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Histórico da Assistência Farmacêutica ❑ 1948 - criação da Organização Mundial da Saúde (OMS) : é uma agência internacional monitora e avalia as políticas de saúde em todo o mundo. ✓ Objetivo – apoiar os países membros no desenvolvimento de programas que melhorem a saúde de suas comunidades. ❑ 1978- Alma-Ata: I Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde - um avanço importante para o desenvolvimento da Assistência Farmacêutica no mundo ❑ 1967- INPS : autoriza a prestação da assistência farmacêutica pela previdência social em diferentes modalidades. ❑ 1971- Assistência farmacêutica como política pública: ➢ Política: compromisso oficial expresso em documento escrito → consta um conjunto de diretrizes, objetivos, intenções e decisões de caráter geral e em relação a um determinado tema em questão. ➢ Objetivo: resolver ações concretas, executar, acompanhar e avaliar, criando espaço para debates e discussão pertinentes à área ( Política Nacional de Medicamentos, Política Nacional de Assistência Farmacêutica). ➢ Instituição da CEME: fornecimento de medicamentos à população sem condições econômicas. Lista de medicamentos essenciais- RENAME- 1977, Programa de Farmácia Básica-1987. ❑ 1988- Constituição Federal: saúde como direito social (Art.6º) ✓ Art. 196: A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. (BRASIL, 1988, p. 154) ❑1990- Lei Orgânica da Saúde (Lei nº 8080/90): campo de atuação do SUS “formulação da política de medicamentos (...)” e atribui ao setor saúde a responsabilidade pela “execução de ações de assistência medicamentos (...)” e atribui ao setor Histórico e evolução da assistência farmacêutica terapêutica integral, inclusive farmacêutica.” (BRASIL, 1990). ✓ AF: torna-se elemento fundamental no SUS e parte integrante da Política Nacional de Saúde (PNS) garante o acesso da população aos serviços farmacêuticos, medicamentos e insumos. ❑1997: Desativação da CEME ❑ 1998: Política nacional de Medicamentos- priorização do acesso universal aos medicamentos essenciais e a promoção do uso racional dos medicamentos. ❑ 1999: Criação da ANVISA (Lei nº 9.782)- órgão responsável pela fiscalização do controle de qualidade na fabricação dos medicamentos ❑ 1999: Lei dos genéricos (Lei nº 9.787)- ofertar medicamentos de qualidade e de baixo custo→ garantir o acesso da população: • Determinou que as aquisições de medicamentos e as prescrições médicas no âmbito do SUS adotarão obrigatoriamente a DCB ❑ 2000: Protocolos clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) ❑ 2003: Departamento de Assistência Farmacêutica (DAF) ❑ 2004: Programa Farmácia Popular do Brasil Política Nacional de Medicamentos e Política Nacional de Assistência Farmacêutica Política Nacional de Medicamentos ❑ 1998 – PNM (Portaria GM/MS nº 3.916) ➢ Teve como base os princípios e diretrizes do SUS; ➢ Definiu a AF como um grupo de atividades relacionadas com o medicamento; ➢ Fatores que motivaram a formulação da PNM: ✓ Problemas na garantia de acesso da população dos medicamentos; ✓ Problemas na qualidade dos medicamentos; ✓ Uso irracional dos medicamentos ✓ Desarticulação da Assistência Farmacêutica ✓ Desorganização dos serviços farmacêuticos. ❑ Diretrizes gerais da PNM: • Adoção da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). • Regulamentação Sanitária de Medicamentos. • Reorientação da Assistência Farmacêutica. • Promoção do uso racional de medicamentos. • Desenvolvimento científico e tecnológico. • Promoção da produção de medicamentos. • Garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos. • Desenvolvimento e capacitação de recursos humanos. ❑ Prioridades da PNM: revisão permanente da Rename; reorientação da Assistência Farmacêutica; promoção do uso racional de medicamentos e organização das atividades de Vigilância Sanitária de medicamentos. ❑ Reorientação da AF: descentralização