimento. 
O talento é uma facilidade natural que você já possui, o conhecimento é o que 
você aprende com os outros e a técnica é a maneira como você faz as coisas. Po-
rém, isso não significa que você precisa ter necessariamente esses três aspectos. 
Com dedicação e treino árduo, uma pessoa sem talento pode desenvolver ativi-
dades com melhor desempenho do que alguém talentoso. O talento só serve na 
medida em que é combinado com o esforço.
T. Harv. Eker ensina que o que você faz gera um resultado. Vivemos em um 
mundo de causa e efeito. Pensamentos conduzem a sentimentos. Sentimentos 
conduzem a ações. Ações conduzem a resultados. Portanto, se deseja algo gran-
de em sua vida, deve ir à luta com uma atitude maior do que aquilo que deseja. 
Com esforço, nada é impossível!
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MONITORAMENTO 
DO PERÍODO DE ESTUDOS
Bardia Tupy
Executar as metas de estudos para alcançar um resultado positivo em con-
curso requer várias técnicas estratégicas, entre elas o que costumamos chamar 
de supervisão metodológica no campo das disciplinas de execução.
Vamos lá, como você monitora seus estudos? Simplesmente segue uma agen-
da, um plano de estudos, leituras avulsas, codifica seus resumos das matérias 
estudadas ou apenas segue o fluxo de estudar o que der, quando der e onde 
der? Bem, hoje um dos passos mais modernos da área administrativa e gestão é 
justamente a arte da execução.
O foco nos estudos se torna uma miscelânea de ações para alcançar as metas 
e, principalmente, absorver o conteúdo com reflexões suficientes para executar 
uma prova de concurso com a maior precisão possível. Assim, o que falta para 
fazer um monitoramento deste período de estudos para alcançar o melhor re-
sultado possível?
Explico. Atualmente, a concorrência do nosso tempo versus o boom de informa-
ções, por todos os nossos meios de comunicação, é avassaladora. Daí, nosso cérebro 
tem de estar seletivo e extremamente estratégico nas nossas vidas de estudantes.
Eis uma grande sugestão e caminho para o sucesso: busque focar no que é 
crucialmente importante. E na prática como funciona? Vamos lá:
1. Primeira etapa – faça um alinhamento em brainstorming sobre 
todas as possíveis metas que te levariam ao sucesso na execução mais perfeita 
possível das provas do concurso pretendido, entendendo as metas como aque-
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las que você estipula como primordiais para saber, conhecer e dominar a maté-
ria prevista no edital do concurso. Anote estes tópicos em separado e faça deles 
uma lista de possíveis metas, exemplos:
a) Que parte da matéria preciso melhorar o desempenho para atingir a meta?
b) Qual é a coisa mais importante que posso fazer?
c) Quais são meus pontos fortes nestes conteúdos a serem desdobrados 
para as provas?
d) Quais as matérias em que estou mais fraco?
�Obs.:� pense aqui em “o que” e não “como”. Eleja as metas com maior impacto 
de resultado positivo para melhor execução das provas dos concursos.
2. Segunda etapa – Identifique, nessa lista de possíveis metas 
com potencial de execução, quais efetivamente serão impactantes para alcan-
çar seu objetivo maior, que é o domínio cognitivo e prático de todas as matérias 
possíveis do edital. Então, classifique as ações que realmente impactarão no 
alcance das metas e principalmente no potencial resultado no concurso.
�Exemplo: meta possível – dominar matéria de direito penal com o máximo de 
acertos em simulados e questões; ação de impacto – fazer exercícios, conferir e 
refazer os em não conformidade, o máximo possível, para obter o maior número 
de acertos nas questões feitas durante o período de estudos.
3. Terceira etapa – teste as ideias principais. Verifique se as me-
tas classificadas dentre as metas gerais atendem ao esperado. Teste a estra-
tégia escolhida de estudos, ou seja, teste o caminho escolhido e veja se ele 
realmente é crucial para execução das suas metas. 
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�Exemplo: caso escolha estudar pelos resumos após leitura dos PDFs, verifique 
se, na execução dos exercícios, seus acertos aumentaram. Caso contrário, alinhe 
novamente sua escolha para uma forma de estudo que melhore seu desempe-
nho, sempre tendo em mente que se mensura essa parte fazendo e corrigindo 
exercícios e simulados.
4. Quarta etapa – defina suas metas de estudos crucialmen-
te importantes para o resultado esperado, para a aprovação com sucesso no 
concurso desejado. Assim, após ter selecionado as possíveis ações de estudos, 
classificado essas ações, tendo em vista se impactam no resultado, e testado se 
as ações estão estrategicamente corretas, assuma e comprometa-se com essas 
metas crucialmente escolhidas. 
