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Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo P!to op#atório Cesariana é um ato cirúrgico que a partir de uma incisão abdominal e uterina há liberação do feto. • Aumento do número de partos operatórios pode ser dado por: - Nulíparas e mulheres tendo menos filhos. - Idade avançada para gestação. - Monitoramento fetal contínuo intraparto. - Aumentoda taxa de indução de partos. - Obesidade. - Forma eletiva. Indicações • Absolutas: casos que não possa fazer o parto natural. - Placenta prévia centro-total (implantação baixa da placenta, obstrui o canal de parto) - Desproporção cefalopélvica - Miomectomia prévia - Histerectomia corporal prévia - Falha de fórcipe e/ou vácuo extrator - A p re s e n ta ç ã o f eta l t i p o c ó r m i c a (transverso) - Iminência de rotura uterina (sinal de Bandl), útero em forma de ampulheta - Distócia funcional não corrigível - Dia gnóst ico rea l de desproporção cefalopélvica - Prolapso/ procedência de cordão (cordão vai pra frente da apresentação, podendo causar hipóxia ao feto) - Cesária perimortem - Tumor prévio obstrutivo - Herpes genital ativo - Presença de gêmeos siameses (xifópagos) - Malformação genital - Tumores, como HPV - Algumas malformações fetais - HIV com carga viral acima de 1000 • Relativas: casos em que se pode fazer parto natural porém há escolha entre o natural e cesáreo. - Descolamento prematuro de placenta - Sofrimento fetal agudo - Apresentação pélvica - Gestação múltipla - Iteratividade (várias cesárias prévias) - Macrossomia - HIV carga viral (baixa) abaixo de 1000 - Malformações fetais • Podem também ser classificadas em: 1) Indicações maternas: quando a mãe é acomet ida por a lguma pato log ia impossibilitando o trabalho de parto vaginal, como na síndrome de Marfan, doença coronariana instável, etc. 2) Indicações fetais: como pro exemplo no caso de sofrimento fetal, marformações, apresentações anômalas, doenças infecciosas maternas como HIV e herpes. 3) Indicações materno-fetais: quando pode t r a z e r p r e j u í z o a a m b o s c o m o d e s p r o p o r ç ã o c e f a l o p é l v i c a , descolamento prematuro de placenta e placenta prévia. Variáveis obstétricas Paridade Nulípara / multípara Cesárea anterior Sim / não Início do trabalho de parto Espontâneo / induzido / cesárea antes do início do trabalho de parto Número de fetos Único / múltiplo Idade gestacional Pré termo (antes de 37 semanas) / Termo (após 37 semanas) Apresentação fetal Cefálica / pélvica / córmica Página de 1 3 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo Classificação de Robson - A gestante deve ser enquadrada em apenas 1 dos grupos de Robson. - De acordo com o grupo há indicação de qual parto a ser realizado. • Menor expectativa de cesária • Maior expectativa de cesária Técnica - I nd u ç ã o à a n e s te s i a , g era l m e n te raquianestesia. - Pode haver indicação de peridural + complemento com outras medicações. - Evita-se anestesia geral. - Sondagem vesical de demora. - Assepsia + colocação de campos estéreis. - Administração de antibioticos profiláticos: cefazolina 2g EV antes da incisão. - Diérese: incisão para acessar o útero. • 7 camadas da cesárea • Incisão clássica: de Pfannenstiel - Feita de 2 a 3 cm da sínfise púbica com extensão de 10 a 12 cm com formato arciforme (forma de arco). - Dissecção por planos até chegar no útero. - Histerectomia - Extração fetal - Incisão de escolha no útero: Marshall- Fuchs, no segmento uterino inferior, em GRUPO 1 Nulíparas com feto único, cefálico, > 37 semanas em trabalho de parto espontâneo GRUPO 2 Nulíparas com feto único, cefálico, > 37 semanas, parto induzido ou submetida a cesária antes do trabalho de parto GRUPO 3 Multíparas sem cesárea anterior, feto único, cefálico, > 37 semanas, trabalho de parto espontâneo GRUPO 4 Multíparas s/ cesárea anterior, feto único, cefálico, > 37 semanas, parto induzido/ submetida à cesárea antes do trabalho de parto GRUPO 5 Todas as multíparas com pelo menos 1 cesárea anterior, feto único, cefálico, > 37 semanas GRUPO 6 Todas nulíparas com feto único em apresentação pélvica GRUPO 7 Todas as multíparas com feto único em apresentação pélvica, incluindo aquelas com cesáreas anteriores GRUPO 8 Todas as mulheres com gestação múltipla, incluindo aquelas com cesáreas anteriores GRUPO 9 Todas as mulheres com feto em apresentaçnao transversa ou oblíqua, incluindo aquelas com cesáreas anteriores GRUPO 10 Todas as mulheres com feto único e cefálico < 37 semanas, incluindo aquelas com cesáreas anteriores Página de 2 3 Medicina Ana Cat!ina Du"a Rebelo f o r m a t o a r c i f o r m e e p o d e s e r complementada com digitodivulsão, para não lesionar o bebê e nem a mãe. - Extração do feto via manual: manobra de Geppert (mão na incisão, apreensão do polo de apresentação, se cefálica (fletir a cabeça), o assistente pressiona o fundo uterino empurrando o feto para ser expelido. - Em alguns casos: extração via alavanca (úteros mais finos), uso de fórcipe quando a extração é muito difícil. - Manejo do feto: semelhantes ao parto vaginal, girando o tronco do bebê para retirar os ombros anterior e posterior. - Administração de ocitocina para evitar hemorragias. - Dequitação placentária e limpeza da cavidade uterina, verificar se não há resquícios de materiais cirúrgicos ou de placenta. - Sutura por planos com revisão da hemostasia: histerorrafia + aproximação do músculo reto abdominal + fechamento das camadas peritoneais + fechamento tecido celular subcutâneo e pele. Complicações • Hemorrágicas - Histerectomia ⇢ laceração ⇢ hemorragias - Atonia uterina - Lesão de artérias uterinas - Placenta acreta • Lesão de órgãos - Bexiga - Ureter • Obstétricas - Aderências - Rotura uterina - Acretismo placentário e placenta prévia - Gravidez ectópica • Infecciosas - Endometrite - Salpingite - Pelveperitonite ⇢ sepse - Ferida operatória (pele, TCS ⇢ pode também evoluir para sepse) - Hematoma, seroma, deiscência (é a abertura espontânea dos pontos cirúrgicos ou da cicatriz ao longo de sua linha de incisão cirúrgica). Página de 3 3
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