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ASSUNTOS QUE + CAI EM PROVA 1- Fases do Navio: O navio tem sua vida marcada por fases. O primeiro evento dessa vida é o batimento da quilha, uma cerimônia no estaleiro, na qual a primeira peça estrutural que integrará o navio é posicionada no local da construção. Estaleiro é o estabelecimento industrial onde são construídos navios. Como os navios antigos eram feitos de madeira, o local de construção ficava cheio de estilhas, lascas de madeira, estilhaços ou, em castelhano, “astillas”. Quando o navio está com o casco pronto, na carreira do estaleiro, ele é lançado ao mar em cerimônia chamada lançamento. Nesta ocasião é batizado por sua madrinha e recebe o nome oficial. O lançamento antigamente era feito de proa; mas os portugueses introduziram o hábito de lançá-lo de popa, existindo também carreiras onde o lançamento é feito de lado, de través; e hoje, devido ao gigantismo dos navios, muitos deles são construídos dentro de diques, que se abrem no momento de fazê-los flutuar. Construído e pronto, o navio é, então, incorporado a uma esquadra, força naval, companhia de navegação ou a quem vá ser responsável pelo seu funcionamento. A cerimônia correspondente é a incorporação, da qual faz parte a mostra de armamento. Armamento nada tem a ver com armas e sim com armação. Essa mostra, feita pelos construtores e recebedores, se constitui em uma inspeção do navio para ver se está tudo em ordem, de acordo com a encomenda. Na ocasião, é lavrado um termo, onde se faz constar a entrega, a incorporação e tudo o que há a bordo. A vida do navio passa, então, a ser registrada em um livro: o Livro do Navio, que somente será fechado quando ele for desincorporado. Um dos mais conhecidos armadores do mundo foi o provedor de navios, proprietário e mesmo navegador Américo Vespucci. Tão importante é a armação de navios e o comércio marítimo das nações, que a influência de Américo Vespucci foi maior que a do próprio descobridor do novo continente e que passou a ser conhecido como América, em vez de Colúmbia, como seria de maior justiça ao navegador Cristovão Colombo. Assim, Américo, como armador, teve maior influência para denominar o continente, com o qual se estabelecera o novo comércio marítimo, do que Colombo. Terminada a vida de um navio, ele é desincorporado por baixa, da esquadra, da força naval, da companhia de navegação a que pertencia, ou do serviço que prestava. Há, então, uma cerimônia de desincorporação, com mostra de desarmamento. Diz-se que o navio foi desarmado. As companhias de navegação conservam os livros, registros históricos de seus navios. Na Marinha do Brasil, os livros são arquivados no Serviço de Documentação da Marinha (SDM) e servem de fonte de informações a historiadores e outros fins. 2- A Flâmula de Comando No topo do mastro dos navios da Marinha do Brasil existe uma flâmula com 21 estrelas. Ela indica que o navio é comandado por um oficial de Marinha. Se alguma autoridade a quem o Comandante esteja subordinado, organicamente (dentro de sua cadeia de comando) estiver a bordo, a flâmula é arriada e substituída pelo pavilhão-símbolo daquela autoridade. A flâmula é trocada nas passagens de comando e em nenhum outro caso é arriada. 3- Corda e cabo Diz-se que na Marinha não há corda. Tudo é cabo. Cabos grossos e cabos finos, cabos fixos e cabos de laborar..., mas tudo é cabo. Existem porém, duas exceções: - a corda do sino; e a dos relógios. 4- Divisões de Navios por Classe na MB CLASSE COMANDO TIPOS DE NAVIOS 1°CLASSE CAPITÃO DE MAR E GUERRA NAVIO AERÓDROMO NAVIO DE DESEMBARQUE 2°CLASSE CAPITÃO DE FRAGATA FRAGATAS SUBMARINOS CORVETAS CONTRATORPEDEIROS NAVIOS-TRANSPORTE 3°CLASSE CAPITÃO DE CORVETA CORVETAS REBOCADORES DE ALTO MAR NAVIOS-PATRULHA FLUVIAIS 4°CLASSE CAPITÃO TENENTE NAVIOS-VARREDORES NAVIOS-PATRULHA 5- O sino de bordo 1°MEIA HORA DO QUARTO UMA BATIDA SINGELA 2°MEIA HORA DO QUARTO UMA BATIDA DUPLA 3°MEIA HORA DO QUARTO UMA BATIDA DUPLA E UMA SINGELA 4°MEIA HORA DO QUARTO DUAS BATIDAS DUPLAS 5°MEIA HORA DO QUARTO DUAS BATIDAS DUPLAS E UMA SINGELA 6°MEIA HORA DO QUARTO TRÊS BATIDAS DUPLAS 7°MEIA HORA DO QUARTO TRÊS BATIDAS DUPLAS E UMA SINGELA 8°MEIA HORA DO QUARTO QUATRO BATIDAS DUPLAS 6- A presidência das refeições a bordo As refeições de oficiais são presididas pelo Imediato ou, na sua ausência, pelo oficial mais antigo presente. As refeições dos suboficiais e sargentos são presididas pelo Mestre do Navio. Compete ao Mestre d'Armas presidir as refeições dos cabos e marinheiros. 7- Fainas de transferência no mar São definidos assim, quatro conceitos básicos: -Navio Controlador: aquele que atua como guia para o navio que se aproxima. Normalmente é também o navio fornecedor; -Navio Aproximador: é o que efetua a manobra de aproximação e mantém a sua posição em relação ao navio controlador. Portanto, fornece o cabo de distância/ telefônico interpassadiço; -Navio Recebedor: é aquele que recebe todo o massame e equipagem para transferência (exceto o cabo de distância/telefônico interpassadiço); e -Navio Fornecedor: é o que fornece todo o massame e equipagem para transferência. 8- Navio Guarda : Normalmente estará posicionado a 1000 jds a ré do fornecedor/controlador e pronto a efetuar o resgate de eventual homem ao mar. Adicionalmente, poderá ser mantido em Alerta SAR um helicóptero de resgate em qualquer navio participante da Operação. 9- COMUNICACÕES Durante a faina de transferência no mar, as comunicações são executadas de diversas formas para transmitir informações de prontificação da estação e andamento da faina. Tais informações somente serão transmitidas por fonia na rede PMTA quando: Nesta ocasião, as mensagens a serem transmitidas pela rede PMTA (ODE,CGT,CCOB,etc) serão: NAVIO CONTROLADOR – “ Bandeira ROMEO atopetada por (BE/BB)” ; e NAVIO APROXIMADOR – “ PREP a meio “. 10- Conceito e propósito do CAv O Controle de Avarias (CAv) é o conjunto de recursos (humanos e materiais) necessários para a preservação ou restabelecimento da capacidade de manobra, poder combatente do navio, estanqueidade e estabilidade. Além disto, deve ser capaz de controlar a banda e o trim e prover adequada proteção contra incêndios, bem como limitar a propagação e/ou remover contaminação provocada por agentes químicos, biológicos ou radioativos, prevenir e conter agressões ao meio ambiente, e prover cuidados ao pessoal ferido. O propósito do CAv é manter ao máximo o poder combatente do navio. 11- Definições: - Função – papel definido desempenhado por militar dentro de uma Estação de acordo com a Organização de Combate do navio. - Tarefa – ação que um militar tem a executar determinada em documentos, manuais de procedimentos ou publicações. - Atribuições – conjunto de tarefas específicas diretamente relacionadas com a função que um militar ou estação exercem. Atribuições podem também ser relacionadas ao Comando e aos Controles. 12- Estações de reparo Áreas de Responsabilidade As áreas de responsabilidade dos reparos são estabelecidas em função de sua localização e dos recursos disponíveis para o combate. Estas permitem ao Controle de Avarias atender aos requisitos de descentralização, rapidez e continuidade no combate às avarias. Deverá constar da ORCOMB uma estação de reparo como sendo a Estação de CAv Secundária. Esta estação deverá estar capacitada a estabelecer comunicações com todos os reparos e manter um acompanhamento do combate as avarias no navio informando à Estação de Comando. As Estações de reparo deverão utilizar as seguintes áreas de responsabilidade: ESTAÇÃO ÁREA DE RESPONSABILIDADE Estação de Reparo I Convés Principal e Superestrutura Estação de Reparo II Convés abaixo AV Estação de Reparo III Convés abaixo AREstação de Reparo IV Convés abaixo a MN Estação de Reparo V Praça de Máquinas Estação de Reparo VI Armamentos Estação de Reparo VII Ilha e Hangares do Nae Estação de Reparo VIII Eletrônica 13- Enfermaria de combate Os navios com tripulação acima de 300 homens devem possuir um mínimo de duas enfermarias de combate com capacidade de atender, em emergência, acidentes com pessoal em combate. Navios com tripulação abaixo de 300 homens devem possuir uma enfermaria de combate. Além das enfermarias de combate, deverão existir caixas de primeiros socorros para o pessoal nas estações de combate, cabendo à Divisão de Saúde prover o material necessário a elas, assim como sua manutenção. 14- Composição do reparo - turmas de reparo: Na MB muitas vezes encontramos diversas publicações e manuais dissertando sobre conjuntos ou composições de militares componentes de determinada Estação que possuem funções e atribuições semelhantes. Procuraremos definir esses termos, identificando algumas diferenças encontradas: - Grupo – conjunto de militares com funções administrativas diversas, mas cujas atribuições convergem para a consecução de objetivos comuns, dentro da Organização Administrativa do Navio. Ex. Grupo de CAv de serviço. - Equipe – conjunto de militares que possuem funções e tarefas distintas na estrutura de combate, mas cujas atribuições convergem para a consecução de objetivos comuns. Ex. Equipe de Manobra e Equipe de Crache. - Turma – conjunto de militares com a mesma função dentro da estrutura de combate do navio e guarnecem os mesmos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), e cujas atribuições convergem para objetivos comuns. Ex. Turma de Suporte A. 15- Turma de Ataque Composta pelo líder do reparo, um eletricista e mais duas praças. O eletricista é o encarregado de providenciar o isolamento dos circuitos elétricos, 440V inicialmente, a parada dos Sistemas de Ventilação da área, em caso de incêndio, e também os demais circuitos em caso de alagamento . O pessoal deve estar com EPI completo e onde disponível pelo menos um transceptor de UHF/VHF. Após a ação inicial são rendidos pela turma apropriada e se dispensados pelo líder, dirigem-se ao Reparo, compondo geralmente a turma de serviços gerais. 