Exemplo de definição de meta crucialmente importante para monitoramento 
dos estudos: 
a) Comece com um verbo: cortar distrações e aumentar a concentração na 
leitura e estudo dos temas do dia;
b) Defina uma meta histórica – na semana 1 estudei “x” e na semana 2 estu-
dei “Y” – mensurando o tempo equantidade de matéria estudada;
c) Escreva a meta crucialmente importante com simplicidade. Seja direto.
d) Foque sempre no “o que” e não no “como”.
A seguir, há a demonstração de uma meta crucialmente importante para a 
realização de um monitoramento dos estudos: fazer 20 questões de exercícios 
e 20 de simulados de processo de execução e/ou elencar todos os princípios 
administrativos e suas aplicações práticas. Faça metas específicas, mensuráveis 
e realizáveis. Evite fazer metas como: estudar direito tributário desdobrando os 
tópicos sobre incidências dos tributos por aplicação federal, estatual e munici-
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pal, resumindo o que cada um representa e o alcance deles no sistema tributário 
brasileiro. Ou seja, não faça metas não específicas.
Com estas sugestões, você terá o controle de seu tempo além da organiza-
ção necessária de sua agenda de estudos. Lembrando de nunca se esquecer de 
se lembrar que é importante perceber seu estilo de estudo e o que realmente 
impactará no seu desempenho para melhor execução de sua prova, buscando 
executar sua melhor performance.
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ADMINISTRANDO OS LADRÕES 
DE TEMPO
Coach Daniel Lima
No mundo em que vimemos, temos diversos papéis sociais: somos pais e/ou 
filhos, namorados ou cônjuges, patrões ou empregados, e outros tantos que nos 
desdobramos para dar conta de ser no nosso dia a dia. Como se não bastasse, 
você ainda decidiu que queria mudar de vida e, para isso, resolveu passar em 
um concurso público, não foi? Bom, a questão é que, para passar em um con-
curso público, são necessárias horas de estudos e de dedicação, ou seja, você 
precisará produzir e armazenar muita informação e assumirá mais um papel 
social: o de estudante/concurseiro. Então, após os primeiros dias, você percebe 
que as 24h são insuficientes para dar conta de tudo aquilo que precisa fazer. São 
inúmeras as pessoas que se lamentam porque o trabalho não as deixa estudar. 
Ainda existem aquelas que dizem: “Se eu não tivesse que cuidar das crianças, 
fazer comida, limpar a casa, lavar e passar roupa... eu teria mais tempo para es-
tudar.” Se esse é o seu caso, tenha calma, você não está sozinho(a) nessa. E, para 
não perder o costume, eu tenho duas notícias para você – um boa e uma ruim. 
Qual você quer primeiro? 
A ruim é que não dá para esticar o dia para as 30 ou 40 horas que você pre-
cisa para fazer tudo. 
A boa notícia é que é possível ganhar valiosos minutos do nosso dia que são 
simplesmente roubados. Isso mesmo: r-o-u-b-a-d-o-s! Por quem? Pelos ladrões 
de tempo. 
Você sabe o que é um ladrão de tempo? São “coisas” que, além de neutrali-
zarem sua produtividade, não te permitem descansar, ou seja, se você não está 
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produzindo nada e não está descansando, está perdendo o seu bem mais valio-
so e, muitas vezes, sem se dar conta disso.
Existem vários ladrões de tempo, e cada pessoa convive com a sua quadrilha 
favorita. Mas vou tentar aqui fazer um levantamento dos cinco principais que 
têm prejudicado muitos concurseiros.
O líder desse bando são as redes sociais. Você já percebeu quanto tempo é 
gasto no Instagram ou no WhatsApp, por exemplo? Já parou para estudar e, a 
cada meia dúzia de minutos, você deu uma olhada para verificar se havia novi-
dades? Ou ainda, enquanto estava online (só para dar aquela espiada), algum 
conhecido te enviou uma mensagem e vocês ficaram conversando por horas?
Para muitos estudantes, o maior ladrão do tempo são as redes sociais. Pegar 
o celular a cada par de minutos já virou um hábito e, para alguns, até um vício. 
Em outra oportunidade, escrevi sobre um caso semelhante em que a pessoa 
pediu ajuda para abandonar todas essas redes até passar em um concurso – e 
passou. 
A função de uma rede social é a de não manter a pessoa isolada, sem contato 
com os parentes e os amigos. É possível administrar esse ladrão de tempo com 
os estudos. Para isso, procure monitorar com que frequência tem acessado; ten-
te não pegar o celular enquanto estiver estudando – deixe-o longe de você, se 
for o caso; desabilite a função de notificações de som ou vibração quando rece-
ber mensagens; fixe um horário para se dedicar às suas redes.
