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Introdução a sociologia

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ 
PRÓ-REITORIA DE EXTENSÃO E AÇÕES COMUNITÁRIAS 
DEPARTAMENTO DE EXTENSÃO 
PROGRAMA DE INCLUSÃO, ACESSO E PERMANÊNCIA 
__________________________________________________________________________________________________________________________________ 
 
Disciplina: Sociologia 
Professor: Delque Pantoja 
 
INTRODUÇÃO A SOCIOLOGIA 
 
Como você se define enquanto pessoa? 
Como determinadas situações mudam e trazem 
desdobramento para a sua vida? É uma pessoa 
autônoma?Autônoma é uma forma de pensar e 
de agir frente às diversas situações enfrentada 
pelo individuo dentro do seu dia a dia. Vamos 
trabalhar com exemplos simples, para você 
entender; quando uma pessoa esta se sentindo 
ruim, o que deve-se fazer? Sempre tem alguém 
que indica um remédio, tem uma receita infalível. 
Esta forma de indicar o remédio para a 
pessoa, se for olhar no passado, era uma prática 
bem mais comum, mas hoje com maior 
possibilidade de aceso ao médico, ficou mas 
reduzida esse tipo indicação de ação, mas isso 
não quer dizer que ninguém o faça. 
Essa indicação do remédio por uma 
pessoa que não é médico= é uma espécie de 
senso comum. 
No caso tem que se consultar com o 
médico, por que ele é a pessoa especializada 
para tratar dessas questões de saúde. 
Então, o que seria um Senso Comum? 
Podemos dizer que são soluções simples do 
cotidiano, com pouca elaboração e sem nenhum 
conhecimento cientifico especifico e aprofundado. 
Doutor em filosofia, Rubens Alves um dos 
grandes intelectuais brasileiro, em seu livro 
Filosofia da Ciência, para ele o senso comum é 
aquilo que não é ciência. Em outras palavras, é 
compreender que a pessoa que indicou o 
remédio sem o mínimo de conhecimento na área 
da medicina não é algo cientifico, mas uma 
probabilidade que pode funcionar para o dia a dia 
das pessoas. 
Mas tem uma explicação lógica por que as 
pessoas indicam o remédio. Dentro do seu 
conviveu social elas passam a aprender com 
seus avos, seus pais e etc, assim elas são 
detentora de um conhecimento empírico, é por 
essa percepção que Rubens Alves afirma que a 
ciência, na verdade, é um refinamento ou 
melhoramento, do senso comum. O senso 
comum e a ciência nos apresentam respostas, 
soluções práticas para nossos problemas do dia 
a dia. Então, em que se constitui a diferença 
entre senso comum e ciência? É que a ciência 
tem um conhecimento mais elaborado, seus 
métodos de investigação. 
Ao percebe ou fazer uma analise do 
senso comum, não estou dizendo que ela esta 
errada e que devemos rejeitar. O que estou 
propondo de uma forma bem sucinta, é que você 
pode e deve ultrapassar a barreira do 
conhecimento comum, e nesta perspectiva sobre 
a sociedade. 
Outra questão que devemos entender ou 
desmistificar é o simbolismo dado ao termo 
cientista. Ratificando o pensamento de Rubens 
Alves quando ele explica que um cientista não é 
uma pessoa que pensa melhor ou analisa os 
fotos com 
Maior, clareza do que os outros. Para o autor a 
tarefa de refletir e de entender os porquês das 
coisas cabe a todos nós, para isso cai por terra à 
ideia de que não precisamos pensar, porque 
existem pessoas melhores para fazer isto, é 
furada. 
Quando buscamos um pouco mais do 
conhecimento elaborado e investigativo, 
começamos a refletir melhor sobre como 
funciona a sociedade, e entender com clareza as 
relações sociais dentro dela, entre outras coisas. 
Mas na prática o que isso trará para nós? 
Trará-lhe conhecimentos dos fatos e autonomia 
para CONCORDAR OU DISCORDAR POR SI 
PRÓPRIO sobre as questões sociais e seu papel 
em sociedade. 
Esta é a compreensão e a independência 
que você tenha: A DE REFLEXÃO. 
A partir dessa analise e dos argumentos 
apresentados o que é sociologia? É uma ciência 
ou senso comum? 
 
Sobre a sociologia o que é preciso conhecer 
para entender? 
 
A Sociologia é uma forma do 
conhecimento e saber científico. Mas a sociologia 
não foi e não é uma ciência redentora que vai 
Prof. Delque Pantoja – Sociologia – UniENEM/2017 
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solucionar todos os males sociais, ela surge 
como mecanismos para fornecer um novo 
entendimento sobre a sociedade. É importante 
compreender o contexto no qual a sociologia 
nasceu suas contribuições para o entendimento 
dos fatos que dar referenciais para refletimos 
sobre as sociedades, temos que entender que 
antes de se tornar ciência, a sociologia era 
pensada em diferentes contextos históricos e em 
diferentes sociedades e como parte desse 
desenvolvimento chegou ao Brasil, suas 
características e fatores fundamentais para 
analisar as sociedades atuais. 
A sociologia enquanto ciência é 
considerada nova, ela surge no final do século 
XVIII e teve sua consolidação no inicio do século 
XIX, na busca por entender a sociedade e seus 
conflitos. Mas o objetivo de pensar sobre os 
problemas sociais, está no centro de sua 
finalidade desde a antiguidade, se estudamos 
sobre a Grécia Antiga, vamos ver que lá, já havia 
o desejo de se entender a sociedade. 
 
Uma analise do processo histórico do pensar 
Sociológico desde a Antiguidade. 
 
 Na antiguidade, mas especificamente no 
século V a.c, encontramos uma corrente filosófica 
que é conhecida como sofistas, eles começam a 
dar atenção aos problemas sociais e políticos de 
sua época. Mas para tanto não são os gregos os 
fundadores da Sociologia. 
Já quando chegamos à filosofia clássica 
termos Platão (427-347 a.c) e Aristóteles (384 – 
347 a. c) como os mais importantes filósofos da 
humanidade, com eles surgiram as primeiras 
analises dos trabalhos reflexível sobre a 
sociedade. Platão em sua obra A Republica, no 
seu segundo livro Sócrates começa seu discurso 
falando sobre a origem da sociedade, e esta é 
formada para satisfazer a necessidade da vida. 
Aristóteles já mencionava que o homem era um 
ser que, necessariamente, nasce para estar 
vivendo em conjunto, isto é, em sociedade. No 
seu livro chamado A Política, no qual consta um 
estudo dos diferentes sistemas de governo 
existentes, percebe-se o seu interesse em 
entender a sociedade. 
Com o fim da antiguidade, termos uma 
nova configuração no mundo, uma nova forma de 
governo, ou seja, a Idade Média, que vai do 
século V d. c ao século XV d.c, que se constitui 
um período de dez séculos ou mil anos, mas 
entre os anos de 476 a 1453, segundo os 
renascentistas (que vamos entende depois), um 
período que ficou conhecido como “período das 
trevas”, que era a forma que se ver o mundo. 
Para eles o que devia prevalecer era a fé, onde o 
campo místico e religioso trazia e oferecia todas 
as explicações viáveis para os acontecimentos 
do mundo. Na Europa Medieval, esse predomínio 
religioso foi da Igreja Católica. 
Dentro desse contexto histórico da Idade 
Média, se constituía um predomínio da fé, para 
os humanistas renascentistas, essa dominação 
pela fé traria um tipo de asfixiava às tentativas de 
explicações mais especulativas (cientifica) sobre 
a sociedade. Ao não comprimento de uma lei ou 
regra estabelecida socialmente se configuraria 
como pecado, assim, podemos entender a 
tamanha relação entre a vida cotidiana e o 
mundo sobrenatural. Quando buscamos analisar 
o “período das trevas” (Idade Média), na 
percepção dos renascentistas podemos ver pela 
sua ótica de mundo, “meio tenebroso”. Mais se 
olhamos com clareza, entenderemos que foi um 
período muito importante para a história da 
humanidade. 
 
A caminho da razão. 
 
A apresentação desse contexto histórico é 
para mostrar que nem sempre os seres humanos 
puderam contar com a ciência para entender o 
mundo, em especial o social, que é o objetivo de 
nossa compreensão. Assim, podemos entender 
que estudiosos no passado buscavam um 
entendimento, baseado em uma explicação a 
respeito da realidade que os indivíduos ficaram 
presos, na tradição, nos mitos antigose em 
explicações religiosas. 
A dominação, nas organizações sociais, 
baseados nos princípios religiosos, ou seja, na fé 
se estendeu até o século XV. Para tanto, com o 
século XIV começava a acontecer uma revolução 
cultural. Dava-se inicio ao Renascimento. 
Os renascentistas, baseados na 
percepção da filosofia grega que deram inicio ao 
questionamento do mundo de maneira reflexiva 
(como foi apresentado de forma sucinto 
anteriormente no texto), assim, eles rejeitavam 
todo e qualquer pensar sobre a cultura medieval, 
que está ligada diretamente aos valores da igreja, 
no caso, a Católica. 
Prof. Delque Pantoja – Sociologia – UniENEM/2017 
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O pensamento renascentista proliferou-se 
por muitas partes da Europa e passaram a 
influenciar a arte, a ciência, a literatura e a 
filosofia, apresentando e defendendo o 
pensamento crítico. Nesse período se constitui 
um novo olhar de forma mais realista, e 
aparecem pensadores que passam a investigar a 
sociedade. 
Dentre eles Nicolau Maquiavel (1469-
1527), em que sua obra O Príncipe, faz uma 
espécie de manual de guerra para Lorenzo de 
Médici. Ali comenta como o governante pode 
manipular os meios para a finalidade de 
conquistar e manter o poder em suas mãos. 
Obras como esta dão um novo olhar para 
sociedade; através da razão os homens 
poderiam dominar a sociedade, longe das 
influências divinas. 
 
