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O papel e a importância da moeda Introdução • Moeda: é a mercadoria que serve de equivalente geral para todas as mercadorias. • A origem e a evolução da moeda Compreende seis fases distintas: ➢Era da Troca de Mercadorias; ➢Era da Mercadoria Moeda; ➢Era da Moeda Metálica; ➢Era da Moeda Papel; ➢Moeda Fiduciária (ou Papel-Moeda); ➢Moeda Bancária (ou Escritural); ERA DA TROCA DE MERCADORIAS PRIMÓRDIOS; CRESCIMENTO DAS COMUNIDADES; DIVISÃO DO TRABALHO; ESCAMBO; RELAÇÕES JUSTAS (SAMUELSON); Imaginemos nos dias de hoje, todo o tempo do indivíduo seria empregado somente para trocar mercadorias sem que sobrasse tempo para produzir o bem necessário para a realização da troca. Quadro 1: Relação entre produtos disponíveis e trocas de mercadorias necessárias TM= n(n-1); 2 PRODUTOS DISPONÍVEIS (n) TROCA DE MERCADORIAS (TM) 1 0 2 1 3 3 4 6 5 10 10 45 20 190 30 435 40 780 50 1225 100 4950 Era da Mercadoria-Moeda • Foi a passagem das trocas diretas, de um produto por outro, para as indiretas; • Este produto intermediário deveria ter algum valor e ser aceito por todos, como gado, fumo, sal, etc; • O gado era o mais utilizado, originando termos como Capitale, que significa Capital em português e é relativo a cabeça, riqueza. Principais mercadorias utilizadas como moeda Regiões Mercadorias moeda ANTIGUIDADE (até 410) ANTIGUIDADE (até 410) Egito Cobre Babilônia, Assíria Cobre, prata, cevada Pérsia Gado Bretanha Barras de ferro, escravos Índia Animais domésticos, arroz, metais China Conchas, seda, sal, cereais IDADE MÉDIA (410 a 1453) Ilhas Britânicas Moedas de couro, gado, ouro, prata Alemanha Gado, cereais, mel Islândia Gado, tecidos, bacalhau Noruega Gado, escravos, tecidos Rússia Gado, prata China Arroz, chá, sal, estanho, prata Japão Anéis de cobre, pérolas, arroz IDADE MODERNA (1453 a 1789) Estados Unidos Fumo, cereais, madeira, gado Austrália Rum, trigo, carne Canadá Peles, cereais França Metais preciosos, cereais Japão Arroz O gado na formação de termos que representam riqueza Termo em Latim Termo em português Significado Pecuariu Pecuária Relativo a gado Pecuniariu Pecuniário Relativo a dinheiro Pecúnia Pecúnia Dinheiro Capita Cabeça Parte anterior dos animais, onde se situam o encéfalo e os órgãos Capitale Capital Relativo a cabeça, riqueza ou valores disponíveis • A grande vantagem que o gado apresentava era que, enquanto os indivíduos o guardavam como poupança, essa “moeda” aumentava por meio da reprodução, ou seja, “rendia juros”, mas por outro lado não se dividia em trocados para comprar arroz, feijão, cebola. • Portanto para uma mercadoria ser utilizada como moeda ela deve ter: - Durabilidade; - Divisibilidade; - Homogeneidade; - Facilidade de manuseio e transporte. • Apesar de as mercadorias-moedas terem facilitado um pouco o dia-a- dia dos indivíduos, muitas dificuldades ainda persistiam, ressaltando a necessidade de se encontrar uma forma mais simples que facilitasse as transações comerciais. Era da Moeda Metálica • Inicialmente os metais empregados como instrumentos monetários foram: cobre, bronze e em especial o ferro, os chamados não nobres. • Esses metais existiam em abundância na natureza, associado a descoberta de novas jazidas, e ao aperfeiçoamento do processo industrial de fundição, estes metais foram perdendo gradativamente o valor. • Por essas razões é que os metais chamados não nobres foram pouco a pouco substituídos pelos metais nobres como o ouro e a prata. Vantagens da moeda metálica: • As moedas passaram a ser pequenas, fáceis de carregar, e padronizadas. • Seu poder de compra era equivalente ao valor do material utilizado em sua fabricação. • Permitiam ainda ser guardadas pelas pessoas, à espera de uma oportunidade