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1 Assuntos q + cai PDF 1

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ASSUNTOS QUE + CAI EM PROVA 
1- Fases do Navio: 
 
O navio tem sua vida marcada por fases. O primeiro evento dessa vida é o batimento da quilha, uma cerimônia no estaleiro, na qual a 
primeira peça estrutural que integrará o navio é posicionada no local da construção. Estaleiro é o estabelecimento industrial onde são 
construídos navios. Como os navios antigos eram feitos de madeira, o local de construção ficava cheio de estilhas, lascas de madeira, 
estilhaços ou, em castelhano, “astillas”. 
Quando o navio está com o casco pronto, na carreira do estaleiro, ele é lançado ao mar em cerimônia chamada lançamento. Nesta 
ocasião é batizado por sua madrinha e recebe o nome oficial. O lançamento antigamente era feito de proa; mas os portugueses 
introduziram o hábito de lançá-lo de popa, existindo também carreiras onde o lançamento é feito de lado, de través; e hoje, devido ao 
gigantismo dos navios, muitos deles são construídos dentro de diques, que se abrem no momento de fazê-los flutuar. 
 
Construído e pronto, o navio é, então, incorporado a uma esquadra, força naval, companhia de navegação ou a quem vá ser 
responsável pelo seu funcionamento. A cerimônia correspondente é a incorporação, da qual faz parte a mostra de armamento. 
Armamento nada tem a ver com armas e sim com armação. Essa mostra, feita pelos construtores e recebedores, se constitui em uma 
inspeção do navio para ver se está tudo em ordem, de acordo com a encomenda. Na ocasião, é lavrado um termo, onde se faz constar 
a entrega, a incorporação e tudo o que há a bordo. A vida do navio passa, então, a ser registrada em um livro: o Livro do Navio, que 
somente será fechado quando ele for desincorporado. 
 
Um dos mais conhecidos armadores do mundo foi o provedor de navios, proprietário e mesmo navegador Américo Vespucci. Tão 
importante é a armação de navios e o comércio marítimo das nações, que a influência de Américo Vespucci foi maior que a do próprio 
descobridor do novo continente e que passou a ser conhecido como América, em vez de Colúmbia, como seria de maior justiça ao 
navegador Cristovão Colombo. Assim, Américo, como armador, teve maior influência para denominar o continente, com o qual se 
estabelecera o novo comércio marítimo, do que Colombo. 
 
Terminada a vida de um navio, ele é desincorporado por baixa, da esquadra, da força naval, da companhia de navegação a que 
pertencia, ou do serviço que prestava. Há, então, uma cerimônia de desincorporação, com mostra de desarmamento. Diz-se que o 
navio foi desarmado. As companhias de navegação conservam os livros, registros históricos de seus navios. Na Marinha do Brasil, os 
livros são arquivados no Serviço de Documentação da Marinha (SDM) e servem de fonte de informações a historiadores e outros fins. 
 
2- A Flâmula de Comando 
 
No topo do mastro dos navios da Marinha do Brasil existe uma flâmula com 21 estrelas. Ela indica que o navio é comandado por um 
oficial de Marinha. Se alguma autoridade a quem o Comandante esteja subordinado, organicamente (dentro de sua cadeia de 
comando) estiver a bordo, a flâmula é arriada e substituída pelo pavilhão-símbolo daquela autoridade. A flâmula é trocada nas 
passagens de comando e em nenhum outro caso é arriada. 
 
3- Corda e cabo 
 
Diz-se que na Marinha não há corda. Tudo é cabo. Cabos grossos e cabos finos, cabos fixos e cabos de laborar..., mas tudo é cabo. 
Existem porém, duas exceções: 
- a corda do sino; e a dos relógios. 
 
4- Divisões de Navios por Classe na MB 
CLASSE COMANDO TIPOS DE NAVIOS 
1°CLASSE CAPITÃO DE MAR E GUERRA NAVIO AERÓDROMO 
NAVIO DE DESEMBARQUE 
2°CLASSE CAPITÃO DE FRAGATA FRAGATAS 
SUBMARINOS 
CORVETAS 
CONTRATORPEDEIROS 
NAVIOS-TRANSPORTE 
3°CLASSE CAPITÃO DE CORVETA CORVETAS 
REBOCADORES DE ALTO MAR 
NAVIOS-PATRULHA FLUVIAIS 
4°CLASSE CAPITÃO TENENTE NAVIOS-VARREDORES 
NAVIOS-PATRULHA 
 
 
 
5- O sino de bordo 
 
1°MEIA HORA DO QUARTO UMA BATIDA SINGELA 
2°MEIA HORA DO QUARTO UMA BATIDA DUPLA 
3°MEIA HORA DO QUARTO UMA BATIDA DUPLA E UMA SINGELA 
4°MEIA HORA DO QUARTO DUAS BATIDAS DUPLAS 
5°MEIA HORA DO QUARTO DUAS BATIDAS DUPLAS E UMA SINGELA 
6°MEIA HORA DO QUARTO TRÊS BATIDAS DUPLAS 
7°MEIA HORA DO QUARTO TRÊS BATIDAS DUPLAS E UMA SINGELA 
8°MEIA HORA DO QUARTO QUATRO BATIDAS DUPLAS 
 
6- A presidência das refeições a bordo 
As refeições de oficiais são presididas pelo Imediato ou, na sua ausência, pelo oficial mais antigo presente. 
As refeições dos suboficiais e sargentos são presididas pelo Mestre do Navio. 
Compete ao Mestre d'Armas presidir as refeições dos cabos e marinheiros. 
 
7- Fainas de transferência no mar 
São definidos assim, quatro conceitos básicos: 
-Navio Controlador: aquele que atua como guia para o navio que se aproxima. Normalmente é também o navio fornecedor; 
-Navio Aproximador: é o que efetua a manobra de aproximação e mantém a sua posição em relação ao navio controlador. Portanto, 
fornece o cabo de distância/ telefônico interpassadiço; 
-Navio Recebedor: é aquele que recebe todo o massame e equipagem para transferência (exceto o cabo de distância/telefônico 
interpassadiço); e 
-Navio Fornecedor: é o que fornece todo o massame e equipagem para transferência. 
 
8- Navio Guarda : Normalmente estará posicionado a 1000 jds a ré do fornecedor/controlador e pronto a efetuar o resgate de 
eventual homem ao mar. Adicionalmente, poderá ser mantido em Alerta SAR um helicóptero de resgate em qualquer navio 
participante da Operação. 
 
9- COMUNICACÕES 
Durante a faina de transferência no mar, as comunicações são executadas de diversas formas para transmitir informações de 
prontificação da estação e andamento da faina. 
Tais informações somente serão transmitidas por fonia na rede PMTA quando: 
Nesta ocasião, as mensagens a serem transmitidas pela rede PMTA (ODE,CGT,CCOB,etc) serão: 
NAVIO CONTROLADOR – “ Bandeira ROMEO atopetada por (BE/BB)” ; e 
NAVIO APROXIMADOR – “ PREP a meio “. 
 
10- Conceito e propósito do CAv 
O Controle de Avarias (CAv) é o conjunto de recursos (humanos e materiais) necessários para a preservação ou restabelecimento da 
capacidade de manobra, poder combatente do navio, estanqueidade e estabilidade. Além disto, deve ser capaz de controlar a banda e 
o trim e prover adequada proteção contra incêndios, bem como 
limitar a propagação e/ou remover contaminação provocada por agentes químicos, biológicos ou radioativos, prevenir e conter 
agressões ao meio ambiente, e prover cuidados ao pessoal ferido. 
O propósito do CAv é manter ao máximo o poder combatente do navio. 
 
11- Definições: 
- Função – papel definido desempenhado por militar dentro de uma Estação de acordo com a Organização de Combate do navio. 
- Tarefa – ação que um militar tem a executar determinada em documentos, manuais de procedimentos ou publicações. 
- Atribuições – conjunto de tarefas específicas diretamente relacionadas com a função que um militar ou estação exercem. Atribuições 
podem também ser relacionadas ao Comando e aos Controles. 
 
12- Estações de reparo 
 Áreas de Responsabilidade 
As áreas de responsabilidade dos reparos são estabelecidas em função de sua localização e dos recursos disponíveis para o combate. 
Estas permitem ao Controle de Avarias atender aos requisitos de descentralização, rapidez e continuidade no combate às avarias. 
Deverá constar da ORCOMB uma estação de reparo como sendo a Estação de CAv Secundária. Esta estação deverá estar capacitada a 
estabelecer comunicações com todos os reparos e manter um acompanhamento do combate as avarias no navio informando à Estação 
de Comando. 
 
 
 
 
As Estações de reparo deverão utilizar as seguintes áreas de responsabilidade: 
ESTAÇÃO ÁREA DE RESPONSABILIDADE 
Estação de Reparo I Convés Principal e Superestrutura 
Estação de Reparo II Convés abaixo AV 
Estação de Reparo III Convés abaixo AREstação de Reparo IV Convés abaixo a MN 
Estação de Reparo V Praça de Máquinas 
Estação de Reparo VI Armamentos 
Estação de Reparo VII Ilha e Hangares do Nae 
Estação de Reparo VIII Eletrônica 
 
13- Enfermaria de combate 
Os navios com tripulação acima de 300 homens devem possuir um mínimo de duas enfermarias de combate com capacidade de 
atender, em emergência, acidentes com pessoal em combate. Navios com tripulação abaixo de 300 homens devem possuir uma 
enfermaria de combate. 
Além das enfermarias de combate, deverão existir caixas de primeiros socorros para o pessoal nas estações de combate, cabendo à 
Divisão de Saúde prover o material necessário a elas, assim como sua manutenção. 
14- Composição do reparo - turmas de reparo: 
Na MB muitas vezes encontramos diversas publicações e manuais dissertando sobre conjuntos ou composições de militares 
componentes de determinada Estação que possuem funções e atribuições semelhantes. Procuraremos definir esses termos, 
identificando algumas diferenças encontradas: 
- Grupo – conjunto de militares com funções administrativas diversas, mas cujas atribuições convergem para a consecução de objetivos 
comuns, dentro da Organização Administrativa do Navio. Ex. Grupo de CAv de serviço. 
- Equipe – conjunto de militares que possuem funções e tarefas distintas na estrutura de combate, mas cujas atribuições convergem 
para a consecução de objetivos comuns. Ex. Equipe de Manobra e Equipe de Crache. 
- Turma – conjunto de militares com a mesma função dentro da estrutura de combate do navio e guarnecem os mesmos 
Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e cujas atribuições convergem para objetivos comuns. Ex. Turma de Suporte A. 
15- Turma de Ataque 
Composta pelo líder do reparo, um eletricista e mais duas praças. 
O eletricista é o encarregado de providenciar o isolamento dos circuitos elétricos, 440V inicialmente, a parada dos Sistemas de 
Ventilação da área, em caso de incêndio, e também os demais circuitos em caso de alagamento . 
O pessoal deve estar com EPI completo e onde disponível pelo menos um transceptor de UHF/VHF. Após a ação inicial são rendidos 
pela turma apropriada e se dispensados pelo líder, dirigem-se ao Reparo, compondo geralmente a turma de serviços gerais. 
 
