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RESUMO MALUF, Said. 
Teoria geral do Estado 
Capítulos: I ao XXXIX 
 
Equipe: Erika de Moraes Matos Lichterfeld, Giovana Velozo, Gledson Miranda, Katerryn Dias 
Shepsnykov Lima e Thayanna Freitas. 
13/05/2015 
 
 
 
 
 
TURMA: DTN01S5 
DIREITO NOTURNO 
2 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO I 
1. ESTADO E DIREITO 
É uma organização destinada a manter, através do Direito, as condições universais de 
ordem social. 
O Direito é o conjunto das condições existências da sociedade, que ao Estado cumpre 
assegurar. 
 
1.1 TEORIAS ESTADO X DIREITO 
 
 
 Monística 
 ou 
Estatismo Jurídico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caso Explicativo de Monismo: 
 
Nazismo- A humanidade não tolera o terror, horror do holocausto, tudo foi feito na base da 
lei. 
Isto prova que o positivismo legalista não conseguia e não consegue limitar o legislador, 
que com base na lei, e possível mandar para os fornos milhões de pessoas. 
O Direito penal não tem como finalidade só o cumprimento da norma por injusta e 
aberrante não se pode dar cumprimento, confundia-se vigência com validade da lei. 
 
 
 
 
 
 
 
 Hans Kelsen: Direito e a normas postas pelo Estado; 
 Estado e Direito são uma única realidade; 
 Estado e a fonte única do Direito, quem da vida ao Direito e o Estado; 
 Estado tem a “força coativa”; 
 Só existe o direito estatal, não há qualquer regra jurídica fora do 
Estado; 
 Existir=validade. Norma só deixara de ser valida se o próprio Estado 
retira-lo do ordenamento jurídico; 
 Precursores do monismo jurídico: Hegel, Thomas Hobbes e Jean 
Bodin. Desenvolvida por Rudolf von Ihering e John Austi. 
DIREITO 
ESTADO 
3 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 
 
 
Dualística 
 ou 
Pluralística 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Paralelismo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Interdependentes= dependência recíproca, um não existe sem o outro. 
 
 
 
 
 
 
 Estado e Direito são duas realidades diferentes independentes e 
inconfundíveis; 
 Estado e apenas uma categoria especial do Direito; 
 Direito positivo é uma criação social e não estatal; 
 Direito é um fato social em continua transformação, em função das 
causas éticas, psíquicas, cientificas biológicas etc; 
 As normas jurídicas tem sua origem no corpo social; 
 A função do Estado é positivar o Direito, traduzir os princípios que se 
firmam na consciência social; 
 O Estado é mero administrador, visto que, seu papel nas relações 
individuais é restrito; 
 Precursores Gierke e Gurvitch, Léon Duguit. 
 Estado e Direito são duas realidades distintas, inconfundíveis, porém 
interdependentes, ou seja, se comunicam; 
 Teoria do Paralelismo completa a Pluralista; 
 Estado tem destaque como fonte do Direito, visto que, é dele que 
emana a norma positiva estabelecendo uma sanção; 
 O Direito sem a força do Estado não é válido, porque sem o Estado 
não e possível se fazer cumprir as leis; 
 Estado e Direito se unem para estabelecer o bem comum; 
 Estado sem Direito não consegue a organização social; 
 O Estado “cria” direito, mas a sociedade intervém nesse processo; 
 Norma sancionada + agente com competência para punir= norma 
com eficácia (validade). 
DIREITO ESTADO 
 
 
DIREITO ESTADO 
4 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO II 
 
1. TEORIA TRIDIMENSIONAL DO ESTADO E DO DIREITO 
 
 
MUNDO DO SER= REALIDADE SOCIAL 
Teoria Tridimensional do Estado e do Direito (Miguel Reale) ≠ Teoria Pura do Direito 
(Hans Kelsen). 
 
 
a. FATO X VALOR X NORMA 
 
FATO VALOR NORMA 
E todo acontecimento natural ou 
humano capaz de criar, modificar ou 
extinguir relações jurídicas. 
 
Fato jurídico e um acontecimento 
praticado por uma pessoa física ou 
jurídica, a partir de uma ação ou 
omissão e que esses fatos agem 
diretamente e imediatamente sobre 
pessoas, coisas, direitos e obrigações 
próprias ou de terceiros. 
Elemento moral do Direito, ou 
seja, e o ponto de vista da 
maioria da sociedade sobre 
determinado FATO que ocorre 
em seu meio, tendo como 
parâmetro o momento 
histórico e a visão do homem 
médio. 
 
“Valor seria a proteção das 
pessoas”. 
E uma visão genérica, traz 
ideia de regra, modelo a ser 
seguido por todo homem de 
bem, a ser obedecida na forma 
de LEI. 
 
 
b. MOMENTOS OU FATORES 
 
SOCIOLOGICO FILOSOFICO JURIDICO 
Quando o estuda a organização 
estatal como FATO SOCIAL 
(relação entre as pessoas) 
Quando estuda o Estado como 
fenômeno politico, valor 
cultural (axiológico). 
Quando estuda o estado como 
órgão central da positivação do 
Direito. 
Estado faz o direito existir. 
 
 
 
5 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 A Teoria Tridimensional sai de uma concepção normativa, faz uma analise que 
leva em conta não só o Direito como ciência do ponto de vista axiológico; 
 
 DIREITO se origina do FATO SOCIAL “Sociedade caminha o Direito vai 
atrás”; 
 
 NORMA jurídica não resulta da vontade do legislador, a sociedade atribui um 
determinado VALOR a um FATO (pode ser valor positivo ou negativo), depois 
se cria uma norma para regulamentar esse FATO (se o fato possuir um VALOR 
positivo a NORMA criada vai permitir esse FATO, mas se o FATO possuir um 
valor negativo a NORMA criada vai proibir esse FATO); 
 
 O VALOR e intrico a NORMA; 
 
 FATO, VALOR e NORMA, num caráter histórico, social e cultural, visto que, o 
homem vive em constante mudança, as quais faz necessária adaptação das 
normas e valores aos fatos do seu cotidiano, provando que o Direito e uma 
ciência dinâmica; 
 Com essa concepção tridimensional do Estado e do Direito, afasta-se o erro do 
formalismo técnico-juridico e se compreende o verdadeiro valor e da função de 
governo. 
. 
EXEMPLOS: 
FATO VALOR NORMA 
Um dia alguém feriu outra 
pessoa. 
A sociedade começou a 
perceber que essa atitude 
não esta certa. 
Baseado nisso criaram 
uma lei dizendo que isso e 
crime. 
Certo dia alguém teve que ferir 
uma pessoa para se defender. 
A sociedade começou a 
perceber que essa atitude 
não e errada. 
Baseado nisso criaram 
uma lei dizendo que isso e 
não configura crime e sim 
legitima defesa. 
Acidentes de trânsitos causados 
por motoristas embriagados. 
Clamor popular pela 
redução do numero de 
acidentes. 
Criação da Lei seca, a qual 
prever pesadas sanções 
para os motoristas 
infratores. 
Violência contra mulher Repudio da sociedade 
Bem estar moral e físico 
da mulher afetado. 
Lei Maria da Penha. 
 
 
6 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO III 
DIVISAO GERAL DO DIREITO 
 
1. DIREITO NATURAL E POSITIVO 
 
1.1 Direto Natural 
 
 
 
1.1 Direto Positivo 
 
 
 
 
 
CARACTERISTICAS DIREITO NATURAL X POSITIVO 
NATURAL POSITIVO 
IMUTAVEL 
Derivaria de valores que antecedem e 
constituem o ser humano, não podendo ser 
modificado por força de atos voluntários. 
MUTAVEL 
Basta que a vontade do Estado se modifique 
para que novas normas jurídicas surjam e 
outras deixem de existir 
UNIVERSAL 
Seus preceitos são idênticos a todos os serem 
humanos independentes das condições 
culturais. 
REGIONAL 
Pois varia de território a território. 
Ex: O direito positivo brasileiro não é igual da 
Argentina. 
ABSOLUTO 
Independe de qualquer autoridade que o 
positive. 
 
Depende de autoridade que o positive. 
ATEMPORAL 
Não é afetado pelo passar do tempo 
TEMPORAL 
Valido por determinado tempo 
 
 
 
 
 De origem divina, pois emana da própria natureza, independente da 
vontade do homem; 
 E anterior e superior ao Estado. 
 Conjunto orgânico das condições de vida e desenvolvimento do 
individuo na sociedade; 
 E obra essencialmente humana, e, portanto precária, falível e sujeita 
a imperfeiçoes. 
7 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
1. DIREITO POSITIVO 
Divide-se em Público e Privado. 
 
 
 
1.1 Direito Públicos e 
 
 
 
 
 
 
 
1.2 Direito Privado 
 
 
 
 
 
 
 Ramo de normas que possuem naturezapública, na 
qual o Estado atua com seu poder; 
 Regula as relações entre Estado e pessoa publica, 
estado e individuo (individuo) ou sociedade e 
individuo (cidadão); 
 Protege os interesses da sociedade (sociais, coletivos, 
públicos, e relacionados à organização do Estado; 
 Prevalência de normas imperativas; 
 Legalidade estrita- da administração Pública somente 
poderá agir de acordo com aquilo que a lei 
expressamente dita. 
. 
 
 E o que diz respeito aos interesses dos 
particulares, o Estado só se envolve para resolver 
impasse; 
 Visa disciplinar as relações interindividuais; 
 Princípios- autonomia da vontade e igualdade 
formal; 
 Legalidade- os cidadãos podem fazer tudo, desde 
que não seja contrário a leis (o que não e 
8 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
1.1.1 DIREITO PÚBLICO INTERNO 
 
 Deito constitucional- E a ciência que proporciona o conhecimento da 
Organização do Estado. 
 Direito administrativo- Têm normas que regulam atos administrativos 
praticados por qualquer poder estatal (ação do Estado no campo econômico; a 
administração dos bens públicos e o poder de polícia). 
 
 Direito tributário- Disciplina a receita e a despesa pública, arrecadação do 
dinheiro público e seu emprego em obras e despesas gerais. 
 
 Direito Penal- Disciplina as condutas humanas que podem por em risco a 
coexistência dos indivíduos na sociedade, regula essas condutas com base na 
proteção dos princípios relacionados à vida, intimidade, propriedade, liberdade 
etc. 
 
