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OSTENSIVO CIAA-112/015 MARINHA DO BRASILMARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTECENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINOALEXANDRINO GUIA DE ESTUDOGUIA DE ESTUDO ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA MARINHAORGANIZAÇÃO BÁSICA DA MARINHA CURSO ESPECIAL DE HABILITAÇÃO PARA PROMOÇÃO ACURSO ESPECIAL DE HABILITAÇÃO PARA PROMOÇÃO A SARGENTO SARGENTO 20212021 OSTENSIVO CIAA-112/015 OSTENSIVO ORIGINAL ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA MARINHA MARINHA DO BRASIL CENTRO DE INSTRUÇÃO ALMIRANTE ALEXANDRINO 2021 FINALIDADE: DIDÁTICA 1ª EDIÇÃO OSTENSIVO - I - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 ATO DE APROVAÇÃO Aprovo, para uso no Curso Especial de Habilitação para Promoção a Sargento, a apostila CIAA-112/015 - ORGANIZAÇÃO BÁSICA DA MARINHA, elaborada pelo SO-MA RMI NILSON GONÇALVES DA CRUZ, em 10 de agosto de 2020, no Centro de Instrução Almirante Alexandrino. Os direitos de edição são reservados para o Centro de Instrução Almirante Alexandrino, sendo proibida a reprodução total ou parcial, sob qualquer forma ou meio. Rio de Janeiro, RJ, 10 de agosto de 2020. PETRUCIO GOMES DA SILVA Capitão de Corveta (RMI-T) Coordenador da Escola de Cursos de Formação OSTENSIVO - II - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 ÍNDICE PÁGINAS Folha de Rosto .................................................................................................................... I Ato de Aprovação ............................................................................................................... II Índice ................................................................................................................................... III Introdução ........................................................................................................................... IV CAPÍTULO 1 - MINISTÉRIO DA DEFESA 1.1 - Missão, áreas de natureza e competência do Ministério da Defesa;............. 1-1 1.2 - Estrutura Organizacional do Ministério da Defesa; e...............................… 1-3 1.3 - As Competências dos Órgãos................................................................…… 1-4 CAPÍTULO 2 - FORÇAS ARMADAS 2.1 - Missão Constitucional, Destinação e Atribuições; ....................................... 2-1 2.2 - Organização;................................................................................................. 2-2 2.3 - Preparo;......................................................................................................... 2-3 2.4 - Emprego; e ................................................................................................... 2-3 2.5 - Atribuições Subsidiárias.. ............................................................................. 2-4 CAPÍTULO 3 - ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA 3.1 - Brasil no cenário internacional;..................................................................... 3-1 3.2 - Eixos Estruturantes;....................................................................................... 3-2 3.3 - Aspectos positivos do quadro de defesa nacional;......................................... 3-3 3.4 - Distribuição espacial das Forças Armadas no território nacional;................. 3-3 3.5 - Ações Estratégicas da END; e........................................................................ 3-4 3.6 - Valorização do profissional militar................................................................. 3-6 CAPÍTULO 4 - PODER NAVAL 4.1 - Poder Marítimo;............................................................................................. 4-1 4.2 - Poder Naval ................................................................................................... 4-2 4.3 - Tarefas básicas do Poder Naval .................................................................... 4-2 CAPÍTULO 5 - ESTRUTURA REGIMENTAL DO COMANDO DA MARINHA 5.1 - Órgão;............................................................................................................ 5-1 5.2 - Órgão de Direção Geral;..........................................................................… 5-1 5.3 - Órgão de Assessoramento Superior;............................................................. 5-2 5.4 - Órgãos Colegiados;................................................................................…. 5-2 5.5 - Entidade Vinculada;................................................................................ 5-5 5.6 - Órgão Autônomo Vinculado;.................................................................. 5-5 5.7 - Órgão de Apoio;...................................................................................... 5-5 5.8 - Órgão de Direção Setorial; e..... .............................................................. 5-6 5.9 - Órgão de Apoio....................................................................................... 5-9 5.10 - Capitanias dos Portos............................................................................ 5-36 ANEXO - Bibliografia ....................................................................................................... A-1 OSTENSIVO - III - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 INTRODUÇÃO 1 - PROPÓSITO Esta publicação foi elaborada para fornecer orientações básicas sobre a Organização da Marinha do Brasil, identificando a missão constitucional das Forças Armadas, a estrutura regimental da MB e as principais atribuições dos seus órgãos. Os assuntos nela contidos foram extraídos da legislação em vigor, sendo apresentados em linguagem simples e adequados à compreensão dos alunos, de acordo com as exigências do currículo, objetivando facilitar o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. 2 - DESCRIÇÃO Esta publicação está dividida em cinco capítulos. O capítulo 1 aborda a organização do Ministério da Defesa, explicitando sua missão, áreas de atuação e competências do MD e das três Forças Armadas. O capítulo 2 dispõe sobre as Forças Armadas, abrangendo sua missão constitucional, organização, preparo e emprego, explicitando suas funções subsidiárias em complemento às missões constitucionais de cada Força, o conceito de hierarquia e disciplina e uma breve apresentação de seu Comandante Supremo e de suas atribuições. O capítulo 3 apresenta a Estratégia Nacional de Defesa, contendo as ações necessárias à modernização da estrutura nacional de defesa. O capítulo 4 descreve e discrimina os poderes Marítimo e Naval e as tarefas básicas do Poder Naval. O capítulo 5 detalha a composição das estruturas organizacional e regimental do Comando da Marinha e identifica seus órgãos, estabelecendo a relação entre eles e o cumprimento da missão constitucional da MB. 3 - AUTORIA E EDIÇÃO Esta publicação, de autoria do SO-MA RMI NILSON GONÇALVES DA CRUZ, foi revisada pelo CC (RMI-T) PETRUCIOGOMES DA SILVA, elaborada e editada no Centro de Instrução Almirante Alexandrino. 4 - CLASSIFICAÇÃO Esta publicação é classificada de acordo com o EMA – 411REV.6 (Manual de Publicações da Marinha) em: Publicação da Marinha do Brasil, não controlada, ostensiva, didática e manual. OSTENSIVO - IV - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 CAPÍTULO 1 MINISTÉRIO DA DEFESA 1.1 - MISSÃO, ÁREAS DE NATUREZA E COMPETÊNCIA O Ministério da Defesa (MD) foi criado em 10 de junho de 1999, em substituição ao Estado-Maior das Forças Armadas e aos Ministérios Militares. Os antigos Ministérios das Forças foram transformados em Comandos da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, que são dirigidos por Oficiais-Generais nos postos de maior hierarquia na carreira militar: Almirante de Esquadra, General de Exército e Tenente-Brigadeiro do Ar, respectivamente. O Ministério da Defesa, como órgão da administração pública federal, tem a missão de coordenar o esforço integrado de defesa, bem como contribuir para a garantia da soberania, dos poderes constitucionais, da lei e da ordem e do patrimônio nacional, assim como, para a salvaguarda dos interesses nacionais e o incremento da inserção do Brasil no cenário internacional, tem a seu cargo a direção superior das Forças Armadas com vistas ao cumprimento de sua destinação constitucional e de suas atribuições subsidiárias, tem como área de competência os seguintes assuntos: I - política de defesa nacional, estratégia nacional de defesa e elaboração do Livro Branco de Defesa Nacional; OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 II - políticas