de troca por mercadoria. Desvantagens da moeda metálica: • O peso das moedas em transportes de longas distâncias. • Alto risco de assaltos durante as viagens. • Para contornar esse problema, iniciou-se a difusão de um instrumento monetário mais flexível: a moeda-papel. Era da Moeda-Papel • A moeda representativa ou moeda-papel veio facilitar as transações comerciais pelas regiões européias. • Os comerciantes partiam levando um papel denominado “certificado de depósito”. • Certificado de depósito: papel emitido por uma instituição chamada “Casa de Custódia”, onde os comerciantes depositavam suas moedas metálicas, ou outros valores, sob garantia. • Os comerciantes recorriam às Casas de Custódias , onde trocavam seus certificados de depósitos por moedas metálicas. • Assim foi criada a moeda, 100% lastreada, ou seja, poderia ser convertida em metal precioso a qualquer momento, pelo seu detentor, nas casas de custódia. A Moeda Fiduciária (ou Papel-Moeda) • Com o tempo, contudo, os certificados de depósito foram sendo gradativamente substituídos pelo papel-moeda ou moeda fiduciária. • Esta nova modalidade monetária corresponde às cédulas de dinheiro que cada um de nós temos no bolso. É chamada de PAPEL-MOEDA para diferenciá-la de MOEDA-PAPEL. • Por que a inversão dos termos? - É que a moeda-papel era 100% lastreada enquanto o papel-moeda não tem lastro nenhum. • E o que é lastro em economia? - Bem, lastro é o termo designado pelos economistas para dizer, em última análise, que cada centavo descrito na moeda-papel estava suportado por um correspondente centavo em moeda metálica depositado nas casas de custódia. • No tocante ao papel-moeda, ela vale por si mesma, acrescenta-se sua outra denominação moeda-fiduciária, isto é, aquela que “demonstra confiança”. Podemos, portanto, confiar nela. A MOEDA BANCÁRIA • Com a evolução do sistema bancário desenvolveu-se outra modalidade de moeda: a moeda bancária ou escritural. • Ela é representada pelos depósitos à vista e a curto prazo nos bancos, que passam a movimentar esses recursos por cheques ou ordens de pagamento. • Ela é chamada escritural, uma vez que diz respeito aos lançamentos (débito e crédito) realizados nas contas correntes dos bancos. AS FUNÇÕES DA MOEDA MOEDA é tudo aquilo que exerce simultaneamente funções de: » Meio de troca; » Medida de valor; » Reserva de valor; » Padrão de pagamento diferido. • Quando a moeda de uma determinada economia começa a perder suas funções de meio de troca e de medida de valor ela é substituída por um novo papel monetário. FUNÇÃO DE MEIO OU INSTRUMENTO DE TROCA • É a função mais importante que a moeda exerce. Como funciona: Ao trabalhar para uma empresa, estamos trocando nossa mão-de-obra por moeda, para podermos trocá-la por bens e serviços de nossa escolha. • A moeda como função de troca permitiu que a economia aumentasse sua eficiência. • O meio de troca, de padrão único e aceito por todos (moeda), possibilitou a existência das modernas economias. FUNÇÃO DE MEDIDA DE VALOR • Uma função essencial da moeda é medir o valor dos bens e serviços da economia. • A medida de valor simplifica os registros contábeis, racionaliza e aumenta o número de informações por meio do sistema de preços. • Como medida de valor, a moeda serve de unidade ou ponto de referência para avaliação dos bens. • Exemplo: se um determinado bem A é vendido a R$10,00 e o bem B é vendido a R$20,00, podemos dizer que o bem B vale duas vezes o valor do bem A. FUNÇÃO DE RESERVA DE VALOR • A moeda pode ser definida como representante universal da riqueza. FUNÇÃO PADRÃO DE PAGAMENTO DIFERIDO • Nas compras e vendas feitas a crédito, a moeda intervém como forma de pagamento. O produto é entregue ao comprador no ato sem o pagamento