 Direito processual- Estrutura os órgãos de justiça de modo a disciplinar à 
forma que devem ter os processos judiciais, dá em outras palavras as diretrizes, 
sobre como pedir em juízo a satisfação de um determinado direito. 
 
1.1.2 DIREITO PÚBLICO EXTERNO 
 
 Direito Internacional Público- disciplina as relações entre os vários Estados, 
possuindo princípios e diretrizes, tanto na esfera política, econômica, social e 
cultural. Os instrumentos dos acordos entre os Estados são denominados 
tratados. 
 
1.2.1 DIREITO PRIVADO EXTERNO 
 
 Direito Internacional Privado- Destina-se à regular a situação do estrangeiro 
no território nacional. 
 
1.2.2 DIREITO PRIVADO INTERNO 
 
 Direito civil- Visa regulares as relações dos indivíduos, estabelecendo direitos e 
impondo obrigações, atua em toda a vida do indivíduo, pois disciplina todos os 
campos de interesses individuais. 
. 
 Direito do trabalho- É um ramo que se destina a disciplinar as relações de 
trabalho, estabelecendo princípios e regras, tanto aos que prestam os serviços, 
quanto para àqueles cujo serviço se destina. 
 
 Direito empresarial ou comercial- Constitui-se de normas que gerem a 
atividade empresarial, disciplina a atividade econômica organizada para a 
produção e circulação de bens ou de serviço. 
9 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO IV 
1. TEORIA GERAL DO ESTADO- TGE 
 Corresponde á parte do Direito Constitucional 
 É a ciência do Estado ou a Doutrina do Estado 
 Teoria= ciência ou doutrina- Aspira conhecer o Estado na sua estrutura e 
funções, o seu devir histórico e a tendência de sua evolução. 
 
1.1 TRIPLICE ASPECTO DO TGE 
SOCIAL POLÍTICO JURIDICO 
Quando analisa o gênese do 
desenvolvimento do Poder estatal; 
 
Baseado nos fatores social, histórico 
e econômico. 
Finalidade do governo em 
razão dos diversos sistemas de 
cultura. 
Quando estuda a 
personificação e ordenamento 
do Estado. 
 
1.2 FONTES DO TGE 
São classificadas em Diretas e Indiretas 
 
Diretas 
 
 
Indiretas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Paleontologia 
 Paleoetnologia 
 História 
 Instituições Políticas (antigas e atuais). 
 Estudo da sociedade animal 
 Estudo da sociedade humana primitivas 
 Estudo da sobrevivência 
10 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO V 
1. NAÇÃO E ESTADO 
 Nação e Estado são duas realidades distintas e inconfundíveis. 
 Nação e uma realidade sociológica, e a substancia humana do Estado. 
 
 
 
1.1 NAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Os elementos território, língua, religião, costumes e tradição, por sim só, não constituem 
o caráter de uma nação, para isso e necessário ter um sentimento de união, laços 
afetivos e identidade sociocultural. 
ATENÇÃO- QUEM NASCEU PRIMEIRO ESTADO OU NAÇÃO: 
Foi à nação, pois os homens já se agrupavam antes do surgimento do Estado. 
1.2 POPULAÇÃO 
 
E o conjunto heterogêneo de pessoas que vivem, habitam uns pais, sem exclusão dos 
estrangeiros, apátridas etc. 
Também envolve um conceito aritmético, quantitativo e demográfico. 
 
 Predomina fatores históricos, psicológicos e homogeneidade; 
 Mesmo grupo étnico; 
 Mesmos costumes; 
 Hábitos, tradições, religião e consciência nacional; 
 Patriotismo, consciência social e vínculos de sangue; 
 Nação pode existir sem Estado, ex: Palestinos e Curdos; 
 Varias nações podem reunir –se em um só Estado ex: Austria-
Hungria, Irlanda, Escocia e Inglaterra(Gra-bretanha); 
 Uma única nação pode dividir-se em vários Estados 
ex: a nação Italiana chegou a se dividir em vários Estados (Roma, 
Napoles, Veneza etc), unificando-se em 1970; 
 O Principio do Direito Internacional moderno, cada nação deve 
constituir um Estado próprio. 
11 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
1.3 POVO 
 Conjunto de pessoas ligadas a determinado Estado por um vincula jurídico-
politico, pertencem ao Estado por uma questão de cidadania. 
1.4 RAÇA 
 
 E a unidade bio-antropologica, conceito de raça baseia-se em fatores 
biológicos, como cor da pele, formato da cabeça, tipo de cabelo entre outros 
(índios, brancos, negros e amarelos). 
 Uma nação pode ser formada por varias raças, ex: a nação brasileira 
constitui-se de três grupos étnicos (Lusitano africano e americano). 
 E de um só tronco racial podem surgir varias nações, exemplo: continente 
americano. 
 
1.5 HOMOGENEIDADE DO GRUPO NACIONAL 
 
 A Nação e um dos elementos formados pelo Estado; 
 São três os elementos constituintes do Estado: População, Território e 
Governo; 
 O elemento população envolve o requisito de homogeneidade, isto e, deve 
corresponder ao conceito de nação; 
 O Estado e uma nação politicamente organizados, população como elemento 
integrativo do Estado, requer o atributo nacional (Queiroz Lima); 
 O fator racial e secundário; 
 Um Estado que não corresponda a uma nação é um Estado imperfeito; 
 Um Estado que não defenda e não promova justamente o caráter nacional e 
um Estado ilegítimo (Del VAecchio); 
 A homogeneidade do elemento populacional fortalece o Estado; 
 A doutrina das nacionalidades que consiste em reconhecer a cada grupo 
nacional homogêneo, o direito de constituir um Estado soberano. 
 A constituição arbitraria de pequenos Estados, dividindo ou incorporando 
nações, tem sido a maior fonte de perturbação da paz no mundo; 
 Formação nacional= naturais + históricos+ psicológicos. 
 
12 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.6 ESTADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O conceito de Estado vem evoluindo desde a antiguidade, a partir 
da Polis grega e da Civitas romanas; 
 Maquiavel introduziu a palavra Estado na literatura cientifica; 
 Estado como realidade Juridica – Kelsen; 
 Jellinek ve no Estado uma dupla personalidade, social e jurídica; 
 Estado e criação do exclusiva da ordem jurídica e representa uma 
organização da força a serviço do Direito- Duguit; 
 Rudolf Smend- demostra que o Estado e resultante natural de um 
longo processo de integração; 
 O Estado e uma parte especial da humanidade considerada como 
unidade organizada-John Burguess; 
 promover o seu interesse e segurança mutua por meio de 
conjugação de todas as suas forças – Thomaz Cooley 
 O Estado e uma associação, que atuando através da lei promulgada 
por um governo, com poder coercitivo , mantem dentro de uma 
comunidade territorialmentedelimitada , as condições universais 
da ordem social- Mac Iver; 
 O Estado e um agrupamento humano, estabelecido em 
determinado território e submetido a um poder soberano que lhe 
da umidade orgânica- Clovis Bevilaqua; 
 O Estado e a sociedade que se coage, e a organização das forças 
coativa sociais – Von Lhering; 
 Teoria fascista- Nação não faz o Estado, mas este e o que faz a 
nação; 
 Estado e o órgão executor da soberania nacional; 
 Nação e direito nacional e Estado e criação humana; 
13 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO VI 
 
1. ELEMENTOS CONSTITUINTE DO ESTADO 
 
 O Estado se compõe de três elementos: População, território certo e 
inalienável e governo independente; 
 
 Estado perfeito = População homogêneo território certo e governo independente; 
 
 A ausência ou desfiguração desses elementos retira da organização sócio-
política a plena qualidade de Estado, exemplo: Canada que e um Estado 
imperfeito, visto que, seu governo e subordinado ao Estado britânico. 
 
 
 
 
1.1 POPULAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 População e o primeiro elemento formador do Estado; 
 Envolve requisito de homogeneidade, isto e, deve 
corresponder ao conceito de nação (sentido de formação de 
sentimento comum, em torno da formação de um Estado); 
 Sem a substancia humana não há como formar ou existir o 
Estado; 
 Estado e caracteristicamente nacional, corresponde a uma 
unidade étnica; 
 Reunião de indivíduos de varias origens , estabelecidos num 
determinado território e aí se organizam politicamente; 
 A homogeneidade de agrupamento humano não envolve 
ideia de raça (sentido biológico ou antropológico); 
 O Estado sucede ao processo de formação nacional, ou tende 
a realizar essa formação como base de sobrevivência; 
 Para Rousseu viu no individuo uma dupla qualidade: de 
cidadão ativo do Estado, pessoa inteiramente subordinada a 
essa vontade geral, soberana; 
 
 
14 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
OBS: Os direitos da cidadania só são exercidos pelos elementos nacionais ou 
nacionalizados, os estrangeiros não participam da formação da vontade politica 
nacional. 
 
 
 
1.2 TERRITORIO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 1.3 GOVERNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E a base física, âmbito geográfico da nação e o primeiro 
elemento formador do Estado; 
 E o patrimônio sagrado do povo, e inalienável, espaço certo e 
delimitado onde se exerce o poder do governo sobre os 
indivíduos; 
 O território pode ser terrestre, marítimo, fluvial, solo, 
subsolo, mar, lagos, espaço aéreo (supra solo), navios 
mercantis em alto mar, navios de guerra, embaixadas e 
legações em países estrangeiros etc;; 
 A nação pode subsistir sem território próprio, sem se 
constituir em Estado. Ex: Nação judaica, porem Estado sem 
território não e Estado; 
 Para Duguit e Le Fur o território não e elemento necessário a 
existência de um Estado, como e o caso do Vaticano. 
 
