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padrão respiratório e força muscular respiratória

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Padrão resPiratório e força muscular resPiratória em Pacientes com neoPlasias encefálicas
143
Verificação do padrão respiratório e força muscular respiratória 
em pacientes pediátricos com neoplasias encefálicas
Verification of the breathing pattern and breathing muscle 
strength in pediatric patients with brain neoplasms
Verificación de norma respiratória y tensión muscular 
respiratória em pacientes pediátricos com neoplasias 
encefálicas
Elaine Aurelina Oliveira1, Fernanda Eugênia Fernandes2, Jamili Anbar Torquato3
1 Especialização em Fisioterapia Cardiorrespiratória e Hospitalar pela Universidade Cruzeiro do Sul – UNIC-
SUL. Aprimoramento em Fisioterapia Geral – Bolsa FUNDAP pelo Hospital Santa Marcelina.
2 Especialista em Fisioterapia Intensiva. Mestre em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das 
Cruzes. 
3 Doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina de São Paulo – FMUSP, Especialista em Fisioterapia 
Respiratória pela UNICID. Coordenadora do Curso de Pós-graduação em Fisioterapia Cardiorrespiratória e 
Hospitalar na UNICSUL. Docente do curso de Fisioterapia da UNICSUL. Fisioterapeuta do ICHC-FMUSP. 
n Artigo origiNAL
Resumo
Objetivo: Verificar o padrão respiratório e força 
muscular respiratória (pressões inspiratória e expi-
ratória máximas) por meio do índice diafragmático 
e manovacuometria em pacientes pediátricos com 
neoplasias encefálicas. Método: Estudo transversal 
descritivo analítico pela avaliação de 10 crianças 
no Ambulatório de Oncopediatria de um Hospital 
Filantrópico do Estado de São Paulo, de acordo 
com os critérios de inclusão, utilizando o índice 
diafragmático para avaliação do padrão respiratório 
e o manovacuômetro para mensuração das pressões 
inspiratória e expiratória máximas no período de 
dezembro de 2007 a abril de 2008. Após a avaliação 
das crianças, os dados foram tabulados para classi-
ficação e análise da força muscular respiratória e 
padrão respiratório. Resultados: Os dados coletados 
foram submetidos à análise estatística pelo teste de 
correlação de Pearson, teste t de Student e análise 
em porcentagem pelo Excel. Em relação ao padrão 
respiratório, todos os pacientes apresentaram 
padrão apical. Na avaliação das pressões inspira-
tória e expiratória máximas houve apenas diferença 
estatisticamente significante em relação aos valores 
ideais para a idade (p < 0,00) e em relação à pressão 
inspiratória máxima ideal – curva de normalidade 
e sexo (p < 0,01). Houve correlação linear negativa 
para pressão inspiratória ideal e idade (r = - 0,99) 
e correlação linear positiva para pressão expiratória 
máxima e idade (r = 0,99). Conclusão: Os pacientes 
estudados apresentam déficit de força muscular 
respiratória no que se refere aos valores conside-
rados normais para a idade de pressões inspiratória 
e expiratória máximas, além de apresentarem alte-
rações no padrão respiratório caracterizado por 
padrão apical.
Descritores: Músculos respiratórios. Mecânica 
respiratória. Neoplasias encefálicas. 
Pediatria (são Paulo) 2009;31(3):143-51
144 Abstract
Objective: To verify the breathing pattern and 
breathing muscular force (pressures inspiratory and 
maximum expiratory) through the diaphragm index 
and manometry in pediatric patient with brain 
neoplasms. Methods: Transversal descriptive study 
through the 10 children’s evaluation in the Oncope-
diatric Clinic of Philanthropic Hospital at São Paulo 
in agreement with the inclusion criterion using the 
diaphragm index for evaluation of breathing pattern 
and the manometry for measure inspiratory pressures 
and maximum expiratory on December 2007 to April 
2008. After the children’s evaluation, the data were 
tabulated for classification and analysis of the brea-
thing muscular force and breathing pattern. Results: 
The collected data were submitted to the statistical 
analysis by the test of correlation of Pearson, test t 
Student and analysis in percentage by Excel. In rela-
tion to the breathing pattern, all the patients presented 
apical pattern. In the evaluation of the pressures inspi-
ratory and maximum expiratory there was just diffe-
rentiates significant statistically in relation to the ideal 
values for the age (p = 0.00) and in relation to pressure 
ideal maximum inspiratory - it curves of normality 
and the sex (p = 0.01) there was negative lineal corre-
lation for pressure ideal inspiratory and age (r = - 0.99) 
and positive lineal correlation for pressure maximum 
expiratory and age (r = 0.99). Conclusion: The studied 
patients present deficit of breathing muscular force in 
what refers to the values considered normal for the 
age of pressures inspiratory and maximum expira-
tory, besides they present alterations in the breathing 
pattern characterized by apical pattern.
