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Trindade, 2021 Medicina 4° período - UNIFIMES Nathalya Nayr Rodrigues Martins COLUNA TORÁCICA Distinção entre dor axial e radicular: A dor axial comporta-se como uma dor difusa na topografia da coluna, sem características de irradiação, e não respeita a topografia de um dermátomo. Doenças: estruturas musculotendíneas e ligamentares, articulações zigoapofisárias, vértebra e ânulo do disco intervertebral. A dor radicular, por sua vez, é irradiada, que pode ser acompanhada de sensação de queimação ou agulhada e tem etiologia diferente. Doenças: hérnia de disco, estenose do forame, estenose do canal, compressão tumoral ou doença intrínseca da raiz ou medula espinal Sinais de alarme ou red flags: podem indicar situações de risco iminente de maior dano ao paciente, como doenças graves, que irão necessitar de tratamento específico podem-se citar idade maior que 50 anos, história prévia ou atual de câncer, duração da dor por mais de um mês sem melhora com tratamento específico, tabagismo, febre, imunossupressão, uso de drogas ilícitas para tumor e infecção. Sistematização do exame físico: Inspeção, Palpação, Manobras e Mensuração. Paciente em pé, sentado e deitado, em todas as posições iniciamos o exame pela visão posterior da região INTRODUÇÃO POSIÇÃO EM PÉ: Inspeção posterior: Analisa-se a postura global do paciente, sua massa muscular, buscando qualquer assimetria, contratura ou aumento de volume, ombros nivelados. A assimetria das escápulas pode identificar também a doença de Sprengel ou escápula alta congênita. A linha média vertebral precisa ser identificada; sempre retilínea, não pode apresentar desvios grosseiros da protuberância occipital à saliência da apófise espinhosa da 7a vértebra cervical e daí até ao sulco interglúteo. Qualquer desvio nessa linha pode indicar a presença de deformidade. Triangulo de talhe é o ângulo formado entre o tronco a face do braço inspeção da pele busca identificar em particular: -Manchas cutâneas, de coloração “café-com-leite”; -Nódulos de dimensões variadas: manchas e nódulos costumam, na presença de deformidade, estar associados a neurofibromatose; -Formações que possam ser indicativas de malformações congênitas (“estigmas”), como tufos pilosos ou retrações de pele. Inspeção lateral: •Nessa posição, as curvaturas da coluna são mais bem observadas. Os braços devem estar em extensão, paralelos ao solo. As lordoses cervical e lombar devem estar compensadas pela cifose torácica e apresentar harmonia. •A cifose do adolescente (dorso curvo ou enfermidade de Scheuermann), a cifose senil ou por osteoporose, a cifose da espondilite anquilosante, bem como as de outras etiologias são bem evidenciadas quando presentes. •Estas são cifoses de raio longo, sem angulações agudas; a presença de ângulo agudo ou cifose de raio curto pode ser sinal de enfermidades como tuberculose (mal de Pott) ou neurofibromatose. - Alordose lombar e a protusão do abdômen tem de ser avaliadas - Um aumento da lordose pode sugerir espondilolistese associada à deformidades do segmento superior da coluna Referência: Exame físico em ortopedia, Tarcísio Barros Filho INSPEÇÃO ANTERIOR (EM PÉ) -Com o tórax exposto, completamos a inspeção desse segmento. Em especial, procuramos observar: • a presença dos dois músculos peitorais, por ser possível a ausência de um deles em um lado; • a possível projeção de um dos seios pela rotação das costelas, quando há escoliose; •A existência de deformidades da parede, destacando-se a pectus carinatus, saliente, e o pectus excavatum, retraído. MANOBRAS E MENSURAÇÃO (EM PÉ) EXAME POSTERIOR (EM PÉ): •A primeira medida é a verificação do alinhamento da coluna à por meio de um fio de prumo; •Apoiado na 7ª vértebra cervical, o fio deve acompanhar a linha média até o sulco interglúteo; •Se a coluna estiver muito desviada para um lado, não permitindo que a cabeça fique centrada sobre a pelve, o fio de prumo não passará pelo sulco interglúteo à podendo essa distância ser medida; •Nessa posição, também é possível avaliar o grau de nivelamento pélvico com uma régua de nível