O Iluminismo 
 
“Esclarecimento [Aufklärung] é a saída do 
homem de sua menoridade da qual ele próprio é 
culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer 
uso de seu entendimento sem a direção de outro 
indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa 
menoridade se a causa dela não se encontra na 
falta de entendimento, mas na falta de decisão e 
coragem de servir-se de si mesmo sem a direção 
de outrem. Sapere aude! Tem coragem de fazer 
uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do 
esclarecimento.” (KANT, 1783) 
No século XVIII, na Europa tem um 
momento que fica conhecido como Iluminismo, 
tem o seu inicio na Inglaterra e na França, mas 
com o decorrer do tempo espalhou-se dentro do 
continente europeu com ideias que valoriza a 
ciência e a racionalidade no entendimento da 
vida social que passou a ser mais forte ainda. No 
domínio da cultura, na Europa do século XVIII 
assistiu ao grande desenvolvimento da Filosofia 
das Luzes, as suas ideias tinham por base o 
racionalismo, isto é, a primazia da razão humana 
como fonte do conhecimento. 
A insatisfação generalizada que reinava 
na Europa, devida à opressão exercida pela 
política dos governos absolutistas, que era 
combatida pelo Iluminismo, com intensa 
produtividade de artistas, homens de ciência e 
filósofos e colaborou decisivamente para mudar 
as formas de pensar, sentir e agir das pessoas 
esse período. 
O absolutismo, que começou a surgir na 
Europa ainda no final da Idade Média, no século 
XV, em que o rei concentrava todo o poder em 
suas mãos e governava sendo considerado um 
representante divino na terra, uma voz de Deus, 
na qual até a igreja raramente se sujeitava. A 
principal característica das ideias iluministas se 
constituiu na explicação racional das questões 
que envolviam a sociedade, ou seja, seus 
conflitos sociais. 
Com o desenvolvimento desta corrente 
filosófica a sociedade passou a ser pensada por 
vários autores como: Voltaire (1694-1778), 
filósofo que defendia a razão e combatia o 
fanatismo religioso; Jean-Jacques Rousseau 
(1712-1778), que estudou sobre as causas das 
desigualdades sociais e defendia a democracia; 
Montesquieu (1689-1755), que criticava o 
absolutismo, e defendia a criação de poderes 
separados (legislativo, judiciário e executivo), os 
quais dariam maior equilíbrio ao Estado, uma vez 
que não haveria centralidade de poder na mão do 
governante. 
Pois bem, o Iluminismo trás através de 
seus pensadores e suas teorias sobre a 
sociedade, neste período do surgimento é que se 
consolida toda preparação para uma ciência que 
viesse contribuir com a interpretação dos 
movimentos da sociedade. 
 
O Iluminismo combatia: 
 
 O absolutismo Monárquico; 
 O mercantilismo: a intervenção do estado 
na vida econômica; 
 O argumento do direito divino dos reis; 
 A participação da igreja na vida pública. 
 
As principais ideias defendidas pelo 
Iluminismo: 
 
 A igualdade Jurídica; 
 A tolerância religiosa ou filosófica; 
 A liberdade pessoal e social; 
 Direito a propriedade privada; 
 Defesa do contrato como mediador das 
relações sociais. 
Depois de toda essa apresentação sobre o 
processo histórica desde a antiguidade até a era 
moderna, onde damos inicio a análise de duas 
grandes causas importantíssimas para o 
surgimento da Sociologia enquanto Ciência. 
Prof. Delque Pantoja – Sociologia – UniENEM/2017 
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 Essas duas grandes causas são: a 
Revolução Industrial em (1760), e a Revolução 
Francesa (1789). 
 
 Revolução Industrial 
 
A Revolução Industrial se constitui como 
causa econômica, com grande expansão do 
comercio ultramarino (grande demanda de 
produtos). Dentro desse processo acontecem 
grandes transformações sociais. 
A expressão Revolução Industrial foi 
difundida a partir de 1845, por Friedrich ENGELS 
(1820-1895) um dos fundadores do socialismo 
científico, para designar o conjunto de 
transformações técnicas e econômicas que 
caracterizam a substituição de energia física pela 
energia mecânica, da ferramenta pela máquina e 
da manufatura pela fábrica no processo de 
produção capitalista. 
Até então um país como a Inglaterra que 
tinha sua produção na mão do artesão agora com 
as grandes navegações e suas demandas de 
produtos tem que buscar uma forma de produzir 
em alta escala, foi o grande precursor do 
capitalismo, ou seja, a passagem do capitalismo 
comercial para o capitalismo industrial. Escritores 
consagrados como Adam Smith, Karl Marx, Eric 
Hobsbawm entre outros exploram a importância 
da Revolução Industrial e o surgimento do 
capitalismo moderno. 
A Revolução Industrial acelerou o 
processo de migrações ou êxodo rural do campo 
para a cidade, o que intensificou o crescimento 
da população urbana e contribuiu para a 
formação de uma nova classe social, e esse novo 
fenômeno social trás, mão de obra abundante e 
barata, ou seja, a classe operária. A jornada de 
trabalho nas primeiras décadas de 
industrialização tinha uma duração de 14 a 16 
horas diária. Os baixos salários, em 
consequência de abundância da mão de obra e 
da utilização das máquinas reduziram o preço da 
força de trabalho a níveis de mera substância. 
 
Causas gerais da Revolução Industrial 
 
Entre os diversos fatores que se encontram 
na origem do processo de industrialização, seis 
merecem destaque especial: 
 
 O aparecimento das máquinas: Máquina 
a vapor (Thomas Newcomen –1712), 
 Revolução Comercial: Criou condições 
para a Revolução Industrial; 
 
 Acumulação de capitais: comércio, 
exploração colonial, tráfico negreiro, 
desenvolvimento manufatureiro, etc; 
 
 
 Apropriação dos meios de produção 
pela burguesia: terras, manufaturas, 
fontes de energia; 
 
 Expansão dos mercados: Expansão 
marítima e colonial, origens da 
globalização, difusão do trabalho 
assalariado; 
 
 
 Formação da classe operária: êxodo 
rural, ruína dos artesãos independentes, 
divisão e especialização do trabalho. 
 
Aspectos sociais da Revolução Industrial: 
 
 Consolidação da sociedade capitalista e 
da hegemonia burguesa. 
 
 Burguesia: banqueiros, investidores, 
grandes industriais e comerciantes, 
latifundiários. 
 
 
 Pequena burguesia: pequenos 
empresários e proprietários, profissionais 
liberais, funcionalismo publico, técnicos, 
gerentes. 
 
 Proletariado: operariado, trabalhadores 
assalariados urbanos e do campo. 
 Utilização das máquinas e novas fontes 
de energia; 
 Revolução nos transportese nas 
comunicações. 
 
Revolução Francesa 
 
A Revolução Francesa (1789) se constitui 
como uma causa histórica política. Afinal foi com 
ela que a burguesia ascendente assumiu o poder 
político usando o povo, a nobreza e o claro 
Prof. Delque Pantoja – Sociologia – UniENEM/2017 
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tentavam sabota qualquer tentativa de reforma, a 
pequena burguesia que participou ativamente da 
revolução entres eles, os pequenos 
comerciantes, os artesãos contra os reis 
franceses que foram guilhotinados, o 
disseminado os princípios da Liberdade, 
Igualdade e Fraternidade. 
Podemos entender essa luta de duas classes 
ou sociedades antagônicas, de dois sistemas de 
Estado o Absolutismo e o Liberalismo. A 
sociedade francesa estava dividida em: 
 
 
 
Burguesia: 
 
As pessoas que moravam nos núcleos 
urbanos (burgos), eram identificadas como sendo 
os burgueses. Mas com o passar dos tempos, 
essa denominação ficou apenas para os que 
haviam enriquecido com o comércio, sobretudo 
os comerciantes e banqueiros. 
 
As principais causas da Revolução Francesa 
foram as seguintes 
 
 A crise financeira sofrida pelo país antes 
da revolução (uma das principais causas); 
 Os envolvimentos da França na Guerra de 
Independência dos Estados Unidos, além 
da participação e derrota na Guerra dos 
Sete Anos; 
 O regime político do país, que era 
governado pelo absolutismo do rei; 
A ascensão da classe burguesa, que 
desejava mais liberdade em relação ao comércio 
e o fim dos altos impostos. 
O movimento cultural e intelectual iluminista, 
que buscava a reforma social e o fim dos 
pensamentos medievais. 
A Sociologia esboçou-se enquanto ciência 
no encalce do pensamento positivista, vinculada 
à ordem das Ciências Naturais, defendida por 
dois dos maiores pensadores: Auguste Comte e 
Êmille Durkheim. Tanto Comte quanto Durkheim, 
compartilhavam das mesmas preocupações 
sobre como resolver os graves problemas 
sociais, adquirido com advento dos meios de 
produção capitalista, que teve grande influência 
das duas revoluções burguesas, dessa forma 
ambos buscam o entendimento e a compreensão 
destes conflitos sociais surgido na sociedade 
como: a miséria, o desemprego, alcoolismo e as 
consequentes greves e rebeliões operárias. 
Buscava com essa nova ciência implantar 
uma nova educação, capaz de adequar 
devidamente os indivíduos à nova sociedade, 
com resgate de valores morais – como a 
solidariedade – e estabelecer relações estáveis 
entre as pessoas, independente da classe social 
e à qual se vinculem. 
Depois de todo esse processo histórico e 
já com o surgimento da sociologia em quanto 
ciência, e sua consolidação, assim, ocorrer sua 
inserção no pensamento intelectual da sociedade 
moderna em volta dos movimentos sociais 
organizados, esta ciência teve sua inserção de 
uma forma completa nas três correntes do 
pensamento filosófico centrais, que tem como 
finalidade analisar, compreender, explicar e dar 
respostas aos fenômenos (acontecimentos) 
sociais, políticos, econômicos e culturais. 
A partir da consolidação da sociedade 
capitalista nos séculos XVIII, XIX e XX as três 
correntes filosóficas buscam expor não dentro da 
mesma ótica, necessariamente, seja ela com a 
mesma analise ou com os mesmos princípios, 
mas, no entanto, em diferentes olhares e 
percepção da compreensão metodológica na 
construção e desenvolvimento dos conflitos e 
práticas sociais. 
 
Lembrete aos alunos PIA, fiquem atentos as 
essas observações e definições abaixo. 
 
O contexto histórico do surgimento da 
sociologia dentro de um processo de 
transformação, que se constitui em causas 
econômicas, causas históricas e conceitos entre 
outros, assim elencarei alguns. 
 