Keywords: Breathing muscle. Breathing mechanical. 
Brain neoplasms.
Resumen 
Objetivo: Verificación del norma respiratorio y 
tensión muscular respiratoria por médio del Índice 
Diafragmático y manovacuometria em pacientes pedi-
atricos com neoplasias encefálicas. Métodos: Estudio 
transversal descritivo analítico pela avaliación de 
10 niños no Ambulatoria de Oncopediatria por un 
Hospital Filantrópico del Estado de São Paulo según 
los criterios de inclusion por usando el Índice Diafrag-
mático para la avaliación del norma respiratorio y el 
manovacuometro para medición del presión inspira-
toria e expiratoria maximum en el ciclo de diciembre 
de 2007 a abril de 2008. Depués de el un avaliación 
de los niños los dados fueron cuantificados para catego-
rization y análisis de la tensión muscular respiratoria 
e norma respiratorio. Resultados: Los dados coletados 
fueron submetidos la análisis estatística por el teste de 
la correlación del Pearson, teste t Student y análisis en 
percentagem pelo Excel. En relación al norma respira-
torio todos los pacientes apresientón padrón apical. En 
la avaliación e las presión inspiratoria e expiratoria 
maximum houve apenas diferencia significativa en 
relación los valores ideais para a edad (p < 0,00) y en 
relación a presión inspiratoria maximum ideal – curva 
de normalidade y sexo (p < 0,01). Houve correlación 
linear negativa para presión inspiratoria ideal y edad 
(r = - 0,99) e correlación linear positiva para presión 
expiratoria maximum y edad (r = 0,99). Conclusión: 
Los pacientes estudiados apresientas déficit de tensión 
muscular respiratoria al que se refere los valores consi-
derados normales para el edad de presión inspiratoria e 
expiratoria maximum, além de apresientas alteración 
no norma respiratorio caracterizado por padrón apical. 
Palabras-clave: Músculos respiratorios. Mecânica 
respiratoria. Neoplasias encefálicas. 
Introdução
No Brasil, atualmente, o câncer infantil é a 
terceira causa de morte por doença entre 1 e 14 
anos e, no município e Estado de São Paulo, é a 
primeira causa de óbito entre 5 e 14 anos de idade, 
excluindo-se as causas externas. As neoplasias 
encefálicas (tumores de Sistema Nervoso Central 
– SNC) representam a segunda neoplasia mais 
frequente na infância, correspondendo a 17%-25% 
das neoplasias pediátricas. A função respiratória 
nos pacientes pediátricos com tumor de sistema 
nervoso central tem sido pouco estudada quanto às 
possíveis alterações na força muscular respiratória 
e no padrão respiratório, por isso a necessidade da 
realização do presente estudo1. 
Nos últimos 20 anos, a sobrevida das crianças 
com câncer teve uma mudança radical, graças às 
novas técnicas cirúrgicas e radioterápicas, combi-
nação de drogas imunoterápicas, quimioterápicas e 
diagnóstico precoce2. 
Os tumores de SNC apresentam prognóstico 
mais sombrio, quando comparados aos demais 
tumores próprios dessa faixa etária e constituem 
um desafio para os estudiosos das áreas da onco-
logia pediátrica, existindo um ponto crítico, que 
seriam as sequelas tardias, especialmente graves 
para esses grupos, sendo decorrentes da própria 
Padrão resPiratório e força muscular resPiratória em Pacientes com neoPlasias encefálicas145localização do tumor e/ou advindas ao tratamento 
realizado, incluindo desde dificuldades de aprendi-
zado, alterações motoras leves a graves, demência 
e complicações respiratórias, como pneumotórax, 
broncoaspirações, pneumonias e atelectasias3,4.
Os tumores de SNC são classificados de acordo 
com as características histopatológicas e loca-
lização no cérebro. Os tumores primários mais 
frequentes do cérebro têm origem na glia, compre-
endendo os astrocitomas, oligodendrogliomas e 
os ependimomas. Aproximadamente 50% dos 
tumores cerebrais na infância são infratentoriais, 
sendo que, destes, ¾ estão localizados no cérebro 
e IV ventrículo. Os tumores infratentoriais mais 
comuns são astrocitoma, meduloblastoma, epen-
dimoma e glioma de tronco cerebral. Os tumores 
supratentorias incluem astrocitomas de baixo grau, 
astrocitoma de alto grau, craniofaringioma, menin-
gioma, tumor de células germinativas5.