da gestão, na promoção do uso racional dos medicamentos, na otimização e eficácia do sistema de distribuição no setor público e no desenvolvimento de iniciativas que possibilitem a redução nos preços dos produtos. ❑ Estabelece as responsabilidades para cada uma das 3 esferas de governo. Política Nacional de Assistência Farmacêutica (PNAF) • Resolução nº. 338/2004 do Conselho Nacional de Saúde. “Política norteadora para a formulação de políticas setoriais, entre as quais se destacam as políticas de medicamentos, de ciência e tecnologia, de desenvolvimento industrial e de formação de recursos humanos, entre outras, garantindo a intersetorialidade inerente ao sistema de saúde do país (SUS) e cuja implantação envolve tanto o setor público quanto o privado de atenção à saúde”. Assistência farmacêutica: Definição Assistência Farmacêutica é. Um conjunto de ações voltadas à promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando o acesso e seu uso racional. Este conjunto envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição, dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e da melhoria da qualidade de vida da população (Resolução Nº. 338, de 06 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Saúde). I Conferência Nacional de Medicamentos e Assistência Farmacêutica (2003) ❑ Finalidade/ Propósito: ✓ Contribuir na melhoria da qualidade de vida da população, integrando ações de promoção, I Conferência Nacional de prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. ❑ Objetivo: ✓ Apoiar as ações de saúde na promoção do acesso aos medicamentos essenciais e promover o seu uso racional. ❑ Características: • É parte integrante da política de saúde; • Área estratégica do sistema de saúde para o suporte às intervenções na promoção, prevenção de doenças e no tratamento; • Apresenta procedimentos de natureza técnica, científica e administrativa. ∎ As ações da AF devem estar fundamentadas nos princípios previstos no Art. 198 da CF e no Art. 7 da Lei Orgânica da Saúde: ✓ Universalidade e equidade; ✓ Integralidade; ✓ Descentralização, com direção única em cada esfera de governo; ✓ Regionalização e hierarquização da rede de serviços de saúde; ✓ Multidisciplinaridade e intersetorialidade; ✓ Garantia da qualidade; ✓ Estruturação e organização dos serviços farmacêuticos; ✓ Normalização dos serviços farmacêuticos; ✓ Enfoque sistêmico (ações articuladas e sincronizadas). Programa Farmácia Popular ∎ Decreto nº 5.090 de 20 de maio de 2004; ∎ É uma ação do governo federal que cumpre umas das diretrizes da Pnaf - garantir o acesso a medicamentos pela população; ∎ Finalidade: ampliar o acesso aos medicamentos essenciais; ∎ O acesso aos medicamentos da lista desse programa → desembolso direto pelos cidadãos de parte dos custos do fornecimento (Governo federal pode subsidiar até 90% do preço do medicamento); ∎ Os medicamentos da Farmácia Popular são dispensados a preço de custo, em uma rede própria de farmácias ou em farmácias e drogarias parceiras da rede privada. ✓ Rede própria: medicamentos adquiridos em laboratórios públicos ou privados e distribuídos por uma instituição vinculada ao MS (Fiocruz) ✓ Parceria com rede privada: copagamento ∎ 2006 expansão do PFPB: parceria entre o governo federal e o setor varejista → “Aqui tem Farmácia Popular”; ∎ 2007 foi ampliado elenco de medicamentos(contraceptivos) e em 2010 a inclusão de insulina regular, sinvastatina. Tratamento da HAS, osteoporose, rinite, asma, Parkinson e glaucoma. Financiamento da Assistência Farmacêutica Financiamento ∎ O acesso aos medicamentos depende de um financiamento sustentado; ∎ O financiamento da AF: é de responsabilidade das 3 esferas de gestão do SUS e pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (CIT); ∎ As transferências de recursos devem ocorrer fundo a fundo: definido como a modalidade preferencial de transferência de recursos entre os gestores; ∎ Os