Prévia do material em texto
Regime Internacional de Combate às Drogas e as políticas públicas brasileiras Gabriella Pio Matheus Dornelas Orzete Neto Victória Lopes Introdução Países signatários/participantes dos tratados e convenções United Nations Opium Conference: Protocol and Final Act of 23 June 1953 38 países representados, 7 países observadores Single Convention on Narcotic Drugs, 1961, as amended by the Protocol amending the Single Convention on Narcotic Drugs, 1961 Parties: 186 Convention on psychotropic substances (Vienna, 21 February 1971) Signatories: 34, Parties: 184 United Nations Convention against Illicit Traffic in Narcotic Drugs and Psychotropic Substances (Vienna, 20 December 1988) Signatories: 87, Parties : 190 Relação entre Regimes Regime de combate ao crime organizado Regime de Cybercrime Regime de armas de fogo Regime de fraude de medicamentos Regime de HIV e AIDS Regime de crimes marítimos e pirataria Regime de migração Cenário atual Comissão de Entorpecentes da ONU sugere descriminalização do consumo de drogas pela primeira vez. A crise de opióides nos EUA Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e a atual situação Brasil e o Combate às Drogas O país é palco do trânsito de drogas ao longo da vasta região de fronteira, é porta de entrada para Europa e África O Brasil tem registrado 58 tratados e acordos sobre entorpecentes (36 bilaterais e 22 multilaterais) “Eles consistem em instrumentos de cooperação integral para redução de oferta, redução de demanda, tratamento de dependentes e delitos conexos.” (SILVA, 2013) Criação dos conselho ministeriais de Defesa e para o Problema Mundial das Drogas na União das Nações Sul-Americanas Histórico Brasileiro do Combate às Drogas O Brasil tardou a tornar-se um ator nos debates e negociações internacionais sobre drogas. Criação da Comissão Nacional de Fiscalização de Entorpecentes (1936) Ao longo da maior parte do século XX, a postura foi de alheamento. Os preparativos foram, portanto, lentos, burocráticos e praticamente sem respaldo orçamentário. Relações Bilaterais Estados Unidos e Brasil Governo Reagan e a Guerra às Drogas George Bush (1989-1992) e a política de militarização da guerra às drogas fora do país. Resistência brasileira em relação às Forças Armadas. Recusa dos periódicos oferecimentos pela ajuda norte-americana. Cooperação restrita a alguns projetos e programas específicos na esfera policial e de redução da demanda. A Guerra às Drogas no Brasil Conselho Nacional de Entorpecentes (CONFEN - 1980) Conselhos Estaduais de Entorpecentes ( CONEN - 1985) Secretaria Técnica do Fundo Nacional Antidrogas (1993/1994) Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre drogas na Câmara dos Deputados (1991) Abertura para atuação das Forças Armadas (2000) O Brasil no Regime Internacional de Combate às Drogas O Brasil ratificou as três convenções da ONU sobre drogas, sendo: A Convenção Única sobre Entorpecentes em 27 de agosto de 1964, por meio do Decreto nº 54.216 a Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas em 14 de março de 1977, por meio do Decreto Nº 79.388 E a Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas em 26 de junho de 1991, por meio do Decreto Nº 154 Influência do Regime Internacional de Combate às Drogas nas Políticas Públicas Brasileiras As políticas públicas brasileiras sofreram grande impacto das convenções firmadas no âmbito da ONU Convenção Única Sobre Entorpecentes (1961), artigo 35: estabelece que as Partes envolvidas devem adotar medidas, no plano nacional, para coordenarem a ação preventiva e repressiva contra o tráfico ilícito. Convenção sobre Substâncias Psicotrópicas (1971) , artigo 21: estabelece que as Partes envolvidas devem tomar medidas no âmbito nacional para a coordenação das atividades preventivas e repressivas contra o tráfico ilícito; Convenção Contra o Tráfico Ilícito de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas (1988), artigo 14, parágrafo 4º: estabelece que as Partes adotarão medidas adequadas que tenderão a suprimir ou reduzir a demanda ilícita de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, com vistas a diminuir o sofrimento humano e eliminar os incentivos financeiros do tráfico ilícito. Principais políticas públicas brasileiras relacionadas ao Regime Lei Nº 6.368, de 21 de outubro de 1976 (posteriormente revogada pela Revogada pela Lei nº 11.343, de 2006) - Dispõe sobre medidas de prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências; Lei nº 7.560, de 19 de dezembro de 1986 - cria o FUNCAB (Fundo de Prevenção e de Combate às Drogas de Abuso); Lei nº 8.764, de 20 de dezembro de 1993 - cria a Secretaria Nacional de Entorpecentes e altera a redação dos arts. 2º e 5º da Lei nº 7.560/86; Medida provisória nº 1669, de 1998 (posteriormente transferida para a estrutura do Ministério da Justiça pelo Decreto Nº 7.426, de 7 de janeiro de 2011) - cria a Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) Medida Provisória nº 2.216-37, de 31 de agosto de 2001 - trata da organização da Presidência da República e dos Ministérios, e altera a denominação do FUNCAB para FUNAD. Decreto nº 4.345, de 26 de agosto de 2002 - Institui a Política Nacional Antidrogas Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas (Senad) Criada pela medida provisória nº 1669, de 1998 e posteriormente transferida para a estrutura do Ministério da Justiça pelo Decreto Nº 7.426, de 7 de janeiro de 2011 Comanda a política pública brasileira sobre drogas Gere o Fundo Nacional Antidrogas (FUNAD), cujos recursos são destinados ao desenvolvimento, à implementação e à execução de ações, programas e atividades de repressão, de prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social de dependentes de substâncias psicoativas Gere o Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas (CONAD), que regulamenta e pesquisa sobre o uso de substâncias químicas, determina quais são ou não drogas e sua classificação e realiza campanhas e projetos de esclarecimento e prevenção quanto às drogas Criação da PNAD Política Nacional Antidrogas (PNAD) Elaborada pela Senad, como “resposta” à Sessão Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas, realizada em 7 de junho de 1998, que contou com a participação do Brasil, para tratar do “Problema Mundial das Drogas” Decreto nº 4.345, de 26 de agosto de 2002 Estabelece objetivos e diretrizes para o desenvolvimento de estratégias na prevenção, tratamento, recuperação e reinserção social, redução de danos sociais e à saúde, repressão ao tráfico e estudos, pesquisas e avaliações decorrentes do uso indevido de drogas