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motricidade unidade 4

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MOTRICIDADE HUMANA: CONTROLE, 
APRENDIZADO E DESENVOLVIMENTO
UNIDADE 4 - AVALIAÇÃO EM 
DESENVOLVIMENTO MOTOR E PROCESSO 
DE ENVELHECIMENTO
Ana Carolina Passos de Oliveira
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Introdução
O desenvolvimento motor típico da criança é orientado no sentido da aquisição de novas habilidades. Você já
percebeu que as crianças menores têm dificuldades para realizar algumas tarefas que nos parecem simples? Ou
que as realizam de maneira grosseira, com pouca precisão? Este fato está relacionado ao processo de
desenvolvimento pelo qual todos nós passamos. Inicialmente, temos habilidades motoras pobres, que vão
evoluindo com o estágio maturacional. Deste modo, através da observação do padrão de movimentos, pode-se
obter informações sobre os estágios de desenvolvimento da criança, adequando as práticas propostas a suas
capacidades. Ainda, a partir da observação, é possível identificar dificuldades ou problemas relacionados ao
processo de desenvolvimento. Mas, de que maneiras a observação pode ser realizada? Nesta Unidade, você vai
ver que existem protocolos validados que são utilizados para avaliação do desenvolvimento motor de crianças.
Será abordado aqui, a escala de desenvolvimento motor (EDM), que é composta por uma bateria de testes,
padronizados para avaliação do gesto motor de crianças. Assim, a avaliação fornece dados quantitativos sobre o
desempenho da criança.
Entretanto, se estamos sempre desenvolvendo nosso repertório motor, como se dão os aspectos motores
durante o processo de envelhecimento? O processo de envelhecimento traz algumas particularidades, como por
exemplo, o declínio de alguns sistemas, que levam à maior dificuldade para realização de algumas atividades
motoras, sejam elas finas ou globais. Na Unidade, você vai ver também como o processo de envelhecimento é
capaz de influenciar as capacidades motoras.
A partir de agora, você estudará este conteúdo, acompanhe!
Boa leitura!
4.1 Desenvolvimento motor e envelhecimento
O envelhecimento é um processo multifatorial que pode decorrer através de duas formas: envelhecimento
fisiológico (senescência) ou envelhecimento patológico (senilidade). Considerando o envelhecimento do ponto
de vista biológico, evidencia-se o declínio dos sistemas vestibular, sensorial e motor. Tais fatores associados
podem ocasionar a diminuição da autonomia, assim como aumentar a predisposição dos indivíduos idosos a
quedas (PIJNAPPELS et al., 2008) .
O processo de envelhecimento está relacionado com alterações na composição corporal, funções físicas,
cognitivas e no metabolismo (TEIXEIRA; MANHA, 2012) . Distúrbios musculoesqueléticos são as condições
crônicas que mais afetam a população idosa, chegando a atingir 14% dos indivíduos com mais de 65 anos. A
sarcopenia (redução de massa muscular) é um dos efeitos decorrente do declínio musculoesquelético, sendo
 uma das principais causas da incapacidade funcional em idosos (SANTILLI et al., 2014) . Além das mudanças
biológicas evidenciadas, observa-se o declínio da funcionalidade, podendo este conjunto de alterações estar
ligado à ocorrência da síndrome de fragilidade em idosos, que pode levar a maior vulnerabilidade e impactar
 diretamente nos fatores físicos, psicológicos e sociais (GOBBENS et al., 2010) .
Declínios no envelhecimento estão ligados à perda de mobilidade e amplitude de movimento, acúmulo de tecido
adiposo, alterações posturais, no sistema vestibular, sensorial e visual. Influenciando os mecanismos de controle
postural, alterações na postura, na marcha e no equilíbrio, podendo levar à incapacidade funcional (DALEY;
 SPINKS, 2000; COHEN; HEATEN; CONGDON, 1996) . Ainda, como efeito deletério do envelhecimento e também
da síndrome de fragilidade, observa-se o impacto sobre a capacidade funcional do idoso. A capacidade funcional
está relacionada às habilidades físicas e mentais que permitem ao indivíduo levar uma vida autônoma e
independente (CAMARA et al., 2008). A capacidade funcional está diretamente relacionada à qualidade de vida.
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Indivíduos longevos estão suscetíveis ao declínio da capacidade funcional. A capacidade funcional está
relacionada com a capacidade do indivíduo de se relacionar com seu meio e viver de forma autônoma (TORRES,
et al., 2010). Dentre as causas que podem levar à diminuição da capacidade funcional, estão os fatores
sociodemográficos. Entre estes fatores, a idade cronológica é o fator mais evidente sobre o declínio da
capacidade funcional. Também são evidenciados fatores psicológicos, como por exemplo, a autoeficácia. Ainda,
patologias como doenças neurológicas, cardiovasculares e musculoesqueléticas, podem influenciar declínio da
capacidade funcional (STUCK et al., 1999) .
