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A CONSTRUÇÃO DA USINA BELO MONTE NO ESTADO DO PARÁ E SEUS IMPACTOS

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 GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
MILSON LUIZ BRANDÃO
A CONSTRUÇÃO DA USINA BELO MONTE NO ESTADO DO PARÁ E SEUS IMPACTOS
ITAPEVA /MG
2020
GRUPO EDUCACIONAL FAVENI
MILSON LUIZ BRANDÃO
A CONSTRUÇÃO DA USINA BELO MONTE NO ESTADO DO PARÁ E SEUS IMPACTOS
Artigo apresentado à Faculdade Venda Nova dos Imigrantes como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista em Geografia do Brasil.
ITAPEVA/ MG 
2020
A CONSTRUÇÃO DA USINA BELO MONTE NO ESTADO DO PARÁ E SEUS IMPACTOS
Milson Luiz Brandão[footnoteRef:1] [1: Licenciado em Geografia e Pedagogia e pós-graduado em Saneamento ambiental. Professor efetivo na rede municipal de educação de Itapeva/MG. milsonluizbrandao@yahoo.com.br. ] 
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. 
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).
RESUMO - Buscou-se neste trabalho o estudo dos impactos ambientais, sociais e econômicos ocasionados através da obra da construção da Usina Belo Monte no município de Altamira estado do Pará. A construção da usina Belo Monte no rio Xingu no estado do Pará, independentemente do governo que esteja no poder é considerada uma obra “faraônica” para os parâmetros brasileiros. A todo custo o Brasil deseja incansavelmente finalizar a obra. No entanto, os impactos ocorridos na construção podem ser imensuráveis em todos os aspectos. O objetivo deste estudo é investigar como a construção da usina Belo Monte impactou a região próxima ao canteiro de obra, levando em consideração os fatores responsáveis e seus impactos. O texto do presente trabalho foi fundamentado em ideias e concepções de autores como: Carvalho et. al (2013), Fainguelernt (2016), Fearnside ( 2015), Freire (2014) Freire et.al ( 2013), Roscoche et.al ( 2014)entre outros. Conclui-se que levando em consideração que o Brasil é um país de grandes extensões territoriais e que ainda conta com climas quentes, faz-se necessário o aproveitamento de todas as fontes de energias renováveis possíveis, fato este que além de beneficiar o meio ambiente irá atingir a sustentabilidade social. Neste sentido, resta aos governantes analisar se toda a imensa construção da usina hidrelétrica se faz necessário e se realmente os ganhos econômicos da produção de energia será capaz de arcar com todas as mitigações necessárias. 
Palavras-chave: Belo Monte, Impactos. Energia. 
Introdução
	
O presente trabalho tem como tema o estudo da construção da usina Belo Monte no rio Xingu no estado do Pará, levando em consideração os impactos ambientais, sociais e econômicos causados pela construção da usina.
	A construção da usina Belo Monte no rio Xingu no estado do Pará, independentemente do governo que esteja no poder é considerada uma obra “faraônica” para os parâmetros brasileiros. A todo custo o Brasil deseja incansavelmente finalizar a obra. No entanto, os impactos ocorridos na construção podem ser imensuráveis em todos os aspectos. 
No que tange aos aspectos ambiental que talvez seja o mais preocupante entre todos, pode se mencionar o impacto diretamente em áreas de florestas, e ainda na região onde se encontra a reserva da Amazônia legal. Nesse caso, além da destruição da vegetação, houve também o impacto direto na fauna, pois faz-se necessário considerar que é uma região difícil de fazer o resgate dos animais em momentos de alagamentos. Outro impacto é a proliferação de vetores de doenças, que ocorrem em áreas desmatadas. Além disso, a mata alagada em processo de apodrecimento gera alta quantidade de gases do efeito estufa na atmosfera. Então nesse sentido a construção da usina causa um impacto interligados em todas as outras esferas. 
Na esfera social, desde do início da construção até o presente momento os impactos ocorreram diretamente e indiretamente. Diretamente pode-se considerar o sofrimento das comunidades indígenas que mesmo com toda a resistência à construção, tiveram que ser deslocados para outras regiões, onde perderem parte de suas culturas. Ademais, quando se refere ao município de Altamira, que é considerado o maior município em extensão do território brasileiro e ainda traz consigo grande marcas de violência, o impacto ocorreu tanto diretamente como indiretamente. O município foi um dos grandes canteiros de obra da construção, fato este que levou o aumento da violência na região. 