Outro ladrão de tempo são as interrupções. Essas podem ser causadas por 
diversos motivos. Uma delas são os terceiros que demandam algum tipo de aten-
ção ou informação, por exemplo, filhos que te chamam o tempo todo, parentes 
que perguntam por algo trivial. Uma boa forma de evitar essas interrupções é 
escolher bem o local de estudos – como uma biblioteca, por exemplo. Ou, caso 
estude em casa, deixe claro às pessoas que está estudando e que não gostaria 
de ser interrompido(a).
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O terceiro ladrão da nossa lista é a falta de planejamento de estudos. Um 
determinado concurso exige em seu certame dez disciplinas, por exemplo. Você 
se senta para estudar e não sabe nem por onde começar. Ou até começa, mas 
após algumas horas, você se pergunta o que fará em seguida. Esse ladrão, um 
dos mais nocivos ao concurseiro, é resultado da falta de organização. Antes de 
começar a executar um projeto, é necessário planejá-lo. Assim, recomendo que 
faça uma relação de conteúdo/tempo, ou seja, divida o conteúdo que irá estudar 
ao longo dos dias, orientado(a) pelas horas de estudos disponíveis. Assim, você 
saberá exatamente quando iniciará, terminará, e o conteúdo que será visto na-
quele projeto de estudos. Sentar-se à mesa para estudar sem saber o que vem a 
seguir é um dos erros crassos cometidos por iniciantes.
Em quarto lugar, o “Eu tenho que”. Você já conseguiu administrar todos os 
ladrões anteriores, mas, ao parar e abrir o PDF, sua mente te diz: “Eu tenho que 
pagar aquelas contas hoje, não posso esquecer”, “Eu tenho que fazer compras 
de supermercado”, “Eu tenho que descer com o cachorro daqui a pouco”, “Eu 
tenho que estender a roupa”, “Eu tenho que levar o carro para revisão”. O pro-
cesso de estudos requer concentração e gasta bastante energia. Nosso cérebro, 
que consome, em repouso, cerca de 20% de toda a nossa energia, procura fugir 
da atividade desgastante e te apresenta uma série de opções. Se esse for o seu 
caso, você pode reduzir muitos “Eu tenho que” apenas terceirizando as ativida-
des sob sua responsabilidade. Como, por exemplo, colocar as contas em débito 
automático ou delegar a outra pessoa o encargo de atividades rotineiras, como 
a de fazer as compras ou levar as crianças à escola. Conversar com alguém da fa-
mília e explicar como essas atividades roubam seu tempo de estudos é uma saí-
da. Assim, você só vai ter que se encarregar daquilo que não pode ser delegado.
E, por último, na nossa lista top five, o trânsito nosso de cada dia. Quem vive 
em um centro urbano quase sempre precisa se deslocar ao trabalho, ao cursi-
nho, à escola etc. E, a cada dia que passa, o trânsito piora. As pessoas têm per-
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cebido que o trânsito é um ladrão de tempo sorrateiro. Nós, geralmente, não 
calculamos quanto tempo por dia gastamos nele. Se você parar para fazer esse 
cálculo, irá se surpreender com a quantidade de horas de vida que ele nos leva. 
Algumas pesquisas revelaram que o paulistano, por exemplo, gasta quase dois 
meses do ano no trânsito. Consegue mensurar o resultado disso? O que isso 
significa? Essa realidade é um fator relevante na ascensão dos cursos online, na 
educação a distância. Ou seja, se eu gasto uma hora para ir e uma hora para vir 
do cursinho, já são 2 horas que eu poderia estar estudando. Todavia, como não 
conseguimos nos livrar totalmente do trânsito, podemos adotar alguns hábitos 
para administrar esse ladrão. Uma das possibilidades é ouvir o áudio das aulas 
enquanto dirige. Já se você utiliza transporte coletivo, é possível assistir a uma 
videoaula no trajeto e até mesmo resolver algumas questões.
Não são poucos os ladrões de tempo. Poderíamos falar sobre diversos tipos 
e sobre os prejuízos causados por cada um, mas, se soubermos reconhecê-los, 
poderemos administrá-los.Se preparar para um concurso público vai muito além da vontade de estudar. 
Essa vontade é o combustível que nos move e que nos manterá focados durante 
todo o processo. Mas sabemos também que não basta só ter boa vontade, é pre-
ciso planejamento, orientação, método, recursos e, principalmente, tempo. Por 
isso te convido a fazer um levantamento da sua vida e a tentar perceber como 
você tem gastado o seu tempo. Procure avaliar sua rotina de estudos e, caso 
encontre algum ladrão de tempo, adote uma técnica para eliminá-lo, se possível, 
ou administrá-lo. Você verá uma transformação nos seus resultados.
Um grande abraço e até a próxima!
42
COMO ADMINISTRAR O TEMPO 
DE FORMA EFETIVA?
O tempo é a moeda da sua vida. É a única moeda que você tem, e 
somente você pode determinar como ela será gasta.
Carl Sandburg
Olá, prezado(a) leitor(a)! Tudo bem? É um prazer poder escrever, novamente, 
para você. Desejo uma prazerosa e proveitosa leitura.