apoiada nas cristas ilíacas; Quando é produzido um desnível por discreto encurtamento de um dos MMII, pede-se ao paciente que eleve o calcanhar do lado do desnivelamento, mantendo o joelho em extensão, até que a régua se nivele à corrigindo o encurtamento, podendo julgar quanto deve ser compensado no calçado •As manobras executadas com o paciente em pé de costas para o examinador são ativar e buscam determinar principalmente a amplitude articular do segmento examinado. •As amplitudes aceitas para a coluna torácica são: -Flexão à até 45º; -Extensão à até 45º -Inclinação lateral à até45º para cada lado. •Entre as apófises da C7 e T12 pode ser colocado uma fita métrica para medir um valor numérico com as diferenças entre as posições normal e flexionada. •No indivíduo normal à 2,5 cm média. •Em pacientes com processo patológico. Podem ocorrer limitações; •Teste de inclinação anterior: Mais sensível para detectar a escoliose. Realizado com o examinador sentado na frente do paciente. Mas também é eficiente se o examinador se abaixar pra ficar no mesmo nível da coluna do paciente que está inclinada para frente. Se houver alteração, será criado uma saliência à Giba costal ou lombar; •Esse teste pode ser limitado quando há dor e a escoliose possa ser antálgica à nesse caso a contratura muscular e a rigidez que impedem a flexão da coluna; •Nesse momento o músculo serrátil anterior pode ser analisado. Pede-se que o paciente fique de frente para a parede com as duas mãos apoiadas nela empurrando-a; EXAME LATERAL (EM PÉ) •Pede-se que o paciente se incline para a frente tentando tocar o solo, com os joelhos em extensão absoluta; •A cifose é acentuada nessa posição; •Retração dos mm. Isquiotibiais é relacionada à cifose do adolescente e tem de ser reconhecida nessa fase do exame; •A distância entre a ponta dos dedos e o solo serve como referência para avaliar o alongamento muscular durante o tratamento; POSIÇÃO SENTADA INSPEÇÃO: inspeção posterior, lateral e anterior (sentado) • A inspeção pode ser rapidamente refeita com o examinador circulando em torno da maca de exames, procurando alguma modificação produzida com a mudança para a posição sentada •É preciso observar se, ao eliminar a ação da pelve e dos membros inferiores, houve alguma alteração no aspecto da coluna, especialmente deformidades. PALPAÇÃO PALPAÇÃO POSTERIOR (SENTADO) •A palpação começa delimitando a escápula e identificando sua espinha; •Nos casos de escápula alta congênita, a palpação de seu ângulo superior pode identificar bandas fibrosas ou ósseas •A apófise espinhosa da 3ª vértebra torácica está na mesma linha da espinha da escápula, quando os membros superiores estão na posição anatômica •A 7ª vértebra cervical com sua apófise espinhosa saliente serve de referência para, a partir destes dois pontos, C7 e T3, palpar todas as demais vértebras. •As apófises da T9 e T11, pontos de inserção e tração muscular, são locais frequentes de dor de origem postural, que pode ser despertada por compressão digital. • Outra causa frequente de queixas dolorosas entre a escápula e a coluna é a afecção dos músculos romboides, de etiologia profissional em geral (LER/DORT); sua presença deve ser investigada pela palpação dos músculos romboides • Estes se originam da coluna, entre C7 e T5 e inserem-se na margem medial da escápula; •São palpadas com o membro superior em rotação interna máxima e adução • O gradeado costal deve ser palpado na sua totalidade, especialmente nas projeções das articulações costotranversas; •Estas sofrem processos inflamatórios nas espondiloartropatias e apresentam dor à palpação profunda. •Os músculos trapézios e grande dorsal devem ter seus limites bem definidos à palpação. PALPAÇÃO LATERAL E ANTERIOR • A palpação dessas áreas deve ser feita com o paciente deitado. MANOBRAS E MENSURAÇÃO (sentado) EXAME POSTERIOR (SENTADO) • As rotações para a direita e para aesquerda, com a pelve fixada pela posição sentada, pode atingir até 50º •Essas medidas angulares serão estimadas para cada paciente, visto que é difícil separar a participação da coluna lombar nesses movimentos; •Mais importante