16- Líder do Reparo ou Líder da Cena de Ação O Líder da Cena de Ação é o líder do Reparo, responsável pelas ações na área do sinistro, já em Postos de Combate. Quando é soado o alarme devido à ocorrência de um incêndio, o Líder da Cena de Ação vai para o local e junto com a sua turma (turma de ataque) inicia o combate ao incêndio. Ele deve procurar, assim que possivel e pelo meios disponiveis no local, informar à ECCAv, a situação no local. Após ser rendido pela turma de incêndio (suporte A) ele deve recuar para uma posição de controle, de preferência fora dos limites primários de fumaça, a partir da qual efetuaria o controle das ações de combate ao incêndio informando ao EncRep essa nova posição. O líder na cena deverá: -se no melhor local para tal, considerando a presença da fumaça, facilidade de acesso do pessoal do Reparo a este ponto, existência de comunicações com o Reparo, etc.; estar vestido com Equipamento de Proteção Individual (EPI); 17- Turma de Máscaras Constituída por pelo menos três homens, o Controlador de Máscaras e mais dois ajudantes. O Controlador controla o tempo de uso das máscaras de seu Reparo, com a limitação de controlar no máximo oito homens, para a segurança dos utilizadores. Os outros dois homens trazem para um local de concentração, fora do limite primário de fumaça, as demais máscaras, ampolas e tambores-geradores (OBA), checam a quantidade existentes, providenciam a recarga das ampolas vazias , obtém tambores-geradores adicionais, providenciam máscaras adicionais de outros reparos e verificam, junto com o controlador, o uso correto das máscaras pelos utilizadores. 18- Oficial de Quarto O Oficial de Quarto deve estar intimamente familiarizado com o navio, a condição de prontidão do material e com os procedimentos de emergência. Para isso deve estar preparado para analisar a situação e adotar, pronta e corretamente, os procedimentos iniciais para auxiliar ou controlar incêndios ou avarias. A capacidade para reagir correta e prontamente será diretamente proporcional ao conhecimento que tem dos procedimentos de CAv e dos equipamentos disponíveis e ao seu adequado treinamento. 19- As fases de preparação do CAv para o combate São definidas, a seguir, as três fases de preparação do CAv para o combate: I) FASE 1 – Ataque inimigo ou avaria possível Depende de aviso de ataque antecipado. Menor grau de preparação do Cav. No porto, melhores condições de habitabilidade. A rotina do navio e a manutenção de equipamentos não são comprometidas. II) FASE 2 – Ataque ou avaria provável III) FASE 3 – Ataque ou avaria iminente Maior grau de preparação do CAv, compatível com a maior prontidão para o combate do navio.Não leva em consideração as condições de habitabilidade do navio. Todas as funções do CAv estarão guarnecidas. 20- FAINA DE ABANDONO O abandono do navio pela tripulação e a sobrevivência no mar, são abordados detalhadamente na publicação CAAML 1212 - MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA NO MAR. O tempo que um navio avariado leva para afundar depende naturalmente do grau de estanqueidade restante. Uma boa estanqueidade garantirá ao navio um maior tempo para afundar, o que virá facilitar o salvamento da sua tripulação. Duas situações podem ocorrer por ocasião do abandono: I) Há perigo imediato de afundamento ou emborcamento do navio, quando será ordenado "Abandonar o navio"; ou II) Não há perigo imediato de afundamento ou emborcamento do navio. Na segunda situação, o GSD assumirá o controle do navio, para a tentativa de salvamento ou destruição do mesmo. Neste caso o Comandante ordenará: "Preparar para abandonar o navio - Grupo de Salvamento e Destruição assumir o controle do navio". O pessoal assumirá então seus postos, conforme detalhado nas tabelas mestras. Os tripulantes que guarnecem postos que devem ser rendidos por componentes do GSD só abandonarão estes após terem sido rendidos. Na eventualidade de não serem rendidos, qualquer que seja o motivo, permanecerão guarnecendo o posto e incorporar-se-ão, automaticamente, ao GSD. O restante da tripulação deverá formar imediatamente em seus postos de abandono, e o pessoal, destinado a arriar na água os recursos de abandono, começa a prepará-los para isso. O Comandante, tendo em vista a evolução da situação, dará a ordem "Abandonar o Navio". As lanchas e balsas serão então rapidamente arriadas, nelas embarcando todo o pessoal. A embarcação destinada ao GSD permanecerá com a bossa passada ao navio, as demais se farão ao largo. Após o abandono do navio (exceto pelo GSD), a situação poderá ainda evoluir para o abandono do navio pelo GSD ou para o salvamento do navio. Sendo o afundamento ou emborcamento realmente inevitável, o Comandante dará a ordem "GRUPO DE SALVAMENTO E DESTRUIÇÃO DESTRUIR O NAVIO". À medida que os componentes do GSD forem cumprindo os procedimentos de destruir o navio, darão o pronto ao Comandante e se concentrarão nos seus postos de abandono. O Comandante, terminada a destruição do navio, dará a ordem "GRUPO DE SALVAMENTO E DESTRUIÇÃO - ABANDONAR O NAVIO". Tendo o GSD conseguido salvar o navio, o Comandante dará a ordem "REEMBARCAR A TRIPULAÇÃO". A faina de reembarque será coordenada de tal maneira que seja rápida, para que a tripulação venha a auxiliar o GSD, e com atenção para que as balsas sejam presas ao navio para possibilitar o seu posterior recolhimento para bordo. 21- GRUPO DE SALVAMENTO E DESTRUIÇÃO (GSD) O GSD é constituído com finalidade precípua de, em caso de provável afundamento ou emborcamento do navio, ou sua captura pelo inimigo, procurar salvaro navio ou torná-lo, tanto quanto possível, inaproveitável ao seu captor. A situação mais provável em que o GSD será chamado a intervir, será o navio estando em postos de combate. Consoante tal entendimento, o pessoal detalhado para guarnecer as várias estações, no GSD, deverá estar guarnecendo estas mesmas estações em postos de combate, tanto quanto possível. O GSD deverá efetuar a rendição nos postos de forma rápida e direta, sem que haja perda de continuidade das fainas que já estiverem sendo conduzidas pelos Reparos de CAv. Deve haver uma grande flexibilidade pelos componentes do GSD, já que as mesmas tarefas exercidas por um Reparo de CAv são atribuídas ao reduzido número de componentes do GSD. Cabem inicialmente ao GSD, ao assumir o controle do navio, as seguintes providências: destruir documentos e equipamentos sigilosos; (quando determinado pelo Comandante) render o pessoal de quarto nos controles de manobra e máquinas, mantendo, se possível, a energia elétrica, por meio dos geradores principais ou de emergência; ajudar o pessoal, que esteja cobertas abaixo, a atingir o convés principal; fechar todas as portas e escotilhas; e pôr as bombas de profundidade, se houver, em "seguro" (SAFE), a fim de evitar que elas venham a explodir logo que o navio afunde. Para efeito de salvar e/ou destruir o navio, deverá o GSD contar com pessoal habilitado a executar as seguintes tarefas: - alijar de pesos; - realizar escoramento, tamponamento e percintagem; - aparelhar o navio para um reboque; - corrigir a banda e compasso (manobra com a carga líquida); - operar equipamentos de corte e solda; - reparar redes elétricas; - prestar primeiros socorros; - estabelecer comunicações rádio e visuais; e - utilizar explosivos. 22- GRUPO DE SOCORRO EXTERNO (GSE) Tem por propósito prestar auxílio de pessoal e/ou material para o combate a quaisquer avarias em outros navios, no porto ou no mar e em instalações de terra. 23- TRÂNSITO A BORDO Navios de guerra estão sujeitos a situações que requerem rápido e seguro trânsito a bordo, com toda a tripulação se movendo a um só tempo. A esse quadro pode se acrescentar a falta de iluminação. Cada homem da tripulação deve, portanto, conhecer bem seu navio, especialmente os caminhos que interligam os locais que normalmente freqüentam (alojamento, sala de estar, rancho, estação de serviço etc.) com seu posto de combate e o convés aberto. A movimentação do pessoal a bordo deve obedecer as regras de trânsito, devendo ser feito em passo acelerado e não correndo pelos corredores e escadas, conforme apresentado abaixo: BOMBORDO - para baixo e para ré BORESTE - para cima e para vante. Passagens e escadas devem receber setas indicadoras do sentido de trânsito no local. Este sentido pode ser contrariado em situações especiais, quando for conveniente encurtar caminho para chegar a uma enfermaria de combate ou a uma estação de descontaminação. Nesse caso, setas indicadoras específicas serão acrescentadas às setas de trânsito normal, conforme mostrado na figura. 