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EDEMA AGUDO DE PULMÃO 1 EDEMA AGUDO DE PULMÃO Síndrome clínica caracterizada pelo acúmulo de líquido no espaço alveolar Considerada uma emergência médica! Dividido em cardiogênico e não cardiogênico EAP CARDIOGÊNICO Fisiopatologia Aumento da pressão veno-capilar pulmonar (> 18mmHg) Ingurgitamento da vasculatura pulmonar (congestão) Aumento do extravasamento de líquidos e coloides dos vasos capilares para o interstício Aumento da filtração transcapilar = aumento do fluxo linfático Quantidade de líquido extravasado > capacidade de drenagem linfática do sistema ! Vaso extremamente ingurgitado Causas Sobrecarga de volume: principal! → o espaço intersticial se torna ineficiente e deixa extravasar líquido, causando uma sobrecarga de volume Disfunção ventricular sistólica: cursa com baixo DC Obstrução da via de saída do VE: estenose aórtica, cardiomiopatia hipertrófica assimétrica obstrutiva, HAS História clínica Isquemia com ou sem IAM EDEMA AGUDO DE PULMÃO 2 IAM com ou sem supra Angina instável Exacerbação de ICC HAS, valvulopatia) Dispneia Dispneia paroxística noturna: entre as dispneias, é a mais sensível Ortopneia Crise hipertensiva Quadro clínico Escarro rosáceo espumoso (sangue) = lesão capilar Tosse Dispneia rapidamente progressiva Sensação de sufocamento Taquipneia Exame físico: adrenérgico! PA aumentada FC aumentada FR aumentada Crepitações na inspiração e na expiração em todo o tórax = estertores subcrepitantes! *Sendo mais progressivo no sentido base → ápice Sibilos: edema na parede brônquica Alteração do nível de consciência → maior gravidade! Ritmo de galope = B3 → sobrecarga de VE, enchimento ventricular comprometido Sopro de insuficiência ou estenose valvar Turgência jugular Hepatomegalia EDEMA AGUDO DE PULMÃO 3 Extremidades frias Edema pericárdico Diagnóstico: clínico! Exames complementares ECG *AVL > 11mm diz à favor de sobrecarga de VE Raio X de tórax: linhas A e B de Kerley, acúmulo de líquidos, cefalização dos vasos, retificação dos arcos costais Exames laboratoriais Hemograma completo Eletrólitos Marcadores de necrose cardíaca Gasometria arterial Sinal da asa de borboleta: diminuição da radiotransparência na região perihilar de forma simétrica, poupando a periferia EDEMA AGUDO DE PULMÃO 4 Ureia, creatinina BNP *BNP < 100 difícil ser EAP cardiogênico *BNP > 500 diz à favor de EAP cardiogênico por insuficiência de VE *Isso porque o BNP fica mais nos átrios Na prática, o que pedir? Exames no 1º momento: ECG, exames laboratoriais (exceto BNP Exames de 2º momento: raio X de tórax, ECO, BNP *O ECO acaba sendo fundamental para determinar a causa cardiogênica Critérios de gravidade FR > 35 PCO2 > 50 PO2 < 50 Tratamento Avaliação das vias aéreas + monitorização Manter o paciente sentado para reduzir pré-carga, diminuir retorno venoso e favorecer a musculatura respiratória Fornecer oxigênio: VNI é melhor CPAP → melhora a função ventricular e o conforto, mas não muda mortalidade *Contraindicações: instabilidade hemodinâmica, uso de vasopressores, arritmias, trauma facial, risco de aspiração, inabilidade de cooperar, rebaixamento do nível de consciência, broncoespasmo acentuado Acesso venoso periférico Terapia diurética de alça imediata! → promove grande vasodilatação + reduz a pré-carga e o retorno venoso *Se paciente sem uso: 40mg *Se paciente com uso prévio: mesma dose ou até 2,5x Terapia vasodilatadora precoce = nitrato EV *Nitroglicerina 0,21,5ug/kg/minuto se PAS > 90mmHg EDEMA AGUDO DE PULMÃO 5 *Nitroprussiato de sódio 0,250,5ug/kg/minuto, sempre evitar em pacientes com isquemia Monitoramento da diurese Se necessário, morfina → sabendo que está