 E a delegação da soberania nacional, e a própria soberania 
posta em ação; 
 E o conjunto das funções necessárias a manutenção da ordem 
jurídica da administração publica; 
 E um atributo indispensável da personalidade abstrata do 
Estado; 
 Tem dois sentidos: coletivo, como conjunto de órgãos que 
presidem a vida politica do Estado e singular como poder 
executivo; 
 Um grupo de pessoas que tem o poder de mandar em um 
território, criam leis, regras e regulamentações; 
 Coletam impostos, possuem sistema de justiça; 
 Usam foça policial para garantir que a população siga as leis 
para manter a segurança publica; 
 Possui força militar para proteger o pais; 
 O governo e titular do poder do Estado, so que Estado e 
permanente e o Governo e transitório. 
15 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
OBSERVAÇÕES GERAIS: 
 Soberania não e requisito a existência de Estado e uma característica do Estado 
sem o qual, ocorre o Estado imperfeito (colônias autônomas); 
 
 Povo diferente de população, povo possui capacidade eleitoral (ex: povo 
brasileiro + naturalizados), população (aqueles que habitam território nacional, 
 Independente de sua nacionalidade); 
 
 Nacionalidade e a relação entre uma pessoa e o Estado se da através do vinculo 
jurídico chamado nacionalidade e a lei que apresenta os requisitos para ser 
considerado nacional de um pais. 
 
 ius solis e nacional aquele que nasce em território nacional; 
 
 ius sanguinis e nacional aquele que nasce de pais (pai e ou mãe) nacionais; 
 
 A qualidade de nacional também e conferida pelas regras legais de pais, tais 
como binacionais (pessoa que se vincula a duas nacionalidades ex: nasceu em 
um pais que adota o ius solis e de pai nacional de outro pais que adota o ius 
sanguinis) e os apátridas sem nacionalidade ex: nasceu em pais que adota o ius 
sanguinis de pais cujo pais adota o ius solis. 
 
 O Brasil adota o critério misto conforme art. 12, CF 1988; 
 
 Cidadão significa participar ativamente da formação da vontade do Estado (voto, 
alistamento militar, plebiscito etc). 
 
 Legitimidade e a fundamentação do poder politico do Estado, e um atributo do 
Estado; 
 
 Estado consiste em assegurar a obediência sem a necessidade de recorrer ao uso 
da força, a não ser em casos esporádicos, a obediência e devida apenas ao 
comendo do poder legitimo, tem valor valorativo; 
 
 A legalidade faz referencia a adequação da formalidade de uma lei ou norma 
jurídica; 
 
 A legalidade de uma ação ocorre quando ela esta de acordo com a ordem 
jurídica, possui valor formal; 
 
 A legitimidade e um aspecto anterior a legalidade, e categoria de sentido 
valorativo. 
16 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO VII 
SOBERANIA 
 
1. Soberania 
 
 
 
 
 
 
 
1.1 Soberania 
 absoluta do Rei 
 
 
 
 
 
 
1.2 Soberania 
 Popular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Soberania não e um poder e uma qualidade do poder; 
 E uma autoridade superior que não pode ser limitada por nenhum 
outro poder; 
 UMA porque não pode existir mais de uma autoridade soberana 
em um mesmo território; 
 INDIVISIVEL poder soberano delega atribuições, reparte 
competências, mas não divide a soberania; 
 ILANIENAVEL Não se transfere a outrem; 
 IMPRESCRITIVEL não sofre limitações no tempo, não se 
concede soberania temporária; 
 
 
 
 Monística; 
 Soberania do Rei e originaria, ilimitada, absoluta, perpetua 
e irresponsável em face de qualquer outro poder temporal 
ou espiritual; 
 Direito divino dos Reis; 
 O poder de soberania era o poder do Rei e não admitia 
limitações; 
 Pessoa sagrada do Rei o próprio Estado, a soberania e a Lei. 
 
 
 
 Escola espanhola; 
 Mandato imperativo, o poder público vem de Deus; 
 O poder civil corresponde com a vontade de Deus, mas 
promana da vontade popular; 
 Poder maior, exercido pelo povo, que denominou soberania 
constituinte; 
 E uma ideia que decorrer da Escola contratualista a 
legitimidade do governo ou da Lei esta baseada no 
consentimento dos governados; 
 E a de mais difícil operacionalização; 
 Acolhe ate mesmo estrangeiros no país, sendo reconhecido 
como soberania constitucional. 
17 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 
 
 
1.3 Soberania 
 Nacional 
 
 
 
 
 
 
 
1.4 Soberania 
do Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.5 Escola e Austríaca 
Jellinek e Kelsen 
 
 
 
 
 
 
 Divergem fundamentalmente da Escola clássica Francesa; 
 E a capacidade de autodeterminação do Estado por direito 
próprio exclusivo; 
 E uma qualidade do poder do Estado, ou seja, uma 
qualidade do Estado perfeito; 
 Única fonte de Direito e o Estado, ou seja, na Teoria 
Monistica; 
 E um poder originário nasce no momento em que nasce o 
Estado, Exclusivo, so o Estado possui, incondicionado que 
encontra limites no próprio Estado, coativo: o Estado, no 
seu exercício ordena e impõe meios de cumprirsuas ordens. 
 
 Divergem fundamentalmente da Escola clássica Francesa; 
 E a capacidade de autodeterminação do Estado por direito 
próprio exclusivo; 
 E uma qualidade do poder do Estado, ou seja, uma 
qualidade do Estado perfeito; 
 Única fonte de Direito e o Estado, ou seja, na Teoria 
Monistica; 
 E um poder originário nasce no momento em que nasce o 
Estado, Exclusivo, so o Estado possui, incondicionado q 
encontra limites no próprio Estado, coativo: o Estado, no 
 Escola clássica Francesa (Rousseau); 
 Rei e depositário não proprietário; 
 A Coroa não pertence ao Rei, o Rei é que pertence a Coroa; 
 Nação e fonte única do poder soberano; 
 O órgão governamental só exerce legitimamente mediante o 
consentimento nacional; 
 Mandato representativo; 
 Autonomia jurídica entre o representante e representado; 
 E originaria da nação, no sentido estrito de população 
nacional (ou povo nacional); 
 Exercem os direitos de soberania apenas os nacionais ou 
nacionalizados; 
 Não há que confundir a “teoria da soberania popular”, que 
amplia o exercício do poder soberano aos alienígenas 
residentes no país. 
 Divergem fundamentalmente da Escola clássica Francesa; 
 E a capacidade de autodeterminação do Estado por direito 
próprio exclusivo- Jellinek; 
 E uma qualidade do poder do Estado, ou seja, uma qualidade do 
Estado perfeito; 
 Única fonte de Direito e o Estado, ou seja, na Teoria Monística; 
 O Direito é feito pelo o Estado e para o Estado; 
 A Soberania e um poder jurídico, um poder de direito; 
 É um poder originário nasce no momento em que nasce o 
Estado, Exclusivo, só o Estado possui, incondicionado que 
encontra limites no próprio Estado, coativo: o Estado, no seu 
exercício ordena e impõe meios de cumprir suas ordens. 
 
 E estritamente jurídica, e um direito do Estado é de caráter 
absoluto; 
 Sem limitação de qualquer espécie, nem mesmo do direito natural 
cuja existência e negada; 
 Só existe o direito estatal, elaborado e promulgado pelo Estado; 
 A vida do direito esta na força coativa que lhe empresta o Estado; 
 A soberania e ilimitada e absoluta; 
 Toda forma de coação estatal e legitima e a vontade soberana do 
Estado; 
 Todo Direito emana do estado e este se coloca acima do direito; 
 O Estado não pode cria arbitrariamente o direito ele cria a lei; 
 Caráter absolutista e totalitário; 
 Justificaram os Estados nazistas, fascistas e todos os 
totalitarismos. 
 
 
18 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 
1.6 Negativista 
 
 
 
 
 
 
1.7 Realista 
ou Institucionalista 
 
 
 
 
 
1.8 Limitações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 E de natureza absolutista; 
 A soberania é uma ideia abstrata, não existe concretamente; 
 Estado, nação, direito e governo são uma só e única 
realidade; 
 Não há direito natural nem qualquer outra fonte de 
normatividade jurídica que não seja o próprio Estado; 
 A soberania é uma lei onde o Estado a aplica. 
 
 E a quem mais se aproxima da nossa realidade atual; 
 A soberania e originalmente da Nação (quanto a fonte do 
poder), mas, juridicamente , do Estado (quanto ao seu 
exercício); 
 Nação e Estado são realidades distintas, uma sociológica e 
outra jurídica; 
 No Direito público internacional ambas compõe a mesma 
personalidade; 
 Soberania como poder relativo, sujeito a limitações; 
 Institucionalização no órgão estatal. 
 
 Limitam a soberania os princípios do Direito natural, 
porque o Estado e apenas instrumento de coordenação do 
Direito; 
 O direito que o Estado emana so tem legitimidade quando 
se conformas leis eternas e imutáveis da natureza; 
 Limita a soberania do Direito Grupal, porque sendo o fim 
Estado o bem comum, compete-lhe coordenar a atividade e 
respeitar a natureza (a família, escola, corporação 
econômica ou sindicato profissional); 
 O plano internacional, a soberania e limitada pelos 
imperativos da coexistência de Estados soberanos (países 
em desenvolvimento, por problemas financeiros , 
dependeriam de decisões estrangeiras para tomar decisões 
simples como por exemplo: investir na produção de energia 
elétrica. 
19 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO VIII 
 
1. SOBERANIA E GLOBALIZAÇÃO 
 
 Estado soberano é ilimitado, salvo limitações do Direito natural; 
 Soberania em vias de extinção, segundo fatores modernos; 
 Globalização, explorando fronteiras, influenciando, economias e organizações 
políticas no mundo; 
 Conceito de globalização não é uniforme, e ainda atinge países de diversas 
formas; 
 Globalização é um processo de internacionalização de regras, interferência 
política, impulsionado pela economia e novas tecnologias; 
 Globalização produz reflexos no conceito de soberania, em cada país; 
 Atingi principalmente países desenvolvidos e em desenvolvimento; 
 Efeito da globalização sobre o conceito de soberania (extinção ou 
sobrevivência da soberania); 
 Miguel Reale- a globalização é um fenômeno inevitável, vê o seu avanço 
através de multinacionais, aumenta a responsabilidade de cada Estado de 
resguardar sua soberania; 
 
 Blocos econômicos- são formas de interação de Estados soberanos através de 
tratados e convenções, fazendo desse meio a globalização; 
 
 Classificação dos Blocos internacionais: 
 Intergovernamentais - é a subordinação das decisões do bloco à vontade pol
ítica dos Estados membros.(MERCOSUL, NAFTA, ALADI, CAN, CARICO
M, EFTA, SADC, ANZCERTA, ASEAN, APEL). 
 
