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Análise de Custos e Contabilidade Gerencial

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Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
1
1Francisco Lorentz
Controladoria 
Estratégica
Francisco Lorentz
franciscolorentz@gmail.com
Pós-graduação 
em CONTROLADORIA, AUDITORIA 
e COMPLIANCE.
2Francisco LorentzFrancisco Lorentz 2
O EVA® e o MVA: métodos 
de avaliação da 
performance das empresas
3Francisco LorentzFrancisco Lorentz 3
EVA® e MVA
Por que duas empresas que apresentam
lucro líquido, uma pode estar criando valor
para seus acionistas enquanto a outra,
destruindo?
Devem tais variações do lucro e do valor da
empresa ser atribuídas às estratégias
empresariais?
4Francisco LorentzFrancisco Lorentz 4
Sabe‐se que muitas empresas têm criado
riqueza, enquanto outras têm destruído.
 Desvendar os fatores econômicos que
levam as empresas a criar ou destruir
riqueza é um tema muito importante
tanto para os administradores quanto para
os investidores.
EVA® e MVA
5Francisco LorentzFrancisco Lorentz 5
As técnicas de gerenciamento de
empresas estão se tornando cada
vez mais complexas e tem exigido
um aperfeiçoamento contínuo dos
métodos de avaliação de
desempenho, na busca do
aumento da eficiência, aliada à
precisão e simplicidade de
implantação dos mesmos.
EVA® e MVA
6Francisco LorentzFrancisco Lorentz 6
Diversos métodos têm sido desenvolvidos, partindo
dos já clássicos como Análise do Valor Presente
Líquido ou de Taxa Interna de Retorno de um projeto
e chegando aos métodos mais recentes de avaliação
de gestão como o Ecomomic Value Added (EVA) o
qual avalia a performance das empresas sob a ótica
dos conceitos de criação de valor ao acionista;
O Market Value Added (MVA), sistema de
mensuração financeira que possibilita analisar o
resultado, os recursos aplicados e a estrutura de
capitais.
EVA® e MVA
1 2
3 4
5 6
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
2
7Francisco Lorentz
Análise da Performance Econômica 
usando o conceito do
EVA®
8Francisco LorentzFrancisco Lorentz 8
O que é Valor ?
Valor é um conceito relativo.
• Valor é algo percebido e portanto está nos olhos de quem
vê!
• A percepção de Valor depende de uma série de fatores,
entre eles: expectativa de retorno; tolerância à risco;
tempo etc.
• Para finanças, Valor é uma medida vinculada ao processo
de criação de riqueza através da operação de um negócio e
ao processo de avaliação deste negócio.
9Francisco LorentzFrancisco Lorentz 9
• As empresas empregam diversos insumos para 
gerar produtos, que geram vendas, que geram 
custos e por fim, produzem um resultado (lucro 
ou prejuízo);
• Gerar lucro implica em geração de valor?
Processo
Matérias Primas
Mão de Obra
Tecnologia
Máquinas e
Equipamentos
Lucro ou 
Prejuízo
(Resultado)
da Operação
O que é Valor ?
10Francisco LorentzFrancisco Lorentz 10
Capital
Encargo
de
Capital
Valor
Debt e Equity
Capital de Giro
Imobilizado
• Criação de Valor 
implica que o Resultado 
da Operação supere o 
encargo de capital 
investido na atividade.
x Custo $
Processo
Matérias Primas
Mão de Obra
Tecnologia
Máquinas e
Equipamentos
Lucro ou 
Prejuízo
(Resultado)
da Operação
O que é Valor ?
11Francisco LorentzFrancisco Lorentz 11
Como Avaliar a Performance 
de um Negócio?
• Métricas mais utilizadas:
– Crescimento de Vendas;
– Margens de Lucro;
– Lucro;
– Retorno sobre o Capital Investido;
– Outras....
• Baixa capacidade de capturar Criação de 
Valor! 12Francisco LorentzFrancisco Lorentz 12
Uma “Nova” Proposição
• EVA® é uma medida de performance
gerencial que denota o quanto foi criado
de valor para os acionistas em um
determinado período.
• É a parcela do lucro operacional (deduzida
de impostos) que excede os gastos com a
estrutura de capital.
7 8
9 10
11 12
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
3
13Francisco LorentzFrancisco Lorentz 13
Valor Econômico Adicionado
• EVA® ‐ Valor Econômico Adicionado:
– EVA® = Lucro Operac. – Encargos de Capital
Encargo de 
Capital
EVA®
Lucro
Operacional
após
Impostos
14Francisco LorentzFrancisco Lorentz 14
Valor Econômico Adicionado
• Lucro Operacional:
Receita Bruta Anual                               1.197.000
‐ Impostos s/ faturamento                       (120.000)
= Receita Líquida                                     1.077.000
‐ Custo dos Produtos Vendidos              (500.000)
‐ Desp. Adm.e c/Vendas                          (330.000)
= Lucro Operacional                                   247.000
‐ Impostos (IR + CS)                                    (67.000)
= Lucro Operacional após Impostos       180.000 
15Francisco LorentzFrancisco Lorentz 15
Valor Econômico Adicionado
• Encargos de Capital:
– Capital Investido (C.I.) x Custo de Oportunidade (k)
– Encargo de Capital = R$ 700.000 x 20% = R$140.000
AC
500
AP
500
PL
700
PC
300
C.I.
k
Risco
16Francisco LorentzFrancisco Lorentz 16
Valor Econômico Adicionado
EVA® ‐ Valor Econômico Adicionado
– EVA® = Lucro Operacional – Encargos de Capital
– EVA® = R$180.000 – R$140.000
– EVA® =                                                   R$40.000
Empresa
Criando
Valor
17Francisco LorentzFrancisco Lorentz 17
Por que o EVA®?
EVA®
Ferramenta
p/Análise de
Performance
Ligação
c/a Criação
de Valor
Adequação
ao Modelo de
Unidade de Negócios
Base
p/Sistema de
Remuneração
Variável
18Francisco LorentzFrancisco Lorentz 18
De uma forma simples pode‐se definir o
EVA, como sendo:
“uma medida de desempenho
empresarial que difere da maioria das
demais ao incluir uma cobrança sobre o
lucro pelo custo de todo o capital que
uma empresa utiliza”.