e estratégias setoriais de defesa e militares; III - doutrina, planejamento, organização, preparo e emprego conjunto e singular das Forças Armadas; IV - projetos especiais de interesse da defesa nacional; V - inteligência estratégica e operacional no interesse da defesa; VI - operações militares das Forças Armadas; VII - relacionamento internacional de defesa; VIII - orçamento de defesa; IX - legislação de defesa e militar; X - política de mobilização nacional; XI - política de ensino de defesa; XII - política de ciência, tecnologia e inovação de defesa; XIII - política de comunicação social de defesa; XIV - política de remuneração dos militares e de seus pensionistas; XV - política nacional: a) de indústria de defesa, abrangida a produção; b) de compra, contratação e desenvolvimento de produtos de defesa, abrangidas as atividades de compensação tecnológica, industrial e comercial; c) de inteligência comercial de produtos de defesa; e d) de controle da exportação e importação de produtos de defesa e em áreas de interesse da defesa; XVI - atuação das Forças Armadas, quando couber: a) na garantia da lei e da ordem, visando à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio; b) na garantia da votação e da apuração eleitoral; c) na cooperação com o desenvolvimento nacional e a defesa civil; e d) no combate a delitos transfronteiriços e ambientais; XVII - logística de defesa; XVIII - serviço militar; XIX - assistência à saúde, social e religiosa das Forças Armadas; XX - constituição, organização, efetivos, adestramento e aprestamento das forças navais, terrestres e aéreas; XXI - política marítima nacional; OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 XXII - segurança da navegação aérea e do tráfego aquaviário e salvaguarda da vida humana no mar; XXIII - patrimônio imobiliário administrado pelas Forças Armadas, sem prejuízo das competências atribuídas ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; XXIV - política militar aeronáutica e atuação na política aeroespacial nacional; XXV - infraestrutura aeroespacial e aeronáutica; e XXVI - operacionalização do Sistema de Proteção da Amazônia – Sipam. 1.2 - DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL O Ministério da Defesa tem a seguinte estrutura organizacional: 1.2.1 - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado da Defesa: a) Gabinete; b) Assessoria Especial de Planejamento; c) Assessoria Especial Militar; d) Consultoria Jurídica; e) Secretaria de Controle Interno; e f) Instituto Pandiá Calógeras. 1.2.2 - órgãos de assessoramento: a) Conselho Militar de Defesa; e b) Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas: 1. Gabinete do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas; 2. Chefia de Operações Conjuntas; 3. Chefia de Assuntos Estratégicos; e 4. Chefia Logística e Mobilização. 1.2.3 - órgão central de direção: Secretaria-Geral: a) Gabinete do Secretário-Geral; e b) Departamento do Programa Calha Norte. 1.2.4 - órgãos específicos singulares: a) Secretaria de Orçamento e Organização Institucional; b) Secretaria de Produtos de Defesa; OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 c) Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto; e d) Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia. 1.2.5 - órgãos de estudo, de assistência e de apoio: a) Escola Superior de Guerra: Núcleo da Escola Superior de Guerra em Brasília; b) Representação do Brasil na Junta Interamericana de Defesa; e c) Hospital das Forças Armadas. 1.2.6 - órgão colegiado: Conselho Deliberativo do Sistema de Proteção da Amazônia - Consipam. 1.2.7 - Forças Armadas: a) Comando da Marinha; b) Comando do Exército; e c) Comando da Aeronáutica. 1.3 - AS COMPETÊNCIAS DOS ÓRGÃOS 1.3.1 - Dos Órgãos de Assistência Direta e Imediata ao Ministro de Estado da Defesa: a) Ao Gabinete compete: I - assistir o Ministro de Estado da Defesa em sua representação funcional e pessoal, especialmente no preparo e no despacho de seu expediente pessoal; e II - acompanhar o andamento dos projetos de interesse do Ministério da Defesa em tramitação no Congresso Nacional. b) À Assessoria Especial de Planejamento compete: I - assessorar o Ministro de Estado da Defesa nos assuntos relacionados à política, às estratégias setoriais de defesa e aos temas específicos de sua área de atuação; e II - coordenar os processos de elaboração, acompanhamento e revisão do planejamento estratégico setorial de defesa. c) Assessoria Especial Militar; Art. 5º À Assessoria Especial Militar compete assessorar o Ministro de Estado da Defesa nos assuntos de interesse dos Comandos das Forças Armadas. OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 d) À Consultoria Jurídica, órgão setorial da Advocacia-Geral da União, compete: I - prestar assessoria e consultoria jurídica no âmbito do Ministério da Defesa; e II - fixar a interpretação da Constituição, das leis, dos tratados e dos demais atos normativos a ser uniformemente seguida na área deatuação do Ministério da Defesa, quando não houver orientação normativa do Advogado-Geral da União. e) À Secretaria de Controle Interno compete: I - assessorar o Ministro de Estado da Defesa, como órgão de apoio à supervisão ministerial; e II - acompanhar, controlar, fiscalizar e avaliar a gestão contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, inclusive quanto à economicidade, à eficiência e à eficácia de seus resultados. f) Ao Instituto Pandiá Calógeras compete: I - assessorar o Ministro de Estado da Defesa, apresentando a percepção da sociedade civil, particularmente do meio acadêmico, sobre assuntos ligados à segurança internacional e à defesa nacional; e II - interagir com a sociedade civil, particularmente com o meio acadêmico, em assuntos vinculados à sua área de atuação, para contribuir com os Planejamentos Estratégicos Nacional e Setorial de Defesa e com as atividades desenvolvidas pela Secretaria-Geral. 1.3.2 - Dos Órgãos de Assessoramento: a) Ao Conselho Militar de Defesa compete: I) Assessorar o Presidente da República, no que concerne ao emprego de meios militares; e II) Assessorar o Ministro de Estado da Defesa, no que concerne aos assuntos pertinentes à área militar. b) Ao Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas compete assessorar o Ministro de Estado da Defesa nos seguintes assuntos: I - políticas e estratégias nacionais de defesa, de inteligência e contrainteligência; e II - políticas e estratégias militares de defesa. OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 1. Ao Gabinete do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas compete: Assessorar o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas: I - na gestão dos recursos alocados ao Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e no controle, na orientação e na coordenação das atividades de planejamento, orçamento e finanças do órgão; e II - nas atividades conjuntas de interesse do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e das Forças Singulares. 2. À Chefia de Operações Conjuntas compete: Assessorar o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas nos assuntos relativos a: I - exercícios de adestramento conjunto das Forças Armadas; e II - emprego conjunto das Forças Armadas em operações reais, de paz, de ajuda e desminagem humanitárias, de defesa civil e em atividades subsidiárias. 3. À Chefia de Assuntos Estratégicos compete: I - Assessorar o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas nos temas relativos à política, à estratégia e aos assuntos internacionais; e II - orientar, supervisionar e controlar as atividades das subchefias subordinadas. 4. À Chefia Logística e Mobilização compete: I - Assessorar o Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas nos assuntos relativos a logística, mobilização, geoinformação, aerolevantamento no território nacional, catalogação e serviço militar; e II - orientar, supervisionar e controlar as atividades das subchefias subordinadas. 1.3.3 - Órgão Central de Direção: Secretaria-Geral: a) Ao Gabinete do Secretário-Geral compete: OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 I - assistir o Secretário-Geral do Ministério da Defesa em sua representação funcional; e II - auxiliar o Secretário-Geral do Ministério da Defesa no preparo e no despacho de seu expediente. b) Ao Departamento do Programa Calha Norte compete: Planejar, dirigir, coordenar, orientar, acompanhar e avaliar a execução das atividades dos órgãos e das unidades que integram suas áreas. 