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Agentes Antimicrobianos

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2 0 2 0 . 2 J Ú L I A M O R A I S 1 4 3 ( 2 0 1 9 . 2 ) | 1 
 
MICROBIOLOGIA 
AULA 4 
Agentes Antimicrobianos 
 HISTÓRIA 
• 1495: Uso de mercúrio para tratamento da sífilis. 
• 1630: Uso de quinina para tratamento da malária. 
• 1905: Uso de arsenobenzóis para tratamento da 
sífilis. 
• 1935: Uso de sulfa para tratamento da septicemia 
estafilocócica. 
• 1929: Substância com ação antibiótica, produzida 
pelo fungo Penicillium notatum por Alexander 
Fleming. 
 
 CONCEITOS 
• Antibiótico: Substância produzida por seres vivos 
(fungos ou bactérias) capaz de matar ou inibir outros 
microrganismos. 
→ Antibacterianos; 
→ Antifúngicos; 
→ Antiprotozoários. 
• Quimioterápico: Substância produzida em 
laboratório, capaz de matar ou inibir 
microrganismos. 
→ Antimicrobianos: Ação contra microrganismos. 
→ Antineoplásicos: Usados no tratamento de 
tumores malignos. 
• Antimicrobianos: Substância capaz de matar ou 
inibir microrganismos e dotada de toxicidade 
seletiva. 
• Toxicidade Seletiva: Capacidade de lesar o 
microrganismo, sem ser tóxica para o hospedeiro. 
• Sinergismo: Quando a combinação de 2 drogas 
aumenta a atividade ambas, uma ajuda na atuação 
da outra. 
• Antagonismo: Quando um antimicrobiano diminui 
a ação de outro. 
• Ação bacteriostática: Capacidade de inibir o 
crescimento de um microrganismo. Enquanto ela 
estiver presente a população não aumento. 
• Ação bactericida: Capacidade de matar ou lesar 
irreversivelmente o microrganismo. 
• Concentração mínima inibitória (CMI): Menor 
concentração da droga capaz de inibir o crescimento 
de um microrganismo. Importante para o cálculo da 
dose e tempo de uso, pois se usarmos uma 
concentração abaixo da CMI a droga não terá efeito. 
 
 
 
 OBTENÇÃO 
Os grandes produtores de antibióticos são: 
• Fungos: 
→ Penicillium; 
→ Cephalosporium. 
• Bactérias: 
→ Bacillus; 
→ Streptomyces. 
 
 MECANISMOS DE AÇÃO 
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR 
Toda vez que a bactéria vai se multiplicar ela 
precisa reconstruir essa parede celular. No entanto, 
esses agentes antimicrobianos agem causando lesões 
e buracos nessa parede, provocando a lise osmótica 
da bactéria. 
• β-Lactâmicos: Última etapa da síntese da parede, na 
reação cruzada entre cadeias (transpeptidação). 
• Glicopeptídicos: Age na formação do tetrapeptídeo 
ligado ao N-acetilmurâmico (NAM). 
• Fosfomicina; 
• Bacitracina; 
• Isoniazida: Específica para micobactérias. 
• Etionamida: Específica para micobactérias. 
• Etambutol: Específica para micobactérias. 
• Terizidona: Específica para micobactérias. 
 
ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE 
Age como detergente desestruturando a 
membrana celular das bactérias, afetando o arranjo da 
bicamada fosfolipídica e causando perda de função. 
• Polimixina B e E (Colistina); 
• Daptomicina; 
• Nistatina: Antifungíca. 
• Anfotericina: Antifungíca. 
 
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS 
Afetam os ribossomos bacterianos, inibindo a 
síntese proteica causando necrose celular. É uma 
inibição específica, afetando apenas o ribossomo 
bacteriano (70S), pois ele é diferente do eucariótico 
(80S). 
• Aminoglicosídeos; 
• Macrolídeos (Eritromicina e Claritromicina); 
• Azalídeos (Azitromicina); 
• Cetolídeos (Telitromicina); 
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• Cloranfenicol; 
• Tetraciclina, minociclina e doxiciclina; 
• Liconsaminas (Lincomicina e Clindamicina); 
• Oxazolidinonas (Linezolida); 
• Estreptograminas A (Dalfopristina) e B 
(Quinupristina); 
• Glicilciclinas (Tigeciclina); 
• Ácido fusídico (Fucidina); 
• Mupirocina. 
 
INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁC. NUCLEICOS 
Impedem a síntese de ácidos nucleicos¸ tanto 
RNA quanto DNA, afetando a reprodução celular 
bacteriana. 
• Quinolonas 
→ 1ª Geração: Ácido nalidíxico. 
→ 2ª Geração: Fluoroquinolonas (Ciprofloxacina, 
Norfloxacina e Ofloxacina). 
→ 3ª Geração: Levofloxacina, Moxifloxacina e 
Gatifloxacina. 
 
INTERFERÊNCIA NA SÍNTESE DE AC. FÓLICO 
Agem afetando a produção do ácido fólico a 
partir do ácido 4-aminobenzóico, que é utilizado para 
síntese das bases purínicas, as quais compõem os 
ácidos nucleicos das bactérias. 
• Sulfonamidas 
→ Sulfametoxazol: Associada ao trimetropim 
(Cotrimoxazol). 
→ Sulfadiazina. 
• Sulfonas: Dapsona (tratamento da hanseníase). 
 
AÇÃO CONTRA MICOBACTÉRIAS 
• Clofazimina; 
• Pirazinamida. 
 
 INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PAREDE CELULAR 
β-LACTÂMICOS 
Os β-lactâmicos são drogas que apresentam o anel 
β-lactâmico, constituído por 1 átomo de carbono e 3 
de nitrogênio. Ele é o centro de atividade da molécula, 
por isso, deve estar integro para agir como 
antimicrobiano. 
Eles agem impedindo a transpeptidação 
(bactérias gram negativas) entre as cadeias do 
peptideglicano, através de ligação às enzimas PBP 
(proteínas ligantes de penicilina), que são 
reguladoras da transpeptidação, bloqueando a ligação 
cruzada. 
• Penicilinas 
→ Benzilpenicilinas (naturais): Ativas contra cocos 
gram prositivos, Neisserias, Treponema pallidum 
e anaeróbios gram positivos. 
▪ Penicilina G Cristalina (EV): Meia-vida de 30 
minutos e o pico sanguíneo é atingido quase 
imediatamente. 
▪ Penicilina G Procaína (IM): Meia-vida varia 
entre 6 e 8 horas. 
▪ Penicilina G Benzatina (IM): Meia-vida 
entorno de 20 dias e o pico sanguíneo é 
atingido após cerca de 2 a 3 dias. 
▪ Penicilina V (oral): É ácido estável, não sendo 
desativada com o pH ácido do estômago, 
podendo ser administrada por via oral. 
 
 
 
→ Resistentes às β-Lactamases: Recomendadas 
para uso contra cocos gram positivos produtores 
de β-lactamases (Estafilococos). 
▪ Meticilina (nunca comercializada no Brasil); 
▪ Oxacilina; 
▪ Cloxacilina; 
▪ Dicloxacilina. 
 
 
 
→ Aminopenicilinas: Um dos primeiros grupos de 
penicilinas semissintéticas, as quais apresentam 
ação contra bactérias gram negativas. 
▪ Ampicilina; 
▪ Amoxicilina. 
→ Penicilinas de amplo espectro: Atuar sobre uma 
variedade maior de bactérias. 
▪ Carboxi-penicilinas: Carbenecilina e 
Ticarcilina. 
▪ Ureído-penicilinas: Piperacilina, Mezlocilina 
e Azlocilina. 
 
 
 
 
 
RESISTÊNCIA A PENICILINA 
Em 1940, foram inicialmente utilizadas para 
tratamento de infecções estafilocócicas. Em 1950 já 
apareceram os primeiros casos de Staphylococcus 
aureus resistentes à penicilina, os quais produziam a 
enzima β-lactamase. Essa enzima quebra os anéis β-
lactâmicos. 
RESISTÊNCIA A METICILINA 
Em 1961, foram descobertos os Staphylococcus 
aureus resistentes à meticilina (MRSA). Essas 
amostras produziam PBPs de baixa afinidade a 
penicilina (PBP 2a). 
Ticarcilina e Piperacilina agem contra 
Pseudomonas (bastonetes gram negativos de alta 
resitência). São comercializadas no Brasil associadas 
a inibidores de β-lactamases. 
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• Cefalosporinas e Cefamicinas 
→ 1ª Geração: Ativas contra cocos gram positivos e 
pouco ativas contra gram negativos. 
▪ Cefalotina; 
▪ Cefazolina; 
▪ Cefalexina; 
▪ Cefadroxila. 
→ 2ª Geração: Mais ativas contra alguns gram 
negativos (H. influenzae, N. meningitidis, N. 
gonorrhoeae). 
▪ Cefaclor; 
▪ Cefuroxima; 
▪ Cefoxitina (Cefamicina). 
→ 3ª Geração: Mais ativas contra bastonetes gram 
negativos e com boa atividade contra 
Estreptococos (S. pyogenes e S. pneumoniae). 
▪ Cefotaxima; 
▪ Ceftazidina: Ativa contra pseudomonas. 
▪ Ceftriazona. 
→ 4ª Geração: Ativas contra cocos gram positivos e 
bastonetes gram negativos, incluindo 
pseudomona. 
▪ Cefepima: Resistente às β-lactamases. 
→5ª Geração: Ativa contra MRSA, VISA, VRSA, S. 
pneumonie resistente à Penicilina e bastonetes 
gram negativos (Escherichia coli, Klebsiella 
pneumoniae e Haemophilus influenzae). Não 
apresentam ação contra enterobacteriaceae 
produtoras de ESBL ou KPC e Pseudomonas. 
▪ Ceftarolina (Zinforo®): Resistentes às β-
lactamases e bactérias com PBP 2a. 
 
