Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
REAÇÕES POR VIA SECA: TESTE DE CHAMA SETEMBRO - 2016 1. INTRODUÇÃO Usado na Química e também na Física, o teste de chama é utilizado para detectar a presença de íons metálicos, baseando-se no espectro característico emitido por cada elemento. Esse teste é utilizado principalmente para se estudar a teoria atômica de Rutheford- Bohr, que introduziu o conceito de transição eletrônica. Segundo Bohr, cada átomo possui uma elétrosfera característica composta por diferentes níveis de energia e essas camadas são capazes de conter apenas os elétrons que possuem energia respectiva a cada nível, quando o elétron recebe energia de alguma fonte externa ele entra em estado excitado e é capaz de “saltar” para uma camada mais energética. Porém, o elétron excitado tende a retornar ao seu estado fundamental,voltando ao subnível menos energético. Quando o elétron retorna, ele emite um quantum de energia, cujo comprimento de onda é característico daquele elemento, permitindo então a identificação através da coloração da luz emitida. No teste de chama, a energia externa será fornecida pelo bico de Bunsen, como determinados elementos emitem radiação na região do visível, será possível identificar a presença desses elementos através da observação das mudanças na coloração da chama quando esta é submetida a diferentes sais. 2. OBJETIVOS Associar a cor da chama ao elemento químico presente em sais não identificados. 3. MATERIAIS E REAGENTES Fio de platina de cerca de 5cm de comprimento e 0,03 – 0,05 mm de diâmetro Vidro de relógio Bico de Bunsen Fósforo Espátula Béquer Ácido clorídrico (HCl) Cloreto de sódio (NaCl) Cloreto de potássio (KCl) Cloreto de estrôncio (SrCl2) Cloreto de cálcio (CaCl2) Cloreto de bário (BaCl2) 4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Acendeu-se o bico de Bunsen. Colocou-se uma pequena quantidade de HCl sobre o vidro de relógio. Mergulhou-se a primeira alça de platina no HCl e a mesma foi levada à chama até atingir coloração rubra. Esse procedimento foi repetido até que a alça não conferisse mais coloração à chama. Após limpeza completa, a alça de platina foi novamente mergulhada no HCl e em seguida, foi inserida no béquer número um, que continha um sal não identificado. Levou-se a alça contendo o sal até a chama, onde foi observada a mudança de coloração da mesma. Analisando-se a coloração emitida, as devidas anotação foram feitas. O procedimento de limpeza foi novamente realizado. Repetiu-se os passos acima para mais quatro sais não identificados. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Após a observação da coloração conferida à chama após a mesma ser submetida a cada sal, foi possível a montagem da seguinte tabela: AMOSTRAS COR ELEMENTO METÁLICO 1 Vermelho-amarelada Estrôncio (Sr) 2 Vermelho tijolo Cálcio (Ca) 3 Carmim Bário (Ba) 4 Amarela/dourada persistente Sódio (Na) 5 Violeta Potássio (K) Tabela 1. Cores observadas durante o experimento. As cores observadas são explicadas pela teoria de Rutherford-Bohr, explicitada anteriormente. Durante a identificação de um dos sais, a coloração esverdeada foi observada, o que pode ter sido resultante da contaminação do sal por outro elemento químico. As colorações avermelhadas eram muito semelhantes entre si, dificultando a identificação do elemento. 6. CONCLUSÃO Os objetivos pretendidos foram alcançados com êxito. De forma geral, os resultados comprovam que é possível a identificação de elementos metálicos com o experimento. E o mesmo é prova de que a teoria de Bohr estava correta, pois após ser fornecida energia ao elétron, o mesmo liberou radiação visível ao voltar para o seu estado fundamental. 7. BIBLIOGRAFIA SILVA, André Luís Silva da. Explicação em Bohr para o teste da chama. InfoEscola. Disponível em: <http://www.infoescola.com/quimica/explicacao-em-bohr-para-o-teste- da-chama/> Acesso em: 28 de setembro de 2016. VOGEL, A. I, Química analítica qualitativa. 5ª ed. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1981.
Compartilhar