16- Líder do Reparo ou Líder da Cena de Ação 
O Líder da Cena de Ação é o líder do Reparo, responsável pelas ações na área do sinistro, já em Postos de Combate. 
Quando é soado o alarme devido à ocorrência de um incêndio, o Líder da Cena de Ação vai para o local e junto com a sua turma (turma 
de ataque) inicia o combate ao incêndio. Ele deve procurar, assim que possivel e pelo meios disponiveis no local, informar à ECCAv, a 
situação no local. Após ser rendido pela turma de incêndio (suporte A) ele deve recuar para uma posição de controle, de preferência 
fora dos limites primários de fumaça, a partir da qual efetuaria o controle das ações de combate ao incêndio informando ao EncRep 
essa nova posição. 
 
O líder na cena deverá: 
 
-se no melhor local para tal, considerando a presença da fumaça, facilidade de 
acesso do pessoal do Reparo a este ponto, existência de comunicações com o Reparo, etc.; 
 
 
estar vestido com Equipamento de Proteção Individual (EPI); 
 
 
17- Turma de Máscaras 
Constituída por pelo menos três homens, o Controlador de Máscaras e mais dois ajudantes. O Controlador controla o tempo de uso 
das máscaras de seu Reparo, com a limitação de controlar no máximo oito homens, para a segurança dos utilizadores. 
Os outros dois homens trazem para um local de concentração, fora do limite primário de fumaça, as demais máscaras, ampolas e 
tambores-geradores (OBA), checam a quantidade existentes, providenciam a recarga das ampolas vazias , obtém tambores-geradores 
adicionais, providenciam máscaras adicionais de outros reparos e verificam, junto com o controlador, o uso correto das máscaras pelos 
utilizadores. 
 
 
18- Oficial de Quarto 
O Oficial de Quarto deve estar intimamente familiarizado com o navio, a condição de prontidão do material e com os procedimentos 
de emergência. Para isso deve estar preparado para analisar a situação e adotar, pronta e corretamente, os procedimentos iniciais 
para auxiliar ou controlar incêndios ou avarias. A capacidade para reagir correta e prontamente será diretamente proporcional ao 
conhecimento que tem dos procedimentos de CAv e dos equipamentos disponíveis e ao seu adequado treinamento. 
 
19- As fases de preparação do CAv para o combate 
São definidas, a seguir, as três fases de preparação do CAv para o combate: 
 
I) FASE 1 – Ataque inimigo ou avaria possível 
Depende de aviso de ataque antecipado. Menor grau de preparação do Cav. No porto, melhores condições de habitabilidade. A rotina 
do navio e a manutenção de equipamentos não são comprometidas. 
II) FASE 2 – Ataque ou avaria provável 
III) FASE 3 – Ataque ou avaria iminente Maior grau de preparação do CAv, compatível com a maior prontidão para o combate do 
navio.Não leva em consideração as condições de habitabilidade do navio. Todas as funções do CAv estarão guarnecidas. 
 
20- FAINA DE ABANDONO 
O abandono do navio pela tripulação e a sobrevivência no mar, são abordados detalhadamente na publicação CAAML 1212 - MANUAL 
DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR. 
O tempo que um navio avariado leva para afundar depende naturalmente do grau de estanqueidade restante. Uma boa estanqueidade 
garantirá ao navio um maior tempo para afundar, o que virá facilitar o salvamento da sua tripulação. 
Duas situações podem ocorrer por ocasião do abandono: 
I) Há perigo imediato de afundamento ou emborcamento do navio, quando será ordenado "Abandonar o navio"; ou 
II) Não há perigo imediato de afundamento ou emborcamento do navio. Na segunda situação, o GSD assumirá o controle do navio, 
para a tentativa de salvamento ou destruição do mesmo. 
Neste caso o Comandante ordenará: "Preparar para abandonar o navio - Grupo de Salvamento e Destruição assumir o controle do 
navio". O pessoal assumirá então seus postos, conforme detalhado nas tabelas mestras. Os tripulantes que guarnecem postos que 
devem ser rendidos por componentes do GSD só abandonarão estes após terem sido rendidos. Na eventualidade de não serem 
rendidos, qualquer que seja o motivo, permanecerão guarnecendo o posto e incorporar-se-ão, automaticamente, ao GSD. O restante 
da tripulação deverá formar imediatamente em seus postos de abandono, e o pessoal, destinado a arriar na água os recursos de 
abandono, começa a prepará-los para isso. 
O Comandante, tendo em vista a evolução da situação, dará a ordem "Abandonar o Navio". As lanchas e balsas serão então 
rapidamente arriadas, nelas embarcando todo o pessoal. A embarcação destinada ao GSD permanecerá com a bossa passada ao navio, 
as demais se 
farão ao largo. 
Após o abandono do navio (exceto pelo GSD), a situação poderá ainda evoluir para o abandono do navio pelo GSD ou para o 
salvamento do navio. 
Sendo o afundamento ou emborcamento realmente inevitável, o Comandante dará a ordem "GRUPO DE SALVAMENTO E DESTRUIÇÃO 
DESTRUIR O NAVIO". À medida que os componentes do GSD forem cumprindo os procedimentos de destruir o navio, darão o pronto 
ao Comandante e se concentrarão nos seus postos de abandono. O Comandante, terminada a destruição do navio, dará a ordem 
"GRUPO DE SALVAMENTO E DESTRUIÇÃO - ABANDONAR O NAVIO". 
Tendo o GSD conseguido salvar o navio, o Comandante dará a ordem "REEMBARCAR A TRIPULAÇÃO". A faina de reembarque será 
coordenada de tal maneira que seja rápida, para que a tripulação venha a auxiliar o GSD, e com atenção para que as balsas sejam 
presas ao navio para possibilitar o seu posterior recolhimento para bordo. 
 
21- GRUPO DE SALVAMENTO E DESTRUIÇÃO (GSD) 
O GSD é constituído com finalidade precípua de, em caso de provável afundamento ou emborcamento do navio, ou sua captura pelo 
inimigo, procurar salvaro navio ou torná-lo, tanto quanto possível, inaproveitável ao seu captor. 
A situação mais provável em que o GSD será chamado a intervir, será o navio estando em postos de combate. Consoante tal 
entendimento, o pessoal detalhado para guarnecer as várias estações, no GSD, deverá estar guarnecendo estas mesmas estações em 
postos de combate, tanto quanto possível. 
O GSD deverá efetuar a rendição nos postos de forma rápida e direta, sem que haja perda de continuidade das fainas que já estiverem 
sendo conduzidas pelos Reparos de CAv. Deve haver uma grande flexibilidade pelos componentes do GSD, já que as mesmas tarefas 
exercidas por um Reparo de CAv são atribuídas ao reduzido número de componentes do GSD. 
Cabem inicialmente ao GSD, ao assumir o controle do navio, as seguintes providências: destruir documentos e equipamentos sigilosos; 
(quando determinado pelo Comandante) render o pessoal de quarto nos controles de manobra e máquinas, mantendo, se possível, a 
energia elétrica, por meio dos geradores principais ou de emergência; 
ajudar o pessoal, que esteja cobertas abaixo, a atingir o convés principal; 
fechar todas as portas e escotilhas; e 
pôr as bombas de profundidade, se houver, em "seguro" (SAFE), a fim de evitar que elas venham a explodir logo que o navio afunde. 
 
Para efeito de salvar e/ou destruir o navio, deverá o GSD contar com pessoal habilitado a executar as seguintes tarefas: 
- alijar de pesos; 
- realizar escoramento, tamponamento e percintagem; 
- aparelhar o navio para um reboque; 
- corrigir a banda e compasso (manobra com a carga líquida); 
- operar equipamentos de corte e solda; 
- reparar redes elétricas; 
- prestar primeiros socorros; 
- estabelecer comunicações rádio e visuais; e 
- utilizar explosivos. 
 
22- GRUPO DE SOCORRO EXTERNO (GSE) 
Tem por propósito prestar auxílio de pessoal e/ou material para o combate a quaisquer avarias em outros navios, no porto ou no mar e 
em instalações de terra. 
 
23- TRÂNSITO A BORDO 
Navios de guerra estão sujeitos a situações que requerem rápido e seguro trânsito a bordo, com toda a tripulação se movendo a um só 
tempo. A esse quadro pode se acrescentar a falta de iluminação. 
Cada homem da tripulação deve, portanto, conhecer bem seu navio, especialmente os caminhos que interligam os locais que 
normalmente freqüentam (alojamento, sala de estar, rancho, estação de serviço etc.) com seu posto de combate e o convés aberto. 
A movimentação do pessoal a bordo deve obedecer as regras de trânsito, devendo ser feito em passo acelerado e não correndo pelos 
corredores e escadas, conforme apresentado abaixo: 
 
BOMBORDO - para baixo e para ré 
BORESTE - para cima e para vante. 
Passagens e escadas devem receber setas indicadoras do sentido de trânsito no local. Este sentido pode ser contrariado em situações 
especiais, quando for conveniente encurtar caminho para chegar a uma enfermaria de combate ou a uma estação de 
descontaminação. 
Nesse caso, setas indicadoras específicas serão acrescentadas às setas de trânsito normal, conforme mostrado na figura. 
 