1.2.4 - Órgãos Específicos Singulares: a) À Secretaria de Orçamento e Organização Institucional compete: I - elaborar propostas de diretrizes para a atualização das estruturas organizacionais, a racionalização e a integração de procedimentos administrativos comuns às Forças Armadas; II - elaborar as propostas de atualização das estruturas organizacionais da administração central do Ministério da Defesa; e III - coordenar a proposição da legislação de defesa comum às Forças Armadas. b). À Secretaria de Produtos de Defesa compete: I - propor os fundamentos para a formulação e a atualização da política de ciência, tecnologia e inovação de defesa e acompanhar sua execução; II - propor os fundamentos para formulação e atualização da política nacional da indústria de defesa e acompanhar sua execução; e III - propor a formulação e a atualização da política nacional de compensação tecnológica, industrial e comercial de defesa e acompanhar a sua execução. c) À Secretaria de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto compete: I - propor política de pessoal civil, militar e pensionistas, e políticas, estratégias e diretrizes setoriais de pessoal civil, militar e pensionistas, em seus aspectos comuns a mais de uma Força, e acompanhar a sua execução; II - propor a política de remuneração dos militares e de seus pensionistas e acompanhar a sua execução; e III - coordenar os procedimentos administrativos relacionados a anistiados de competência do Ministério. OSTENSIVO - 1-7 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 d) Ao Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia compete: I - propor, acompanhar, implementar e executar as políticas, diretrizes e ações destinadas ao Sipam, aprovadas e definidas pelo Consipam; II - fomentar e elaborar estudos, pesquisas e o desenvolvimento de recursos humanos no âmbito de sua competência; e III - coordenar, controlar e avaliar as ações e atividades relativas ao Sipam; 1.2.5 - Órgãos de Estudo, de Assistência e de Apoio: Aos órgãos de estudo, de assistência e de apoio compete desenvolver estudos e avaliações em suas áreas de atuação, prestar assistência e realizar atividades especializadas de apoio. 1- Escola Superior de Guerra: Núcleo da Escola Superior de Guerra em Brasília; À Escola Superior de Guerra, diretamente subordinada ao Ministro de Estado da Defesa, envolvida com ensino para Oficiais superiores oriundo das três Forças. Parágrafo único. Ao Núcleo da Escola Superior de Guerra, em Brasília, Distrito Federal, cabe realizar a interlocução com os órgãos da administração central do Ministério da Defesa e coordenar a realização de cursos da Escola em Brasília. 2 - Representação do Brasil na Junta Interamericana de Defesa (RBJID): Integrante da estrutura do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, tem a função de acompanhar as atividades previstas pela Comissão de Segurança Hemisférica da Organização dos Estados Americanos (CSH/OEA). 3 - Hospital das Forças Armadas: Ao Hospital das Forças Armadas, localiza-se em Brasília-DF e atende os Militares, pensionistas e dependentes das três Forças. . 1.2.6 - órgão colegiado: Conselho Deliberativo do Sistema de Proteção da Amazônia – Consipam. Órgão colegiado integrante da estrutura básica do Ministério da Defesa, reúne para discutir sobre a proteção da Amazônia. OSTENSIVO - 1-8 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 CAPÍTULO 2 MISSÃO CONSTITUCIONAL DAS FORÇAS ARMADAS 2.1 - DA DESTINAÇÃO E ATRIBUIÇÕES As Forças Armadas, constituídas pela Marinha,pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais, e por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem. O Presidente da República, na condição de Comandante Supremo das Forças Armadas, é assessorado: I) no que concerne ao emprego de meios militares, pelo Conselho Militar de Defesa; O Conselho Militar de Defesa é composto pêlos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e pelo Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. O Ministro de Estado da Defesa integrará o Conselho Militar de Defesa na condição de seu Presidente. II) no que concerne aos demais assuntos pertinentes à área militar, pelo Ministro de Estado da Defesa. OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 2.2 - DA ORGANIZAÇÃO As Forças Armadas são subordinadas ao Ministro de Estado da Defesa, dispondo de estruturas próprias. O Ministro de Estado da Defesa exerce a direção superior das Forças Armadas, assessorado pelo Conselho Militar de Defesa, pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas e pelos demais órgãos, conforme definido em lei. Compete ainda ao Ministério da Defesa a implantação do Livro Branco de Defesa Nacional, documento de caráter público, por meio do qual se permitirá o acesso ao amplo contexto da Estratégia de Defesa Nacional, em perspectiva de médios e longos prazos, que viabilize o acompanhamento do orçamento e do planejamento plurianual relativo ao setor. O Livro Branco de Defesa Nacional deverá conter dados estratégicos, orçamentários, institucionais e materiais detalhados sobre as Forças Armadas, abordando os seguintes tópicos: I - Cenário estratégico para o século XXI; II - Política nacional de defesa; III - Estratégia nacional de defesa; IV - Modernização das Forças Armadas; V - Racionalização e adaptação das estruturas de defesa; VI - Suporte econômico da defesa nacional; VII - As Forças Armadas: Marinha, Exército e Aeronáutica; e VIII - Operações de paz e ajuda humanitária. A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem, singularmente, de um Comandante, nomeado pelo Presidente da República, ouvido o Ministro de Estado da Defesa, o qual, no âmbito de suas atribuições, exercerá a direção e a gestão da respectiva Força. Os cargos de Comandante da Marinha, do Exército e da Aeronáutica são privativos de oficiais-generais do último posto da respectiva Força. É assegurada aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica precedência hierárquica sobre os demais oficiais-generais das três Forças Armadas, Se o oficial-general indicado para o cargo de Comandante de sua respectiva Força estiver na ativa, será transferido para a reserva remunerada, quando empossado no cargo. OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 O Poder Executivo definirá a competência dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica para a criação, a denominação, a localização e a definição das atribuições das organizações integrantes das estruturas das Forças Armadas. A Marinha, o Exército e a Aeronáutica dispõem de efetivos de pessoal militar e civil, fixados em lei, e de meios orgânicos necessários ao cumprimento de sua destinação constitucional e atribuições subsidiárias. 2.3 - DO PREPARO Para o cumprimento da destinação constitucional das Forças Armadas, cabe aos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica o preparo de seus órgãos operativos e de apoio, obedecidas as políticas estabelecidas pelo Ministro da Defesa. 2.3.1 - O preparo das Forças armadas é orientado pelos seguintes parâmetros básicos: a) Permanente eficiência operacional singular e nas diferentes modalidades de emprego interdependentes; b) Procura da autonomia nacional crescente, mediante contínua nacionalização de seus meios, nela incluídas pesquisa e desenvolvimento e o fortalecimento da indústria nacional; e c) Correta utilização do potencial nacional, mediante mobilização criteriosamente planejada. 2.4 - DO EMPREGO O emprego das Forças Armadas, na defesa da Pátria e na garantia dos poderes constitucionais, da lei e da ordem, e na participação em operações de paz, é da responsabilidade do Presidente da República, que determinará ao Ministério de Estado da Defesa a ativação de órgãos operacionais, observada a seguinte forma de subordinação: a) Diretamente ao Comandante Supremo, no caso de Comandos Combinados, compostos por meios adjudicados (concedido a posse de algo por determinação da justiça) pelas Forças Armadas e, quando necessário, por outros órgãos; b)Diretamente ao Ministro de Estado da defesa, para fim de adestramento, em operações combinadas, ou quando da participação brasileira em operações de paz; e OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 c) Diretamente ao respectivo Comandante da Força, respeitada a direção superior do Ministro de Estado da Defesa, no caso de emprego isolado de meios de uma única Força. d)Compete ao Presidente da República a decisão do emprego das Forças Armadas, por iniciativa própria ou em atendimento a pedido manifestado por quaisquer dos poderes constitucionais, por intermédio dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Senado Federal ou da Câmara dos Deputados. e) A atuação das Forças Armadas, na garantia da lei e da ordem, por iniciativa de quaisquer dos poderes constitucionais, ocorrerá de acordo com as diretrizes baixadas em ato do Cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil na Presidente da República, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade (integridade) das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição Federal (atuação das polícias). 