Os sinais e sintomas estão relacionados ao 
índice de crescimento tumoral e à localização e 
geralmente são resultantes da pressão intracra-
niana aumentada e das deficiências neurológicas 
focais, incluindo cefaléia, náuseas, vômitos, piora 
da visão, diplopia, deficiência dos pares cranianos, 
circunferência craniana aumentada, convulsões, 
sonolência, irritabilidade, distúrbios da marcha, 
ataxia e papiledema no exame de fundo de olho. 
Essa semiologia é decorrente do crescimento do 
tumor em direção ao 4º ventrículo, levando, assim, 
à obstrução do fluxo liquórico. Pela compressão 
do tronco cerebral, sintomas respiratórios também 
podem estar presentes, levando a diversas compli-
cações e, consequentemente, pior prognóstico6. 
A avaliação dos valores da pressão inspira-
tória máxima e pressão expiratória máxima (PImáx 
e PEmáx) tem função no diagnóstico e prognós-
tico de desordens neuromusculares e pulmonares, 
permitindo o diagnóstico de insuficiência respira-
tória por falência muscular, diagnóstico precoce da 
fraqueza dos músculos respiratórios, auxiliando na 
avaliação da mecânica respiratória7, 8. 
A PImáx reflete a força muscular inspiratória, 
avaliando, assim, os músculos que participam da 
inspiração, não podendo ser isolado o diafragma, 
embora 70% do esforço realizado na inspiração seja 
equivalente ao trabalho desse músculo. A PEmáx 
reflete a força muscular expiratória, avaliando, 
assim, a musculatura abdominal9. 
O índice diafragmático (ID) é capaz de refletir 
o movimento toracoabdominal, e é determinado 
pelas mudanças nas dimensões ântero-posterior da 
caixa torácica e do abdome durante a fase inspi-
ratória e expiratória, sendo a respiração realizada 
profundamente, dessa forma caracterizando o 
padrão respiratório10. 
Considerando as complicações mais frequentes 
encontradas nesses pacientes (broncoaspirações, 
atelectasias e pneumonias), levanta-se a possibi-
lidade de os pacientes pediátricos com neoplasias 
encefálicas apresentarem alterações do padrão e 
das pressões respiratórias, tanto por alterações rela-
cionadas diretamente com o controle do sistema 
nervoso central sobre o sistema respiratório quanto 
às alterações da própria musculatura respiratória. 
Assim, o presente estudo tem como objetivo veri-
ficar o padrão respiratório e a força muscular respi-
ratória (PImáx e PEmáx) obtidas por meio do índice 
diafragmático e manovacuometria em pacientes 
pediátricos com neoplasias encefálicas11. 
Método
Estudo transversal descritivo realizado com 10 
pacientes pediátricos submetidos a tratamento no 
Ambulatório de Oncopediatria de um Hospital 
Filantrópico do Estado de São Paulo – SP – Zona 
Leste, de acordo com os critérios de inclusão, no 
período de dezembro de 2007 a abril de 2008. 
Os critérios de inclusão estabelecidos foram 
diagnóstico de neoplasias encefálicas independen-
temente de sua forma histopatológica; faixa etária 
de 7 a 16 anos; tempo de descoberta do tumor 
inferior a 5 anos e Termo de Consentimento Livre 
e Esclarecido (TCLE) assinado e datado pelos 
pais ou responsáveis legais. Os critérios de exclusão 
incluíram faixa etária inferior a 7 anos; comorbi-
dades (deficiência mental, distúrbios metabólicos, 
alterações cromossômicas), pacientes traqueosto-
mizados e não preenchimento do TCLE.
Antes das crianças serem incluídas no presente 
estudo, seus pais ou responsáveis foram informados 
sobre os procedimentos e os objetivos do estudo, 
sendo solicitado aos mesmos assinarem um TCLE, 
autorizando o seu filho a participar do eventual 
estudo, com fins acadêmicos de aprofundamento 
científico, o qual não trará danos morais e de saúde 
à criança. Este estudo foi aprovado pelo Comitê 
de Ética em Pesquisa da Universidade Cruzeiro do 
Sul, no dia 10 de dezembro de 2007. 
No primeiro momento, foi realizada a avaliação 
dos 10 pacientes pediátricos utilizando o índice 
diafragmático (ID) para avaliação do padrão respi-
Pediatria (são Paulo) 2009;31(3):143-51
146 ratório e o manovacuômetro para mensuração da 
PImáx e da PEmáx. 