EVA®
13 14
15 16
17 18
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
4
19Francisco LorentzFrancisco Lorentz 19
EVA®
Trata‐se de uma forma de aferição do lucro
econômico de uma empresa ao final de determinado
período de tempo.
O EVA foi criado com a finalidade de avaliar se, a cada
ano, a empresa está ganhando dinheiro suficiente
para pagar o custo do capital que administra.
Portanto, o conceito básico é o de calcular a
remuneração mínima exigida pelos acionistas e abatê‐
la do lucro apurado pela empresa.
20Francisco LorentzFrancisco Lorentz 20
EVA
De forma direta, é o lucro líquido operacional
depois dos impostos (NOPAT – Net Operating Profit
After Taxes) deduzido do custo de capital de
terceiros e do custo de capital próprio.
Se o EVA for negativo, a empresa naquele ano, está
destruindo o capital do acionista. Desse modo, o
EVA consiste na diferença entre o lucro líquido
operacional da empresa após o imposto de renda e
o custo anual total do capital.
21Francisco LorentzFrancisco Lorentz 21
Conceito de Custo de Capital
O custo do capital é o retorno exigido
pelos fornecedores do mesmo, refletindo
desse modo não só o fator temporal do
valor do dinheiro, mas também a
compensação pelo risco assumindo, pelo
que quanto maior o risco, maior será o
custo do capital.
22Francisco LorentzFrancisco Lorentz 22
Estando o valor do EVA diretamente
relacionado com a utilização do capital,
significa que os gestores têm de se
preocupar, não só com os ativos, mas
também com os proveitos produzidos
pelos mesmos, o que os obriga a deter
uma compreensão mais correta do trade‐
off* entre os mesmos.
Conceito de Custo de Capital
*Compensação. O trade-off é o nome que se dá a uma decisão que consiste na escolha de uma opção em
detrimento de outra. Para se tratar de um trade-off o indivíduo deve, necessariamente, deixar de lado alguma
opção em sua escolha.
23Francisco LorentzFrancisco Lorentz 23
O Custo Médio Ponderado de Capital (CPMC)* variável fundamental
para se chegar ao valor econômico adicionado (EVA).
“O custo de capital que equivale aos retornos exigidos pelos credores de
empresa (capital de terceiros, bônus e debenturistas) e por seus proprietários”
(Assaf Neto)
CPMC é expresso pela fórmula:
CPMC = CP ÷ (CP + CT) x Rcp + CT ÷ (CP + CT) x Rct x (1 – IR)
Onde:
CP = Volume de Capital Próprio = Patrimônio Líquido
CT = Volume de Capital de Terceiros = Exigível Longo Prazo
Rcp = Custo do Capital Próprio = nível de retorno doacionista
Rct = Custo do Capital de Terceiros
IR = Alíquota de Imposto de Renda da Empresa
Conceito de Custo de Capital
*Em inglês: WACC (Weighted Avarage Cost of Capital).
24Francisco LorentzFrancisco Lorentz 24
Exemplo de cálculo do CPMC
Uma companhia tem emitidas ações e dívidas no mercado, estando o
seu capital financiado por capital próprio e por capital de terceiros.
Em ações a empresa possui um montante de R$ 800 mil, enquanto as dívidas
emitidas chegam a R$ 200 mil.
O custo associado ao capital próprio foi calculado em 5%. As dívidas emitidas
têm uma taxa de rendimento até ao vencimento de 3,8%, considerando um
imposto de 25%.
O CPMC desta companhia é igual a:
CPMC = [800 ÷ (200 + 800)] x 0,05 + [200 ÷ (200 + 800)] x 0,038 x (1 - 0,25)
CPMC = 0,8 x 0,05 + 0,2 x 0,038 x 0,75
CPMC = 0,04 + 0,0057
CPMC = 0,0457
Conceito de Custo de Capital
19 20
21 22
23 24
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
5
25Francisco LorentzFrancisco Lorentz 25
Exemplo de cálculo do CPMC
• O custo médio ponderado do capital desta companhia é
então de 4,57%. Um investidor que se baseie nesta métrica
deverá esperar um retorno maior que este valor para
investir na companhia.
• Sendo esperado, por exemplo, um retorno de 10%, significa
que a companhia gera 5,47% (10% - 4,57%) para cada real
investido.
Conceito de Custo de Capital
26Francisco LorentzFrancisco Lorentz 26
Cálculo do EVA®
Receita Operacional
(‐) Custos e Despesas Operacionais
= Lucro Operacional
(‐) Imposto de Renda
= Lucro Operacional após IR (NOPAT)
(‐) Custo de Capital de Terceiros
= Lucro Líquido do Exercício
(‐) Custo do Capital Próprio
= EVA
27Francisco LorentzFrancisco Lorentz 27
Cálculo do EVA®
Financeiramente pode‐se calcular o EVA através
da expressão matemática :
EVA = (R – C) x Capital Investido
R = taxa de retorno esperada
C = custo de capital (CPMC)
Ou
EVA = (ROI x Investimento) – (CPMC x Investimento)
28Francisco LorentzFrancisco Lorentz 28
Cálculo do EVA®
Financeiramente pode‐se calcular o EVA através
da expressão matemática :
• EVA = (Lucro Contábil Ajustado – Custo de Capital) 
x Nível de Investimento
Ou
EVA = NOPAT – Custo do Capital
Onde:
NOPAT = lucro operacional líquido após os impostos
29Francisco LorentzFrancisco Lorentz 29
Um exemplo prático de Aplicação do EVA
Balanço Patrimonial 31/12/20X0
ATIVO PASSIVO
Circulante 50.000
Caixa 5.000
Estoque 45.000
Não Circulante 100.000
Imobilizado 100.000
Circulante 50.000
Financiamento 50.000
Patrimônio Líquido 100.000
Capital 100.000
TOTAL 150.000 TOTAL 150.000
30Francisco LorentzFrancisco Lorentz 30
Um exemplo prático de Aplicação do EVA
DRE 31/12/20X1
Receita Bruta 206.250,
CMV (100.000)
Lucro Bruto 106.250
Despesa Comercial (30.000)
Despesa Administrativa (40.000)
Depreciação (10.000)
Despesa Financeira (1.250,)
Lucro Operacional 25.000
I.R. ( 20% ) 5.000
Lucro Líquido 20.000
25 26
27 28
29 30
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
6
31Francisco LorentzFrancisco Lorentz 31
Um exemplo prático de Aplicação do EVA
Dessa forma, temos:
Passivo Total = 150.000, sendo,
• Financiamento (capital de terceiros) 50.000, representando 33,33%
• Patrimônio Líquido (capital próprio) 100.000, representando 66,66%
Supondo que o custo de o custo de cada fonte de financiamento seja:
• Capital de terceiros = 2,5%
• Capital próprio       = 5,0%
32Francisco LorentzFrancisco Lorentz 32
Um exemplo prático de Aplicação do EVA
Podemos, com essas informações, encontrar o CMPC,
conforme abaixo:
CMPC = [% Capital terc. x custo x (1 – IR )] + [% Capital
próprio x custo]
CMPC= [33,33% x 2,5% x (1 – 0,2)] + [66,66% x 5,0%]
CMPC= 0,6667%+ 3,3333%
CMPC= 4,0%
33Francisco LorentzFrancisco Lorentz 33
Um exemplo prático de Aplicação do EVA
Encontrado o CMPC, devemos encontrar o ROI (Retorno
sobre Investimento) da empresa, segundo a fórmula
abaixo:
ROI = (Lucro Operacional (*) ‐ Impostos) ÷ Investimento
(*) O lucro Operacional neste caso deve ser ajustado, não
considerando a despesa financeira, pois esta é a
remuneração do capital de terceiros, e este índice avalia
a capacidade de geração de resultado independente da
forma de financiamento adotada.