2.5 - DAS ATRIBUIÇÕES SUBSIDIÁRIAS a) Cabem às Forças Armadas como atribuição subsidiária geral: f) forma determinada pelo Presidente da República; b) Cabe à Marinha, como atribuições subsidiárias particulares: I) Orientar e controlar a Marinha Mercante e suas atividades correlatas, no que interessa à defesa nacional; II) Prover a segurança da navegação aquaviária; III) Contribuir para a formulação e condução de políticas nacionais que digam respeito ao mar; e IV) Implementar e fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, no mar e águas interiores, em coordenação com outros órgãos do Poder Executivo, Federal ou Estadual, quando se fizer necessária, em razão de competências específicas. Pela especialidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da Marinha o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como “Autoridade Marítima”, para esse fim. c) Cabe à Aeronáutica, como atribuições subsidiárias particulares: I) Orientar, coordenar e controlar as atividades da Aviação Civil; OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 II) Prover a segurança da navegaçãoaérea; III) Contribuir para a formulação e condução da Política Aeroespacial Nacional; IV) Estabelecer, equipar e operar, diretamente ou mediante concessão, a infraestrutura espacial, aeronáutica e aeroportuária; e V) Operar o Correio Aéreo Nacional. Pela especialidade dessas atribuições, é da competência do Comandante da Aeronáutica o trato dos assuntos dispostos neste artigo, ficando designado como “Autoridade Aeronáutica”, para esse fim. d) Cabe o Exército, como atribuições subsidiárias particulares: I) Fiscaliza a produção e o comércio de produtos controlados; II) Executa obras de engenharia em diversas regiões do País, participando ativamente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do sociais e campanhas de saúde pública; IV) Nos setores de saúde e educação, apoia as comunidades Governo Federal; III) Oferece apoio em calamidades públicas, emergências indígenas da região Amazônica por intermédio dos Pelotões Especiais de Fronteira; e V) Distribui água na região Nordeste, ficando designado como “Autoridade Terrestre”, para esse fim. OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 CAPÍTULO 3 ESTRATÉGIA NACIONAL DE DEFESA 3.1 - O BRASIL NO CENÁRIO INTERNACIONAL O Brasil é pacífico por tradição e por convicção. Vive em paz com seus vizinhos. Rege suas relações internacionais, dentre outros, pelos princípios constitucionais da não intervenção, defesa da paz e solução pacífica dos conflitos. Esse traço de pacifismo é parte da identidade nacional e um valor a ser conservado pelo povo brasileiro. País em desenvolvimento, o Brasil ascenderá ao primeiro plano no mundo sem exercer hegemonia ou dominação. O povo brasileiro não deseja exercer mando sobre outros povos. Quer que o Brasil se engrandeça sem imperar. Talvez por isso nunca tenha sido realizado no Brasil, em toda a sua história, amplo debate sobre os assuntos de defesa. Periodicamente, os governos autorizavam a compra ou a produção de novos materiais de defesa e introduziam reformas pontuais nas Forças Armadas. No entanto, nunca propuseram uma estratégia nacional de defesa para orientar de forma sistemática a reorganização e reorientação das Forças Armadas; a organização da indústria de material de defesa, com a finalidade de assegurar a autonomia operacional para as três Forças: a Marinha, o Exército e a Aeronáutica; e a política de composição dos seus efetivos, sobretudo a reconsideração do Serviço Militar Obrigatório. Porém, se o Brasil quiser ocupar o lugar que lhe cabe no mundo, precisará estar preparado para defender-se não somente das agressões, mas também das ameaças. Vive-se em um mundo em que a intimidação tripudia sobre a boa fé. Nada substitui o envolvimento do povo brasileiro no debate e na construção da sua própria defesa. OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 Difícil - e necessário - é para um País que pouco trato teve com guerras convencer-se da necessidade de defender-se para poder construir-se. Não bastam, ainda que sejam proveitosos e até mesmo indispensáveis, os argumentos que invocam as utilidades das tecnologias e dos conhecimentos da defesa para o desenvolvimento do País. Os recursos demandados pela defesa exigem uma transformação de consciências para que se constitua uma estratégia de defesa para o Brasil. Difícil – e necessário – é, para as Forças Armadas de um País tão pacífico como o Brasil, manter, em meio a paz, o impulso de se preparar para o combate e de cultivar, em prol desse preparo, o hábito da transformação. Disposição para mudar é o que a Nação está a exigir agora de seus marinheiros, soldados e aviadores. Não se trata apenas de financiar e de equipar as Forças Armadas. Trata-se de transformá-las, para melhor defenderem o Brasil. 3.2 - EIXOS ESTRUTURANTES A Estratégia Nacional de Defesa organiza-se em torno de três eixos estruturantes: a) O primeiro eixo estruturante diz respeito a como as Forças Armadas devem se organizar e se orientar para melhor desempenharem sua destinação constitucional e suas atribuições na paz e na guerra. Enumeram-se diretrizes estratégicas relativas a cada uma das Forças e especifica-se a relação que deve prevalecer entre elas. Descreve-se a maneira de transformar tais diretrizes em práticas e capacitações operacionais e propõe- se a linha de evolução tecnológica necessária para assegurar que se concretizem. b) O segundo eixo estruturante refere-se à reorganização da indústria nacional de material de defesa, para assegurar que o atendimento das necessidades de equipamento das Forças Armadas apoie-se em tecnologias sob domínio nacional. c) O terceiro eixo estruturante versa sobre a composição dos efetivos das Forças Armadas e, consequentemente, sobre o futuro do Serviço Militar Obrigatório. Seu propósito é zelar para que as Forças Armadas reproduzam, em sua composição, a própria Nação – para que elas não sejam uma parte da Nação, pagas para lutar por conta e em benefício das outras partes. O Serviço Militar Obrigatório deve, pois, funcionar como espaço republicano, no qual possa a Nação encontrar-se acima das classes sociais. OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 3.3 - ASPSECTOS POSITIVOS DO QUADRO DE DEFESA NACIONAL Podem ser considerados como principais aspectos positivos do atual quadro da defesa nacional: a) Forças Armadas identificadas com a sociedade brasileira, com altos índices de confiabilidade e adaptabilidade do brasileiro à situações novas e inusitadas, criando situação propícia a uma cultura militar pautada pelo conceito da flexibilidade e excelência do ensino nas Forças Armadas, no que diz respeito à metodologia e à atualização em relação às modernas táticas e estratégias de emprego de meios militares, incluindo o uso de concepções próprias, adequadas aos ambientes e racionais de provável emprego; b) fortalecer três setores de importância estratégica: o espacial, o cibernético e o nuclear; c) estimular a integração da América do Sul, incentivando a cooperação militar regional, com participação de todos os países rumo à construção da unidade sul-americana. Por outro lado, configuram-se como principais vulnerabilidades da atual estrutura de defesa do País: a) pouco envolvimento da sociedade brasileira com os assuntos de defesa e escassez de especialistas civis nesses temas; b) insuficiência e descontinuidade na alocação de recursos orçamentários para a defesa; c) obsolescência da maioria dos equipamentos das Forças Armadas e elevado grau de dependência em relação a produtos de defesa estrangeiros e a ausência de direção unificada para aquisições de produtos de defesa; d) inadequada distribuição espacial das Forças Armadas no território nacional, para o atendimento otimizado às necessidades estratégicas; e e) falta de articulação com o Governo Federal e com a sociedade do principal instituto brasileiro de altos estudos estratégicos, a Escola Superior de Guerra, no desenvolvimento e consolidação dos conhecimentos necessários ao planejamento de defesa e no assessoramento à formulação de políticas e estratégias decorrentes. 