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Células e Tecidos do Sistema Imune - Abbas Capítulo 2

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Células e tecidos  
 - do sistema imune - 
 
As células do sistema imune estão, normalmente, apresentadas como células circulantes do 
sangue periférico, capazes de migrar até o tecido linfático - característica essa que tem alta 
significância para a geração da resposta imune. A capacidade do sistema imune de superar 
alguns desafios - reconhecimento de antígeno, montagem de uma resposta efetiva, migração 
para os tecidos, etc - e desempenhar o seu papel defensor, é dependente da variedade de 
células imunes, da maneira que essas células estão arranjadas no tecido linfóide e suas 
habilidades de migração. 
 
Órgãos linfóides periféricos concentram os antígenos que são introduzidos por meio dos 
portais comuns (pele, trato gastrointestinal) e linfócitos inativos ( ​naive​) migram através desses 
órgãos, onde reconhecem antígenos e iniciam resposta imunológica. Linfócitos de memória e 
efetores circulam no sangue, dirigem-se aos locais por onde os antígenos entram e são 
eficazmente retidos. 
 
Células do sistema imune ~ 
Existe uma variação celular de acordo com o tipo de resposta imunológica. Na resposta imune 
inata estão presente os granulócitos (neutrófilo, basófilo e eosinófilo), assim como as células 
natural killer (ou NK) - a última que também tem papel na imunidade adquirida. Já os linfócitos, 
macrófagos e células dendríticas participam da resposta imune adaptativa (ou adquirida). Cada 
uma dessas células exerce papel fundamental para a montagem da resposta imune. 
 
 
 
Linfócitos - únicas células do corpo capazes de reconhecer de maneira específica diversos 
tipos de determinantes antigênicos (epítopos) e são, concomitantemente, responsáveis por duas 
características da resposta imune adquirida: especificidade e memória. 
MORFOLOGIA: linfócitos inativos (ou ​naives​) são chamados de ​pequenos linfócitos 
(possuem aproximadamente o mesmo tamanho de um eritrócito), com cromatina muito 
densa e alta relação núcleo/citoplasma. Antes da estimulação antigênica, os linfócitos 
pequenos estão estagnados na fase G0 do ciclo celular (ou em estado de repouso); com 
a estimulação de um antígeno, os linfócitos entram na fase G1 do ciclo celular e 
aumentam de tamanho - maior quantidade de citoplasma e núcleo mais volumoso, ainda 
mantendo a relação entre núcleo/citoplasma alta. Há aumento de RNA citoplasmático. 
Esses linfócitos aumentados de tamanho são chamados ​grandes linfócitos​. 
 
Gabriela Lagreca 
CLASSE DE LINFÓCITOS: embora as funções e os produtos proteicos sejam 
divergentes dentre os tipos de linfócitos, morfologicamente essas células são 
indistintas. Os linfócitos são, portanto, divididos em: 
● Linfócito B - quando diferenciados em plasmócitos, produzem imunoglobulinas; 
quando mantido como linfócito B, atua como célula apresentadora de antígeno 
(APC); 
● Linfócito T - mediador da imunidade celular; desenvolve-se no timo (daí o “T”). 
Basicamente é constituídos em dois tipos: linfócito T auxiliar (ou ​helper​) e 
linfócito T citolítico (ou citotóxico). 
 
 
 
Na tabela abaixo são exibidas as principais classes de linfócitos, suas funções e as moléculas 
que compõem a superfície da célula. Alguns linfócitos T podem ser reguladores (Treg; não 
incluídos na tabela) e inibem respostas imunológicas; tanto o fenótipo quanto a função diferem 
das outras células T. Pequenas populações de linfócito, como células NK-T eγδT, também 
não foram incluídas. 
Gabriela Lagreca 
 
As proteínas de membrana podem ser usadas como marcadores fenotípicos para distinguir as 
diferentes populações de linfócitos. A maioria das células T ​helper apresenta em sua superfície 
uma molécula denominada de CD4; por isso o LT ​helper ​também é denominado LTCD4. As 
células T citotóxicas, por outro lado, apresentam a proteína CD8, e então também podem ser 
denominadas LTCD8. 
→ o sistema CD ( ​cluster of differentiation ​) fornece uma maneira uniforme de 
identificar as moléculas na superfície dos linfócitos, das APCs e de outros tipos 
celulares do sistema imunológico. 
 