imediato, deixando expresso o valor do pagamento futuro. INTERAÇÃO DAS FUNÇÕES •As quatro funções da moeda (instrumento de troca, medida de valor, reserva de valor e padrão de pagamento diferido) tem que estar interagidos para que a moeda não perca seu valor e nem perca seu poder de compra. CARACTERÍSTICAS • Indestrutibilidade e inalterabilidade: deve ser durável, para que não se destrua ou se deteriore com o manuseio. • Homogeneidade:diferentes moedas que possuam o mesmo valor devem ser, rigorosamente, iguais. • Divisibilidade: a moeda principal de uma economia deve possuir moedas subsidiárias. • Transferibilidade: circulação da moeda, sem dificuldades, facilitando o processo de troca. • Facilidade no manuseio e transporte: deve ser impressa de forma a facilitar o uso e transporte. FORMAS DE MOEDAS • O Sistema monetário é o conjunto de moedas utilizadas num país por imposição de curso legal, isto é, obrigatoriedade de aceitação em pagamento de mercadorias, débitos ou serviços. • Moeda Metálica: emitidas pelo Banco Central. • Papel Moeda: emitidos pelo Banco Central. • Moeda escritural: são os lançamentos efetuados pelos bancos a crédito dos seus correntistas (cheques e ordens de pagamento). QUASE MOEDAS As quase moedas compreendem o conjunto de ativos do sistema financeiro não monetário. As principais quase moedas são: títulos da dívida pública, depósitos de poupança e depósitos à prazo A OFERTA MONETÁRIA A moeda é um produto institucional, controlado pelas chamadas Autoridades monetárias : Banco Central do Brasil e o Conselho Monetário Nacional. OFERTA MONETÁRIA: MEIOS DE PAGAMENTO • É constituído pelo total de haveres de perfeita liquidez em poder do setor não bancário e podem ser utilizados em transações de forma imediata. • A forma mais restrita destes meios é representada pela soma do papel moeda em poder do público mais os depósitos à vista . • O papel moeda em poder do público é constituído de moedas metálicas e cédulas. É chamado de dinheiro ou moeda manual. • M1: é o conceito de moeda que compreende a moeda que tem liquidez total e não gera rendimento por si só. • M2: é composto pelo M1 + depósitos + emissões de alta liquidez realizadas primariamente no mercado interno. • M3: é formado pelo M2 + cotas dos fundos de renda fixa + operações compromissadas com títulos federais do resto da economia perante o sistema financeiro. • M4: inclui o M3 + o sistema emissor representado pelos governos. Portanto, M4 envolve os ativos monetários (M1) e os não monetários (M2, M3, M4). BASE MONETÁRIA • É a denominação dada ao conjunto de moeda em circulação no país mais os depósitos à vista junto às autoridades monetárias (Banco Central), ou seja, dinheiro no sentido estrito, apenas as formas mais líquidas. • A base monetária é composta por papel moeda emitido e pelas reservas bancárias. TIPOS DE RESERVAS BANCÁRIAS • Encaixe Bancário é o dinheiro utilizado pelos bancos para atender aos saques dos seus correntistas. • Reservas compulsórias ou obrigatórias é a parcela dos depósitos à vista que os bancos comerciais são obrigados legalmente a reter no Banco Central. Também chamadas depósitos ou encaixes compulsórios, ou simplesmente compulsório. • Reservas voluntárias ou livres são contas dos bancos comerciais no Banco Central para atender a seu movimento de caixa e compensação de cheques. Também chamadas depósitos ou encaixes voluntários. A Criação de Moeda • A moeda escritural (dos bancos) possui alta participação na composição do meio circulante (formas de pagamento). As preferências do público em utilizar a moeda escritural estão relacionadas a: • Segurança (perdas, roubos) • Facilidade de transporte (cheque, cartão) • Vantagens (crédito, empréstimo) A Criação de Moeda Como os