• Carbapenem: Mais amplo espectro. 
→ Imipenem: Mais ativos para cocos gram 
positivos. 
→ Meropenem: Mais ativo para gram negativos. 
→ Ertapenem: Não atua contra Pseudomonas. 
 
• Monobactâmicos: Atua só sobre gram negativos, 
incluindo Pseudomonas. 
→ Aztreonam. 
 
• Inibidores de β-Lacatamase: Baixa atividade 
antimicrobiana e maior afinidade de ligações com as 
β-lactamases. Com isso, são destruídos pela enzima, 
deixando a outra droga íntegra para exercer a ação 
antimicrobiana. Por isso, são usados associados a 
outros β-lactâmicos. 
→ Sulbactam; 
→ Tazobactam; 
→ Ácido Clavulânico. 
 
 
• Penicilinas associadas a inibidores de β-
lactamases 
→ Amoxacilina + Ac. Clavulânico: S. aureus, H. 
influenzae e anaeróbicos. 
→ Ticarcilina + Ac. Clavulânico: Bastonetes gram 
negativos, incluindo Pseudomonas e Bacteroides 
fragilis. 
→ Ampicilina + Sulbactam: S. aureus, H. 
influenzae, anaeróbios, bastonetes gram 
negativos (exceto Pseudomonas). 
→ Piperacilina + Tazobactam: H. influenzae, N. 
gonorrhoeae, aneróbios, bastonetes gram 
negativos (incluindo Pseudomonas). 
 
GLICOPEPTÍDICOS 
Os glicopeptídicos atuam na síntese do 
tretapeptídeo ligado ao N-acetilmurâmico (NAM). Esse 
grupo tem ação sobre cocos gram positivos, incluindo 
Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA). 
• Vancomicina; 
• Teicoplanina. 
 
 
 
FOSFOMICINA 
A fosfomicina atua sobre cocos gram positivos e 
bastonetes gram negativos. É a droga de primeira 
escolha em casos de infecção urinária em mulheres. 
 
BACITRACINA 
A bacitrcina é uma droga antiga, com utilização em 
medicamentos tópicos, como colírios e pomodas, não 
podendo ser ingerida pelo paciente. 
 
AGEM EM PAREDE DE MICOBACTÉRIAS 
Possuem ações voltadas para agir nas 
particularidades das paredes das micobactérias. 
• Isoniazida; 
• Etionamida; 
• Etambutol; 
• Terizidona. 
 
 ALTERAÇÃO DA PERMEABILIDADE 
POLIMIXINA B e E 
As polimixinas foram deixadas de ser usadas pois 
apresentavam ação tóxica na célula hospedeiro, já que 
atuavam em estruturas semelhantes as que existem na 
membrana celular das células do hospedeiro. 
RESISTÊNCIA A VANCOMICINA 
Em 2002, foram descobertos microrganismos 
resistentes à vancomicina, o Staphylococcus aureus 
(VRSA) e o Enterococcus (VRE). 
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No entanto, ainda são utilizadas em casos 
extremos contra bastonetes gram negativos 
multirresistentes. 
 
DAPTOMICINA 
As daptomicinas são empregadas contra bactérias 
com perfil de resistência muito amplo, como MRSA e 
bactérias resistentes à Linezolida e Vancomicina (VRSA 
e VRE). 
 
NISTATINA E ANFOTERICINA 
A nistatina e anfotericina possuem ação anti-
fúngica. 
 
 INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE PROTEÍNAS 
AMINOGLICOSÍDEOS 
Os aminoglicosídeos atuam principalmente em 
bastonetes gram negativos, alguns cocos gram 
positivos e micobactérias. 
• Estreptomicina: Usada no tratamento de 
tuberculose em 1940, porém, houve o 
desenvolvimento de resistência a ela. 
• Gentamicina: Bastonetes gram negativos, Listeria, 
Estafilococos e Enterococos (com β-lactâmico). 
• Tobramicina; 
• Amicacina: Bastonetes gram negativos, 
microbactérias não tuberculosas (MNT). 
• Netilmicina; 
• Espectinomicina; 
• Neomicina: Uso tópico. 
→ Aztreonam. 
 
MACROLÍDEOS 
• Eritromicina e Claritromicina: Ativa contra cocos 
gram positivos, Treponema pallidum, Micoplasma e 
Clamídia. Não atuam em bastonetes gram negativos. 
A diferença entre elas é apenas o tempo de meia-
vida. 
 
AZALÍDEOS 
• Azitromicina: Ativa contra alguns gram negativos, 
como H. influenzae e tem ação contra Plamodium 
spp. 
 
CETOLÍDEOS 
• Telitromicina: Espectro semelhante aos 
macrolídeos. Indicada para S. pneumoniae 
resistentes à penicilina e eritromicina (macrolídeo). 
 
CLORANFENICOL 
O cloranfenicol possui um espectro grande, 
atuando em uma grade variedade de microrganismos. 
Porém, seu uso pode causar um efeito tóxico na medula 
óssea, levando a um quadro de aplasia medular 
irreversível. 
Com isso, seu uso tem sido restrito a utilização 
tópica ou em situações de extrema necessidade, 
quando seu benefício é maior que o risco. Por exemplo, 
salmoneloses e meningite por hemófilos em alérgicos 
aos β-lactâmicos. 
TETRACICLINA, MINOCICLINA E DOXICICLINA 
Tetraciclina, minociclina e doxiciclina são drogas de 
amplo expectro, sendo utilizadas contra bactérias gram 
positivas e negativas, aeróbia e anaeróbias, 
espiroquetas, micoplasma, rickétsias e clamídias. 
 
LINCOSAMINAS 
• Lincomicina 
• Clindamicina: Anaeróbios gram positivos e 
negativos, cocos gram positivos (Estafilococos e 
Estreptococos), Toxoplasma gondii e Plasmodium 
spp. 
 
OXAZOLIDINONAS 
• Linezolida: Infecções por cocos gram positivos 
resistentes (MRSA e VRE). 
 
ESTREPTOGRAMINAS 
• Quinopristina e Dalfopristina: Infecções por cocos 
gram positivos resistentes (MRSA e VRSA). 
 
GLICILCICLINAS 
• Tigeciclina: Infecções por cocos gram positivos 
incluindo MRSA e VRE e bastonetes gram negativos, 
exceto Pseudomona e Proteus mirabilis. 
 
ÁCIDO FUSÍDICO 
• Fucidina: Uso tópico com ação contra cocos gram 
positivos. 
 
MUPIROCINA 
A mupirocina possui uso tópico (spray nasal ou 
pomada) e tem ação extremamente eficiente contra 
Estafilococos. Utilizada na erradicação do estado de 
portador nasal de S. aureus. 
 
RIFAMPICINA 
A rifampicina é usada contra micobactérias e cocos 
gram positivos. Está no esquema primário de 
tratamento da Tuberculose associada com Isoniazida, 
Pirazinamida e Etambutol (esquema RIPE). 
Além disso, é usada na erradicação do estado de 
portador nasal de Neisseria meningitidis e Haemiphilus 
influenzae b. 
 
 
 
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 INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE ÁC. NUCLEICOS 
QUINOLONAS 
• 1ª Geração: Ação contra bastonetes gram negativos. 
→ Ácido nalidíxico. 
• 2ª Geração: Adicionada uma molécula de flúor. 
Passaram a ter ação contra bastonetes gram 
negativos, inclusive Pseudomona e alguns cocos 
gram positivos. 
→ Fluoroquinolonas (Ciprofloxacina, Norfloxacina e 
Ofloxacina). 
• 3ª Geração: Também chamadas de quinolonas 
respiratórias, são utilizadas contra cocos gram 
positivos no trato respiratório. 
→ Levofloxacina, Moxifloxacina e Gatifloxacina. 
 
NITROIMIDAZÓLICOS 
• Metronidazol: Atua sobre anaeróbios, amebíase, 
tricomoníase e giardíase. 
 
