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Características do Romantismo

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O Romantismo foi um movimento que teve início no final do século XVII, na Europa. O movimento não influenciou somente a literatura, mas também a filosofia, as artes, a política e os comportamentos da população da época. 
 Dentre as características do Romantismo, estão: A liberdade de expressão, o idealismo, o nacionalismo, a religiosidade, o pessimismo, o individualismo e a valorização dos elementos naturais e emocionais.
 A liberdade de expressão é caracterizada por os autores e artistas passarem a ter mais liberdade em expressar seus sentimentos e seus valores em suas obras. 
O idealismo o que marca o desespero do autor em encarar a realidade, a pátria e as mulheres são retratados da forma em que o autor acha que eles deveriam ser, não da forma que realmente são. 
“Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna, e mais longos que seu talhe de palmeira. O favo da jati não era doce
como seu sorriso; nem a baunilha recendia no bosque como seu hálito perfumado.” 
 
O nacionalismo é a característica que faz com que muitas das obras do romantismo exaltem feitos dos heróis nacionais e buscam valorizar sua pátria.
 “Minha terra tem palmeiras, 
Onde canta o sabiá; 
As aves, que aqui gorjeiam ,
Não gorjeiam como lá.”
A religiosidade é caracterizada porque “o espírito romântico exalta o cristianismo como consolo diante das frustrações impostas pela vida real ”
“
— Fibra de amor e Deus que um sopro agita!
Se desmaia de amor... a Deus se volta,
Se pranteia por Deus... de amor suspira.”
O pessimismo é referente a impossibilidade do autor a realizar os seus desejos. Como resultados, eles demonstram angústia, solidão, desespero, tristeza e frustração. E assim é criado o “mal do século”. 
“minha vida
Se esgota em ilusões. E quando a fada
Que diviniza meu pensar ardente
Um instante em seus braços me descansa
E roça a medo em meus ardentes lábios
Um beijo que de amor me turva os olhos...
Me ateia o sangue, me enlanguece a fronte...
Um espírito negro me desperta,
O encanto do meu sonho se evapora...
E das nuvens de nácar da ventura
Rolo tremendo à solidão da vida!”
O individualismo é caracterizado por quando os autores colocam seus sentimentos no centro do universo como se nada mais importasse. 
A valorização dos elementos naturais é quando o autor é fascinado e descreve a natureza em suas obras, muitas vezes no intuito de valorizar sua nação.
 “Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida, mais amores’’
No romantismo, existiram três gerações:
Na primeira geração do Romantismo, os autores mantinham as características clássicas e seu nacionalismo fazia com que escrevessem sobre histórias em cenários já passados, como por exemplo os povos indígenas no Brasil. 
“O índio, que ao movimento da onça acurvara ligeiramente os joelhos e apertava o forcado,
endireitou-se de novo; sem deixar a sua posição, nem tirar os olhos do animal, viu a banda
que parara à sua direita.
Estendeu o braço e fez com a mão um gesto de rei, que rei das florestas ele era, intimando aos cavaleiros que
continuassem a sua marcha. Como, porém, o italiano, com o arcabuz em face, procurasse fazer a pontaria entre as folhas,
o índio bateu com o pé no chão em sinal de impaciência, e exclamou apontando para o tigre, e levando a mão ao peito:
— É meu!... meu só!
Estas palavras foram ditas em português, com uma pronúncia doce e sonora, mas em tom de energia e resolução.”
Na segunda geração, os autores passam a demonstrar seus sentimentos e emoções de forma exagerada e dão destaque ao “mal do século”.
“Morro, morro por ti! na minha aurora
A dor do coração, a dor mais forte,
A dor de um desengano me devora...
Sem que última esperança me conforte,
Eu - que outrora vivia! - eu sinto agora
Morte no coração, nos olhos morte!“
Na terceira geração, os autores já começam a debater sobre valores sociais, o que deu inicio ao racionalismo.
“Deus! ó Deus! onde estás que não respondes?
Em que mundo, em qu'estrela tu t'escondes
Embuçado nos céus?
Há dois mil anos te mandei meu grito,
Que embalde desde então corre o infinito...
Onde estás, Senhor Deus?... “

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