 
24- As fainas 
Organizado em Divisões Administrativas ou em Quartos e Divisões de Serviço, o navio está pronto para fazer frente aos trabalhos que 
envolvem toda a gente de bordo ao mesmo tempo, ou parte dela, para um fim específico. Esses trabalhos são chamados de fainas. As 
fainas são gerais, comuns, especiais ou de emergência. 
Em um navio de guerra, a principal faina geral é a de Postos de Combate. 
 
São fainas gerais e fainas comuns, entre outras: 
- Preparar para suspender; 
- Suspender (ou desamarrar ou desatracar); 
- Preparar para fundear; 
- Fundear (ou amarrar, ou atracar): 
- Navegação em águas restritas (Detalhe Especial para o Mar); 
- Recebimento de munição; 
- Recebimento de material comum ou sobressalentes; 
- Recebimento de mantimentos; 
- Montagem ou desmontagem de toldos; 
- Içar e arriar embarcações; 
- Operações aéreas, decolagem e pouso de aeronaves; 
- Inspeção de material; 
- Docagem e raspagem do casco; e 
- Pintura geral. 
 
São fainas de emergência: 
- Incêndio; 
- Colisão; 
- Socorro externo; 
- Homem ao mar; 
- Reboque; 
- Abandono; 
- Avaria no sistema de governo; 
- Acidente com aeronave ("crash"); e 
- Recolhimento de náufragos. 
 
Além das fainas, existem ocasiões em que toda a tripulação do navio deve atender a formaturas gerais, para certas formalidades a 
bordo ou para cerimonial, conhecidas como formaturas gerais. 
São formaturas gerais: 
- Parada; 
- Mostra; 
- Distribuição de faxina; 
- Postos de continência; 
- Bandeira; e 
- Concentração da tripulação. 
 
As situações previstas para fainas ou formaturas constam de uma tabela a bordo, chamada Tabela Mestra, que designa cada homem 
da tripulação para um determinado posto ou função, específica em cada faina ou formatura, além de designar qual é seu bote salva-
vidas e seu respectivo quarto. 
O cumprimento da rotina de bordo, bem como das fainas, como já mencionado, são ordenados pelo toque de apito. Alguns avisos e 
ordens em linguagem clara, pelo fonoclama, podem ser dados, também, em certas circunstâncias especiais, mas repetir, em linguagem 
clara, o significado de um toque de apito é considerada atitude pouco marinheira, não sendo, normalmente, permitido a bordo. 
As fainas de emergência são ordenadas pelos respectivos sinais de alarme, fonoclama, sino ou mesmo viva voz.. 
 
25- DAAML 1212 
A) Temperatura - Grandeza termodinâmica intensiva comum a todos os corpos que estão em equilíbrio térmico que expressa a 
quantidade de calor existente num corpo ou no ambiente 
 
B) Temperatura de Ignição - é a temperatura necessária para que a reação química ocorra entre o combustível e o comburente, 
produzindo gases capazes de entrarem em combustão. 
 
C) Ponto de Fulgor - é a temperatura mínima na qual um combustível desprende gases suficientes para serem inflamados por uma 
fonte externa de calor, mas não em quantidade suficiente para manter a combustão. A chama aparece, porém logo se extingue, não 
mantendo a combustão. 
 
D) Ponto de Combustão - é a temperatura do combustível, acima da qual, ele desprende gases em quantidade suficiente para serem 
inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando, mesmo quando retirada esta fonte. 
 
E) Ponto de Ignição - é a temperatura necessária para inflamar os gases que estejam se desprendendo de um combustível, só com a 
presença do comburente. 
 
26 - Formas de combustão 
As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontânea e explosão. Dois elementos 
são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o calor entra no processo para decompor o 
combustível. a velocidade da combustão variará de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e 
químicas do combustível. 
 
a) Combustão completa 
É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio. 
 
b) Combustão incompleta 
É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio. 
 
c) Combustão espontânea 
Certos materiais orgânicos, em determinadas circunstâncias, podem, por si só, entrar em Combustão. Entre as substâncias mais 
suscetíveis de combustão espontânea destacam-se a alfafa, o carvão, o óleo de peixe, o óleo de linhaça, os tecidos impregnados de 
óleo, os vernizes, o óleo de milho, o óleo de semente de algodão, certos fertilizantes orgânicos e inorgânicos, as misturas contendo 
nitratos e material orgânico, o feno, os pós metálicos, o óleo de pinho, a juta, o sisal, o cânhamo, a madeira e a serragem. Os materiais 
fibrosos tornam-se particularmente perigosos quando impregnados com óleos animais ou vegetais. Embora seja um fenômeno pouco 
falado, a combustão espontâneaé mais comum do que se poderia pensar. 
Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição ); outros entram em 
combustão à temperatura ambiente (20°c), como o fósforo branco. 
Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases em quantidade 
suficiente para iniciar combustão. 
 
27- Famosa frase da Lei de Lavoisier 
"Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". 
 
28- Irradiação 
É a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de continuidade molecular entre a fonte calorifica e o corpo que recebe 
calor. É a transmissão de calor que acompanha geralmente a emissão de luz. Ondas de calor atingem os objetos, aquecendo-os 
Condução 
 É a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, através de um movimento vibratório que as anima e permite a 
comunicação de uma para outra 
Convecção 
É o método de transmissão de calor característico dos líquidos e gases. Consiste na formação de correntes ascendentes no seio da 
massa fluida, devido ao fenômeno da dilatação e conseqüente perda de densidade da porção de fluido mais próximo da fonte 
calorífica 
 
29- A DINÂMICA DO INCÊNDIO 
Os incêndios podem ser separados em quatro diferentes estágios: Fase inicial; Fase de desenvolvimento; Incêndio desenvolvido e Fase 
de queda de intensidade. 
 
a) Fase Inicial: A temperatura média do compartimento ainda não está muito elevada, e o fogo está localizado próximo ao foco 
do incêndio 
 
b) Fase de Desenvolvimento: É a fase de transição entre a fase inicial e a do incêndio totalmente desenvolvido. 
Ocorre em um período relativamente curto de tempo e pode ser considerado um evento do incêndio. Trata-se do momento no qual a 
temperatura da camada superior de fumaça atinge 600ºC . 
As altas temperaturas concentram-se próximas ao foco do incêndio, e a fumaça proveniente da combustão forma uma 
camada quente apenas na parte superior do compartimento. Caso não ocorra a extinção do incêndio poderá ocorrer o 
“roolover” que é o fenômeno no qual os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-se ao ar e se inflamam na 
parte superior do compartimento devido a alta temperatura naquela área. 
A característica principal desta fase é o repentino espalhamento das chamas a todo o material combustível existente no 
compartimento. Este fenômeno é conhecido pelo nome de "flashover" (Fig. 2.3). A sobrevivência do pessoal que esteja no local é 
improvável, a partir dele entra-se na fase de incêndio desenvolvido. 
 
c) Incêndio Desenvolvido: Todo o material do compartimento está em combustão, sendo a taxa de queima limitada pela 
quantidade de oxigênio remanescente. Chamas podem sair por qualquer abertura, e os gases combustíveis na fumaça se 
queimam assim que encontram ar fresco. O acesso a esse incêndio é praticamente impossível, sendo necessário um ataque 
indireto ao mesmo. Incêndios em praças de máquinas ou provocados pelo impacto de armamento inimigo atingem este 
estágio rapidamente. 
 
d) Fase de Queda de Intensidade: Quase todo o material combustível já foi consumido e o incêndio começa a se extinguir. Após 
a extinção do incêndio, em casos específicos, pode ocorrer o fenômeno do reaparecimento. Em um incêndio que tenha se 
extinguido por ausência de oxigênio, como por exemplo, em um compartimento estanque que tenha sido 
complemente isolado, vapores combustíveis podem estar presentes. Quando ar fresco é admitido nessa atmosfera rica em vapores 
combustíveis / gases explosivos e com temperatura próxima à de ignição, os três elementos do triângulo do fogo estarão novamente 
presentes e pode ocorrer uma explosão, fenômeno também conhecido por “backdraft”. 
 
30- MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO 
a) Abafamento: O primeiro método básico de extinção de incêndios é o abafamento, que consiste em reduzir a quantidade de 
oxigênio para abaixo do limite de 16%. 
b) Resfriamento: É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu agente universal a água. 
Consiste em reduzirmos a temperatura de um combustível abaixo da temperatura de ignição, ou da região onde seus gases estão 
concentrados, extinguindo o fogo. 
Raciocinando com o triângulo do fogo, isto consiste em afastar o lado referente à temperatura de ignição. 
Com apenas dois lados (combustível e comburente), não há fogo. 
Cabe ressaltar que somente por resfriamento podem ser extintos os incêndios de combustíveis que tenham comburente em sua 
estrutura íntima (pólvora, celulóide, metais combustíveis, etc.). Esses incêndios não podem ser extintos por abafamento. 
c) Quebra da reação em cadeia: Processo de extinção de incêndios, em que determinadas substâncias são introduzidas na 
reação química da combustão com o propósito de inibí-la. Neste caso não há abafamento ou resfriamento. Apenas é criada 
uma condição especial (por um agente que atua em nível molecular) em que o combustível e o comburente perdem, ou têm 
em muito reduzida, a capacidade de manter a reação em cadeia. A reação só permanece interrompida enquanto houver a 
efetiva presença do agente extintor. Assim, requer que ele seja ali mantido até o natural resfriamento da área, ou que se 
proceda o resfriamento por um dos meios conhecidos. 
 
31- CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS 
Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa 
classificação é feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico, é normatizada pela Associação 
Brasileira de Normas Técnica - ABNT, e também adotada pela Marinha do Brasil. 
 