Observadas as alterações biológicas, as quais estão expostos os idosos, nos tópicos a seguir, você vai estudar
como as funções psicomotoras são influenciadas por este processo. Continue lendo!
4.1.1 Processo de envelhecimento: influência nas adaptações psicomotoras.
Quando tratamos do desenvolvimento propriamente dito de uma criança, por exemplo, estamos nos referindo a
um processo que parte de um estado de imaturidade para um estado de maturidade. Contudo, no processo de
envelhecimento, observa-se a “involução” do desenvolvimento. Este processo é denominado retrogênese.
Pensando de forma prática, uma criança, inicialmente, aprende a engatinhar, então, dá seus primeiros passos
tendo um padrão motor com a base mais alargada, braços abertos, até que com o desenvolvimento desta tarefa,
ela adquire um padrão maduro de movimento. Em indivíduos idosos, ocorre o processo inverso, pois, é
observada a redução da habilidade de desempenhar o gesto motor. Os idosos costumam ter um padrão de
marcha mais lento, com um menor tempo de apoio unipodal e menor altura do pé durante o deslocamento do
membro à frente. Todas essas alterações ocorrem pela adoção de um padrão conservador de marcha, que gera
maior estabilidade devido às perdas provocadas pelo envelhecimento (BORGES et al., 2010).
VOCÊ QUER VER?
No vídeo Envelhecimento com qualidade de vida, do programa Panorama, da TV Cultura, uma
reportagem muito interessante com alguns idosos, médico e idealizadores de projetos para
redefinição do conceito de longevidade, traz novas perspectivas relacionadas ao
envelhecimento saudável e a longevidade. São apresentados também alguns dados estatísticos
relacionados ao envelhecimento. Você poderá ter uma visão aplicada à prática de como o
envelhecimento se desenvolve de maneira diversa nos indivíduos. Para ver o vídeo, é só clicar
no link < >.https://www.youtube.com/watch?v=hTCl5muE-qs
https://www.youtube.com/watch?v=hTCl5muE-qs
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Assim, o prejuízo dos fatores psicomotores desta população é evidenciado. A seguir, serão descritos os fatores
que sofrem prejuízos mais prevalentes do controle motor. Acompanhe!
• Tonicidade muscular.
A tonicidade muscular está relacionada à capacidade de o músculo gerar tensão em estado de repouso. Destaca-
se a importância desta capacidade, pois, os bons padrões de tonicidade durante os movimentos possibilitam a
contração rápida dos músculos quando requerida por estímulos nervosos. Com o processo de envelhecimento,
ocorre uma progressiva perda da massa muscular, dando espaço a uma maior quantidade de tecido adiposo e de
tecido conjuntivo. Essas alterações acarretam na redução da área de secção transversa do músculo, o que
contribui para a ocorrência da sarcopenia (SANTILLI et al., 2014). Desta forma, a tonicidade muscular em
indivíduos idosos fica comprometida, levando também ao comprometimento durante a realização de diversas
atividades.
Figura 1 - O tônus muscular de idosos melhora com exercícios de resistência com o uso de pesos.
Fonte: Shutterstock, 2019.
A redução da tonicidade muscular é ainda influenciada por outros fatores, como por exemplo, a redução de força
muscular, a qual você confere na sequência.
• Força e potência.
Existe uma grande relação entre força e a capacidade funcional, sendo que cerca de 20% das variações do estado
funcional são explicadas pelaforça. Ressalta-se que todas as tarefas motoras necessitam de algum grau de força,
entretanto, a exigência é específica para cada tarefa. Assim, quando há redução da força acima dos níveis
VOCÊ O CONHECE?
Drauzio Varella é um médico muito conhecido por seus vídeos e entrevistas em programas de
televisão. Porém, o que gostaríamos de destacar aqui é que o médico, além de suas atividades
profissionais, desempenha uma outra atividade em paralelo, a corrida. Aos 76 anos de idade,
Drauzio participa de corridas de rua, sendo que carrega em seu currículo mais de 20
maratonas, tendo um excelente tempo (4h02min) na conclusão da maratona de Nova York.
•
•
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entretanto, a exigência é específica para cada tarefa. Assim, quando há redução da força acima dos níveis
exigidos pela tarefa, observa-se a deficiência funcional (COOK-SHUMWAY; WOOLLACOTT, 2010).
Figura 2 - Relação entre força e a capacidade funcional.
Fonte: CWA Studios, Shutterstock, 2019.
