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Primeiros Socorros: Emergências Traumáticas Introdução · Cerca de 2 mi. De pessoas/ano são atendidas em hospitais por conta de lesões traumáticas. · R$9 Bi. Anuais. · 1ª causa de morte de 1 a 44 anos; · 3ª causa de morte em geral no Brasil e no mundo. · São registradas 150 mil mortes por ano causadas por acidentes de trânsito, com armas de fogo, de trabalho e domésticos; · Os acidentes de trânsito ultrapassam 420 mil vítimas anualmente, sendo 45 mil fatais; · Em cerca de 75% dos desastres fatais nas ruas e estradas há um motorista alcoolizado; · Um quinto dos traumas no trabalho também é provocado pelo álcool, incapacitando cerca de 300 mil pessoas temporariamente e 100 mil de forma permanente. · Ferimentos: · Hemorragias; · Amputações traumáticas; · Queimaduras; · Entorses; · Fraturas. Fermentos · Contusos; · Perfurantes; · Cortantes; · Lacerantes. Ferimentos contusos · São lesões produzidas por objetos contundentes que danificam o tecido subcutâneo subjacente sem ocorrer o rompimento da pele, e a mesma se mantém integra. (Ex.: machucados com vassoura) · Solução de continuidade - não existe na contusão. · Podem ser: · Edema; · Equimose; · Hematoma. Solução de continuidade: uma lesão no tecido. edema · Elevação e palidez da pele na área que ocorreu o impacto, que surge alguns minutos após o trauma. · Presença de água no tecido fibroso. · Exsudação de líquido sem hemácia. equimose · Extravasamento de sangue no tecido subcutâneo, em consequência à ruptura de capilares, sem obrigatoriamente ocorrer o aumento de volume. · Hemácias no tecido diferenciam a equimose do edema. · As hemácias ficam difusas, sem formar coleções de sangue. Hematoma · Extravasamento de sangue entre os tecidos (tecido subcutâneo, fáscia, músculo e órgãos), com formação de aumento de volume pela ruptura de vasos. · Distorce a arquitetura tecidual, sangue entre as fibras colágenas. · Doloroso, endurecido, deforma o tecido e propicio para infecção. A hemácia passa por um processo de oxidação (roxo-azul-verde-amarela). Se houver um hematoma no olho, ele com o tempo vai descer do olho para o pescoço, depois para tórax. O hematoma tende a descer por conta da gravidade. · Abscesso: dor, calor, rubor, edema e perda de função. ferimentos perfurantes · São lesões cutâneas puntiformes ou lineares, com bordas regulares ou não. · Os objetos característicos desse tipo são classificados conforme seu calibre, exemplos: · Calibre pequeno: agulha, espinho, alfinete, prego, entre outros. · Calibre médio: ferro de construção com ponta, flexa roliça, picador de gelo, entre outros. · Não retirar o objeto perfurante. · Estabilizar o objeto perfurante. · Empalamento no olho, tamponar o olho lesado e o olho normal para bloquear o movimento conjugado do olho. · Ferimento com solução de continuidade. Ferimentos cortantes · São produzidos pela ação do deslizamento de agentes cortantes, afiados, capazes de penetrar na pele e causar uma ferida linear com bordas regulares e pouco traumatizadas, exposição do subcutâneo. · Lavar com água e sabão, sutura do ferimento. · Se o sangramento profuso, necessário tamponar. ferimentos lacerantes · O mecanismo de ação é a pressão ou tração exercida sobre o tecido, no qual causa lesões irregulares. · Mordidas de animais por exemplo. Lavar com sabão neutro, se não houver sangramento profuso. Hemorragias · É a perda súbita de sangue originada pelo rompimento de um ou mais vasos sanguíneos, geralmente em decorrência de um trauma. · Pode ser: · Arterial; · Venosa; · Capilar. hemorragia arterial · Arterial: o sangramento é vermelho vivo, em jatos, pulsando em sincronia com os batimentos cardíacos. A perda de sangue pode ser rápida e abundante. · Fazer torniquete. Não precisa lavar. hemorragia venosa · Venosa: o sangramento é uniforme e de cor escura. · Pode ser pulsátil se estiver bem próxima a uma artéria. hemorragia capilar · Capilar: o sangue é normalmente menos “vivo” que o sangue arterial e de fluxo lento. Não pulsa. O que fazer em hemorragas? · Compressão direta (hemorragia profusa): É feita uma pressão direta sobre a ferida, usando um pano limpo ou curativo. Mantenha até que ocorra a coagulação. A interrupção precoce dessa manobra pode remover o coágulo recém-formado, reiniciando o sangramento. · Torniquete: Se continuar sangrando, fazer o torniquete. O problema é isquemiar. Montante ao ferimento (anterior ao ferimento). Fazer o torniquete para que possa ser feito folgas durante o percurso a unidade de atendimento, para não perder o membro por falta de sangue na periferia. · Entre perder o membro e perder sangue o preferível é perder o membro. amputações traumáticas · São definidas como lesões em que há a separação de um membro ou de uma estrutura protuberante do corpo. Podem ser causadas por objetos cortantes, por esmagamentos ou por forças