Interligado aos impactos sociais, a esfera econômica, principalmente no município já mencionado, devido ao enorme canteiro de obra a cidade entrou em tempo record em uma especulação imobiliária enorme. Devido à grande demanda por imóveis durante o período de construção, a cidade teve uma inflação muito acima do normal em todos os setores. 
Tendo em vista os aspectos mencionados, fica nítido que a construção da usina Belo Monte vem impactando as abrangências de sua construção a muitos anos. 
Diante deste exposto, o objetivo deste estudo é investigar como a construção da usina Belo Monte impactou a região próxima ao canteiro de obra, levando em consideração os fatores responsáveis e seus impactos. 
Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso metodológico, a pesquisas bibliográficas em literatura e artigos científicos. 
O texto do presente trabalho foi fundamentado em ideias e concepções de autores como: Carvalho et. al (2013), Fainguelernt (2016), Fearnside ( 2015), Freire (2014) Freire et.al ( 2013), Roscoche et.al ( 2014), Oliveira Júnior ( 2013) Santos et.al ( 2012 ) e Santos et.al ( 2014) 
Desenvolvimento
 Quando se fala em sustentabilidade, faz-se necessário levar em consideração principalmente o pilar “social” do triple da sustentabilidade. Neste sentido a sociedade precisa ser beneficiada com qualquer projeto que possui enfoque ambiental. No que tange as fontes de energias renováveis é sabido que o Brasil possui um potencial enorme para produção. No entanto, mesmo sendo considerada com energia limpa a construção de usinas hidrelétricas causam grandes impactos ambientais, sociais e econômicos. 
Segundo Santos et.al (2014) “o rio Xingu é um dos afluentes mais importantes para o rio Amazonas, tão importante que possui sua própria bacia. A bacia hidrográfica do rio Xingu abrange uma área de 531.250 km2 e apresenta uma forma alongada com cerca de 350 km de largura média e 1.450 km de comprimento”. A usina Belo Monte foi projetada para ser a terceira maior usina hidrelétrica do mundo, construída sobre a rio Xingu no estado do Pará, onde abrange um dos maiores e importantes ecossistema mundial: a grande floresta amazônica. Nesse caso, levando em consideração a magnitude na obra e ainda a localização geográfica do empreendimento, os impactos causados pela construção serão irreversíveis em grande parte da bacia hidrográfica do rio Xingu. 
Santos et.al (2012, p.215) comentam que “a polêmica obra, que se situa no Rio Xingu, no Estado do Pará, é vítima de diversas críticas principalmente devido a seus impactos sociais e ambientais, que continua a provocar protestos das populações ribeirinhas e indígenas, assim como dos ambientalistas e dos acadêmicos”. Nesse contexto, o governo federal e diversos estudos realizados desde dos anos de 1975, quando iniciou os primeiros estudos e questionamentos sobre a construção da usina, defende que a grande construção trará muitos benefícios econômicos a curto, médio e longo prazo tanto para a região como para a economia brasileira. 
Contudo, vários outros estudos contesta a defesa
da construção da usina Belo Monte, onde apontam com clareza que os impactos ambientais serão imediatos em todos os canteiros de obra da usina. Para Fearnside:
A hidrelétrica de Belo Monte em si tem impactos substanciais. O projeto é incomum em não ter a sua principal usina localizada no pé da barragem, onde permitiria que a água que emergisse das turbinas continuasse fluindo no rio abaixo da barragem. Em vez disso, a maior parte do fluxo do rio será desviada do principal reservatório através de uma série de canais interligando cinco afluentes represados, deixando a “Volta Grande” do rio Xingu, abaixo da barragem, com apenas uma pequena fração de seu fluxo anual normal. (FEARNSIDE, 2015, p 246). 
Sendo assim, o projeto causou um dano irreversível ao rio Xingu, fato este que impactou o nível das águas em parte de seu percurso. O rio que antes apresentava excelente vazão, ficou dividido em parte com grande volume de água e pequeno volume a jusante. Cabe aqui mencionar que os municípios de Altamira, Vitória do Xingu, Senador José Porfírio, Anapu, Pacajá, Brasil Novo, Medicilândia, Uruará, e Porto de Moz, fazem parte a região impactada diretamente pela construção da usina. Um dos problemas ambientais mais sério dessa região é o desmatamento da área de reserva legal da Amazônia. “Com os desmatamentos as margens do rio e remoção de estruturas geológicas na área do represamento, ocorre a desconstrução da estrutura geomorfológica do canal fluvial, uma vez que novas ilhas fluviais surjam e outras desapareçam. ” (FREIRE, 2014, p, 243). 