34Francisco LorentzFrancisco Lorentz 34
Um exemplo prático de Aplicação do EVA
Portanto,
ROI = [(25.000 + 1.250) X (1 – 0,2)] ÷ 150.000
ROI = 14,0%
Com base nestas informações podemos encontrar o EVA da
empresa, como segue:
EVA = (Investimento x ROI) – (Investimento x CMPC)
EVA = (150.000 x 14%) – ( 150.000 x 4% )
EVA = 21.000 – 6.000
EVA = 15.000
35Francisco LorentzFrancisco Lorentz 35
Um exemplo prático de Aplicação do EVA
Com isso, chegamos a um EVA para esta
empresa de 15.000, podendo concluir que a
mesma está criando valor para seus
proprietários, ou seja, os remunera além do
retorno por eles esperado.
36Francisco LorentzFrancisco Lorentz 36
EVA®
O EVA®, enquanto indicador de performance, pode ser
utilizado ao nível de toda a empresa para medida da
performance geral, ou de uma unidade de negócio,
departamento, divisão, projeto de investimento etc. Uma das
utilizações mais frequentes é para o estabelecimento de
métodos de compensação de executivos.
Em face de ênfase colocada no capital e especialmente na correta
alocação dos custos inerentes ao mesmo a seus devidos utilizadores,
o EVA® tem-se revelado como excelente indicador.
No entanto, para sua correta implementação, é necessário perceber
não só os conceitos que lhes são subjacentes, mas também a situação
específica de cada empresa ou unidade de negócio.
o EVA® está diretamente relacionado com o valor de mercado de uma
empresa. Se o resultado econômico for superior ao custo do capital,
existe criação de valor; para resultados inferiores, destruição de valor.
31 32
33 34
35 36
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
7
37Francisco Lorentz
Análise da Performance Econômica 
usando o conceito do
MVA
38Francisco LorentzFrancisco Lorentz 38
MVA
O MVA representa a diferença entre o preço atual
das ações no mercado acionário e o valor investido
pelos acionistas no negócio.
Apura a diferença entre o valor total de mercado da
empresa e o capital investido na mesma, ou seja, é a
diferença entre o cash‐in (o que foi investido,
contemplando todas as formas de financiamento) e o
cash‐out (o que os investidores poderiam obter se
vendessem a empresa atualmente).
39Francisco LorentzFrancisco Lorentz 39
MVA
O MVA é também considerado como sendo uma
medida do valor presente da empresa.
É o montante acumulado pelo qual a empresa
valorizou ou desvalorizou a riqueza dos acionistas.
Reflete como a empresa investiu capital no
passado e como investirá novos capitais no futuro.
MVA = Valor Total de Mercado – Capital Investido
MVA = Valor de Mercado do Capital – Valor Contábil
do Capital
40Francisco LorentzFrancisco Lorentz 40
MVA
A relação existente entre o EVA e o MVA tem implicações na
avaliação da empresa. Rearranjando as equações anteriormente
mencionadas, permite‐nos encontrar uma definição para o valor da
empresa:
Valor de Mercado da Empresa = Valor do Capital Investido + Valor
Atual do EVA de Projetos Atuais + Valor Atual do EVA de Projetos
Futuros
Ou
Valor de Mercado do Capital = Valor Contábil do Capital + Valor
Atual do EVA Futuro
41Francisco LorentzFrancisco Lorentz 41
Cálculo do MVA
A representação matemática do MVA é dada por :
MVA = EVA1 + EVA2 + ... EVAn
(1+CMPC) (1+CMPC)2 (1+CMPC)n
ou seja, é o desconto ao valor presente dos EVA
futuros, à taxa de custo médio ponderado de capital
da empresa.
42Francisco LorentzFrancisco Lorentz 42
Um exemplo prático de Aplicação do MVA
Utilizando‐se do exemplo anterior (EVA) vamos
supor que a empresa tenha um tempo
determinado de duração de cinco anos, e que todo
o resultado apurado em cada exercício seja
distribuído,mantendo‐se assim o investimento
constante.
Além disso, a sua projeção de resultados seria
como a apresentada seguir:
37 38
39 40
41 42
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
8
43Francisco LorentzFrancisco Lorentz 43
20X2 20X3 20X4 20X4 20X5
Receita 216.250 226.250 236.250 246.250 256.250
(-) CMV 105.000 110.000 115.000 120.000 125.000
Lucro Bruto 112.250 116.250 121.250 126.250 131.250
D Comercial (30.000) (30.000) (30.000) (30.000) (30.000)
D Administrat (40.000) (40.000) (40.000) (40.000) (40.000)
Depreciação (10.000) (10.000) (10.000) (10.000) (10.000)
D Financeira (1.250) (1.250) (1.250) (1.250) (1.250)
Lucro Operac 30.000 35.000 40.000 45.000 50.000
I.R (20%) (6.000) (7.000) (8.000) (9.000) (10.000)
Lucro Líquido 24.000 28.000 32.000 36.000 40.000
Custo do Capital 
Próprio
(5.000) (5.000) (5.000) (5.000) (5.000)
EVA 19.000 23.000 27.000 31.000 35.000
44Francisco LorentzFrancisco Lorentz 44
Um exemplo prático de Aplicação do MVA
Assim, podemos calcular o MVA desta empresa, como
sendo:
MVA= EVA1 + EVA2 + EVA3 + EVA4 + EVA5 .