24- As fainas Organizado em Divisões Administrativas ou em Quartos e Divisões de Serviço, o navio está pronto para fazer frente aos trabalhos que envolvem toda a gente de bordo ao mesmo tempo, ou parte dela, para um fim específico. Esses trabalhos são chamados de fainas. As fainas são gerais, comuns, especiais ou de emergência. Em um navio de guerra, a principal faina geral é a de Postos de Combate. São fainas gerais e fainas comuns, entre outras: - Preparar para suspender; - Suspender (ou desamarrar ou desatracar); - Preparar para fundear; - Fundear (ou amarrar, ou atracar): - Navegação em águas restritas (Detalhe Especial para o Mar); - Recebimento de munição; - Recebimento de material comum ou sobressalentes; - Recebimento de mantimentos; - Montagem ou desmontagem de toldos; - Içar e arriar embarcações; - Operações aéreas, decolagem e pouso de aeronaves; - Inspeção de material; - Docagem e raspagem do casco; e - Pintura geral. São fainas de emergência: - Incêndio; - Colisão; - Socorro externo; - Homem ao mar; - Reboque; - Abandono; - Avaria no sistema de governo; - Acidente com aeronave ("crash"); e - Recolhimento de náufragos. Além das fainas, existem ocasiões em que toda a tripulação do navio deve atender a formaturas gerais, para certas formalidades a bordo ou para cerimonial, conhecidas como formaturas gerais. São formaturas gerais: - Parada; - Mostra; - Distribuição de faxina; - Postos de continência; - Bandeira; e - Concentração da tripulação. As situações previstas para fainas ou formaturas constam de uma tabela a bordo, chamada Tabela Mestra, que designa cada homem da tripulação para um determinado posto ou função, específica em cada faina ou formatura, além de designar qual é seu bote salva- vidas e seu respectivo quarto. O cumprimento da rotina de bordo, bem como das fainas, como já mencionado, são ordenados pelo toque de apito. Alguns avisos e ordens em linguagem clara, pelo fonoclama, podem ser dados, também, em certas circunstâncias especiais, mas repetir, em linguagem clara, o significado de um toque de apito é considerada atitude pouco marinheira, não sendo, normalmente, permitido a bordo. As fainas de emergência são ordenadas pelos respectivos sinais de alarme, fonoclama, sino ou mesmo viva voz.. 25- DAAML 1212 A) Temperatura - Grandeza termodinâmica intensiva comum a todos os corpos que estão em equilíbrio térmico que expressa a quantidade de calor existente num corpo ou no ambiente B) Temperatura de Ignição - é a temperatura necessária para que a reação química ocorra entre o combustível e o comburente, produzindo gases capazes de entrarem em combustão. C) Ponto de Fulgor - é a temperatura mínima na qual um combustível desprende gases suficientes para serem inflamados por uma fonte externa de calor, mas não em quantidade suficiente para manter a combustão. A chama aparece, porém logo se extingue, não mantendo a combustão. D) Ponto de Combustão - é a temperatura do combustível, acima da qual, ele desprende gases em quantidade suficiente para serem inflamados por uma fonte externa de calor e continuarem queimando, mesmo quando retirada esta fonte. E) Ponto de Ignição - é a temperatura necessária para inflamar os gases que estejam se desprendendo de um combustível, só com a presença do comburente. 26 - Formas de combustão As combustões podem ser classificadas conforme a sua velocidade em: completa, incompleta, espontânea e explosão. Dois elementos são preponderantes na velocidade da combustão: o comburente e o combustível; o calor entra no processo para decompor o combustível. a velocidade da combustão variará de acordo com a porcentagem do oxigênio no ambiente e as características físicas e químicas do combustível. a) Combustão completa É aquela em que a queima produz calor e chamas e se processa em ambiente rico em oxigênio. b) Combustão incompleta É aquela em que a queima produz calor e pouca ou nenhuma chama, e se processa em ambiente pobre em oxigênio. c) Combustão espontânea Certos materiais orgânicos, em determinadas circunstâncias, podem, por si só, entrar em Combustão. Entre as substâncias mais suscetíveis de combustão espontânea destacam-se a alfafa, o carvão, o óleo de peixe, o óleo de linhaça, os tecidos impregnados de óleo, os vernizes, o óleo de milho, o óleo de semente de algodão, certos fertilizantes orgânicos e inorgânicos, as misturas contendo nitratos e material orgânico, o feno, os pós metálicos, o óleo de pinho, a juta, o sisal, o cânhamo, a madeira e a serragem. Os materiais fibrosos tornam-se particularmente perigosos quando impregnados com óleos animais ou vegetais. Embora seja um fenômeno pouco falado, a combustão espontâneaé mais comum do que se poderia pensar. Alguns materiais entram em combustão sem fonte externa de calor (materiais com baixo ponto de ignição ); outros entram em combustão à temperatura ambiente (20°c), como o fósforo branco. Ocorre também na mistura de determinadas substâncias químicas, quando a combinação gera calor e libera gases em quantidade suficiente para iniciar combustão. 27- Famosa frase da Lei de Lavoisier "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". 28- Irradiação É a transmissão de calor que se processa sem a necessidade de continuidade molecular entre a fonte calorifica e o corpo que recebe calor. É a transmissão de calor que acompanha geralmente a emissão de luz. Ondas de calor atingem os objetos, aquecendo-os Condução É a transmissão de calor que se faz de molécula para molécula, através de um movimento vibratório que as anima e permite a comunicação de uma para outra Convecção É o método de transmissão de calor característico dos líquidos e gases. Consiste na formação de correntes ascendentes no seio da massa fluida, devido ao fenômeno da dilatação e conseqüente perda de densidade da porção de fluido mais próximo da fonte calorífica 29- A DINÂMICA DO INCÊNDIO Os incêndios podem ser separados em quatro diferentes estágios: Fase inicial; Fase de desenvolvimento; Incêndio desenvolvido e Fase de queda de intensidade. a) Fase Inicial: A temperatura média do compartimento ainda não está muito elevada, e o fogo está localizado próximo ao foco do incêndio b) Fase de Desenvolvimento: É a fase de transição entre a fase inicial e a do incêndio totalmente desenvolvido. Ocorre em um período relativamente curto de tempo e pode ser considerado um evento do incêndio. Trata-se do momento no qual a temperatura da camada superior de fumaça atinge 600ºC . As altas temperaturas concentram-se próximas ao foco do incêndio, e a fumaça proveniente da combustão forma uma camada quente apenas na parte superior do compartimento. Caso não ocorra a extinção do incêndio poderá ocorrer o “roolover” que é o fenômeno no qual os gases da combustão não queimados no incêndio misturam-se ao ar e se inflamam na parte superior do compartimento devido a alta temperatura naquela área. A característica principal desta fase é o repentino espalhamento das chamas a todo o material combustível existente no compartimento. Este fenômeno é conhecido pelo nome de "flashover" (Fig. 2.3). A sobrevivência do pessoal que esteja no local é improvável, a partir dele entra-se na fase de incêndio desenvolvido. c) Incêndio Desenvolvido: Todo o material do compartimento está em combustão, sendo a taxa de queima limitada pela quantidade de oxigênio remanescente. Chamas podem sair por qualquer abertura, e os gases combustíveis na fumaça se queimam assim que encontram ar fresco. O acesso a esse incêndio é praticamente impossível, sendo necessário um ataque indireto ao mesmo. Incêndios em praças de máquinas ou provocados pelo impacto de armamento inimigo atingem este estágio rapidamente. d) Fase de Queda de Intensidade: Quase todo o material combustível já foi consumido e o incêndio começa a se extinguir. Após a extinção do incêndio, em casos específicos, pode ocorrer o fenômeno do reaparecimento. Em um incêndio que tenha se extinguido por ausência de oxigênio, como por exemplo, em um compartimento estanque que tenha sido complemente isolado, vapores combustíveis podem estar presentes. Quando ar fresco é admitido nessa atmosfera rica em vapores combustíveis / gases explosivos e com temperatura próxima à de ignição, os três elementos do triângulo do fogo estarão novamente presentes e pode ocorrer uma explosão, fenômeno também conhecido por “backdraft”. 30- MÉTODOS DE EXTINÇÃO DE INCÊNDIO a) Abafamento: O primeiro método básico de extinção de incêndios é o abafamento, que consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para abaixo do limite de 16%. b) Resfriamento: É o método mais antigo de se apagar incêndios, sendo seu agente universal a água. Consiste em reduzirmos a temperatura de um combustível abaixo da temperatura de ignição, ou da região onde seus gases estão concentrados, extinguindo o fogo. Raciocinando com o triângulo do fogo, isto consiste em afastar o lado referente à temperatura de ignição. Com apenas dois lados (combustível e comburente), não há fogo. Cabe ressaltar que somente por resfriamento podem ser extintos os incêndios de combustíveis que tenham comburente em sua estrutura íntima (pólvora, celulóide, metais combustíveis, etc.). Esses incêndios não podem ser extintos por abafamento. c) Quebra da reação em cadeia: Processo de extinção de incêndios, em que determinadas substâncias são introduzidas na reação química da combustão com o propósito de inibí-la. Neste caso não há abafamento ou resfriamento. Apenas é criada uma condição especial (por um agente que atua em nível molecular) em que o combustível e o comburente perdem, ou têm em muito reduzida, a capacidade de manter a reação em cadeia. A reação só permanece interrompida enquanto houver a efetiva presença do agente extintor. Assim, requer que ele seja ali mantido até o natural resfriamento da área, ou que se proceda o resfriamento por um dos meios conhecidos. 31- CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS Os incêndios são classificados de acordo com os materiais neles envolvidos, bem como a situação em que se encontram. Essa classificação é feita para determinar o agente extintor adequado para o tipo de incêndio específico, é normatizada pela Associação Brasileira de Normas Técnica - ABNT, e também adotada pela Marinha do Brasil. - Incêndio classe “A” São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas e deixam resíduos. São os incêndios em madeira, papel, tecidos, borracha e na maioria dos plásticos. -Incêndio classe “B” São os que se verificam em líquidos inflamáveis (óleo, querosene, gasolina, tintas, álcool etc.) e também em graxas e gases inflamáveis. -Incêndio classe “C” São os que se verificam em equipamentos e instalações elétricas, enquanto a energia estiver alimentada. Um motor elétrico queimando, ainda ligado, classifica o incêndio como classe “C” -Incêndio classe “D” São os que se verificam em metais (magnésio, titânio e lítio). Lítio e cádmio (em baterias) e magnésio (em motores) são exemplos de metais combustíveis. É caracterizado pela queima em altas temperaturas e por reagir com extintores comuns (principalmente os que contenham água). 32- IDENTIFICAÇÃO DOS EXTINTORES PORTÁTEIS O local onde ficam instalados os extintores deve ser marcado com um sinal, indicando a classe de incêndio para o qual aquele extintor é adequado. - Extintores utilizados em incêndios classe “A” são identificados por meio de um triângulo verde contendo a letra “A” em branco. - Extintores utilizados em incêndios classe “B” são identificados por meio de um quadrado vermelho contendo a letra “B” em branco. - Extintores utilizados em incêndios classe “C” são identificados por meio de um círculo azul contendo a letra “C” em branco. - Extintores utilizados em incêndios classe “D” são identificados por meio de uma estrela amarela de cinco pontas contendo a letra “D” em branco. 33- EMBARCAÇÕES MIÚDAS Nos navios, encontraremos diversos tipos de embarcações miúdas que, de acordo com o tipo de construção, são classificadas como lanchas, baleeiras, botes infláveis, embarcações de casco semi-rígido, chalanas e balsas salva-vidas. Cada uma delas tem características próprias e emprego específico. Baleeiras são embarcações com a proa e popa semelhantes, finas e elevadas. Em razão de sua forma, são muito seguras para o mar. Das citadas, as embarcações de casco semi-rígido são de introdução mais recente na MB. Apresentam vantagens significativas em relação às embarcações tradicionais.Com casco em fibra de vidro e flutuadores de borracha infláveis, foram adotadas com o propósito de contribuir para reduzir pesos altos a bordo e permitir o emprego de aparelhos de carga menos robustos e mais leves. Apresentam as seguintes vantagens quando comparadas às embarcações tradicionalmente encontradas a bordo: - manuseio mais rápido e fácil (são rapidamente retiradas do berço e colocadas na água); - podem operar em condições piores de mar; - desenvolvem velocidades superiores à maioria das lanchas tradicionais; e - apresentam boa manobrabilidade, além de conferirem ao patrão amplo campo de visão. 34- PROPULSÃO Conforme a propulsão empregada, as embarcações miúdas podem ser: - a motor, - a vela, ou - a remos. As embarcações de propulsão a motor, utilizadas nos navios podem ser do tipo motor fixo (localizado no interior da embarcação) ou removível (localizado fora da embarcação, como o motor de popa dos botes). Os motores fixos podem ser centrais, caso em que se acoplam ao hélice através de um eixo longo; ou “de rabeta”, instalados no interior do casco, na popa. Neste último caso, a embarcação não possui leme, e as mudanças de rumo são obtidas mediante o giro do conjunto do hélice em torno de um eixo vertical (à semelhança dos motores de popa). 35- ARRUMAÇÃO DAS EMBARCAÇÕES A BORDO As embarcações são conduzidas nos picadeiros ou nos turcos, de modo a serem arriadas rapidamente. Elas são içadas e arriadas por meio de turcos, lanças ou guindastes. Os turcos são aparelhos montados aos pares, servindo apenas às embarcações por eles sustentadas. As chalanas e botes podem ser manobrados por um turco singelo, ou mesmo sem o auxílio destes. As lanças e os guindastes podem servir às diversas embarcações que moram em picadeiros próximos. 36- Tipos de turcos a) comum Constituídos por ferro redondo (maciço ou oco) ou por perfis retangulares, podendo ser recurvado na parte superior ou possuir ângulo de 90 graus (no caso de perfis). Gira em torno de seu eixo vertical ou pode ser fixo, dependendo de sua base. b) de rebater Semelhante em construção ao tipo comum, mas em vez de girar em torno de seu eixo vertical, é rebatido para dentro, movendo-se em torno de um eixo horizontal na sua base, paralelo ao costado. c) quadrantal O turco é recolhido ou disparado inclinando-se sobre um setor dentado que constitui seu pé e engraza numa cremalheira sobre o convés. d) rolante ou deslizante É constituído por dois braços montados com rodetes sobre duas calhas (trilhos). Estas são paralelas e dispostas num plano perpendicular ao costado do navio. O turco é disparado por gravidade, sob ação do peso da embarcação. O movimento de disparar é dado por uma alavanca que libera e solta o freio do sarilho, onde está enrolado o cabo que iça a embarcação. Neste primeiro movimento, o braço e a embarcação descem sobre a calha até ficar totalmente disparada. A seguir, a embarcação desce até ficar ao nível do convés (a meia talha), para embarque dos passageiros ou do material. Um terceiro movimento da alavanca do freio, permite que a embarcação seja arriada até a superfície da água. 37- ARRIAR UMA EMBARCAÇÃO A faina para arriar uma embarcação é mais rápida, segura e precisa, se sua guarnição executar a manobra de forma coordenada e disciplinada. Os preparativos para a faina são realizados seguindo uma lista de verificação abrangendo todas as ações a serem tomadas pelo pessoal que executa a manobra. O instante crítico da faina de arriar uma embarcação, normalmente, ocorre quando ela atinge a superfície do mar e ainda está presa ou sendo liberada dos cabos dos turcos. Portanto, quanto mais rápida e atenta for essa manobra, menor será o risco de acidente. a) O contramestre: - solicita ao oficial de serviço permissão para reunir o pessoal para a manobra da lancha (quando necessário); - verifica se foi cumprida a lista de verificação da embarcação pelo patrão da lancha; - verifica se os equipamentos a serem utilizados na manobra foram alimentados, tais como, motores, guinchos etc.; - verifica se o pessoal envolvido na faina está utilizando equipamento de proteção individual (EPI) adequado; - providencia, caso determinado, o disparo do pau de surriola e manda arriar a escada de portaló; - verifica os andorinhos; - verifica a boça de viagem; - verifica as boças de proa e popa e das catarinas, quando aplicável; e - coordena o embarque de pessoal e material na embarcação. b) O patrão: - providencia a palamenta completa da embarcação; - tampona os bueiros com os bujões de rosca; - verifica a apresentação marinheira da lancha, corrigindo as discrepâncias; - verifica o cumprimento das precauções de segurança por parte da guarnição (utilização de coletes de flutuabilidade permanente, capacetes e luvas); - verifica a cana do leme (operação em emergência); - testa as comunicações (transceptor portátil); e - exige correção de atitudes e apresentação pessoal da guarnição (a apresentação da guarnição da lancha deve ser impecável, qualquer que seja o uniforme; chama-se a atenção para a limpeza dos coletes salva-vidas, dos tênis brancos e dos bonés). c) O proeiro e o popeiro: - verificam se estão a bordo as boças reservas; - quando a embarcação estiver tocando a água e os cabos de aço solecados, mediante ordem do patrão, retiram os gatos das catarinas dos arganéis da embarcação e largam as boças, de proa e de popa (o popeiro o faz em primeiro lugar). Nesta ocasião, a lancha é mantida em posição pela boça de viagem, cujo comprimento deve ser ajustado de modo a manter a embarcação no correto alinhamento com as catarinas do turco. A finalidade da boca de viagem é dar um seguimento a vante à embarcação, possibilitando o governo. Assim, o patrão poderá afastá-la do costado evitando os impactos indesejáveis; - o proeiro larga a boça de viagem (após ser largada, a boça fica pendurada por um cabo, em uma altura safa para ser recolhida pelo proeiro, quando a lancha aproximar-se para atracar). d) O motorista (MO): - verifica o nível de óleo e combustível a bordo; - verifica os equipamentos de combate a incêndio; - verifica o kit de ferramentas; - parte o motor da lancha; e - cumpre as determinações do patrão da lancha em relação ao regime de máquinas. Relembra-se que nos navios da MB, as lanchas podem ser arriadas / içadas com o navio em movimento dependendo do estado do mar. Nos casos das baleeiras, a velocidade limite para essa faina é de 5 nós. Nas situações em que o navio esteja fundeado ou atracado e não haja corrente expressiva a boça de viagem pode ser dispensada, usando-se apenas as boças de proa e popa. Destaca-se, ainda, que independente do tipo as embarcações (lanchas ou botes) ao atracarem a contrabordo devem receber as boças de proa e de popa passadas pelo navio e ao desatracarem, os proeiros / popeiros, devem largá-las dos cunhos (das lanchas) ou dos estropos com trambelho (dos botes) para que o navio as recolham. As boças reservas das embarcações servem para atracação em outros atracadores ou como cabos de reboque. 38- MENSAGENS PADRONIZADAS Os navios devem ter, nas proximidades dos transmissores de fonoclama, em condições de pronto uso, cartões padronizados nas seguintes cores: a) vermelho para disseminação de fainas de emergência; b) amarelo para informações de perigo; e c) branco para o guarnecimento de fainas normais. 