Prof. Delque Pantoja – Sociologia – UniENEM/2017 
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 Idade Moderna: transição do feudalismo 
para o capitalismo. 
 
 Revolução industrial: é afirmação do 
modo de produção capitalista. 
 
 
 Século XIX: Consolidação da burguesia e 
da sociedade capitalista. 
 
 Urbanização: formação da classe 
operária, setores marginalizados. 
 
 
 Iluminismo: racionalismo, 
desenvolvimento cientifico e tecnológico. 
 Problemas sociais e criticas as 
contradições do sistema capitalista. 
 
Atenção: Iluminismo: movimento intelectual 
que surgiu e se desenvolveu na Europa no 
século XVIII, o Iluminismo teve significativa 
influência nas transformações políticas e 
econômicas ocorridas nesse período. 
Suas propostas mais relevantes foram a 
defesa da liberdade econômica e política e a 
valorização da ciência como principal meio de 
compreensão do mundo, deixando em segundo 
plano as explicações religiosas e superstições 
oriundas das tradições e do senso comum. Seus 
ideais serviram aos interesses da burguesia 
nascente contra a estrutura social do Estado 
absolutista. John Locke, Voltaire, Charles de 
Montesquieu, Jean-jacques Rousseau e Adam 
Smith são os representante mais importante do 
Iluminismo e tiveram um papel central na 
construção do pensamento social 
contemporâneo. 
 
Ciências Sociais: 
 
Área do conhecimento formada por três 
disciplinas, principalmente: Antropologia, 
Sociologia e Ciência Política. Em conjunto, elas 
buscam compreender a realidade e propor 
soluções para inúmeros conflitos sociais 
contemporâneos. Ainda que, na prática, a divisão 
entre as três ciências não seja rigorosa, por 
convenção a Antropologia prioriza os fenômenos 
culturais; a Ciência Política, as relações de poder 
e instituições políticas; e a Sociologia, a análise 
das relações e estruturas sociais. 
 
Sociologia e sua interpretação: 
 
Diferentemente dos modos de 
organização da vida social que a precederam, a 
sociedade contemporânea, devido ao papel 
exercido pelo conhecimento cientifico, tem sido 
capaz de produzir diferentes explicações sobre si 
mesmo. Muitas das reflexões construídas se 
devem a análises sociológicas da realidade 
social. Se pensar sobre a vida social é uma 
característica das sociedades humanas, com a 
Sociologia esse pensar adquire um rigor e uma 
perspectiva singulares, que se expressam na 
construção de diferentes métodos de análise da 
realidade social. 
Estuda as relações sociais e as formas de 
associação, considerando as interações que 
ocorrem na vida em sociedade. A Sociologia 
envolve, portanto, o estudo dos grupos e dos 
fatos sociais, a divisão da sociedade em classes 
e camadas, da mobilidade social, dos processos 
de cooperação, competição, conflito na 
sociedade etc. 
 
 Sociedade - complexo de relações 
humanas, ou seja, um sistema de 
interação; 
 Social - qualidade de interação, inter-
relação e reciprocidade. 
 
Augusto Comte (1798 - 1857), Émile 
Durkheim (1858 - 1917), Karl Marx (1818 - 
1883) e Mar Weber (1864 - 1920). Esses 
autores são considerados como os clássicos da 
Sociologia e propulsores dessa corrente que 
influenciaram e ainda influenciam na manutenção 
ou na mudança das relações sociais, 
consequentemente no modo de produção 
capitalista. É fundamental compreender estes 
autores para melhor analisar o contexto e 
momento histórico vivenciado, analisando quais 
foram os seus legados à sociologia, moderna e 
contemporânea. 
 
Vamos conhecer um pouco mais sobre os 
clássicos da Sociologia. 
Isidore Augusto Merie Xavier Comte 
(1798 - 1857), nascido em 19 de janeiro em 
Montpellier, Fraça, filósofo de família católica. 
Iniciou seus estudos no liceu de Montpellier. Mas 
tarde aos 16 anos ingressou na Escola 
Prof. Delque Pantoja – Sociologia – UniENEM/2017 
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Politécnica de Paris. É considerado o pai da 
Sociologia. Foi ele quem pela primeira vez usou 
essa palavra, em 1839, em seu Curso de filosofia 
positiva, entendido por ele como “física social”. 
Para Comte, o conhecimento da sociedade 
visava ao restabelecimento de sua “ordem”. Para 
conhecera sociedade era preciso os mesmos 
procedimentos investigativos das ciências 
naturais, tais como a observação, 
experimentação e a comparação. 
Comte faz parte de um grupo de 
pensadores classificado como conservador, pois 
suas ideias propõem a estabilidade e 
desenvolvimento da sociedade capitalista. 
Segundo ele, a sociedade estava passando por 
um estado de “caos social” pós-revolucionários, 
seja porque as ideias religiosas não mais serviam 
de modelo de conduta para os homens e, 
portanto, não se prestava a reorganizar a 
sociedade. A sociologia de Comte pregava a 
necessidade de reconciliação entre a “ordem” e o 
“ progresso”, sendo a ordem existente o ponto de 
partida para a nova sociedade, já o progresso se 
apresentaria como consequência da ordem 
existente. Suas principais obras são, Política 
positiva ou tratado de sociologia instituindo a 
religião da humanidade e o catecismo positivista 
ou exposições sumárias. 
Comte desenvolveu a lei dos três estados: 
todas as ciências e o espírito humano como um 
todo se desenvolve por meio de três fases 
distintas: 
Teológica: 
 A explicação sobre os acontecimentos e 
os fenômenos ocorre a partir da crença na 
intervenção de seres pessoais e sobrenaturais. O 
mundo torna-se compreensível somente através 
das ideias de deuses e espíritos. A mentalidade 
teológica também desempenhava o papel de 
coesão social, fundamentando a vida moral. 
Metafísica: 
Atribui forças para explicar os diferentes 
grupos de fenômenos em substituição às 
divindades da fase teológica. Fala-se em forças 
físicas, forças químicas, força vital. Diferença: 
metafísica coloca o abstrato no lugar do concreto 
e a argumentação no lugar da imaginação. 
Positiva: 
Caracteriza-se pela subordinação da 
imaginação e da argumentação à observação. A 
visão positiva dos fatos abandona a consideração 
das causas dos fenômenos e torna-se pesquisa 
de suas leis, entendidas como relações 
constantes entre fenômenos observáveis. 
Empregar o mesmo método para todos os 
campos científicos – convergências e 
homogeneidade de teorias. A previsibilidade 
científica permite o desenvolvimento da técnica. 
Para Conte a duas categorias centrais em 
sua Sociologia. A Estática e a Dinâmica social, a 
estática consiste no estudo do consenso social, 
ele faz uma comparação com um organismo vivo, 
se por um lado à estática se presta a fazer a 
analise da estrutura da sociedade, por outro, 
analisa aos elementos que determinam o 
consenso social, daquilo que faz os indivíduos 
uma coletividade e das instituições uma unidade. 
Já a Dinâmica é a descrição das etapas 
sucessivas percorridas pelo processo histórico 
das sociedades humanas, comandada por leis. 
Essa esta subordinada a Estática. 
 
Émille Durkheim (1858-1917) 
 
 Contribuição: estabelecer a sociologia 
um objeto (Fato social) e um método 
(Funcionalista), em sua obra As regras do 
método sociológico 
Émile Durkheim (1858-1917), nasceu em 
Epinal, na Alsácia. Era descendente de uma 
família de rabinos. Iniciou seus estudos 
filosóficos na Escola Normal Superior de Paris, 
indo depois para a Alemanha. Lecionou 
Sociologia em Bordéus, primeira cátedra dessa 
ciência criada na França. Transferiu-se em 1902 
para Sorbone, para onde levou inúmeros 
cientistas entre eles seu sobrinho Marcel Mauss, 
reunindo-os num grupo que ficou conhecido 
como a escola sociológica francesa. 
 
Suas principais obras foram: 
 Da Divisão do Trabalho Social; 
 As Regras do Método Sociológico; 
 O Suicídio; 
 Formas Elementares da Vida 
Religiosa; 
 Educação e Sociologia; 
 Durkheim delimitou claramente o objeto 
do estudo da sociologia, o Fato Social. Em seu 
livro “As regras do método sociológico”, Durkheim 
mostra que em todas as sociedades existe um 
grupo determinado de fenômenos que são 
exteriores ao individuo e exercem um poder 
coercitivo sobre o mesmo, a este ele denominou 
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de fato social, o FATO SOCIAL em Durkheim 
consiste na maneira de pensar, sentir e agir 
exteriores ao individuo dotadas de um poder de 
coerção reconhecida para a existência de alguma 
sanção determinada. 
Durkheim ao definir os fatos sociais, 
mostra consequentemente que o homem é mais 
que um formador da sociedade é um produto 
dela, ou seja, ao receber das instituições sociais 
uma série de princípios que nos é passado, em 
grande parte, através da educação, princípios 
morais, religiosos, éticos ou de comportamento, 
qualquer desvio a estes percebe uma grande 
repressão por parte da consciência pública, que 
segundo Durkheimt “reprimem todos os atos que 
a ofendam, através da vigilância que exercem 
sobre a conduta dos cidadãos e das penas 
especiais que dispões” (Durkheim, 1968, p. 390). 
Durkheim parte da ideia de que o 
indivíduo é produto da sociedade. Como cita 
Aron, “[…] o indivíduo nasce da sociedade, e não 
a sociedade nasce do indivíduo” (2003, p. 464). 
O indivíduo e a sociedade, para Durkheim, 
compõem uma inter-relação conjugada, onde 
uma parte pertence ao outro em harmonia 
constante. Na verdade, uma tensão entre 
indivíduo e sociedade seria um equívoco em 
termos, pois o indivíduo não existe em sua 
plenitude, ou seja, as ações sociais não 
dependem do indivíduo, mas sim, do coletivo. 
 