3.4 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DAS FORÇASARMADAS NO TERRITÓRIO NACIONAL As principais unidades do Exército estacionam no Sudeste e no Sul do Brasil. A esquadra da Marinha concentra-se na cidade do Rio de Janeiro. As instalações tecnológicas da OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 Força Aérea estão quase todas localizadas em São José dos Campos, em São Paulo. As preocupações mais agudas de defesa estão, porém, no Norte, no Oeste e no Atlântico Sul. Sem desconsiderar a necessidade de defender as maiores concentrações demográficas e os maiores centros industriais do País, a Marinha deverá estar mais presente na região da foz do Amazonas e nas grandes bacias fluviais do Amazonas e do Paraguai Paraná. O Exército deverá posicionar suas reservas estratégicas no centro do País, de onde poderão se deslocar em qualquer direção. Deverá também o Exército agrupar suas reservas regionais nas respectivas áreas, para possibilitar a resposta imediata na crise ou no conflito armado. Pelas mesmas razões que exigem a formação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, os Distritos Navais ou Comandos de Área das três Forças terão suas áreas de jurisdição coincidentes, ressalvados impedimentos decorrentes de circunstâncias locais ou específicas. Deve-se ter claro que, dadas as dimensões continentais do território nacional, presença não pode significar onipresença. A presença ganha efetividade graças à sua relação com monitoramento/controle e com mobilidade. Nas fronteiras terrestres e nas águas jurisdicionais brasileiras, as unidades do Exército, da Marinha e da Força Aérea têm, sobretudo, tarefas de vigilância. No cumprimento dessas tarefas, as unidades ganham seu pleno significado apenas quando compõem sistema integrado de monitoramento/controle, feito, inclusive, a partir do espaço. Ao mesmo tempo, tais unidades potencializam-se como instrumentos de defesa, por meio de seus vínculos com as reservas táticas e estratégicas. Os vigias alertam, as reservas respondem e operam, e a eficácia do emprego das reservas táticas regionais e estratégicas é proporcional à capacidade de elas atenderem à exigência da mobilidade. A Amazônia representa um dos focos de maior interesse para a defesa. A defesa da Amazônia exige avanço de projeto de desenvolvimento sustentável e passa pelo trinômio monitoramento/controle, mobilidade e presença. O Brasil será vigilante na reafirmação incondicional de sua soberania sobre a Amazônia brasileira 3.5 - AÇÕES ESTRATÉGICAS DA END O Ministério da Defesa proporá, em coordenação com os Ministérios das Relações Exteriores, da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 Planejamento, Orçamento e Gestão, da Ciência e Tecnologia e com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o estabelecimento de parcerias estratégicas com países que possam contribuir para o desenvolvimento de tecnologias de ponta de interesse para a defesa. O Ministério da Defesa, em coordenação com os Ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, do Planejamento, Orçamento e Gestão, e da Ciência e Tecnologia e com as Forças Armadas, deverá estabelecer ato legal que garanta a alocação, de forma continuada, de recursos financeiros específicos que viabilizem o desenvolvimento integrado e a conclusão de projetos relacionados à defesa nacional, com ênfase para o desenvolvimento e a fabricação, dentre outros, de: a) fomentar (incentivar) a pesquisa de materiais, equipamentos e sistemas militares e civis que compatibilize as prioridades científico-tecnológicas com as necessidades de defesa. b) aeronaves de caça e de transporte; c) submarinos convencionais e de propulsão nuclear; d) meios navais de superfície; e) armamentos inteligentes, como mísseis, bombas e torpedos, dentre outros; f) veículos aéreos não tripulados; g) sistemas de comando e controle e de segurança das informações; h) radares; i) equipamentos e plataformas de guerra eletrônica; j) equipamento individual e sistemas de comunicação do combatente do futuro; k) veículos blindados; l) helicópteros de transporte de tropa, para o aumento da mobilidade tática, e helicópteros de reconhecimento e ataque; m) munições; e n) sensores óticos e eletro-óticos. O Ministério da Ciência e Tecnologia, por intermédio da Agência Espacial Brasileira, promoverá a atualização do Programa Espacial Brasileiro, de forma a priorizar o desenvolvimento de sistemas espaciais necessários à ampliação da capacidade de comunicações, meteorologia e monitoramento ambiental, com destaque para o desenvolvimento de: a) um satélite geoestacionário nacional para meteorologia e comunicações seguras, entre outras aplicações; e OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 b) satélites de sensoriamento remoto para monitoramento ambiental, com sensores ópticos e radar de abertura sintética. O Ministério da Defesa e o Ministério da Ciência e Tecnologia, por intermédio do Instituto de Aeronáutica e Espaço do Comando da Aeronáutica e da Agência Espacial Brasileira, promoverão medidas com vistas a garantir a autonomia de produção, lançamento, operação e reposição de sistemas espaciais, por meio de: a) desenvolvimento de veículos lançadores de satélites e sistemas de solo para garantir acesso ao espaço em órbitas baixa e geoestacionária; b) atividades de fomento e apoio ao desenvolvimento de capacidade industrial no setor espacial, com a participação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de modo a garantir o fornecimento e a reposição tempestiva de componentes, subsistemas e sistemas espaciais; e c) atividades de capacitação de pessoal nas áreas de concepção, projeto, desenvolvimento e operação de sistemas especiais. 3.6 - VALORIZAÇÃO DO PROFISSIONAL MILITAR O Ministério da Defesa tem procurado, dentro das Forças Armadas, promover a reunião, nos militares brasileiros, dos atributos e predicados exigidos pelo conceito de flexibilidade. O militar brasileiro precisa reunir qualificação e rusticidade. Necessita dominar as tecnologias e as práticas operacionais exigidas pelo conceito de flexibilidade. Deve identificar-se com as peculiaridades e características geográficas exigentes ou extremas que existem no País. Só assim realizar-se-á, na prática, o conceito de flexibilidade, dentro das características do território nacional e da situação geográfica e geopolítica do Brasil. Por isso, a Marinha, Exército e Aeronáutica, já têm, na formação de seus militares, implementado novas tecnologias e aprendizagem voltada para melhoria na capacitação de seus militares, visando uma tropa mais bem preparada para os novos desafios que a. cada dia surgem. Rever, a partir de uma política de otimização do emprego de recursos humanos, a composição dos efetivos das três Forças, de modo a dimensioná-las para atender adequadamente ao disposto na Estratégia Nacional de Defesa é um dos pontos principais que visam à valorização de nossos militares. OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL OSTENSIVOCIAA-112/015 Promover a valorização da profissão militar de forma compatível com seu papel na sociedade brasileira, assim como fomentar o recrutamento, a seleção, o desenvolvimento e a permanência de quadros civis, para contribuir com o esforço de defesa, também é um dos pontos de valorização de nossos militares. O recrutamento dos quadros profissionais das Forças Armadas deverá ser representativo de todas as classes sociais. A carreira militar será valorizada pela criação de atrativos compatíveis com as características peculiares da profissão. Nesse sentido, o Ministério da Defesa, assessorado pelos Comandos das três Forças, proporá as medidas necessárias à valorização pretendida. O recrutamento do pessoal temporário das Forças Armadas deve representar a sociedade brasileira, assim como possibilitar a oferta de mão-de-obra adequada aos novos meios tecnológicos da defesa nacional. Nesse sentido, o Ministério da Defesa, assessorado pelos Comandos das três Forças, proporá as mudanças necessárias no Serviço Militar Obrigatório, visando acima de tudo uma melhor qualificação de seus homens. OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 CAPÍTULO 4 PODER NAVAL 4.1 - PODER MARÍTIMO O Poder Marítimo de nosso país tem crescido com o passar dos anos e, com a implantação da Estratégia Nacional de Defesa, esse poder se solidificará ainda mais. Entre as estratégias para a manutenção do nosso poder marítimo, podemos citar como exemplo, a negação do uso do mar e o controle de áreas marítimas. A