DESENVOLVIMENTO DOS LINFÓCITOS: os linfócitos têm origem na medula 
óssea, a partir de uma célula-tronco hematopoiética. Os LB completam seu 
desenvolvimento na medula óssea, enquanto os LT são direcionados ao timo e lá 
terminam sua maturação. O tamanho da população de linfócitos inativos se mantém 
constante mediante ao equilíbrio entre a geração de novas células pelos progenitores, 
na M.O., e a morte das células que não entram em contato com nenhum antígeno. 
 
Gabriela Lagreca 
ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS: ​logo após a estimulação de seu antígeno específico, 
os linfócitos começam a transcrever genes que estavam dormentes e a sintetizar uma 
grande variedade de novas proteínas. Essas proteínas incluem citocinas, que estimulam 
o crescimento e a diferenciação dos próprios linfócitos e de outras células efetoras; 
receptores de citocinas, que tornam os linfócitos mais sensíveis a ação dessas 
moléculas, e outras proteínas envolvidas na transcrição e divisão celular. 
● Proliferação celular - em resposta ao antígeno e aos fatores de crescimento 
produzidos por linfócitos já estimulados, ocorre a divisão por mitose do linfócito 
específico para determinado antígeno. Isso resulta na ​expansão clonal​: processo 
no qual ocorre a proliferação linfocitária e o aumento do clone específico para o 
antígeno em questão. 
 
 
Gabriela Lagreca 
● Ativação em células efetoras - uma parte da prole de linfócitos estimulados tornam-se 
efetores, isto é, responsáveis pelo combate ao antígeno. Os linfócitos efetores incluem 
células T auxiliares, células T citotóxicas e plasmócitos (células B secretoras de 
imunoglobulinas). ​Células T auxiliares ​expressam proteínas em sua superfície que 
interagem com ligantes em outras células, além de secretarem citocinas ativadoras. 
Células T citotóxicas desenvolvem grânulos contendo proteínas (perforinas e 
granzimas) que destroem células infectadas por vírus e células tumorais. ​Células B ​se 
diferenciam em plasmócitos, visivelmente identificáveis em um esfregaço, que secretam 
anticorpos. A maioria dos linfócitos efetores diferenciados sobrevive por pouco tempo 
e não se renova. 
 
● Diferenciação em células de memória - uma outra parte da prole, que não se diferenciou 
em célula efetora, tornar-se-á em célula de memória. Linfócitos B e T de memória 
agem como intermediários nas respostas rápidas e acentuadas a exposições 
subsequentes ao mesmo antígeno. As células de memória podem sobreviver em um 
estado funcionalmente dormente ou de ciclo lento por muitos anos após a eliminação do 
antígeno. 
As células de memória possuem proteínas em sua superfície celular que as diferem de 
células efetoras e células inativas, mas ainda não está elucidado quais são os 
marcadores definitivos dessas populações. Na tabela abaixo a compreensão dos 
epítopos está facilitada: 
Gabriela Lagreca 
 
 
 