- Incêndio classe “A” 
São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas e deixam resíduos. São os incêndios em madeira, papel, 
tecidos, borracha e na maioria dos plásticos. 
 
-Incêndio classe “B” 
São os que se verificam em líquidos inflamáveis (óleo, querosene, gasolina, tintas, álcool etc.) e também em graxas e gases inflamáveis. 
 
-Incêndio classe “C” 
São os que se verificam em equipamentos e instalações elétricas, enquanto a energia estiver alimentada. Um motor elétrico 
queimando, ainda ligado, classifica o incêndio como classe “C” 
 
-Incêndio classe “D” 
São os que se verificam em metais (magnésio, titânio e lítio). Lítio e cádmio (em baterias) e magnésio (em motores) são exemplos de 
metais combustíveis. 
É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com extintores comuns (principalmente os que contenham água). 
 
32- IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS 
O local onde ficam instalados os extintores deve ser marcado com um sinal, indicando a classe de incêndio para o qual aquele extintor 
é adequado. 
 
- Extintores utilizados em incêndios classe “A” são identificados por meio de um triângulo verde contendo a letra “A” em branco. 
- Extintores utilizados em incêndios classe “B” são identificados por meio de um quadrado vermelho contendo a letra “B” em branco. 
- Extintores utilizados em incêndios classe “C” são identificados por meio de um círculo azul contendo a letra “C” em branco. 
- Extintores utilizados em incêndios classe “D” são identificados por meio de uma estrela amarela de cinco pontas contendo a letra 
“D” em branco. 
 
33- EMBARCAÇÕES MIÚDAS 
Nos navios, encontraremos diversos tipos de embarcações miúdas que, de acordo com o tipo de construção, são classificadas como 
lanchas, baleeiras, botes infláveis, embarcações de casco semi-rígido, chalanas e balsas salva-vidas. Cada uma delas tem características 
próprias e emprego específico. 
Baleeiras são embarcações com a proa e popa semelhantes, finas e elevadas. Em razão de sua forma, são muito seguras para o mar. 
Das citadas, as embarcações de casco semi-rígido são de introdução mais recente na MB. Apresentam vantagens significativas em 
relação às embarcações tradicionais.Com casco em fibra de vidro e flutuadores de borracha infláveis, foram adotadas com o propósito 
de contribuir para reduzir pesos altos a bordo e permitir o emprego de aparelhos de carga menos robustos e mais leves. Apresentam 
as seguintes vantagens quando comparadas às embarcações tradicionalmente encontradas a bordo: 
- manuseio mais rápido e fácil (são rapidamente retiradas do berço e colocadas na água); 
- podem operar em condições piores de mar; 
- desenvolvem velocidades superiores à maioria das lanchas tradicionais; e 
- apresentam boa manobrabilidade, além de conferirem ao patrão amplo campo de visão. 
34- PROPULSÃO 
Conforme a propulsão empregada, as embarcações miúdas podem ser: 
- a motor, 
- a vela, ou 
- a remos. 
 
As embarcações de propulsão a motor, utilizadas nos navios podem ser do tipo motor fixo (localizado no interior da embarcação) ou 
removível (localizado fora da embarcação, como o motor de popa dos botes). Os motores fixos podem ser centrais, caso em que se 
acoplam ao hélice através de um eixo longo; ou “de rabeta”, instalados no interior do casco, na popa. Neste último caso, a embarcação 
não possui leme, e as mudanças de rumo são obtidas mediante o giro do conjunto do hélice em torno de um eixo vertical (à 
semelhança dos motores de popa). 
35- ARRUMAÇÃO DAS EMBARCAÇÕES A BORDO 
As embarcações são conduzidas nos picadeiros ou nos turcos, de modo a serem arriadas rapidamente. 
Elas são içadas e arriadas por meio de turcos, lanças ou guindastes. Os turcos são aparelhos montados aos pares, servindo apenas às 
embarcações por eles sustentadas. As chalanas e botes podem ser manobrados por um turco singelo, ou mesmo sem o auxílio destes. 
As lanças e os guindastes podem servir às diversas embarcações que moram em picadeiros próximos. 
36- Tipos de turcos 
a) comum 
Constituídos por ferro redondo (maciço ou oco) ou por perfis retangulares, podendo ser recurvado na parte superior ou possuir ângulo 
de 90 graus (no caso de perfis). Gira em torno de seu eixo vertical ou pode ser fixo, dependendo de sua base. 
b) de rebater 
Semelhante em construção ao tipo comum, mas em vez de girar em torno de seu eixo vertical, é rebatido para dentro, movendo-se em 
torno de um eixo horizontal na sua base, paralelo ao costado. 
c) quadrantal 
O turco é recolhido ou disparado inclinando-se sobre um setor dentado que constitui seu pé e engraza numa cremalheira sobre o 
convés. 
d) rolante ou deslizante 
É constituído por dois braços montados com rodetes sobre duas calhas (trilhos). Estas são paralelas e dispostas num plano 
perpendicular ao costado do navio. O turco é disparado por gravidade, sob ação do peso da embarcação. O movimento de disparar é 
dado por uma alavanca que libera e solta o freio do sarilho, onde está enrolado o cabo que iça a embarcação. Neste primeiro 
movimento, o braço e a embarcação descem sobre a calha até ficar totalmente disparada. A seguir, a embarcação desce até ficar ao 
nível do convés (a meia talha), para embarque dos passageiros ou do material. Um terceiro movimento da alavanca do freio, permite 
que a embarcação seja arriada até a superfície da água. 
37- ARRIAR UMA EMBARCAÇÃO 
A faina para arriar uma embarcação é mais rápida, segura e precisa, se sua guarnição executar a manobra de forma coordenada e 
disciplinada. 
Os preparativos para a faina são realizados seguindo uma lista de verificação abrangendo todas as ações a serem tomadas pelo pessoal 
que executa a manobra. 
O instante crítico da faina de arriar uma embarcação, normalmente, ocorre quando ela atinge a superfície do mar e ainda está presa ou 
sendo liberada dos cabos dos turcos. Portanto, quanto mais rápida e atenta for essa manobra, menor será o risco de acidente. 
a) O contramestre: 
- solicita ao oficial de serviço permissão para reunir o pessoal para a manobra da lancha (quando necessário); 
- verifica se foi cumprida a lista de verificação da embarcação pelo patrão da lancha; 
- verifica se os equipamentos a serem utilizados na manobra foram alimentados, tais como, motores, guinchos etc.; 
- verifica se o pessoal envolvido na faina está utilizando equipamento de proteção individual (EPI) adequado; 
- providencia, caso determinado, o disparo do pau de surriola e manda arriar a escada de portaló; 
- verifica os andorinhos; 
- verifica a boça de viagem; 
- verifica as boças de proa e popa e das catarinas, quando aplicável; e 
- coordena o embarque de pessoal e material na embarcação. 
b) O patrão: 
- providencia a palamenta completa da embarcação; 
- tampona os bueiros com os bujões de rosca; 
- verifica a apresentação marinheira da lancha, corrigindo as discrepâncias; 
- verifica o cumprimento das precauções de segurança por parte da guarnição (utilização de coletes de flutuabilidade permanente, 
capacetes e luvas); 
- verifica a cana do leme (operação em emergência); 
- testa as comunicações (transceptor portátil); e 
- exige correção de atitudes e apresentação pessoal da guarnição (a apresentação da guarnição da lancha deve ser impecável, qualquer 
que seja o uniforme; chama-se a atenção para a limpeza dos coletes salva-vidas, dos tênis brancos e dos bonés). 
 
c) O proeiro e o popeiro: 
- verificam se estão a bordo as boças reservas; 
- quando a embarcação estiver tocando a água e os cabos de aço solecados, mediante ordem do patrão, retiram os gatos das catarinas 
dos arganéis da embarcação e largam as boças, de proa e de popa (o popeiro o faz em primeiro lugar). Nesta ocasião, a lancha é 
mantida em posição pela boça de viagem, cujo comprimento deve ser ajustado de modo a manter a embarcação no correto 
alinhamento com as catarinas do turco. A finalidade da boca de viagem é dar um seguimento a vante à embarcação, possibilitando o 
governo. Assim, o patrão poderá afastá-la do costado evitando os impactos indesejáveis; 
- o proeiro larga a boça de viagem (após ser largada, a boça fica pendurada por um cabo, em uma altura safa para ser recolhida pelo 
proeiro, quando a lancha aproximar-se para atracar). 
 
d) O motorista (MO): 
- verifica o nível de óleo e combustível a bordo; 
- verifica os equipamentos de combate a incêndio; 
- verifica o kit de ferramentas; 
- parte o motor da lancha; e 
- cumpre as determinações do patrão da lancha em relação ao regime de máquinas. 
Relembra-se que nos navios da MB, as lanchas podem ser arriadas / içadas com o navio em movimento dependendo do estado do mar. 
Nos casos das baleeiras, a velocidade limite para essa faina é de 5 nós. 
Nas situações em que o navio esteja fundeado ou atracado e não haja corrente expressiva a boça de viagem pode ser dispensada, 
usando-se apenas as boças de proa e popa. 
Destaca-se, ainda, que independente do tipo as embarcações (lanchas ou botes) ao atracarem a contrabordo devem receber as boças 
de proa e de popa passadas pelo navio e ao desatracarem, os proeiros / popeiros, devem largá-las dos cunhos (das lanchas) ou dos 
estropos com trambelho (dos botes) para que o navio as recolham. As boças reservas das embarcações servem para atracação em 
outros atracadores ou como cabos de reboque. 
38- MENSAGENS PADRONIZADAS 
Os navios devem ter, nas proximidades dos transmissores de fonoclama, em condições de pronto uso, cartões padronizados nas 
seguintes cores: 
a) vermelho para disseminação de fainas de emergência; 
b) amarelo para informações de perigo; e 
c) branco para o guarnecimento de fainas normais. 
39- MANOBRAS DE PESO 
Estropos são utilizados para içamento, arriamento e sustentação de cargas. Eles podem ser passados diretamente na carga (ou em sua 
volta) e, dependendo da natureza do trabalho a que se destinam, podem ser de corrente, de cabos de aço ou de cabos de fibra. 
A escolha de um estropo e a maneira de passá-lo dependem do número de objetos a serem manobrados, do peso dessa carga e de sua 
forma;se frágil ou robusta. Os requisitos a serem atingidos para a seleção de um estropo é que ele possa envolver a carga sem sua 
deformação (esmagamento) e seja resistente o suficiente para suportá-la. 
Alguns tipos de estropo mais utilizados: 
 
