Controle Biológico - Semioquímicos

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• Comportamento
- Toda atividade (com ou sem movimento) exercida
por um animal em seu meio ambiente
• Comunicação
- Parte integrante do comportamento
O que é Comunicação?
• “Uma ação de um organismo, que altera o padrão
de comportamento de um outro organismo”
(Wilson, 1975)
• “A transmissão de um sinal de um animal para
outro” (Slater, 1983)
Decisão
e
Resposta
ReceptorEmissor
Informação
Meio Ambiente
O que é Comunicação?
Formas de Comunicação?
• Sonora
• Visual
• Tátil
• Química
Cigarras, grilos
Vaga-lumes
Formigas
A maioria dos insetos
Da necessidade de se investigar o
comportamento e as relações entre os seres
vivos a partir de interações moleculares
nasceu a ECOLOGIA QUÍMICA, uma área de
pesquisa que envolve químicos, biólogos,
agrônomos e pesquisadores afins.
Estes profissionais estão unidos no propósito
de desvendar os intrincados mecanismos de
comunicação entre os insetos. Em outras
palavras, querem aprender uma das várias
linguagens que a Natureza criou.
• Como as formigas reconhecem qual o caminho até o alimento e
a volta para o formigueiro?
• Por que após um marimbondo ao ferroar sua vítima, vários
outros marimbondos aparecem "enfurecidos" e prontos a atacar?
• Qual o momento certo para os besouros copularem?
Sinais Químicos  principal forma de comunicação
entre os insetos
Imagine uma formiga
convidando suas amigas para
um almoço num lugarzinho
especial que ela acabou de
descobrir. Ou então, algumas
mariposas preparando-se para
sair à noite, atraídas por sexo e
vôos mais altos.
Ou cupins correndo e gritando
em pânico, avisando que o
tamanduá assassino está
rondando a vizinhança e vai
atacar novamente.
• Comunicação por meio de sinais químicos 
Semioquímicos
Comunicação Química em Insetos
“Qualquer substância química liberada por um determinado
organismo que provoque uma mudança fisiológica ou
comportamental em outro organismo”
Semioquímicos
• Feromônios
• Aleloquímicos
-Substâncias químicas utilizadas na comunicação
entre indivíduos da mesma espécie
(Intraespecífico).
Ex. Feromônio sexual, feromônio de alarme...
-Substâncias químicas utilizadas na comunicação
entre indivíduos de espécies diferentes
(Interespecífico).
Ex. Cairomônios, alomônios...
Categorias de Semioquímicos
Semioquímicos
Sexual
Alarme
Agregação
Territorial
Trilha
Oviposição
Maturação sexual
Estado fisiológico
Secreção defesa
Perfume floral
Comp. secundários
Secreções
Perfume floral
CO2 , Suor
Ação Intraespecífica
Feromônios
Ação Interespecífica
Aleloquímicos
Beneficia Emissor
(Indicadores)
Beneficia Receptor
(Preparadores)
Beneficia Emissor
(Alomônios)
Beneficia Receptor
(Cairomônios)
Beneficia Ambos
(Sinomônios)
Exemplos de Alomônios
• Formigas (ácido fórmico), cupins (benzoquinona),
hemípteros (“maria-fedida”) e alguns coleópteros – jato de
substâncias repelentes e fagoinibidoras.
Exemplos de Alomônios
• Abelha sem ferrão (Lestrimellita limao)  libera citral pelas
glândulas mandibulares causando a dispersão dos indivíduos
de uma outra colônia para roubar alimento.
• Besouro escarabeídeo Mymercaphodius  invade ninhos de
Solenopsis devido a incorporação hidrocarbonetos cuticulares.
• Compostos secundários produzidos por plantas agindo como
defesa contra insetos herbívoros: taninos, saponinas, alcalóides.
Alguns insetos obtêm seus alomônios incorporando esses
compostos ao se alimentarem. Ex: Borboleta Dannaus plexippus.
