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Células, órgãos e tecidos do sistema imune

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Classificação 
 Os órgãos e tecidos linfáticos são 
classificados em dois grupos, de acordo com as suas 
funções: 
 
Órgãos linfócitos primários ou centrais 
 Locais onde as células-tronco podem se 
dividir e se tornar imunocompetentes (capazes de 
elaborar uma resposta imune). São os seguintes 
órgãos: 
a) Medula óssea: origem e maturação de linfócitos 
B + origem de linfócitos T; 
b) Timo: maturação de linfócitos T (timo-
dependente), onde se tornam imunocompetentes. 
São os órgãos relacionados à formação de 
células do sistema imune e/ou maturação dessas 
células. São onde os linfócitos começam a expressar 
os seus receptores de antígenos e maturar. 
 
Órgãos linfócitos secundários ou periféricos 
 São os locais em que ocorre a maior parte das 
respostas imunes. Incluem os seguintes órgãos: 
a) Linfonodos; 
b) Baço; 
c) Nódulos linfáticos. 
São os locais onde vão favorecer a 
apresentação do antígeno, a diferenciação fenotípica 
da célula T. São onde ocorrem as respostas dos 
linfócitos aos antígenos, favorecendo a resposta 
imune adaptativa. 
 
 
Órgãos linfócitos primários 
 
Medula óssea 
 A medula óssea é o local onde se originam 
todas as células do sistema imune. É um tecido 
complexo, sendo o local onde ocorre: 
a) Hematopoiese (medula óssea vermelha); 
b) Armazenamento de gordura (medula óssea 
amarela). 
É o local de origem e desenvolvimento das 
células B, bem como de origem das células T. 
 
Timo 
 
1. Localização do timo 
Órgão bilobado localizado no mediastino, 
entre o esterno e a aorta. Apresenta um aspecto 
avermelhado que, ao longo do tempo, infiltrações de 
tecido adiposo substituem o tecido linfático. 
 
 Com essas infiltrações de tecido adiposo ao 
longo da idade, o timo assume uma cor mais 
amarelada pela invasão de gordura, dando uma falsa 
impressão de tamanho reduzido. 
 
2. Cápsula de tecido conjuntivo 
Uma camada envolvente de tecido conjuntivo 
mantém os dois lobos unidos, mas separados por 
uma cápsula de tecido conjuntivo. 
Extensões da cápsula são chamadas de 
trabéculas, penetram internamente e divide cada 
lobo em lobos do timo. 
 
 
3. Lobo do timo 
Cada lobo do timo consiste em: 
a) Córtex externo: coloração escura; 
b) Medula central: coloração mais clara. 
 
4. Córtex do timo 
O córtex externo é formado por: 
a) Linfócitos T em grande quantidade: após a 
migração das células pré-T da medula óssea, que 
são linfócitos imaturos, elas vão ao córtex do 
timo, para que possam se proliferar e se maturar); 
b) Células dendríticas dispersas: auxiliam no 
processo de maturação; 
c) Células epiteliais: estrutura dos linfócitos, 
seleção positiva dos linfócitos T e produção de 
hormônios do timo, que auxiliam o processo de 
maturação; 
d) Macrófagos: ajudam a remover células mortas. 
 
 
 
5. Medula do timo 
 Já a medula do timo consiste em: 
a) Linfócitos T mais maduros e amplamente 
dispersos; 
b) Células epiteliais: algumas se dispõe em 
camadas que formam agrupamentos chamados 
corpúsculos tímicos, locais de linfócitos T 
mortos; 
c) Células dendríticas; 
d) Macrófagos. 
Os linfócitos T que saem do timo migram 
para os linfonodos, baço e outros tecidos linfáticos, 
onde colonizam parte desses órgãos e tecidos. 
 
Órgãos linfócitos 
secundários 
 
Linfonodos 
 
1. Localização dos linfonodos 
Localizados ao longo dos vasos linfáticos, 
espalhados por todo o corpo, tanto superficial, 
quanto profundamente, e geralmente ocorrem em 
grupos. 
 
