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Sofrimento fetal

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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
 So#imento fetal 
- Sofrimento fetal agudo: acontece durante o 
parto. 
- Sofrimento fetal crônico: na gestação 
complicada por insuficiência placentária. 
- Devido a queda brusca de trocas materno-
fetais. 
 So#imento fetal agudo 
 Fisiopatologia 
- Qualquer interferência que cause falta de 
oxigenação fetal causa sofrimento agudo. 
- No sofrimento agudo: asfixia própria do 
parto por consequência da insuficiência 
uteroplacentária ou feto-placentária. 
- É normal que durante o parto as 
contrações uterinas reduzam as trocas 
entre a mãe e o feto, porém, quando ocorre 
relaxamento do útero há aumento 
progressivo do fluxo de sangue, ou seja, 
recuperação fetal até uma nova contração. 
P o r é m , q u a n d o o c o r r e a l g u m a 
descompensação, há uma acidemia 
hipóxica devido a asfixia. 
- Pode gerar sequelas neurológicas, danos 
orgânicos, morte intraparto ou neonatal. 
• Fluxo de sangue depende de 2 fatores: 
pressão arterial média materna + resistência 
do sangue nos vasos uteroplacentários. 
 Etiologia 
Pode ocorrer devido a diversos fatores: 
• Hipersistolia uterina: a intensidade de cada 
contração ultrapassa o valor da pressão 
arterial materna, em consequência há 
decréscimo circulatório uteroplacentário 
mais acentuado e de maior duração do que 
normalmente. 
• Taquiss is to l ia uter ina : aumento de 
frequência das contrações com curto 
intervalo de tempo entre elas, reduzindo o 
tempo de circulação sanguínea. 
• Hipertonia uter ina : há compressão 
persistente sobre os vasos sanguíneos, que 
se mantém entre as contrações, levando a 
uma redução acentuada do consumo de 
sangue pela placenta. 
• Hipotensão materna: diminuição da força 
que impulsinona o sangue pelos vasos 
uteroplacentár ios e permite maior 
compressão desses vasos e da aorta pelo 
miométrio, reduzindo o fluxo de sangue 
para a placenta. Pode ser causada pela 
anestesia peridural, raquidiana. 
• Patologia funicular (circulares, nós, 
procidências e prolapsos): compressão do 
cordão umbilical durante o parto. 
• P a r to p ro l o n g a d o : c a u s a a c i d o s e 
metabólica materna comprometendo o feto. 
 Diagnó%ico 
- Cardiotocografia 
- Microanálise do sangue fetal 
- Avaliação clínica 
 Cardiotocografia (CTG) 
- Registro contínuo da FCF e contratibilidade 
uterina. 
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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
- Estabelecimento da FCF intraparto, para 
obter informações do estado acido-básico 
fetal. 
- Parâmetros: contrações uterinas + FCF 
basal + variabilidade da FCF + acelerações 
e desacelerações. 
• As desacelerações são quedas temporárias 
da FCF. 
- Desaceleração precoce (cefálico): a linha 
de base coincide no início, pico e fim com 
a contração. Ausência de complicações. 
- Desaceleração tardia: máximo de queda e 
recuperação retardados em relação ao 
início, pico e fim da contração uterina. 
I n d i c a t i v a s d e i n s u f i c i ê n c i a 
uteroplacentária aguda. 
- Desacelerações variáveis (umbilicais): a 
desaceleração não reflete as contrações 
uterinas, as quedas variam de aspecto. 
Associadas a compressão funicular. 
• Sendo: 
- Categoria I: normal 
- Categoria II: indeterminada 
- Categoria III: anormal 
 Microanálise do sangue fetal 
- Está em desuso por ser invasivo. 
- Contraindicado para pacientes com 
his tór ia de hemofi l ia , suspeita de 
a n o r m a l i a d e c o a g u a ç ã o f e t a l , 
apresentação de face ou infecção materna 
(HIV, hepatites virais, herpes, suspeita de 
corioamnionite). 
 Avaliação clínica 
• Ausculta: realizada a cada 30 min no 
período de dilatação e a cada 15 min em 
pacientes com risco alto. 
- No período de expulsão o intervalo reduz 
para 15 e 5 minutos. 
- Antes, durante e após a contração. 
- Bradicardia FCF < 110 bpm por pelo menos 
10 minutos ⇢ sofrimento fetal agudo. 
- Taquicardia FCF > 160 bpm ⇢ sofrimento 
fetal agudo. 
- Em casos que foi feita anestesia, ausculta 
deve ser feita em intervalos menores. 
Contrações (em janelas 
de 10 minutos, obtem-se 
a média para 30 
minutos)
Número de contrações: 
normal a presença de até 
5 contrações a cada 10 
minutos, mais que isso é 
caracterizado 
taquissistolia 
FCF basal Limites normais: 110 a 160 
bpm
Variabilidade ou 
oscilação (em janelas de 
10 minutos) 
Leva em conta a FCF 
basal, classificadas em: 
ausente (amplitude não 
detectada), mínima (< 5 
bpm), moderada (entre 6 
e 25 bpm) e acentuada 
(> 25bpm)
Acelerações Aumento súbito da FCF 
de >15 bpm em duração 
> 15 seg. Ocasionada 
devido aos movimentos 
de um feto saudável. 
Antes de 32 semanas > 
10, reflete ausência de 
acidose fetal
Desacelerações Podem ser precoces, 
tardias, variáveis
Categoria I Categoria II Categoria III
FCF basal: 
110-160 bpm
Critérios não 
enquadrados 
em I e III
Variabilidade 
ausente
Variabilidade 
moderada (6 a 
25 bpm)
- Desacelerações 
tardias 
repetidas > 50%
Ausência de 
desaceleração 
variável/tardia
- Desacelerações 
variáveis 
repetidas > 50%
Aceleração 
presente/
ausente
- Padrão 
sinusoide
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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
• Mecônio: pode se associar ou não a 
alterações patológicas da FCF em fetos de 
apresentação cefálica ⇢ sofrimento fetal. 
• Síndrome de aspiração meconial (SAM): 
pode se associar a asfixia crônica e 
infecções congênitas. 
 Conduta 
 