Observa-se que ocorre uma redução de 30% a 50% da força, sendo que a força muscular dos membros inferiores
pode experimentar uma redução de até 40%. Além disso, nota-se a redução da potência. Tais alterações estão
relacionadas a alterações na estrutura e na função dos músculos esqueléticos, como por exemplo, a redução das
fibras musculares do tipo I e do tipo II e redução dos neurônios motores. A significativa redução de neurônios
motores leva à diminuição do número de fibras musculares esqueléticas, que sofrem também redução do
comprimento. Essas alterações impactam as atividades cotidianas, como por exemplo, na diminuição da
eficiência de algumas atividades: caminhar, segurar e transportar objetos, manter-se em uma mesma posição por
prolongado período de tempo etc. A resistência é uma característica motora e está relacionada à capacidade de
contração em níveis submáximos. Observa-se durante o envelhecimento a redução desta capacidade, ainda que
sua redução ocorra de forma menos expressiva que a força (COOK-SHUMWAY; WOOLLACOTT, 2010).
• Equilíbrio.
O equilíbrio corporal está diretamente ligado ao controle postural. O controle postural está relacionado à
VOCÊ SABIA?
A sarcopenia é definida como a perda de massa muscular e está intimamente ligada ao
processo de envelhecimento. Estima-se que a partir dos 60 anos, 15% dos idosos são atingidos
pela sarcopenia. No entanto, o processo de sarcopenia pode ser retardado com a adoção de
algumas práticas, como atividades físicas que forneçam resistência muscular de maneira
sistemática e com uma alimentação saudável que inclua níveis de proteína necessários para
manutenção da massa magra.
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O equilíbrio corporal está diretamente ligado ao controle postural. O controle postural está relacionado à
capacidade de recuperar a estabilidade corporal por meio de pequenos ajustes antecipatórios, chamados
movimentos corretivos. Falhas no processamento do equilíbrio corporal e do controle postural acarretam na
instabilidade, que como consequência, podem gerar a ocorrência de quedas.
As alterações que ocorrem durante o envelhecimento no processamento das informações recebidas pelo sistema
sensorial, levam a modificações na capacidade de manutenção da estabilidade postural, assim como nos padrões
de marcha. O controle postural ocorre, inicialmente, pela capacidade de perceber a orientação corporal,
considerando aspectos como a trajetória e a posição do corpo. As respostas fornecidas em virtude desses
aspectos são realizadas pelo sistema efetor.
O sistema sensorial está diretamente relacionado à manutenção de um bom padrão de equilíbrio corporal e
controle postural. As informações visuais fornecem ao sistema nervoso central, informações relacionadas à
posição do corpo e sua movimentação em relação ao ambiente que o circunda, ajudando na capacidade de
orientação, podendo ser relacionada à visão periférica, a qual fornece um campo de visão maior ou visão fóvea
que fornece informações sobre uma pequena área. O sistema sensitivo fornece informações através dos
receptores musculares referente à superfície de movimentação e de sustentação do movimento.
Ainda, as alterações do sistema vestibular afetam a estabilidade do indivíduo. As informações fornecidas pelo
sistema vestibular contribuem trazendo informações acerca da posição da cabeça em relação às forças que
atuam sobre o ambiente (gravidade e inércia). Os movimentos rotacionais, por exemplo, são apoiados pelos
canais semicirculares, presentes no sistema vestibular. Assim, a partir das informações geradas pelo sistema
vestibular como referência de orientação interna, ocorre a manutenção do controle postural.
• Tempo de reação.
A redução da velocidade de reação e de movimentação em indivíduos idosos, afeta de forma direta a realização
de diversas atividades cotidianas. Como consequência da redução do tempo de resposta e de movimentação, os
idosos tendem a demorar mais para finalizar o mesmo número de tarefas que um indivíduo jovem, por exemplo.
CASO
Dona Maria é uma idosa de 73 anos. Atualmente, ela está sedentária, porém, já realizou
atividades de caminhada e hidroginástica. Dona Maria reclama que tem tido muitas
dificuldades para realizar tarefas simples no dia a dia, se sente fraca e com medo de cair, por
isso, precisa sempre estar se apoiando nas pessoas e/ou em objetos. Motivada por suas
dificuldades diárias, Dona Maria decidiu procurar um educador físico para auxiliá-la.
O educador físico, ao se certificar de que a idosa poderia realizar atividades físicas (através da
liberação médica), conversou sobre os interesses dela, que relatou que não gosta de fazer
atividades na sala de musculação, pois, acha monótono. Além disso, não tem interesse em
voltar para as aulas de hidroginástica.
Após o relato de Dona Maria, o educador físico iniciou um programa de exercícios com
frequência de três vezes semanais e duração de 50 minutos. O programa consistiu em
atividades com videogame interativo. Inicialmente, os exercícios eram feitos apenas com o
peso corporal, porém, a partir da terceira semana, foi acrescentado um colete com pesos para
que a resistência fosse maior e, com isso, houvesse maior ganho de força muscular e equilíbrio.