(1+CMPC)^1 (1+CMPC)^2 (1+CMPC)^3 (1+CMPC)^4 (1+CMPC)^5
MVA = 19.000 + 23.000 + 27.000 + 31.000 + 35.000 .
1,04^1 1,04^2 1,04^3 1,04^4 1,04^5
MVA = 18.269 + 21.265 + 24.003 + 26.499 + 28.767
MVA = 118.803
Portanto pelo MVA a empresa é totalmente viável, desde
que as premissas adotadas aconteçam.
45Francisco LorentzFrancisco Lorentz 45
EVA e MVA
Em contraste com as medidas de cunho
fundamentalmente econômico, os
indicadores EVA e MVA são particularmente
atrativos não só por refletirem os aspectos
econômicos do projeto, mas também por
levar em conta os aspectos financeiros, tais
como a alavancagem financeira associada a
uma dada estrutura de capital.
46Francisco LorentzFrancisco Lorentz 46
EVA e MVA
Desse modo, esses métodos de
avaliação inserem‐se como
importantes instrumentos auxiliares
no planejamento baseado na criação
de valor ao acionista.
47Francisco LorentzFrancisco Lorentz 47
Valor da Empresa
Alavancagem
48Francisco LorentzFrancisco Lorentz 48
Alavancagem
O conceito alavancagem deriva de alavanca
física, ou seja, a utilização de uma ferramenta
que proporcione um resultado mais do que
proporcional ao esforço empregado.
Um dos aspectos mais importantes do processo de avaliação do
processo de avaliação de uma empresa é o estudo da alavancagem
financeira e operacional.
43 44
45 46
47 48
Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
9
49Francisco LorentzFrancisco Lorentz 49
Alavancagem
A aplicação da alavancagem operacional e
financeira na avaliação de uma empresa
permite que se conheça sua viabilidade
econômica, identificando-se claramente as
causas que determinaram eventuais
variações nos resultados.
50Francisco LorentzFrancisco Lorentz 50
Alavancagem
 A alavancagem financeira permite que se avalie
como o endividamento da empresa está influindo
sobre a rentabilidade de seus proprietários.
 O impacto total da estrutura de custos de uma
empresa sobre suas decisões operacionais de
financeiras é avaliado por meio da alavancagem
total, que incorpora, de forma combinada, as
informações das alavancagens operacional e
financeira.
51Francisco Lorentz
Grau de 
Alavancagem 
Operacional (GAO)
52Francisco Lorentz
A alavancagem operacional é a medida do grau de
sensibilidade do Lucro Operacional às variações no
volume de vendas.
Corresponde ao fato de que um aumento
percentual no Lucro Operacional decorrente de
uma elevação no volume de vendas é sempre
maior que o respectivo aumento percentual das
vendas, ou seja, um impulso nas vendas provoca
um impulso maior nos lucros.
Grau de Alavancagem Operacional (GAO)
53Francisco Lorentz
O que é Alavancagem Operacional?
Ocorre quando 1% de elevação nas vendas
provocar uma elevação superior a 1% nos
resultados operacionais, admitindo-se que a
estrutura de custos e despesas fixos suporte esse
aumento (não se altere).
O GAO pode ser calculado com a seguinte fórmula:
Grau de alavancagem operacional (GAO)
54Francisco Lorentz
Exemplo 1: A empresa industrial ABC apresentou as
seguintes informações referentes a mês de julho:
- Receita de vendas: $ 180.000,00
- Custos e despesas variáveis: $ 120.000,00
- Custos e despesas fixos: $ 40.000,00
Resultado
Receita de vendas $ 180.000,00
(-) Custos e despesas variáveis ($ 120.000,00)
(=) Margem de contribuição $ 60.000,00
(-) Custos e despesas fixos ($ 40.000,00)
(=) Lucro operacional $ 20.000,00
GAO = $ 60.000,00 = 3
$ 20.000,00
Grau de alavancagem operacional (GAO)
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Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
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55Francisco Lorentz
O GAO é 3. Isso significa que o lucro aumentou 3
vezes mais que o aumento na receita, ou seja, para
cada ponto percentual de aumento na receita, teremos
um aumento 3 vezes maior no lucro operacional.
Vamos supor que o volume de vendas teve um
aumento de 10%. Assim a receita total passará para $
198.000,00. Consequentemente, a margem de
contribuição acompanhará esse aumento percentual,
pois receitas e gastos variáveis totais são
multiplicados pelas mesmas quantidades vendidas.
Grau de alavancagem operacional (GAO)
56Francisco Lorentz
Nosso resultado operacional, então, será:
Receita de vendas $ 198.000,00 (+ 10%)
(-) Custos e despesas variáveis ($ 132.000,00) (+ 10%)
(=) Margem de contribuição $ 66.000,00 (+ 10%)
(-) Custos e despesas fixos ($ 40.000,00)
(=) Lucro operacional $ 26.000,00 (+ 30%)
Percebe-se que um aumento de 10% nas vendas provocou
um aumento de 30% no lucro operacional (de $ 20.000,00
para $ 26.000,00), ou seja, o lucro aumentou 3 vezes mais
que o aumento na receita.
Grau de alavancagem operacional (GAO)
57Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
O GAO também poderá ser calculado da seguinte
maneira:
GAO = Variação percentual do lucro operacional
Variação percentual da receita
GAO = 30% = 3
10%
58Francisco Lorentz
 A alavancagem operacional é o efeito causado pela
presença de custos fixos na estrutura de resultado da
empresa, pois um aumento ou redução do volume de
vendas, não tem a mesma proporção nos volumes de
custos totais.
 Isso ocorre em função daqueles custos, que não se
alteram, gerando maiores lucros ou prejuízos
operacionais.
