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DESENVOLVIMENTO MOTOR NA CRIANÇA COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA

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DESENVOLVIMENTO MOTOR NA CRIANÇA COM OSTEOGÊNESE IMPERFEITA
Dependendo da severidade da doença, o desenvolvimento motor (DM) da criança com OI pode sofrer atrasos. Engelbert et al estudaram o DM de 76 crianças com OI e observaram: o atraso do DM na OI tipo III é maior que no tipo IV e este por sua vez é maior que no tipo I; na OI tipo I o atraso do DM está relacionado ao ortostatismo e a marcha. Não foi observada discrepância entre a realização dos marcos motores estáticos e dinâmicos.  Na OI tipo IV o atraso está relacionado ao rastejar, deslocamentos na postura sentada (bottom-shuffling), ao ortostatismo e a marcha. No tipo III de OI, o retardo do DM é global, a seqüência da realização dos marcos está alterada, sendo a realização dos marcos estáticos (por exemplo: sentar sem suporte  e  ficar  em  pé  com  apoio)  em  estágio  mais  precoce  que  dos  marcos  dinâmicos  (por  exemplo: levantar a cabeça  em decúbito ventral e rolar).
O atraso do DM pode ser resultado do envolvimento do Sistema Músculo Esquelético, sendo a falta de estimulação um importante fator contribuinte, reforçado pela resistência ou medo em encorajar a criança a promover atividades motoras. Além disso, as crianças com OI tipo III são conscientes de sua vulnerabilidade a fraturas e tendem a evitar movimentos que podem resultar em instabilidade ou quedas30.
Vetter et al em estudo longitudinal, estudaram 127 crianças com OI, sendo 40 tipo I, 39 tipo III e 48 tipo IV e observaram atraso no DM nos pacientes do tipo I1.  Contudo aos 4 anos de idade, 70% deles andavam independentemente. Nesta mesma idade, um terço dos pacientes tipo IV eram hábeis a andar com muletas e 50% dos pacientes tipo III conseguiam sentar sem assistência. Na idade de 10 anos, quase 80% dos pacientes do tipo III eram capazes de sentar sem apoio e 20% de andar pequenas distâncias com muletas1.
Alguns estudos têm relacionado o prognóstico de marcha com os marcos motores do DM, a colocação de hastes intramedulares e a severidade da doença. Daly et al referem que o sentar independente na idade de 10 meses é um forte indicador de futura habilidade para caminhar, principal meio de mobilidade. Para o mesmo autor, a colocação de hastes não influencia o DM, embora este dado precise ser melhor estudado. Wilkinson, Scott e Bell observaram em seus pacientes que o sentar na idade de 10 meses é um forte indicador da futura habilidade para caminhar e, contrariamente ao estudo anterior, que a colocação de hastes melhora a capacidade de caminhar de pacientes com OI, além de incentivar um DM mais adequado e ter efeito profundo no desenvolvimento social e na integração com a sociedade.
 Engelbert et al referem que o principal indicador da futura habilidade de caminhar é o tipo da OI, sendo importante à observação da realização dos marcos do DM (em particular o sentar independente antes dos 12 meses de idade) nos casos de tipo de OI indeterminado. Para estes autores, a colocação de hastes é um indicador de pior prognóstico para a marcha, já que este é um recurso primariamente indicado para a doença mais severa.

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