Após três meses de inserção no programa de atividade física, o educador físico realizou uma
nova entrevista com Dona Maria, a qual relatou menor dificuldade para realização das
atividades diárias e melhora, principalmente, no equilíbrio. A idosa relatou ainda que estava
gostando muito de participar das aulas com videogame, pois, ao contrário da academia,
proporcionavam a ela uma prática diferente e motivadora.
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de diversas atividades cotidianas. Como consequência da redução do tempo de resposta e de movimentação, os
idosos tendem a demorar mais para finalizar o mesmo número de tarefas que um indivíduo jovem, por exemplo.
A demora para realizar algumas atividades, como caminhar, transportar um objeto, pode acarretar num maior
dispêndio energético. Deste modo, a pessoa idosa pode se sentir mais fadigada ao fim da atividade. Além de
aspectos físicos relacionados ao movimento (como o aumento da fadiga), a baixa velocidade de execução pode,
ainda, afetar algumas atividades cognitivas. Essa mudança acontece em função das mudanças que ocorrem nos
processos sinápticos do SNC.
Algumas avaliações padronizadas são utilizadas para medir variáveis relacionadas ao desempenho motor. Essas
avaliações são adaptadas principalmente à população idosa. A seguir, iremos tratar de algumas delas. Veja!
• Escala de equilíbrio de Berg (Berg Balance Scale)
A Escala de Equilíbrio de Berg, ou originalmente chamada de Berg Balance Scale (Berg e cols., 1992), é uma
escala composta por 14 tarefas relacionadas ao dia a dia, que avaliam a capacidade de equilíbrio estático e
dinâmico. Valores altos de pontuação (de 54 a 56 pontos) são atribuídos a risco de 3 a 4 % de quedas, contudo,
quando são observadas pontuações mais baixas (54 a 46 pontos), o risco de quedas é aumentado de 6 a 8 %.
Esse número cresce para percentuais muito altos quando a pontuação obtidaé abaixo de 36 pontos. Algumas
tarefas presentes na bateria são: alcançar, realizar transferências, girar, permanecer na posição em pé e levantar-
se (COOK-SHUMWAY; WOOLLACOTT, 2010).
A escala de Berg tem nível crescente de dificuldade das tarefas a serem realizadas. Algumas tarefas são
realizadas com a diminuição da base de suporte, por exemplo, nas atividades de sentar-se ou ficar em pé.
Inicialmente, a tarefa é realizada com os pés separados até a posição com os pés juntos e, após isso, ficar em
posição tandem, ou seja, um pé à frente do outro na posição em pé (LUSARDI, 2003). E realizado também o apoio
unipodal, a postura unipodal e tandem são as atividades mais complexas que compõem a bateria. As mudanças
de posição também são avaliadas, o indivíduo deve alternar da posição sentado para em pé, transferência de
uma cadeira para outra, pegar um objeto colocado no chão, e sentar-se. O avaliador observa o avaliado que está
realizando as tarefas, para que então, estas sejam pontuadas de acordo com seu desempenho. A pontuação varia
de zero a quatro em cada tarefa, com pontuação máxima de 56 pontos. Ela é atribuída de acordo com o tempo em
que a posição pode ser mantida pelo avaliado, a distância que o braço é capaz de alcançar para a frente, ou o
tempo para completar uma tarefa (LUSARDI, 2003). Caso a distância ou o tempo sejam inferiores aos orientados
para cada tarefa, a pontuação atribuída é zero. Sendo que, se o sujeito consegue realizar a tarefa com algum nível
de auxílio, de um objeto ou do avaliador, a pontuação é atribuída com descontos. Apenas se o indivíduo
permanece em posição correta, pelo tempo estipulado e sem apoio, ele recebe a pontuação quatro.
• Timed Up and Go (TUG)
O Timed up and Go (TUG) é um teste que tem por objetivo avaliar a mobilidade funcional e o risco de quedas. O
TUG avalia, além da capacidade de locomoção, a capacidade de equilíbrio e força dos membros inferiores. O teste
consiste em levantar-se de uma cadeira, sem utilizar o apoio dos braços, caminhar a uma velocidade
autosselecionada confortável por uma distância de 3 m, dar a volta em um cone, retornar pela distância de 3 m
novamente, virar-se e sentar-se na cadeira, outra vez. O avaliador dispara o cronometro no momento em que o
avaliado sai da cadeira e finaliza o teste no momento em que o avaliado senta-se novamente. Os valores
resultantes do teste são padronizados de acordo com a idade do avaliado, conforme apresentado no quadro a
seguir.
Figura 3 - Tabela de classificação de acordo com a faixa etária e tempo esperado no teste Timed up and go (TUG).
Fonte: Elaborada pela autora, baseado em BOHANOON, 2006.
•
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Fonte: Elaborada pela autora, baseado em BOHANOON, 2006.