 Empresas que apresentam custos e despesas fixos
em proporções mais elevadas apresentam
alavancagem operacional maior, o que representa
maior risco operacional.
Grau de alavancagem operacional (GAO)
59Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Observe este outro exemplo:
Exemplo 2: Uma empresa produz e vende 200
unidades mensais do produto Alfa com os seguintes
dados:
• Preço de venda por unidade: $ 1.350,00
• Custos e despesas variáveis por unidade: $
850,00
• Custos e despesas fixos: $ 75.000,00
O resultado do período, de acordo com os dados
apresentados, será:
60Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Resultado
Receita de vendas: 200 un. x $ 1.350,00 $ 270.000,00
(–) Custos e despesas variáveis: 200 un. x $ 
850,00
($ 170.000,00)
(=) Margem de contribuição $ 100.000,00
(–) Custos e despesas fixos ($ 75.000,00)
(=) Lucro operacional $ 25.000,00
Calculando o GAO:
GAO = $ 100.000,00 = 4,0
$ 25.000,00
GAO = 4 Demonstra em quantas vezes
o resultado operacional variará em
função do aumento ou da redução do
volume de vendas.
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Análise de Custos e Contabilidade 
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61Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Uma empresa com custos fixos e GAO elevados
poderá ter grandes aumentos ou grandes reduções
nos lucros, dependendo da oscilação do volume de
vendas. No exemplo apresentado essas oscilações
provocarão aumentos ou reduções no resultado
operacional iguais a quatro vezes à alteração
percentual ocorrida no volume de vendas.
62Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Considerando os dados do exemplo anterior,
admita a ocorrência de um aumento e uma
redução de 20% no volume atual de vendas do
produto Alfa.Sabendo que o GAO no volume atual de vendas
é 4, depreende-se, imediatamente, que o
resultado das vendas aumentará e reduzirá em
80% (4 x 20%).
63Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Vamos aos cálculos:
a) Aumento do volume de vendas
• Aumento = 20%
• GAO = 4,0
• Aumento no resultado operacional = 20% x 4,0 = 80%
• Resultado atual = $ 25.000,00
• Resultado após aumento no volume de vendas = 
$ 25.000,00 + ($ 25.000,00 x 80%) = $ 45.000,00
b) Redução do volume de vendas
• Redução = 20%
• GAO = 4,0
• Redução no resultado operacional = (20%) x 4,0 = (80%)
• Resultado atual = $ 25.000,00
• Resultado após redução no volume de vendas = 
$ 25.000,00 - ($ 25.000,00 x 80%) = $ 5.000,00
64Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Quadro comparativo do resultado projetado
Fonte: Lorentz (2021; p. 224)
65Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
 Comprova-se que o aumento ou a redução de 20% nas
vendas produz uma variação de 80% no lucro operacional,
motivada pela presença dos custos e despesas fixos.
 De acordo com Megliorini (2012), empresas que apresentam gastos
fixos em proporções mais elevadas apresentam alavancagem
operacional maior, o que representa maior risco operacional.
 Outros fatores também devem ser levados em conta para avaliar a
ocorrência do risco operacional, como o comportamento da
concorrência, falhas ou inadequações dos processos internos, entre
outros.
 O GAO tem muita utilidade para as projeções dos resultados que as
empresas possam obter em diversos níveis de atividades de
produção e vendas, quando mantidos constantes o preço de venda,
os custos e despesas variáveis e o montante dos custos e despesas
fixos.
66Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Exemplo 3: Suponha que duas empresas sejam
idênticas; que apresentem o mesmo resultado acumulado e o
mesmo nível de rentabilidade, conforme tabela a seguir. Em
qual das duas você estaria mais inclinado a investir?
A resposta mais natural seria: “Em qualquer uma”. 
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Análise de Custos e Contabilidade 
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67Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Mas isso não é tão fácil quanto parece!
Os dados numéricos de receitas e de lucro
de ambas as empresas são idênticos!
Para evitar uma resposta simples num caso
semelhante, primeiro, vamos analisar o GAO
de cada uma delas:
Empresa A: GAO = 40.000 ÷ 20.000 = 2
Empresa B: GAO = 70.000 ÷ 20.000 = 3,5
68Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Suponha que as empresas A e B tenham a mesma
variação nas receitas (20%):
Empresa A
Variação nas receitas = 20%
Variação no lucro = (2 x 20%) = 40%
Empresa B
Variação nas receitas = 20%
Variação no lucro = (3,5 x 20%) = 70%
Considerando um cenário de expansão de atividades e
vendas, a melhor alternativa seria, então, investir na
empresa B.
69Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Mas, se o mercado estiver recessivo ou com indicação
parecida, uma queda de 10% no volume de vendas da
empresa B ocasionará uma redução na lucratividade na
ordem de 35% (3,5 x 10%), enquanto na empresa A, a
redução na lucratividade seria de 20% (2 x 10%).
 Isso ocorre em função do impacto dos gastos fixos.
 A empresa B possui mais desses gastos.
 Mesmo reduzindo as vendas, esses gastos
permanecerão os mesmos, no entanto a margem de
contribuição será menor para absorvê-los.
70Francisco Lorentz
Grau de alavancagem operacional (GAO)
Não existe uma regra clara para decidirmos por uma
empresa ou por outra. Os resultados de ambas serão alavancados
pelos respectivos graus de alavancagem – quer seja para mais ou
para menos.
As decisões a serem tomadas em relação ao investimento nas
empresas analisadas levarão em conta:
 Seu tamanho
 O mercado consumidor
 As expectativas futuras nos curto e médio prazos
A regra é a seguinte: Quanto mais em expansão estiver um
mercado, mais alavancada deverá ser a empresa e vice-versa.
71Francisco LorentzFrancisco Lorentz 71
Alavancagem Financeira
72Francisco LorentzFrancisco Lorentz 72
Análise da AlavancagemFinanceira
Estrutura de capital
Estrutura de capital é a participação
relativa dos diversos tipos de fontes de
capital remuneradas que estão sendo
utilizadas para financiar os
investimentos do ativo da empresa.
Os passivos remunerados com juros,
que fazem parte do conceito de
estrutura de capital, são denominados
de passivos de financiamento.