Nesta oportunidade, conversaremos a respeito de administração do tempo. 
Para tanto, necessário se faz definir o conceito das palavras eficácia, eficiência e 
efetividade. A partir delas, pode-se pensar no tempo e em maneiras de gerenciá-
-lo. 
De acordo com Chiavenato (1994), a eficácia é uma medida de atingimento de 
resultados. A eficiência tem relação com meios e a melhor maneira de utilizá-los 
– uso racional dos recursos.
Etimologicamente, eficiência deriva do latim “efectivus” e significa “real, legí-
timo”. De acordo com Furtado (2014), a efetividade é a soma da eficiência com 
a eficácia. Para Torres (2004), o conceito de efetividade é mais complexo em re-
lação aos demais, pois se relaciona com a qualidade do resultado, ou seja, seu 
impacto.
Com isso, partamos para perguntas: qual o impacto da gestão do tempo em 
sua produtividade nos estudos? Quais meios utiliza para administrar sua moe-
da? Como a tem gastado? São meios efetivos? Obtém bons resultados a partir do 
uso racional de recursos, acarretando impactos transformadores em sua reali-
dade? Compreender o tempo pode nos ajudar a responder.
O tempo é perecível, não pode ser estocado. Tempo mal gasto – tempo per-
dido (não se pode reaproveitar). Atualmente é comum questionarmos o porquê 
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da sensação de pouco tempo diário para dar andamento às nossas atividades. 
Contudo, por qual motivo alguns são produtivos e organizados possuindo as 
mesmas 24 horas diárias? 
Administração do tempo pode ser nossa resposta. Todavia, existe alguma 
metodologia para fazê-lo? Dentre os autores relacionados a essa temática, na 
atualidade, um se tornou base para a minha própria prática cotidiana. Desse 
modo, julgo válido compartilhar com vocês o pensamento de Christian Barbosa 
(2012) – referência na literatura a respeito de gerenciamento do tempo.
Barbosa estabeleceu uma metodologia de gestão do tempo baseada em três 
blocos de atividades: importantes, urgentes e circunstanciais. Atribuiu a ela o 
nome de tríade do tempo. 
Para o autor, as atividades importantes são as significativas. Cumpri-las nos 
torna realizados. São necessárias e precisam ser efetivadas. Entretanto, temos 
tempo para isso. A esfera da urgência apresenta tarefas com tempo curto ou 
esgotado para sua realização e nos causam estresse. Já no âmbito das circuns-
tâncias, temos as atividades desnecessárias – inúteis. Dar atenção demasiada a 
elas nos causa frustação. Falemos mais a respeito?
esfera Da importância
Realizar atividades importantes faz diferença em nosso trabalho, em nossa 
comunidade e junto às pessoas com as quais convivemos. Cada ação efetivada 
gera a sensação de dever cumprido e nos conduz, exatamente, ao local onde 
desejamos chegar. Ou seja, estão vinculadas às nossas missões de vida, nos-
sas visões de futuro. Tem-se a exemplo: cuidar da saúde, disponibilizar tempo 
à família, canalizar recursos a uma alimentação saudável, priorizar atividades 
estratégicas no trabalho, cuidar da espiritualidade. Entretanto, infelizmente, por 
problemas na administração do tempo, deixamos essas atividades procrastina-
rem. Com isso, elas se tornam atividades urgentes.
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esfera Da urgência
As tarefas urgentes devem ser realizadas de imediato, do contrário, geram 
problemas. É natural as pessoas priorizarem urgências e deixarem tarefas im-
portantes para segundo plano. Ou seja, deixam a essência para depois e se frus-
tram pelo sentimento de perda por essa escolha equivocada. 
As urgências são as atividades inesperadas – surgindo com prazos em atraso. 
Elas causam estresse, desorganizam-nos. Podem, ainda, serem tarefas impor-
tantes, porém, com tempo extrapolado. É possível monitorar nossa saúde de 
forma preventiva – com importância. Ao postergar isso, uma doença pode se 
instalar, há necessidade de cirurgia. O importante se transformou em urgente. 
Assim, essa esfera gera instabilidade em nossa rotina, quebra nosso planeja-
mento. Ademais, geralmente, a urgência surge em decorrência do uso exagera-
do do tempo em atividades circunstanciais.
esfera Das circunstâncias
Considerada a mais perigosa por Barbosa. São as atividades realizadas em 
virtude das situações e independem da nossa vontade. Colocamos as rédeas de 
nossas vidas nas mãos das circunstanciais. Deixamos de guiar e passamos a ser 
conduzidos. Esse tipo de tarefa em nada colabora com o cumprimento de nos-
sas missões de vida. Contudo, algumas pessoas se envolvem por tempo quase 
ilimitado com ela. 