a) Estropo comum – De cabo de fibra ou cabo de aço. Anel de cabo, cujos chicotes são geralmente ligados por costura redonda. 
Indicado para cargas robustas e com centro de gravidade eqüidistante de suas extremidades. 
b) Estropo aberto – De duas ou quatro pernadas de corrente ou cabo de aço, ligadas em uma das extremidades por um olhal, 
tendo gatos nas outras extremidades. Ideal para cargas robustas com pontos resistentes de fixação dos gatos e com centro de 
gravidade eqüidistante de suas extremidades. Muito utilizado para içamento de tambores (estropos de duas pernadas) e para 
içamento e transferência de “pallets” de munição (estropos de quatro pernadas). 
c) Estropo braçalote – Pedaço de cabo com uma alça em cada chicote, feita com costura redonda ou com clips. Indicado para 
cargas com um único olhal para içamento ou para passagem em torno de cargas (com redução de 0.8 de sua carga de 
trabalho) ou ainda, quando utilizado aos pares pode formar um estropo aberto. 
d) Estropo de rede – Rede quadrada ou retangular confeccionada especialmente para este fim (carga) podendo ter sua malha 
costurada ou com clips. 
e) Estropo para veículos com balancins – Também podem servir a outras cargas mas seu emprego principal é para veículos com 
pontos estruturais de içamento (onde há gatos nas 4 extremidades do estropo) ou sem esses pontos, onde a carga será 
suportada por seus eixos. Especial atenção deve ser dada no início do içamento para verificação da correta passagem da rede 
sob as rodas. 
f) Estropo de cintas de poliéster – Bastante resistente, maleável e leve é feito com cinta de poliéster monofilamento com madre 
de poliéster, portanto, não suscetível à corrosão. 
 
 
 
40- GRUPOS DE DOCUMENTOS 
Os documentos de interesse da Marinha do Brasil (MB), conforme o estabelecido em Portaria do Comandante da Marinha (CM), que 
aprova diretrizes sobre a documentação da Marinha, estão enquadrados nos seguintes grupos: 
- Documentos Administrativos; 
- Documentos Operativos; 
- Publicações; e 
- Documentos Especiais. 
41- DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS 
Visam divulgar normas, transmitir ordens e decisões, esclarecer situações, declarar di-reitos, especificar materiais e estabelecer 
procedimentos técnicos. Subdividem-se nos seguintes tipos: 
- Normativos; 
- de Correspondência; e 
- Declaratórios. 
42- Documentos Normativos 
Destes documentos, apenas os abaixo relacionados serão tratados por estas Normas: 
- Ordem Interna (OI); 
- Portaria (Port). 
- Instrução Normativa (IN); 
-Norma Permanente (NORM); e 
- Instrução Permanente (INST); 
 
43- Documentos de Correspondência 
 A MB utiliza os seguintes DA de Correspondência: 
- Carta; 
- Circular (Circ); 
- Comunicação Interna (CI); 
- Comunicação Padronizada (CP); 
- Comunicação Padronizada de Proces-sos Judiciais (CPPJ); 
- Correspondência Eletrônica (CE); 
-Despacho (Desp); 
- Despacho Decisório (DD); 
- Fac-Símile (Fax); 
- Ofício (Of); 
- Requerimento (Req). 
- Memorando (Memo); e 
- Ofício Externo (OfExt). 
 
44- Documentos Declaratórios 
A MB utiliza os seguintes DA Declaratórios: 
- Ordem de Serviço (OS); 
- Parecer (Par); 
- Atestado; 
- Certidão; 
- Ordem do Dia (OD); e 
- Termo. 
 
45- CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS 
O DA é classificado quanto ao âmbito, à precedência e ao acesso. 
 
46- ÂMBITO 
O DA classifica-se em interno ou externo. 
 
47- PRECEDÊNCIA 
O DA poderá ter um dos seguintes graus de precedência: urgente, especial ou rotina. 
a- Urgente 
O DA exige ação ou conhecimento imediato do recebedor. 
b - Especial 
A tramitação do DA especial possui prioridade sobre a tramitação do DA de rotina. Esse grau de precedência somente será atribuído ao 
DA de âmbito interno. 
c - Rotina 
DA que não se enquadra nas situações anteriores. É atribuída à maioria dos DA. 
 
48- ACESSO 
Quanto ao acesso, a classificação do DA seguirá o disposto na legislação referente à salvaguarda de dados, informações, documentos e 
materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado no âmbito da Administração Pública Federal, nas Normas para a 
Salvaguarda de Materiais Controlados, Dados, Informações, Documentos e Materiais Sigilosos na Marinha (EMA-414) no âmbito da MB 
e na Lei nº 12.527/2011, regulamentada no capítulo VII pelo Dec nº 7.724, de 16MAI2012. 
1- Informação Pessoal 
DA cujo o acesso encontra-se disposto no art. 31 da Lei nº 12.527/2011 e regulamentada no capítulo VII pelo Dec nº 7.724, de 
16MAI2012. 
2 - Ostensivos 
DA cujo acesso é irrestrito, não havendo limitação de conhecimento e de divulgação no âmbito interno. A divulgação extra-MB, 
contudo, depende de prévia autorização superior ou faz-se em conformidade com os dispositivos legais em vigor. 
3 - Sigilosos 
DA cujo acesso é restrito, devido à natureza de seu conteúdo e tendo em vista à conveniência de limitar sua divulgação às pessoas que, 
possuindo Credencial de Segurança, têm necessidade de conhecê-lo. 
O DA será classificado quanto ao grau de sigilo, disposto na Lei nº 12.527/2011 e regulamentada nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e 
IX, do art. 25 do Dec nº 7.724, de 16MAI2012, como: 
a) Ultrassecreto 
Requer excepcionais medidas de segurança e seu teor só deve ser do conhecimento de agentes públicos ligados ao seu estudo ou 
manuseio. 
A classificação na categoria ULTRASSECRETO somente poderá ser atribuída, no âmbito do Poder Executivo, pelo Presidente da 
República, Vice-Presidente da República, Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas, Comandantes da Marinha, 
do Exército e da Aeronáutica, e Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior. 
b) Secreto 
Requer rigorosas medidas de segurança e seu teor pode ser do conhecimento de agentes públicos que, embora sem ligação íntima 
com seu estudo ou manuseio, sejam autorizados a deles tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional. 
A classificação na categoria SECRETO poderá ser atribuída pelas autoridades mencionadas na alínea a. 
É vedada a delegação da competência de classificação nos graus de sigilos ultrassecreto e secreto. 
c) Reservado 
DA que não deva, imediatamente, ser do conhecimento do público em geral. 
A classificação na categoria RESERVADO poderá ser atribuída pelas autoridades mencionadas nas alíneas a, os Titulares do Órgãos de 
Direção Geral, de Direção Setorial, de Assistência Direta e Imediata, Entidades e Órgãos Vinculados ao Comando da Marinha, podendo 
delegar a respectiva competência aos Titulares das Organizações Militares subordinadas e aos demais ocupantes de funções 
equivalentes às de Direção, Comando ou Chefia. 
 
49- COMPOSIÇÃO DO “DA” 
O DA é composto pelas seguintes partes básicas: 
Cabeçalho; 
Texto; 
Assinatura; e 
Cópias (ou Distribuição). 
 
50- Configurações 
a) Tipo de arquivo 
Desde agosto de 2009, a MB aderiu ao Protocolo Brasília, inserindo-se no rol dos órgãos públicos comprometidos a adotar o formato 
Open Document Format (ODF). 
O ODF é um padrão aberto e público e constitui-se como uma alternativa aos formatos de documentação que são propriedades, 
sujeitos a licença de uso restrito ou onerosas, permitindo as organizações e indivíduos escolherem o software que mais lhes convém 
para lidar com arquivos guardados neste formato. O formato é independente de plataforma e fornecedor, tornando-o adequado para 
armazenagem de documentos de longo prazo. 
 
51- Tipo de letra 
Será utilizada a letra com fonte “Times New Roman”, estilo “Normal”, na cor preta e tamanho “12” para o texto em geral, “11” nas 
citaçõese “10” nas notas de rodapé. Não deverá haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, 
relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a apresentação e a sobriedade do documento. 
Para o SIGILO e para a PRECEDÊNCIA, será empregada a fonte “Arial Black”, “Normal”, tamanho “14”, na cor preta. 
Para INFORMAÇÃO PESSOAL prevista no inciso 2.6, será empregada a fonte “Arial Black”, “Normal”, tamanho “14”, na cor preta e a 
descrição da Lei na fonte “Times New Roman”, itálico, estilo “Normal”, na cor preta e tamanho “8”. 
Para símbolos não existentes na fonte “Times New Roman”, poderão ser utilizadas as fontes “Symbol” e “Wingdings”. 
 
52- Tipo de papel 
Empregar como tamanho de papel para impressão o “A-4” (29,7x21cm), na cor branca, inclusive as cópias. 
 
 
53- Margens 
Esquerda: 3cm 
Direita: 1,5cm 
Superior e Inferior: deverão ser empregadas aquelas que, levando em conta o cabeçalho e o rodapé do editor de texto, atendam, no 
que for possível, o estabelecido para os DA, nos capítulos próprios que tratam de cada um. 
 