Células Apresentadoras de Antígeno (APCs) - por convenção, geralmente se refere a células 
que possuem antígenos para linfócitos T. São células especializadas em capturar 
microrganismos, apresentá-los aos linfócitos e fornecer sinais que estimulam a proliferação e 
diferenciaçãodos linfócitos. São elas: 
CÉLULAS DENDRÍTICAS: principal tipo de APC responsável por iniciar o processo 
de resposta das células T. São encontradas sob o epitélio da maioria dos órgãos onde 
sua função é a captura de antígenos estranhos e seu transporte para órgãos linfóides 
periféricos. 
CÉLULAS FAGOCITÁRIAS MONONUCLEARES: o ​sistema fagocitário 
mononuclear consiste em células que apresentam uma linhagem comum e cuja função 
primária é a fagocitose. As células deste sistema se originam na medula óssea, circulam 
pelo sangue, amadurecem e são ativadas em diferentes tecidos. O primeiro tipo celular, 
que entra no sangue periférico, é o ​monócito​. Quando amadurecido, nos tecidos, 
Gabriela Lagreca 
transforma-se em ​macrófago - este pode variar em sua forma, dependendo 
diretamente do estímulo realizado pelo microrganismo. Macrófagos ativados podem se 
fundir para formar células gigantes multinucleadas. 
Macrófagos contendo microrganismos ingeridos apresentam esses antígenos 
microbianos para as células T efetoras, que ativam os macrófagos para a eliminação do 
patógeno. As células fagocitárias mononucleares também são células efetoras 
importantes tanto na imunidade inata quanto na adquirida. Suas funções na imunidade 
natural incluem fagocitose e produção de citocinas que recrutam outras células 
inflamatórias; quanto na resposta adquirida, destruição de patógenos fagocitados, na 
imunidade humoral a opsonização de antígenos pelos anticorpos induz a fagocitose por 
meio dos macrófagos. 
 
 
 
 
 
 
Anatomia e função dos tecidos linfóides ~ ​Os tecidos linfóides são classificados              
em ​1) primários​, onde os linfócitos expressam inicialmente os receptores de antígenos e atingem 
a maturidade fenotípica e funcional, e ​2) secundários​, onde as respostas dos linfócitos aos 
antígenos são iniciadas e desenvolvidas. 
Gabriela Lagreca 
Os ​órgãos linfóides primários​, ou geradores, são: 
MEDULA ÓSSEA: onde são geradas todas as células sanguíneas (hematopoese). 
Partem de um progenitor comum até atingirem unidades formadoras de colônia, que 
darão origem às linhagens mielóide e linfóide. A proliferação e o desenvolvimento das 
células na M.O. são estimuladas por citocinas; muitas destas chamadas de fatores de 
estimulação de colônias. As citocinas hematopoiéticas são produzidas por células do 
estroma e macrófagos residentes da medula óssea. Linfócitos B terminam seu 
amadurecimento na M.O., correm o sistema sanguíneo e linfático na busca de seu 
antígeno, então quando plasmócitos, retornam à medula óssea, onde podem sobreviver e 
produzir anticorpos por muitos anos. 
Na imagem da próxima página está esquematizada hematopoese de modo a 
compreender em quais locais (medula, sangue ou tecido) ocorrem suas diferenciações. 
TIMO: é o local de desenvolvimento das células T. É um órgão formado por dois lobos, 
situados no mediastino anterior; 
cada lobo é dividido em múltiplos 
lóbulos por septos fibrosos e cada 
um desses lóbulos consiste em um 
córtex externo e uma medula 
interna. O ​córtex contém uma 
densa coleção de linfócitos T, 
enquanto a medula possui uma 
população mais esparsa. Ainda na 
medula ​, existem estruturas 
denominadas Corpúsculos de 
Hassal, que são compostos de 
espirais compactadas de células 
epiteliais que podem ser 
remanescentes de células em 
degeneração. O timo tem um 
suprimento vascular abundante e 
vasos linfáticos que drenam para os 
linfonodos do mediastino. 
Os linfócitos T no timo, também 
chamados de ​timócitos​, 
encontram-se em vários estágios 
de desenvolvimento. Geralmente, 
as células mais imaturas da 
linhagem T entram no órgão pelo 
córtex da glândula através dos 
vasos sanguíneos. O 
desenvolvimento começa no córtex 
e, conforme os timócitos vão se desenvolvendo, migram para a medula - de forma que a 
medula contém principalmente células T desenvolvidas, que são as células que deixam o 
timo e entram na circulação linfática. 
 
