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Introdução a Micologia

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MICROBIOLOGIA
INTRODUÇÃO A MICOLOGIA
· CLASSIFICAÇÃO
· Fungos são organismos eucariontes que não contêm clorofila, mas possuem parede celular, estruturas filamentosas e produzem esporos. Esses organismos crescem como saprófitos e decompõem matéria orgânica. Existem entre 100.000 a 200.000 espécies de fungos, variando de acordo com a classificação utilizada. Cerca de 300 espécies são reconhecidas atualmente como patogênicas para o homem.
· Existem cinco reinos de organismos vivos. Os fungos pertencem ao reino Fungi.
	REINO
	CARACTERÍSTICA
	EXEMPLO
	Monera
	Procarioto
	Bactéria Actinomicetos
	Protista
	Eucarioto
	Protozoários
	Fungi
	Eucarioto*
	Fungo
	Plantae
	Eucarioto
	Plantas, Musgos
	Animalia
	Eucarioto*
	Artrópodes
Mamíferos
Humanos
* Essa característica em comum é responsável pelo dilema terapêutico envolvendo a terapia anti-micótica.
· A taxonomia do Reino Fungi está em evolução e ainda é controversa. Anteriormente baseada na morfologia grosseira descrita por microscópio óptico, o estudo da ultra estrutura, bioquímica e biologia molecular fornece novas evidências sobre as quais se baseiam os posicionamentos taxonômicos. Os fungos de importância médica pertencem a quatro filos:
· Ascomycota - Reprodução sexuada em um saco chamado de ascos com produção de esporos (ascósporos).
· Basidiomycota - Reprodução sexuada em um saco chamado de basídio com a produção de basidiósporo.
· Zygomycota - Reprodução sexuada por gametas e assexuada pela formação de zigósporos.
· Fungos Mitospóricos (Fungi Imperfecti) - Não possui forma de reprodução sexuada reconhecível. Inclui a maioria dos fungos patogênicos.
· Morfologia
· Fungos patogênicos podem existir como leveduras ou como hifas. Uma massa de hifas é chamada micélio. Leveduras são microorganismos unicelulares e micélios são estruturas filamentosas multicelulares constituídas de células tubulares com parede celular. As leveduras se reproduzem por brotamento ou cissiparidade. As formas miceliais se ramificam e o padrão de ramificação delas auxilia a identificação morfológica. Se o micélio não for septado é chamado de cenocítico (não-septado). Os termos “hifa” e “micélio” são comumente utilizados indistintamente. Alguns fungos ocorrem tanto na forma de leveduras como na forma de micélios. Esses são chamados fungos dimórficos.
· Fungos Dimórficos
Os fungos dimórficos podem apresentar duas formas:
· LEVEDURA - (forma parasitária ou patogênica). Essa forma é usualmente encontrada em tecidos, exsudatos, ou se cultivados em uma incubadora a 37 graus C.
· MICÉLIO - (forma saprófita). Forma observada na natureza ou quando cultivada a 25 graus C. A conversão para a forma de levedura parece ser essencial para a patogenicidade. Fungos dimórficos são identificados por várias características morfológicas ou bioquímicas, incluindo a aparência de seus corpos de frutificação. Os esporos assexuais podem ser grandes (macroconídios, clamidosporos) ou pequenos (microconídios , blastosporos, artroconídios).
· Elementos fundamentais dos fungos e Citologia 
· Os fungos são organismos eucariontes, unicelulares (leveduriformes) ou multicelulares (filamentosos), haploides (homo ou heteroeucarióticos), com parede celular contendo quitina e a-glucano. Não apresentam plastos ou pigmentos fotossintéticos.
· Todos os fungos conhecidos, com poucas exceções, têm origem nos esporos (reprodução sexuada) ou conÌdios (reprodução assexuada).
· Os esporos ou conÌdios, para germinarem, necessitam de calor e umidade e o resultado desta germinação é a formação de um ou mais filamentos finos, conhecidos como tubos germinativos. Estes tubos se ramificam em todos os sentidos formando uma massa filamentosa, chamada micélio, que constitui o sistema vegetativo, responsável pelo desenvolvimento fúngico e pela absorção dos alimentos. Os filamentos simples ou ramificados que formam o micélio são denominados hifas. Na maioria dos casos, o sistema vegetativo encontra-se no interior dos tecidos parasitados, no solo ou na matéria orgânica em decomposição.
· Com a formação dos esporos ou conídios È necessário que estes tenham acesso livre ao ar, para assegurar sua disseminação. Realiza-se, então, uma diferenciação das hifas vegetativas, geralmente levantadas verticalmente sobre o plano do micélio, conhecido como esporóforo ou conidióforo, e sobre estes se originam os esporos ou conídios. As hifas, por sua vez, podem ser apocíticas (com septo) ou cenocíticas (sem septo).
· DOENÇAS MICÓTICAS
Há quatro tipos de doenças micóticas:
· Hipersensibilidade - uma reação alégica a “mofos” e esporos.
· Micotoxicoses – envenenamento do homem ou animais por alimentos ou produtos alimentícios contaminados por fungos que produzem toxinas a partir de substratos de grãos.
· Micetismo – a ingestão de toxina (envenenamento por cogumelos).
· Infecção fúngica.- invasão tecidual com resposta do hospedeiro.
· CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DAS MICOSES
Doenças fúngicas podem ser discutidas de formas variadas. O método mais prático para estudantes de medicina é a taxonomia clínica, que divide os fungos em:
· Micoses superficiais ((ou micoses cutâneas) - são doenças fúngicas que estão confinadas às camadas externas da pele, das unhas ou dos cabelos (camadas queratinizadas) raramente invadindo tecidos mais profundos ou vísceras. Os fungos envolvidos são conhecidos como dermatófitos.
· Micoses subcutâneas - estão confinadas ao tecido subcutâneo e apenas raramente se tornam sistêmicas. Elas formam lesões cutâneas profundas, ulceradas ou massas fúngicas envolvendo, mais comumente, as extremidades inferiores. Os organismos causais são saprófitos de solo que são introduzidos por traumas nos pés ou pernas.
· Micoses sistêmicas - podem envolver vísceras profundas e se tornarem amplamente disseminadas. Cada tipo de fungo tem predileção por vários órgãos que serão descritos quando discutirmos as doenças individualmente.
· Micoses oportunistas - são infecções devidas a fungos com baixa virulência inerente. Os agentes etiológicos são organismos que são comuns em todos os ambientes.

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