Abaixo, você confere uma representação dos movimentos solicitados no teste (TUG).Timed Up And Go
Figura 4 - Movimentos solicitados no teste Timed Up And Go (TUG).
Fonte: RESEARCHGATE, 2019.
As avaliações do desempenho motor são realizadas com o objetivo de identificar possíveis déficits que possam
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As avaliações do desempenho motor são realizadas com o objetivo de identificar possíveis déficits que possam
indicar riscos de quedas, por exemplo, ou outras situações que indiquem algum risco para o indivíduo. Ainda, as
avaliações podem ser utilizadas como forma de acompanhamento dos resultados obtidos a partir de programas
de treinamento, por exemplo.
4.2 Avaliação em desenvolvimento motor
Compreender os estágios em que uma criança está localizada em seu desenvolvimento motor é fundamental
para prescrição de atividades direcionadas às necessidades dela, no sentido de promover a criação de um
repertório motor adequado à sua idade. Além disso,avaliar o desenvolvimento motor das crianças possibilita a
identificação de possíveis patologias e/ou atrasos que afetem o processo.
Desta forma, a seguir, apresento uma opção para avaliação do desenvolvimento motor de crianças. Acompanhe!
4.2.1 Escala de Desenvolvimento Motor (EDM)
A escala de desenvolvimento motor (EDM), idealizada por Rosa Neto (2007), trata de uma bateria de testes
motores, com graduação de dificuldade dos fatores psicomotores. A partir de sua aplicação, pode-se realizar a
análise de possíveis problemas levantados, diferenciar os diversos tipos de dificuldade motora, identificar
possíveis dificuldades escolares e avaliar o processo de desenvolvimento da criança. Algumas dificuldades que
podem ser identificadas através da aplicação da escala de desenvolvimento motor são: transtornos na
coordenação motora, transtornos do desenvolvimento neuropsicomotor e outros transtornos, como os de
conduta, hiperatividade e dificuldades de aprendizado (NETO, 2007).
Dentre os fatores, são avaliados: coordenação motora fina (óculo manual), coordenação motora global
(coordenativa), equilíbrio (postura estática), esquema corporal (imitação da postura), lateralidade (integração
do esquema mãos, olhos e pés), organização espacial (percepção do espaço) e organização temporal (estruturas
temporais) (NETO, 2007).
Alguns termos são fundamentais para a compreensão da aplicação e dos resultados obtidos a partir do EDM. Os
termos definidos por Rosa Neto (2007), são apresentados a seguir. Confira!
VOCÊ QUER LER?
No estudo de Neto et al. (2010), foi traçado um perfil motor a partir da avaliação de 101
crianças com idades entre seis e 10 anos, a partir da utilização da escala de desenvolvimento
motor (EDM). Ficou observado, a partir da avaliação, que as crianças (98%) estavam dentro
dos padrões esperados de desenvolvimento motor. Ainda, se observou alta correlação entre a
idade cronológica e a idade motora geral. Para ler o estudo completo, basta você clicar no link <
>.http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v12n6/v12n6a05
http://www.scielo.br/pdf/rbcdh/v12n6/v12n6a05
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Figura 5 - Definição de termos utilizados na EDM.
• Aplicação da bateria de testes
A aplicação da EDM se diferencia dos demais testes psicométricos, pois, em geral, esses testes têm como
característica um baixo envolvimento da criança com o processo. Diferentemente disso, o EDM proporciona o
envolvimento da criança. Algumas condutas, como um examinador que inspire a autoconfiança da criança
durante a realização dos testes, podem melhorar o desempenho dela. Por isso, os resultados obtidos durante o
teste dependem das instruções de aplicação e correção durante o mesmo.
Cumprir as orientações de aplicação da EDM para uma aplicação que corresponde à realidade da criança, é de
fundamental importância para evitar a obtenção de resultados errôneos do desenvolvimento.
Outro fator que pode contribuir para a melhora ou piora no desempenho da EDM é a presença dos pais, ou de
outra pessoa afetivamente relacionada à criança. Neste sentido, as avaliações, em geral, são realizadas sem a
presença da mãe. Em casos específicos, onde a presença de uma pessoa vinculada à criança é necessária, essa
pessoa deve, preferencialmente, permanecer fora do campo de visão da criança.
• Ordem de aplicação
A ordem de aplicação do teste deve se dar de acordo com o fluxograma apresentado, sendo que não há um tempo
pré-determinado para aplicação da bateria completa. Em geral, sua administração ocorre em aproximadamente
30 a 45 minutos, entretanto, todos os testes devem ser realizados em uma única sessão, na medida do possível.
Veja como se dá a ordem na figura.
Figura 6 - Fluxograma da ordem de avaliação dos fatores psicomotores.