Você fica por horas nas redes sociais? Sim? Saiba que elas representam um 
dos ladrões do tempo dos concursandos. São as responsáveis por boa parte do 
comportamento de procrastinação aos estudos e, como consequência, por frus-
trações. Daí a importância de aprender a dizer NÃO às circunstâncias.
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Para além da criação dos blocos de atividades, Barbosa delineou uma divisão 
sustentável, ideal: 70% voltados para atividades importantes, 20% (urgentes) e 
10% (circunstanciais). Categorizou, ainda, as composições perigosas de sua tría-
de do tempo: equilibrista, Homer Simpson e super-homem. 
É possível verificar a qual composição estamos alinhados conforme nossa 
realidade de administração do tempo? Sim! O autor disponibiliza um teste gra-
tuito para isso no sítio http://www.triadps.com/TesteTriade/. Preencha e, na se-
quência, você terá acesso a um vídeo com a descrição da sua composição. 
“E se meu resultado for uma das composições perigosas?” Você terá a gran-
deza de identificar, reconhecer problemas e canalizar energias para corrigi-los 
– metodologicamente, por meio da consciência sobre a distribuição do seu tem-
po. A intenção do autor é favorecer a modificação de composições perigosas na 
tríade ideal. 
Voltemos, então, para efetividade – impacto. Precisamos alcançar resultados, 
utilizando melhor os recursos, porém, com transformações positivas e duradou-
ras em nossa maneira de estudar. Uma tríade ideal pode ser o caminho. E, para 
alcançá-la, quais ações podemos adotar? Vamos ver algumas?
1. Planeje seu dia. Conhece a técnica ABC? Hierarquize as ativida-
des. Comece com as importantes (A), antecipe-se em relação ao cumprimento 
delas. Assim, caso surja uma urgência (B) – não causada por você –, haverá tem-
po para resolvê-la. Lembre-se: uma atividade importante, cumprida dentro do 
prazo, não se torna uma urgência. Com o tempo administrado, é possível dispor 
de algumas tarefas triviais, as circunstâncias (C) – últimas dentro de sua lista de 
afazeres;
https://www.triadps.com/TesteTriade/
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2. Organize seu material de estudo. Deixe o ambiente e 
todo o necessário separado e preparado para o uso. Caso surja aquela vontade 
de não iniciar, lance mão da técnica “3, 2, 1, agora!” Isso mesmo, pessoal. Utili-
zei e funcionou. Quando estudava, tinha a tendência de furar o treino. Passei a 
dormir com a roupa da academia na cabeceira da cama. Tirei o modo soneca do 
celular e, quando despertava, automaticamente dizia: “3, 2, 1, agora!” Levantava, 
vestia a roupae seguia adiante. Teste, pois pode funcionar para você também;
3. Utilize a técnica pomodoro. A cada 25 minutos (um po-
modoro) de estudo, descanse cinco. Após quatro pomodoros, descanse entre 15 
e 20 minutos. Isso ajuda a não fadigar. Assim, foca-se na melhoria da divisão do 
tempo e na produtividade;
4. Aprenda a se desvincular de tarefas desalinhadas 
ao projeto aprovação. Assuma a condução de suas escolhas. Viva 
suas potencialidades e não seja conduzido pela vontade das outras pessoas.
Como você provavelmente está curioso(a) para identificar a sua composição 
de tríade, acredito que fará o teste. Sugiro, após o período de dois meses, retor-
nar e realizar a atividade novamente. Assim, poderá comparar com o resultado 
inicial e verificar se as ações definidas, na primeira oportunidade, surtiram efeito. 
Bom teste, boa gestão do tempo, excelente execução de seus estudos, boa 
prova e boa posse!
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referências:
Barbosa, Christian. A tríade do tempo [recurso eletrônico] / Christian Barbosa; Rio de 
Janeiro: Sextante, 2012.
https://www.significadosbr.com.br/efetividade
http://www.triadps.com/TesteTriade/
http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-apsa-1840.pdf
http://juliofurtado.com.br/2014/09/10/a-pedagogia-da-efetividade/
https://www.significadosbr.com.br/efetividade
https://www.triadps.com/TesteTriade/
https://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-apsa-1840.pdf
https://juliofurtado.com.br/2014/09/10/a-pedagogia-da-efetividade/
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APRIMORE SUA DISCIPLINA, SUA 
ORGANIZAÇÃO PESSOAL E SUA 
RESILIÊNCIA
Cristiane Capita
Todo projeto a ser realizado, qualquer que seja ele, parte de um princípio bá-
sico, sem o qual não se vislumbram muitas expectativas, qual seja: organização. 
Sem ela corre-se o risco de estagnar e não evoluir, seja pessoal ou profissional-
mente. De forma geral, sua ausência dificulta desenvolver-se como pessoa em 
todos os aspectos.