relacionada com o aumento da mortalidade Se necessário, inotrópicos → mais utilizados para insuficiência cardíaca *Dobutamina 220ug/kg/minuto se PAS > 90mmHg *Dopamina 220ug/kg/minuto se PAS < 90mmHg *Noradrenalina 0,53ug/kg/minuto se PAS < 70mmHg Por que alguns pacientes possuem pressão capilar pulmonar > 18mmHg mas não possuem EAP? Porque esse processo pode ter ocorrido de forma lenta, permitindo que o sistema linfático fosse efetivo na retirada do líquido em excesso EAP NÃO CARDIOGÊNICO Fisiopatologia Pressão capilar pulmonar normal (< 18mmHg) Aumento da permeabilidade pulmonar Aumento da filtração transcapilar → retirado pelo sistema linfático Causas Destruição do tecido alveolar Síndrome do desconforto respiratório SARA pneumonia, sepse Edema pulmonar de grandes altitudes Edema pulmonar neurogênico Edema pulmonar de reperfusão: pulmão com trombo que é retirado EDEMA AGUDO DE PULMÃO 6 Edema pulmonar de reexpansão: pulmão com derrame pleural muito grande que é drenado rapidamente Intoxicação por opioides e salicilatos TEP Politransfusão Trauma Broncoaspiração Quadro clínico Escarro rosáceo espumoso (sangue) = lesão capilar Tosse Dispneia rapidamente progressiva Sensação de sufocamento Taquipneia Exame físico: adrenérgico! PA aumentada FC aumentada FR aumentada Crepitações na inspiração e na expiração em todo o tórax = estertores subcrepitantes! *Sendo mais progressivo no sentido base → ápice Sibilos: edema na parede brônquica Alteração do nível de consciência → maior gravidade! Extremidades quentes Sinais de infecção pulmonar Diagnóstico: clínico! EDEMA AGUDO DE PULMÃO 7 Exames complementares ECG *AVL > 11mm diz à favor de sobrecarga de VE Raio X de tórax: linhas A e B de Kerley, acúmulo de líquidos, cefalização dos vasos, retificação dos arcos costais Exames laboratoriais Hemograma completo Eletrólitos Marcadores de necrose cardíaca Gasometria arterial Ureia, creatinina BNP *BNP < 100 difícil ser EAP cardiogênico, mais à favor do EAP não cardiogênico *BNP > 500 diz à favor de EAP cardiogênico por insuficiência de VE *Isso porque o BNP fica mais nos átrios Sinal da asa de borboleta: diminuição da radiotransparência na região perihilar de forma simétrica, poupando a periferia EDEMA AGUDO DE PULMÃO 8 Na prática, o que pedir? Exames no 1º momento: ECG, exames laboratoriais (exceto BNP Exames de 2º momento: raio X de tórax, ECO, BNP Critérios de gravidade FR > 35 PCO2 > 50 PO2 < 50 Tratamento Avaliação das vias aéreas + monitorização Manter o paciente sentado para reduzir pré-carga, diminuir retorno venoso e favorecer a musculatura respiratória Fornecer oxigênio: VNI é melhor CPAP → melhora a função ventricular e o conforto, mas não muda mortalidade *Contraindicações: instabilidade hemodinâmica, uso de vasopressores, arritmias, trauma facial, risco de aspiração, inabilidade de cooperar, rebaixamento do nível de consciência, broncoespasmo acentuado Acesso venoso periférico Terapia diurética de alça imediata! → promove grande vasodilatação + reduz a pré-carga e o retorno venoso *Se paciente sem uso: 40mg *Se paciente com uso prévio: mesma dose ou até 2,5x Terapia vasodilatadora precoce = nitrato EV *Nitroglicerina 0,21,5ug/kg/minuto se PAS > 90mmHg *Nitroprussiato de sódio 0,250,5ug/kg/minuto, sempre evitar em pacientes com isquemia Monitoramento da diurese Se necessário, morfina → sabendo que está relacionada com o aumento da mortalidade EDEMA AGUDO DE PULMÃO 9 Se necessário, inotrópicos → mais utilizados para insuficiência cardíaca *Dobutamina 220ug/kg/minuto se PAS > 90mmHg *Dopamina 220ug/kg/minuto se PAS < 90mmHg *Noradrenalina 0,53ug/kg/minuto se PAS < 70mmHg
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