39- MANOBRAS DE PESO Estropos são utilizados para içamento, arriamento e sustentação de cargas. Eles podem ser passados diretamente na carga (ou em sua volta) e, dependendo da natureza do trabalho a que se destinam, podem ser de corrente, de cabos de aço ou de cabos de fibra. A escolha de um estropo e a maneira de passá-lo dependem do número de objetos a serem manobrados, do peso dessa carga e de sua forma;se frágil ou robusta. Os requisitos a serem atingidos para a seleção de um estropo é que ele possa envolver a carga sem sua deformação (esmagamento) e seja resistente o suficiente para suportá-la. Alguns tipos de estropo mais utilizados: a) Estropo comum – De cabo de fibra ou cabo de aço. Anel de cabo, cujos chicotes são geralmente ligados por costura redonda. Indicado para cargas robustas e com centro de gravidade eqüidistante de suas extremidades. b) Estropo aberto – De duas ou quatro pernadas de corrente ou cabo de aço, ligadas em uma das extremidades por um olhal, tendo gatos nas outras extremidades. Ideal para cargas robustas com pontos resistentes de fixação dos gatos e com centro de gravidade eqüidistante de suas extremidades. Muito utilizado para içamento de tambores (estropos de duas pernadas) e para içamento e transferência de “pallets” de munição (estropos de quatro pernadas). c) Estropo braçalote – Pedaço de cabo com uma alça em cada chicote, feita com costura redonda ou com clips. Indicado para cargas com um único olhal para içamento ou para passagem em torno de cargas (com redução de 0.8 de sua carga de trabalho) ou ainda, quando utilizado aos pares pode formar um estropo aberto. d) Estropo de rede – Rede quadrada ou retangular confeccionada especialmente para este fim (carga) podendo ter sua malha costurada ou com clips. e) Estropo para veículos com balancins – Também podem servir a outras cargas mas seu emprego principal é para veículos com pontos estruturais de içamento (onde há gatos nas 4 extremidades do estropo) ou sem esses pontos, onde a carga será suportada por seus eixos. Especial atenção deve ser dada no início do içamento para verificação da correta passagem da rede sob as rodas. f) Estropo de cintas de poliéster – Bastante resistente, maleável e leve é feito com cinta de poliéster monofilamento com madre de poliéster, portanto, não suscetível à corrosão. 40- GRUPOS DE DOCUMENTOS Os documentos de interesse da Marinha do Brasil (MB), conforme o estabelecido em Portaria do Comandante da Marinha (CM), que aprova diretrizes sobre a documentação da Marinha, estão enquadrados nos seguintes grupos: - Documentos Administrativos; - Documentos Operativos; - Publicações; e - Documentos Especiais. 41- DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS Visam divulgar normas, transmitir ordens e decisões, esclarecer situações, declarar di-reitos, especificar materiais e estabelecer procedimentos técnicos. Subdividem-se nos seguintes tipos: - Normativos; - de Correspondência; e - Declaratórios. 42- Documentos Normativos Destes documentos, apenas os abaixo relacionados serão tratados por estas Normas: - Ordem Interna (OI); - Portaria (Port). - Instrução Normativa (IN); -Norma Permanente (NORM); e - Instrução Permanente (INST); 43- Documentos de Correspondência A MB utiliza os seguintes DA de Correspondência: - Carta; - Circular (Circ); - Comunicação Interna (CI); - Comunicação Padronizada (CP); - Comunicação Padronizada de Proces-sos Judiciais (CPPJ); - Correspondência Eletrônica (CE); -Despacho (Desp); - Despacho Decisório (DD); - Fac-Símile (Fax); - Ofício (Of); - Requerimento (Req). - Memorando (Memo); e - Ofício Externo (OfExt). 44- Documentos Declaratórios A MB utiliza os seguintes DA Declaratórios: - Ordem de Serviço (OS); - Parecer (Par); - Atestado; - Certidão; - Ordem do Dia (OD); e - Termo. 45- CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS ADMINISTRATIVOS O DA é classificado quanto ao âmbito, à precedência e ao acesso. 46- ÂMBITO O DA classifica-se em interno ou externo. 47- PRECEDÊNCIA O DA poderá ter um dos seguintes graus de precedência: urgente, especial ou rotina. a- Urgente O DA exige ação ou conhecimento imediato do recebedor. b - Especial A tramitação do DA especial possui prioridade sobre a tramitação do DA de rotina. Esse grau de precedência somente será atribuído ao DA de âmbito interno. c - Rotina DA que não se enquadra nas situações anteriores. É atribuída à maioria dos DA. 48- ACESSO Quanto ao acesso, a classificação do DA seguirá o disposto na legislação referente à salvaguarda de dados, informações, documentos e materiais sigilosos de interesse da segurança da sociedade e do Estado no âmbito da Administração Pública Federal, nas Normas para a Salvaguarda de Materiais Controlados, Dados, Informações, Documentos e Materiais Sigilosos na Marinha (EMA-414) no âmbito da MB e na Lei nº 12.527/2011, regulamentada no capítulo VII pelo Dec nº 7.724, de 16MAI2012. 1- Informação Pessoal DA cujo o acesso encontra-se disposto no art. 31 da Lei nº 12.527/2011 e regulamentada no capítulo VII pelo Dec nº 7.724, de 16MAI2012. 2 - Ostensivos DA cujo acesso é irrestrito, não havendo limitação de conhecimento e de divulgação no âmbito interno. A divulgação extra-MB, contudo, depende de prévia autorização superior ou faz-se em conformidade com os dispositivos legais em vigor. 3 - Sigilosos DA cujo acesso é restrito, devido à natureza de seu conteúdo e tendo em vista à conveniência de limitar sua divulgação às pessoas que, possuindo Credencial de Segurança, têm necessidade de conhecê-lo. O DA será classificado quanto ao grau de sigilo, disposto na Lei nº 12.527/2011 e regulamentada nos incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII e IX, do art. 25 do Dec nº 7.724, de 16MAI2012, como: a) Ultrassecreto Requer excepcionais medidas de segurança e seu teor só deve ser do conhecimento de agentes públicos ligados ao seu estudo ou manuseio. A classificação na categoria ULTRASSECRETO somente poderá ser atribuída, no âmbito do Poder Executivo, pelo Presidente da República, Vice-Presidente da República, Ministros de Estado e autoridades com as mesmas prerrogativas, Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, e Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no exterior. b) Secreto Requer rigorosas medidas de segurança e seu teor pode ser do conhecimento de agentes públicos que, embora sem ligação íntima com seu estudo ou manuseio, sejam autorizados a deles tomarem conhecimento em razão de sua responsabilidade funcional. A classificação na categoria SECRETO poderá ser atribuída pelas autoridades mencionadas na alínea a. É vedada a delegação da competência de classificação nos graus de sigilos ultrassecreto e secreto. c) Reservado DA que não deva, imediatamente, ser do conhecimento do público em geral. A classificação na categoria RESERVADO poderá ser atribuída pelas autoridades mencionadas nas alíneas a, os Titulares do Órgãos de Direção Geral, de Direção Setorial, de Assistência Direta e Imediata, Entidades e Órgãos Vinculados ao Comando da Marinha, podendo delegar a respectiva competência aos Titulares das Organizações Militares subordinadas e aos demais ocupantes de funções equivalentes às de Direção, Comando ou Chefia. 49- COMPOSIÇÃO DO “DA” O DA é composto pelas seguintes partes básicas: Cabeçalho; Texto; Assinatura; e Cópias (ou Distribuição). 50- Configurações a) Tipo de arquivo Desde agosto de 2009, a MB aderiu ao Protocolo Brasília, inserindo-se no rol dos órgãos públicos comprometidos a adotar o formato Open Document Format (ODF). O ODF é um padrão aberto e público e constitui-se como uma alternativa aos formatos de documentação que são propriedades, sujeitos a licença de uso restrito ou onerosas, permitindo as organizações e indivíduos escolherem o software que mais lhes convém para lidar com arquivos guardados neste formato. O formato é independente de plataforma e fornecedor, tornando-o adequado para armazenagem de documentos de longo prazo. 51- Tipo de letra Será utilizada a letra com fonte “Times New Roman”, estilo “Normal”, na cor preta e tamanho “12” para o texto em geral, “11” nas citaçõese “10” nas notas de rodapé. Não deverá haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas, sombreado, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete a apresentação e a sobriedade do documento. Para o SIGILO e para a PRECEDÊNCIA, será empregada a fonte “Arial Black”, “Normal”, tamanho “14”, na cor preta. Para INFORMAÇÃO PESSOAL prevista no inciso 2.6, será empregada a fonte “Arial Black”, “Normal”, tamanho “14”, na cor preta e a descrição da Lei na fonte “Times New Roman”, itálico, estilo “Normal”, na cor preta e tamanho “8”. Para símbolos não existentes na fonte “Times New Roman”, poderão ser utilizadas as fontes “Symbol” e “Wingdings”. 52- Tipo de papel Empregar como tamanho de papel para impressão o “A-4” (29,7x21cm), na cor branca, inclusive as cópias. 53- Margens Esquerda: 3cm Direita: 1,5cm Superior e Inferior: deverão ser empregadas aquelas que, levando em conta o cabeçalho e o rodapé do editor de texto, atendam, no que for possível, o estabelecido para os DA, nos capítulos próprios que tratam de cada um. 54- Timbre a) Tipos de timbre Há os seguintes timbres, aplicáveis aos DA: I) as Armas Nacionais, encimando a expressão “MINISTÉRIO DA DEFESA” e, na linha subsequente, a expressão “MARINHA DO BRASIL”. Este timbre é de uso exclusivo do Comandante da Marinha; II) as Armas Nacionais, encimando a expressão “MARINHA DO BRASIL” e, na linha subsequente “NOME DA OM”, para as demais autoridades; e III) a expressão “MARINHA DO BRASIL”, para alguns documentos. 