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Política Nacional de Saúde Mental
Após a Lei 10.216/01, grande marco legal brasileiro para a área de saúde mental, todos os serviços de atenção à saúde aos portadores de transtornos mentais no Brasil, sejam públicos ou privados, estão obrigados legalmente a cumprir as normas por ela estabelecidas. Assim, no Brasil, por força de lei, é proibida toda forma de abuso e exploração aos portadores de transtornos mentais, inclusive enquanto estiverem em instituições de saúde clínicas ou psiquiátricas. 
O direito ao sigilo das informações prestadas e o esclarecimento a respeito de sua doença e de seu tratamento também estão garantidos, independentemente do tipo de financiamento da assistência prestada. Em relação ao redirecionamento do modelo assistencial, seis pontos da Lei 10.216/01 se destacam como prioritários: 1. O tratamento deve ocorrer através dos meios menos invasivos possíveis, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde mental (ambulatórios, consultórios, serviços de atenção diária, etc); 2. O tratamento, em qualquer de suas modalidades, deve ter como finalidade permanente a reinserção social do paciente em seu meio; 3. O paciente deve receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de seu tratamento; 4. É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas dos recursos mencionados na Lei 10.216/01 e que não assegurem aos pacientes os direitos nela enumerados; 5. Quando necessária, a internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos; 6. A internação só deve ser indicada quando os recursos extra hospitalares se mostrarem insuficientes e, quando imprescindível, que seja estruturada de forma a oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais, incluindo entre outros: 13 Serviços médicos; Serviços de assistência social; Atenção psicológica; Atenção em Terapia Ocupacional; Atenção de lazer assistido. O tratamento aos portadores de transtornos mentais organizou-se historicamente por meio de um modelo baseado no asilamento e afastamento do convívio social, por meio de internações longas e repetidas em instituições com características manicomiais, fundamentado em uma abordagem estritamente farmacológica que desconsiderava não apenas os aspectos psicossociais destes transtornos como também o direito à cidadania de seus portadores. Segundo a Lei 10.216/01, tal modelo deve desaparecer, não apenas por mostrar-se ineficiente e iatrogênico do ponto de vista terapêutico, como também por basear-se em uma forma de atuação contrária aos direitos básicos de qualquer cidadão, estabelecidos pela legislação brasileira. Diante do descompasso entre as políticas de saúde do MS para a Saúde Mental, as determinações da Lei 10.216/01 e o quadro atual da legislação vigente para a assistência em saúde mental da Saúde Suplementar, a ANS tomou a iniciativa de estabelecer e implementar estas Diretrizes Assistenciais em Saúde Mental na Saúde Suplementar, que faz parte de um conjunto de ações para a qualificação da assistência à saúde no setor suplementar brasileiro. Desta forma, as operadoras se tornarão, verdadeiramente, gestoras de cuidado, adotando um novo paradigma para o modelo assistencial no campo da saúde mental

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