 
 
 
Gabriela Lagreca 
 
Hematopoese 
 
Tratando-se dos ​ órgãos linfóides secundários​, temos: 
LINFONODOS E SISTEMA LINFÁTICO ​: linfonodos são pequenos agregados de 
tecidos ricos em linfócitos localizados em toda a extensão do canal linfático. Um 
linfonodo consiste em um córtex externo e uma medula interna - a linfa é filtrada pelo 
córtex e entra nos seios medulares e sai do linfonodo através da veia linfática eferente 
do hilo. A camada mais externa do córtex contém agregados celulares chamados de 
folículos (alguns possuem área central mais clara, dita centro germinativo; folículos sem 
centro germinativo são chamados de primários) - que são as zonas de células B do 
linfonodo. Folículos primários contém linfócitos B desenvolvidos, porém inativos; os 
centros germinativos são responsáveis pela resposta à estimulação antigênica e é onde 
ocorre a proliferação acentuada, seleção e produção de células B de memória. Os 
linfócitos T, por sua vez, ficam espalhados pelo córtex, entre os folículos. Cerca de 
Gabriela Lagreca 
70% são do tipo ​helper​, enquanto o resto é 
citotóxico. Essa segregação anatômica das 
diferentes classes de linfócitos depende das 
citocinas estimulatórias. 
Linfócitos B e T entram no linfonodo 
através de uma artéria. Essas células 
deixam a circulação e entram no estroma do 
linfonodo através de vasos especializados 
(vênulas endoteliais). CT inativas expressam 
CCR7, receptor que reconhece quimiocinas 
produzidas somente na zona de células T 
(no córtex) e atraem as células T inativas 
para essa região; células dendríticas 
possuem o mesmo receptor, por isso 
também migram para a mesma região. 
Células B inativas, por sua vez, expressam 
CXCR5, que reconhece uma quimiocina 
produzida somente nos folículos. Uma outra 
citocina, chamada ​linfotoxina ​, pode estimular 
a produção de quimiocinas em diferentes 
regiões do linfonodo, especialmente nos 
folículos. 
A segregação anatômica dos linfócitos 
assegura que cada população esteja em 
contato íntimo com as APCs apropriadas. 
Além disso, devido a essa divisão precisa, as 
populações de linfócitos são mantidas 
separadas até que chegue a hora de 
interagirem de maneira funcional. 
Em relação aos antígenos, eles são 
transportados para os linfonodos 
principalmente pelos vasos linfáticos. O 
líquido intersticial (linfa) absorvidos de 
diversos órgãos, por meio dos capilares 
linfáticos, flui até vasos convergentes, 
progressivamente maiores, até atingirem um 
grande vaso linfático chamado de duto 
torácico. A linfa do duto torácico é drenada para a veia cava superior, caindo na 
corrente sanguínea. No caso de uma infecção ou inflamação aguda, os microrganismos 
presentes são filtrados para o linfonodo mais próximo e a resposta imunológica é 
iniciada. Na figura abaixo está colocada a drenagem da linfa e apresentação de 
antígenos no linfonodo: 
 
 
 
 
 
 
Gabriela Lagreca 
 
BAÇO: é o principal local de respostas imunológicas de antígenos provenientes do 
sangue. É suprido por uma única artéria esplênica que perfura a cápsula na região do 
hilo e se divide progressivamente em ramos menores que permanecem cercados por 
trabéculas fibrosas para sua sustentação e proteção. Pequenas arteríolas são cercadaspor bainhas de linfócitos que representam a região de células T. Os folículos linfóides, 
alguns dos quais contêm centros germinativos, estão ligados às zonas de células T; 
semelhantemente ao que ocorre nos linfonodos, os folículos são as zonas de células B. 
Assim como ocorre nos linfonodos, as diferentes 
classes de linfócitos são segregadas no baço e os 
mecanismos são semelhantes. 
O baço também é um importante filtro sanguíneo. 
Os macrófagos de sua polpa vermelha retiram 
microrganismos e outras partículas do sangue e o 
baço também é o principal local de fagocitose de 
microrganismos recobertos de anticorpos 
(opsonizados). 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO CUTÂNEO: a pele 
é uma importante barreira física entre um 
organismo e seu ambiente externo. Além disso, a 
pele participa ativamente na defesa do hospedeiro, 
com sua habilidade de gerar e manter reações 
imunológicas e inflamatórias locais. Os principais 
Gabriela Lagreca 
tipos de células da epiderme são os queratinócitos, os melanócitos, as células de 
Langerhans da epiderme e as células T intra-epiteliais (majoritariamente células 
TCD8). A derme contém linfócitos T (​helper e citotóxico) em sua maioria 
perivasculares, e macrófagos espalhados. 
 