Fato social tem que ter três 
características: 
 
 Coerção social; 
 Exterioridade; 
 Generalidade; 
 
 Coerção social: A força que obriga o 
indivíduo a conduta e a formas de pensar 
específicas – manifestas em representações 
coletivas e regras de comportamento. 
Exemplos: modelos de relações familiares, 
religião, língua, códigos legais etc. 
Coerção social direta: direito, educação, 
família e religião; 
Coerção social indireta: língua, sistema 
econômico, desenvolvimento tecnológico. 
“A coerção social não exclui necessariamente a 
personalidade individual”. 
Exterioridade: Existem e atuam sobre os 
indivíduos independentemente de sua vontade ou 
de sua adesão consciente, ou seja, eles são 
exteriores aos indivíduos. As regras sociais, as 
crenças, os costumes, as leis e os valores já 
existem antes do nascimento das pessoas; são a 
elas impostos por mecanismos de coerção social, 
como a educação. Portanto, os fatos sociais são 
ao mesmo tempo coercitivos e dotados de 
existência exterior às consciências individuais. 
Uma conclusão lógica importante é que todo 
processo de socialização implica um alto grau de 
coerção (imposição). 
Generalidade: É social todo fato que é 
geral, que se repete em todos os indivíduos ou, 
pelo menos, na maioria deles. Os fatos sociais 
manifestam sua natureza coletiva ou um estado 
comum ao grupo, como as formas de habitação, 
de comunicação, os sentimentos e a moral. 
A generalidade distingue o essencial do 
fortuito e especifica a natureza sociológica dos 
fenômenos. Mas, um fato social é geral porque é 
coletivo, mas não pode ser considerado um 
fenômeno coletivo apenas por ser geral. Quando 
falamos em um fato coletivo, afirmamos que esse 
fato é independente de suas manifestações 
individuais. Dito de outro modo, um fato não é 
social por ser generalizado em uma dada 
coletividade, porém é geral para a coletividade 
por ser social. 
 
A Consciência Coletiva: 
 
É de certo modo a moral vigente da 
sociedade. A consciência coletiva manifesta-se 
nos sistemas jurídicos, nos códigos legais, na 
arte, na religião, nas crenças, nos modos de 
sentir, nas ações humanas. Existe difundida na 
sociedade e é interiorizada pelos indivíduos Para 
Durkheim, a sociedade è mais do que a soma 
dos indivíduos e o todo (a sociedade) prevalece 
sobre as partes (os indivíduos). Depois que 
Durkheim fala sobre a consciência coletiva ele 
cria o conceito de representações sociais que 
são estados de consciência coletiva 
 
Solidariedade orgânica emecânica: 
Durkheim enfatiza a respeito da 
consciência coletiva, as normas, um padrão que 
uma sociedade segue e desenvolve uma 
solidariedade social, onde se faz referência de 
dois tipos desta solidariedade: a solidariedade 
mecânica e a solidariedade orgânica. Assim a 
função da solidariedade é torna o indivíduo 
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integrante do todo, tirando lhe parte de seus 
movimentos. Assim ele distingue dois tipos de 
solidariedade, que correspondem a duas formas 
de organização social, diferenciando-se pelo 
fundamento da coesão social. 
O primeiro tipo de solidariedade se 
encontra nas sociedades antigas, pré-
capitalistas, e pode ser chamada de 
solidariedade mecânica, que mantém unida 
devido aos seus membros possuírem 
características iguais. 
Ao contrário da solidariedade mecânica, a 
sociedade moderna, a partir da Europa 
industrializada do século XIX, caracteriza-se pela 
solidariedade orgânica. Trata-se de uma 
sociedade complexa fundamentada na divisão do 
trabalho, segundo o princípio da especialização, 
e seus laços resultam da diferenciação, ou se 
exprimem por seu intermédio. A solidariedade 
cria-se através de redes de relacionamento entre 
indivíduos e grupos, onde cada um deve 
respeitar as obrigações assumidas por contrato. 
 
Anomia: 
 
 Carência de regulamentação social, 
ausência de regras sociais. Durkheim vai 
considerar o capitalismo perfeito, porque gera a 
produtividade, a divisão do trabalho, dependência 
dos indivíduos e solidariedade. E como explicar 
os suicídios, criminalidade, violência? A crise da 
sociedade é uma crise moral! Ou as normas 
estão falhando (fato patológico) ou há ausência 
de normas (anomia) 
 
Karl Heinrich Marx (1818 - 1883): 
 
Marx nasceu em tréves, sul da Prússia 
Ranânia, pertence hoje à Alemanha ocidental, 
descendente de judeus, tinha uma vida de classe 
média em virtude do seu pai que teve de mudar 
de nome por ser de origem judia, posteriormente 
se envolveu com os movimentos sociais 
organizados e abdicou de muitos saberes 
característicos da classe média. 
Em 1848, Marx foi convidado pelo 
movimento operário para expor suas ideais de 
como deve ser uma sociedade sem exploração, 
foi quando escreveu uma de suas obras o 
manifesto comunista, expulso pelo governo da 
Bélgica, Marx instalou-se definitivamente na 
Inglaterra. Sua vida foi constantemente em 
defesa da classe trabalhadora essa escolha fez 
com que passasse por momentos difíceis, 
encontrava-se na pobreza e com sua mulher 
doente, o grande companheiro que lhe prestou 
ajuda financeiro e intelectual foi F. Engels. Suas 
principais obras - Manifesto do partido comunista, 
A luta de classes em França e O Capital. 
 
 Principais contribuições de Marx, 
Descrever o funcionamento do capitalismo a 
partir dos processos e conexões existentes entre 
as unidades sociais envolvidas (assalariados, 
detentor do capital, ‘mercado’, competição) e 
suas motivações. A principal característica da 
sua teoria (ex. teoria do conflito)? A luta de 
classes. Sendo as classes caracterizadas pela 
posse ou não dos meios de produção. 
 
O pensamento de Marx: 
 
 Filosofia alemã 
 Socialismo utópico francês 
 Economia política clássica inglesa 
 
A luta de classes: 
 
Marx pretendendo caracterizar não 
apenas uma visão econômica da historia, mas 
também uma visão histórica da economia, a 
teoria marxista também procura explicar a 
evolução das relações econômicas nas 
sociedades humanas ao longo do processo 
histórico. Segundo a concepção marxista, uma 
permanente dialética das forças entre poderosos 
e fracos, opressores e oprimidos, a historia da 
humanidade seria construída por permanente luta 
de classes, como deixa bem claro a primeira 
frase do primeiro capitulo de sua obra O 
Manifesto comunista. “A historia de toda 
sociedade passada é a historia da luta de 
classes”. 
Para Engels a classe era “os produtos das 
relações econômicas de sua época”. Não 
importando a diversidade de classes, escravidão, 
servidão e capitalista, para ele seria as etapas de 
um processo único. A base da sociedade é a 
produção econômica. Devemos entender que na 
visão dele sobre a base econômica se ergue uma 
superestrutura, ou seja, um estado de ideias 
econômicas, sociais, políticas, morais, filosóficas 
e artísticas. No pensamento de Marx deveria 
ocorrer uma inversão da pirâmide social, para o 
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autor o poder deveria esta na mão da maioria, os 
proletários assim se constituíam a única forma de 
destruir a sociedade capitalista, e daí construir 
uma nova sociedade mais justa, o socialismo. 
 Burguesia: detentora dos meios de 
produção 
 Proletariado: Vendedor de sua própria 
força de trabalho 
 
Marx apresenta o Conceito de mais-valia: 
 
A mais-valia é constituída pela diferença 
entre o preço pelo qual o empresário compra a 
força de trabalho (6 horas) e o preço pelo qual 
ele vende o resultado (10 horas por exemplo). 
Desse modo, quanto menor o preço pago ao 
operário e quanto maior a duração da jornada de 
trabalho, tanto maior o lucro empresarial. 
 
Mais-valia absoluta e mais-valia relativa: 
 
 A produção da mais-valia absoluta se 
realiza com o prolongamento da jornada de 
trabalho além do ponto em que o trabalhador 
produz apenas um equivalente ao valor de sua 
força de trabalho e com a apropriação pelo 
capital desse trabalho excedente. [...] [A mais-
valia relativa] pressupõe que a jornada de 
trabalho já esteja dividida em duas partes: 
trabalho necessário e trabalho excedente. Para 
prolongar o trabalho excedente, encurta-se o 
trabalho necessário com métodos que permitem 
produzir-se em menos tempo o equivalente ao 
salário. 
A produção da mais valia absoluta gira 
exclusivamente em torno da duração da jornada 
de trabalho; a produção da mais-valia relativa 
revoluciona totalmente os processos técnicos de 
trabalho e as combinações sociais. (MARX, 
2006b, p. 578 – meu grifo). 
 
O capitalismo e seu modo de produção: 
 
 Tem seu início na Europa. Suas 
características aparecem desde a baixa idade 
média (do século XI ao XV) com a transferência 
do centro da vida econômica social e política dos 
feudos para a cidade. Com o absolutismo e com 
o mercantilismo o Estado passava a controlar a 
economia e a buscar colônias para adquirir 
metais (metalismo) através da exploração. Isso 
para garantir o enriquecimento da metrópole. 
Esse enriquecimento favorece a burguesia – 
classe que detém os meios de produção - que 
passa a contestar o poder do rei, resultando na 
crise do sistema absolutista. E com as revoluções 
burguesas, como a Revolução Francesa e a 
Revolução Inglesa, estava garantido o triunfo do 
capitalismo. 
 
É composto pelos meios de produção e as 
relações de produção. 
 Meios de produção: Máquinas, 
ferramentas, tecnologia, força de trabalho. 
 Relações de produção: Somente por 
meio delas se realiza a produção. Elas 
variaram de acordo com os meios de 
produção. São as próprias relações e 
organizações entre os homens. 
 
Alienação: 
 
Assim, quanto mais o mundo das coisas 
aumenta de valor, mais o mundo dos homens se 
desvaloriza. Ocorre então a alienação, já que 
todo trabalho é alienado, na medida em que se 
manifesta como produção de um objeto que é 
alheio ao sujeito criador. O raciocínio de Marx é 
muito simples: ao criar algo fora de si, o operário 
se nega no objeto criado. É o processo de 
objetificação. Por isso, o trabalho que é alienado 
(porque cria algo alheio ao sujeito criador) 
permanece alienado até que o valor nele 
incorporado pela força de trabalho seja 
apropriado integralmente pelo trabalhador. 
 