54- Timbre 
a) Tipos de timbre 
Há os seguintes timbres, aplicáveis aos DA: 
I) as Armas Nacionais, encimando a expressão “MINISTÉRIO DA DEFESA” e, na linha subsequente, a expressão “MARINHA DO BRASIL”. 
Este timbre é de uso exclusivo do Comandante da Marinha; 
II) as Armas Nacionais, encimando a expressão “MARINHA DO BRASIL” e, na linha subsequente “NOME DA OM”, para as demais 
autoridades; e 
III) a expressão “MARINHA DO BRASIL”, para alguns documentos. 
 
55- Grupo indicador 
a) Composição 
O Grupo Indicador é composto de cinco elementos, conforme exemplificado a seguir: 
Exemplo: VA/LG/32 
024.131 
63057.000001/2007-31 
 
 
 
Regras de escrituração: 
I) os quatro primeiros elementos, de escrituração obrigatória, são definidos internamente pela OM; 
II) a escrituração do quinto elemento é obrigatória somente quando a elaboração de um DA é resposta de outro. O novo DA deverá 
conter o mesmo número de protocolo do anterior; e 
III) quando o DA contiver diversos números de protocolos poderá ser escriturado conforme o exemplo a seguir, admitindo no máximo 
dois por linha: 
Exemplo: MARINHA DO BRASIL 
JV/NG/05 GABINETE DO COMANDANTE DA MARINHA 
026.193 
63053.000001/2008-44, 61001.000040/2008-50, 
62010.000201/2008-30 e 63044.000030/2008-77. 
 
56- O Fecho de Cortesia será digitado conforme exemplos contidos nos capítulos que tratam dos documentos que devam usá-lo, 
empregando-se as seguintes expressões: 
3.15.1 - “Respeitosamente,” 
Para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República. 
3.15.2 - “Atenciosamente,” 
Para autoridades de uma mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. 
 
57- ASSINATURA 
Todo documento só existe após ter sido assinado pelo titular da OM ou por autoridade por ele delegada, inclusive as cópias cegas. Os 
tipos ou modalidades de assinaturas previstas são: 
- Interinamente; 
- No impedimento; e 
- Por delegação de competência (Por ordem:). 
Os capítulos que tratam das várias espécies de documentos apresentam exemplos que bem evidenciam como devem ser suas 
assinaturas. 
 
58- PAGINAÇÃO 
As páginas de um documento serão numeradas sucessivamente, desde a primeira até a última, sempre na mesma posição, excetuados 
Av, OfExt, Carta, Memo e EM, que terão suas páginas numeradas a partir da segunda. 
 
a - Regras de digitação 
A numeração de página será digitada entre dois traços de união, dentro da margem inferior, guardando a distância de dois espaços 
verticais acima da borda inferior da página, centralizado na folha. 
b - Regras gerais 
Serão obedecidas as seguintes regras gerais: 
a) os documentos que tenham apenas uma página não recebem numeração; 
b) a última página de documento com mais de uma folha, mesmo quando contiver assinatura, será sempre numerada; e 
c) os documentos sigilosos (internos/externos) terão suas páginas numeradas segui-damente, devendo cada uma conter, também, a 
indicação do total de páginas que compõem o documento. 
 
59- DOCUMENTOS AD: 
 
a) INSTRUÇÃO PERMANENTE (INST) 
DEFINIÇÃO 
É o DA normativo por meio do qual o EMA, os ODS, o GCM e OM com atribuições de DE estabelecem normas e procedimentos sobre 
assuntos de sua competência, para toda a MB. 
 
b) NORMA PERMANENTE (NORM) 
DEFINIÇÃO 
É o DA normativo pelo qual os Almirantes, em cargo de Comando, Direção ou Chefia, bem como os Oficiais Superiores Comandantes de 
Força estabelecem normas e procedimentos que serão cumpridos pelas OM que lhes são subordinadas. 
Para efeitos de coordenação, o Titular de OM mais antigo de um Complexo Naval poderá baixar NORM de interesse específico à área. 
 
c) ORDEM INTERNA (OI) 
DEFINIÇÃO 
É o DA normativo pelo qual os Titulares de OM estabelecem normas e procedimentos no âmbito interno de suas OM. 
 
d) PORTARIA (Port) 
DEFINIÇÃO 
É o DA expedido em virtude de competência regimental ou delegada, para a institucionalização de políticas, diretrizes, planos, 
programas, projetos e para validar as seguintes atividades: 
- criação de Organização Militar, Órgão ou Núcleo de implantação, o que corresponde ao Ato de Criação previsto na OGSA (se a 
autoridade competente for o Presidente da República, o documento empregado é o Decreto); 
- aprovação de Regulamentos, Regimentos Internos, Normas, Organizações Administrativas e de Combate, trabalhos, distintivos e 
estandartes de OM; 
- incorporação, desincorporação e baixa de navios; 
- alteração de denominação; 
- ativação e desativação de OM; 
- reclassificação e transferência de sede de OM; 
- delegação de competência; e 
- nomeação, designação, promoção, aposentadoria, exoneração, punição (exceto militares) e determinação de tarefas, salvo se em 
âmbito exclusivo de uma OM. 
 
e) INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN) 
DEFINIÇÃO 
A IN é expedida, no âmbito da MB, exclusivamente pelo CM, em virtude de competência regimental ou delegada, para estabelecer 
instruções e procedimentos de caráter geral necessário à execução de normas, leis, decretos e regulamentos. 
 
f) CARTA 
DEFINIÇÃO 
A Carta é o DA de correspondência utilizado por oficiais e servidores assemelhados para tratar de assuntos de serviço, quando houver 
necessidade de apresentação formal. 
A Carta somente deverá ser utilizada em endereçamentos extra-MB. 
 
g) CIRCULAR (Circ) 
DEFINIÇÃO 
É o DA de correspondência por meio do qual os Almirantes, em cargo de Comando, Direção ou Chefia, e os Oficiais Superiores 
Comandantes de Força promovem alterações de DA normativos, exceto Portarias, ou divulgam assuntos de caráter temporário que 
devam ser do conhecimento de um elevado número de OM. 
 
 
 
 
h) COMUNICAÇÃO PADRONIZADA (CP) 
DEFINIÇÃO 
É o documento por meio do qual elementos Organizacionais de OM diferentes, excetuados os respectivos titulares, tratam de assuntos 
de rotina. Quando a comunicação envolver o titular da OM, como origem ou como destinatário, deve ser empregado o ofício. 
 
i) COMUNICAÇÃO INTERNA (CI) 
DEFINIÇÃO 
É o DA de correspondência por meio do qual, em uma mesma OM, os Elementos Organizacionais e pessoas comunicam-se, 
formalmente, entre si podendo ser assinado no impedimento por seu substituto legal. 
 
j) OFÍCIO (Of) 
DEFINIÇÃO 
É o DA de correspondência por meio do qual o CM e os Titulares de OM correspondem-se entre si, podendo ser assinado por 
delegação de competência por outro oficial ou servidor assemelhado. 
 
k) OFÍCIO EXTERNO (OfExt) 
DEFINIÇÃO É o documento pelo qual o CM e os titulares de OM se correspondem com autoridades e entidades extra-MB a respeito de 
assunto técnico ou administrativo, de caráter exclusivamente oficial, podendo ser assinado por delegação de competência por outro 
oficial ou servidor assemelhado. 
 
l) DESPACHO (Desp) 
DEFINIÇÃO 
É o DA de correspondência utilizado, exclusivamente, no âmbito interno daMB, em continuação ao Of. 
 
m) MEMORANDO (Memo) 
DEFINIÇÃO 
É o DA de correspondência mediante o qual o CM e os Titulares de OM transmitem aos seus subordinados, ordens, decisões e 
recomendações de caráter sucinto e que impliquem em cumprimento imediato. 
Será redigido usando expressões imperativas, obedecendo-se, no que couber, o disposto no art. 3.5. 
 
n) REQUERIMENTO (Req) 
DEFINIÇÃO 
É o DA de correspondência mediante o qual uma pessoa se dirige a uma autoridade para pleitear direitos previstos na legislação. 
 
o) ATESTADO 
DEFINIÇÃO 
É o DA declaratório pelo qual os Titulares de OM ou autoridade delegada comprovam, a pedido, um fato ou situação de que tenham 
conhecimento. 
 
p) CERTIDÃO 
DEFINIÇÃO 
É o DA declaratório mediante o qual os Titulares de OM declaram a existência de fatos com base em documentos existentes na OM. 
 
q) PARECER 
DEFINIÇÃO 
É o DA pelo qual especialistas emitem opinião fundamentada sobre determinado assunto. 
 
 
60- DOCUMENTOS DIGITAIS 
DEFINIÇÃO 
Conforme o estabelecido no Capítulo 1, o documento digital é uma sequência de bits armazenados em um determinado arquivo, que, 
devidamente traduzidos por um software, registra uma informação ou conjunto de informações. 
Sob o enfoque “informação”, o conteúdo do arquivo – “documento digital” – é um Documento Administrativo (DA), regido por 
procedimentos emanados da SGM. Este mesmo arquivo, sob o enfoque “sequência de bits”, é um conjunto de dados passíveis de 
tratamento, transmissão e recepção na forma digital, regido por procedimentos estabelecidos pela DGMM e DCTIM. 
Os DA que possam vir a ser utilizados como prova em juízo, sindicância, inquérito ou outro tipo de verificação legal, como aqueles que 
envolvam valor monetário e/ou fiscal e tramitação extra-MB, deverão ser elaborados e tramitados por meio físico. 
 
61- SISTEMA DE GERÊNCIA DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS DA MARI-NHA (SiGDEM) 
Sistema que permite o gerenciamento de parte do Ciclo de Processamento do DA, contemplando, em especial, recursos para a 
elaboração de DA, assinatura digital, estabelecimento de privilégios de acesso, pesquisa/recuperação por temas/números/datas, 
distribuição em rede, circulação em rede para comentários e aprovação, registro de alterações, segurança e autenticidade, a inclusão 
de documentos digitalizados e o arquivamento e recuperação segura de DA. 
Os procedimentos para utilização do SiGDEM são estabelecidos em manual próprio, distribuído pela DAdM às OM que possuem o 
referido sistema. 
 