 INTERFERÊNCIA NA SÍNTESE DE AC. FÓLICO 
SULFONAMIDAS 
As sulfonamidas são análogos estruturais do PABA 
(ácido 4-aminobenzóico), tomando o lugar desse 
precursor na síntese de ácido fólico na produção de 
uma célula alterada. 
• Sulfametoxazol: É associada ao trimetropim, 
formando o Cotrimoxazol. Possui um amplo 
espectro, atuando tanto é gram positivo, quanto em 
gram negativos. 
• Sulfadiazina: Utilizada como tratamento de 
primeira escolha da toxoplasmose e da malária. A 
sulfadiazina de prata possui uso tópico na prevenção 
de infecção em queimados. 
 
SULFONAS 
• Dapsona: Usada no tratamento da hanseníase. 
 
 AÇÃO CONTRA MICOBACTÉRIAS 
CLOFAZIMINA 
A clofazimina liga-se ao DNA de micobactérias. É 
utilizada no tratamento de Hanseníase lepromatosa, em 
associação com Rifampicina e Dapsona. 
 
PIRAZINAMIDA 
Esquema primário de tratamento da Tuberculose, 
associada com Rifampicina, Isoniaziada e Etambutol 
(esquema RIPE). No entanto, seu mecanismo de ação 
sobre a célula bacterianaainda é pouco conhecido. 
 
 
USOS ESPECÍFICOS DROGAS 
MRSA (Staphylococcus aureus resistentes à meticilina) 
5ª g. de Cefalosporinas e Cefamicinas; 
Vancomicina; 
Teicoplanina; 
Daptomicina; 
Linezolida; 
Quinopristina e Dalfopristina; 
Tigeciclina. 
VRSA (Staphylococcus aureus resistentes à 
vancomicina) 
5ª g. de Cefalosporinas e Cefamicinas; 
Linezolida; 
Quinopristina e Dalfopristina. 
VRE (Enterococcus resistentes à vancomicina) 
5ª g. de Cefalosporinas e Cefamicinas; 
Linezolida; 
Quinopristina e Dalfopristina; 
Tigeciclina. 
Tuberculose 
Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol 
(esquema RIPE) 
Portadores nasais de S. aureus Mupirocina 
Portadores nasais de N. meningitidis e H. influenzae b Rifampicina 
 
 
 
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PRINCIPAIS GRUPOS DE 
ANTIMICROBIANOS 
MECANISMO DE AÇÃO EXEMPLOS 
β-Lactâmicos 
Inibem a síntese de parede celular age na 
última etapa da síntese da parede, na reação 
cruzada entre cadeias (transpeptidação). 
Amoxilina; 
Meticilina; 
Ticarcilina; 
Piperacilina; 
Ácido Clavulânico. 
Glicopeptídicos 
Inibem a síntese de parede celular atuando 
na síntese do tretapeptídeo ligado ao N-
acetilmurâmico (NAM). Esse grupo tem ação 
sobre cocos gram positivos, incluindo 
Staphylococcus aureus resistentes à 
meticilina (MRSA). 
Vancominicina; 
Teicoplanina. 
Aminoglicosídeos 
Inibem a síntese de proteínas atuando 
principalmente em bastonetes gram 
negativos, alguns cocos gram positivos e 
micobactérias. 
Estreptomicina; 
Gentamicina; 
Tobramicina; 
Neomicina. 
Macrolídeos 
Inibem a síntese de proteínas atuando 
contra cocos gram positivos, Treponema 
pallidum, Micoplasma e Clamídia. Não 
atuam em bastonetes gram negativos. 
Eritromicina; 
Claritromicina. 
Azalídeos 
Inibem a síntese de proteínas atuando contra 
alguns gram negativos, como H. influenzae e 
tem ação contra Plamodium spp. 
Azitromicina. 
Quinolonas 
1ª Geração: Ação contra bastonetes gram 
negativos. 
2ª Geração: Adicionada uma molécula de 
flúor. Passaram a ter ação contra bastonetes 
gram negativos, inclusive Pseudomona e 
alguns cocos gram positivos. 
3ª Geração: Também chamadas de 
quinolonas respiratórias, são utilizadas 
contra cocos gram positivos no trato 
respiratório. 
Ácido nalidíxico; 
Fluoroquinolonas 
(Ciprofloxacina, Norfloxacina e 
Ofloxacina); 
Levofloxacina; 
Moxifloxacina; 
Gatifloxacina. 
Sulfonamidas 
Interfere na síntese de ácido fólico pois são 
análogos estruturais do PABA (ácido 4-
aminobenzóico), tomando o lugar desse 
precursor na síntese de ácido fólico na 
produção de uma célula alterada. 
Sulfametoxazol; 
Sulfadiazina.

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