 
 
SISTEMA IMUNOLÓGICO ASSOCIADO À MUCOSAS (MALT): as superfícies 
mucosas do trato gastrointestinal e respiratório são colonizadas por linfócitos e APCs 
que iniciam a resposta imunológica contra antígenos ingeridos e inalados. Na mucosa do 
trato gastrointestinal, os linfócitos estão arranjados em grandes quantidades em três 
regiões principais: ​1) na camada epitelial, ​2) espalhados pela lâmina própria e ​3) em 
coleções na lâmina própria (​placas de Peyer​). As células de cada região apresentam 
características fenotípicas e funcionais distintas. 
 
 
 
 
Gabriela Lagreca 
Homing de linfócitos ~ ​O movimento dos linfócitos entre o tecido linfóide periférico,        
corrente sanguínea e locais de inflamação é chamado de ​recirculação linfocitária​. Esse 
processo permite que o número limitado de linfócitos de uma pessoa que são específicos para 
aquele antígeno procure pelo patógeno por todo o corpo. Permite, também, que determinados 
tipos de linfócitos sejam levados a determinados microambientes teciduais onde sejam 
necessários para a resposta imunológica 
adquirida. A recirculação de linfócitos e a 
migração para determinados tecidos são 
mediadas por moléculas de adesão nos 
linfócitos, células endoteliais e matriz 
extracelular, e por quimiocinas produzidas no 
endotélio e nos tecidos. 
 
● Recirculação dos linfócitos T inativos 
pelos órgãos linfóides - Os antígenos estão 
concentrados no linfonodo e no baço onde são 
apresentados por células APCs, 
preferencialmente células dendríticas 
maduras (que estão em melhores condições 
de estimular a resposta), a células T ​naive​. Os 
linfócitos ​naive do sangue que entram no 
linfonodo deixam a circulação e migram para o 
estroma seletivamente pelas ​vênulas 
especializadas do endotélio alto ​(HEVs); 
quando deixam as HEVs, os linfócitos migram 
na direção do gradiente de quimiocina. 
As células T ​naive podem ser ativadas no 
linfonodo por antígenos que são 
transportados para ele. Algumas horas após a 
exposição do antígeno, o fluxo sanguíneo no 
linfonodo pode aumentar mais de 20 vezes, 
permitindo que um número maior de linfócitos 
inativos tenha acesso ao local em que os 
antígenos estão concentrados. 
● Migração dos linfócitos efetores e de 
memória para os locais de inflamação - A 
diferenciação das células T ​naive ​em células efetoras envolve diversas mudanças em 
moléculas de adesão, assim como deixam de expressar o receptor de quimiocina CCR7. 
Como resultado, as células efetoras não são mais obrigadas a permanecerem nos 
linfonodos e caem na circulação sanguínea. Nos locais de infecção ocorre uma resposta 
imunológica natural e várias citocinas são produzidas; a partir disso as células T 
efetoras são atraídas e exercem seu papel. Algumas células de memória migram para 
tecidos mucosos e pele, e moléculas de adesão especiais podem estar envolvidas nesse 
processo (Alfa4-Beta6, MadCAM-1, etc). 
 
Gabriela Lagreca 
 
 
Gabriela Lagreca 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriela Lagreca

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