 Supranacionais- cada País transfere sua soberania a um órgão comum, sendo
 as decisões desse obrigatórias, independente de qualquer manifestação 
 interna. 
Exemplo: União Europeia (CEE) e tem como órgão máximo o Parlamento 
europeu; 
 
 Outros órgãos que atuam com poderes supranacionais: 
 Tribunal de Justiça, Tribunal de Contas, comitê econômico social, comitê 
das regiões, Banco Central Europeu e Banco Europeu de Investimentos. 
20 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO IX 
 
1. NASCIMENTO DE EXTINÇÃO DO ESTADO I 
 
 NASCIMENTO 
Nascimento do Estado= população +território +governo 
 SURGIMENTOD DO ESTADO 
 
 Os primeiros estados surgiram através dos comunidades primitivas; 
 Evolução natural da sociedade humana; 
 Direito Natural- Antes do surgimento do Estado já existiam regras de 
comportamento ditados pelo direito natural; 
 Direito positivo- Organização Estatal. 
 
 NAÇÃO 
 
 Entidade de Direito natural (étnica). 
 
 ESTADO 
 
 Fenômeno jurídico, obra do homem, contingente e falível. 
 MODOS DE NASCIMENTO DO ESTADO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Originário 
 
 
 Secundário 
 
 
 Derivados 
Colonização 
Concessão dos direitos de soberania 
Ato de governo 
 
Nacional 
Sucessoral 
 
 
Confederação 
Federação 
União pessoal 
União Real 
 
União 
 
Divisão 
21 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 MODO ORIGINÁRIO 
 
 “Auto nasce”, do próprio meio nacional, com a evolução da sociedade; 
 Sem dependência de qualquer fator externo; 
 Estado órgão positivado do Direito natural; 
 Homogeneidade da população (vínculos de raça, língua, religião, costumes, 
sentimentos e aspirações comuns; 
 Constituição de um Estado totalmente novo sem derivar de outro preexistente; 
 Roma e Atenas são exemplos de formação originária; 
 No mundo moderno (Queiroz Lima)- Irredutibilidade de interesse, necessidade 
de autonomia econômica e política, divergência de raças, índole e aspirações; 
 Exemplo de criação de estado sem o requisito homogeneidade é o Estado da 
Califórnia que reuniu indivíduos de todas as origens, e posteriormente se 
incorporou a Federação do Estados Unidos da América do Norte. 
 
1. MODO SECUNDÁRIO 
 
Pode nascer da União ou da Divisão de Estados. 
1.1 UNIÃO DE ESTADOS 
 
1.1.1 CONFEDERAÇÃO 
 
 União de países independentes que tenham interesses em comum; 
 Que tenham o intuito de fortalecer a defesa de todos contra uma agressãoexterna; 
 Os países membros não perdem a soberania; 
 Chefe de governo não é chefe de Estado; 
 União por meio de pacto contratual (tratados); 
 Os Estados mantém sua personalidade jurídica; 
 Eventualmente podem adotar uma constituição comum; 
 Governada por assembleia constituída por representantes dos Estados, os 
quais tem direitos e deveres idênticos; 
 Capacidade internacional limitada; 
 A nacionalidade dos indivíduos permanece resguardada; 
22 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 A força militar é a soma dos contingentes dos Estados membros; 
 Direito a nulificação, e direito a sessão; 
 Fase de um processo que caminha em direção a federação; 
 Exemplo de tempos antigos: Beócios, Arcádios, Helvética; 
 Exemplos atuais: Comunidade dos Estado independente (CEI), surgiu com a 
dissolução da antiga União soviética. 
 
1.1.2 FEDERAÇÃO 
 
 União nacional, perpétua, indissolúvel de províncias, que constituem uma só 
pessoa de Direito público internacional; 
 É uma organização jurídica baseada numa Constituição. 
 Diferente do que ocorre no Estado confederado, na federação não há 
possibilidade de desligamento, e o estado que quiser se separar pode ser 
legitimamente coagido pela União a permanecer; 
 Os Estados membros, são autônomos, possuem governo próprio mas não 
possuem soberania, são submetidas ao Estado Federal; 
Obs: autônomos- Possuem competência ou prerrogativas garantidas pela 
constituição, que não podem ser abolidas ou alteradas de modo unilateral pelo 
governo central. 
 Estado Federal é soberano para fins de Direito Internacional; 
 As Federações são unidades de divisão históricas, geográficas e politíco-
administrativa de uma só nação; 
 Tem como característica distribuição do poder em dois planos (federal e 
estadual), existência de um Supremo tribunal federal, Composição bicameral 
do poder legislativo (Câmera dos deputados e Senado Federal); 
 Exemplo de Estados Federais: Argentina, Alemanha, Austrália, Brasil, 
Canadá, Rússia etc. 
 
1.1.2.1 FEDERAÇÃO NO BRASIL 
 
 São entidades subnacionais, autônomas (autogoverno, autolegislação e auto-
arrecadação); 
 Dotadas de governo e constituição próprias; 
23 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 Brasil é divido política e administrativamente em 27 unidades federativas, 
sendo 26 estados e um distrito federal; 
 Nestes o poder executivo e exercido por um governador eleito (com 
possibilidade de reeleição), Poder judiciário e exercido por tribunais estaduais 
de primeira e segunda instância que cuidam da justiça comum; 
 Cada Estado possui uma assembleia legislativa unicameral (com uma câmera 
de deputados e não possuem um senado Estadual; 
 Deputados estaduais que votam leis estaduais; 
 A assembleia legislativa fiscaliza as atividades do poder executivo dos 
estados e municípios; 
 No município não há poder judiciário; 
 Para exercer a fiscalização os Estados possuem tribunais de contas, com 
objetivo de prover assessoria quanto ao uso de verbas públicas; 
 O Distrito federal diferente dos Estados membros não pode se dividir em 
municípios, porém pode arrecadar tributos atribuídos como se fosse um 
Estado e também como município. 
 
 DIFERENÇA ENTRE CONFEDERAÇÃO X FEDERAÇÃO 
 
 Na confederação os estados constituintes não abandonam sua soberania e na 
federação a soberania e transferida para o estado federal; 
 Na federação os membros não podem se dissociar do poder central, na 
Confederação os Estados tem soberania para decidir sua permanência ou não 
na confederação. 
 
1.3 UNIÃO PESSOAL 
 
 A União pessoal é uma forma composta de Estado, exclusiva às monarquias; 
 É o governo de dois ou mais países por um só monarca; 
 União de natureza precária, transitória porque decorre de eventuais direitos 
sucessórios ou convencionais de um determinado príncipe; 
 Os Estados que se unem por união pessoal não perdem as respectivas 
independências; 
 A união pessoal já passou à categoria histórica, devido à forma precária e sem 
qualquer vantagem política, não mais existindo atualmente; 
24 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 Exemplos de união pessoal: Alemanha e Espanha sob o poder de Carlos V, 
Inglaterra e Hanover sob o governo de George IV, Polônia e Sarre, sob o 
reino de Augusto etc. 
 
1.4 UNIÃO REAL 
 
 A união real também só é possível em monarquias; 
 Resulta da união de dois ou mais Estados sob governo de um único soberano, 
formando uma só pessoa de Direito internacional; 
 Estados conservem suas diferenciadas organizações nacionais; 
 A união real é definitiva, diferentemente da pessoal que é transitória; 
 Os Estados conservam alguma autonomia política, sendo que no entanto a sua 
personalidade jurídica internacional é confiada à União; 
 Exemplos: Suécia e Noruega, Áustria e Hungria, Inglaterra, Escócia e Irlanda 
que formam a Grã-Bretanha. 
 
1.5 DIVISÃO NACIONAL 
 
 É a que se dá quando determinada região ou província integrante de um 
Estado obtém a sua independência e forma um novo Estado; 
 Há os exemplos da divisão da monarquia de Alexandre, do retalhamento do 
primeiro império napoleônico e da separação dos chamados Países Baixos; 
 Na reorganização da Europa após a segunda guerra mundial; 
 Vários casos de divisão nacional se verificaram por conveniência e imposição 
dos vencedores. 
 
1.5 DIVISÃO SUSSORIAL 
 
 Quando Estado é divido pelo monarca entre seus parentes, desdobrando-se, 
assim, em reinos menores autônomo; 
 O direito público moderno não dá agasalho a essa antiquada forma de criação 
do Estado. 
 
 
 
25 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
2. MODO DERIVADO 
 
 O Estado surge em consequência de movimentos exteriores, quais sejam: 
a) colonização; b) concessão de direitos de soberania e c) ato de governo. 
 
2.1 COLONIZAÇÃO 
 
 Forma utilizada pelos gregos que povoaram terras e criaram Estados; 
 Exemplos do Brasil e da demais antigas colônias americanas povoadas pelos 
ingleses, espanhóis e portugueses, as quais transformaram posteriormente em 
Estados livres. 
 
2.2 CONCESSÃO DOS DIREITOS DE SOBERANIA 
 
 Os monarcas, outorgavam os direitos de autodeterminação aos seus 
principados, ducados, condados, etc; 
 Nos tempos atuais, a Irlanda, o Canadá e outras “colônias” da British 
Commonwealth of Nations caminham progressivamente para a sua completa 
independência, através de concessões feitas pelo governo inglês. 
 
2.3 ATO DE GOVERNO 
 
 É a forma pela qual o nascimento de um novo Estado decorre da simples 
vontade de um eventual conquistador ou de um governante absoluto; 
 Napoleão I criou assim diversos Estados, tão-somente pela manifestação da 
sua vontade incontestável. 
 
3. DESENVOLVIMENTO DE DECLÍNIO 
 
 Estado se desenvolve em sentido progressivo; 
 Declínio provem da corrupção dos costumes, da falta de consciência cívica, 
relaxamento do sistema educacional e perversão da justiça; 
 Estado entra num processo de depauperamento orgânico. 
26 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
4. EXTINÇÃO 
 
 É a ausência total ou parcial de um dos elementos formadores do Estado. 
 
4.1 EXTINÇÃO POR CONQUISTA 
 
 Quando o Estado, é invadido por forças estrangeiras, ou dividido 
violentamente por um movimento separatista insuflado por interesses 
externos. 
 Exemplo a Polônia na órbita internacional, em 1772, em 1793 e no 
decurso da primeira guerra mundial. 
 
4.2 EMIGRAÇÃO 
 Quando toda a população nacional abandonou o país, como se deu com os 
helvéticos ao tempo de César. 
4.3 EXPULSÃO 
 Quando as forças conquistadoras, obrigam a população vencida a se deslocar 
para outra região. Foi o que ocorreu em diversos países da Europa por ocasião 
das invasões bárbaras. 
 