(Padoveze)
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Análise de Custos e Contabilidade 
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73Francisco LorentzFrancisco Lorentz 73
Estrutura de capital
 Não são considerados fontes de capital os
passivos normais decorrentes do
financiamento dos custos das operações da
empresa, tais como: fornecedores, contas a
pagar, salários e encargos sociais a pagar,
impostos a recolher e adiantamentos de
clientes. (Padoveze)
 Esses são denominados de passivos de
funcionamento, pois não são
remunerados explicitamente com juros e
os seus prazos de pagamento existem
para dar operacionalidade de rotina de
pagamento.
Análise da AlavancagemFinanceira
74Francisco LorentzFrancisco Lorentz 74
C
ap
it
al
d
e
Te
rc
ei
ro
s
Es
tr
u
tu
ra
d
e
C
ap
it
al
C
ap
it
al
P
ró
p
ri
o
Ativo
Passivos de  
Funcionamento
Passivos de  
Financiamento
PL
Es
tr
u
tu
ra
d
e 
   
   
 
Fi
n
an
ci
am
en
to
Estrutura de Capital
Análise da AlavancagemFinanceira
75Francisco LorentzFrancisco Lorentz 75
Ativos
$10.000
Passivos de  
Funcionamento
$2.000
Passivos de  
Financiamento
$3.000
PL
$5.000
Estrutura de Capital
Ativos  
Líquidos
$8.000
Passivos de  
Financiamento
$3.000
PL
$5.000
Es
tr
u
tu
ra
d
e
C
ap
it
al
Os passivos de  
funcionamento são  
redutores do ativo.
$10.000‐$2,000 =
$8.000.
Análise da AlavancagemFinanceira
76Francisco LorentzFrancisco Lorentz 76
Estrutura de Capital
Empresa A Empresa B
Valor - R$ Participação % Valor - R$ Participação %
Financiamentos 100.000 10 250.000 25
Debêntures 250.000 25 350.000 35
Ações Preferenciais 300.000 30 150.000 15
Ações Ordinárias 350.000 35 250.000 25
Total 1.000.000 100 1.000.000 100
Exemplo de estrutura de capital - (Padoveze)
Cap. Próprio  
Cap. Terceiros
65%
35%
Empresa A
Cap.Próprio  
Cap. Terceiros40% 60%
Empresa B
Análise da AlavancagemFinanceira
77Francisco LorentzFrancisco Lorentz 77
Parâmetros norteadores da estrutura de  
capital
 Grau de aversão ao risco
 Dilema liquidez x rentabilidade
 Mensuração do endividamento
Análise da AlavancagemFinanceira
78Francisco LorentzFrancisco Lorentz 78
Grau de aversão ao risco
 As empresas são propriedades de
pessoas e administradas por pessoas
que têm comportamentos específicos,
que refletem nas várias atividades
empresariais dentro de diversos modelos
decisórios.
 O risco pode ser definido como
probabilidade de perda em relação
a resultados esperados.
Cap.Próprio  
Cap. Terceiros40% 60%
Empresa B
Menos aversão ao  
risco. Empresas  
arrojadas.
Cap.Próprio  
Cap. Terceiros
65%
35%
Empresa A
Maior aversão ao  
risco. Empresas  
conservadoras.
Análise da AlavancagemFinanceira
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14
79Francisco LorentzFrancisco Lorentz 79
Dilema Liquidez x Rentabilidade
 O custo da fontes de capital são os juros e
qualquer outra remuneração paga aos
detentores e cedentes de capital.
 Deve‐se buscar a maior quantidade de
fontes externas de capital, desde que a um
custos menor que as fontes dos acionistas.
 Maiores lucros com maior quantidade de
fontes baratas de capital.
 Quanto mais fontes externas maior o
endividamento, consequentemente menor
liquidez.
 Liquidez → capacidade de pagamento das
dívidas.
+
Fontes  
Externas
Liquidez
+ -
Rentabili  
dade
Rentabilidade
Liquidez
Fontes Externas
Análise da AlavancagemFinanceira
80Francisco LorentzFrancisco Lorentz 80
Capital Próprio e Capital de Terceiros
Na visão tradicional de finanças, ou
abordagem ortodoxa:
FontesExternas (financiamentos e
debêntures) → Capital de Terceiros.
Fontes Internas (Acionistas ordinários e
preferenciais) → Capital Próprio.
Análise da AlavancagemFinanceira
81Francisco LorentzFrancisco Lorentz 81
Capital Próprio e Capital de Terceiros
Aspecto jurídico: os acionistas assumem os
riscos e as responsabilidades finais pelo
empreendimento quando de sua eventual
liquidação.
Análise da AlavancagemFinanceira
82Francisco LorentzFrancisco Lorentz 82
Capital Próprio e Capital de Terceiros
Tipo de remuneração
O capital de terceiros é remunerado,
contratualmente, por meio de pagamento
de juros e prêmios, tendo a empresa
obtido lucro ou não (renda fixa).
O capital próprio é remunerado pelo lucro
residual, após pagamento dos juros aos
financiadores externos. Caso haja prejuízos,
os acionistas não terão lucros distribuídos
(renda variável)
Análise da AlavancagemFinanceira
83Francisco LorentzFrancisco Lorentz 83
Análise da AlavancagemFinanceira
Capital Próprio e Capital de Terceiros
Capital de  
Terceiros
$100.000
Ganho = $200
Juros = ($80) 
Lucro = $120
Ganho = $70
Juros = ($80) 
Prejuízo = ($10)
Situação A Situação B
Remuneração
Fixa
Remuneração
Variável
O lucro para 
os acionistas 
dependem 
dos juros
Na situação A, o capital de terceiros está 
alavancando o PL, pois gera $200 de 
ganho com pagamento de $80 de juros, 
deixando um lucro para os acionistas de
$120. Na situação B, os ganhos foram 
insuficientes para pagar os $80 de juros, 
apresentando um prejuízo de $10.
84Francisco LorentzFrancisco Lorentz 84
Grau de Endividamento e Risco Financeiro
 Risco Financeiro → Possibilidade de a
empresa não se responsabilizar, temporária ou
definitivamente, pelo pagamento das parcelas
do principal e dos juros contratuais.
 Financiadores externos adotam como
referência básica para medir o risco
financeiro de cada empresa, além do
potencial de geração operacional de
lucros, o grau de endividamento atual e
futuro.
Análise da AlavancagemFinanceira
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85Francisco LorentzFrancisco Lorentz 85
Grau de Endividamento e Risco Financeiro
 Quanto maior o grau de endividamento, maior o
risco financeiro da empresa.