Aranha Bola – produzem um alomônio
semelhante ao feromônio sexual de algumas
mariposa.
• Flor da orquídea exala um
alomônio e possui a forma
da fêmea. Macho é atraído
mas não ganha nada em
troca.
• Flores
- Aromas desagradáveis
– Mimetismo olfativo
Exemplos de Cairomônios
Insetos Parasitóides  respondem aos hidrocarbonetos
liberados pelas glândulas mandibulares, cutícula, escamas,
secreções para grudar ovos, para construção de casulos e fezes.
Atraentes e fagoestimuladores  estimulam a alimentação de
parasitas e predadores. Ex: Pernilongos – ácido lático do suor
(atração). Anidrido carbônico é atraente para mosquitos (Aedes,
Culex e Anopheles) e percevejos (Triatoma, Cimex).
Exemplos de Sinomônios
Substância que é favorável a ambos os organismos.
Exemplo típicos de sinomônios são os odores florais
(polinização) – Aromas agradáveis (óleos essenciais). Beneficia
as plantas e os insetos.
Feromônio [do grego pherein (= transferência) +
hormon (=excitar)] são substâncias excretadas por
organismos vivos e detectadas por outros indivíduos
da mesma espécie, produzindo mudanças
fisiológicas ou comportamentais específicas. Estes
compostos, portanto, atuam na comunicação
intraespecífica (entre membros de uma mesma
espécie).
 Em um trabalho realizado ao longo de 20
anos e utilizando 500 mil insetos 
pesquisadores extraíram cerca de 12 mg de um
feromônio da mariposa do bicho-da-seda
Bombyx mori. A substância foi identificada
como sendo o (10E,12Z)-hexadeca-10,12-dien-1-
ol (Bombicol), e é produzida pela mariposa-
fêmea para atrair os machos para o
acasalamento.
• O comportamento sexual dos insetos, em
especial a atração exercida pelas fêmeas sobre
os machos de uma mesma espécie, sempre
despertou a curiosidade de pesquisadores.
 década de 50  isolamento e identificação
química do primeiro feromônio sexual de
inseto.
No final da década de 60 foram
isolados e identificados os primeiros
feromônios, como por exemplo o acetal
cíclico exo-brevicomina, feromônio de
agregação do besouro Dendroctonus
brevicomis. Desde então, centenas de
feromônios têm sido isolados como a
Periplanona-B, feromônio sexual da
barata Periplaneta americana.
Poucos miligramas de Periplanona-B
podem atrair milhões de baratas!
De acordo com o efeito causado no receptor:
FEROMÔNIOS PREPARADORES  provocam uma
alteração fisiológica permanente a qual pode ser não
imediata. Ex: Feromônios que controlam a
diferenciação das castas nos insetos sociais. Inibição
da produção de novas rainhas (abelhas).
FEROMÔNIOS INDICADORES  mensagens atuam
diretamente no SNC e originam uma resposta
imediata mas reversível do comportamento do
receptor. Ex: Feromônios de trilha, alarme, sexuais....
• 1. Feromônio de alarme
- Para sinalizar perigo ou ameaça, como forma de
defesa
Ex. Pulgões, abelhas e formigas
• 2. Feromônio de agregação
- Para colonização de novas
plantas hospedeiras ou
agregação antes do
acasalamento.
Ex. Curculionídeos
Moleque-da-bananeira
Cosmopolites sordidus
http://entowww.tamu.edu/images/animalia/arthropoda/insecta/coleoptera/curculionidae/anthonomus_grandis_adult_oblique_m_01.jpg
- Para sinalizar a fonte de alimento ou novos locais de
moradia. Ex. Formigas cortadeiras, cupins...
• 3. Feromônio de trilha
http://images.google.com/imgres?imgurl=www.springerpestsolutions.com/fireant.gif&imgrefurl=http://www.springerpestsolutions.com/home_pest_control.html&h=58&w=83&prev=/images%3Fq%3Dnest%2Bant%26start%3D200%26svnum%3D10%26hl%3Dpt%26lr%3D%26ie%3DUTF-8%26oe%3DUTF-8%26sa%3DN