62- CORREIO ELETRÔNICO 
Sistema de envio e recebimento de mensagens. Quando utilizado para comunicação interpessoal, assume caráter não oficial. Ao ser 
utilizado entre caixas-postais SECOM, para transmissão e recepção de documentos (DA, mensagens etc.), assume caráter oficial. 
A DGMM e a DCTIM estabelecem quais os sistemas de correio eletrônico e quais os procedimentos em vigor na MB. 
 
63- Cadeia de comando - Cadeia de comando é a sucessão de comandos vinculados a um comando superior, por subordinação militar, 
em ordem imediata e direta. 
 
64- Não são prestadas honras - Não são prestadas honras pela Organização Militar (OM) ou por militar, nas seguintes circunstâncias: 
I - em faina geral, de emergência ou de evolução decorrente de manobra ou exercício; 
II - durante qualquer atividade cuja paralisação, mesmo que momentânea, possa afetar a segurança de pessoal ou material; e 
III - durante o Cerimonial à Bandeira. 
 
65- Não são prestados toques, continências e salvas - Não são prestados toques, continência de guarda e salvas: 
I - a qualquer autoridade, na presença de outra a quem caibam honras superiores, exceto durante transmissão de Comando; 
II - no período compreendido entre o arriar e o hastear da Bandeira Nacional; e 
III - durante funeral ou em dias de luto oficial, por motivos que não os previstos como honras fúnebres, a menos que especificamente 
autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval. 
 
66- Amarra - Neste Cerimonial, denomina-se amarra à unidade de distância cujo valor é de duzentas jardas. 
 
67- Guarda de Honra - Guarda de Honra é a tropa armada postada para prestar 
homenagem às autoridades militares e civis que a ela tenham direito. Para as Guardas de Honra serão cumpridas as disposições do 
Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial das Forças Armadas. 
 
68- Permissão para largar - O militar mais antigo a bordo de embarcação miúda ou viatura, qualquer que seja seu nível hierárquico, 
pede licença para largar a quem lhe tiver prestado as honras de despedida, por meio da expressão “Com licença”, recebendo em troca 
a resposta “Está quem manda”. 
 
69- Embarque e desembarque de embarcação - Em embarcação miúda ou viatura, o mais antigo embarca por último e desembarca 
em primeiro lugar, observados, na embarcação, os seguintes procedimentos: 
I - no caso de Almirante ou do Titular da OM a que pertença à embarcação, o patrão e a respectiva guarnição levantam-se e fazem a 
continência individual, seguindo idêntico procedimento as demais pessoas nela presentes; 
II - no caso dos demais oficiais, apenas o patrão faz a continência; e 
III - em circunstâncias especiais, no desembarque, o mais antigo pode determinar que mais modernos desembarquem na sua frente 
utilizando-se da expressão “Salta quem pode”. 
 
70- Dispensa de continência individual - A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando uniformizado, 
com ou sem cobertura, deve aos símbolos, à tropa formada e às autoridades, não podendo por estas ser dispensada, salvo quando um 
ou outro encontrar-se: 
I - em faina ou serviço que não possa ser interrompido; 
II - em postos de combate; 
III - praticando esportes; 
IV - sentado, à mesa de rancho; e 
V - remando ou dirigindo viatura. 
 
71- Quando a continência individual não é executada - A continência individual não é executada pelo militar que estiver: 
I - de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe impossibilite o movimento da mão direita; 
II - fazendo parte de tropa armada; 
III - em postos de continência ou de Parada; 
IV - impossibilitado de movimentar a mão direita; e 
V - integrando formatura comandada, exceto se: 
a) em honra à Bandeira Nacional; 
b) em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado; e 
c) quando determinado por quem o comandar. 
 
72- Posição “firme” - Nos navios, em face das condições do mar, a posição de sentido pode ser substituída por uma posição “firme”, 
que indique respeito. 
 
73- Caminhando em corredores e escadas - Em corredores estreitos ou escadas, em que não seja possível militares caminharem lado a 
lado, a dianteira do grupo é tomada pelo mais antigo, salvo no caso de visitas, quando o anfitrião segue à frente. 
 
74- Honras de portaló - São denominadas honras de portaló a continência da guarda, “boys” e toques de corneta e apito, devidas na 
recepção ou despedida à autoridade. 
 
75- Local das honras - As honras de portaló são prestadas junto à escada do portaló ou prancha do navio ou no local para tal designado 
nas OM de terra. 
 
76- Portaló de honra - Nos navios, é considerado portaló de honra o portaló de boreste que for destinado ao uso dos oficiais. 
 
77- Prancha - Considera-se extremidade superior da prancha a que fica apoiada no navio. 
 
78- Chegada ou saída de bordo por meios aéreos - As honras às autoridades que entrarem ou saírem de bordo por meios aéreos 
sofrem as seguintes modificações: 
I - em OM de terra ou navio-aeródromo, um oficial designado acompanha a autoridade entre a aeronave e o local onde são prestadas 
as honras; e 
II - nos demais navios, as honras são prestadas de forma e em local que não afetem a segurança de aviação, podendo a autoridade 
anfitriã, dependendo da situação, dispensar das honras a salva, a guarda e a banda, mantendo sempre os “boys” e o toque de ap ito. 
 
79- quem cabe prestar - Cabeao Titular da OM, ou quem lhe seguir em antiguidade na cadeia de comando, se houver impedimento 
para sua presença, prestar as honras de portaló às autoridades de maior ou igual posto. 
 
80- Execução dos toques de apito - Cabe ao Mestre do navio a execução dos toques de apito referentes às honras de portaló devidas 
ao Comandante do navio ou autoridade superior, e ao Contramestre de Serviço nos demais casos. 
 
81- HONRAS DE PASSAGEM 
Denominam-se honras de passagem as honras, que não as de salva, prestadas quando navios e embarcações, estas arvorando 
bandeira-insígnia, passam ou são ultrapassados à distância de reconhecimento. 
 
82- A distância de reconhecimento é de aproximadamente três amarras para navios e duas amarras para embarcações miúdas, 
devendo ser considerada com razoável largueza, de modo a permitir que sejam prestadas as honras devidas. 
 
83- quando a autoridade a quem são devidas as honras de passagem encontrar-se em embarcação miúda, é executado cerimonial 
idêntico, devendo porém o toque de presença ser executado antes da embarcação atingir o través ou chegar próximo ao través da 
tolda do navio. 
 
84- Nas embarcações miúdas as honras são prestadas manobrando-se com os remos, velas ou máquinas, de acordo com os seguintes 
procedimentos: 
I – a Almirantes e autoridades de precedência igual ou maior, são levados remos ao alto, arriadas as velas ou parada a máquina; 
II – a oficiais superiores e oficiais no exercício do comando, são arvorados os remos, folgadas as escotas ou reduzidas as rotações da 
máquina; 
III – o patrão, de pé, faz continência individual, enquanto que os demais militares a bordo permanecem em suas posições; e 
IV – a embarcação miúda que houver prestado em primeiro lugar as honras de continência só pode: 
a) passar para vante da outra após a autoridade lá embarcada retribuir a continência prestada; e 
b) cortar a proa da outra por urgência de manobra ou quando estiverem afastadas entre si em mais de duas amarras; 
 
85- Não são prestadas honras de passagem: 
I – no período compreendido entre o pôr-do-Sol e 08:00h, exceto as exigidas pela cortesia internacional; e 
II – nas embarcações miúdas quando: 
a) possam afetar a segurança, na avaliação do mais antigo a bordo; 
b) em serviço de socorro; e 
c) rebocando ou rebocada. 
 
O COMAPEM, quando assim as circunstâncias o determinarem, pode dispensar, no todo ou em parte, as honras de passagem. 
 
86- Mastro principal - É considerado mastro principal, quando houver mais de um: 
I - o mastro de ré, ou o mastro de maior guinda, conforme a classe do navio; e 
II - aquele em que é hasteada a Bandeira Nacional, nas OM de terra. 
 
87- Pano de bandeira - Denomina-se pano à unidade com que se mede o tamanho de uma bandeira, tendo a bandeira de um pano 
0,45 X 0,60m, a de dois panos 0,90 X 1,20m e assim sucessivamente. 
 
88- Alcance visual - Alcance visual de bandeiras é a distância máxima em que as bandeiras podem ser distinguidas. 
 
89- Não participam do Cerimonial à Bandeira - O oficial de serviço no passadiço, timoneiro, sotatimoneiro, vigias e pessoal envolvido 
em fainas e manobras, cuja interrupção possa afetar a segurança, não participam do Cerimonial à Bandeira, estando dispensados de 
prestar a continência durante o arriar e hastear. 
 
90- BANDEIRAS-DISTINTIVOS 
Bandeiras-Distintivos - São denominadas bandeiras-distintivos as bandeiras constantes do Apêndice a este Cerimonial e destinadas a 
caracterizar estabelecimentos, forças, unidades de tropa e os navios incorporados à MB, bem como as condições em face de comissões 
que forem cometidas, a saber: 
I - Bandeira do Cruzeiro; 
II - Flâmula de Fim de Comissão; 
III - Bandeira da Cruz Vermelha; 
IV - Estandartes; e 
V - Símbolos. 
 