 
2. Composição dos linfonodos 
Assim como o timo, os linfonodos são 
cobertos por uma cápsula de tecido conjuntivo 
denso que se estende até o linfonodo, de modo que 
as extensões capsulares também são chamadas de 
trabéculas. Essas trabéculas: 
a) São responsáveis pela divisão do linfonodo em 
compartimentos; 
b) Fornecem suporte; 
c) Proporcionam uma via para os vasos sanguíneos 
até o interior de um linfonodo. 
 
3. Estroma 
A estroma é uma estrutura de apoio do tecido 
conjuntivo, formada por: 
a) Cápsula de tecido conjuntivo; 
b) Trabéculas; 
c) Fibras reticulares; 
d) Fibroblastos. 
 
 
4. Parênquima 
O parênquima é a parte funcional de um 
linfonodo, formado por um córtex superficial, que é 
dividido em córtex interno e externo, e uma 
medula profunda. 
 
5. Córtex externo 
O córtex externo é formado por agregados 
de linfócitos B chamados nódulos linfáticos. A 
maior parte dos nódulos linfáticos no córtex externo 
são nódulos linfáticos secundários, que: 
a) Formam resposta a um antígeno; 
b) São locais de formação de plasmócitos e 
linfócitos B de memória. 
Os nódulos linfáticos primários é aquele 
que consiste principalmente em linfócitos B. 
O centro de um nódulo linfático secundário é 
o centro germinativo, onde estão linfócitos B, células 
dendríticas foliculares e macrófagos. 
 
6. Córtex interno 
Não contém linfonodos. Consiste em: 
a) Linfócitos T; 
b) Células dendríticas (apresentam antígenos aos 
linfócitos T, provocando sua proliferação) 
 
 
7. Medula 
A medula de um linfonodo contém: 
a) Linfócitos B; 
b) Plasmócitos produtores de anticorpos; 
c) Macrófagos. 
 
8. Vasos linfáticos aferentes 
A linfa flui pelo linfonodo 
unidirecionalmente: entra por meio de vasos 
linfáticos aferentes, que contêm válvulas que se 
abrem em direção ao centro do linfonodo, 
direcionando a linfa para dentro. 
 
9. Seios 
A linfa entra nos seios (canais irregulares): 
a) Seio subcapsular: abaixo da cápsula, por onde 
entra a linfa dos vasos linfáticos aferentes; 
b) Seios trabeculares: estendem-se ao longo do 
córtex paralelamente às trabéculas; 
c) Seios medulares: estendem-se ao longo da 
medula. 
 
10. Vasos linfáticos eferentes 
Os seios medulares drenam aos vasos 
linfáticos eferentes, que contêm válvulas, as quais se 
abrem para longe do centro do linfonodo para o 
transporte de linfa, anticorpos e linfócitos T. 
Eles emergem de um lado do linfonodo em 
uma depressão chamada de hilo, por onde os vasos 
linfáticos também entram e saem. 
 
Baço 
 
1. Localização do baço 
O baço é a maior massa única de tecido 
linfático do corpo, localizado na região do 
hipocôndrio esquerdo, entre o estômago e o 
diafragma. 
 
2. Endentações 
Os órgãos vizinhos fazem endentações na 
face visceral do baço: 
a) cressão real (rim esquerdo); 
b) Impressão cólica (flexura esquerda do colo). 
 
3. Hilo 
O baço também possui um hilo, por onde 
passam os vasos esplênicos (do baço): 
a) Artéria esplênica; 
b) Veia esplênica; 
c) Vasos linfáticos eferentes. 
 
4. Peritônio visceral 
Uma cápsula de tecido conjuntivo denso 
envolve o baço, que é recoberta por uma túnica 
serosa, o peritônio visceral. 
5. Parênquima do baço 
O parênquima do baço é formado por dois 
tipos de tecidos diferentes: 
a) Polpa branca: composta por tecido linfático; 
b) Polpa vermelha: constituída por seios venosos 
cheios de sangue e cordões de tecido esplênico 
(cordões esplênicos ou cordões de Billroth) 
 
 
6. Esplenectomia 
A esplenectomia é a retirada do baço, que 
pode trazer algumas complicações, dependendo da 
faixa etária que ele foi retirado: 
a) Crianças: aumento da incidência de sepse 
bacteriana; 
b) Adultos: menos efeitos adversos, mas pode levar 
ao aumento das infecções bacterianas e 
sanguíneas. 
 