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territórios evitando encontros indesejáveis e
agressivos com a colônia vizinha.
• 5. Feromônios de Oviposição  marcação do
hospedeiro após a oviposição para evitar
desperdícios de ovos. Ex: Moscas das frutas e
Vespas Parasitóides.
- Para atração do sexo oposto (acasalamento)
Ex. A maioria dos insetos
• 6. Feromônio Sexual
-Glândulas exócrinas (Esternal, 
Dufour, Pavan, Mandibulares)
-Hidrocarbonetos cuticulares
• Onde são produzidos? • Como são recebidos?
- Antenas
Feromônio e Aleloquímicos  são liberados em
diminutas quantidades  INSETOS 
desenvolveram mecanismos eficientes para a
percepção.
Estímulo Químico  Sensilas Olfativas 
principalmente nas Antenas
 ocorrem também  mandíbulas,
palpos, tarsos e ovipositor
Outras funções das Antenas 
mecanorreceptoras, gustativas, termo e
hidrossensitivas.
Machos de Lepidópteros  99% das
sensilas são olfativas
Sensila Quimiorreceptora encontrada nas Antenas
Técnicas de Extração 
1. Monitoramento
2. Coleta Massal
3. Confundimento
Aplicação dos Feromônios
• Manejo Integrado de Pragas
1. Monitoramento
0
1
2
3
4
5
Fev Mar Abr Mai
Mês
M
a
c
h
o
s
 /
 a
rm
a
d
il
h
a
machos/armadilha
- Consiste num acompanhamento regular da 
população de um inseto-praga, por meio de 
armadilhas numa área conhecida. 
Usos do monitoramento
1. Detecção
1.1. Incidência Prematura de Pragas
1.2. Levantamento de Áreas Infestadas
1.3. Inspeção e Prevenção Quarentenária
2. Limiares de Ação
3. Estimativas Populacionais
• Bicho furão dos citros
Como funciona o monitoramento?
Sintoma
ataque
0
0.2
0.4
0.6
0.8
Fev Mar Abr Mai
Mês
med.fruto
M
é
d
ia
 f
ru
to
s
 a
ta
c
a
d
o
s
/P
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Forma Errada Forma Correta
Nível de Controle
Monitoramento
• Bicho furão dos citros
Exemplo de aplicação dos feromônios
• Bicho furão dos citros
Nível de Controle
6 ou mais machos/semana
mach/armad
0
1
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3
4
5
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Mês
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4
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Mês
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0
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0.2
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0.4
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M
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c
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 p
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n
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mach/armad
med.fruto
2. Coleta Massal
- É um método de controle, onde se utiliza um grande 
número de armadilhas, com o intuito de se capturar o 
maior número possível do inseto alvo, para mantê-lo 
abaixo do nível de dano econômico. 
3. Confundimento
- Liberação de feromônio em grande quantidade na área para
diminuir ou impedir que os insetos localizem seu respectivo
parceiro e dessa forma reduzir o acasalamento e sua nova geração
Como funciona o confundimento?
Porcentagem de uso dos Métodos de Aplicação
de Feromônios no Controle de Pragas
Feromônios no Brasil
Família/Inseto Nome vulgar Nome comercial 
do feromônio 
Coleoptera 
Curculionidae 
Rhyncophorus palmarum 
Anthonomus grandis 
Cosmopolitus sordidus 
Cerambycidade 
Migdolus fryanus 
Anobiidae 
Lasioderma serricorne 
 