Materialismo Histórico: 
 
Na teoria marxista, o materialismo 
histórico pretende a explicação da história das 
sociedadeshumanas, em todas as épocas, 
através dos fatos materiais, essencialmente 
econômicos e técnicos. A sociedade é 
comparada a um edifício no qual as fundações, a 
infra-estrutura, seriam representadas pelas forças 
econômicas, enquanto o edifício em si, a 
superestrutura, representaria as ideias, 
costumes, instituições (políticas, religiosas, 
jurídicas, etc). A propósito, Marx escreveu, na 
obra A Miséria da filosofia (1847) na qual 
estabelece polêmica com Proudhon: 
As relações sociais são inteiramente 
interligadas às forças produtivas. Adquirindo 
novas forças produtivas, os homens modificam o 
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seu modo de produção, a maneira de ganhar a 
vida, modificam todas as relações sociais. O 
moinho a braço vos dará a sociedade com o 
suserano; o moinho a vapor, a sociedade com o 
capitalismo industrial. 
Tal afirmação, defendendo rigoroso 
determinismo econômico em todas as 
sociedades humanas, foi estabelecida por Marx e 
Engels dentro do permanente clima de polêmica 
que mantiveram com seus opositores, e 
atenuada com a afirmativa de que existe 
constante interação e interdependência entre os 
dois níveis que compõe a estrutura social: da 
mesma maneira pela qual a infra-estrutura atua 
sobre a superestrutura, sobre os reflexos desta, 
embora, em última instância, sejam os fatores 
econômicos as condições finalmente 
determinantes. 
 
Para entendemos o processo da interpretação 
dialética: 
 
 Sua analisa parte da história como um 
movimento perpétuo e contínuo. (Heráclito). 
Assim se desenvolve um movimento 
consequente das próprias ações dos homens. 
Dessa forma se constitui uma reflexão crítica 
sobre a realidade. 
Marx explica que somente a dialética consegue 
apreender os movimentos do real. Dentro desse 
processo tem um papel central no pensamento 
na apreensão do real, esse pensamento está 
inserido no próprio real, entretanto os filósofos 
até hoje se preocuparam apenas em interpretar o 
mundo; trata-se, porém, de transformá-lo. 
 
Como se constitui a infra-estrutura na 
sociedade na visão de Marx: 
 
 A essência do sistema do pensamento de 
Marx é caracterizado a partir do modo de 
produção capitalista. 
 A alteridade da sociedade devemos 
entender a partir da análise das relações 
de produção. 
 A relação que entendemos como valor de 
troca, tem como mecanismo em que todos 
os produtos são mercadorias. 
 
Características da Mercadoria: 
 
 As mercadorias são produtos da relação 
humana entre o trabalho e o seu valor, a 
quantidade de trabalho. 
 Unidade básica do MPC (modo de 
produção capitalista), pela qual se 
caracteriza o sistema capitalista. 
 Valor de Uso: Utilidade da mercadoria 
(Qualitativo). 
 Valor de Troca: usa-se a reprocidade, ou 
seja, a troca se realiza em um produto por 
outro, isso chamamos de mercadoria 
(Quantitativo). 
 
A troca: 
 
 É a própria relação entre as mercadorias; 
assim o valor de uma mercadoria se 
apresenta em uma mercadoria diferente, 
ou seja, outra relação. 
 O dinheiro em Marx, para ele, se 
configura em outra mercadoria qualquer. 
 O dinheiro é tido como o equivalente 
universal de troca, com o advento do 
sistema capitalismo, passa ser o centro 
das relações sociais, ou seja, compra tudo 
que desejar. 
 
As transformações que a mercadoria causa: 
 
 O trabalho é transformado em mercadoria. 
O individuo passa a ser mercadoria 
quando vende sua força de trabalho. 
 Isto é, produzimos mercadorias e 
paradoxalmente somos mercadorias. Só 
nos comunicamos por intermédio dos 
produtos do trabalho, ou seja, por 
intermédio das mercadorias. 
 Expressa toda a supremacia do Valor de 
Troca sobre o Valor de Uso. É a 
mercantilização de qualquer ou forma de 
relação social. 
 
O conflito da produção expresso na 
Superestrutura e o papel do Estado: 
 
 O antagonismo entre as relações da 
burguesia verso proletariados se 
apresenta também na superestrutura. 
 O Marx denomina de Lutas de Classes, 
que perpassa a dimensão de luta 
econômica e chega também na relação 
(luta) política entre as duas classes. 
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 A luta de classes se constitui como uma 
animação, sem a compreensão do 
Estado. O Estado precisa ser entendido 
como um intermediador entre a 
superestrutura e o poder organizado de 
uma classe social, que detém os meios de 
produção, a Burguesia e o Estado que 
mantém uma relação de interesse. 
 
Estado e Sociedade: 
 
 O Estado não está separado da 
sociedade. 
 O Estado é produto das relações 
contraditórias apresentadas na própria 
sociedade. 
 O Estado é a expressão máxima da 
relação de produção específico do 
capitalismo. O monopólio do aparelho 
estatal, diretamente ou por meio de 
grupos de interesses, é a condição básica 
do exercício da dominação. 
 O poder político é em sua organização, o 
poder organizado de uma classe 
dominante, (a burguesia) para a opressão 
das outras classes sociais. 
 
Max Weber (1864-1920): 
 
Marx Weber nasceu na Alemanha, em 21 
de abril de 1864. Doutorou-se em Direito em 
1889. Lutou contra o pensamento conservador e 
marxista do seu tempo, defendeu um Estado 
Liberal, democrático e constitucional, que fosse 
capaz de barrar a ditadura burocrática alemã, 
que em sua época estava sob o controle dos 
monarcas. 
Defendeu uma sociologia compreensiva, 
pautando-se diretamente na matéria, na história e 
valores. Percebendo que as ações que o 
individuo desenvolve, um fator básico em virtude 
de ser único portador de conduta significativa, 
cada um possui uma especificidade. Assim 
Weber busca compreender a ação social do 
individuo, o valor que o ator atribui a sua conduta. 
A partir dessa visão Weber entende que pode 
compreender o individuo através dos valores 
adquiridos e das obras que o constituíram. 
 
Sociologia para Weber: 
 
 A sociologia em Weber é uma ciência que 
tem como objetivo, a compreensão interpretativa 
da ação social, e esse último termo será 
reservado à ação cuja intenção fomentada pelos 
indivíduos envolvidos se refere à conduta de 
outros, orientando-se de acordo com ela. (Weber, 
1987, p. 9). 
 
Características para se compreender Weber: 
 
 Objetivo do Weber: compreender a 
singularidade do mundo ocidental. 
 Metodologia: Compreensiva e 
explicativa. 
 Objeto de Estudo: Ação social, seus 
contextos e efeitos. 
 Problemática: racionalização do mundo e 
seus efeitos. 
 Tipo Ideal: instrumento metodológico. 
 O papel social: é aquilo que você faz 
dentro da sociedade em um determinado 
momento, isso é o papel social. 
 
 
 O status social: é a sua realidade social 
naquele instante, naquele momento. 
 Instituição Social: são aquelas 
organizações existentes na sociedade 
que tem como OBJETIVO EDUCAR o 
individuo para a VIDA SOCIAL. Então são 
as instituições sociais que regulam as 
ações sociais que dizem o que ou não ser 
feita. 
 
Weber vai analisar os sentidos das ações 
sociais e para ele pode interder melhor essas 
relações, vai caracterizar tipos ideais. O autor vai 
classificar categorizar as ações em tipos ideais. A 
sociologia é uma ciência compreensiva e 
explicativa, a sociologia compreende, interpreta, 
explica a causalidade. 
 
O conceito de ação 
social: 
A ação social é um sistema de objetivos 
mais adequados para uma transformação das 
sociedades. Só existe, uma ação social quando o 
indivíduo estabelece uma comunicação com os 
outros, sendo que tal indivíduo deseje ou não 
passar por aquela transformação. Um exemplo 
que Max Weber cita é que, quando se tem uma 
eleição, os eleitores definem seu voto a partir da 
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ação, opiniões dos outros que estão ao seu 
redor, ou seja, os indivíduos nãoconseguem ter 
suas próprias ações. Para Weber, a ação social. 
 
Muita atenção: 
 
Nos conceitos de ação social e definição de seus 
diferentes tipos, Weber não analisa as regras e 
normas sociais como exteriores aos indivíduos. 
Para ele as normas e regras sociais são o 
resultado do conjunto de ações individuais que se 
ligam a outros indivíduos formando uma teia de 
sentidos. 
 
Tipo Ideal Weberiano: 
 
O tipo ideal é obtido mediante o 
encadeamento de um conjunto de fenômenos 
isoladamente dados, que se ordenam segundo 
os pontos de unilateralmente acentuados, a fim 
de se formar um esquema homogêneo de 
pensamento. “um tipo ideal é a seleção arbitrária 
das características de um fenômeno a partir das 
inúmeras qualidades presentes na realidade, sem 
nenhuma tentativa de colocá-lo em uma relação 
superordenada”. 
 
Tipos de ação social: são 4 segundo Weber: 
 
 Racional com relação ao objetivo: é a 
ação social determinada pelo cálculo 
racional que coloca fins e organiza os 
meios necessários. 
 
Ex.: a construção de uma ponte, a atuação no 
mercado de ações, a administração de uma 
empresa. 
 Racional com relação a valores: É 
aquela definida pela crença consciente no 
valor de uma determinada conduta 
orientada por um princípio ético, estético, 
religioso ou na defesa da “honra”. 
Ex.: Ceder o lugar no ônibus a um idoso ou 
devolver o troco errado. Em ambos os casos a 
ação social é orientada pela sociedade baseados 
em valores. 
 Ação tradicional: aquela determinada 
por um costume ou um hábito arraigado. 
Ex.: A tradição do kilt na Escócia (saias para 
homens), a troca de presentes no Natal e o 
chimarrão podem ser explicados na tradição 
por trás dessas práticas. A ação social, 
nesses casos, é baseada na tradição. 
 Ação afetiva: é aquela definida pela 
reação emocional do sujeito quando 
submetido a determinadas circunstâncias. 
Ex.: a mãe que bate no filho por ele ter se 
comportado mal, o comportamento “diferente” de 
certas pessoas em festas e o cuidado dos pais 
por seus filhos. 
 