Nódulos linfáticos 
 Massas de tecido linfático cercadas por uma 
cápsula. Existem alguns chamados tecidos linfoides 
associados à mucosa (MALT) nas túnicas mucosas 
que revestem os sistemas digestório, urinário, genital 
e vias respiratórias. 
 
1. Tonsilas 
As tonsilas estão estrategicamente 
posicionadas de modo a participar das respostas 
imunes contra substâncias estranhas inaladas ou 
ingeridas. 
 
Classificação das células do 
sistema imune 
 
Classificação das células de acordo com o seu 
local de existência 
 
1. Células-tronco (stem-cells) 
As células-tronco são células indiferenciadas 
presentesna nossa medula óssea. Elas recebem o 
estímulo das citocinas e, sob esse estímulo, a célula 
se diferencia e se compromete com uma determinada 
linhagem celular. 
São diversas as categorias das citocinas que 
agem nas células indiferenciadas estimulando a 
diferenciação para uma determinada linhagem e as 
linhagens celulares podem ser as seguintes: 
a) Linhagem linfoide: forma linfócitos e células 
dendríticas; 
b) Linhagem mieloide: forma outros tipos 
celulares. 
A hematopoiese é o processo de formação 
das células sanguíneas. Na medula óssea, temos 
células tronco-hematopoiéticas, também chamadas 
de célula pluripotente, célula mãe ou steam cell. 
As células progenitoras são onipotentes 
(comprometidas a formação de uma única linhagem 
celular) e têm uma capacidade limitada de auto 
renovação. Dependendo do fator que vai estimulá-la, 
ela pode se diferenciar nessas duas linhagens 
diferentes. 
 
 
2. Células presentes na corrente sanguínea 
As células presentes na corrente sanguínea 
podem ser divididas em: 
a) Células vermelhas (hemácias ou eritrócitos) 
b) Células brancas ou leucócitos; 
c) Plaquetas. 
Cada grupo possui sua função diferenciada, 
no entanto, todas essas células possuem em comum 
a mesma célula progenitora que está presente na 
medula óssea. Essa célula progenitora possui várias 
denominações, como: célula pluripotente 
hematopoiética, steam cell, célula totipontente, 
célula tronco. Essa célula, a depender do 
fator estimulatório, vai se diferenciar em 
determinado tipo celular. 
 
Alguns microorganismos invasores 
conseguem alterar diferentes tipos celulares ao 
mesmo tempo, o que é chamado de pancitopenia – 
alteração numérica diminuída de todos os tipos 
celulares (plaquetas, hemácias e leucócitos). Esses 
valores são detectados no exame hemograma. 
 
Tipos celulares 
 Os tipos celulares podem ser agregados em 
três classes diferentes: 
a) Granulócitos; 
b) Fagócitos; 
c) Linfócitos. 
 