A avaliação do padrão respiratório, PImáx e 
PEmáx foi feita somente no primeiro contato com 
os pacientes. Os valores obtidos das pressões respi-
ratórias foram comparados com uma curva de 
normalidade previamente descrita: PEmáx = 13,68 x 
idade – 32,97; PImáx = - 7,8 x idade + 14,42 12.
Para a realização do ID foi realizado o seguinte 
procedimento:
• Colocar o paciente na posição sentada;
• Solicitação de inspiração profunda máxima 
(Capacidade Pulmonar Total), seguida de expi-
ração total (Capacidade Residual Funcional) por 
duas vezes consecutivas, com pausa nos movi-
mentos respiratórios ao final da inspiração e da 
expiração;
• Durante as pausas respiratórias, foi realizada 
mensuração das variações dimensionais perimé-
tricas do tórax (ao nível do quarto espaço inter-
costal) e do abdome (ao nível da cicatriz umbilical), 
utilizando uma fita métrica milimetrada.
Para o cálculo do ID foi utilizada a fórmula ID 
= r AB/ r AB + r TX, na qual rAB significa 
variação do perímetro abdominal e r TX signi-
fica variação do perímetro torácico. Para classifi-
cação do padrão respiratório foi considerado ID = 
0,5 para padrão simétrico, ID < 0,5 para predo-
minância basal e ID < 0,5 para predominância 
apical10.
Para a mensuração das pressões respiratórias foi 
utilizado o aparelho manovacuômetro da marca 
“Gerar”, modelo MV 120, com escala variando 
de zero a 120 cmH2O positivos (para medidas de 
pressão expiratória máxima, PEmáx) e de zero a 120 
cmH2O negativos (para medidas de pressão inspi-
ratória máxima, PImáx). O paciente permaneceu na 
posição sentada, formando um ângulo de 90º entre 
o tronco e as coxas. O nariz foi ocluído com um 
clipe nasal, para não ocorrer vazamento de ar pelas 
narinas, gerando menor pressão respiratória e os 
pacientes foram orientados a segurar firmemente 
no conector bocal do aparelho, pressionando-o 
contra os lábios. 
Durante a mensuração da PImáx, o paciente foi 
instruído a expirar o volume corrente e o volume 
de reserva expiratório, ou seja, expirar até atingir 
o volume residual, e imediatamente no início da 
inspiração o orifício do manovacuômetro foi 
ocluído, a fim de gerar uma pressão negativa intra-
torácica, verificando, assim, o valor da PImáx no 
manômetro. A inspiração durou aproximadamente 
3 segundos, sendo realizada com o máximo de 
força e pelo maior tempo possível. Durante a 
mensuração da PEmáx, o paciente foi instruído a 
inspirar até a capacidade pulmonar total. Após 
isso, o orifício do manovacuômetro foi ocluído 
imediatamente no início da expiração, a fim de 
gerar uma pressão intratorácica, verificando, assim, 
o valor da PEmáx no manômetro. A expiração durou 
aproximadamente 3 segundos, sendo realizada com 
o máximo de força e pelo maior tempo possível. 
Ambos os procedimentos foram realizados três 
vezes, considerando-se o melhor resultado13. 
As crianças estavam com roupas confortáveis e 
foram avaliadas nas dependências do ambulatório 
da oncopediatria, em local privado, sem interfe-
rências externas. A avaliação teve um tempo deduração de aproximadamente 10 minutos para 
cada paciente. A avaliação foi realizada pela fisiote-
rapeuta do curso de pós-graduação em fisioterapia 
cardiorrespiratória e hospitalar, responsável pela 
pesquisa em questão.
No decorrer da avaliação foi utilizada máquina 
fotográfica para registro da avaliação, previamente 
autorizado pelos pais ou responsáveis. 
Após a avaliação das crianças, os dados cole-
tados foram organizados e submetidos à análise 
estatística pelo teste de correlação de Pearson, 
considerando valores entre 0 – 0,7 para correlação 
forte; 0,69 – 0,4 para correlação moderada e 0,39 
– 0 para correlação fraca, teste t de Student, consi-
derando o nível de significância ≤ 0,05 e análise 
em porcentagem pelo Excel, verificando, assim, as 
possíveis alterações na força muscular respiratória 
e classificando o padrão respiratório das crianças 
estudadas. 
Resultados
A média de idade dos 10 pacientes avaliados foi 
de 11,63 ± 2,90 anos, variando de 7 a 15,9 anos, 
correspondendo a 70% do sexo masculino e 30% 
do sexo feminino. Os tipos histopatológicos do 
tumor mais encontrados foram meduloblastoma 
(40%) e ependimoma (30%). O astrocitoma pilo-
cítico, glioma de alto grau e macroadenoma hipo-
fisário apresentaram, cada um, 10% dos tumores. 