Outro fator importante a ser considerado é o ambiente de aplicação dos testes. É preciso considerar que o
ambiente deve ser silencioso e livre de interrupções externas, para que o desempenho do avaliado não seja
afetado. Considera-se que para as provas que envolvam coordenação motora global e equilíbrio, é necessário um
espaço de 5 a 6 m de longitude. A organização do material deve estar preparada de maneira organizada,
preferencialmente com maior parte dos objetos fora do campo de visão do avaliado, evitando confusões no
percurso da prova.
• Materiais
Os materiais utilizados são apresentados no quadro a seguir, de acordo com osfatores psicomotores que avaliam
(NETO, 2007). Observe!
•
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Figura 7 - Lista de materiais utilizados para os testes motores, de acordo com o fator psicomotor que avaliam.
Os materiais utilizados são variados, pois, devem atender às especificidades de cada faixa etária. Assim, cada
fator psicomotor tem uma atividade adaptada à faixa etária.
Atividades propostas:
Coordenação motora fina:
Para crianças de dois anos, a atividade é composta da construção de uma torre, formada por cubos. A criança não
deve brincar com os materiais antes ou após o início da atividade. As crianças com três anos têm como tarefa a
construção de uma ponte composta por 12 cubos. Neste caso, o aplicador constrói uma ponte diante da criança e
solicita a ela que construa algo semelhante. Com quatro anos de idade, a criança é testada através da colocação
de uma linha na agulha. Aqui, os materiais utilizados são linha número 60 e agulha. Aos cinco anos de idade, a
atividade indicada é fazer um nó. Para tanto, utiliza-se um par de cadarços. O avaliador, inicialmente, demonstra
a atividade dando um nó em um lápis e, posteriormente, pede que a criança dê um nó, da mesma forma, em seu
dedo. Para crianças com seis anos, a atividade proposta é traçar com um lápis uma linha contínua por um
labirinto em papel. A atividade fazer bolinha de papel é indicada para crianças com sete anos, onde ela deve ser
capaz de fazer a bolinha com apenas uma mão. O teste deve ser realizado separadamente com cada uma das
mãos. Aos oito anos, a atividade indicada é tocar o polegar o mais rápido possível, sem repetir a sequência dos
dedos. A atividade de lançar uma bola é utilizada como avaliação de crianças com nove anos de idade. A criança
deve arremessar uma bola em um alvo. Aos 10 anos, a avaliação consiste em a criança fazer uma repetição de
movimentos entre tocar o polegar esquerdo com o indicador direito e depois ao contrário, repetindo essa
sequência motora por mais ou menos 10 segundos. A última idade avaliada é aos 11 anos. A criança deve ser
capaz de agarrar uma bola com uma mão. A bola é lançada a 3 m de distância do avaliado.
Coordenação motora global:
As atividades propostas para coordenação motora global, são igualmente divididas entre as idades de dois a 11
anos. Essas atividades são apresentadas a seguir. Clique no recurso abaixo.
Dois anos
Subir sobre um banco - O banco deve ser apoiado ao lado de uma parede, com 15 cm de altura.
Três anos
Saltar sobre uma corda - Uma corda é estendida sobre o solo e o avaliado deve saltá-la com os pés juntos.
Quatro anos
Saltar sobre o mesmo lugar - São realizados de sete a oito saltos sucessivos sobre o mesmo lugar. Para tanto, as
pernas devem ser semiflexionadas, para garantir o impulso.
Cinco anos
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Cinco anos
Saltar a uma altura de 20 cm - É posicionada uma fita elástica a cerca de 20 cm do solo. O avaliado deve saltar
com os pés juntos, sem tomar impulso.
Seis anos
Caminhar em linha reta - Com os olhos abertos, o avaliado caminha por 2 m em linha reta, alternando o
calcanhar com a ponta do outro pé.
Sete anos
Pé manco - O avaliado deve saltar ao longo de uma distância de 5 m, com uma única perna. A perna esquerda fica
sobre o solo, enquanto a perna direita permanece flexionada e os braços ao longo do corpo.
Oito anos
Saltar a uma altura de 40 cm - Com os pés juntos e sem impulso, o avaliado deve saltar sobre uma fita elástica
que estará posicionada a 40 cm do solo.
Nove anos
Saltar sobre o ar - Para realizar a tarefa, o avaliado deve flexionar os joelhos até que consiga tocar o calcanhar
com as mãos e, então, realizar o salto.
10 anos
Pé manco com uma caixa de fósforos - Apenas uma perna toca o solo, a outra mantem-se flexionada e os braços
soltos ao longo do corpo. A 25 cm da perna que está em contato com o solo, é colocada uma caixa de fósforos. O
avaliado deve, então, empurrar a caixa com o pé até um ponto situado a 5 m.
11 anos
Saltar sobre uma cadeira - O avaliado deve estar posicionado a 50 cm de distância da cadeira. A cadeira deve ter
de 45 a 50 cm de altura.
