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Estudo de caso - FOLHA DE SP. Férias no paraíso socialista? Coreia do Norte tenta seduzir turistas

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UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Administração de Marketing- Prof.Bill Pereira
ESTUDO DE CASO
Instruções
1. Leia o caso e pesquise sobre o assunto na internet.
2. Consulte suas anotações e a bibliografia indicada.
3. Responda sempre com suas próprias palavras, combinando os conceitos com suas reflexões e recomendações.
· O trabalho deverá ser feito em grupos de 2 alunos
Matéria publicada em 05/06/2015 -Folha de SP -Férias no paraíso socialista? Coreia do Norte tenta seduzir turistas
Se você está procurando um lugar exótico para passar o verão e não se incomoda com férias que venham acompanhadas de dose pesada de propaganda socialista e culto ao líder, a Coreia do Norte acredita ser o lugar perfeito para você.
Ao final de uma drástica proibição que vetou o acesso de virtualmente todos os estrangeiros ao país por seis meses devido ao medo de que eles pudessem difundir o vírus do ebola –a despeito do fato de que o número de casos de ebola registrados na Ásia é zero–, a Coreia do Norte está uma vez mais determinada a exibir seu "conto de fadas socialista" aos turistas.
O foco no turismo conta com as bênçãos pessoais do líder Kim Jong Un e, como é comum no país, as autoridades estabeleceram metas grandiosas em seu esforço por satisfazer o líder. Cerca de 100 mil turistas visitaram a Coreia do Norte no ano passado, a maioria absoluta dos quais da vizinha China. Kim SangHak, economista sênior na influente Academia de Ciências Sociais, disse à Associated Press que a Coreia do Norte espera que o número de turistas cresça em 10 vezes até 2017 e que atinja os dois milhões ao ano em 2020.
O interesse de Pyongyang em atrair turistas pode parecer irônico ou até contraditório, para um país que tomou medidas extremas a fim de se resguardar contra o resto do mundo. Mas Kim diz que a campanha, formalmente endossada por Kim Jong Un em março de 2013, é vista tanto como uma potencial fonte de receita quanto como maneira de rebater os estereótipos sobre o país uma terra faminta,retrógrada e incansavelmente sombria. "O turismo pode produzir muito lucro com relação ao investimento requerido, e é por isso que o nosso país está dedicando prioridade a ele", disse Kim. Acrescentando que, além de belas montanhas, praias desertas e uma lista aparentemente interminável de monumentos e museus, a Coreia do Norte tem outra carta na manga: o fato de que é simplesmente diferente de qualquer outro lugar do planeta. "Muita gente em países estrangeiros pensa de maneira errada sobre o nosso país", disse Kim, descartando críticas ao histórico norte-coreano de direitos humanos. "Ainda que as sanções econômicas dos imperialistas norteamericanos estejam crescendo, estamos desenvolvendo nossa economia. E acredito que muita gente sinta curiosidade sobre o nosso país".
Adversários da Coreia do Norte no Ocidente dizem que os turistas que vão aopaís ajudam a encher os cofres de um regime renegado e prejudicam os esforços para isolar e pressionar Pyongyang a abandonar suas armas nucleares e melhorar seu desempenho quanto aos direitos humanos. Por motivos de segurança, o Departamento de Estado norteamericano recomenda fortemente aos cidadãos dos Estados Unidos não viajar à Coreia do Norte. Nada disso impediu que o número de turistas norteamericanos e europeus crescesse gradualmente, e essas preocupações não são tão fortes nos países em que a Coreia do Norte se dedica mais a atrair visitantes como a China, Rússia e o Sudeste Asiático. "Cerca de 80% dos turistas que nos visitam vêm dos países vizinhos", disse Kim Young Il, um funcionário do departamento estatal de turismo norte-coreano. "É normal desenvolver o turismo em sua região, e por isso nosso país nada tem de excepcional, quanto a isso. Mas também estamos nos expandindo junto aos países europeus".
Embora a qualidade de vida da Coreia do Norte não tenha melhorado muito,em termos gerais, nos últimos anos, os esforços para construir atrações para os visitantes e a infraestrutura necessária a recebê-los já estão começando a mudar a face da capital e algumas zonas especiais de turismo, estabelecidas recentemente em regiões dispersas do país. Em meio ao contexto em geral espartano de seu ambiente, essas atrações, que também são usadas pelos norte-coreanos comuns por preços muito mais baixos, podem ser impressionantes.