Os sinais e sintomas iniciaram-se com 9,27 ± 
3,68 anos, sendo que a média de idade no momento 
do diagnóstico foi de 9,88 ± 3,68 anos, tendo apro-
ximadamente 6 meses de duração dos sintomas 
iniciais até o diagnóstico, variando de 1 a 15 meses. 
Todos os pacientes realizaram, em média, a exérese 
Padrão resPiratório e força muscular resPiratória em Pacientes com neoPlasias encefálicas
147do tumor há aproximadamente 2 anos. Apenas 4 
pacientes dos 10 avaliados colocaram derivação 
ventrículo-peritoneal (DVP), tendo média de 
idade 6,74 ± 3,52 anos. 
Na avaliação do padrão respiratório, a porcen-
tagem foi de 60% para o padrão apical, com média 
do ID de 0,33 ± 0,05, sendo que 4 pacientes eram 
do sexo masculino e 2 do sexo feminino. O padrão 
basal representou 20% dos casos, com média do ID 
de 0,57 ± 0,04, sendo que os 2 pacientes eram do 
sexo masculino e o padrão simétrico representou 
20%, com ID de 0,5, sendo que 1 paciente era do 
sexo feminino e outro do sexo masculino.
Na avaliação da PImáx, apenas 1 criança apre-
sentou força muscular normal (– 120 cmH2O) e 
9 crianças apresentaram em média valores abso-
lutos de PImáx, (Figura 1), mais positivos aos consi-
derados normais para a idade de acordo com a 
curva de normalidade, confirmando-se pelo teste 
t de Student que há diferença estatisticamente 
significante (p < 0,00); sendo assim, considera-se 
a hipótese afirmativa. É necessário enfatizar que 
pacientes que apresentam valores de PImáx mais 
próximo de zero são considerados portadores de 
fraqueza muscular respiratória, estando presente 
nos pacientes avaliados.
Na avaliação da PEmáx em relação à média dos 
valores absolutos (Figura 2), verificou-se que os 
pacientes pediátricos apresentaram valores infe-
riores aos considerados normais para a idade de 
acordo com a curva de normalidade, confirmando-
se pelo teste t de Student que há diferença esta-
tisticamente significante (p < 0,00); sendo assim, 
considera-se a hipótese afirmativa. 
Em relação à média da PImáx mensurada e ideal 
(curva de normalidade) de acordo com o sexo 
(Figura 3), observou-se que o sexo masculino apre-
sentava valores de PImáx mais positivos (valores mais 
próximos de zero) que o sexo feminino, apresen-
tando pelo teste t de Student diferença estatistica-
mente significante para a PImáx ideal pela curva de 
normalidade (p < 0,01), considerando a hipótese 
afirmativa e não houve diferença estatisticamente 
significante (p > 0,09) para a PImáx mensurada, 
considerando a hipótese nula. 
Em relação à média da PEmáx mensurada e ideal 
(curva de normalidade) de acordo com o sexo 
(Figura 4), observou-se que o sexo masculino apre-
sentava valores de PEmáx menores que o sexo femi-
nino, porém de acordo com o teste t de Student 
não houve diferença estatisticamente significante 
PImáx
cm
H
2O
0
-20
-40
-60
-80
-100
- 51,66
- 79,26
Pressão Mensurada Pressão Ideal
Figura 1 – Média dos valores absolutos da PImáx 
mensurada e ideal para idade dos 10 pacientes 
pediátricos com neoplasias encefálicas avaliados 
no Ambulatório de Oncopediatria de um Hospital 
Filantrópico do Estado de São Paulo (p < 0,00).
PEmáx
cm
H
2O
140
120
100
80
60
40
20
0
Pressão Mensurada Pressão Ideal
48
126,35
Figura 2 – Média dos valores absolutos da PEmáx 
mensurada e ideal para idade dos 10 pacientes 
pediátricos com neoplasias encefálicas avaliados 
no Ambulatório de Oncopediatria de um Hospital 
Filantrópico do Estado de São Paulo (p < 0,00).
Mensurada*
PImáx
Ideal**
-65
-47,85
-104,14
-72,16
cm
H
2O
0
-20
-40
-60
-80
-100
-120
Feminino Masculino
Figura 3 – Média dos valores absolutos da PImáx 
mensurada e ideal em relação ao sexo dos 10 pa-
cientes pediátricos com neoplasias encefálicas 
avaliados no Ambulatório de Oncopediatria de um 
Hospital Filantrópico do Estado de São Paulo (*p > 
0,09; **p < 0,01).