• Medidas de reanimação intrautero: para 
reverter qualquer hipóxia 
- Oxigenação materna 
- Hidratação intravenosa 
- Reposicionamento materno 
- Descontinuação da ocitocina 
- Tocolíticos 
- Amniofusão 
- Elevação da apresentação fetal 
• Condutas da CTG: 
 So#imento fetal &ônico 
- Crescimento intrauterino restrito (CIUR) 
- Os que sobrevivem são mais suscetíveis a 
hipóxia, síndrome de aspiração de 
mecônio, hipoglicemia, complicações 
tardias como no sistema nervoso, paralisia 
cerebral, diabetes tipo 2, HAS. 
- Fetos com peso < 10o percentil para a 
idade gestacional. 
Pode ser: 
• Simétrico: pequenas dimensões de cabeça 
e abdome ⇢ insulto intríseco. 
- Comprometimento do crescimento fetal. 
- Anomalias estruturais e cromossômicas, 
infecções, drogas ilícitas, álcool. 
• Assimétrico: consequência de fatores 
extrínsecos. 
- Disponibilidade inadequada de substratos 
para o metabolismo fetal. 
- Cabeça com dimensões preservadas e 
abdome reduzido. 
- Insuficiência placentária por doença 
v a s c u l a r m a t e r n a ⇢ p e r f u s ã o 
uteroplacentária deficiente. 
- Observa-se após 28 semanas. 
 Causas 
 
Evitar rompimento 
artificial de membranas
Não acelerar o parto que 
progride normalmente
Utilizar ocitocina apenas 
se a evolução do parto se 
detém ou retarda por 
falta de contrações 
uterinas
Não induzir o parto 
eletivamente
Para induções 
necessárias: menor dose 
de ocitocina possível
Monitoração de partos 
induzidos
Monitoração de partos 
de alto risco
- 
Fetais Placentárias Maternas
Anormalidades 
estruturais e 
cromossômiais 
fetais
Insuficiência 
placentária
Má nutrição
Infecções 
congênitas
Anormalidades 
estruturais 
Doença vascular
Gravidez 
gemelar
- Trombofilias
- - Estilo de vida e 
uso abusivo de 
substâncias
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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo
 Diagnó%ico 
 Fatores de risco para a CIUR 
 Medida do fundo uterino 
- Quando há muita diferença na medida do 
fundo uterino para tal idade gestacional, 
atentar-se para CIUR. 
 Biometria fetal 
- Quando a circunferência abdominal (CF) e 
peso fetal estimado (PFE) < percentil 10 
pode ser indicativode CIUR. 
 Doppler de artéria uterina 
- Entre 20 a 24 semanas, se o índice de 
resistência (RI) > 0,58 e o índice de 
pulsatilidade (PI) > 1,45, realizar avaliação 
com USG do crescimento feta l pela 
circunferência abdominal e pelo dopper da 
artéria umbilical. 
 Tratamento 
- Profilaxia com ácido acetilsalicílico em 
baixa dose. 
- Em casos com de SAF associação de ácido 
acetilsalicílico com heparina de baixo peso 
molecular. 
- Em casos de CIUR placentário precoce: 
a d m i n i s tr a ç ã o d e n i tr o g l i c e r i n a 
transdérmica e de citrato de sidenafil. 
Idade materna > 40 anos Exercício vigoroso diário
Baixo ganho de peso 
materno
História prévia de CIUR
Mãe o pai nascidos com 
CIUR
História de natimorto
Tabagismo Hipertensão crônica
Uso de cocaína Diabetes com 
complicação vacular
Doença renal com 
hipertensão
SAF (síndrome 
antifosfolípide)
Hemorragia Intestino hiperecogênico
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