4.4 RENÚNCIA DOS DIREITOS DE SOBERANIA 
 
 É a forma de desaparecimento espontâneo; 
 Uma comunidade nacional pode renunciar aos seus direitos de 
autodeterminação, em benefício de outro Estadomais prospero, ao qual se 
incorpora, formando um novo e maior Estado; 
 Mais recentemente tivemos o exemplo do Estado mexicano do Texas, abriu 
mão da sua soberania para ingressar na federação americana. 
 
 
 
 
27 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO X 
 
1. NASCIMENTO DE EXTINÇÃO DO ESTADO II 
 
 JUSTIFICAÇÃO 
 
 De muita importância transcendental, pois envolvem, direta ou indiretamente, 
os interesses comuns de todos os povos; 
 A criação ou a supressão de um Estado seja aprovada pelas outras potências, 
de forma que um fato político se harmonize com o princípio da coexistência 
pacífica de soberanias internas; 
 A política internacional tem adotado, desde o século passado, as seguintes 
teorias que justificam o Estado: 
 
 Princípio das nacionalidades; 
 Teoria das fronteiras naturais; 
 Teoria do equilíbrio internacional; 
 Teoria de livre-arbítrio dos povos. 
 
A) PRINCÍPIO DAS NACIONALIDADES 
 O conceito de nacionalidade veio impor uma nova fórmula baseada na 
liberdade que deve ter cada nação de organizar-se segundo suas tradições; 
 Os grupos humanos, diferenciados por vínculos de raça, língua, usos e 
costumes, tradições, etc., constituem grupos nacionais e devem formar, cada 
um, o seu próprio Estado. 
 O princípio das nacionalidades, tanto se presta para o bem como para o mal; 
realizaram-se violentas usurpações, como as anexações ex: racismo 
germânico; 
 Rússia procurou estender a sua hegemonia às pequenas nações de raça eslava, 
com a criação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), extinta 
em 1991. 
 
 
 
28 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
B) TEORIA DAS FRONTEIRAS NATURAIS 
 Instrumento a ser utilizado pelos países militarmente fortes. Os quais 
alegaram que a nação deveria ter o seu território delimitado pelos grandes 
acidentes geográficos naturais; 
 Contribuiu para a conflagração do mundo, levando os estadistas à procura de 
outros princípios, para assegurar uma harmonia nas relações internacionais. 
 
C) TEORIA DO LIVRE - ARBÍTRIO DOS POVOS 
 
 A Defende a vontade nacional como razão de Estado; 
 Assemelha-se no princípio da nacionalidade; 
 Tem suas raízes na filosofia liberal; 
 Inspirada nas pregações de Rousseau e da Revolução Francesa; 
 Nenhuma potência tem o direito de submeter um Estado contra a vontade 
soberana da população; 
 Só o livre consentimento de cada povo justifica e preside a vida do Estado; 
 Ex: Restauração da Polônia, Independência da Iugoslávia, criação da 
Checoslováquia etc; 
 CEI, forma confederativa que respeita o livre-arbítrio dos povos que a 
compõe. 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XI 
 
ORIGEM DOS ESTADOS 
 
 GENERALIDADES 
 
As teorias de origem são baseadas em meras hipóteses; 
Não confundir com nascimento do Estado! 
 
1. TEORIA DA ORIGEM FAMILIAR 
 
 Fundo bíblico (casal originário); 
 
1.1 TEORIA PATRIARCAL 
 
 Duas correntes principais: patriarcal e matriarcal; 
 Autoridade suprema pertence aos descendentes do varão mais velho; 
 Estado uma ampliação da família patriarcal; 
 Israel originou-se da família de Jacob, conforme relato bíblico; 
 Elementos básicos da família para organização do Estado: unidade do poder, 
direito de primogenitura, inalienabilidade do domínio territorial, etc; 
 Rousseau em harmonia com a doutrina de Aristóteles, afirma que a família é 
o primeiro modelo da sociedade política; 
 Seus divulgadores foram Sumner Maine, Westermack e Starke. 
 
1.2 TEORIA MATRIARCAL 
 
 Bachofen foi o principal defensor desta teoria, seguido por Morgan, Grose, 
Kholer e Durkheim; 
 A primeira organização familiar teria sido baseada na autoridade da mãe; 
 Como geralmente era incerta a paternidade, teria sido a mãe a dirigente e 
autoridade suprema das primitivas famílias; 
 O clan matronímico, a mais antiga forma de organização familiar, seria o 
“fundamento” da sociedade civil; 
 O matriarcado, que não deve ser confundido com a “ginecocracia” ou 
hegemonia política da mulher. 
30 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 
2. TOERIA PATRIMONIAL 
 
 Raízes da filosofia de Platão, no Livro II de sua República, originar-se o 
Estado da união das profissões econômicas; 
 O Estado como uma organização destinada a proteger a propriedade e 
regulamentar as relações de ordem patrimonial; 
 O direito de propriedade é um direito natural, anterior ao Estado; 
 Foi acolhida pelo socialismo, doutrina política que considera o fator 
econômico como determinante dos fenômenos sociais. 
 
3. TEORIA DA FORÇA 
 
 Também chamada “da origem violenta do Estado”; 
 Poder de dominação dos mais fortes sobre os mais fracos - Bodim que “o que 
dá origem ao Estado é a violência dos mais fortes”; 
 O poder público uma instituição que surgiu com a finalidade de regulamentar 
a dominação dos vencedores e a submissão dos vencidos; 
 O Estado que se forma por imposição da força é o Estado real; 
 O Estado racional provém da razão, segundo a fórmula contratualista; 
 Formação originária dos Estados a guerra foi, em geral, o princípio criador 
dos povos- Jellinek; 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XII 
 
JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO I 
 
 JUSTIFICAÇÕES TEOLÓGICOS-RELIGIOSA 
 
 Necessidade de uma firma justificação doutrinária do poder que foi se 
tornando cada vez mais imperiosa; 
 Derivação do Estado: 
 a) sobrenatural (estado divino); 
b) da Lei ou da razão (Estado humano); 
 c) da história ou da evolução (Estado Social); 
 As mais antigas teorias, aquelas que atribuem ao Estado, uma contextura 
mútua, isto é uma origem sagrada tem maior impotência histórica; 
 As atribuições mais antigas quanto ao poder do Estado são as chamadas 
teorias teológico-religiosos,que se dividem em: direito sobrenatural e direito 
dividido providencial. 
 
 TEORIA DO DIREITO SOBRENATURAL 
 
 Estado foi fundado por Deus, através de um ato concreto de manifestação de 
sua vontade; 
 O rei é ao mesmo tempo sumo – sacerdote, represente de Deus nas ordens 
temporal e governador civil; 
 Cada povo possuía sua concepção sobre a origem do poder, principio da 
legitimidade da autoridade soberana; 
 Em todas as monarquias orientais, p estado não é apenas um fundamento 
teológico e um estado teocrático, governado pelo Rei Deus; 
 Soberano era fonte única do Direito, sua pessoa confundia-se com o Estado; 
 Autoridade real é invencível, sendo-lhe seu único contra peso o temor de 
Deus- Bossuet. 
 
 
32 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 
 TEORIA DO DIREITO DIVINO PROVIDENCIAL 
 
 É a mais racional, admite que o Estado é de origem divina, porém por 
manifestação providencial da vontade de Deus; 
 Deus dirige providencialmente o mundo, guiando a vida dos povos e 
determinando os acontecimentos históricos; 
 O Poder vem de Deus, mas não por manifestação visível e concreta de sua 
vontade, o poder vem de Deus através do povo; 
 Os homens organizam os governos, estabelecem as leis e confirmam as 
autoridades nos cargos e ofícios, sobre a direção invisível da providência 
divina- Queiroz Lima; 
 Foi uma Doutrina de franca reação ao absolutismo monárquico; 
 Pregou a separação dos dois poderes: temporal e espiritual, poder divino é 
originário e superior devendo o Estado respeitar as leis eternas e imutáveis do 
criador na ordem temporal; 
 O rei e senhor e servo ao mesmo tempo, tanto aos olhos de Deus como aos 
olhos do povo; 
 O rei é ungido; 
 Encíclica (constituição cristã dos Estados) defini a distinção entre os poderes 
temporal e espiritual, bem como a soberania de cada um deles, no seu gênero 
e finalidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XIII 
 
JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO II 
 
 
 TEORIA RACIONALISTA (JUSNATURALISMO) 
 
 Justificao Estado como de origem convencional, como produto da razão 
humana; 
 Sociedade civil (estado organizado) nasceu de um acordo utilitário e 
consciente entre os indivíduos; 
 Direito divino dos Reis cedeu lugar ao direito humano. 
 
 HUGO GROTIUS 
 
 Precursor da doutrina do direito natural; 
 Precursor do racionalismo na ciência do Estado; 
 Esboçou a divisão dicotômica do Direito em positivo e natural; 
 Acima do direito positivo, contingente, variável, estabelecido pela vontade, 
dos homens existe um direito natural, imutável, absoluto, independente do 
tempo e do espaço decorrente da própria natureza humana; 
 Conceituou o Estado como “uma sociedade perfeita de homens livres que tem 
por finalidade a regulamentação do direito e a consecução do bem-estar 
coletivo”. 
 
 EMMANUEL KANT 
 O homem reconhece que é a causa necessária e livre das suas ações (razão 
pura) e que deve obedecer a uma regra de comportamento preexistente 
(imperativo categórico); 
 O direito tem por fim garantir a liberdade, “conduze-te de modo tal que a tua 
liberdade possa coexistir com a liberdade de todos e de cada um”; 
 Ao saírem do estado de natureza para o de associação, limitação externa, livre 
e publicamente acordada, surgindo, assim, a autoridade civil, o Estado. 
34 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 TOMAZ HOBBES 
 
 Seu absolutismo é racional e sua concepção do Estado tende a conformar-se 
com a natureza humana; 
 O homem não é naturalmente sociável como pretende a doutrina aristotélica; 
 No estado de natureza o homem era inimigo feroz dos seus semelhantes, 
cada um devia se defender contra a violência dos outros; 
 Para saírem desse estado caótico, todos indivíduos teriam cedido os seus 
direitos a um homem ou a uma assembleia de homens, que personifica a 
coletividade e que assume o encargo de conter o estado de guerra; 
 Distinguiu duas categorias de Estado: o Estado real, baseado sobre as relações 
da força, e o Estado racional deduzido da razão. 
 