Mais propriamente, a organização pessoal significa estruturar a vida de ma-
neira a conduzir melhor qualquer processo, é colocar em ordem fatores a res-
peito de si mesmo de maneira que tudo parte da organização pessoal que esta-
belecemos em nossas vidas.
Organizar-se não significa engessar nenhum processo, mas, pelo contrário, 
imprime maior liberdade a tudo que precisa ser realizado; de toda forma, ser 
organizado permite uma melhor gestão do tempo. 
A organização pode e deve se tornar um hábito, passando a ser algo natural 
e tão integrado à vida que, havendo a falta dela, é gerado um desconforto.
Mas como fazer para ser organizado? Quais passos tomar para ser uma pes-
soa mais organizada?
• O primeiro passo é ter com muita clareza as prioridades: saiba o que é mais 
importante e escalone suas atividades de acordo com a importância ou a 
urgência, nada deve ser feito de qualquer maneira sem se saber exatamen-
te o que fazer e em que momento;
• Adote um planejamento, busque registrar o que precisa ser feito, em que 
momento e de que maneira será feito;
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• Preze pela simplicidade, pois ela permite maior clareza no que se refere 
aos objetivos e em relação à própria execução de qualquer atividade;
• Prepare-se: não adquira o hábito de deixar sempre para realizar algo no 
prazo final, aja com antecedência, isso traz maior tranquilidade para fazer 
o que necessita, diminui a incidência de erros e assim otimiza o tempo.
Partindo desse processo de organização, deve ser realizado então um plane-
jamento, ou seja, ao organizar a rotina, consegue-se planejar – lembrando que 
esse plano deverá se adequar à rotina e não o inverso. Assim, partimos de um 
planejamento inicial, organizado, que pode e deve ir com o tempo sendo ade-
quado em razão de uma rotina e estar de acordo com ela; portanto, dotado de 
adaptabilidade, haja vista a dinamicidade da vida e dos imprevistos que ocorrem.
Entretanto, ainda que partindo dessa premissa básica que é a organização 
pessoal que permite um planejamento, não serão obtidos resultados se não 
houver um outro elemento tão importante quanto a disciplina.
Assim, quando estabelecemos uma rotina preestabelecida e seguimos um 
planejamento que necessita ser cumprido, como fazer para não fugir, salvo ex-
ceções, ao cumprimento do que foi estabelecido? Tenhamos em mente que exis-
te uma coisa denominada força de vontade e que pode ser tida como a capaci-
dade de superar dificuldades, de se esforçar para cumprir um plano e de buscar 
satisfação pessoal. 
Mas será que estamos sempre dispostos e dotados de força de vontade? 
Ocorre que muitas vezes não estamos com toda essa vitalidade e capacidade 
para transformar um cenário de resignação e combatê-la, não estamos sem-
pre dotados de força de vontade suficiente. Nesse momento, percebemos que 
precisamos desse elemento fundamental no cumprimento de qualquer meta/
propósito estabelecido: a disciplina. Ela nos permitirá cumprir o proposto, ainda 
que naquele momento não estejamos munidos de força de vontade.
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Seria mais ou menos algo do tipo: “Não me sinto suficientemente dotado de 
força de vontade neste momento para realizar a tarefa que necessito, mas vou 
fazê-la por possuir disciplina”.
Tenhamos em mente que há padrões de comportamento que nos impedem 
e acabam por sabotar nossa capacidade de organização e disciplina. Assim, é 
importante fugir desses padrões, e o mais comum deles, responsável por não 
conseguirmos imprimir organização às nossas vidas, é a procrastinação. Temos 
uma tendência natural a deixar para outro momento algo que devemos fazer. 
Diante de um cenário como esse, entra então esse elemento fundamental que 
é a disciplina.
E como aprimorar essa disciplina? Alguns comportamentos podem ser adotados 
de maneira a nos tornar pessoas mais organizadas e disciplinadas, quais sejam:
• Estabelecer um objetivo: onde se quer chegar? O que deseja para si mes-
mo? E a partir de então, estipular um plano de ação. É importante adotar 
um planejamento que orientará a rotina, assim, procure estabelecer, por 
exemplo, o que será feito em cada dia da semana. Essa é uma maneira de 
evitar que distrações tomem parte da rotina, imprimindo maior produtivi-
dade às tarefas a serem realizadas; 
• Dentro do plano de ação, estabeleça metas. É importante possuir noção do 
todo, o quanto ainda falta e quanto já foi feito; isso irá gerar maior motiva-
ção e disciplina, pois condicionará a si mesmo a necessidade de cumprir o 
estabelecido;
• Comprometa-se: se foi estabelecido um planejamento, siga-o, seja fiel no 
cumprimento de algo que trará benefícios a si mesmo;
• Determine algo que seja exequível, de nada ou pouco adiantará determi-
nar uma meta que sabe ser impossível de ser cumprida;
• Prepare-se para as tarefas que realizará, mentalize a importância do que 
será feito, visualize a realização e efetive;
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• Tenha controle: escolha um dia da semana para que possa analisar o que 
foi estipulado e o que foi efetivamente realizado. E, ao detectar o que dei-
xou de ser cumprido, saiba o porquê de não ter sido cumprido e, caso ne-
cessário, faça as alterações para que não se repita ou ao menos diminua a 
incidência desse não cumprimento. 