A seguir, são apresentadas a você, as tarefas de equilíbrio que são realizadas por cada idade. Clique no recurso a
seguir.
Dois anos:
Equilíbrio estático sobre um banco - O banco deve ter 15 cm de altura. A criança se mantém imóvel com os pés
juntos e braços relaxados, por 10 segundos.
Três anos:
Equilíbrio sobre um joelho - O avaliado apoia um joelho sobre o chão enquanto o outro joelho fica flexionado a
90°. Esse teste deve ser realizado com ambas as pernas e a posição deve ser sustentada por pelo menos 10
segundos.
Quatro anos:
Equilíbrio a 90°- O avaliado posiciona os pés juntos e as mãos apoiadas sobre as costas, flexiona-se o tronco a
90°. Permanecendo com os olhos abertos, a criança deve se manter nessa posição por pelo menos 10 segundos.
Cinco anos:
Equilíbrio nas pontas dos pés - As pernas e pés devem estar juntos. Então, o avaliado sobe sobre a ponta dos pés,
mantendo a posição por 10 segundos.
Seis anos:
Pé manco estático - Com os olhos abertos, permanecer em equilíbrio sobre uma única perna, enquanto a outra
fica flexionada a 90°. Permanecer por 10 segundos e, após finalização do teste e descanso de 30 segundos, trocar
a perna que está sobre o solo.
Sete anos:
Equilíbrio de cócoras - O avaliado permanece de cócoras com os braços abertos e olhos fechados. Os pés devem
ser mantidos juntos.
Oito anos:
Equilíbrio com o tronco flexionado - O avaliado posiciona os pés juntos sobre as pontas e as mãos apoiadas sobre
as costas, flexiona-se o tronco a 90°. Essa posição deve ser mantida por pelo menos 10 segundos.
Nove anos:
Fazer um quatro - Apoia-se sobre o chão em apenas uma perna, mantendo a planta do pé da perna que não está
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Fazer um quatro - Apoia-se sobre o chão em apenas uma perna, mantendo a planta do pé da perna que não está
no colo, apoiada sobre a face interna da perna que está no solo. Permanecer na posição por 15 segundos.
10 anos:
Equilíbrio na ponta dos pés com os olhos fechados - O avaliado se mantém sobre a ponta dos pés, com os olhos
fechados, devendo permanecer nesta posição por pelo menos 15 segundos.
11 anos:
Pé manco com olhos fechados - Com os olhos fechados, permanecer em equilíbrio sobre uma única perna,
enquanto a outra fica flexionada a 90°. Permanecer por 10 segundos e, após finalização do teste e descanso de 30
segundos, trocar a perna que está sobre o solo.
Diferente dos demais itens, o esquema corporal tem faixas mais amplas de avaliação, de acordo com a idade
cronológica, sendo dividido em testes de controle do próprio corpo e prova de rapidez (COOK-SHUMWAY;
WOOLLACOTT, 2010). Perceba clicando no recurso a seguir.
Dois a cinco
anos
Controle do próprio corpo - São realizadas imitações de gestos simples, utilizando-se
apenas as mãos na primeira bateria. O avaliador realiza os movimentos esperados e a
criança deverá copiá-los. Na segunda bateria, repete-se o mesmo procedimento de
imitação, porém, os gestos motores são realizados com os braços.
Seis a 11 anos
Prova de rapidez - Em uma folha quadriculada, a criança deverá ser capaz de realizar um
traço em cada quadrado, sem saltar nenhum quadrado. Caso a criança pule algum dos
quadrados, não poderá voltar e marcá-lo novamente. O teste é realizado com o lápis na
mão dominante do avaliado.
Clicando a seguir, você poderá ver como funcionam as atividades propostas sobre a organização espacial.
Dois anos
Tabuleiro/posição normal - A criança deve encaixar sobre um tabuleiro, as peças com figuras geométricas
específicas de acordo com a perfuração.
Três anos
Tabuleiro/posição invertida - Utiliza-se o mesmo material citado anteriormente, porém, as peças devem estar
posicionadas contrariamente à perfuração do tabuleiro.
Quatro anos
Prova dos palitos - Sobre a mesa, são colocados palitos com comprimentos diferentes. Então, é questionado ao
avaliado qual é o palito mais longo, três vezes, trocando a posição dos palitos.
Cinco anos
Jogo de paciência - Com duas partes de papel, cortadas em formato de triângulo, a criança deveformar um
retângulo, similar ao apresentado pelo avaliador.
Seis anos
Direita/esquerda - O examinador pede ao avaliado que levante a mão direita, posteriormente, que levante a mão
esquerda e, por fim, indique o olho direito.