Nesse sentido, quando se fala em 
células granulocíticas, espera-se observar uma célula 
que em seu citoplasma tenha grânulos. Por esse 
motivo elas são classificadas dessa maneira. Assim, 
os principais granulócitos do sistema imunológico 
são: eosinófilo, basófilo e mastócito. Sendo as duas 
primeiras circulantes e a última está mais relacionada 
aos tecidos. 
Vale destacar que neutrófilo também pode ser 
classificado no grupo dos granulócitos. Porém, o 
principal mecanismo de ação de defesa desse tipo de 
célula é por fagocitose, e não por degranulação. 
Geralmente, as células são classificadas de acordo 
com sua característica morfológica e efetora. 
Dessa forma, as células da imunidade inata, 
que é a maioria do sistema imune, agem por 
fagocitose ou degranulação, ou de ambas as 
maneiras, como é o caso dos neutrófilos (atuam 
majoritariamente por fagocitose). Outra observação 
importante é que os basófilos não fagocitam, 
apenas degranulam. 
Em relação aos fagócitos, direciona-se o 
olhar para o sistema fagocítico mononuclear, 
formado por monócitos e macrófagos. Nesse grupo 
também está inclusa a célula dendrítica, 
importantíssima na imunidade inata, pois consegue 
ser um pouco mais específica do que o macrófago. 
E por último, dessa classificação, tem-se o 
neutrófilo, que é a célula de defesa que está em maior 
número, conhecido popularmente como como os 
“soldadinhos do sistema imunológico”, porque 
quando ocorre um problema em um determinado 
tecido, eles migram para o local afetado aos 
milhares, mas também morrem centenas, sendo 
assim, a maior quantidade circulante de células de 
defesa e o primeiro tipo celular circulante a chegar 
no local lesionado. 
 
Apresentação das células 
As células do sistema imune possuem relação 
com a imunidade inata e adaptativa, e, às vezes, essa 
relação ocorre ao mesmo tempo. Por exemplo, o 
macrófago tem um processo inicial (fase de 
reconhecimento) e, posteriormente, se transforma 
em um macrófago apresentador de antígeno, que 
ativa a célula T, a qual, essa por sua vez, 
retroalimenta a ativação do macrófago. Logo, a 
resposta imunológica é um processo contínuo. 
As células do sistema imunológico podem estar 
presentes como: 
a) Células circulantes – circulação sanguínea e 
circulação linfática (muito importante para o 
sistema imunológico); 
b) Aglomerados anatomicamente definidos nos 
órgãos linfoides; 
c) Distribuídos praticamente em todos os tecidos. 
Em alguns tecidos, a depender da sua função, há 
uma concentração maior. 
 
Mediadores fundamentais da imunidade 
Os componentes fundamentais do sistema 
imunológico são conhecidos como mediadores 
fundamentais da imunidade, que são as células 
fagocitárias e os linfócitos. 
 
1. Células fagocitárias 
São as células capazes de fazer fagocitose, 
presentes na imunidade inata (primeira linha de 
defesa) e, além disso, são conhecidas como células 
apresentadoras de antígenos. Principais funções: 
a) Vigilância; 
b) Fagocitose; 
c) Apresentação antigênica: fazem o 
reconhecimento do antígeno, já que essas células 
fazem parte da nossa primeira linha de defesa do 
organismo, a imunidade inata. A imunidade 
adquirida não permite esse reconhecimento; 
d) Produção de citocinas (mestras do sistema). 
2. Linfócitos 
Já os linfócitos são as células presentes na 
nossa imunidade adquirida e são fundamentais para 
a defesa imunológica do organismo. Eles apresentam 
as seguintes funções: 
a) Vigilância; 
b) Defesa específica: depois de a célula fagocítica 
atuar no reconhecimento do antígeno, o linfócito 
vai proporcionar a defesa específica para esse 
antígeno) → presentes na imunidade adquirida 
(defesa específica àquilo que originou aquela 
condição patogênica ou doença etc. e só vai 
defender àquilo que já foi apresentado); 
c) Produção de citocinas; 
d) Memória imunológica (presença daquele 
antígeno no corpo sempre vai gerar defesa); 
e) Produzem citocinas que direcionam a respostas 
imunológica. 
 
Linfócitos 
Os linfócitos trabalham em prol da imunidade 
adaptativa. A imunidade inata é o primeiro tipo de 
resposta a ser ativada nas primeiras horas de defesa. 
Tempos após o evento inicial, há uma comunicação 
com a imunidade adaptativa para que também haja a 
defesa secundária, ou seja, imunidade inata e 
adaptativa não são independentes, elas se 
comunicam entre si. 
Os linfócitos constituem cerca de 20 a 40% 
das células sanguíneas brancas (leucócitos) e elas 
estão, em sua maior parte, atuando no sistema 
linfático (que é o padrão fisiológico). Em casos de 
patologia, pode haver um trânsito diferenciado 
desses linfócitos. 
Os linfócitos são subdivididos em: 
a) Linfócitos B: relaciona-se com a produção de 
anticorpos; 
b) Linfócitos T: apresenta diversas subpopulações; 
c) Células NK: presente na imunidade inata, pois 
age de forma inespecífica (independente do tipo 
de microrganismo, basta reconhecer a célula 
estranha). Libera seus grânulos e degrada a 
célula invasora. 
 