 BENEDITO SPINOZA 
 
 Defendeu as mesmas ideias de Hobbes, embora com conclusões diferentes; 
 A razão ensina ao homem que a sociedade é útil, que a paz é preferível à 
guerra e que o amor deve prevalecer o ódio. 
 Os indivíduos cedem os seus direitos ao Estado para que este lhes assegure a 
paz e a justiça. 
 Falhando nestes objetivos, o Estado deve ser dissolvido, formando-se outro; 
 Coloca a nação acima do Estado. 
 
 JOHN LOCKE 
 Desenvolveu o contratualismo em bases liberais, opondo-se ao absolutismo 
de Hobbes; 
 Precursor do liberalismo na Inglaterra; 
 O homem não delegou ao Estado senão poderes de regulamentação das 
relações externas na vida social; 
 Reservou para si uma parte de direitos que são indelegáveis; 
 As liberdades fundamentais, o direito à vida; 
 Encara o governo como troca de serviços: os súditos obedecem e são 
protegidos e a autoridade dirige e promove justiça; 
35 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 Propriedade privada,tem sua base no direito natural, onde o estado não cria a 
propriedade, mas reconhece e protege; 
 Liberdade religiosa, sem dependência do Estado. 
 Precursor da teoria dos três poderes fundamentais. 
 
MALUF- CAPITULO XIV 
 
1. JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO - III 
 
1.1 TEORIA DO CONTRATO SOCIAL 
ORIGEM: 
 Especulações dos sofistas; 
 Idade Média -Escola espanhola; 
 Jusnaturalismo -Hugo Grotius; 
 Sólida pressão cientifica – Emmanuel Kant; 
HOBBES: 
 O homem é o lobo do próprio homem; 
 Contrato: pacto voluntário com o Estado; 
 Direitos de liberdade e autodeterminação concedidos ao Estado em busca da paz 
social e da segurança; 
 Sujeição total do homem=absolutismo= poder soberano. 
LOCKE: 
 Precursor do liberalismo na Inglaterra; 
 Defendia a limitação do poder de governo; 
 Homens delegam seus direitos mas somente os necessários para a manutenção 
da paz e da segurança; 
 Ao Estado cabe: Regular as condições externas da vida em sociedade; 
 Respeito e garantia dos direitos fundamentais dos homens. 
J.J ROUSSEAU: 
 Deu máxima expressão ao contratualismo; 
 Livro “O Discurso” trata das causas da desigualdade = parte critica; 
 Livro “Contrato Social” = parte dogmática; 
36 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 Para ele o Estado é convencional; 
 O Estado regula a vontade geral = maioria dos indivíduos; 
 A Nação é superior ao Rei; 
 Não há direito divino da Coroa; 
 Direito Legal é proveniente da Soberania Nacional; 
 Soberania Nacional: Ilimitada, ilimitável, inconstragível. 
 O governo pode ser destituído quando não é justo. O povo tem o direito de 
substitui-lo refazendo o contrato ( Direito de Revolução ); 
 
MALUF- CAPITULO XV 
 
1. JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO - IV 
 
1.1 ESCOLA HISTÓRICA 
 
 Oposição ao contratualismo; 
 Estado = organização convencional + determinado território; 
 Estado é um fator social onde realidade histórica é diferente de manifestação 
formal de vontades; 
 Apoiada nos ensinamentos de Aristóteles; 
 A família é a célula primária do Estado. 
 
1.2 EDMUND BURKE 
 
 Condenou os princípios da Revolução Francesa; 
 Para ele, somente é natural e justo o que provém do desenvolvimento histórico. 
A natureza e a historia se identificam como determinantes e justificativas dos 
fenômenos sociais; 
 “Deixadas a si mesmas, as coisas encontram geralmente a ordem que lhes 
convém”; 
 Queiroz Lima afirma que a escola histórica é profundamente racionalista. 
 
 
 
 
 
37 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XVI 
 
1. JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO - V 
 
1.1 PANTEÍSMO 
 
 Sistema filosófico monista que integra em uma só realidade DEUS e o 
MUNDO; 
 Sujeito (ser) = objeto absoluto; 
 Natureza = reinos animal, vegetal e mineral; 
 Historia = família, sociedade, Estado; 
 Nega o livre arbítrio e o convencionalismo jurídico; 
 Admite em tudo um falismo cego, um determinismo invencível; 
 Ernesto Haeckel sustentava que Deus era a lei suprema do mundo; 
 O Direito é imanente de Deus; 
 O poder do Estado = poder absoluto 
 Monismo panteísta = conceito natural de Deus. 
 CONTRADIÇÕES: 
 Considera um todo integro, uma só ideia. (Deus, Direito, Estado) 
 
1.2 ESCOLA ORGÂNICA 
 
 Relaciona Escola Orgânica = Ciência do Estado = Panteísmo; 
 Estado é um organismo natural = organismo dos seres vivos; 
 Tal como os seres vivos o Estado nasce, floresce e morre; 
 Fundamentada nos ensinamentos de Platão. 
 CRITICAS: 
 Considera Organismo = sociedade, diferente de Estado. 
 Estado é o órgão de discernimento da entidade orgânica coletiva; 
 
1.3 NEOPANTEÍSMO 
 
 Nova orientação ao organicismo, abandonando a comparação do Estado com a 
Biologia para compara-lo com a Psicologia; 
CRÍTICAS: 
 Apesar da nova comparação a teoria continuou sendo uma teoria metafórica. 
38 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF-CAPÍTULO XVII 
1. JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO - VI 
 
1.1 TEORIA DA SUPREMACIA DAS CLASSES 
 
 Chamada também de Escola Sociológica Alemã; 
 Reune os princípios da força e do interesse patrimonial; 
 
1.2 GUMPLOWICZ E OPPENHEIMER 
 1.2.1 GUMPLOWICZ: 
 Apresentou a noção dupla de propriedade; 
 Propriedade individual: bens móveis; direito natural; 
 Propriedade coletiva: sobre a terra ilegítima e inadmissível; 
 O Estado é uma organização da supremacia da classe dominante. 
 Defende o principio do fato consumado onde a violência não é permanente e 
toda a guerra chega ao fim. 
 1.2.2 LEON DUGUIT: 
 O Estado favorece a superposição de classes; 
 O Estado é a força a serviço do Direito; 
 Os fracos se submetem a autoridade dos fortes em troca de segurança e proteção; 
 O poder político é o poder dos mais fortes; 
 O Estado é uma organização em que vontades individuais dominantes dirigem a 
massa dos governados; 
 1.2.3 OPPENHEIMER: 
 Apresenta um sentido diretamente marxista; 
 Paraele o Estado é uma organização de classes; 
 Defendia a teoria politica = teoria de classes; 
 
2. TEORIA DO ESTADO BOLCHEVISTA 
 
 Defensores: Marx e Engels; 
 O Estado é considerado um instrumento de dominação da classe operaria; 
 
 
39 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XVIII 
1. JUSTIFICAÇÃO DO ESTADO - VII 
 
1.1 TEORIA DE LEON DUGUIT 
 Definição: “Uma sociedade onde vontades individuais mais fortes se impõem as 
outras vontades”; 
 Conceito: baseado na filosofia de Aristóteles, onde o Estado é formado de 
governantes e governados; 
 Organização do Estado = governantes x governados. 
CRÍTICAS: 
 Para o regime democrático há duas correntes: 
 Governo = poder de mando; 
 Povo = poder de resistência; 
 A maior força é o poder da soberania, proveniente da nação. 
 A população nacional da soberania transfere aos seus representantes o exercício 
do poder, mas o conserva na substância; 
 É contra a natureza do Estado democrático e existência de classes superpostas. 
CONCLUSÕES: 
 Duguit considera o governo como um simples fato social e não como um fato 
jurídico, desenvolveu a teoria do direito independente da Teoria do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XIX 
 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO I 
 
1.1 A LEI DOS TRÊS ESTADOS DE AUGUSTO COMTE 
 
 “Cada manifestação do pensamente humano passa sucessivamente por 
três graus teóricos diferentes: 
 
 Estado teológico ou fictício; 
 Estado metafísico ou abstrato; 
 Estado positivo ou cientifico; 
 
 1.2 QUEIROZ LIMA – Retratou a Doutrina da seguinte forma: 
 1° ESTADO PRIMITIVO = teocrático = direito divino natural; 
 2° METAFISICO = vontade do povo = origem do poder soberano; 
 3° NOÇÃO POSITIVA DO ESTADO = soberania = estado como força a 
serviço do direito; 
 
 1.3 QUEIROZ LIMA – Classificação da evolução do Estado 
 ESTADO ORIENTAL: teocrático; politeísta; feitio mais humano e mais 
racional. Ex: Estado de Israel; 
 ESTADO GREGO: separação entre religião e politica; 
 ESTADO ROMANO: concentração politica e econômica; 
 ESTADO FEUDAL: descentralização politica; administrativa e econômica; 
 ESTADO MEDIEVAL: centralização do poder, predominância do Papado sobre 
o governo temporal; 
 ESTADO MODERNO: descentralização feudal e contra o controle da Igreja 
Romana; 
 ESTADO LIBERAL: Revolução Francesa, baseado na principio da Soberania 
Nacional; 
 ESTADO SOCIAL: diversas variantes, a partir de 1ª guerra mundial; 
 
 
 
 
41 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 
 
 
 
Evolução histórica 
Do Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Evolução histórica 
Do Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.4 O ESTADO ANTIGO 
 
 Origem no Oriente desde 3.000 anos antes da Era Cristã; 
 Monarquia absoluta e sem limitação: forma de governo; 
 Guerras constantes: forma de conquista e escravização; 
 Instabilidade territorial; 
 População heterogênea; 
 Teocrático: o monarca era representante das divindades; 
 Poder do monarca era absoluto, não tinha limitação de ordem temporal; 
 Politeísmo: acreditavam em diversas divindades 
 
Idade Antiga 
Idade Média 
Estado Antigo(Império Tecráticos) 
Estado de Israel 
Estado Grego (Pólis) 
Estado Romano (Civitas) 
Monarquias medievais; 
 Feudalismo; 
Estado Medieval e Igreja Romana 
Renascença 
Idade Moderna 
Absolutismo Monárquico 
Reação antiabsolutistas; 
Liberalismo; 
Reações antiliberais (socialismo, 
fascismo, nazismo etc. 
Estado social- democrático. 
42 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
1.5 O ESTADO DE ISRAEL 
 