Pediatria (são Paulo) 2009;31(3):143-51
148 (PEmáx mensurada: p > 0,51; PEmáx ideal: p > 0,50); 
sendo assim, considera-se a hipótese nula. 
Em relação à PImáx ideal de acordo com a curva 
de normalidade, houve correlação linear negativa (r 
= - 0,99) com a idade desses pacientes, conforme 
demonstrado na Figura 5. 
É necessário enfatizar que, quando a correlação 
é negativa, significa que a mesma é inversamente 
proporcional, porém no caso da PImáx, os valores são 
negativos; dessa forma, quanto mais negativos os 
valores da PImáx significa melhor força muscular inspi-
ratória. Então, de acordo com a Figura 5, observa-se 
que quanto maior a idade. mais negativo o valor de 
PImáx, caracterizando força muscular normal. 
PEmáx
Mensurada* Ideal**
cm
H
2O
160
140
120
100
80
60
40
20
0
Feminino Masculino
Figura 4 – Média dos valores absolutos da PEmáx 
mensurada e ideal em relação ao sexo dos 10 pa-
cientes pediátricos com neoplasias encefálicas 
avaliados no Ambulatório de Oncopediatria de um 
Hospital Filantrópico do Estado de São Paulo (*p > 
0,51; **p > 0,50).
Anos
PLmáx ideal* PEmáx ideal**
cm
H
2O
Figura 5 – Correlação da PImáx e PEmáx ideal em 
relação à idade dos 10 pacientes pediátricos com 
neoplasias encefálicas no Ambulatório de Onco-
pediatria de um Hospital Filantrópico do Estado 
de São Paulo (*r = - 0,99, **r = 0,99).
Em relação à PEmáx ideal, de acordo com a curva 
de normalidade houve correlação linear positiva 
(r = 0,99) com a idade desses pacientes (Figura 5). 
Discussão
Segundo Costa e Leite14, em ordem decrescente 
de frequência, os tumores mais comuns na faixa 
etária pediátrica são o meduloblastoma, o astro-
citoma pilocítico e o ependimoma. No presente 
estudo, a maior frequência foi para meduloblas-
toma (40%) seguido do ependimoma (30%).
Segundo Epelman15, há predominância dos 
tumores de SNC ocorrerem no sexo masculino, 
sendo semelhantes aos resultados do presente 
estudo com 70% do sexo masculino e 30% do 
sexo feminino. Esses dados também são análogos 
ao estudo de Rondinelli et al.6, com 42 pacientes 
portadores de meduloblastoma, sendo que desses 
pacientes 30 eram do sexo masculino (57,7%). 
A média de idade no estudo realizado por 
Santos et al.16, com amostra de 14 pacientes, foi de 
8 anos, variando de 2 a 19 anos. Porém, no presente 
estudo, a média de idade foi de 11,63 anos, devido 
a faixa etária superior a 7 anos, variando até 15,9 
anos. Segundo Ferreira3, essa faixa etária é válida 
na oncologia pediátrica, pois os profissionais que 
trabalham com crianças e adolescentes que apre-
sentam câncer pretendem estendê-la para os 
menores de 21 anos, devido aos tumores do adoles-
cente e do adulto jovem entre 18 e 21 anos apre-
sentarem características diferentes daquelas obser-
vadas entre adultos mais velhos. 
A média de idade do diagnóstico foi de 9,88anos, estando de acordo com a literatura, pois, 
segundo Lima et al.17, as neoplasias encefálicas 
predominam inicialmente na primeira década de 
vida, com um novo aumento em incidência a partir 
dos 20 anos, atingindo o segundo pico na sexta 
década. 
Segundo Rondinelli et al.6, no seu estudo com 
42 pacientes portadores de meduloblastoma no 
período de 1990 a 2000, com faixa etária de 7 meses 
a 15,8 anos, a duração média dos sintomas iniciais 
até o diagnóstico foi de 5,3 meses. No presente 
estudo, mesmo com a faixa etária de 7 a 15,9 anos, 
o tempo médio de duração dos sintomas iniciais 
até o diagnóstico estava próximo a esses dados, 
apresentando 6 meses de duração dos sintomas 
com início aos 9,27 anos.
Segundo Juca et al.18, os tumores intracra-
nianos são responsáveis por 16% das hidrocefalias 
55
45
144
118,62
Padrão resPiratório e força muscular resPiratória em Pacientes com neoPlasias encefálicas
149adquiridas, principalmente na primeira década de 
vida, tendo necessidade de colocação de derivação 
ventrículo-peritoneal (DVP), sendo que no presente 
estudo apenas 4 pacientes necessitaram de colocação 
de DVP, com média de idade de 6,74 anos. 