Linfócitos B 
O linfócito B é uma célula circulante, 
relacionada à produção de imunoglobulina 
(anticorpo). Para que essa célula libere esse 
anticorpo produzido por ela, ele se diferencia em 
uma célula secretora. 
Ele se diferencia em plasmócito para liberar 
esse anticorpo que foi produzido. Essa proteína 
(anticorpo) pode ser caracterizada como: 
a) Anticorpo solúvel: presente no plasma 
sanguíneo, circulando livremente. Ao entrar em 
contato com o agente agressor, ele o neutraliza; 
b) Anticorpo de superfície: anticorpo ancorado à 
membrana plasmática de uma célula. 
 
Linfócitos T 
Existem vários tipos de linfócitos T, e 
principal deles é o linfócito TCD4, também 
conhecido como linfócito helper ou linfócito 
auxiliar, e possui essa nomenclatura exatamente 
porque o seu mecanismo de ação promove um 
auxílio a uma resposta. 
O linfócito TCD4 produz citocinas, as quais 
vão agir contrao sistema agressor, favorecendo a 
eliminação dele. É o principal produtor de citocinas 
para a resposta imune adaptativa. 
O CD é uma proteína que vai diferenciar o 
linfócito T (CD = cluster de diferenciação). 
O linfócito TCD4 desempenha diversas 
funções, que são chaves para a resposta 
imunológica: 
a) Serve para favorecer a diferenciação de células B 
(através da produção de citocinas); 
b) Serve para favorecer a ativação de macrófagos 
(células fagocíticas); 
c) Produzem citocinas que estimulam o processo 
inflamatório. 
TCR (receptor de células T). O 
linfócito TCD8 é uma célula citotóxica, pois 
favorece a toxicicidade (quebra da integridade da 
membrana do agente agressor). 
NK e TCD8 possuem o mesmo mecanismo 
de ação (ambas agem a partir da degranulação). A 
diferença é o modo como atua. NK age de forma 
inespecífica, enquanto TCD8 ou T citotóxica, 
caracterizada por agir de forma especifica. Ou seja, a 
diferença é em relação a especificidade. 
Ambas agrem por degranulação e apresentam 
grânulos (granzima e perforina, enzimas formadoras 
de poros) em seu citoplasma que favorecem a 
formação de poros na membrana. Quando 
tcd8 degranula próximo a célula alvo, elas 
se degranulam e as enzimas formam poros, havendo 
descontinuidade na célula invasora. 
 
Fagócitos mononucleares 
Os fagócitos mononucleares clássicos são o 
macrófago (representantes das células teciduais) e o 
monócito (representantes das células circulantes), 
que fazem parte do sistema fagocítico 
mononuclear. 
Os monócitos circulantes no sangue agem por 
volta de 8 horas e, na sequência, eles são estimulados 
a se diferenciar em macrófago nos tecidos, pois o 
monócito perde a sua capacidade de interação e 
resposta. Para evitar falhas, diferencia-se em outro 
tipo. Os macrófagos atuam em todos os tecidos, e nós 
diferenciamos os macrófagos de acordo com os 
tecidos em que eles estão atuando. 
 