55- Grupo indicador a) Composição O Grupo Indicador é composto de cinco elementos, conforme exemplificado a seguir: Exemplo: VA/LG/32 024.131 63057.000001/2007-31 Regras de escrituração: I) os quatro primeiros elementos, de escrituração obrigatória, são definidos internamente pela OM; II) a escrituração do quinto elemento é obrigatória somente quando a elaboração de um DA é resposta de outro. O novo DA deverá conter o mesmo número de protocolo do anterior; e III) quando o DA contiver diversos números de protocolos poderá ser escriturado conforme o exemplo a seguir, admitindo no máximo dois por linha: Exemplo: MARINHA DO BRASIL JV/NG/05 GABINETE DO COMANDANTE DA MARINHA 026.193 63053.000001/2008-44, 61001.000040/2008-50, 62010.000201/2008-30 e 63044.000030/2008-77. 56- O Fecho de Cortesia será digitado conforme exemplos contidos nos capítulos que tratam dos documentos que devam usá-lo, empregando-se as seguintes expressões: 3.15.1 - “Respeitosamente,” Para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República. 3.15.2 - “Atenciosamente,” Para autoridades de uma mesma hierarquia ou de hierarquia inferior. 57- ASSINATURA Todo documento só existe após ter sido assinado pelo titular da OM ou por autoridade por ele delegada, inclusive as cópias cegas. Os tipos ou modalidades de assinaturas previstas são: - Interinamente; - No impedimento; e - Por delegação de competência (Por ordem:). Os capítulos que tratam das várias espécies de documentos apresentam exemplos que bem evidenciam como devem ser suas assinaturas. 58- PAGINAÇÃO As páginas de um documento serão numeradas sucessivamente, desde a primeira até a última, sempre na mesma posição, excetuados Av, OfExt, Carta, Memo e EM, que terão suas páginas numeradas a partir da segunda. a - Regras de digitação A numeração de página será digitada entre dois traços de união, dentro da margem inferior, guardando a distância de dois espaços verticais acima da borda inferior da página, centralizado na folha. b - Regras gerais Serão obedecidas as seguintes regras gerais: a) os documentos que tenham apenas uma página não recebem numeração; b) a última página de documento com mais de uma folha, mesmo quando contiver assinatura, será sempre numerada; e c) os documentos sigilosos (internos/externos) terão suas páginas numeradas segui-damente, devendo cada uma conter, também, a indicação do total de páginas que compõem o documento. 59- DOCUMENTOS AD: a) INSTRUÇÃO PERMANENTE (INST) DEFINIÇÃO É o DA normativo por meio do qual o EMA, os ODS, o GCM e OM com atribuições de DE estabelecem normas e procedimentos sobre assuntos de sua competência, para toda a MB. b) NORMA PERMANENTE (NORM) DEFINIÇÃO É o DA normativo pelo qual os Almirantes, em cargo de Comando, Direção ou Chefia, bem como os Oficiais Superiores Comandantes de Força estabelecem normas e procedimentos que serão cumpridos pelas OM que lhes são subordinadas. Para efeitos de coordenação, o Titular de OM mais antigo de um Complexo Naval poderá baixar NORM de interesse específico à área. c) ORDEM INTERNA (OI) DEFINIÇÃO É o DA normativo pelo qual os Titulares de OM estabelecem normas e procedimentos no âmbito interno de suas OM. d) PORTARIA (Port) DEFINIÇÃO É o DA expedido em virtude de competência regimental ou delegada, para a institucionalização de políticas, diretrizes, planos, programas, projetos e para validar as seguintes atividades: - criação de Organização Militar, Órgão ou Núcleo de implantação, o que corresponde ao Ato de Criação previsto na OGSA (se a autoridade competente for o Presidente da República, o documento empregado é o Decreto); - aprovação de Regulamentos, Regimentos Internos, Normas, Organizações Administrativas e de Combate, trabalhos, distintivos e estandartes de OM; - incorporação, desincorporação e baixa de navios; - alteração de denominação; - ativação e desativação de OM; - reclassificação e transferência de sede de OM; - delegação de competência; e - nomeação, designação, promoção, aposentadoria, exoneração, punição (exceto militares) e determinação de tarefas, salvo se em âmbito exclusivo de uma OM. e) INSTRUÇÃO NORMATIVA (IN) DEFINIÇÃO A IN é expedida, no âmbito da MB, exclusivamente pelo CM, em virtude de competência regimental ou delegada, para estabelecer instruções e procedimentos de caráter geral necessário à execução de normas, leis, decretos e regulamentos. f) CARTA DEFINIÇÃO A Carta é o DA de correspondência utilizado por oficiais e servidores assemelhados para tratar de assuntos de serviço, quando houver necessidade de apresentação formal. A Carta somente deverá ser utilizada em endereçamentos extra-MB. g) CIRCULAR (Circ) DEFINIÇÃO É o DA de correspondência por meio do qual os Almirantes, em cargo de Comando, Direção ou Chefia, e os Oficiais Superiores Comandantes de Força promovem alterações de DA normativos, exceto Portarias, ou divulgam assuntos de caráter temporário que devam ser do conhecimento de um elevado número de OM. h) COMUNICAÇÃO PADRONIZADA (CP) DEFINIÇÃO É o documento por meio do qual elementos Organizacionais de OM diferentes, excetuados os respectivos titulares, tratam de assuntos de rotina. Quando a comunicação envolver o titular da OM, como origem ou como destinatário, deve ser empregado o ofício. i) COMUNICAÇÃO INTERNA (CI) DEFINIÇÃO É o DA de correspondência por meio do qual, em uma mesma OM, os Elementos Organizacionais e pessoas comunicam-se, formalmente, entre si podendo ser assinado no impedimento por seu substituto legal. j) OFÍCIO (Of) DEFINIÇÃO É o DA de correspondência por meio do qual o CM e os Titulares de OM correspondem-se entre si, podendo ser assinado por delegação de competência por outro oficial ou servidor assemelhado. k) OFÍCIO EXTERNO (OfExt) DEFINIÇÃO É o documento pelo qual o CM e os titulares de OM se correspondem com autoridades e entidades extra-MB a respeito de assunto técnico ou administrativo, de caráter exclusivamente oficial, podendo ser assinado por delegação de competência por outro oficial ou servidor assemelhado. l) DESPACHO (Desp) DEFINIÇÃO É o DA de correspondência utilizado, exclusivamente, no âmbito interno daMB, em continuação ao Of. m) MEMORANDO (Memo) DEFINIÇÃO É o DA de correspondência mediante o qual o CM e os Titulares de OM transmitem aos seus subordinados, ordens, decisões e recomendações de caráter sucinto e que impliquem em cumprimento imediato. Será redigido usando expressões imperativas, obedecendo-se, no que couber, o disposto no art. 3.5. n) REQUERIMENTO (Req) DEFINIÇÃO É o DA de correspondência mediante o qual uma pessoa se dirige a uma autoridade para pleitear direitos previstos na legislação. o) ATESTADO DEFINIÇÃO É o DA declaratório pelo qual os Titulares de OM ou autoridade delegada comprovam, a pedido, um fato ou situação de que tenham conhecimento. p) CERTIDÃO DEFINIÇÃO É o DA declaratório mediante o qual os Titulares de OM declaram a existência de fatos com base em documentos existentes na OM. q) PARECER DEFINIÇÃO É o DA pelo qual especialistas emitem opinião fundamentada sobre determinado assunto. 60- DOCUMENTOS DIGITAIS DEFINIÇÃO Conforme o estabelecido no Capítulo 1, o documento digital é uma sequência de bits armazenados em um determinado arquivo, que, devidamente traduzidos por um software, registra uma informação ou conjunto de informações. Sob o enfoque “informação”, o conteúdo do arquivo – “documento digital” – é um Documento Administrativo (DA), regido por procedimentos emanados da SGM. Este mesmo arquivo, sob o enfoque “sequência de bits”, é um conjunto de dados passíveis de tratamento, transmissão e recepção na forma digital, regido por procedimentos estabelecidos pela DGMM e DCTIM. Os DA que possam vir a ser utilizados como prova em juízo, sindicância, inquérito ou outro tipo de verificação legal, como aqueles que envolvam valor monetário e/ou fiscal e tramitação extra-MB, deverão ser elaborados e tramitados por meio físico. 61- SISTEMA DE GERÊNCIA DE DOCUMENTOS ELETRÔNICOS DA MARI-NHA (SiGDEM) Sistema que permite o gerenciamento de parte do Ciclo de Processamento do DA, contemplando, em especial, recursos para a elaboração de DA, assinatura digital, estabelecimento de privilégios de acesso, pesquisa/recuperação por temas/números/datas, distribuição em rede, circulação em rede para comentários e aprovação, registro de alterações, segurança e autenticidade, a inclusão de documentos digitalizados e o arquivamento e recuperação segura de DA. Os procedimentos para utilização do SiGDEM são estabelecidos em manual próprio, distribuído pela DAdM às OM que possuem o referido sistema. 62- CORREIO ELETRÔNICO Sistema de envio e recebimento de mensagens. Quando utilizado para comunicação interpessoal, assume caráter não oficial. Ao ser utilizado entre caixas-postais SECOM, para transmissão e recepção de documentos (DA, mensagens etc.), assume caráter oficial. A DGMM e a DCTIM estabelecem quais os sistemas de correio eletrônico e quais os procedimentos em vigor na MB. 63- Cadeia de comando - Cadeia de comando é a sucessão de comandos vinculados a um comando superior, por subordinação militar, em ordem imediata e direta. 64- Não são prestadas honras - Não são prestadas honras pela Organização Militar (OM) ou por militar, nas seguintes circunstâncias: I - em faina geral, de emergência ou de evolução decorrente de manobra ou exercício; II - durante qualquer atividade cuja paralisação, mesmo que momentânea, possa afetar a segurança de pessoal ou material; e III - durante o Cerimonial à Bandeira. 65- Não são prestados toques, continências e salvas - Não são prestados toques, continência de guarda e salvas: I - a qualquer autoridade, na presença de outra a quem caibam honras superiores, exceto durante transmissão de Comando; II - no período compreendido entre o arriar e o hastear da Bandeira Nacional; e III - durante funeral ou em dias de luto oficial, por motivos que não os previstos como honras fúnebres, a menos que especificamente autorizado pelos Comandantes de Distrito Naval. 