• O fato é que não temos total controle sobre tudo. Imprevistos são inevi-
táveis, mas é importante saber o que te impediu de cumprir determinada 
tarefa para que possa ser evitado em uma próxima ocasião – isso gera 
comprometimento e mais disciplina;
• Lembre-se sempre dos porquês de ser organizado e disciplinado e de to-
dos os benefícios que isso sempre trará.
É imprescindível ter em mente que ser organizado e disciplinado é uma forma 
de estimular o próprio desempenho, que manter-se sobre esses dois pilares será 
uma das melhores maneiras de proporcionar a si mesmo uma vida mais harmô-
nica e produtiva, mas que, no entanto, não nos livra totalmente de dificuldades, 
pois haverá situações em que, por mais que sejamos organizados e disciplinados, 
podem demandar que precisemos ter um alcance um pouco maiore adquirir a 
capacidade de sermos resilientes. E o que é essa famigerada resiliência?
De forma conceitual, temos que resiliência é: “propriedade que alguns corpos 
apresentam de retornar à forma original após terem sido submetidos a uma 
deformação elástica.” Podemos trazer esse conceito mais puro, por assim dizer, 
para um sentido menos formal e aplicável a questões comportamentais, ou seja, 
nós, enquanto seres humanos, temos a propriedade, a capacidade de retornar 
ao nosso estado “normal”, de recobrar nosso estado anterior (desejado) após 
uma mudança, algo que tenha nos afetado sobremaneira e que tenha nos tirado 
de nossa condição anterior e por nós desejada. Isso pode e deve ser aplicado em 
todos os campos de nossas vidas.
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Uma situação muito comum é, por exemplo, necessitar ser resiliente após 
uma reprovação. Ora, é inevitável sairmos ilesos após um cenário como esse. 
Assim, precisaremos nos empenhar e retomar as forças de que dispomos para 
conseguir seguir adiante com os estudos.
Todos que se preparam para uma prova seguem na certeza, ou ao menos no 
desejo de obter a aprovação. Em nossas mentes, somos merecedores, trabalha-
mos para aquele momento, e, quando o resultado não é o esperado, a sensação 
de vazio e de frustração é enorme e natural. Fracassar é um processo que pro-
porciona desenvolvimento pessoal.
É exatamente nesse momento de derrota que devemos desenvolver, exercer 
nossa capacidade de sermos resilientes, ou seja, fui submetido a uma grande e 
brusca mudança, ou a uma decepção, frustração que me retirou do meu estado 
comum, da situação a qual me sinto confortável, mas, ainda assim, possuo a ha-
bilidade de retornar ao meu estado anterior.
Ser reprovado, mesmo tendo investido tanto, emocional, financeira e psico-
logicamente, e ainda assim o resultado esperado não ocorrer, nesse momento 
permita-se viver o luto, chorar e, quem sabe, até se desesperar, mas com a cla-
reza de que é um estado temporário, jamais permanente. Assim, “não me per-
mito ficar nesta condição, adquiri a capacidade de ser resiliente, por mais que 
a ‘pressão e deformação’ tenham sido consideráveis, maior ainda será minha 
capacidade de retomar minha vida”, esse deve ser o pensamento.
Dessa forma, passamos pelos maus momentos sabendo que eles são neces-
sários, aprendemos nessas circunstâncias muito mais que em quaisquer outras 
e seguimos em frente: volto para a minha rotina, retomo a organização pessoal 
que faz parte da minha vida aliada à disciplina e continuo com o planejamento.
Surge então a seguinte pergunta: sigo da mesma maneira? Pois o pensamen-
to que fatalmente surgirá é: não obtive êxito, ora, então o planejamento foi um 
fracasso. Muito pelo contrário, o fracasso irá dizer como seguir agora com o que 
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foi estabelecido antes; com ele poderão ser respondidas perguntas do tipo: o 
que deu certo? O que não deu? E, a partir de então, fazendo as adequações e 
seguindo adiante, agora de uma forma muito mais firme e embasada, não serão 
mais cometidos os erros de antes, com eles se aprende muito mais.
Pensemos que todo esse cenário decorre da capacidade que todos temos de 
ser resilientes, de conseguirmos estar ainda firmes sob condições de pressão e 
em situações com as quais, muitas vezes, não sabemos lidar, mas que com as 
experiências vamos aprendendo.