Além dos danos ambientais mencionado pela autora, sabe-se que o rio Xingu apresenta excelente potencial para navegação, devido a sua baixa declinação. Desse modo, o transporte fluvial ficou limitado no percurso, uma vez que em grande parte do rio apresentou assoreamento e afloramento de rochas devido ao seu desvio. “Um dos grandes impactos não previsto no EIA da usina de Belo Monte foi o registro da morte de 16,2 toneladas de peixes durante o processo de enchimento do reservatório. Este fato aconteceu entre novembro de 2015 e fevereiro de 2016”. (FREIRE et.al, 2018, p, 34). Sendo assim, fica claro que nenhum projetos e estudos ambientais formam feito com precisão aceitável antes de iniciar a construção da usina Belo Monte. Logo, as autoridades brasileiras não tiveram cuidado em cumprir com as responsabilidades ambientais. 
Outro aspecto que ambientalmente torna-se a construção da usina inviável é a baixa produção de energia em período de estiagem. Fato este, que levando em consideração todo os custos econômicos, ambientais e sociais, a produção de energia não compensaria os danos causados. 
No que refere aos impactos sociais na área de abrangência da construção, fica nítido que sem dúvida foram as comunidades indígenas e ribeirinha que mais sofreram. Grande parte dessa população necessita do rio Xingu como fonte direta de sobrevivência e renda. Para Araújo et.al (2014, p.50) “um dos pontos mais criticados no EIA e no Relatório de Impacto Ambiental do Complexo de Belo Monte é a falta de especificidade na descrição das comunidades indígenas que habitam a volta do rio Xingu. E esse descredenciamento reflete justamente o proposital esquecimento dos índios”. 
Pode-se considerar que as populações ribeirinhas e indígenas não foram estudadas com eficácia em nenhum projeto da usina. Ademais, tão pouco foi pensado em suas culturas e modo de vida. Fato este, que levou muitos dos ribeirinhos e indígenas sofrerem com a falta de recursos diretamente vindo do rio Xingu. “O lago da barragem também prejudicará a navegação de populações tradicionais como ribeirinhos e indígenas, podendo inclusive trazer prejuízos para a pesca, podendo gerar impactos sem precedentes para as populações tradicionais da região” ( ROSCOCHE E VALLERIUS, 2014). 
Contudo, ainda, vale resultar que o município de Altamira, canteiro principal das obras da construção Belo Monte, nem se quer passou por um planejamento estruturado sobre os principais impactos e riscos oferecidos ao município durante da construção. Dentro, os vários problemas ocasionados foi o aumento explosivo da população no município. Esse aumento da população no município de Altamira, fez com que surgissem vários problemas urbanos, como saúde, educação, saneamento, violência urbana entre outros. “Isso aconteceu devido ao recebimento de um grande fluxo populacional em poucos anos. Na atualidade, estima-se que a população de Altamira esteja em torno de 140.000 mil habitantes” (CARVALHO, 2013). 
 Ainda na análise do contexto social, Altamira disparou na especulação imobiliária, onde afetou principalmente os nativos de baixa renda que não possui imóvel próprio e necessita de arcar com o aluguel. Segundo Freire et.al, 2018, p, 30:
 Além da especulação imobiliária representada pela extraordinária elevação dos preços de venda e aluguel de imóveis, com o incremento da população ocorreu uma série de problemas urbanos, tais como: aumento do custo de vida da população local (além do aluguel, a prestação de serviços, alimentação, etc.); ineficiência da capacidade de serviços e equipamentos públicos; problemas sociais relacionados à saúde pública, principalmente pela falta de saneamento básico; intensificação de prostituição e tráfico de drogas; e o aumento da criminalidade. 
Desse modo, pode-se se dizer que o município de Altamira passou a sofrer com a vulnerabilidade social durante a construção da usina. A região que tinha sua economia voltada para agricultura e pesca antes da construção, presenciou uma alteração na economia e na atividade econômica. Contudo, o município não conseguiu manter seu desenvolvimento após a paralização da obra. Fato que levou Altamira a retornar o que era antes, porém, devido as consequências sociais já citada, o município vem gradativamente aumentando os problemas sociais decorrente do período da obra. 