 Estado democrático: os indivíduos tinham proteção do Estado; 
 O Estado dava proteção aos fracos e desamparados, fossem cidadãos ou 
escravos, nacionais ou estrangeiros; 
 Povo não tinha não tinha participação efetiva nos negócios do Estado; 
 Poder limitado pelas leis de Jeová; 
 Tabuas do Sinai, constituição do Estado de Israel (ditadas Por Jeová e Moisés); 
 O Rei de Israel era apenas civil e militar, escolhido por Deus; 
 O Rei era em ordem temporal, executor da vontade de Deus; 
 Suas instituição descrita na bíblia, influíram na configuração da Igreja primitiva, 
formação pensamento político idade média e rumos do Direito público dos 
tempos modernos; 
 Crença geral: Deus dirigia o povo hebraico pela voz dos chefes e patriarcas; 
 Legislação judia: sentido humano e democrático; 
 Instituição própria do povo Israelita era o Profetismo (profetas recebiam 
inspiração de Deus), sua palavra era acatada por todos, inclusive os Reis; 
 O novo Estado de Israel ressurgiu em 1948, criado pela divisão da Palestina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XX 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO II 
 
 ESTADO GREGO 
 
 490-429 a.C : Péricles projetou Atenas em seu apogeu militar; 
 Séc IX a.C : o estado era monárquico, cada cidade tinha seu rei e conselho de 
anciãos, nos casos mais importantes se convocava a Assembleia geral dos 
cidadãos; 
 Havia uma aristocracia dominante; 
 60% de escravos sem direito político; 
 20.000 estrangeiros. 
 
 POLIS 
 
 Estado antigo grego, foi sempre Estado-cidade, denominado Polis, 
circunscrito no limite da comunidade urbana ou cantonal; 
 Século VIII ou IX a.C: período da República democrática direta 
 Século IV: surge a Constituição (corpo de leis; 
 Conselho de Anciãos subordina-se á Assembleia dos cidadãos; 
 Quem ocupava cargos públicos tinha um mandato de um ano e devia prestar 
contas periodicamente; 
 Não havia mistura de Estado e Religião nas mesmas instituições; 
 A Pólis era unipotente; 
 Llimites : intervenção do povo, negócios estatais e justiça; 
 Estados-cidades: sistema de hegemonia onde havia um Senado em cada Polis, 
Assembleias regionais e gerais reunindo todos os estados gregos. 
 
 PLATÃO 
 
 Desenvolvimento da Ciência política, ideal ético-estético; 
 A verdade (filosofia) do Estado consistia numa “boa opinião”; 
 República de Platão : - O Estado ideal é o justo que encontra sua unidade 
possível nas mãos dos filósofos. 
 Sábios deveriam reinar sobre guerreiros; 
 Estado é uma virtude humana e só nele o homem atinge sua perfeição; 
44 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 Propriedade privada : a cada homem deveria ser dado um trecho de terra; 
inalienável e transmissível apenas para herdeiros, dessa forma não haveria 
desigualdade de fortuna; 
 Família: – O matrimônio passaria por conselho de um sábio; 
 Limitação populacional : eliminar os filhos com defeitos físicos e psíquicos 
com a supervisão do Estado. 
 
 ARISTÓTELES- REALISTA 
 
 Mantém a família e a propriedade privada; 
 O homem é um ser político e tende a viver em sociedade encarando o Estado; 
como necessário já que faz parte da sua natureza; 
 Coordenação e harmonia; 
 Auto suficiente (autarquia); 
 Finalidade: segurança da vida social, sua regulamentação e promoção do bem 
estar; 
 Justiça social : a manifestação popular não deveria ser apenas quantitativa 
;(números), mas uma expressão qualitativa (qualidades morais e cívicas) 
 “A educação é a alma da democracia”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XXI 
 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO III 
 
 ESTADO ROMANO 
 
 Estado-cidade chamado de Civitas, foi uma ampliação da família patriarcal, 
onde o poder do pater era absoluto, a este se deu o nome de manus e depois 
de majestas; 
 
 ORIGEM 
 
 Tinha sua origem na ampliação da família, a qual era constituída pelo pater, 
escravos (servus); 
 A autoridade do pater família era absoluta, juiz e senhor, com poder de vida e 
morte sobre todos os componentes do grupo (jus vitae et necis); 
 O poder incontestável do pater chamou-se majestas; 
 Colocou-se a família sob o poder público (núcleoinicial do Estado) onde se 
dividiu a população romana em: 
 Patrícios: paters e descendentes (nobreza com privilégios, liberdade e poder 
político); 
 Clientes: servidores das famílias (posse das terras mas sem seu domínio); 
 A cidade romana fundou-se no Monte Paladino e se dava assim: Reunião de 
genes Curias Tribus Civitas; 
 Quando a sociedade foi dividida em cinco classes, foi estas agrupadas em 
Centúrias; 
 Plebe: Inferior a classe dos clientes, sem família, pátria ou religião, viviam á 
margem da sociedade na encosta do Monte Capitolino, eram os párias; 
 Queda da realeza primitiva (Revolução social da Roma republicana): 
desmembram-se as genes, libertaram-se os clientes e os plebeus conquistaram 
seus primeiros direitos de cidadania. 
 
46 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 ESTADO ROMANO X ESTADO GREGO 
 
 Estado Romano distinguia o Direito e Moral, seu papel limitava-se na 
segurança da ordem pública; 
 A propriedade privada era um direito quiritário; 
 O homem deveria submeter-se às leis estatais; 
 Era uma nação organizada onde a vontade nacional era a fonte legítima do 
direito; 
 
 CONCEITO DE CIVITAS 
 
 Roma se conservou como Estado-municipal as eleições se realizavam 
somente em Roma no Campo Marte em forma de comícios; 
 Quem não comparecesse não podia exercer o direito de voto (jus sufragii) e 
nem de ser votado (jus honorum); 
 
 PODER DE “IMPERIUM” 
 
 Poder supremo pertencente ao povo onde se harmonizavam no sistema de 
governo as três formas clássicas de Aristóteles : a realeza com os cônsules, a 
aristocracia com o senado e a democracia com os comícios; 
 Senado: passou a emanar as leis; 
 Comícios: funções legislativas de aprovação . 
 Haviam três formas de poder : 
 Dominium: poder mínimo da família 
 Potestas: poder maior, magistrados com funções civis determinadas 
 Imperium: poder supremo, político e soberano, de comando interno e externo 
exercido pelos cônsules. 
 
 CONSULADO 
 
 Eleitos pelas centúrias em 510 a.C, os paters queriam eliminar a tirania; 
47 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 Separação do poder de sacerdotium do poder de imperium, as curias elegiam 
um sumo pontífice que exercia o sacerdócio vitalício, ja os cônsules tinham 
investidura de um ano, o que denominava-se em Comando único de Estado; 
 Em tempos de guerra, um deles ficava na cidade e outro assumia o comando 
militar. 
 
 MAGISTRATURAS E PÓS-MAGISTRATURAS 
 
 A autoridade não era mais limitada ao Consule, foram criadas diversas 
magistraturas: 
a) Questura: auxiliares escolhidos pelos cônsules, juízes de superior alçada na 
ordem civil; 
b) Pretura: consulta aos deuses, no direito público suas decisões eram sujeitas 
ao voto consular, no direito privado tinham competência absoluta, ditavam 
posturas, expediam regulamentos; 
c) Censura: domínios e rendas do Estado, vigilância da moralidade pública e 
privada, eram os mais temidos 
d) Tribuna: eleitos entre plebeus nos comícios, defensores do povo, recorriam 
às decisões dos magistrados interpondo a apelação 
e) Edilidade: jurisdição administrativa no âmbito municipal 
f) Pró-magistraturas: desenvolveram-se com o surgimento de novas 
províncias. 
 
 DITADURA 
 
 No caso de perigo interno ou externo, se declarava o estado de tumultus onde 
todas as garantias e classes ficavam à disposição do Estado; 
 Nomeação de um ditador a quem era investido o poder de imperium, para 
salvação pública, com autoridade ilimitada e inteiramente irresponsável; 
 
 
 
48 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 COLEGIALIDADE DAS MAGISTRATURAS 
 Foi uma garantia contra os abusos de autoridade; 
 Cada magistrado era soberano, mas a decisão final resultava do consenso das 
inteligências; 
 Um veto suscitava em um reexame do caso. 
 
 PRINCIPADO 
 
 Após períodos de guerra civil e ditaduras militares o governo de um só se 
apresentou como solução para a manutenção da paz; 
 Suprimiram-se direitos públicos e a religião pois o soberano se dizia a 
personificação da divindade; 
 O imperador possuía a totalidade dos poderes, a única fonte do direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
49 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XXII 
2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO IV 
 
 ESTADO MEDIEVAL E SUAS CARACTERÍSTICAS 
 Império Romano; 
 Foi o último dos grandes impérios da antiguidade; 
 Desmoronou com as invasões bárbaras, assinalando o fim da idade antiga e o 
início da idade média; 
 Século V: início da média; 
 XV: fim da idade média com o descobrimento da América; 
 XV: Renascimento com grandes descobertas; 
 Bárbaros: implantaram uma nova ordem estatal (germânica-oriental); 
 O direito romano sobreviveu; 
 A noção de Estado se modificou, ressurgindo com uma política mais sadia, 
digna (respeito aos princípios do direito natural); 
 Relações de ordem individual; 
 Ocupação violenta através de um exército, implantaram a lei e a razão ( Era 
medieval); 
 Era Medieval: supremacia da lei que recorria aos usos e costumes; 
 Cristianismo: união com Deus e seus semelhantes; 
 Rei: servo da lei (obra da razão humana); 
 Feudo ou comuna: mistura de Direito público e privado, onde o proprietário 
da terra era soberano sobre os que lá residiam. 
 