Assim, após um momento ruim, ou de grandes mudanças que causem afeta-
ção, pare para um momento de reflexão, avalie todo o cenário: o que deu certo 
e o que não. Aprenda com os erros. 
Em uma reprovação, por exemplo, o momento posterior será decisivo. Faça 
uma avaliação geral desde o planejamento inicial: o que estudou, os instrumen-
tos de que lançou mão durante o processo, como foi o aproveitamento, quais os 
seus pontos fortes, quais os pontos fracos... Ou seja, onde mais eu errei e preci-
so melhorar? Como melhorar?
Tudo isso precisa ser colocado na ponta do lápis, e é a partir de todas essas 
informações que serão retiradas táticas para seguir de forma muito mais emba-
sada.
Assim, reprograme o que for necessário e siga, não da mesma forma, isso 
não seria possível. Agora de uma maneira muito mais firme que antes, assim, 
em um cenário organizado, agindo com disciplina, o momento de revés terá sido 
utilizado a seu favor, e a capacidade de ser resiliente plenamente desenvolvida.
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OS HÁBITOS DOS 
VENCEDORES: ADEQUE O SEU 
COMPORTAMENTO
Nelson Marangon
Olá, leitor, hoje iremos escrever sobre um tema de fundamental importância 
para a sua aprovação: os hábitos dos vencedores!! O que as pessoas de sucesso 
e com várias aprovações pensam? Como eles se comportam? Quais as caracte-
rísticas dessas pessoas em sua vida pessoal? São muitos questionamentos que 
serão explicados nas próximas linhas, e convido-lhes a mergulhar nesse trans-
formador conhecimento que pode te levar para o segundo patamar pessoal e 
profissional em sua vida.
“Ah, Nelson, quer dizer que os vencedores possuem características similares?” 
Sim, caro aluno(a). Após ler muitos artigos sobre o tema e observar as caracterís-
ticas e os mecanismos que levaram tais pessoas ao sucesso, observei que eles se 
repetem. É isso mesmo, consegui formar uma lista de comportamentos que são 
nutridos pelos aprovados. 
Para facilitar o entendimento de nossas indicações, irei separar tais peculia-
ridades em apontamentos. Preparado para aplicar tais conhecimentos em sua 
vida? Vamos nessa:
1. Assumir a direção e planejar suas ações – sem som-
bra de dúvidas, vamos para o nosso primeiro e mais importante apontamento. 
“Quem não tem plano vira plano dos outros”, ou seja, pessoas de sucesso assu-
mem as rédeas de sua vida e assumem as consequências de seus atos.
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2. Explore o seu potencial e aprenda com seus erros – 
pessoas de sucesso e aprovados em concursos públicos exploram os seus po-
tenciais. Como assim? Você possui maior facilidade escrevendo? Assistindo uma 
aula em vídeo? Lendo um livro? Identifique as suas potencialidades e invista 
energia. Errou? Pare de se lamentar e aprenda a enxergar o lado positivo da sua 
queda.
3. Vencedores são disciplinados – otimismo, motivação e 
grandes planos não passam de sonhos se não forem executados com obstina-
ção e disciplina.
4. Vencedores desafiam o status quo – a questão não 
é ser um eterno insatisfeito ou revoltado com a sua realidade, porém sempre 
questionar se você está dando o melhor de si neste exato momento. Será que a 
sua atual posição em sua jornada é a que você deveria estar? Será que os seus 
resultados negativos estão totalmente conectados a rotinas negativas? Desafie 
e questione a sua atual posição, sempre.
5. Vencedores praticam autoconhecimento – é o que 
sempre digo para todos os meus alunos do programa de Coaching do Gran Cur-
sos Online espalhados pelo Brasil: todas as repostas para suas aflições e angús-
tias estão em você!! Saiba que você deve conhecer exatamente suas característi-
cas, fatores que lhe motivam e desmotivam. Por exemplo, eu sei que tenho um 
perfil procrastinador nato, logo ataco essa interferência investindo em minha 
gestão do tempo e cumprimento de metas. 
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6. Vencedores cultivam boas relações – este apontamen-
to é extremamente importante para a sua aprovação. Cultive boas relações, con-
viva com pessoas que possuem o mesmo propósito que o seu e afaste-se de 
pessoas pessimistas, críticas e que não querem alcançar os mesmos objetivos 
que você. 
7. Vencedores são vencedores – “Como assim, Nelson?” Isso 
mesmo!! Vencedores, mesmo quando estão “perdendo”, são vencedores, ou 
seja, eles sempre possuem crenças de vitória e de realização. Lembro-me per-
feitamente de como eu me portava diante de cada reprovação: chegava à minha 
casa, conversava com meus pais e dizia: “No próximo concurso eu serei apro-
vado entre os primeiros lugares”. E, incrivelmente, isso ocorreu após algumas 
tentativas, aprovado entre os primeiros colocados e em vários concursos de car-
reira policial

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