 GE = Capital de Terceiros / Capital Próprio
Como o capital de terceiros exige remuneração
fixa, quanto mais empréstimos e debêntures
existirem na empresa, maiores serão os
comprometimentos financeiros no seu fluxo de
caixa.
 O grau de endividamento mostra uma relação
de garantia. Quanto mais os acionistas investem
no prórpio negócio, mais indicações há de
confiança no empreeendimento e que estão
dispostos a assumir riscos.
Análise da AlavancagemFinanceira
86Francisco LorentzFrancisco Lorentz 86
Estrutura de Capital
Estrutura A Estrutura B Estrutura C
Capital de Terceiros (A) 0 500.000 750.000
Capital Próprio (B) 1.000.000 500.000 250.000
Total das Fontes 1.000.000 1.000.000 1.000.000
Grau de Endividamento (A/B) 0 1,0 3,0
Exemplo de grau de endividamento - (Padoveze)
Estrutura A → Possui endividamento zero. Estrutura financeira não alavancada,
absolutamente conservadora.
Estrutura B→Mostra uma relação capital de terceiros/capital próprio de 1:1.
Estrutura C → Mostra pouca aversão ao risco e uso intensivo de capital de
terceiros. Estrutura financeira arrojada.
Análise da AlavancagemFinanceira
87Francisco LorentzFrancisco Lorentz 87
Rentabilidades do ativo e do acionista
 A rentabilidade geral da empresas decorre da
rentabilidade do ativo, do resultado operacional.
 A rentabilidade do capital próprio depende
de quanto de juros tem de se pagar para os
empréstimos.
 Empresas do mesmo setor podem ter a mesma
rentabilidade do ativo, mas obterem
rentabilidades diferentes para o capital próprio
decorrentes de sua estrutura financeira e taxa
de juros do capital de terceiros.
Análise da AlavancagemFinanceira
88Francisco LorentzFrancisco Lorentz 88
Endividamento e Rentabilidade
EstruturaA Estrutura B Estrutura C
Capital de Terceiros (A) 0 500.000 750.000
Capital Próprio (B) 1.000.000 500.000 250.000
Total das Fontes 1.000.000 1.000.000 1.000.000
A tabela anterior serve de base para análises no slide seguinte, que
apresenta três estruturas financeiras e o impacto na rentabilidade dos
acionistas sob o efeito de duas taxas de juros escolhidas arbitrariamente,
12% e 18% a.a.
O lucro operacional para todas as hipóteses é o mesmo $150.000, uma
vez que a rentabilidade operacional está relacionada com os ativos, e sua
estrutura não é afetada pela estrutura de capital.
Análise da AlavancagemFinanceira
89Francisco LorentzFrancisco Lorentz 89
Endividamento e Rentabilidade
Hipótese 1: Taxa de Juros 12% a.a.
EstruturaA Estrutura B Estrutura C
Lucro operacional antes dos juros 150.000 150.000 150.000
Juros – 12% a.a. s/Cap. Terceiros - 60.000 90.000
Lucro líquido p/ os Acionistas 150.000 90.000 60.000
Rentabilidade do ativo (Em %) 15,0 15,0 15,0
Rentabilidade dos acionistas (Em%) 15,0 18,0 24,0
Hipótese 2: Taxa de Juros 18% a.a.
EstruturaA Estrutura B Estrutura C
Lucro operacional antes dos juros 150.000 150.000 150.000
Juros – 18% a.a. s/Cap. Terceiros - 90.000 135.000
Lucro líquido p/ os Acionistas 150.000 60.000 15.000
Rentabilidade do ativo (Em %) 15,0 15,0 15,0
Rentabilidade dos acionistas (Em%) 15,0 12,0 6,0
Endividamento e rentabilidade - (Padoveze)
Análise da AlavancagemFinanceira
90Francisco LorentzFrancisco Lorentz 90
Endividamento e Rentabilidade
Hipótese 1 → Na estrutura A, a rentabilidade do ativo é igual à rentabilidade
dos acionista, pois não há pagamento de juros, toda a rentabilidade pertence
aos acionistas. Nas estruturas B e C, a rentabilidade dos acionistas cresce, pois
as taxas de juros sobre o capital de terceiros (12%) é menor que a rentabilidade
dos ativos (15%). Quanto mais capital de terceiros existir na estrutura
financeira, maior será a rentabilidade residual para os acionistas.
Hipótese 2 → Nas estruturas B e C, há queda da rentabilidade para os
acionistas em relação à remuneração do capital de terceiros. Ao pagar 18% a.a.
de juros sobre o capital de terceiros, os acionistas obtém rentabilidade inferior
àquela gerada pelos ativos. Neste caso, a taxa de juros compromete a estrutura
e alavancagem financeira. Fica claro a relação do endividamento com o risco
financeiro. Se o lucro operacional na estrutura C, por razões não previstas, for
inferior a $135.000, a empresa não conseguirá honrar seus compromissos
financeiros anuais, entrando em problemas de liquidez.
Análise da AlavancagemFinanceira
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Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
março de 21
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91Francisco LorentzFrancisco Lorentz 91
Alavancagem Financeira
 Quando os acionistas da empresa obtém maiores
lucros para suas ações, com o uso mais intensivo de
capital de terceiros.
 Juros são custos fixos e permitem a
alavancagem financeira.
 No dilema risco x retorno, há uma contrapartida
negativa que é o risco. Maior alavancagem
financeira, maior risco financeiro.
 Alavancagem 1 → quando os juros s/ capital de
terceiros é menor que a rentabilidade dos ativos.
 Alavancagem 2 → quando a empresa aumenta o seu
nível de atividade operacional, mantendo fixos os
valores pagos de juros.