91- Bandeiras-insígnias - São denominadas bandeiras-insígnias as bandeiras constantes do Apêndice a este Cerimonial destinadas a 
assinalar a presença de determinada autoridade em OM da 
MB, bem como distinguir os cargos de autoridades militares ou civis, a saber: 
I - Estandarte Presidencial; 
II - Pavilhões de Oficiais de Marinha: 
a) Patrono da Marinha; 
b) Comandante da Marinha; 
c) Almirantado; 
d) Chefe do Estado-Maior da Armada; 
e) Comandante de Operações Navais; 
f) Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais; 
g) Chefe do Estado-Maior de Defesa; 
h) Almirante; 
i) Almirante-de-Esquadra; 
j) Vice-Almirante; 
k) Contra-Almirante; 
l) Comandante-em-Chefe da Esquadra (ComemCh); 
m) Almirante Comandante de Força; 
n) CMG Comandante de Força; 
o) CF ou CC Comandante de Força; 
p) COMAPEM; e 
q) Capitão dos Portos; 
III - Bandeiras-insígnias de autoridades civis: 
a) Vice-Presidente da República; 
b) Ministro de Estado da Defesa; 
c) Ministro de Estado; 
d) Embaixador; 
e) Encarregado de Negócios; e 
f) Cônsul-Geral; 
IV - Flâmulas: 
a) de Comando; e 
b) de Oficial Superior. 
Nota: A Flâmula de Comando - é a insígnia privativa dos oficiais de Marinha quando no exercício do cargo de comando, vedado seu 
uso em navio não incorporado à Armada. 
A Flâmula de Comando é de cor azul-marinho, triangular, alongada, com a base coincidindo com a tralha, sendo a altura ocupada por 
vinte e uma estrelas brancas, igualmente espaçadas entre si. 
Flâmula de Oficial Superior - A Flâmula de Oficial Superior é hasteada nas embarcações miúdas que conduzam oficial superior 
uniformizado, sendo arriada tão logo o oficial desembarque. 
A Flâmula de Oficial Superior é similar à Flâmula de Comando, exceto por ser de cor branca e ter uma única estrela azul a meio da 
altura do triângulo. 
 
92- SINAIS DE BARROSO 
São denominados Sinais de Barroso o conjunto de bandeiras do sinal “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” e do sinal 
“Sustentar o fogo que a vitória é nossa”. 
Os Sinais de Barroso são assim representados: 
I – o sinal “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” é representado por três bandeiras retangulares 
içadas numa só adriça, sendo a de cima vermelha, a do meio vermelha e branca, em duas faixas verticais iguais, e a de baixo branca, 
tendo no centro um retângulo azul; e 
II – o sinal “Sustentar o fogo que a vitória é nossa” é 
representado por duas bandeiras retangulares içadas numa só adriça, sendo a de cima vermelha, dividida em quatro retângulos iguais 
por uma cruz branca, e a de baixo vermelha e branca, em quinze retângulos iguais e alternados, sendo vermelho o retângulo superior 
junto à tralha. 
 
93- EMBANDEIRAMENTO 
São usados os seguintes embandeiramentos: 
I – em arco, nos dias de grande gala ou em ocasiões especialmente determinadas; 
II – nos topes, nos dias de pequena gala e nas honras ao Presidente da República; e 
III – a meia adriça, nos dias de luto e nos funerais. 
 
94- SALVAS 
Salva é a honra prestada, por meio de tiros de canhão, a terra, navio, autoridade ou em data festiva. 
A salva é dada a uma distância nunca superior a três milhas de quem ou do que se deseja honrar. 
O intervalo entre tiros de uma salva é de cinco segundos, exceto tratando-se de funeral, quando é de trinta segundos. 
A salva é iniciada pelo canhão de salva mais de vante: 
I – do bordo que estiver voltado para terra, navio ou autoridade em cuja honra for dada a salva; e 
II – de boreste, nos demais casos. 
Denomina-se Estação de Salva a OM de terra, designada por ato do Comandante do Distrito Naval da área, dotada de meios para dar 
ou responder salvas. 
 
95- DATAS FESTIVAS 
Datas festivas - São denominadas datas festivas os dias em que, pela significação de suas datas, se realizam cerimônias cívico-militares. 
Dias de grande gala - Os dias de grande gala são as datas festivas em que se comemora o aniversário da Independência (7 de 
setembro) e da Proclamação da República (15 de novembro). 
Dias de pequena gala - Os dias de pequena gala são as datas festivas em que se comemora o Dia da Confraternização Universal (1º deJaneiro), o Dia de Tiradentes (21 de abril), o Dia do Trabalho (1º de maio), o Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da 
Marinha (11 de junho), o Dia da Bandeira (19 de novembro), o Dia do Marinheiro (13 de dezembro) e o Natal (25 de dezembro). 
 
96- FORÇAS E NAVIOS (Conceituação de Forças) 
 
Armada é a totalidade de navios, meios aéreos e de fuzileiros, destinados ao serviço naval, pertencentes ao Estado e incorporados à 
Marinha do Brasil. 
Força é uma parcela da Armada, posta sob Comando único e constituída para fins operativos ou administrativos. 
Esquadra é o conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos. 
O Comandante de Esquadra terá todas as prerrogativas de Comandante de Força e o título de Comandante-em-Chefe. 
Força Naval é a Força constituída por navios, para fins administrativos. 
As Forças Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Flotilhas, Divisões, Esquadrões ou Grupamentos. 
Força Aeronaval é a Força constituída por unidades aéreas ou por navios e unidades aéreas, para fins administrativos 
As Forças Aeronavais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Grupos. 
Constituem-se em unidades aéreas os esquadrões de aeronaves. 
Força de Fuzileiros Navais é a Força constituída por unidades de fuzileiros navais, para fins administrativos. 
As Forças de Fuzileiros Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Divisões e Tropas. 
Constituem-se em unidades de fuzileiros navais os batalhões, os grupos, os grupamentos e as companhias independentes. 
Qualquer fração de Força-Tarefa que dela se separar temporariamente para cumprir uma tarefa será denominada Força Destacada, se 
não tiver denominação própria. 
Os navios, segundo seu tipo, porte, armamento e eventualmente a missão que lhes for atribuída, serão classificados em quatro 
categorias, com as denominações de 1a, 2a, 3a e 4a classe. 
 
97- Navios 
SOLTO - Todo navio da Armada não pertencente a uma Força Naval será denominado Navio Solto. 
ISOLADO - Todo navio pertencente à Marinha do Brasil, não incorporado à Armada, será denominado Navio Isolado. 
DESTACADO - Todo navio da Armada que pertencendo a uma Força dela separar-se temporariamente para cumprir missão será 
denominado Navio Destacado. 
ESCOTEIRO - Todo navio da Armada designado para cumprir, isoladamente, uma missão será denominado Navio Escoteiro. 
CAPITÂNEA - Navio Capitânia de qualquer Força é o navio que aloja ou está indicado para alojar o Comandante da Força e seu Estado-
Maior. 
 
98- CAPITÃO-DE-BANDEIRA - O Comandante do Navio Capitânia terá o título de Capitão-de-Bandeira. 
 
99- Mostra de Armamento é a cerimônia em que é incorporado ou reincorporado qualquer navio à Armada. 
A Mostra de Armamento será presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, ou por seu delegado, e a ela deverão estar presentes 
as autoridades que fizerem a entrega do navio, o Comandante nomeado e pessoal designado para fazer parte de sua tripulação. 
 
100- Mostra de Desarmamento é a cerimônia com que se encerra ou se interrompe a vida militar de um navio da Armada, por motivo 
de baixa, definitiva ou temporária. Esta cerimônia realizar-se-á depois de expedido o ato de baixa ou de transferência para a reserva. 
A Mostra de Desarmamento será presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, ou por seu delegado, e a ela deverão estar 
presentes a autoridade que for receber o navio, o Comandante e o pessoal ainda embarcado. Consistirá da leitura do ato de baixaou de 
desincorporação, de exoneração do Comandante e da Ordem do Dia referente à cerimônia e do arriar da Bandeira Nacional, da 
Bandeira do Cruzeiro e da flâmula de Comando, tudo feito com a tripulação em formatura de Mostra. 
 
101- Embarque e distribuição de Praças 
Todas as Praças, ao embarcarem em qualquer OM, serão apresentadas pelo Sargenteante-Geral ao Imediato, a quem cabe distribuí-
las internamente. 
Os Suboficiais e o Mestre, ao embarcarem, serão também apresentados ao Comandante da OM e posteriormente, em parada, ao 
setor da OM em que forem servir, pelos respectivos encarregados. 
Parágrafo único – O Suboficial mais antigo será apresentado aos outros Suboficiais por Oficial indicado pelo Imediato. 
As Praças serão distribuídas pelas incumbências, por seus respectivos encarregados, de acordo com as respectivas Tabelas Mestras. 
 
102- A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau 
hierárquico. 
A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. A ordenação se faz 
por postos ou graduações: dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à 
hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de autoridade. 
Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o 
organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte 
de todos e de cada um dos componentes desse organismo. 
 
103- Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o 
espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo. 
 
104- Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do Ministro de Força Singular e confirmado 
em Carta Patente. 
Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente. 
 
105- A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada: 
I – os Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores às demais praças; 
II – os Aspirantes, alunos da Escola Naval,e os alunos da Academia Militar das Agulhas Negras e da Academia da Força Aérea, bem 
como os alunos da Escola de Oficiais Especialistas da Aeronáutica, são hierarquicamente superiores aos suboficiais e aos subtenentes; 
III – os alunos de Escola Preparatória da Cadetes e do Colégio Naval têm precedência sobre os Terceiros-Sargentos, aos quais são 
equiparados; 
IV – os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência sobre os Cabo, aos quais são 
equiparados; e 
V – os Cabos têm precedência sobre os alunos das escolas ou dos centros de formação de sargentos, que a eles são equiparados, 
respeitada, no caso de militares, a antiguidade relativa. 
 
106- Cargo militar: é um conjunto de atribuições e deveres e responsabilidades cometidos a um militar em serviço ativo. 
Função militar: é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar. 
 
107- Das Obrigações Militares (Valor + Ética) 
Do Valor Militar 
São manifestações essenciais do valor militar: 
I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e pelo solene juramento de fidelidade à Pátria até com 
o sacrifício da própria vida; 
II – o civismo e o culto das tradições históricas; 
III – a fé na missão elevada das Forças Armadas; 
IV – o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve; 
V – o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e 
VI – o aprimoramento técnico-profissional. 
 
Da Ética Militar (Os Verbos) 
O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta 
moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos da ética militar: 
I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal; 
II – exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo; 
III – respeitar a dignidade da pessoa humana; 
IV – cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades

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