de tração. Classificação · Amputação completa ou total: o segmento é totalmente separado do corpo; · Amputação parcial: o segmento tem 50% ou mais de área de solução de continuidade com o corpo; · Desenluvamento: quando a pele e o tecido adiposo são arrancados sem lesão do tecido subjacente. Perda de pele grosseira. (lesão grave – vai ter que ser amputado). Coro cabeludo perdido, mesma situação. -Amputação total: -Desenluvamento: o que fazer em amputações? · Abrir vias aéreas e prestar assistência ventilatória, caso necessário. · Controlar a hemorragia: · Compressão direta; · Torniquete. · Os torniquetes devem ser usados somente como último recurso, quando todos os outros métodos de controle de hemorragias potencialmente fatais tiverem falhado, e seu uso está restrito aos membros. · Em quase todos os casos de aplicação de torniquetes, o membro tem que ser amputado. Como regra geral, considere o uso de um torniquete somente quando: Houver rompimento de uma grande artéria. O membro tiver sido parcial ou totalmente decepado, e o sangramento estiver incontrolável. O que fazer? · Cuidados com o segmento amputado: · Cobrir a área ferida com compressa úmida em solução salina; · Proteger o membro amputado com dois sacos plásticos; · Colocar o saco plástico em recipiente de isopor com gelo ou água gelada. o que não fazer? queimaduras · Podem ser definidas como lesões dos tecidos orgânicos devido a uma exposição a superfícies ou líquidos quentes, chamas, substâncias químicas, frio, radiação, atrito ou fricção. · Segundo a Organização Mundial da Saúde, em torno de 195.000 pessoas morrem todos os anos devido a queimaduras que são principalmente causadas em casa e no ambiente de trabalho. · As queimaduras se mostram como sendo um problema de grande importância não somente por suas graves lesões agudas, mas também pelas sequelas resultantes. · Considera-se que no Brasil aconteçam em média 1 milhão de acidentes por ano, destes, 100 mil procurarão atendimento hospitalar e, em torno de 2.500 evoluirão a óbito direta ou indiretamente por suas lesões. · 2/3 das queimaduras acontecem no próprio domicílio do paciente; · Aproximadamente 20% são crianças; · Destas, cerca de 20% são vítimas de lesão intencional ou abuso infantil. classificação · 1º grau – envolvem somente a epiderme e são caracterizadas por serem vermelhas e dolorosas; (Qual estrutura? – queimadura por raio solar). · 2º grau – envolvem a epiderme e porções variadas da derme subjacente; · 3º grau – envolvem toda a espessura da pele e podem atingir outros tecidos. São dolorosas fora do epicentro da queimadura; · 4º grau – regiões carbonizadas. · Choque também causa queimadura. Dano vascular. o que fazer em queimaduras? · Em primeiro lugar deve-se extinguir a fonte da queimadura. · Obs.: Caso não tenha água ou extintores de incêndio no local, envolva a pessoa num cobertor. · Remova a roupa e as joias; · Utilize água corrente (temperatura ambiente) durante pelo menos 5 minutos; · Evite resfriamento prolongado da lesão para não ocorrer hipotermia; · Envolva o ferimento em um tecido limpo, se possível esterilizado, e leve-oo mais rápido possível para o centro de saúde mais próximo. · Manteiga, creme dental, limão e café (mitos) · Saiba que até gelo não está indicado, pois pode até piorar a lesão. · O gelo provoca vasoconstricção impedindo o restabelecimento do fluxo sanguíneo, o que leva a maior destruição tecidual. · Não estourar a bolha, mas pode esvaziar com uma agulha esterilizada. · Queimadura na mão, no pé, no pênis... Referência máxima (HGE). entorse · É a torção de uma articulação com ruptura parcial ou total de um ou mais ligamentos. · Quadro clínico: Dor, edema e hematoma. O que fazer em entorse? · Imobilização; · Aplicação de gelo ou compressas frias; · Medicação analgésica e anti-inflamatória; · Uso de faixa elástica para estabilizar a articulação. · A tala de gesso está entrando em desuso. fratura · É a interrupção da continuidade de um osso. · Classificação: · Fechada · Exposta · Fraturas expostas são aquelas em que o osso quebrado rompe os músculos e a pele. Nestes casos, mais complexos e graves, o ferimento no local da fratura está em contato com o ambiente e, se não for tratado, podem dar origem a infecções e deficiências. o que fazer em fratura? · Imobilizar o membro comprometido (talas); · Verificar a presença de pulso distal; Jusante · Observar a perfusão nas extremidades; · Tranquilizar a vítima; · Transportá-la para o hospital (equipe especializada). profilaxia do tétano -Ferimentos superficiais, limpos, sem corpos estranhos ou tecidos desvitalizados. -Ferimentos profundos ou superficiais sujos; com corpos estranhos ou tecidos desvitalizados; queimaduras; feridas puntiformes ou por armas brancas e de fogo; mordeduras, politraumatismos e fraturas expostas.
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