nossa Marinha assegura os meios para negar o uso do mar ao inimigo. Para isso, o Brasil precisa manter a capacidade focada de projeção de poder e criar condições para controlar, dentro dos limites do direito internacional, as áreas marítimas e as águas interiores (rios, lagos, lagoas e baías); consequentemente, a projeção de poder começa com a negação do uso do mar. A construção de meios para exercer o controle de áreas marítimas terá como foco principal as áreas estratégicas de acesso marítimo ao Brasil. Com o intuito de assegurar o nosso Poder Marítimo, duas áreas do nosso litoral merecem atenção especial, do ponto de vista da necessidade de controlar o acesso marítimo ao Brasil: a faixa que vai de Santos a Vitória e a área em torno da foz do rio Amazonas. OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 4.2 - PODER NAVAL Na maneira de conceber a relação entre as tarefas estratégicas de negação do uso do mar, de controle de áreas marítimas e de projeção de poder, a Marinha do Brasil tem, dentro de sua área de atuação, procurado manter seu Poder Naval, mesmo com todas as adversidades, principalmente na área econômica. Apesar de tudo, seus militares têm se esmerado para cumprir sua missão com o maior grau de profissionalismo possível. A prioridade da Marinha é assegurar os meios para negar o uso do mar a qualquer concentração de forças inimigas que se aproxime do Brasil por via marítima. A negação do uso do mar ao inimigo é a que organiza antes de atendidos quaisquer outros objetivos estratégicos, a estratégia de defesa marítima do Brasil. Essa prioridade tem implicações para a reconfiguração das forças navais, que estão passando por um processo de reaparelhamento, seja em equipamentos e, principalmente, de novos meios navais, como a aquisição de navios e submarinos, que aumentará consideravelmente seu poderio. Negar o uso do mar ao inimigo, dentre várias ações que estão em andamento, leva nossa Marinha, a cada dia, se fortalecer mais no contexto estratégico, político e militar, o que só engrandece seu papel junto à sociedade brasileira, que espera de nossas Forças Armadas confiabilidade, preparo e respeito. 4.3 - TAREFAS BÁSICAS DO PODER NAVAL a) defesa das instalações navais e portuárias, dos arquipélagos e das ilhas oceânicas nas águas jurisdicionais brasileiras; b) prontidão para responder a qualquer ameaça, por Estado ou por forças não convencionais, às vias marítimas de comércio; c) capacidade de participar de operações internacionais de paz, fora do território e das águas jurisdicionais brasileiras, sob o amparo das Nações Unidas ou de organismos multilaterais da região; d) manter presença nas vias navegáveis das duas grandes bacias fluviais, a do Amazonas e a do Paraguai-Paraná, empregando tanto navios-patrulhas como navios-transporte, ambos guarnecidos por helicópteros, adaptados ao regime das águas; e e) o monitoramento da superfície do mar a partir do espaço. OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 CAPÍTULO 5 ESTRUTURA REGIMENTAL DO COMANDO DA MARINHA 5.1 - ÓRGÃO 5.1.1 - CM (Comandante da Marinha) 5.2 - ÓRGÃO DE DIREÇÃO GERAL (ODG) 5.2.1 - EMA (ESTADO-MAIOR DA ARMADA) O EMA tem o propósito de assessorar o Comandante da Marinha na Direção Geral do Comando da Marinha e no desempenho de suas atribuições no Alto Comando das Forças Armadas, no Conselho Militar de Defesa e no Conselho de Defesa Nacional, de elaborar e disseminar a Doutrina Militar Naval, bem como de exercer a coordenação e o controle das atividades dos Órgãos de Direção Setorial. OSTENSIVO - 5-1 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 O CEMA (Chefe do Estado-Maior da Armada), diretamente subordinado ao Comandante da Marinha, é um Almirante-de-Esquadra do Corpo da Armada que uma vez investida no cargo, passa a ter precedência sobre os demais Oficiais do mesmo posto. O CEMA é substituto eventual do Comandante da Marinha, é membro dos Conselhos de Ciência e Tecnologia, do Planejamento de Pessoal, do Plano Diretor, e é o Presidente da Comissão de Promoções de Oficiais (CPO). 5.3 - ÓRGÃO DE ASSESSORAMENTO SUPERIOR 5.3.1 - ALMIRANTADO: O Almirantado é o órgão de Assessoramento Superior do Comandante da Marinha. Tem o propósito de assessorar o Comandante da Marinha nas decisões relativas às Políticas Marítima e Naval do Brasil. Compete ao Almirantado a elaboração das Listas de Escolha para as promoções aos postos de Oficiais-Generais. O Almirantado será convocado e presidido pelo Comandante da Marinha; só existirá quando convocado e é constituído pelos Almirantes-de-Esquadra da ativa, quando no exercício dos seguintes cargos: a) Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA); b) Comandante de Operações Navais (CON); c) Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais (ComGerCFN); d) Diretor-Geral de Navegação (DGN); e) Diretor-Geral do Material da Marinha (DGMM); f) Diretor-Geral do Pessoal da Marinha (DGPM); g) Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM); e h) Secretário Geral da Marinha (SGM). O Comandante da Marinha, por iniciativa própria ou em atenção à proposta de um ou mais membros do Almirantado, poderá convocar outros Almirantes para participarem de reuniões do Almirantado. OSTENSIVO - 5-2 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 5.4- ÓRGÃOS DE ASSISTÊNCIA DIRETA E IMEDIATA AO COMANDANTE DA MARINHA 5.4.1 - CCSM (Centro de Comunicação Social da Marinha) É o órgão responsável pela gestão das atividades de comunicação social na Marinha do Brasil. 5.4.2 - CIM (Centro de Inteligência da Marinha) Compete tratar, em seu mais alto nível, da produção e salvaguarda de conhecimentos de interesse da Marinha. Subordinados ao CIM (Centro de Inteligência da Marinha) - EsIMar - Escola de Inteligência da Marinha: diretamente subordinado ao Centro de Inteligência da Marinha, o qual terá como responsabilidade a preparação do pessoal, da estrutura física e organizacional da OM. 5.4.3 - GCM (Gabinete do Comandante da Marinha) Assessorar o Comandante da Marinha no estudo dos assuntos submetidos à sua apreciação e no preparo dos documentos relativos às suas decisões, assistir ao Comandante da Marinha em sua representação funcional e pessoal, especialmente no preparo e despacho do seu expediente pessoal, acompanhar o andamento dos projetos de interesse do Comando da Marinha em tramitação no Congresso Nacional, providenciar o atendimento às consultas e aos requerimentos formulados pelo Congresso Nacional e exercer outras competências inerentes a sua área de atuação. 5.4.4 - PEM (Procuradoria Especial da Marinha) Compete zelar, perante o Tribunal Marítimo, pela fiel observância da Constituição, das leis e dos atos emanados dos poderes públicos, referentes às atividades marítimas, fluviais e lacustres. OSTENSIVO - 5-3 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 5.4.5 - SECIRM (Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar) Compete executar as atividades técnicas e administrativas desta, bem como assessorar o seu Coordenador. 5.4.6 - CCIMAR (Centro de Controle Interno da Marinha) Encaminha cópia(s) de ofício(s)/documento(s) para o Tribunal de Contas da União (TCU). 5.5 - ÓRGÃOS COLEGIADOS 5.5.1 - CAL (Conselho de Almirantes) Compete assessorar o Comandante da Marinha na avaliação de assuntos de interesse relevante para a Marinha, apresentados por membros do Almirantado. 5.5.2 - CEUM (Comissão de Estudo de Uniformes da Marinha) Cabe exercer as competências estabelecidas em regulamento específico. 5.5.3 - COFAMAR (Conselho Financeiro Administrativo da Marinha) Compete assessorar o Comandante da Marinha nos assuntos administrativo-financeiros, exercendo o mais elevado nível de controle da execução orçamentária e físico-financeira da Marinha. 5.5.4 - CPO (Comissão de Promoção de Oficiais) Compete assessorar o Comandante da Marinha nos diversos processos de seleção de oficiais da Marinha. 5.5.5 - CONCITEM (Conselho de Ciências e Tecnologia da Marinha) Compete formular o plano de desenvolvimento de ciência e tecnologia da Marinha, supervisionar sua execução e propor ao Comandante da Marinha suas alterações e atualizações. 5.5.6 - COPLAN (Conselho do Plano Diretor) Compete assessorar o Comandante da Marinha no trato dos assuntos relacionados com o planejamento da gestão orçamentária e financeira. OSTENSIVO - 5-4 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 5.5.7 - COPLAPE (Conselho do Plano de Pessoal) Compete assessorar o Comandante da Marinha no trato dos assuntos estratégicos relacionados ao planejamento do pessoal da Marinha. 