Segundo Azeredo13, a respiração normal reali-
zada de forma correta em repouso consiste no 
deslocamento em harmonia do tórax e do abdome 
para fora durante a inspiração e no deslocamento 
para dentro durante a expiração, apresentando, 
assim, contração coordenada e sincronizada dos 
músculos respiratórios, caracterizando o padrão 
respiratório simétrico. Quando o diafragma não 
consegue desempenhar suas funções com eficácia, 
o SNC recruta a ajuda dos músculos acessórios, 
modificando, desde então, o padrão respiratório do 
paciente. 
No presente estudo, a maior porcentagem do 
padrão respiratório nos pacientes avaliados em 
repouso (posição sentada) foi padrão apical (60%). 
Dessa forma, esses pacientes não apresentam 
um bom equilíbrio toracoabdominal, influen-
ciando, assim, na mecânica respiratória. Segundo 
Apolinário et al.10, o diafragma é um músculo de 
maior participação no ato respiratório, assim sua 
contração correta (respiração diafragmática) favo-
rece a perfusão das áreas inferiores devido à ação 
da gravidade, influenciando em maior ventilação 
dessas áreas e otimizando a difusão do oxigênio, 
envolvendo menor gasto energético. 
Segundo Rondinelli et al.6, essa alteração no 
padrão respiratório também pode ser justificada 
pelo acometimento ou compressão do tronco cere-
bral, podendo determinar sintomas respiratórios, 
levando a uma incoordenação da respiração. 
Com base nesses dados e, segundo Azeredo13, a 
intervenção da fisioterapia respiratória é justificada 
nesses pacientes por meio de exercícios respira-
tórios para melhor funcionamento diafragmático, 
tendo por objetivo estabelecer ou restabelecer um 
padrão respiratório funcional, no intuito de reduzir 
os gastos energéticos durante a respiração, capa-
citando a criança a suas atividades de vida diária, 
sem promover grandes transtornos e repercussões 
negativas em seu organismo.
Segundo Tomalak et al.12, as crianças apre-
sentam pressões respiratórias menores que os 
adolescentes e adultos. Dessa forma, os valores 
mensurados foram comparados aos valores da 
curva de normalidade. 
Bethlem19 ressalta que o déficit de contração 
dos músculos respiratórios leva a um defeito 
restritivo com uma capacidade vital (CV) pequena, 
em função da redução da capacidade pulmonar 
total (CPT), e a um aumento do volume residual 
(VR). Com a fraqueza dos músculos inspiratórios 
e, consequentemente, redução da complacência 
pulmonar e torácica, ocorre diminuição da CPT. 
Em função do fechamento das vias aéreas basais a 
pequenos volumes pulmonares, levando a colapso 
das unidades pulmonares distais, ocorre dimi-
nuição da complacência pulmonar. Essa tendência 
é exacerbada por uma incapacidade de respirar 
profundamente e por uma tosse ineficaz, levando à 
retenção de secreções e áreas de colapso pulmonar. 
No presente estudo, os pacientes pediátricos 
apresentaram valores de PImáx mais próximos de 
zero em relação aos valores considerados normais 
pela curva de normalidade (exceto 1 paciente que 
apresentava PImáx normal), tendo diferença estatis-
ticamente significante (p < 0,00), determinando 
fraqueza muscular inspiratória. A PEmáx também 
estava diminuída nesses pacientes, apresentando 
diferença estatisticamente significante (p < 0,00), 
determinando fraqueza muscular expiratória.
Sabendo-se da relação existente entre a PEmáx, 
músculos abdominais e produção da tosse, ressalta-
se que uma fraqueza observada por valores de 
PEmáx inferiores aos considerados normais, apre-
sentada pelos pacientes avaliados, indica fraqueza 
de músculos abdominais e, consequentemente, 
uma tosse ineficaz. Segundo Azeredo20, a impos-
sibilidade de tossir possibilita o aparecimento de 
broncoplegia e/ou retenção de secreção, levando ao 
aparecimento de pneumonias secundárias, sendo 
que alterações de força muscular abdominal geral-
mente reduzem também a PImáx, estando de acordo 
com o presente estudo. 
Os baixos valores de PEmáx e PImáx observados 
nos pacientes avaliados indicam que eles são fortes 
candidatos a terem diminuição dos volumes e 
capacidade pulmonares, com consequente dimi-
nuição da complacência pulmonar e colapso das 
unidades pulmonares distais.