Em Pyongyang, alguns dos lugares de turismo mais populares incluem um campo de tiro de alta tecnologia no qual visitantes podem caçar tigres de animação usando armas laser, ou caçar faisões reais com balas de verdade, e cozinhá-los e comê-los no local. Também há um novo centro de equitação, um grande parque aquático e "feiras de diversão" reformuladas agora oferecendo montanhas russas, barracas de comida e um teatro 5D.
Depois de um ano de construção em ritmo fervilhante, o novo terminal internacional do aeroporto de Pyongyang pode ser inaugurado já no mês que vem.Mas fora da capital e de suas obras para turistas, nas regiões onde verbas, eletricidade e acomodações adequadas são muito mais escassas, o desenvolvimento se concentrou na área em torno do Monte Kumgang e de Wonsan, um porto na costa leste.
Um complexo de esqui de luxo foi inaugurado recentemente logo ao lado deWonsan e alguns restaurantes novos surgiram na região da praia da cidade, popular junto aos moradores e turistas para natação, frutos do mar e churrascos ao ar livre.Mas como tudo mais, a Coreia do Norte está tratando o turismo "à sua maneira". Turistas de qualquer nacionalidade devem esperar constante vigilância por guias sempre atentos e muitas visitas aos hospitais, escolas e fazendas, além de eventos encenados com o objetivo de impressionar e promover a vertente de socialismo autoritário que é única de Pyongyang. Como todos os demais visitantes à Coreia do Norte, eles terão pouquíssimas oportunidades de interagir com as pessoas comuns ou observar seu estilo de vida cotidiano. Mas os turistas também devem esperar repercussões severas caso saiam da linha. 
Excursões de sul-coreanos ao Monte Kumgang foram muito populares durante uma década, até 2008, quando foram suspensas depois que uma dona de casa sul-coreana que entrou sem saber em uma área restrita foi morta a tiros por um segurança nortecoreano. Mais recentemente, um turista norteamericano que impulsivamente deixou uma bíblia em uma casa noturna na província passou seis meses na cadeia, até que o Pentágono enviasse um avião para retirá-lo de Pyongyang.
FOLHA DE SP. Férias no paraíso socialista? Coreia do Norte tenta seduzir turistas Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/turismo/2015/06/1637486-ferias-no-paraiso-socialista-coreia-do-norte-tenta-seduzir-turistas.shtml Acesso em: 10 mar. 2016.
QUESTÕES
1. O Marketing para o setor turístico no caso proposto é orientado para o produto, cliente ou mercado? Explique qual é o qual vocês acham que seria a orientação mais apropriada?
2. Cite exemplos de possíveis fatores positivos e negativos do microambiente e macroambiente que afetam atualmente as viagens para a Coréia do Norte. Explique
3. Qual(is) segmentação de mercado que melhor se adaptaria ao caso? Explique.
1) O Marketing turístico da Coréia do Norte é orientado para a venda, pois o objetivo do país é atrair turistas para obter captação de recursos, patrocinar o ideário socialista autoritário, além da tentativa de amenizar a imagem negativa que a nação possui perante os demais países. Não é orientado para o mercado porque o cliente é severamente penalizado caso ultrapasse limites, não é voltado para o produto, já que o turismo em si não é foco, mas sim um meio para se auto patrocinar.
2) Em questão de microambiente afeta negativamente na comunidade local, pois deixa de ofertar uma qualidade de vida para os habitantes para investir em infraestrutura para os turistas; Consequentemente impacta no macroambiente na economia, as estruturas com preços baixos e com alta de cliente, atinge o plano de crescimento da Coréia; Podemos citar a tecnologia, ainda no macroambiente utilizada para instalar e amparar pontos turísticos,assim como a eletricidade em alguns pontos citados no texto. O impacto no macroambiente da
economia é positivo, uma vez que os turistas consomem os produtos/serviços da Coreia do Norte e isso consequentemente gera aumento no PIB do país. Pode afetar positivamente o cliente final (turistas) pela experiência cultural gerada.
3) O segmento de mercado que mais se encaixa é o de cultura e entretenimento, pois os viajantes buscam à Coréia do Norte para ter a oportunidades de interagir com as pessoas comuns ou observar seu estilo de vida cotidiano mesmo sabendo que isso é inviável, elas vão por curiosidade e também para experimentar e vivenciar as atrações turísticas.

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