recursos federais são repassados na forma de blocos de financiamento; ∎ O Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica é constituído por 3 componentes. Bloco de Financiamento da AF Componente Básico da AF ⇩ Aquisição de medicamentos e insumos da AF no âmbito da atenção básica em saúde e àquelas relacionadas a agravos e programas de saúde específicos, inseridos na rede de cuidados da atenção básica. Componente Estratégico da AF ⇩ Custeio de ações de assistência farmacêutica nos programas de saúde estratégicos: controle de endemias (tuberculose, hanseníase, malária, leishmaniose, doença de Chagas e outras doenças endêmicas de abrangência nacional ou regional; antirretrovirais DST/AIDS, Sangue e Hemoderivados e Imunobiológicos) Componente Especializado ⇩ Programa de Medicamentos de Dispensação Excepcional Componente básico da AF ➢ Parte financeira fixa: valor per capita transferido ao Distrito Federal, estados e/ou municípios, conforme pactuação nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB). Os estados e municípios devem compor o financiamento da parte fixa, como contrapartida. ➢ Parte financeira variável: consiste em valores per capita destinados à aquisição de medicamentos e insumos de Assistência Farmacêutica dos Programas de: Hipertensão e Diabetes, Asma e Rinite, Saúde Mental, Saúde da Mulher, Alimentação e Nutrição e Combate ao Tabagismo. Podem ser executados de forma centralizada ou descentralizada (pactuações na CIT e CIB). “O Componente Básico da Assistência Farmacêutica destina-se à aquisição de medicamentos e insumos da assistência farmacêutica no âmbito da atenção básica em saúde e àqueles relacionados a agravos e programas de saúde específicos, no âmbito da atenção básica” Componente estratégico da AF ➢ Responsabilidade: do gestor federal • Ao MS compete a elaboração dos protocolos de tratamento, o planejamento, a aquisição centralizada e a distribuição aos Estados dos medicamentos, produtos e insumos, para os demais níveis de atenção. • Responsabilidade das Secretarias Estaduais de Saúde o armazenamento dos produtos e a distribuição às regionais ou municípios. Elenco de Referência Nacional do Componente Estratégico da Assistência Farmacêutica Componente Especializado da AF 1. Doença rara ou de baixa prevalência, com indicação de uso de medicamento de alto valor unitário ou que, em caso de uso crônico ou prolongado, seja um tratamento de custo elevado; 2. doença prevalente, com uso de medicamento de alto custo unitário ou que, em caso de uso crônico ou prolongado, seja um tratamento de custo elevado desde que: 1. haja tratamento previsto para o agravo no nível da atenção básica, ao qual o paciente apresentou necessariamente intolerância, refratariedade ou evolução para quadro clínico de maior gravidade. 2. o diagnóstico ou estabelecimento de conduta terapêutica para o agravo estejam inseridos na atenção especializada. Situações clínicas tratadas pelo componente especializado da AF • Acne • Acromegalia • Doença de Parkinson • Puberdade Precoce Central • Raquitismo • Artrite reumatoide • Dislipidemia • Doença de Alzheimer • Asma Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME) RENAME ∎ O acesso aos medicamentos essenciais constitui um dos eixos norteadores das políticas de medicamentos e de assistência farmacêutica; ∎ Elemento técnico-científico que orienta a oferta, a prescrição e a dispensação de medicamentos nos serviços do SUS; ∎ Utilização da RENAME: forma de racionalizar as ações de assistência farmacêutica e a própria promoção do URM ações orientam a prescrição, dispensação e o consumo; ∎ Decreto nº 7.508/ 2011- regulamenta a Lei nº 8.080/1990. “a Rename compreende a seleção e a padronização de medicamentos indicados para atendimento de doenças ou de agravos no âmbito do SUS” ∎ Elaborada atendendo aos princípios fundamentais do SUS universalidade, equidade e integralidade; ∎ Relação dos