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COLUNA TORÁCICA COLUNA TORÁCICA •Parte da coluna mais rígida (caixa costal) •Proteção para órgãos vitais Articulações 1) Articulações costotransversas: sinoviais entre os processos transversos da vértebra do mesmo nível (1 a 10). Costelas 11 e 12 não (flutuantes) 2) Articulações costovertebrais entre as costelas e os corpos vertebrais 1 1 2 Articulações 3) Articulações costocondrais • Entre as costelas e a cartilagem costal 4) Articulações esternocostais • Entre a cartilagem costal e o externo 4 3 Facetas superiores de T1 • Semelhante a faceta da coluna cervical (face para cima, para trás e para o lado) → vértebra de transição. Facetas T2 a T11 • Superiores: para cima, para trás e levemente lateral; • Inferiores: para baixo, para frente e levemente medial. Leve rotação na torácica T11 e T12 → Vértebras transicionais, facetas semelhantes as da coluna lombar • Posição de aproximação máxima entre as facetas (close packed) Extensão HIPERCIFOSE • O aumento da cifose fisiológica é denominado de hipercifose e pode ocorrer ao longo de toda a coluna vertebral, sendo mais frequente ao nível da coluna torácica. • A etiologia da hipercifose inclui várias doenças, destacando- se pela sua frequência a: ▫ doença de Scheuermann, ▫ Dorso curvo, ▫ as pós-traumáticas, ▫ degenerativas; ▫ as iatrogênicas*... *(refere-se a qualquer alteração patológica provocada no paciente pela má prática médica) HIPERCIFOSE • Os valores fisiológicos da cifose torácica apresentam grandes variações nos indivíduos, sendo considerados normais entre 20 e 40 graus. • Na transição toracolombar a cifose acima de 20 graus é considerada patológica. • A identificação do aumento da cifose pode ser mais difícil devido ao mecanismo de compensação dos segmentos proximais ou distais HIPERCIFOSE • O tratamento conservador da hipercifose dorsal tem indicação nos pacientes em crescimento e portadores da doença de Scheuermann com valores angulares abaixo de 70 graus. • A indicação do tratamento cirúrgico independe da sua etiologia. Ele está indicado nos pacientes com cifose acima de 70 graus, acompanhada de dor, desequilíbrio sagital, queixas estéticas ou incapacidade funcional HIPERCIFOSE (Dorso Curvo) Características: • Aumento da curvatura torácica • Ombros protraídos • Escápula abduzida • Fraqueza de rombóides • Redução na expansibilidade torácica • Fraqueza de músculos extensores da coluna e retração ou encurtamento de parte da musculatura anterior Não confundir com escápula alada durante avaliação postural Sinais clínicos: • dor ou não • aumento da cifose • mobilidade pode estar diminuída (retrações) Radiografia: • Alterações nas curvaturas da coluna cervical e lombar, como compensação. Causas: • Fatores psicológicos, traumáticos, congênitos, tecnológicos e de hábitos adquiridos. São reflexos do desequilíbrio muscular, representados por uma fraqueza de músculos extensores da coluna e retração ou encurtamento de parte da musculatura anterior. Com isso, o centro de gravidade desloca-se para frente e modifica a direção imposta do peso corporal sobre estruturas como vértebras e discos intervertebrais. Esse processo pode resultar posteriormente em compressões discais, pinçamentos nervosos e atritos articulares HIPERCIFOSE (Osteocondrite Vertebral de Scheuermann) • Holger Scheuermann descreveu, em 1921, uma alteração vertebral juvenil cifótica que poderia ser distinguida da cifose postural baseada na rigidez peculiar. Observou que a deformidade cifótica era rígida e associada à acunhamento de corpos vertebrais. Foram estabelecidos critérios diagnósticos: ▫ em 1964 por Sorensen, uma cifose rígida que incluísse 3 vértebras contíguas com acunhamento de 5 graus ou mais. ▫ Outros critérios foram utilizados: aumento da cifose torácica, irregularidade das placas terminais, aumento do espaço discal e/ou sinais radiográficos característicos acunhamento vertebral, nódulos de Schmorl ▫ Drummond em 1987 sugeriu que o diagnóstico da doença dava-se pelo acunhamento contíguo de 2 ou mais vértebras. Mais recentemente, Bradford modificou os critérios diagnósticos prévios e definiu CS como cifose torácica maior que 45° e pelo menos uma vértebra acunhada + a rigidez! rigidez + cifose torácica maior que 45° e pelo menos uma vértebra acunhada Doença de Scheuermann • A etiologia ainda indefinida, aparentemente de caráter multifatorial com componente genético autossômico dominante, com 74% de hereditariedade. • A sua origem já foi associada: ▫ à necrose avascular dos anéis epifisários, ▫ à osteoporose juvenil ▫ e ao distúrbio da matriz cartilaginosa, → todos com resultados ainda conflitantes. • Outras etiologias: ▫ encurtamento da musculatura isquiotibial ▫ fatores mecânicos que desencadeariam respostas de remodelamento secundárias, como a diminuição do tamanho esternal ? Doença de Scheuermann • A incidência tem variado conforme a literatura entre 0,4 e 8,3% da população. • É uma deformidade típica do final da idade juvenil, mais comum entre 8 e 12 anos sendo encontrada em sua forma mais rígida entre os 12 e 16 anos. Comum também em pacientes que fazem levantamento de peso ou trabalho manual. • Os estudos na sua maioria não mostram diferença entre os sexos, variando apenas conforme os critérios de inclusão de cada estudo Tratamento • Ainda é tópico de debate. • Conservador?? • Cirúrgico?? → A tendência é considerar o tratamento cirúrgico para: ▫ pacientes com curvas cifóticas superiores a 70-75°, ▫ com quadro de dores resistentes ao tratamento conservador, deformidades inaceitáveis, déficits neurológicos e com comprometimento cardiopulmonar A doença de Scheuermann deve distinguir do dorso curvo postural: Dorso Curvo postural: • uma cifose moderadamente aumentada, • com lordose lombar acentuada, clinicamente flexível, • usualmente sem contraturas musculares, • as radiografias não mostram acunhamento vertebral ou irregularidade na placa terminal. Doença de Sheuermann: • pode não ser aparente até 10 a 12 anos, sendo muitas vezes incorretamente diagnosticada como dorso curvo postural • .... HIPERCIFOSE (CORCUNDA DA SENHORA IDOSA) • Resultado de osteoporose pós-menopausa Fraturas com acunhamento anterior • Geralmente coluna torácica Outras DEFORMIDADES TORÁCICAS • Peito de Pombo (Pectus carinatum) • Peito em Funil (Pectus excavatum) • Tórax em Barril • Escoliose RESPIRAÇÃO – Padrões respiratórios • Diafragma – esterno e T12 a L3 • Observar padrão da respiração ▫ Crianças: abdominal ▫ Mulheres: Torácica superior ▫ Homens: Torácico superior e inferior ▫ Idosos: Torácica inferior e abdominal Alteração do padrão respiratório DEFORMIDADES TORÁCICAS Peito de Pombo (Pectus carinatum) • Esterno projeta-se para a frente. • Respiração prejudicada (↓ volume de respiração); Peito em Funil (Pectus excavatum) • Esterno empurrado posteriormente (crescimento excessivo das costelas) • Inspiração→ depressão de esterno→ cifose aumentada DEFORMIDADES TORÁCICAS Tórax em Barril • Esterno projeta-se para a frente e para cima, diâmetro ântero- posterior aumentado; • Típico do enfisema pulmonar
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