Segundo Harik-Khan et al.21, as pressões respi-
ratórias máximas podem ser alteradas por diversos 
fatores, entre eles: tempo prolongado em ventilação 
mecânica invasiva, levando ao enfraquecimento do 
diafragma e dos músculos intercostais, apresen-
tando PImáx de –25 a –30 cmH2O, ocasionando 
perda parcial da capacidade de expansão torácica 
modificando o padrão respiratório, tornando-se 
mais profundo para compensar a diminuição da 
expansão torácica. Dessa forma, esses pacientes 
Pediatria (são Paulo) 2009;31(3):143-51
150 com insuficiência da musculatura respiratória 
apresentam hipercapnia e incapacidade de tossir 
ou proteger a via aérea, levando a pneumonias e 
broncoaspirações de repetição. Por isso, justifica-se 
a necessidade de intervenção fisioterapêutica para 
esses pacientes, tanto a nível hospitalar quanto 
ambulatorial, pois os pacientes pediátricos, mesmo 
após aproximadamente 2 anos de exérese de 
tumor, apresentaram alterações na força muscular 
respiratória. 
Observamos que não houve diferença estatis-
ticamente significativa entre a PImáx mensurada e 
o sexo (p > 0,09). Porém, houve diferença estatis-
ticamente significativa entre a PImáx ideal (curva 
de normalidade) e o sexo (p < 0,01), comprovando 
que o sexo masculino apresenta valores de PImáx 
ideal (curva de normalidade) mais próximo de 
zero, ou seja, déficit de força muscular inspiratória 
maior que o sexo feminino. Em relação à PEmáx 
mensurada e ao sexo, não houve diferença estatis-
ticamente significativa (p > 0,51), o que também 
ocorreu com a PEmáx ideal (curva de normalidade) 
e o sexo (p > 0,50). Porém, observando os valores 
absolutos de PEmáx, o sexo masculino apresen-
tava PEmáx menor que o sexo feminino. Isto pode 
ser justificado pelo maior número de pacientes 
do sexo masculino (7 pacientes) em relação ao 
feminino (3 pacientes). Dessa forma, em futuros 
estudos, seria interessante uma amostra homo-
gênea para ambos os sexos. 
No estudo de Harik-khan et al.21, verificou-se 
que há diferença entre os sexos nos valores das 
pressões respiratórias máximas, sendo que a força 
muscular respiratória é cerca de 30% maior nos 
homens quando comparados às mulheres. Esses 
dados não correlacionam-se com o presente 
estudo, pois o sexo masculino apresentava valores 
menores de pressões respiratórias quando compa-
rado ao sexo feminino. Porém, deve levar em 
consideração que a população é pediátrica. 
Observamos que houve correlação linear nega-
tiva entre a PImáx ideal (curva de normalidade) e 
a idade (r = - 0,99) e correlação linear positiva 
entre PEmáx ideal (curva de normalidade) e a idade 
(r = 0,99), estando de acordocom os estudos de 
Hautmann et al.22, que verificaram correlação 
entre PImáx, PEmáx e idade. 
Para a realização deste trabalho, encontramos 
algumas dificuldades, tais como, a falta de estudos 
para referência no que se refere a temas ou meto-
dologias análogos sobre padrão respiratório e força 
muscular respiratória nos pacientes pediátricos 
com neoplasias encefálicas. Além disso, houve 
dificuldades para o recrutamento dos pacientes, o 
que limitou a amostra do estudo. 
Conclusão
Os pacientes pediátricos com neoplasias 
encefálicas apresentam déficit de força muscular 
respiratória no que se refere aos valores conside-
rados normais para a idade de PImáx e PEmáx, além 
de apresentarem alterações no padrão respira-
tório, caracterizado por padrão apical. Embora o 
presente estudo não tenha verificado a atuação da 
fisioterapia nesses pacientes, sugere-se que esses 
sejam incluídos em um programa de reabilitação, 
que tenha fisioterapia respiratória específica, pois 
a abordagem fisioterapêutica é um instrumento 
fundamental na reabilitação da força muscular 
respiratória e padrão respiratório, minimizando 
suas limitações e diminuindo o gasto energético 
para as atividades. 
No entanto, há necessidade de novos estudos 
com casuísticas maiores e amostras probabilís-
ticas para se avaliar as alterações respiratórias no 
quesito padrão respiratório e força muscular respi-
ratória em uma população maior de pacientes com 
neoplasias encefálicas. 
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Endereço para correspondência: 
Elaine Aurelina Oliveira
Rua Tristão José Ferreira, 223 – São Miguel 
Paulista – São Paulo – SP
E-mail: naninhaao@ig.com.br 
Submissão: 10/6/2008
Aceito para publicação: 2/3/2009
Trabalho realizado na Universidade Cruzeiro do Sul – UNICSUL, São Paulo, SP, Brasil.

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