Lepidoptera 
Tortricidae 
Ecdytolopha aurantiana 
Cydia pomonella 
Gelechiidae 
Pectinophora gossypiella 
Tuta absoluta 
Olethreutidae 
Grapholita molesta 
 
Diptera 
Tephretidae 
Ceratitis capitata 
 
 
 
Broca-das-palmáceas 
Bicudo-do-algodoeiro 
Moleque-da-bananeira 
 
Migdolus 
 
Bicho-do-fumo 
 
 
 
Bicho-furão-dos-citros 
Traça-da-maçã 
 
Lagarta-rosada-do-algodoeiro 
Traça-do-tomateiro 
 
Mariposa-oriental 
 
 
Mosca-das-frutas 
 
 
Rhyncophorol 
Grandlure 
Cosmolure 
 
Migdo 
 
Serrico 
 
 
 
Ferocitrus Furao 
Codlure 
 
Gossyplure 
- 
 
BioGrapholita 
 
 
 
Trimedlure 
 
ARMADILHAS 
FEROMONAIS USADAS 
NO CONTROLE E 
MONITORAMENTO DE 
INSETOS PRAGAS
Armadilha – Bio Rhynchophorus
palmarum – Broca do coqueiro
Armadilha – Bio Anastrepha – Mosca das
frutas (Mc Phail)
Armadilha com cola para
cigarrinhas, pulgões, mosca-
branca, trips, etc.
ARMADILHA JACKSON
Septo com feromônio + cola
ARMADILHA MC PHAIL
Atrativo alimentar
Broca do Tomate – Neoleucinodes elegantalis
Armadilhas que usam septos de borracha para liberar o feromônio sintético
Armadilhas que usam pastilhas para
liberarem o feromônio sintético
Migdolus fryanus – Besouro da raiz da cana de açúcar
Machos tentando
copular com a fêmea.
Macho tentando copular
com uma pastilha com
feromônio sintético.
Armadilha 
Feromonal 
para Migdolus
Bicudo do algodão Anthonomus grandis
• Adulto: É considerado a principal praga dos
algodoeiros nas Américas. É um besouro de 7 mm
de comprimento, coloração cinza ou castanha,
com o rosto bastante alongado.
• Larvas: são brancas, ápodas, com 5 mm de
comprimento.
Prejuízos: provocam queda anormal de botões
florais e flores e impedem a abertura normal,
destruindo-as internamente, pois uma única
estrutura pode abrigar várias larvas.
Monitoramento feito com a armadilha para bicudo
verde fluorescente junto com a ação do Feromônio
de Agregação tem forte atrativo para esses insetos
funcionando muito bem. Aconselha-se fazer uma
malha com essas armadilhas no campo para
determinar a população e as entradas do inseto no
início e final de safra.
como funciona ::
1. o feromônio atrai o inseto pelo cheiro;
2. o inseto entra na armadilha atraídos pelo cheiro
e a cor verde;
3. os bicudos ficam presos no copo transparente.
Capturando os bicudos com o feromônio, formulado dentro
de padrão internacional, em armadilhas é possível
identificar fontes de entrada do bicudo e fazer aplicações
preventivas de inseticida.
A armadilha Delta Plástica é a
armadilha padrão para
monitoramento de mariposas.
Dura diversas safras,
mostrando-se bastante
resistente à umidade, insolação
e choques. Composta de
telhado plástico e cabide de
arame formam conjunto que
protege o fundo removível,
onde é depositado o atrativo
As diferentes cores auxiliam quando o
produtor precisa monitorar diferentes
mariposas, identificação por cor a
praga a ser monitorada
MONTAGEM
1. DOBRE O PLÁSTICO NOS VINCOS;
2. TRANSPASSE O CABIDE DE ARAME PELOS FUROS;
3. COLOQUE O REFIL COM COLA DENTRO DA ARMADILHA;
4. COM UMA PINÇA SOLTE O SEPTO DE FEROMÔNIO NO
CENTRO DO REFIL;
5. FECHE AS LATERIAS;
6. PENDURE A ARMADILHA.
Isca para Tuta absoluta
O ISCAlure Tuta é um septo de borracha impregnado de feromônio que tem o odor exalado pela
fêmea da traça. Este odor comunica ao macho um chamado para copular. Este septo é usado em
armadilhas Delta para monitoramento da traça do tomate. A ação do feromônio atrai o macho
para dentro da armadilha delta onde ficam grudados num refil de papel.
O monitor inspeciona periodicamente as armadilhas a procura de traças capturadas. Ao
encontrar mariposas na armadilha, conta-as anotando em planilha. Baseado nestes dados de
campo é possível tomar decisão de controle. O resultado invariavelmente é maior eficiência do
método de controle.
Armadilhas para Insetos de Produtos Armazenados
Feromônios
1. Específico 1. Específico
DesvantagensVantagens
2. Reduz uso de inseticidas
3. Favorece os inimigos
naturais
4. Custo relativamente baixo
2. Culturas múltiplas pragas
chaves
3. Exige maior conhecimento
do produtor
5. Maior segurança e
proteção do meio
ambiente
6. Eliminação ou redução
dos resíduos tóxicos nos
alimentos
A síntese de feromônios em laboratório é
hoje uma área em expansão na química
orgânica, permitindo não só a
caracterização total dos feromônios
naturais isolados (através da comparação
de propriedades físicas e químicas
conhecidas), mas também fornecendo
material em quantidades suficientes para
estudos na área de entomologia e na
agricultura.
CONCLUSÕES
Grupos de PESQUISA
MUNDO  grupo do Prof. Kenji Mori, (FUJI-FLAVOR) no Japão, Grupo do
Prof. Walter Leal (Davis-Califórnia), Grupo do Prof. Agenor Mafra-Neto
(Riverside-Califórnia).
NO BRASIL
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) – Profa. Arlene G. Corrêa
Universidade Federal de Viçosa (UFV) - Prof. Evaldo Vilela e Prof. Eraldo Lima
Universidade Federal do Paraná(UFPR) – Prof. Paulo Zarbin
Escola Superior de Agricultura (ESALQ/USP) – Prof. José Maurício Simões Bento
Enquanto isso, em algum lugar na natureza..........