As três formas de legítimas de dominação: 
 
Retomando a questão do poder, para 
Weber, existe uma força que permite com que 
uns consigam se impor sobre os demais, 
sujeitando-os à sua vontade. Essa força está na 
fonte que legitima esse poder. Para distinguir e 
analisar essas fontes do poder na sociedade, 
Weber lança mão dos tipos ideais. O autor 
identifica três formas de dominação consideradas 
legítimas pelos sujeitos. 
 Dominação Legal: Tipo de poder onde 
predominam normas impessoais e cargo. 
Um tipo de poder onde se predomina 
normas impessoais e hierárquicas. 
Normatização de uma ação. 
Ex. cargo público → juízes, policiais, prefeito. 
 Dominação tradicional: A tradição é 
identificada por weber como uma fonte de 
poder. Nesses casos predominam 
características patriarcais e patrimonialista 
baseada na tradição. Assim, ela se 
sustenta nos costumes, nas relações 
sociais passada na tradição de um povo. 
Ex.: A tradição é uma das fontes de autoridade 
dos sacerdotes religiosos. 
 Dominação Carisma: Predominam 
características místicas e de 
personalidade; há seguidores, devoção e 
respeito pela pessoa em si, não pelo 
cargo ocupado nem por alguma tradição 
que possa ampara-lo. 
ex.: líderes “populares” que, independentemente 
de cargos ou dinheiro são considerados 
autoridades e respeitados como tais. Líderes 
religiosos, políticos e artistas podem se valer do 
carisma como fonte de poder. 
 
Burocracia: 
 
 A burocracia é uma forma de organização 
humana que se baseia na racionalidade, isto é, 
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na adequação dos meios aos objetivos (fins), 
para que se obtenha o máximo de eficiência 
possível para no alcance desses objetivos. 
Burocracia: tem a função de organizar 
racionalmente um espaço, um grupo, uma 
sociedade e um Estado. A burocracia é um 
instrumento de legitimação da autoridade, que 
queria buscar a perfeição no serviço prestado e 
exercido pelo burocrata. 
Racionalização: é o desenvolvimento da 
ciência, da tecnologia moderna e da burocracia. 
A burocracia organiza a vida econômica e social 
de acordo com os princípios de eficiência e na 
base do conhecimento técnico. 
Ex. na sociedade tradicional, a religião, e os 
costumes muito antigos definiam amplamente a 
atitude e os valores das pessoas. Já na 
sociedade moderna é marcada pela 
racionalização de mais e mais áreas da vida, 
política e religiosa. 
 
Principais características do tipo ideal de 
Burocracia (Max Weber): 
 
 Finalidade: As burocracias são 
essencialmente sistemas de normas. A 
figura da autoridade é definida pela lei, 
que tem como objetivo a racionalidade 
das decisões em critérios impessoais. 
 
 Impessoalidade: As pessoas são 
ocupantes de cargos ou posições formais. 
Alguns dos cargos são figuras de 
autoridade. A obediência é devido aos 
cargos, não aos ocupantes. Todas as 
pessoas seguem a lei. 
 Profissionalismo: As burocracias são 
formadas por funcionários. Os 
funcionários são remunerados, obtento os 
meios para sua subsistência. As 
burocracias funcionam como sistemas de 
subsistência para os funcionários. 
 
Desencantamento do Mundo: 
 Racionalização, Secularização e 
Desculturalização. 
Tudo o que é estamental, tudo que é 
sólido, se evapora, tudo que é sagrado é 
profanado... (Weber, ética Protestante e o 
Espírito do Capitalismo). 
E para tanto, são duas as forças que 
atuam neste processo de desencantamento do 
mundo. Uma delas é a própria religião que age 
num processo de “desmagificação” das vias de 
salvação; a outra é a ciência, uma força empírico-
intelectual, que ao desencantar o mundo, o 
transforma num mero mecanismo causal. Assim, 
acontece o desencantamento do mundo todas as 
vezes em que os elementos mágicos do 
pensamento vão sendo desalojados do contexto 
religioso, e todas as vezes em que as ideias vão 
possuindo cada vez mais uma consistência 
sistemática e também naturalística, ou seja , 
científica. 
O Desencantamento do mundo: não é 
desencanto com outra pessoa, não é um estado 
de espírito. O desencantamento em sentido 
estrito se refere ao mundo da magia e quer dizer 
literalmente: tirar o feitiço, desfazer um sacrifício, 
escapar da praga rogada, derrubar um tabu, em 
quebrar o encanto. 
 
Tipos de Estado: 
 
O Estado Absolutista: 
 
Surgido em um período de confronto entre 
nobreza e clero – de um lado – e burguesia – de 
outro. A princípio a burguesia tentou estabelecer 
acordos políticos com os monarcas, que 
aproveitaram a disputa entre as camadas sociais 
para aumentar seu poder político. Surgiu um 
novo tipo de Estado, apoiado pela burguesia, que 
se estendeu por vastos territórios e centralizou as 
decisões políticas. 
O absolutismo teve em Thomas Hobbes 
(1588-1679) seu representante, cuja teoria 
procurava as origens do Estado e sua finalidade. 
Hobbes defendia um Estado soberano com 
representação máxima de uma sociedade 
civilizada e racional. 
No Absolutismo o poder político 
centralizou-se no interior do domínio nacional (ou 
territorial) e os parlamentos que surgiram nesse 
Estado funcionavam como órgãos consultivos, 
pois não eram permanentes e não tinham força 
perante o rei. 
 
Atenção: O Estado nunca interessou afastar a 
Igreja da vida política, pois o melhor seria 
submetê-la ao seu poderio e conservar sua 
função religiosa, que beneficiava o próprio 
Estado. 
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Estado Absolutista: surge em Portugal, no 
final do século XIV com a revolução de Avis. No 
reinado de Luis XIV (1638 - 1715) 
Ponto alto na França, no reinado do Rei 
Luis XIV (1638 - 1715). 
Frase que expressa o Absolutismo “O 
Estado sou eu”. 
 
Característica do Estado Absolutista: 
 
 Controle econômico; 
 Concessãode monopólios; 
 Fixava o preço, tarifas; 
 Administrava: as moedas, os metais 
preciosos; 
 Acúmulos de bens → expressão máxima 
da riqueza de um país; 
 
Forma de administração do Estado: 
 
 Centraliza e prática; 
 Cuida do contingente militar, criando um 
exercito profissional; 
a) Impostos gerais→ que era para manter e 
sustentar o exercito. 
 
 O Estado Absolutista colocou frente a frente: 
 
 Os estamentos feudais dominante 
(nobreza e clero), e a burguesia→ classe 
em ascensão da época. 
 
Disputam interesses referentes: 
 
 A justiça; 
 Administração do patrimônio público; 
 A administração econômica. 
O Estado Absolutista monárquico é o regime 
em que o monarca possui o poder absoluto, 
podendo decretar leis, criar e cobrar impostos, 
nomear funcionários, e manter um exercito 
permanente. 
O rei era a própria fonte do Direito, apoiado 
pela igreja e amparado pela teoria dos direitos 
divinos dos reis, segundo o qual os reis recebiam 
de Deus essa autoridade. 
 
 
 
O Estado Liberal: 
 
Estado liberal se encontra nos 
fundamentos da doutrina do direito natural, para 
a qual o Estado nasce de um contrato social 
estabelecido entre homens igualmente livres, 
com o único intuito da autopreservação e da 
garantia de seus direitos naturais. Eis os 
fundamentos do Estado liberal – a garantia das 
liberdades individuais advindas do estado natural 
concebida enquanto limites do poder concedido 
ao Estado. Ou seja, as liberdades individuais são 
elas próprias os limites do Estado liberal. 
O Estado liberal ergue-se sobre os 
pressupostos da limitação do poder estatal em 
contraposição ao poder estatal absoluto. O 
liberalismo parte de definições – de homem, 
sociedade e direitos individuais –, puramente 
gnosiológicas. No caso do progenitor do 
liberalismo político – o nominalista John Locke –, 
o homem emerge de uma concepção atomista 
psicológico-empírica de indivíduo, através da 
qual se afirma que as essências são todas de 
natureza nominal (LOCKE, 1999). 
O Estado que nasce a partir da pena de 
Hobbes tornou possível a unificação do poder, 
considerado absoluto justamente por ser superior 
a toda e qualquer forma de poder. Ou seja, o 
único capaz de produzir o direito, e, portanto, “[...] 
produzir normas vinculatórias para os membros 
da sociedade [...]” (BOBBIO, 1997, p.13) e para si 
próprio. 
Atenção: Estado soberano: e a forma 
constitutiva de poder que se estabelece não 
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reconhece e não pode reconhecer acima de si 
nenhuma forma superior de poder. 
Estado Liberal ou Liberalismo 
 
O Estado Liberal emergiu no século XVIII, 
reação ao Estado Absolutista. 
 
Valores primordiais do Estado Liberal: 
 Individualismo; 
 Liberdade; 
 Propriedade privada; 
O Estado Liberal vem em oposição ao estado 
Absolutista, o Absolutismo se constitui em um 
Estado controlando tudo, já o Estado liberal 
prega uma Liberdade individual na sociedade, a 
burguesia precisava tirar da mão do rei o controle 
econômico, aja vista que neste período já estava 
se vivendo uma fase capitalista conhecida como 
capitalismo concorrencial. 
O Estado Liberal se dizia representante da 
sociedade, um papel de “Guardião da ordem”. O 
Estado Liberal não intervém nas relações entre 
indivíduos, mas cada individuo possa 
desenvolver suas atividades. Ele também 
estabelece a separação entre público e privado. 
A estrutura política do Estado Liberal: se 
fundamenta na ideia de Soberania Popular. 
EX.: Art. 1º da CF 88→ todo poder emana do 
povo, que exerce por meio de seus 
representantes eleitos ou diretamente, no termos 
da constituição. 
O Parlamento é a instituição central do 
Estado Liberal. 
 