66- Amarra - Neste Cerimonial, denomina-se amarra à unidade de distância cujo valor é de duzentas jardas. 67- Guarda de Honra - Guarda de Honra é a tropa armada postada para prestar homenagem às autoridades militares e civis que a ela tenham direito. Para as Guardas de Honra serão cumpridas as disposições do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial das Forças Armadas. 68- Permissão para largar - O militar mais antigo a bordo de embarcação miúda ou viatura, qualquer que seja seu nível hierárquico, pede licença para largar a quem lhe tiver prestado as honras de despedida, por meio da expressão “Com licença”, recebendo em troca a resposta “Está quem manda”. 69- Embarque e desembarque de embarcação - Em embarcação miúda ou viatura, o mais antigo embarca por último e desembarca em primeiro lugar, observados, na embarcação, os seguintes procedimentos: I - no caso de Almirante ou do Titular da OM a que pertença à embarcação, o patrão e a respectiva guarnição levantam-se e fazem a continência individual, seguindo idêntico procedimento as demais pessoas nela presentes; II - no caso dos demais oficiais, apenas o patrão faz a continência; e III - em circunstâncias especiais, no desembarque, o mais antigo pode determinar que mais modernos desembarquem na sua frente utilizando-se da expressão “Salta quem pode”. 70- Dispensa de continência individual - A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando uniformizado, com ou sem cobertura, deve aos símbolos, à tropa formada e às autoridades, não podendo por estas ser dispensada, salvo quando um ou outro encontrar-se: I - em faina ou serviço que não possa ser interrompido; II - em postos de combate; III - praticando esportes; IV - sentado, à mesa de rancho; e V - remando ou dirigindo viatura. 71- Quando a continência individual não é executada - A continência individual não é executada pelo militar que estiver: I - de sentinela, armado de fuzil ou outra arma que lhe impossibilite o movimento da mão direita; II - fazendo parte de tropa armada; III - em postos de continência ou de Parada; IV - impossibilitado de movimentar a mão direita; e V - integrando formatura comandada, exceto se: a) em honra à Bandeira Nacional; b) em honra ao Hino Nacional, quando este não for cantado; e c) quando determinado por quem o comandar. 72- Posição “firme” - Nos navios, em face das condições do mar, a posição de sentido pode ser substituída por uma posição “firme”, que indique respeito. 73- Caminhando em corredores e escadas - Em corredores estreitos ou escadas, em que não seja possível militares caminharem lado a lado, a dianteira do grupo é tomada pelo mais antigo, salvo no caso de visitas, quando o anfitrião segue à frente. 74- Honras de portaló - São denominadas honras de portaló a continência da guarda, “boys” e toques de corneta e apito, devidas na recepção ou despedida à autoridade. 75- Local das honras - As honras de portaló são prestadas junto à escada do portaló ou prancha do navio ou no local para tal designado nas OM de terra. 76- Portaló de honra - Nos navios, é considerado portaló de honra o portaló de boreste que for destinado ao uso dos oficiais. 77- Prancha - Considera-se extremidade superior da prancha a que fica apoiada no navio. 78- Chegada ou saída de bordo por meios aéreos - As honras às autoridades que entrarem ou saírem de bordo por meios aéreos sofrem as seguintes modificações: I - em OM de terra ou navio-aeródromo, um oficial designado acompanha a autoridade entre a aeronave e o local onde são prestadas as honras; e II - nos demais navios, as honras são prestadas de forma e em local que não afetem a segurança de aviação, podendo a autoridade anfitriã, dependendo da situação, dispensar das honras a salva, a guarda e a banda, mantendo sempre os “boys” e o toque de ap ito. 79- quem cabe prestar - Cabeao Titular da OM, ou quem lhe seguir em antiguidade na cadeia de comando, se houver impedimento para sua presença, prestar as honras de portaló às autoridades de maior ou igual posto. 80- Execução dos toques de apito - Cabe ao Mestre do navio a execução dos toques de apito referentes às honras de portaló devidas ao Comandante do navio ou autoridade superior, e ao Contramestre de Serviço nos demais casos. 81- HONRAS DE PASSAGEM Denominam-se honras de passagem as honras, que não as de salva, prestadas quando navios e embarcações, estas arvorando bandeira-insígnia, passam ou são ultrapassados à distância de reconhecimento. 82- A distância de reconhecimento é de aproximadamente três amarras para navios e duas amarras para embarcações miúdas, devendo ser considerada com razoável largueza, de modo a permitir que sejam prestadas as honras devidas. 83- quando a autoridade a quem são devidas as honras de passagem encontrar-se em embarcação miúda, é executado cerimonial idêntico, devendo porém o toque de presença ser executado antes da embarcação atingir o través ou chegar próximo ao través da tolda do navio. 84- Nas embarcações miúdas as honras são prestadas manobrando-se com os remos, velas ou máquinas, de acordo com os seguintes procedimentos: I – a Almirantes e autoridades de precedência igual ou maior, são levados remos ao alto, arriadas as velas ou parada a máquina; II – a oficiais superiores e oficiais no exercício do comando, são arvorados os remos, folgadas as escotas ou reduzidas as rotações da máquina; III – o patrão, de pé, faz continência individual, enquanto que os demais militares a bordo permanecem em suas posições; e IV – a embarcação miúda que houver prestado em primeiro lugar as honras de continência só pode: a) passar para vante da outra após a autoridade lá embarcada retribuir a continência prestada; e b) cortar a proa da outra por urgência de manobra ou quando estiverem afastadas entre si em mais de duas amarras; 85- Não são prestadas honras de passagem: I – no período compreendido entre o pôr-do-Sol e 08:00h, exceto as exigidas pela cortesia internacional; e II – nas embarcações miúdas quando: a) possam afetar a segurança, na avaliação do mais antigo a bordo; b) em serviço de socorro; e c) rebocando ou rebocada. O COMAPEM, quando assim as circunstâncias o determinarem, pode dispensar, no todo ou em parte, as honras de passagem. 86- Mastro principal - É considerado mastro principal, quando houver mais de um: I - o mastro de ré, ou o mastro de maior guinda, conforme a classe do navio; e II - aquele em que é hasteada a Bandeira Nacional, nas OM de terra. 87- Pano de bandeira - Denomina-se pano à unidade com que se mede o tamanho de uma bandeira, tendo a bandeira de um pano 0,45 X 0,60m, a de dois panos 0,90 X 1,20m e assim sucessivamente. 88- Alcance visual - Alcance visual de bandeiras é a distância máxima em que as bandeiras podem ser distinguidas. 89- Não participam do Cerimonial à Bandeira - O oficial de serviço no passadiço, timoneiro, sotatimoneiro, vigias e pessoal envolvido em fainas e manobras, cuja interrupção possa afetar a segurança, não participam do Cerimonial à Bandeira, estando dispensados de prestar a continência durante o arriar e hastear. 90- BANDEIRAS-DISTINTIVOS Bandeiras-Distintivos - São denominadas bandeiras-distintivos as bandeiras constantes do Apêndice a este Cerimonial e destinadas a caracterizar estabelecimentos, forças, unidades de tropa e os navios incorporados à MB, bem como as condições em face de comissões que forem cometidas, a saber: I - Bandeira do Cruzeiro; II - Flâmula de Fim de Comissão; III - Bandeira da Cruz Vermelha; IV - Estandartes; e V - Símbolos. 91- Bandeiras-insígnias - São denominadas bandeiras-insígnias as bandeiras constantes do Apêndice a este Cerimonial destinadas a assinalar a presença de determinada autoridade em OM da MB, bem como distinguir os cargos de autoridades militares ou civis, a saber: I - Estandarte Presidencial; II - Pavilhões de Oficiais de Marinha: a) Patrono da Marinha; b) Comandante da Marinha; c) Almirantado; d) Chefe do Estado-Maior da Armada; e) Comandante de Operações Navais; f) Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais; g) Chefe do Estado-Maior de Defesa; h) Almirante; i) Almirante-de-Esquadra; j) Vice-Almirante; k) Contra-Almirante; l) Comandante-em-Chefe da Esquadra (ComemCh); m) Almirante Comandante de Força; n) CMG Comandante de Força; o) CF ou CC Comandante de Força; p) COMAPEM; e q) Capitão dos Portos; III - Bandeiras-insígnias de autoridades civis: a) Vice-Presidente da República; b) Ministro de Estado da Defesa; c) Ministro de Estado; d) Embaixador; e) Encarregado de Negócios; e f) Cônsul-Geral; IV - Flâmulas: a) de Comando; e b) de Oficial Superior. Nota: A Flâmula de Comando - é a insígnia privativa dos oficiais de Marinha quando no exercício do cargo de comando, vedado seu uso em navio não incorporado à Armada. A Flâmula de Comando é de cor azul-marinho, triangular, alongada, com a base coincidindo com a tralha, sendo a altura ocupada por vinte e uma estrelas brancas, igualmente espaçadas entre si. Flâmula de Oficial Superior - A Flâmula de Oficial Superior é hasteada nas embarcações miúdas que conduzam oficial superior uniformizado, sendo arriada tão logo o oficial desembarque. A Flâmula de Oficial Superior é similar à Flâmula de Comando, exceto por ser de cor branca e ter uma única estrela azul a meio da altura do triângulo. 