é despertar dor ou identificar limitações ao exame da mobilidade torácica •A percussão das lojas renais é imperativa nos pacientes com queixas dolorosas nessa área (sinal de Giordano) •A medida da expansão torácica com fita métrica ao redor do tórax, na altura dos mamilos, deve mostrar um amplitude de pelo menos 3cm entre a expiração e a inspiração profunda •Nos pacientes com dor, limitação da mobilidade e discreta cifose, a redução da amplitude torácica é sinal de calcificação dos ligamentos costotranversos, como ocorre na espondilite anquilosante. As retrações musculares comuns aos portadores de cifose, especialmente adolescentes, incluem outros músculos além dos isquiotibiais, como os peitorais •Com abdução dos ombros a 90º, o examinador pode tracionar os braços para trás avaliando a flexibilidade e o grau de retração; PALPAÇÃO POSIÇÃO DEITADA Nessa posição, não há possibilidade de o examinador ter a visão circunferencial do paciente, como em pé ou sentado; portanto, o exame se fará por completo (inspeção, palpação e manobras) em cada decúbito DECUBITO VENTRAL • a inspeção e a palpação podem ser refeitas se restou alguma duvida. •Deve-se observar se uma deformidade previamente identificada sofreu alguma correção com a mudança de posição, indicando maior flexibilidade da curva .No caso da escoliose, a inclinação lateral para cada lado, forçada, também avalia essa flexibilidade •A hipertensão da coluna, pedindo para o paciente elevar os braços e o tronco, enquanto o examinador fixa as pernas, deve produzir a retificação da cifose; •Nos portadores de cifose fixa, estruturada, haverá sempre cifose residual. DECÚBITOS LATERAIS (direito e esquerdo) • A palpação dos arcos costais é completada nessas posições, nas quais podem ser percebidos em toda a sua extensão, de cada lado. • A rotação da coluna, especialmente na pesquisa de dor, pode ser realizada passivamente pelo examinador, fixando e empurrando a pelve para um lado e trazendo o ombro oposto para o outro. Sinal de Babinski – extensão do hálux ao se realizar reflexo cutaneoplantar, com estimulação da superfície plantar lateral em direção à cabeça dos metatarsos. Em situação normal, espera-se flexão do hálux ou artelhos . Oppenheim – estimula-se a região da crista da tíbia de proximal para distal, obtém-se extensão do hálux Clônus – é observado quando um músculo é alongado passivamente e esse alongamento é mantido pelo examinador. Ocorrem contrações repetidas do grupamento muscular alongado que tendem a persistir enquanto o examinador mantiver o alongamento. Para obter o clônus do tornozelo, faz-se a dorsiflexão EXAME NEUROLOGICO O exame sensitivo na região torácica é feito pelos testes de sensibilidade tátil com um chumaço de algodão e sensibilidade dolorosa com agulha sem ponta nos dermátomos correspondentes. Para testar a sensibilidade térmica, usa-se algodão umedecido com solução alcoólica. Não existem raízes motoras testáveis na região torácica e as correspondentes às regiões cervical e lombar estão em capítulos específicos. Entre os reflexos, o cutâneo abdominal é o único realizado na região torácica. Ele é feito pelo toque com objeto pontiagudo que percorre rapidamente de lateral para medial e a resposta esperada é a contração do músculo abdominal para o lado estimulado. Ele é mediado pelas raízes de T7-T12 e deve ser valorizado quando houver assimetria entre os lados. Compressão medular na região torácica pode cursar com o aparecimento de reflexos patológicos, que indicam lesão do neurônio motor superior, entre eles: brusca do tornozelo e tenta-se manter nessa posição, obtendo-se flexões plantares repetidas. Triangulo de talle é o ângulo formado entre o tronco a face do braço Temos 3 curvaturas fisiológicas: 2 lordoses e 1 cifose teste de adms = teste de inclinação anterior Teste do músculo serratil, analisar o movimento da escapula sentido horário (medial) da escapula deficiência do serratil e sentido antihorârio (lateral) deficiência no trapézio. o trapézio é inervado pelo inguinal acessório e o serratil é o nervo torácico lombo
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