medicamentos disponibilizados por meio de políticas públicas e indicados para os tratamentos das doenças e agravos que acometem a pop. brasileira; ∎ Conitec- responsável por propor a atualização da Rename ↳ Órgão colegiado de caráter permanente assessorar o MS nas atribuições relativas à análise e à elaboração de estudos de avaliação dos pedidos de incorporação, ampliação de uso, exclusão ou alteração de tecnologias em saúde; e na constituição ou na alteração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDTs). RENAME 2020 ∎ 4 seções: ∎ Seção A (5 anexos): I- Relação Nacional de Medicamentos do Componente Básico II- Relação Nacional de Medicamentos do Componente Estratégico III- Relação Nacional de Medicamentos do Componente Especializado IV- Relação Nacional de Insumos V- Relação Nacional de Medicamentos de Uso Hospitalar ∎ Seção B: itens são apresentados- Sistema de Classificação Anatômica Terapêutica Química; ∎ Seção C: Ordem alfabética com descrição do componente de financiamento da AF; ∎ Seção D: as modificações da lista em relação a edição anterior, organizadas de acordo com as inclusões, exclusões e alterações. Anexos RENAME ∎ Seção A- Anexo I- Componente Básico da AF (Cbaf): relação de medicamentos + insumos farmacêuticos voltados aos principais problemas de saúde e programas da Atenção 1ª; ∎ Governo Federal faz repasse de recursos financeiros com base no IDHM: ✓ IDHM muito baixo: R$ 6,05 por habitante/ano; IDHM baixo: R$ 6,00; IDHM médio: R$ 5,95; IDHM alto: R$ 5,90; e IDHM muito alto: R$ 5,85; ✓ Contrapartida estadual e municipal devem ser de no mínimo R$ 2,36; ✓ Esse recurso pode ser utilizado somente para aquisição de itens desse componente; ✓ MS: responsável pela aquisição e distribuição de insulina NPH e humana regular, contraceptivos orais e injetáveis, DIU e diafragma. RESME e REMUNE RESME ∎ Relação Estadual de Medicamentos Essenciais (Resme); ∎ Deve utilizar a Rename como base→ porém pode incorporar medicações específicas e complementares, desde que sejam assumidos os financiadores responsáveis; ∎ Instrumento de seleção: Plano Estadual de Saúde e o Relatório de Gestão → estabelecem a forma de acompanhamento e avaliação das atividades realizadas pelo Estado nos municípios; ∎ Finalidade: otimizar o acesso da população aos medicamentos necessários e de fornecer tratamentos de maior qualidade e segurança para o usuário. ∎ É definida pelo gestor estadual com base no perfil epidemiológico do estado e no elenco de medicamentos a serem adquiridos diretamente por ele ( se enquadram os Ceaf); ∎ Secretarias Estaduais- responsáveis pelas pactuações na CIB do elenco de referência estadual necessidade local ou regional; ∎ Conselho Estadual de Saúde: participa do processo de discussão e/ou ratificação do elenco de medicamentos essenciais; REMUNE ∎ Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUNE); ∎ Garante o acesso aos medicamentos da atenção básica nos municípios brasileiros; ∎ Baseada na Rename e considera-se a prevalência incidência de doenças e a organização dos serviços de saúde; ∎ Critérios: ✓ Deve estar presente na Rename; ✓ Custo; ✓ Ser solicitado pelos prescritores. ∎ Adoção daRemune: padronização e ampliação da capacidade gerencial ∎ Casos de aquisição de medicamentos fora da Remune → não possui financiamento dos recursos federais e estaduais; ∎ Vantagens: ✓ Maior disponibilidade de medicamentos à população; ✓ Evita processos judiciais; ✓ Garante maior diversidade de fármacos; ✓ Maior aderência dos prescritores; ✓ Redução de gastos e duplicidade farmacológica. Financiamento da Assistência Farmacêutica É compartilhado pelas 3 instâncias federativas: federal, estadual e municipal ⌧ Os recursos orçamentários destinados a saúde: FUNDOS DE SAÚDE. ⌧ Bloco de Financiamento da AF- 3 componentes ⌧ Componente básico Componente estratégico Componente especializado
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