5.5.8 - COTIM (Conselho de Tecnologia e Informação da Marinha) É um órgão consultivo, deliberativo, de caráter permanente que tem como propósito assessorar o Comandante da Marinha no trato de assuntos de alto nível relacionados à tecnologia da informação da Marinha. 5.6 - ENTIDADES VINCULADAS 5.6.1 - EMGEPRON (Empresa Gerencial de Projetos Navais) Gerencia Projetos integrantes de programas aprovados pelo Comando da Marinha. 5.6.2 - AMAZUL (Amazônia Azul Tecnologia de Defesa S.A) É a uma empresa pública criada pelo governo brasileiro com a atribuição de apoiar o setor nuclear da marinha nacional. 5.7 - ÓRGÃO AUTÔNOMO VINCULADO 5.7.1 - TM (Tribunal Marítimo) Tem como função julgar incidentes (circunstâncias que envolvem o acidente) e acidentes da navegação, estendendo sua atuação desde a definição de suas causas e natureza, e a indicação de seus responsáveis, até a disseminação de medidas preventivas para a segurança da navegação. Único tribunal do gênero existente no país, o TM também é responsável pela manutenção dos registros gerais de propriedade naval, das hipotecas e ônus sobre embarcações brasileiras e dos armadores nacionais. 5.8 - ÓRGÃOS DE APOIO Subordinados ao EMA (Estado-Maior da Armada) - EGN - Escola de Guerra Naval; e OSTENSIVO - 5-5 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 - RPBIMO - Representação Permanente do Brasil Junto à Organização Marítima Internacional. 5.8.1 - EGN (Escola de Guerra Naval) Preparar os oficiais da Marinha do Brasil da melhor forma possível. Localizada na Urca, Zona Sul do Rio, a instituição é responsável pelo aperfeiçoamento e qualificação dos oficiais da Marinha, ministrando cursos em nível de pós-graduação. 5.8.2 - RPBIMO (Representação Permanente do Brasil Junto à Organização Marítima Internacional) A RPBIMO com sede na cidade de Londres, Reino Unido. Tem o propósito de contribuir para a garantia dos interesses nacionais quanto à segurança marítima e da navegação, e à proteção do meio ambiente marinho. OSTENSIVO - 5-6 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 ORGANOGRAMA DO COMANDO DA MARINHA OSTENSIVO - 5-7 - ORIGINAL ORGÃO CM ORG. ASS. SUP. ALMIRANTADO CCIMAR CCSM GCM CIM CAL CPO CEUM CONCITE M SECIRM PEM ORG. COLEGIADOS RPBIMOEGN COFAMAR Adidâncias COPLAPE COPLAN ODG EMA IMTº. CM COTIM AMAZUL ENT. VINCULADAS ODS ComOpNa v TM ORG. AUTON. VINCULAD EMGEPRON CGCFN DGPM DGN DGDNTM DGMM SGM OSTENSIVO CIAA-112/015 5.9 - ÓRGÃOS DE DIREÇÃO SETORIAL (ODS) - ComOpNav - Comando de Operações Navais; - SGM - Secretaria-Geral da Marinha; - DGMM - Diretoria-Geral do Material da Marinha; - DGPM - Diretoria-Geral do Pessoal da Marinha; - DGN - Diretoria-Geral de Navegação; - DGDNTM - Diretor-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha; e - CGCFN- Comando-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais. 5.9.1 - COMANDO DE OPERAÇÕES NAVAIS (ComOpNav) Tem como propósito aprestar os meios operativos para a adequada aplicação do Poder Naval. O Comandante de Operações Navais (CON) é o Comandante-em-Chefe de todas as Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais. Diretamente subordinado ao Comandante da Marinha, é um Almirante-de-Esquadra do Corpo da Armada que exerce as atribuições de Comandante-em-Chefe de todas as Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais. (Subordinados ao ComOpNav – Comando de Operações Navais) - Comemch - Comando-Em-Chefe da Esquadra; - Com1ºDN - Comando do 1º Distrito Naval; - Com2ºDN -Comando do 2º Distrito Naval; - Com3ºDN - Comando do 3º Distrito Naval; - Com4ºDN - Comando do 4º Distrito Naval; - Com5ºDN - Comando do 5º Distrito Naval; - Com6ºDN - Comando do 6º Distrito Naval; - Com7ºDN - Comando do 7º Distrito Naval; OSTENSIVO - 5-8 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 - Com8ºDN - Comando do 8º Distrito Naval; - Com9ºDN - Comando do 9º Distrito Naval; - ComFFE - Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra; - CISMAR - Centro Integrado de Segurança Marítima; e - CoNavOpEsp - Comando Naval de Operações Especiais. ORGANOGRAMA DO SETOR OPERATIVO OSTENSIVO - 5-9 - ORIGINAL CM ComOpNav ComFFEDN (9)ComemCh ComForSComForSup C I S M A R ComDivAnf ComDiv1 ComDiv2 CMEM BNRJ CASOP ComForAerNav BFNRM BtlOpEspFuzN av ComTrRef CmdoTrDbq CoNavOpEsp UMEsq CAAML CeIMNi CGAEM OSTENSIVO CIAA-112/015 I – COMANDO-EM-CHEFE DA ESQUADRA (ComemCh) Foi criado em 10 de novembro de 1822, apenas dois meses após a Proclamação da Independência, foi solenemente içada a Bandeira do Brasil no mastro da nau Pedro I, capitânea da Esquadra.Tem o propósito a manutenção das forças subordinadas no mais elevado grau de aprestamento para as operações navais de guerra. Subordinados ao ComemCh (Comando-Em-Chefe da Esquadra) - ComForSup - Comando da Força de Superfície; - ComForS - Comando da Força de Submarinos; - ComForAerNav - Comando da Força Aeronaval; - ComDiv-1 - Comando da 1ª Divisão da Esquadra; - ComDiv-2 - Comando da 2ª Divisão da Esquadra; - CASOP - Centro de Apoio a Sistemas Operativos; - CeIMNi - Centro de Intendência da Marinha em Niterói; - BNRJ - Base Naval do Rio de Janeiro; - CAAML - Centro de Adestramento Almirante Marques de Leão; - CMEM - Centro de Manutenção de Embarcações Miúdas; e - UMEsq - Unidade Média da Esquadra. Comando da Força de Superfície (ComForSup) Tem como missão a manutenção e o adestramento das fases iniciais (I e II) de todas as unidades de superfície da Esquadra, bem como o apoio administrativo aos Esquadrões. Subordinados ao ComForSup – Comando da Força de Superfície - ComEsqdE- 1 - Comando do 1º Esquadrão de Escolta; - ComEsqdE- 2 - Comando do 2º Esquadrão de Escolta; OSTENSIVO - 5-10 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 - ComEsqdAp-1 - Comando do 1º Esquadrão de Apoio; - PHM - Porta Helicópteros Multipropósito “Atlântico”; - NEBrasil - Navio-Escola Brasil; e - NveCisneBranco - Navio Veleiro Cisne Branco. Subordinadas ao ComEsqdE-1 – Comando do 1º Esquadrão de Escolta - FUniao - Fragata União; - FDefensora - Fragata Defensora; - FConstituiçao - Fragata Constituição; - FLiberal - Fragata Liberal; e - FIndependencia - Fragata Independência. Subordinados ao ComEsqdE-2 – Comando do 2º Esquadrão de Escolta - FGreenhalgh - Fragata Greenhalgh; - FRademaker - Fragata Rademaker; - CvJNoronha - Corveta Julio de Noronha; e - CvBarroso - Corveta Barroso. Subordinados ao ComEsqdAp-1 - Comando do 1º Esquadrão de Apoio - NDCCMMaia - Navio de Desembarque de Carros de Combate Mattoso Maia; - NDCCAlteSaboia - Navio de Desembarque de Carros de Combate Almirante Sabóia; - NTAlteGMotta - Navio-Tanque Almirante Gastão Motta; -NDM - Navio Doca Multipropósito Bahia; e - EDCG MARAMBAIA - Embarcação de Desembarque de Carga Geral Marambaia. Subordinados ao ComForS – Comando da Força de Submarinos - STupi - Submarino Tupi; - STamoio - Submarino Tamoio; OSTENSIVO - 5-11 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 - STimbira - Submarino Timbira; - STapajo - Submarino Tapajó; - STikuna - Submarino Tikuna; - NSSFPerry - Navio de Socorro Submarino Felinto Perry; - BACS - Base Almirante Castro e Silva; - CIAMA - Centro de Instrução e Adestramento Almirante áttila Monteiro Aché; - GRUMEC - Grupamento de Mergulhadores de Combate; e - BSIM - Base de Submarinos da Ilha da Madeira. Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav) Tem como tarefas contribuir para a realização de operações navais e operações terrestres de caráter naval proporcionando o apoio aéreo adequado aos Comandos Operativos no desempenho e tem como tarefas contribuir para a realização de operações navais e operações terrestres de caráter naval. Subordinados ao ComForAerNav – Comando da Força Aeronaval - BAeNSPA - Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia; - CIAAN - Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval; - EsqdHA-1 - 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque; - EsqdHI-1 - 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução; - EsqdHS-1 - 1º Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino; - EsqdHU-1 - 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral; - EsqdHU-2 - 2º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral; - EsqdVF-1 - 1º Esquadrão de Aviões de Interceptação e Ataque; - CeIMSPA - Centro de Intendência de São Pedro da Aldeia; - PNSPA - Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia; e - GAerNavMan - Grupo Aéreo Naval de Manutenção. OSTENSIVO - 5 -12 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 OM isoladas - PHM - Porta Helicópteros Multipropósito “Atlântico”; - NEBrasil - Navio-Escola Brasil; e - NveCisneBranco - Navio