Segundo Oliveira Júnior (2013) “os hospitais, clínicas e postos de saúde despejam seus efluentes, sem nenhum tratamento, nas galerias de água pluvial que deságuam no Rio Xingu. O lançamento do esgoto doméstico é feito, na grande maioria dos domicílios em fossas rudimentares e poucos domicílios possuem fossas sépticas”. Neste caso, aconteceu a junção dos problemas sociais e ambientais decorrente do aumento da população na região que consequentemente ocasionou o aumento da contaminação das aguas do rio Xingu, devido à falta de políticas públicas voltadas para o saneamento ambiental. 
 Para Fainguelernt (2016, p, 259) “o subdimensionamento de impactos sociais e ambientais de Belo Monte acompanhou toda a trajetória do projeto, o que pode ser evidenciado pelo processo de licenciamento ambiental ter tido continuidade a despeito de posições contrárias de sujeitos fundamentais na problemática, como IBAMA, MPF, TCU e do não cumprimento das condicionantes”.
Em consideração com o ponto de vista da autora, fica claro que a região sofreu vários impactos sociais desde dos anos de 1975, quando se iniciou os primeiros trabalhos sobre a construção da Usina. Nesse caso, pode-se mencionar que o projeto pouco preocupou com a legislação ambiental vigente e até mesmo não respeitou nenhum órgão público competente. Ademais, é preciso ressaltar a obra da usina sempre foi de interesse público e econômico dos grandes políticos brasileiros e ainda das megas empresas no ramo de construção civil. 
Para muitos dos comerciantes da região, a construção da usina apresentou uma chance muito grande em aumentar suas arrecadações devido à grande demanda por partes dos trabalhadores que migraram para a região. Em contrapartida, para aqueles pequenos comerciantes que tiveram contato direto e indireto com a construção, puderam ser ver seu negócio fracassar em curto espaço de tempo. 
	Segundo Fainguelernt (2016, p, 259) “no que diz respeito à construção de grandes hidrelétricas na região, existe uma repetição de um mesmo padrão de política pública, que desrespeita a legislação ambiental brasileira e os direitos das populações tradicionais
atingidas pela obra, que na maioria das vezes, são consideradas “entraves” ao desenvolvimento econômico”.
	No aspecto econômico, essa construção surgiu no período em que o Brasil achava necessário aumentar os ganhos econômicos a tudo custo. Sem nenhum estudo e tão pouco planejamento, o Brasil mantinha uma linha de pensamento, que era necessário qualquer forma de desenvolvimento econômico para que o país chegasse em um patamar desejável. No entanto, a mentalidade dos políticos brasileiros sempre esteve equivocada, quando configuram crescimento econômico com desenvolvimento econômico. 
	Para Oliveira Júnior (2013). “O AHE Belo Monte se insere, nesse contexto, ao se utilizar do potencial hidrelétrico do Rio Xingu, convertendo esse potencial natural em instrumento para o desenvolvimento. Desenvolvimento esse voltado, no entanto para a região mais industrializada do país em detrimento das áreas diretamente afetadas por tal empreendimento”.
	A obra a usina Belo Monte e também de outras localizadas na região norte do Brasil, foi apenas mais um empreendimento sedento por crescimento econômico. Nesse caso, não houve o cuidado de pensar no desenvolvimento econômico local a curto, médio e longo prazo. Desse modo, já vai quase meio século de brigas judiciais para efetivar um projeto que na sua pratica já foi constatado que não trouxe e não trará nenhum ganho econômico àqueles que foram diretamente afetados pela construção da usina. 
	No contexto de envolvimento do governo brasileiro em grandes obras de construção de grandes centrais hidrelétricas, Freire et.al concluiu em seu trabalho sobre fatos e impactos envolvidos na implantação da usina hidrelétrica na região Amazônica Paraense que:
Um dos pontos polêmicos referente a Belo Monte diz respeito ao fato de o Estado brasileiro investir em grandes usinas hidrelétricas por meio de uma estreita relação com capital privado. No tocante a esse assunto, incluem-se investigações por parte da Polícia Federal na descoberta de políticos e empresários envolvidos em pagamentos de propina durante a construção da obra, sendo constantemente citada por delatores na “Operação Lava Jato” elevadas cifras de valores monetários desviados para alimentar o esquema de corrupção (FREIRE et.al, 2018). 