Quando o macrófago reconhece uma célula 
estranha, ele emite pseudópodes, para que esse corpo 
estranho seja englobado para dentro da célula. Na 
célula, ele está localizado em uma vesícula 
(fagossomo), ricas em enzimas digestivas chamadas 
de fagolisossômicas. 
Na superfície do macrófago, precisa-se de um 
antígeno apto para a apresentação. Apresentação do 
antígeno à célula da imunidade adaptativa. 
Células apresentadoras de antígenos 
profissionais são os macrófagos e as células 
dendríticas, ao se tratar de imunidade inata. 
As células fagocíticas estão presentes na 
imunidade inata, mas também participam da resposta 
imunológica adaptativa. Por exemplo, os 
macrófagos, vão servir de elo de ligação entre a 
imunidade inata e a imunidade adaptativa, pois são 
eles que apresentam os antígenos, ativando os 
linfócitos T. Por isso, essas células fagocíticas 
participam dos dois tipos de imunidade. 
A resposta imune inicia-se pela inata e depois 
segue para a adaptativa, mas quando está nessa 
última, sofre uma retroalimentação positiva para a 
imunidade inata. 
Nesse prisma, as células fagocíticas tem 
como função primária ingerir e destruir 
microrganismos. Vale destacar, que elas também 
participam da função de reparar o tecido depois que 
houver dano. 
Assim, as células fagocíticas obedecem a 
uma sequência de resposta funcional: primeiro elas 
favorecem o recrutamento celular para o local onde 
está ocorrendo a infecção; depois que as células são 
recrutadas vai haver o reconhecimento do antígeno; 
após esse reconhecimento acontece a ativação da 
célula por parte do antígeno do microrganismo. 
Portanto, quando a célula fagocítica é ativada 
realizará a fagocitose, a fim de haver a ingestão, 
consequentemente, destruindo o microrganismo que 
foi ingerido. Essa é a sequência básica de qualquer 
célula fagocítica. Porém não é apenas isso que elas 
realizam, porque depois desse processo essas células 
conseguem conhecer todos os fragmentos 
daquele antígeno, ou seja, o antígeno é como se fosse 
uma sequência mais complexa, mas essa sequência é 
fragmentada. Logo, depois que as 
células fagócitas conseguem conhecer a natureza do 
antígeno, elas secretam citocinas. Através dessas 
citocinas que são expressas vai ser possível 
promover ou regular a resposta imune como um 
todo. 
 
Funções dos macrófagos 
a) Morte do microrganismo, pois ele ingere e 
realiza a digestão enzimática, produzindo 
espécies reativas de oxigênio e de nitrogênio para 
criar um ambiente hostil, o que facilita a morte 
do microrganismo; 
b) Participam do processo de limpeza do tecido 
após a lesão ou infecção, retirando restos 
celulares e metabólicos; 
c) Estão envolvidos no processo de secreção de 
citocinas, essas sendo vasoativas, ou seja, tem 
ação no endotélio vascular; 
d) Estão envolvidos no processo de apresentação de 
antígeno (Célula Apresentadora de Antígeno – 
APC); 
e) Estão envolvidos no reparo tecidual por meio do 
estímulo de formação de novos vasos 
(angiogênese) e síntese de matriz extracelular 
rica em colágeno (fibrose). 
 
Células granulocíticas 
São os neutrófilos, os eosinófilos e os 
basófilos. De um modo geral, os neutrófilos estão em 
maior percentual. São classificadas de acordo com a 
morfologia celular e a coloração característica do 
citoplasma. 
Essas células são liberadas no sangue 
periférico e circulam 7 a 10 horas antes 
de migragrem para os tecidos, e são as primeiras a 
chegar no local da inflamação. 
 
Neutrófilos 
Um aumento no número de neutrófilos 
promove a leucocitose, que é um aumento no número 
de leucócitos, fator que indica uma infecção. 
Os neutrófilos são células chamadas de 
OMN, polimorfonucleares, com o núcleo em 
formato cheio de bolhas. 
Os neutrófilos migram do sangue para o 
tecido lesionado (transmigração nuclear, 
diapedese). 
 
Eosinófilos 
Principal tipo celular da imunidade inata 
relacionado a respostas imunes alérgicas e respostas 
imunes parasitárias. 
 