 CARACTERÍSTICAS DO ESTADO MEDIEVAL 
 
 Forma monárquica de governo; 
 Supremacia do governo natural; 
 Confusão entre direito público e privado; 
 Descentralização feudal; 
 Submissão do Estado submetido ao poder espiritual representado pela Igreja 
Romana. 
50 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 FEUDALISMO 
 
 Quase desaparecimento de Estado; 
 Decadência da organização política; 
 Distribuição de cargos, vantagens e privilégios aos chefes de guerra 
(fragmentação do poder); 
 Hierarquia imperial (Condes, marqueses, barões e duques) incubida da 
defesa, pagamento de impostos e fidelidade ao Rei; 
 Senhor feudal: proprietário exclusico da terra 
 Chefe de Estado ( Rei no seu domínio privado ) 
 Arrecadava impostos e expedia regulamentos 
 Os habitantes de seu feudo eram seus vassalos 
 Causa mortis: posse vitalícia e hereditária 
 Clero: vastos latifúndios, sistema dominial 
 Multiplicaram-se os feudos, os escravos se revoltavam, a Indústria e o 
comércio cresciam e houve a restauração da base pública no Direito. 
 Centralização do poder, fortalecimento do governo; 
 Surgiu o estado monárquico absolutista. 
 
MALUF- CAPITULO XXIII 
 
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO V 
 
 ESTADO MEDIEVAL E A IGREJA ROMANA 
 
 Estado Medieval emergiu das invasões bárbaras e cristalizou-se em torno da 
Igreja Roman; 
 Refúgio dos espíritos dos homens nos períodos graves; 
 Imperadores: possuíam inicialmente o poder temporal e espiritual; 
 Papa São Gelásio I: separação dos poderes para evitar abusos; 
 Século VII: supremacia espiritual; 
51 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 O poder espiritual governa a alma, o poder laico governa o corpo 
 A alma é superior ao corpo e por isso a autoridade esclesiástica é superior; 
 Poder temporal provém de Deus; 
 Rei- cristão: recebia o poder das mãos do bispo ; 
 O Imperador Henrique IV recusou a igreja o direito de nomeação dos bispos, 
queria manter o processo de investidura secular. O papa Gregório VII o 
excomungou e declarou deposto o seu trono, e ficou estabelecido que o 
monarca do Santo Império ficaria sujeito à decisão dos nobres. O papa saiu 
vitorioso e firmou que a investidura dos monarcas passaria por confirmação 
da Igreja; 
 Com a destituição do imperador, o Papa nomeou outros imperadores que 
passaram a exercer soberania sob o poder civil. 
 
 SANTO AUGOSTINO, TOMÁS DE AQUINO E OUTROS 
DOUTRINADORES 
 
 Santo Agostinho: acordava com a doutrina do Papa São Gelásio de que o 
poder temporal provém de Deus; São Tomás: dissertou sobre a separação dos poderes e sobre a preeminência 
do Papa em relação aos poderes temporais, também sobre a política, assuntos 
de ordem social, das relações da Igreja com o Estado; 
 Marsílio de Pádua: defendia a soberania popular representada numa câmara 
 legislativa, pregava a independência da Igreja e do Estado, condenou a 
perseguição aos hereges, defendia que a anulação do casamento era uma 
competência da autoridade civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XXIV 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO VI 
 MONARQUIAS MEDIEVAIS ÀS MONARQUIAS ABSOLUTAS 
 
 Igreja Romana sofreu ataques do liberalismo religioso e da filosofia racionalista; 
 O governo temporal entrou em luta contra o papado (prisão do Papa Bonifácio VIII 
pelo Rei Felipe, o Belo); 
 Centralização absoluta do poder; 
 Luiz XI, Rei da França, anexou à coroa os feudos e sub julgou a nobreza guerreira 
 A ciência política começou a focar extremamente no realismo; 
 Costumes pagãos; 
 Prepotência estatal de cidades gregas e romanas; 
 
 NICOLAU MAQUIAVEL 
 
 Um dos mais avançados escritores da renascença, glorificava a a república romana; 
 Obra principal: O príncipe, nesta obra ele se desliga de todos os valores morais e 
éticos para pregar o oportunismo e o cinismo como arte de governar, aconselha que a 
conduta do príncipe deve usar de toda sorte e crueldade ( manutenção do seu Estado, 
sem se importar com os meios que usa para atingir o seu fim); 
 Fundador da ciência política moderna, pois sua obra contém o princípio doutrinário 
onde o Estado moderno assentou sua base; 
 Sua doutrina parte do princípio de que todos os homens são fundamentalmente maus 
(Hobbes). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XXV 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO VII 
 ABSOLUTISMO MONARQUICO 
 Formação da corrente reacionária de fundo liberal-religiosa, cristalizado na 
Reforma na liderança de Luthero e Calvino ; 
 Campo político: pregações racionalistas levaram a uma solução extremada 
que consistia na concentração de todos os poderes nas mãos do monarca (fim 
da idade média); 
 Poder central : reestabelecia a unidade territorial dos reinos, provia a unidade 
nacional; 
 Direito divino dos reis; 
 
 ESCRITORES DA RENASCENÇA 
 
 Jean Bondin e Giovanni Botero 
 Escreveram obras de grande influência no pensamento político do séc VXIII; 
 Monarcolatros : partidários do poder absoluto do rei; 
 O poder do monarca assume duplo conceito : de senhoriagem (feudalismo) e 
de imperium (poder absoluto ); 
 
 JOHN LOCKE E A REAÇÃO ANTIABSOLUTISTA 
 Reação antiabsolutista; 
 Pregações nacionalistas incutiam em noção de liberdade e direitos, o que 
abalou profundamente a estrutura absolutista; 
 O Estado resulta em Contrato entre Rei e Povo, que se rompe quando uma 
das partes lhe viola as cláusulas; 
 Os direitos naturais do homem são anteriores e superiores ao Estado; 
 Jhon prega a limitação real da autoridade pela soberania do povo; 
 Segundo Tratado do governo civil: divisão dos poderes em Legislativo e 
Executivo ; 
 Doutrina liberalista; 
 Vontade soberana da comunidade nacional é a única fonte de poder; 
54 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 Justificação doutrinária da revolução de 1688 e do sistema parlamentarista 
 O poder não pode ser maior do que o bem público; 
 Cada homem pode garantir o direito de liberdade, mas cabe ao Estado a 
manutenção da ordem civil, punir e julgar os transgressores; 
 Propriedade privada é um direito natural, ao Estado cabe reconhecer e 
proteger . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XXVI 
 
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO ESTADO VIII 
 O LIBERALISMO NA INGLATERRA 
 
 A Inglaterra é o berço do liberalismo; 
 Com origem no 2º Bill of Rights - 1689, que estabelecia os princípios da 
liberdade individual, principalmente religiosas, dá liberdade os protestantes 
para professar sua religião de forma segura; 
 Ë o 1º Estado a ter uma constituição, a Magna Charta (Carta Magna), não 
escrita, costumeira, consuetudinária; 
 O 1º documento que obrigava um soberano a abrir mão de seu poder e 
colocar limitações do poder real (Soberano). Com a Bill Of Rigths se tem o 
nascimento dos direitos do ser humano; 
 A estrutura política era a monarquia constitucional limitada pleo Parlamento 
limitaram como expressão da soberania do povo; 
 Limitavam os poderes reais contra o princípio da origem divina do poder; 
 No século XVIII, se dá a Tripartição do Poder, sistema representativo, 
proeminência da opinião nacional, intangibilidade dos Direitos Fundamentais 
do Homem. 
 
 AMÉRICA DO NORTE 
 
 Os princípios da Bill of Rights foram proclamados na Declaração de 
Virgínia, marcando a independência americana em 1776, na Constituição 
Federal de 1787 e em todas as Constituições Estaduais, reconhecia os direitos 
fundamentais do homem. Valendo-se do Direito de Rebelião, o Rei Jorge III 
foi destituído; 
 
 A justificação doutrinária de Jefferson da guerra pela emancipação contém os 
fundamentos da filosofia política norte americana. 
 
 
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RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
 FRANÇA 
 
 Liberalismo ganhava terreno na França sob a liderança de Montesquieu, 
Voltaire, D´Argenso (enciclopedistas); 
 França era caldeira fervente das ideias liberais, estava destinada a conseguir 
vitória democráticas para si e para o resto do mundo; 
 A monarquia absoluta mantinha a divisão social em três classes: Nobreza, 
Clero e Povo, ou Três Estados, com leis, justiça e impostos próprios; 
 O povo escravo e miserável representava 90% da população, enquanto que os 
demais desfrutavam de todos os privilégios; 
 Em 1786, o Rei Luiz XVI reconhecendo sua insustentabilidade, convocou 
sem sucesso a Assembleia dos Notáveis; 
 Em 1789 a Assembleia do Terceiro Estado decidiu chamar-se Assembleia 
Nacional, enfrentando o poder, que culminou no início da revolução francesa; 
 Em seguida o povo toma a Bastilha e a Assembleia Nacional assume o poder 
e elabora a Carta Constitucional da República; 
 Instituía-se assim o Estado Liberal, baseado na concepção individualista. 
 
 DECLARAÇÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO HOMEM 
 
 A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, proclamada pela 
Assembleia Nacional, garantia os direitos naturais, inalienáveis e sagrados 
dos homens, dentre eles a liberdade, prevista em todas as Cartas Magnas; 
 
 Com a Constituição de 1814, os direitos foram catalogados sob uma tríplice 
b) direitos políticos (cidadania); 
c) direitos públicos (civis positivos); 
d) direitos de liberdade (civis negativos); 
 
 A assembleia é sucedida pela convenção, que implantou o terror, sendo 
destituída pelo Diretório, posteriormente substituído pelo Triunvirato de 
Cônsules, com Napoleão Bonaparte assumindo o poder como Imperador e 
restaurando a Monarquia absoluta. 
 Em 1948 foi instaurada a Segunda República, levando o país à catástrofe. 
 
 
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RESUMO PARA ESTUDO - CIÊNCIAS POLÍTICAS E TGE 
 
MALUF- CAPITULO XXVII 
 
 DECADÊNCIA DO ESTADO LIBERAL 
 
 O estado liberal , seus erros e sua decadência; 
 A encíclica ‘’ Rerum Novarum ‘’; 
 O Estado Evolucionista. 
 
1. ESTADO LIBERAL, SEUS ERROS E SUA DECADÊNCIA 
 
 Teoricamente, o estado liberal é uma utopia causada pelo desenvolvimento da 
sociedade moderna; 
 No seu agrupamento se tinha como principal base o Humanismo, direito 
natural e igualitarismo político; 
 Para o Estado Liberal os homens são livres e iguais em direito; 
 Poder legítimo só haveria com o reconhecimento e estabelecido pelos 
cidadãos de acordo com suas vontades; 
 A organização do Estado Liberal trouxe a as famosas revoluções populares ( 
Inglesa , Francesa e Norte Americana);

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