Nesse sentido, independentemente de o Brasil ainda ser um país corrupto, não justifica o investimento econômico em grandes centrais hidrelétricas com a promessa de trazer desenvolvimento econômicos. Diante de toda polêmica da construção da Usina de Belo Monte, o Brasil já deveria ter tomado a consciência que tamanho investimento acarreta em mais problemas de ordem econômica. Sendo assim, levando em consideração que o Brasil é um país que apresenta grandes recursos hídricos, faz-se necessário o investimento em pequenas centrais hidrelétricas, que consequentemente trará menores investimentos econômicos e menor impacto ambiental e social. 
 Conclusão
 No campo de produção de energia, o Brasil ainda está muito pautado na produção hidrelétrica, fato este que o torna muito dependente de uma única fonte. Sendo assim, o Brasil necessita abrir novos investimentos para aumentar a participação das energias renováveis em sua matriz. Sabemos que além da energia hidrelétrica e do etanol, existe várias outras formas de obtenção de energia. Faz-se necessário pensar que a sustentabilidade só será atingida quando a população consumidora for beneficiada. Caso contrário, ainda terá grande impacto econômico na vida das pessoas. Desse modo, deveria existir mais políticas públicas voltadas para a elaboração de projetos de obtenção de energia limpa. 
	Levando em consideração que o Brasil é um país de grandes extensões territoriais e que ainda conta com climas quentes, faz-se necessário o aproveitamento de todas as fontes de energias renováveis possíveis, fato este que além de beneficiar o meio ambiente irá atingir a sustentabilidade social. Neste sentido, resta aos governantes analisar se toda a imensa construção da usina hidrelétrica se faz necessário e se realmente os ganhos econômicos da produção de energia será capaz de arcar com todas as mitigações necessárias. 
 
Referências
ARAUJO, M. M. V.; PINTO, K. J.; MENDES, F.O. A Usina de Belo Monte e os impactos nas terras indígenas. Planeta Amazônia: Revista Internacional de Direito Ambiental e Políticas Públicas. Macapá, n. 6, p. 43-51, 2014.
CARVALHO, E. C. L.; VARELA, L. B.; CAMPOS, Y. O. Análise dos impactos sociais e ambientais decorrentes da construção da UHE Belo Monte no município de Altamira, PA. Urbanização e meio ambiente. Volume 2. Belém Unama 2013. 
FAINGUELERNT, M. B. A trajetória histórica do processo de licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Belo Monte. Ambiente & Sociedade. São Paulo v. XIX, n. 2 n p. 247-266 n abr.-jun. 2016.
FEARNSIDE, P.M. Belo Monte: A Ponta de Lança da Construção de Barragens na Amazônia? Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia-INPA. 2015. pp. 245-248.
FREIRE, L.M. Impactos ambientais no rio Xingu diante da implantação da usina hidrelétrica de Belo Monte no estado do Pará: subsídios para o planejamento ambiental. REVISTA GEONORTE, Edição Especial 4, V.10, N.10, p.341– 345, 2014. 
FREIRE, L. M; LIMA, J. S; SILVA, E. V. Belo Monte: fatos e impactos envolvidos na implantação da usina hidrelétrica na região Amazônica Paraense. Soc. Nat. | Uberlândia, MG | v.30 | n.3 | p.18-41 | set./dez. 2018 | ISSN 1982-4513
ROSCOCHE, L. F; VALLERIUS, D. M. Os impactos da usina hidrelétrica de Belo Monte nos atrativos turísticos da região do Xingu (Amazônia – Pará - Brasil). Revista eletrônica de administração e turismo. v.5.nº3. Julho – Dezembro/2014. 
OLIVEIRA JÚNIOR, R.F. A contribuição dos indicadores de desenvolvimento humano na formulação de políticas públicas no contexto urbano de municípios diretamente afetados pela hidrelétrica de Belo Monte: Altamira e Vitória do Xingu. Universidade da Amazônia programa de pós-graduação em desenvolvimento e meio ambiente urbano. BELÉM - PA 2013.
SANTOS, K.C.F; MITSCHEIN, T. A; PEREIRA, S. F. P; NOGUEIRA, D. P; SILVA, C. S. Impacto ambiental da construção da UHE Belo Monte sobre a qualidade da agua do rio Xingu. XIII International Conference on Engineering and Technology Education. March 16 - 19, 2014, Guimarães, PORTUGAL. 
SANTOS, T; SANTOS, L; ALBUQUERQUE, R; CORRÊA, E. Belo Monte: impactos sociais, ambientais, econômicos e políticos. Revista de la Facultad de Ciencias. Económicas y Administrativas. Universidad de Nariño. Vol. XIII. No. 2 - 2do. Semestre 2012, Julio - Diciembre - Páginas 214-227.

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