Basófilos 
Deve estar em menos de 1% de 
concentração. 
Mais do que isso, se tiver alterado, é sinal de 
preocupação e investigação. 
É uma célula que não realiza fagocitose, 
diferente das outras células da imunidade inata. Eles 
liberam seus grânulos liberando uma substância 
farmacologicamente ativa, ativando uma resposta 
alérgica. 
 
Mastócitos 
São células teciduais, relacionados também 
às alergias, pois são células que possuem grânulos 
citoplasmáticos contendo uma das principais 
substâncias ativas (histamina). 
Remédios anti-histamínicos inibem a 
degranulação dos mastócitos (remédio de alergia). 
 
 
 
Células dendríticas 
Célula com capacidade fagocítica e 
apresentadora de antígeno. A única célula capaz de 
ativar um linfócito T virgem (nunca foi ativada) é a 
célula dendrítica. 
São consideradas as mais importantes células 
apresentadoras de antígeno, pois são as únicas 
capazes de ativar um linfócito imaturo (linfócito 
virgem que ainda não foi apresentado a nenhum tipo 
de antígeno). Existem basicamente dois tipos de 
células dendríticas: as clássicas - mais comuns; e 
as plasmocitóides (CDp). 
As clássicas se encontram presentes na pele, 
nas mucosas, no parênquima dos órgãos e 
principalmente nos linfonodos. Já 
as plasmocitóides são especiais, pois produzem 
interferons tipo 1 (IFN-1), que desempenha um papel 
importante em infecções virais. 
A célula dendrítica é diferenciada, tendo em 
vista que ela não realiza só fagocitose (como o 
macrófago), mas também pinocitose e endocitose. 
Ademais, essa célula possui um Complexo Principal 
de Histocompatibilidade (MHC), que podem ser de 
classe 1 e classe 2. 
 
Hemograma 
 Um dos tipos de leucócitos são os linfócitos, 
células de extrema importância para a defesa do 
organismo. Existem os linfócitos B e os linfócitos T 
que, no hemograma, não é possível diferenciá-los. 
O hemograma proporciona apenas uma visão 
morfológica, porémambos os tipos de linfócitos 
apresentam a mesma morfologia. 
Para diferenciá-los, é necessária a realização 
de um exame chamado imunofenotipagem, que 
permite observar a identidade das células e as suas 
características individuais. 
A imunofenotipagem identifica as células 
através dos seus marcadores celulares, os chamados 
CD (identidade celular), por meio de anticorpo 
monoclonal, diferenciando os tipos de células. 
 
Para que possamos fazer uma avaliação 
clínica das células do sistema imune, o médico deve 
iniciar com a solicitação de um hemograma. 
O hemograma é um espelho geral de como o 
paciente está (indica um estado geral do 
paciente). Com o hemograma, pode-se ter a noção, 
por exemplo, se o paciente está com anemia ou se as 
células sanguíneas estão com formatos alterados. 
 
Essa tabela mostra a contagem de células 
sanguíneas adultas (não é um heredograma), 
contendo todas as células que são apresentadas no 
hemograma. 
Os leucócitos são as células brancas do nosso 
corpo, responsáveis pela defesa imunológica. 
Existem vários tipos de leucócitos: 
a) Neutrófilos; 
b) Linfócitos; 
c) Monócitos; 
d) Eosinófilos; 
e) Basófilos. 
Existem algumas alterações associadas aos 
leucócitos: 
a) Leucopenia: diminuição dos números de 
leucócitos, podendo ser uma infecção de origem 
viral, por exemplo; 
b) Leucocitose: aumento do número de leucócitos, 
podendo ser uma infecção bacteriana ou de 
microrganismo extracelular. 
O hemograma não dá detalhe sobre os 
linfócitos, pois, nesse exame, as células são 
diferenciadas pela forma. Existem linfócitos B e T, 
que apresentam a mesma forma. 
O exame que vai fazer a diferenciação dos 
tipos de linfócitos é a citomeria de fluxo. Ele serve 
para fazer a diferenciação fenotípica dos tipos 
celulares. É o método que se faz 
a imunofenotipagem (solicita-se em casos 
específicos para diferenciar a morfologia da célula).

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