92- SINAIS DE BARROSO São denominados Sinais de Barroso o conjunto de bandeiras do sinal “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” e do sinal “Sustentar o fogo que a vitória é nossa”. Os Sinais de Barroso são assim representados: I – o sinal “O Brasil espera que cada um cumpra o seu dever” é representado por três bandeiras retangulares içadas numa só adriça, sendo a de cima vermelha, a do meio vermelha e branca, em duas faixas verticais iguais, e a de baixo branca, tendo no centro um retângulo azul; e II – o sinal “Sustentar o fogo que a vitória é nossa” é representado por duas bandeiras retangulares içadas numa só adriça, sendo a de cima vermelha, dividida em quatro retângulos iguais por uma cruz branca, e a de baixo vermelha e branca, em quinze retângulos iguais e alternados, sendo vermelho o retângulo superior junto à tralha. 93- EMBANDEIRAMENTO São usados os seguintes embandeiramentos: I – em arco, nos dias de grande gala ou em ocasiões especialmente determinadas; II – nos topes, nos dias de pequena gala e nas honras ao Presidente da República; e III – a meia adriça, nos dias de luto e nos funerais. 94- SALVAS Salva é a honra prestada, por meio de tiros de canhão, a terra, navio, autoridade ou em data festiva. A salva é dada a uma distância nunca superior a três milhas de quem ou do que se deseja honrar. O intervalo entre tiros de uma salva é de cinco segundos, exceto tratando-se de funeral, quando é de trinta segundos. A salva é iniciada pelo canhão de salva mais de vante: I – do bordo que estiver voltado para terra, navio ou autoridade em cuja honra for dada a salva; e II – de boreste, nos demais casos. Denomina-se Estação de Salva a OM de terra, designada por ato do Comandante do Distrito Naval da área, dotada de meios para dar ou responder salvas. 95- DATAS FESTIVAS Datas festivas - São denominadas datas festivas os dias em que, pela significação de suas datas, se realizam cerimônias cívico-militares. Dias de grande gala - Os dias de grande gala são as datas festivas em que se comemora o aniversário da Independência (7 de setembro) e da Proclamação da República (15 de novembro). Dias de pequena gala - Os dias de pequena gala são as datas festivas em que se comemora o Dia da Confraternização Universal (1º deJaneiro), o Dia de Tiradentes (21 de abril), o Dia do Trabalho (1º de maio), o Aniversário da Batalha Naval do Riachuelo - Data Magna da Marinha (11 de junho), o Dia da Bandeira (19 de novembro), o Dia do Marinheiro (13 de dezembro) e o Natal (25 de dezembro). 96- FORÇAS E NAVIOS (Conceituação de Forças) Armada é a totalidade de navios, meios aéreos e de fuzileiros, destinados ao serviço naval, pertencentes ao Estado e incorporados à Marinha do Brasil. Força é uma parcela da Armada, posta sob Comando único e constituída para fins operativos ou administrativos. Esquadra é o conjunto de Forças e navios soltos, posto sob Comando único, para fins administrativos. O Comandante de Esquadra terá todas as prerrogativas de Comandante de Força e o título de Comandante-em-Chefe. Força Naval é a Força constituída por navios, para fins administrativos. As Forças Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Flotilhas, Divisões, Esquadrões ou Grupamentos. Força Aeronaval é a Força constituída por unidades aéreas ou por navios e unidades aéreas, para fins administrativos As Forças Aeronavais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Grupos. Constituem-se em unidades aéreas os esquadrões de aeronaves. Força de Fuzileiros Navais é a Força constituída por unidades de fuzileiros navais, para fins administrativos. As Forças de Fuzileiros Navais poderão ser denominadas de ou subdivididas em Divisões e Tropas. Constituem-se em unidades de fuzileiros navais os batalhões, os grupos, os grupamentos e as companhias independentes. Qualquer fração de Força-Tarefa que dela se separar temporariamente para cumprir uma tarefa será denominada Força Destacada, se não tiver denominação própria. Os navios, segundo seu tipo, porte, armamento e eventualmente a missão que lhes for atribuída, serão classificados em quatro categorias, com as denominações de 1a, 2a, 3a e 4a classe. 97- Navios SOLTO - Todo navio da Armada não pertencente a uma Força Naval será denominado Navio Solto. ISOLADO - Todo navio pertencente à Marinha do Brasil, não incorporado à Armada, será denominado Navio Isolado. DESTACADO - Todo navio da Armada que pertencendo a uma Força dela separar-se temporariamente para cumprir missão será denominado Navio Destacado. ESCOTEIRO - Todo navio da Armada designado para cumprir, isoladamente, uma missão será denominado Navio Escoteiro. CAPITÂNEA - Navio Capitânia de qualquer Força é o navio que aloja ou está indicado para alojar o Comandante da Força e seu Estado- Maior. 98- CAPITÃO-DE-BANDEIRA - O Comandante do Navio Capitânia terá o título de Capitão-de-Bandeira. 99- Mostra de Armamento é a cerimônia em que é incorporado ou reincorporado qualquer navio à Armada. A Mostra de Armamento será presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, ou por seu delegado, e a ela deverão estar presentes as autoridades que fizerem a entrega do navio, o Comandante nomeado e pessoal designado para fazer parte de sua tripulação. 100- Mostra de Desarmamento é a cerimônia com que se encerra ou se interrompe a vida militar de um navio da Armada, por motivo de baixa, definitiva ou temporária. Esta cerimônia realizar-se-á depois de expedido o ato de baixa ou de transferência para a reserva. A Mostra de Desarmamento será presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, ou por seu delegado, e a ela deverão estar presentes a autoridade que for receber o navio, o Comandante e o pessoal ainda embarcado. Consistirá da leitura do ato de baixaou de desincorporação, de exoneração do Comandante e da Ordem do Dia referente à cerimônia e do arriar da Bandeira Nacional, da Bandeira do Cruzeiro e da flâmula de Comando, tudo feito com a tripulação em formatura de Mostra. 101- Embarque e distribuição de Praças Todas as Praças, ao embarcarem em qualquer OM, serão apresentadas pelo Sargenteante-Geral ao Imediato, a quem cabe distribuí- las internamente. Os Suboficiais e o Mestre, ao embarcarem, serão também apresentados ao Comandante da OM e posteriormente, em parada, ao setor da OM em que forem servir, pelos respectivos encarregados. Parágrafo único – O Suboficial mais antigo será apresentado aos outros Suboficiais por Oficial indicado pelo Imediato. As Praças serão distribuídas pelas incumbências, por seus respectivos encarregados, de acordo com as respectivas Tabelas Mestras. 102- A hierarquia e a disciplina são a base institucional das Forças Armadas. A autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico. A hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações: dentro de um mesmo posto ou graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é consubstanciado no espírito de acatamento à seqüência de autoridade. Disciplina é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos componentes desse organismo. 103- Círculos hierárquicos são âmbitos de convivência entre os militares da mesma categoria e têm a finalidade de desenvolver o espírito de camaradagem, em ambiente de estima e confiança, sem prejuízo do respeito mútuo. 104- Posto é o grau hierárquico do oficial, conferido por ato do Presidente da República ou do Ministro de Força Singular e confirmado em Carta Patente. Graduação é o grau hierárquico da praça, conferido pela autoridade militar competente. 105- A precedência entre as praças especiais e as demais praças é assim regulada: I – os Guardas-Marinha e os Aspirantes-a-Oficial são hierarquicamente superiores às demais praças; II – os Aspirantes, alunos da Escola Naval,e os alunos da Academia Militar das Agulhas Negras e da Academia da Força Aérea, bem como os alunos da Escola de Oficiais Especialistas da Aeronáutica, são hierarquicamente superiores aos suboficiais e aos subtenentes; III – os alunos de Escola Preparatória da Cadetes e do Colégio Naval têm precedência sobre os Terceiros-Sargentos, aos quais são equiparados; IV – os alunos dos órgãos de formação de oficiais da reserva, quando fardados, têm precedência sobre os Cabo, aos quais são equiparados; e V – os Cabos têm precedência sobre os alunos das escolas ou dos centros de formação de sargentos, que a eles são equiparados, respeitada, no caso de militares, a antiguidade relativa. 106- Cargo militar: é um conjunto de atribuições e deveres e responsabilidades cometidos a um militar em serviço ativo. Função militar: é o exercício das obrigações inerentes ao cargo militar. 107- Das Obrigações Militares (Valor + Ética) Do Valor Militar São manifestações essenciais do valor militar: I – o patriotismo, traduzido pela vontade inabalável de cumprir o dever militar e pelo solene juramento de fidelidade à Pátria até com o sacrifício da própria vida; II – o civismo e o culto das tradições históricas; III – a fé na missão elevada das Forças Armadas; IV – o espírito de corpo, orgulho do militar pela organização onde serve; V – o amor à profissão das armas e o entusiasmo com que é exercida; e VI – o aprimoramento técnico-profissional. Da Ética Militar (Os Verbos) O sentimento do dever, o pundonor militar e o decoro da classe impõem, a cada um dos integrantes das Forças Armadas, conduta moral e profissional irrepreensíveis, com a observância dos seguintes preceitos da ética militar: I – amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal; II – exercer, com autoridade, eficiência e probidade, as funções que lhe couberem em decorrência do cargo; III – respeitar a dignidade da pessoa humana; IV – cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades
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