Análise da AlavancagemFinanceira
92Francisco LorentzFrancisco Lorentz 92
Fórmulas
Custo médio do capital de terceiros:
ki = Custo anual de juros / Capital de terceiros
Custo médio do capital dos acionistas:  
ke = Lucro operacional depois dos juros /  
Capital próprio
Custo médio do capital da empresa:
ko = Lucro operacional antes dos juros / (Cap.  
terceiros + Cap. Próprio)
Grau de alavancagem financeira:
GAF = Lucro operacional antes dos juros /  
Lucro operacional depois dos juros
Análise da AlavancagemFinanceira
93Francisco LorentzFrancisco Lorentz 93
Alavancagem Financeira e Risco Financeiro
EstruturaA Estrutura B
Capital de terceiros 350.000 600.000
Capital próprio 650.000 400.000
Ativo total 1.000.000 1.000.000
Taxa de juros 10% 10%
EstruturaA Estrutura B
Receita de vendas 1.500.000 1.500.000
Custos e depesas variáveis 900.000 900.000
Custos e despesas fixas 490.000 490.000
Lucro operacional antes dos juros (A) 110.000 110.000
Juros 35.000 60.000
Lucro operacional depois dos juros (B) 75.000 50.000
Rentabilidade operacional do ativo (%) 11,0 11,0
Rentabilidade do capital próprio (%) 11,5 12,5
Grau de alavancagem financeira (A:B) 1,467 2,200
Análise da AlavancagemFinanceira
94Francisco LorentzFrancisco Lorentz 94
Alavancagem Financeira e Risco Financeiro
Com aumento de 12% no volume de vendas:
EstruturaA Estrutura B
Receita de vendas 1.680.000 1.680.000
Custos e depesas variáveis 1.008.000 1.008.000
Custos e despesas fixas 490.000 490.000
Lucro operacional antes dos juros (A) 182.000 182.000
Juros 35.000 60.000
Lucro operacional depois dos juros (B) 147.000 122.000
Rentabilidade operacional do ativo (%) 18,2 18,2
Rentabilidade do capital próprio (%) 22,6 30,5
Efeito da  
alavancagem  
financeira
Análise da AlavancagemFinanceira
95Francisco LorentzFrancisco Lorentz 95
Alavancagem Financeira e Risco Financeiro
Com diminuição de 12% no volume de vendas:
EstruturaA Estrutura B
Receita de vendas 1.320.000 1.320.000
Custos e depesas variáveis 792.000 792.000
Custos e despesas fixas 490.000 490.000
Lucro operacional antes dos juros (A) 38.000 38.000
Juros 35.000 60.000
Lucro operacional depois dos juros (B) 3.000 (22.000)
Rentabilidade operacional do ativo (%) 3,8 3.8
Rentabilidade do capital próprio (%) 0,5 -5,5
Ocorrência do  
risco
financeiro.
Análise da AlavancagemFinanceira
96Francisco LorentzFrancisco Lorentz 96
AlavancagemFinanceira
A alavancagem financeira resulta da participação de
recursos de terceiros na estrutura de capital da empresa.
 Em princípio, pode-se admitir que interessa o endividamento
sempre que seu custo for menor que o retorno produzido
pela aplicação desses recursos.
 Nessa situação em que o retorno do investimento do capital
emprestado excede a seu custo de captação, há diferença
positiva alavancando a rentabilidade.
 Em situação inversa, quando a empresa toma emprestado a
um custo superior a taxa de retorno que pode aplicar esses
recursos, o proprietário cobre esse resultado desfavorável
mediante seus resultados líquidos.
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Análise de Custos e Contabilidade 
Gerencial
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AlavancagemFinanceira
 Alavancagem financeira significa o que a empresa consegue
aumentar do lucro líquido através da estrutura de
financiamento, e mostra a possibilidade de os acionistas da
empresa obterem maiores lucros para seus investimentos,
com o uso mais intensivo de capitais de terceiros.
 A existência de capitais de terceiros na estrutura de
financiamento permite a ocorrência de alavancagem
financeira para os capitais próprios. A alavancagem traz
consigo o conceito de risco financeiro, que é a dependência
extrema dos capitais de terceiros para financiamento das
atividades da empresa.
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Grau de AlavancagemFinanceira
(GAF)
Poderá ser utilizada a seguinte fórmula
para o cálculo do GAF:
lucro antes dos juros
GAF = 
lucro depois dos juros
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AlavancagemFinanceira
Exemplo:
Considerando que as empresas ALFA LTDA e BETA LTDA
têm estruturas de custos e despesas fixas que totalizam R$
1.000,00. Com a utilização dessas estruturas, elas
conseguem produzir e comercializar 10 unidades do produto
Y. O preço de venda unitário (sem impostos e outras
deduções) do produto Y é de R$ 200,00 e os custos variáveis
de produção importam em R$ 80,00.
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AlavancagemFinanceira
A estrutura patrimonial das empresas ALFA LTDA e
BETA LTDA é a seguinte:
ALFA LTDA BETA LTDA
Ativo total 1.000,00 1.000,00
Passivo total 350,00 600,00
Patrimônio Líquido 650,00 400,00
Ambas as empresas atuam num mercado onde a remuneração pelo uso
dos capitais de terceiros (taxa de juros) é de 10% num determinado
período (mês, ano etc.). Para as duas empresas os juros sobre capitais
de terceiros são contabilizados como despesas financeiras e integram os
custos fixos mais despesas de suas estruturas de custos.
As empresas ALFA LTDA e BETA LTDA têm os mesmos investidores.
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AlavancagemFinanceira
DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO –
EMPRESAS ALFA LTDA E BETA LTDA
ALFA LTDA ‐ R$ BETA LTDA ‐ R$
( = ) RECEITA LÍQUIDA 2.000,00 2.000,00
( ‐ ) CUSTOS VARIÁVEIS (800,00) (800,00)
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO 1.200,00 1.200,00
( ‐ ) CUSTOS FIXOS + DESPESAS (antes dos juros) (965,00) (940,00)
( = ) LUCRO OPERACIONAL (antes dos juros) 235,00 260,00
( ‐ ) JUROS (35,00) (60,00)
( = ) LUCRO OPERACIONAL (depois dos juros) 200,00 200,00
Grau de Alavancagem Financeira ‐ GAF 235,00 = 1,175
200,00
260,00 = 1,3
200,00
A situação apresentada pela comparação entre as empresas mostra que BETA LTDA
utilizou melhor os capitais de terceiros. Mesmo com uma despesa maior pela
remuneração pelo uso dos capitais de terceiros, a empresa BETA LTDA alcançou o
mesmo lucro operacional de ALFA LTDA. Com essa análise, os acionistas de BETA
LTDA podem decidir se as operações da empresa devem ser financiadas com capital
próprio ou capital de terceiros.
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Francisco Lorentz
franciscolorentz@gmail.com
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