Veleiro Cisne Branco. OSTENSIVO - 5-13 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 ORGANOGRAMA DO COMANDO EM CHEFE DA ESQUADRA) OSTENSIVO - 5-14 - ORIGINAL CM ComemCh FIndependencia ComForSup ComEsqE-1 ComForS FUniao FDefensora FConstituiçao FLiberal ComEsqdAp-1 NDCCMMaia NDMBahia NTAlteGMotta EDCGMarambai NDCCGDAvila ComEsqdE-2 FGreenhalgh FRademaker CvJNoronha CvBarroso PHM Atlântico NEBrasil NVeCisneBranc STupi STamoio STimbira Stapajo Tikuna NSSFPerry BACS CIAMA GRUMEC ComForAerNav BAeNSPA CIAAN EsqdHA-1 EsqdHI-1 EsqdHS-1 EsqdHU-1 EsqdHU-2 EsqdVF-1 CeIMSPA PNSPA ComDiv-2ComDiv-1 CASOP BNRJ CAAML CMEM BSIM GAerNavMan OSTENSIVO CIAA-112/015 II) COMANDO DA FORÇA DE SUBMARINOS (ComForS) Dentre os países que se interessaram e colocaram em prática o uso de submarinos o Brasil foi um dos primeiros e teve como precursores Luis Jacinto Gomes Marques e Emílio Júlio Hess. Na Marinha do Brasil, o “Serviço Silencioso” e incorporando o país no restrito grupo de nações que, antevendo o futuro, acreditaram na eficácia e no valor estratégico da arma submarina. O primeiro submarino construído no Brasil, o submarino “Tamoio”. Centro de Instrução Almirante Átila Monteiro Aché (CIAMA) O CIAMA iniciou suas atividades em 23 de outubro de 1963, sob a denominação de “Escola de Submarinistas”, e, de 1973 até 1978, como “Centro de Instrução e Adestramento de Submarinos e Mergulho”, quando teve sua denominação alterada para a atual. Desde a sua criação, o CIAMA tem se esmeradona formação de pessoal para o exercício de cargos e funções relacionados com atividades de submarino e mergulho, incorporando importantes e sofisticados equipamentos: Tanque de Treinamento de Salvamento de Submarinos, Tanque de Instrução e Mergulho, Centro Hiperbárico e Treinador de Ataque. III) CENTRO DE APOIO A SISTEMAS OPERATIVOS (CASOP) Tem como tarefas principais: apoio técnico e assessoria para as atividades de alinhamento de diagnose de avarias de Sistemas Operacionais, coordenação do processo de avaliação, impressão e análise de exercícios, coordenação das atividades de análise de campo concernentes à Guerra Eletrônica e Acústica; operação de alvos para avaliação e adestramento, manutenção de “software” de Sistemas Digitais Operativos e de apoio à Avaliação Operacional de meios navais. IV) Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra (ComFFE) É subordinada ao ComOpNav e tem sobre a sua responsabilidade a execução da seguinte tarefa: executar operações anfíbias e terrestres limitadas, necessárias a realização de uma campanha naval, reforçadas por elementos da Tropa de Reforço e apoiada por elementos das Forças Navais, Aeronavais e eventualmente, das Forças Armadas. A FFE é empregada utilizando embarcações de desembarque, helicópteros, unidades de transportes anfíbios ou outro meio de transporte, de acordo com a situação. Embora disponha de OSTENSIVO - 5-15 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 elementos das diversas armas e serviços, normalmente necessita receber adequados reforços, além do apoio de unidades navais aéreas. Subordinados ao ComFFE - Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra - ComDivAnf - Comando da Divisão Anfíbia; - ComTrRef - Comando da Tropa de Reforço; - CmdoTrDbq - Comando da Tropa de Desembarque; - BFNRM - Base de Fuzileiros Navais do Rio Meriti; e - BtlOpEspFuzNav - Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais. Subordinados ao ComDivAnf - Comando da Divisão Anfíbia - 1ºBtlInfFuzNav - 1º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais; - 2ºBtlInfFuzNav - 2º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais; - 3ºBtlInfFuzNav - 3º Batalhão de Infantaria de Fuzileiros Navais; - BtlArtFuzNav - Batalhão de Artilharia de Fuzileiros Navais; - BtlCmdoCt - Batalhão de Comando e Controle; - BtlCtAetatDAAe - Batalhão de Controle Aerotático e Defesa Antiaérea; e - BtlBldFuzNav - Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais. Subordinados ao ComTrRef – Comando da Tropa de Reforço - BFNIF - Base de Fuzileiros Navais da Ilha das Flores; - BtlEngFuzNav - Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais; - BtlLogFuzNav - Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais; - BtlVtrAnf - Batalhão de Viaturas Anfíbias; OSTENSIVO - 5-16 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 - CiaPol - Companhia de Polícia; - CiaApDbq - Companhia de Apoio ao Desembarque; e - UMEM - Unidade Médica Expedicionária da Marinha. COMANDO DA DIVISÃO ANFÍBIA (ComDivAnf) O comando da Divisão Anfíbia tem capacidade para constituir Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais, bem como suas unidades de combate até uma brigada de FN, devendo para isso, receber os reforços necessários. O comando da Divisão Anfíbia, seja no quadro da guerra convencional ou da guerra irregular, se adestra e é empregada para participar de operações: - Anfíbias, desembarcando por superfície ou helitransportada; - Terrestres limitadas e ribeirinhas; - Aerotransportadas; e - Contra-Guerrilhas. Capacidade de Administração e Logística: O comando da Divisão Anfíbia tem a sua capacidade de durar na ação aumentada quando reforçada por elementos do sistema de apoio logístico do CFN. O comando da Divisão Anfíbia é capaz de: - Executar manutenção até 3o escalão de todo o material autorizado; - Requisitar, armazenar, controlar e distribuir todas as classes de suprimento para as unidades subordinadas por tempo limitado; - Efetuar coleta, triagem e evacuação dos elementos que necessitam hospitalização, como também prestar o tratamento inicial de emergência, quando reforçada por elementos da Tropa de Reforço; e - Prever meios de transporte, dando uma limitada mobilidade tática às suas unidades subordinadas. V - Distritos Navais (DN) Os Distritos Navais, sob o comando dos Comandantes de Distritos navais, constituem os núcleos regionais de unidades navais, aéreas e de fuzileiros navais. OSTENSIVO - 5-17 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 São diretamente subordinados aos Comandos de Distritos Navais os Comandos Navais, demais Comandos de Flotilhas, Grupamentos e Unidades, sob a denominação genérica de Forças Distritais. do extinto CNB, excetuando-se a região do Triângulo Mineiro, e com o acréscimo de toda a área das hidrovias Araguaia e Tocantins, esta, até a confluência com o rio Araguaia. O Comando do 9º Distrito Naval (Com9ºDN) Foi ativado em 03 de maio de 2005, tem como propósito de contribuir para o cumprimento das tarefas de responsabilidade da MB, na Amazônia Ocidental. a) - Divisão do Território nacional em Distritos Navais e suas respectivas sedes. DISTRITOS NAVAIS SEDES (CIDADES) JURISDIÇÃO (ESTADOS) 1o. DN Rio de Janeiro (RJ) Rio de Janeiro, Espírito Santo, Porção Sudoeste de Minas Gerais (Ilha da Trindade e Martin Vaz) 2o. DN Salvador (BA) Bahia, Sergipe e Porção Norte de Minas Gerais 3o. DN Natal (RN) Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Paraíba e Alagoas (Atol das Rocas e Arquipélago de São Pedro e São Paulo). 4o. DN Belém (PA) Pará, Piauí, Maranhão e Amapá. 5o. DN Rio Grande (RS) Rio Grande do Sul e Santa Catarina. 6o. DN Ladário (MS) Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 7o. DN Brasília (DF) Distrito Federal, Goiás e Tocantins. 8o. DN São Paulo (SP) São Paulo, Sul de Minas Gerais, Triângulo Mineiro e Paraná. 9º. DN Manaus Acre, Amazonas, Rondônia e Roraima. OSTENSIVO - 5-18 - ORIGINAL OSTENSIVO CIAA-112/015 VI - Centro Integrado de Segurança Marítima (CISMAR): É o órgão centralizador, com capacidade de reunir todos os dados de segurança da navegação atua em coordenação com o Departamento da Polícia Federal, com a Secretaria da Receita Federal do Brasil e com a Agência Nacional de Proteção Marítima. Atua também, nos Transportes Aquaviários, na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária, no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, na Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais, nas Vias Navegáveis e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. VII - COMANDO NAVAL DE OPERAÇÕES ESPECIAIS - CoNavOpEsp: Subordinado ao Comando de Operações Navais (ComOpNav), e por este apoiado com os recursos de pessoal, financeiros, de rancho e alojamentos necessários à execução de suas tarefas, o aprestamento e o emprego das Forças Navais, Aeronavais e de Fuzileiros Navais. (Subordinado ao CoNavOpEsp – Comando Naval de Operações Especiais) CGAEM – Centro de Guerra Acústica e Eletrônica da Marinha: Contribuir para a implementação dos Objetivos
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