Sete anos
Execução de movimentos em ordem - O avaliador solicita que seja realizada uma série de movimentos pré-
estabelecidos. Os movimentos são: 1) Mão direita na orelha esquerda; 2) Mão esquerda no olho direito; 3) Mão
direita no olho esquerdo; 4) Mão esquerda na orelha direita; 5) Mão direita no olho direito; 6) Mão esquerda na
orelha esquerda.
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Oito anos
Reconhecimento sobre o outro - O avaliado deve ser capaz de indicar no corpo do avaliador sua mão direita,
posteriormente, a mão esquerda e responder em qual das mãos o avaliador está segurando uma bola.
Nove anos
Reprodução de movimentos de representação humana - O examinador realiza uma série de movimentos com as
mãos e a criança deve repetir, sem que realize os movimentos espelhados.
10 anos
Reprodução de movimentos da figura humana - Assim como no item anterior, a criança deverá reproduzir os
movimentos que serão mostrados, sem espelhá-los, porém, seguindo símbolos pictográficos.
11 anos
Reconhecimento da posição relativa de três objetos - O avaliado permanece sentado com os braços cruzados, de
frente para o avaliador, que posicionará alguns cubos em frente ao avaliado e fará perguntas sobre a posição
destes, que devem ser respondidas prontamente.
Clique a seguir, para você ver como funcionam as atividades propostas sobre a organização temporal.
Dois anos
A criança é avaliada a partir da formação de uma frase. A frase deve conter ao menos duas palavras.
Três anos
A criança deve repetir uma frase simples de seis a sete sílabas.
Quatro e cinso
Nesta etapa, a acriança deve repetir algumas frases um pouco mais extensas.
Clicando no recurso abaixo, você poderá ver como funcionam as atividades propostas sobre a lateralidade.
• Lateralidade das mãos
Lançar uma bola com a mão direita, utilizar um objeto que requisite a coordenação motora fina (ex:
pente, tesoura), escrever ou pintar.
• Lateralidade dos olhos
Inicialmente, o avaliador demonstra a atividade e depois pede que a criança a repita. A atividade consiste
VOCÊ QUER VER?
No vídeo Escala de desenvolvimento motor de Francisco Rosa Neto, é apresentada uma
demonstração de aplicação das atividades presentes na bateria EDM. Ao assistir, você poderá
compreender de maneira prática, como algumas das atividades descritas nesta Unidade são
aplicadas durante a avaliação de uma criança. Para assistir o vídeo, clique no link <
>.https://www.youtube.com/watch?v=N7Legfoit-w
•
•
https://www.youtube.com/watch?v=N7Legfoit-w
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Inicialmente, o avaliador demonstra a atividade e depois pede que a criança a repita. A atividade consiste
em segurar um cartão de papel e olhar através de um furo. Outra atividade é olhar através de um tubo
longo de papelão.
• Lateralidade dos pés
A criança segurará uma bola com as mãos, então, deverá soltá-la e dar um chute antes que ela caia no
chão.
Síntese
Caro aluno, concluímos o conteúdo. Nesta Unidade, você teve a oportunidade de se aprofundar mais sobre os
aspectos relacionados ao envelhecimento que levam ao declínio das funções psicomotoras e as avaliações que
podem ser realizadas com esta população, com o objetivo de verificar o desempenho motor durante algumas
tarefas. Ainda, foi apresentada a escala de desenvolvimento motor (EDM), composta por uma bateria de testes
motores utilizados para avaliar o desenvolvimento motor de crianças de dois a 11 anos.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• Identificar os fatores relacionados ao envelhecimento que afetam os aspectos tônus muscular, força e 
potência, equilíbrio e tempo de reação;
• Aprender sobre testes motores que podem ser utilizados para a população idosa, a fim de avaliar o 
desempenho motor;
• Compreender a importância de utilizar um instrumento padronizado para avaliação do 
desenvolvimento motor;
• Conhecer os principais aspectos para aplicação da EDM;
• Conhecer as atividades motoras realizadas para cada faixa etária na EDM.
Bibliografia
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ENVELHECIMENTO COM QUALIDADE DE VIDA. Produção: Jornalismo TV Cultura. Direção técnica: Gilvani
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ESCALA DE DESENVOLVIMENTO MOTOR DE FRANCISCO ROSA NETO. 2016. 6:21min. Disponível em: <
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https://www.researchgate.net/figure/Principle-of-the-timed-up-and-go-TUG-test-top-and-of-the-imaginary-TUG-test_fig3_298420630
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	Introdução
	4.1 Desenvolvimento motor e envelhecimento
	4.1.1 Processo de envelhecimento: influência nas adaptações psicomotoras.
	4.2 Avaliação em desenvolvimento motor
	4.2.1 Escala de Desenvolvimento Motor (EDM)
	Lateralidade das mãos
	Lateralidade dos olhos
	Lateralidade dos pés
	Síntese
	Bibliografia

Outros materiais