Objetivo do Estado Liberal: 
 
 A não intervenção do estado nas 
atividades econômica; 
 Laissez – faire; laissez – passer ( deixai 
fazer, deixai passar), significa que a 
economia não deve se regulada pelo 
Estado, mas por si mesma, ou seja, pelo 
mercado. Essa regulamentação pelo 
mercado Adam Smith (1723 - 1790), vai 
chama de “a mão invisível”. 
Segundo Adam Smith, a plena liberdade para 
a produção e a circulação de mercadorias 
garantiria o pregresso das empresas e das 
nações, contribuindo até para a paz mundial. 
O pensamento liberal começaram a se 
arruinar no final do século XIX, e termina com a 
primeira guerra mundial (1914 - 1918), isso 
aconteceu por que a intensa concorrência entre 
empresas provocou o desaparecimento das 
pequenas firmas, que faliam ou eram compradas 
pelas maiores. A concentração ficou tão grande e 
o capital centralizou-se na mão tão poucos que a 
concorrência passou a ser entre países, e não 
mais só entre empresas. 
A “guerra” de mercado chegou a vias de foto, 
transformou-se numa guerra de verdade entre 
países. As crises econômicas tornaram-se 
frequente e a competição entre nações ficou 
ainda maior. A eclosão da primeira guerra teve 
origem nessas disputas entre nações europeias. 
 
O Estado Liberal-Democrático. 
 
As sociedades capitalistas, movidas pela 
burguesia revolucionaria, criaram o Estado 
Liberal Democrático, que entrou em prática em 
locais onde a burguesia se chocou com a 
nobreza e buscou apoio entre os operários e 
camponeses. 
 
O Estado de Bem-estar Social 
 
O Estado tem uma função interventiva e 
regulatória na área do Bem-estar Social. Tem 
ainda o objetivo de explicar como o poder de 
mobilização política contribuiu na constituição, a 
partir da referência teórica de Esping-Andersen, 
que enfatiza a interferência significativa dos 
mecanismos políticos e institucionais de 
representação para a construção de consensos 
na condução dos objetivos de bem-estar, 
emprego e crescimento (ESPING-ANDERSEN, 
1995). 
O Estado de Bem-estar Social, visto que 
contemplam as distintas formas de articulação 
dos mecanismos de proteção social – Estado, 
mercado e família. O Estado do bem-estar social 
foi muito criticado por uma parcela da burguesia 
que afirmava que este não valia o quanto 
custava, pois os negócios ficavam 
comprometidos com tantos impostos e 
bloqueava-se o desenvolvimento econômico. 
 
Tentava resolver dois problemas: 
 Os movimentos dos trabalhadores que 
exigiam melhores condições de vida. 
 As necessidades do capital, que buscava 
alternativa para a construção de uma 
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nova ordem econômica mundial diante do 
bloco socialista. 
 
Características: 
 
 É um sistema generalizado, que abrange 
o conjunto da população, seja qual for o 
seu estatuto de emprego ou o seu 
rendimento; 
 É um sistema unificado e simples: uma 
quotização única abrange o conjunto dos 
ricos que podem causar privações do 
rendimento; 
 É um sistema uniforme: as prestações são 
uniformes seja qual for o rendimento dos 
interessados; 
 É um sistema centralizado: preconiza uma 
reforma administrativa e a criação de um 
serviço público único (ROSANVALLON, 
1981, p.115). 
 Intervenção na economia (regulando e 
subsidiando). 
 Redistribuindo rendimento 
 
Finalidade Política: 
 
 Era romper com o principio liberal. 
 
O capitalismo e o Estado Social propunham: 
 
 Moradia digna, educação de qualidade, 
assistência à saúde, transporte coletivo, 
trabalho e Salário etc. 
 O Estado direcionou suas propriedades 
para proporcionar trabalho para maior 
parte da população. 
 
Atenção: A brutal acumulação de riquezas 
impulsiona os conflitos entre as classes sociais, e 
o Estado vê-se obrigado a criar órgãos para 
atender as reivindicações populares, usando o 
que se chama de política de bem-estar social. 
 
Estado Neoliberal: 
 
Mas o que é neoliberalismo? Compreende 
a liberação e generalização das atividades 
econômicas, compreendendo a produção, 
distribuição, troca e consumo. 
A partir da décadade 1970, pós a crise do 
petróleo, houve nova necessidade de mudança 
na organização estatal, ou seja, no Estado. 
 
O capitalismo enfrentava vários desafios: 
 
 As empresas Multinacionais (precisavam 
expandir-se); 
 O desemprego crescente (nos EUA e nas 
maiorias dos países europeus); 
 Os movimentos grevistas se 
intensificavam (em quase toda a Europa); 
 Os países em desenvolvimentos 
(aumentavam seu endividamento). 
Os analistas tendo como referências os 
economistas: Friedriech Von Hayek (1899 - 1992) 
e Milton Friedman (1912 - 2006) atribuiu a crise 
aos gastos públicos as políticas sociais. 
 
As políticas sociais causaram: 
 Déficits Orçamentários; 
 Mais Impostos; 
 Aumento da Inflação. 
OBS: Essas políticas sociais estavam 
comprometendo: 
 
 A liberdade do mercado; 
 A liberdade do individuo; →esses dois 
valores básicos do capitalismo. 
A política do Bem Estar dos cidadãos: 
 
 Saúde; 
 Educação pública; 
 Previdência social; 
 Seguro desemprego → deveria ficar por 
conta deles mesmo, já que gastam muito, 
os serviços públicos deveriam ser 
privatizados e pagos por quem o utiliza. 
Defendiam o “Estado Mínimo” → significava 
voltar ao que propunha o Liberalismo antigo, 
como o mínimo de intervenção estatal na vida 
das pessoas. 
Neste cenário e desça maneira aparece o Estado 
Neoliberal. 
 
A expressão maior desse modelo de Estado: 
 
 Na Inglaterra com a Margareth Thatcher; 
 Nos Estados Unidos com Ronald Reagan 
→ mesmo no período desses dois 
governos o Estado não deixou de intervir 
na economia. 
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O Estado intervia: 
 
 No orçamento Militar (que era altíssimo); 
 Muitos gastos para amparar as grandes 
empresas; 
 No sistema financeiro; 
Os setores atingidos pelas novas políticas: 
 
 Assistência Social; 
 Habitação; 
 Transporte; 
 Saúde Pública; 
 Direitos trabalhistas; → Essa “NOVA” 
forma de liberalismo, atingiu diretamente 
os trabalhadores e os setores 
marginalizados da sociedade. 
Os neoliberais → diziam que era necessário ter 
mais rapidez para tomar decisões no mundo dos 
negócios, o capital privado precisava de mais 
espaço para crescer. 
 
Reforçavam os valores e o modo de vida 
capitalista: 
 
 O individualismo; 
 A livre iniciativa; 
 O livre mercado; 
 As empresas privadas; 
 O poder do consumo; 
Com essas propostas, o que se viu foi a 
presença cada vez maior das grandes 
corporações produtivas e financeiras na definição 
dos atos do Estado, fazendo com que as 
questões políticas passassem a ser dominada 
pela economia. 
O que era público (comum a todos) passou a ser 
determinado pelo interesse privados, ou seja, por 
aquilo que é particular. 
 
 Estado Socialista: 
 
 A História das Ideias Socialistas possui 
alguns cortes de importância. O primeiro deles é 
entre os socialistas Utópicos e os socialistas 
Científicos, marcado pela introdução das ideias 
de Marx e Engels no universo das propostas de 
construção da nova sociedade. O avanço das 
ideias marxistas consegue dar maior 
homogeneidade ao movimento socialista 
internacional. Pela primeira vez, trabalhadores de 
países diferentes, quando pensavam em 
socialismo, estavam pensando numa mesma 
sociedade - aquela preconizada por Marx - e 
numa mesma maneira de chegar ao poder. 
 
Estado Comunista: 
 
 As ideias básicas de Karl Marx estão 
expressas principalmente no livro O Capital e n'O 
Manifesto Comunista, obra que escreveu com 
Friedrich Engels, economista alemão. Marx 
acreditava que a única forma de alcançar uma 
sociedade feliz e harmoniosa seria com os 
trabalhadores no poder. 
Em parte, suas ideias eram uma reação 
às duras condições de vida dos trabalhadores no 
século XIX, na França, na Inglaterra e na 
Alemanha. Os trabalhadores das fábricas e das 
minas eram mal pagos e tinham de trabalhar 
muitas horas sob condições desumanas. Marx 
estava convencido que a vitória do comunismo 
era inevitável. 
Afirmava que a história segue certas leis 
imutáveis, à medida que avança de um estágio a 
outro. Cada estágio caracteriza-se por lutas que 
conduzem a um estágio superior de 
desenvolvimento. O comunismo, segundo Marx, 
é o último e mais alto estágio de 
desenvolvimento. Para Marx, a chave para a 
compreensão dos estágios do desenvolvimento é 
a relação entre as diferentes classes de 
indivíduos na produção de bens. 
Afirmava que o dono da riqueza é a 
classe dirigente porque usa o poder econômico e 
político para impor sua vontade ao povo. Para 
ele, a luta de classes é o meio pelo qual a história 
progride. Marx achava que a classe dirigente 
jamais iria abrir mão do poder por livre e 
espontânea vontade e que, assim, a luta e a 
violência eram inevitáveis. 
 
O Estado Anarquista: 
 
 Foi à proposta revolucionária internacional 
mais importante do mundo durante a segunda 
metade do século XIX e início do século XX, 
quando foi substituído pelo marxismo 
(comunismo). 
O anarquismo prega o fim do Estado e de 
toda e qualquer forma de governo, que seriam as 
causas da existência dos males sociais, que 
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devem ser substituídos por uma sociedade em 
que os homens são livres, sem leis, polícia, 
tribunais ou forças armadas. 
A sociedade anarquista seria organizada 
de acordo com a necessidade das comunidades, 
cujas relações seriam voltadas ao 
autoabastecimento sem fins lucrativos e à base 
de trocas. A doutrina, que teve em Bakunin seu 
grande expoente teórico, organizou-se 
primeiramente na Rússia, expandindo-se depois 
para o resto da Europa e também para os 
Estados Unidos. 
O auge de sua propagação deu-se no 
final do século XIX, quando agregou-se ao 
movimento sindical, dando origem ao anarco 
sindicalismo, que pregava que os sindicatos eram 
os verdadeiros agentes das transformações 
sociais. 
Com o surgimento do marxismo, 
entretanto, uma proposta revolucionária mais 
adequada ao quadro social vigente no século XX, 
o anarquismo entrou em decadência. Sem, 
contudo, deixar de ter tido sua importância 
histórica, como no episódio em que os 
anarquistas italianos Nicola Sacco e Bartolomeo 
Vanzetti foram executados por assassinato em 
1921, nos EUA, mesmo com as inúmeras 
evidências e testemunhos que provavam sua 
inocência. 
 
Poder: 
 
Poder: “Poder significa a probabilidade de 
impor a própria vontade dentro de uma relação 
social, mesmo contra toda a resistência e 
qualquer que seja o fundamento dessa 
probabilidade”. A sociedade, para Weber, 
constitui, antes de qualquer coisa, um sistema de 
poder, não apenas nas relações entre classes, ou 
entre governantes e governados, mas igualmente 
nas relações cotidianas na família, na empresa, 
por exemplo. As pessoas se deparam a todo 
momento com o fato de que indivíduos ou 
conjunto de indivíduos têm maior ou menor 
possibilidade de impor a sua vontade a outros. 
Foucault trata principalmente do tema 
poder, que para ele não está localizado em uma 
instituição, e nem tampouco como algo que se 
cede, por contratos jurídicos ou políticos. O poder 
em Foucault reprime, mas também produz efeitos 
de saber e verdade. 
Trata-se (...) de captar o poder em suas 
extremidades, em suas últimas rami- ficações (...) 
captar o poder nas suas formas e instituições 
mais regionais e locais, principalmente no ponto 
em que ultrapassando as regras de direito que o 
organizam e delimitam (...) Em outras palavras, 
captar o poder na extremidade cada vez menos 
jurídica de seu exercício. (Foucault, 1979:182) 
Por exemplo, a ação de « vigiar », para 
Foucault, é uma clara demonstração da 
impotência do poder, pois, se ele tivesse a força 
que imagina ter, não seria preciso uma vigilância 
constante para manter assegurada sua 
hegemonia. 
 
As teorias sociológicas clássicassobre o 
Estado: 
 
Estado para Marx: 
 
Tendo escrito sobre as questões que 
envolvem o Estado num período em que o 
capitalismo ainda estava em formação, Marx, não 
formulou uma teoria especifica sobre o Estado e 
o Poder. 
Marx definiu o Estado como uma entidade 
abstrata, em contradição com a sociedade. 
Seria uma comunidade ilusória, que procuraria 
conciliar os interesses de todos, mas 
principalmente daqueles que dominavam a 
economicamente a sociedade. 
Na obra: 
 A Ideologia Alemã de 1847, Marx 
identifica: 
 A divisão do trabalho; 
 A propriedade privada; → Esses dois são 
geradora das classes sociais, e como 
base para o surgimento do estado. 
O Estado seria a expressão Jurídica e política 
da sociedade burguesa. → Apenas garantiria as 
condições gerais da produção capitalista, não 
indeferia nas relações econômicas. 
Na obra: Manifesto Comunista 1848, Marx e 
Engel afirmavam: 
“os dirigentes do Estado moderno funcionam 
como um comitê executivo da classe dominante 
(Burguesia)”. 
Na obras: As lutas de classes na França 
de 1848, e o dezoito Brumário de Luis Bonaparte 
de 1852. Marx analisa a situação Histórica 
especifica: 
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“O Estado nasceu para refrear os antagonismos 
de classe, e, por isso o Estado da classe 
dominante”. 
Marx existem momentos em que a luta de 
classes é equilibrada e o Estado se apresentante 
com independência entre as classes em conflito, 
como se fosse um mediador. 
Analisando a burocracia do Estado, Marx 
afirma que o Estado pode estar acima da luta de 
classe, separado da sociedade, como s fosse 
autônomo. É nesse sentido que pode haver um 
poder que não seja exercido diretamente pela 
burguesia. Mas o Estado continua criando as 
condições necessárias para o desenvolvimento 
das relações capitalistas, principalmente o 
trabalho assalariado e a propriedade privada. 
Na obra: A Guerra Civil na França 1871, Max 
analisa a comuna de Paris e volta a olhar para o 
Estado. 
“O desaparecimento do Estado seria o 
resultado da transferência do poder para a 
federação de associações dos trabalhadores”. 
Para Marx o Estado é uma organização cujos 
interesses são os da classe dominante na 
sociedade capitalista. (Burguesia.) 
 
Estado para Durkheim: 
 
Ao analisar a política e o Estado de seu 
tempo, Durkheim teve como referência 
fundamental a sociedade francesa de sua época. 
Como sempre esteve preocupado com a coesão 
social. 
Para ele o Estado é fundamental numa 
sociedade que fica cada dia maior e mais 
complexa, devendo estar acima das 
organizações comunitárias. 
Durkheim dizia que o Estado “concentrava e 
expressava” a vida social. Sua função seria 
eminentemente moral. 
A moral é a comunhão de ideias e 
sentimentos: conjunto de regras, conjunto de 
normas, conjuntos de signos. 
A moral democrática: cabe ao Estado esclarecê-
los e inculca-los em todas as crianças, via 
educação. 
Educação moral Laica: é uma educação 
com um pensar puramente racional. 
Escolas Públicas: seria a guardiãs por excelência 
de nosso padrão racional. A sociedade é o 
habitat dessa vida moral. 
Moral para Durkheim é um sistema de 
fatos realizados, ligados ao sistema total do 
mundo. 
O Estado deveria realizar e organizar o 
ideário do individuo e assegurar-lhe pleno 
desenvolvimento, aconteceria da seguinte forma: 
 Pela educação pública voltada para uma 
formação moral sem fins conceituais ou 
religiosos. 
Para Durkheim o Estado não é antagônico 
ao individuo. 
 
Foi o Estado que emancipou o individuo dos 
grupos secundários como: família, igreja, 
corporações profissionais, dando-lhe um espaço 
maior, mais amplo para o desenvolvimento de 
sua liberdade. 
A relação entre Estado e individuo é 
importante para saber como os governantes se 
comunicam com os cidadãos, para esses 
acompanhe as ações do governo. 
 A intermediação deve ser feita pelos 
carnais como: jornais, educação cívica, órgão 
secundários que estabeleçam a ponte entre 
governante e governado. 
Principalmente os grupos profissionais 
organizado, que são a base da representação 
política e da organização social. 
Para Durkheim o Estado é uma 
organização com conteúdo inerente, ou seja, do 
interesses coletivos. 
 
Estado para Weber: 
 
Cinquenta anos depois da publicação do 
manifesto comunista por Marx e Engel, num 
momento em que o capitalismo estava mais 
desenvolvido e burocratizado, Weber escreveu 
sobre as questões do Poder e Política. 
Weber questionava: como será possível o 
indivíduo manter sua independência diante dessa 
total burocratização da vida? 
Esse foi o tema central da sociologia 
política Weberiana. 
 
Weber manifestava uma preocupação 
especificas com as estruturas políticas: 
 
 Alemã (preocupação especifica); 
 Estados Unidos; 
 Inglaterra 
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 Rússia (mas, atento o que acontecia na 
Rússia, pós a revolução de 1905). 
Na Alemanha unificada Otto Von Bismarck, o 
Estado era fundamentado nos seguintes setores 
da sociedade. 
 Exército; 
 Os junkers (grandes proprietários de 
terras); 
 Os grandes industriais; 
 A elite do serviço público (alta burocracia). 
1917, escrevendo sobre Bismarck dizia que 
tinha deixado uma nação sem educação e sem 
vontade política, acostumado a aceitar que o 
grande líder decidisse por ela. 
Weber ao analisar o Estado Alemão afirma 
que o verdadeiro poder estatal está nas mãos da 
burocracia militar e civil. 
O Estado para Weber, “é uma relação de 
homens dominando homens” mediante a 
violência → que é considerada legitima. 
O Estado é uma associação compulsória que 
organiza e dominação. 
OBS: para que essa relação exista, é 
necessários que os dominados obedeçam a 
autoridade do que detêm o poder. 
 
Os clássicos da sociologia contemporânea 
Norbert Elias: 
 
Sociólogo alemão, Norbert Elias nasceu 
em 1897, na então cidade alemã de Breslau 
(atual Wroclaw, Polónia), e veio a falecer em 
1990, nos Países Baixos, onde passou a fase 
final da sua vida. Com formação de base nas 
áreas da medicina, filosofia, psicologia e 
sociologia, lecionou na Universidade de 
Heidelberg (1924-29) e na Universidade de 
Frankfurt (1939-33), onde teve Karl Mannheim 
por colega. 
De família judaica, teve de fugir da 
Alemanha nazista exilando-se em 1933 na 
França antes de se estabelecer na Inglaterra 
onde passará grande parte de sua carreira. 
Todavia, seus trabalhos em alemão tardaram a 
ser reconhecidos e ele viveu de forma precária 
em Londres antes de obter em 1954 um posto de 
professor na Universidade de Leicester. 
Suas obras focaram a relação entre 
poder, comportamento, emoção e conhecimento 
na História. Devido a circunstâncias históricas, 
Elias permaneceu durante um longo período 
como um autor marginal, tendo sido redescoberto 
por uma nova geração de teóricos nos anos 70, 
quando se tornou um dos mais influentes 
sociólogos de todos os tempos. Na teoria 
sociológica de Elias, porém, a relação entre o 
"indivíduo" e a "sociedade" é concebida de outro 
modo. Norbert Elias não aceita qualquer tipo de 
concepção social "totalizadora" - e nem mesmo 
"individualista" - dos processos sociais. 
Formulador da teoria do processo 
civilizador, na qual a “civilização” européia teria 
surgido pela interiorização das limitações e 
autocontrole dos impulsos, sob o efeito das 
transformações provocadas pela formação do 
Estado Moderno e da curialização das elites, ele 
vem trabalhar com um conceito de sociedade que 
é, na verdade, uma rede de relações; um todo 
relacional, ou seja, o social é concebido como um 
sistema de relações entre grupos e indivíduos 
interdependentes. 
 
Obras mais conhecida no Brasil: 
 
 O Processo Civilizador. 
 Os estabelecidos e os outsiders; 
 Sociedade dos indivíduos; 
 Sociedade da corte;

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