bancos comerciais criam moeda O Banco Central decide expandir a quantidade de dinheiro em circulação no país ... E assim sucessivamente Bacen compra $ 1.000.000 em títulos O vendedor recebe e deposita no Banco A O Banco A mantem $ 400.000 e empresta $ 600.000 Quem recebe os $ 600.000 deposita no Banco B O Banco B mantem $ 240.000 e empresta $ 360.000 O tomador deste empréstimo irá depositá-lo em outro banco A Criação de Moeda Como os bancos comerciais criam moeda A Criação de Moeda Como os bancos comerciais criam moeda Podemos então definir a variação de oferta como: Onde: DR: aumento inicial das reservas Z:fração dos depósitos à vista destinadas aos encaixes bancários A Criação de Moeda Processo de criação de moeda pelo sistema bancário Etapas Expansão dos Depósitos à Vista Empréstimos Concedidos pelo Sistema Bancário Encaixe Mantido pelos Bancos Compra de título pelo Bacen (1ª etapa) 1.000.000 - - 2ª etapa 1.000.000 600.000 400.00 3ª etapa 600.000 360.000 240.000 4ª etapa 360.000 216.000 144.000 5ª etapa 216.00 129.600 86.400 ... ... ... ... nª etapa Próx. a zero Próx. a zero Próx. a zero Final do Processo 2.500.000 1.500.000 1.000.000 Demanda de Moeda (Versão Keynesiana) Porque os indivíduos e firmas mantêm saldos monetários em caixa Demanda de moeda por motivo transacional: os indivíduos tem necessidade de utilizar a moeda para o pagamento de suas transações com bens e serviços. • Não existe coincidência entre os fluxos de recebimento e pagamentos (desencaixes). • Vai depender do montante de renda recebido e do fluxo de recebimento. • A demanda transacional será função proporcional da renda, sendo representada por uma parcela t da renda (tY) DT = f(Y) Onde: DT: demanda transação Y : renda Logo: DT = tY Demanda de Moeda (Versão Keynesiana) Porque os indivíduos e firmas mantêm saldos monetários em caixa • Demanda de moeda por motivo precaucional: proteção contra acontecimentos inesperados (desemprego, doença, etc.). • A demanda precaucional dependerá da renda, sendo proporcional a ela. • A demanda precaucional será então uma parcela p da renda (pY). DP = f(Y) Onde: DP: demanda precaução Y : renda Logo: DP = pY DP e DT dependem de Y, então podemos juntá-las, como uma proporção k da renda DT+P = kY onde: K = t + p Demanda de Moeda Porque os indivíduos e firmas mantêm saldos monetários em caixa • Demanda Transação e Precaução da Moeda • Demanda Especulativa de Moeda Demanda de Moeda Porque os indivíduos e firmas mantêm saldos monetários em caixa • Demanda por moeda para especulação: as pessoas podem reter ativos financeiros através de ações, títulos ou como moeda propriamente dita (conceito M1). • Vantagens de reter a moeda como ativo: Liquidez. • Desvantagens de reter a moeda como ativo: quando comparada à retenção de títulos é que ela não rende juros (custo de oportunidade). • A quantidade demandada de moeda para fins de especulação depende basicamente da taxa de juros, existindo uma relação inversa entre a demanda especulativa e a taxa de juros. DE = f(i) Onde: DE : Demanda especulativa i : taxa de juros Demanda de Moeda Demanda total de moeda: DM = DT+P + DE ou DM = kY + f(i) Demanda Total de Moeda Equilíbrio no Mercado Monetário É preciso que a oferta de moeda seja igual à demanda de moeda. Dada uma oferta monetária OM = $ 200 milhões, o equilíbrio no mercado monetário ocorrerá no ponto de encontro entre a curva de oferta e de demanda de moeda. Quando isso ocorrer, estará determinada n taxa de juros de equilíbrio. O Equilíbrio do Mercado Monetário Ta xa d e Ju ro s 8 OM 6 4 2 DM 0 100 200 300 400 DM Quantidade de Moeda (milhões de unidades monetárias) Relação Entre o Preço dos Títulos e a Taxa De Juros - Suponha que você compre no mercado financeiro um títulos de longo prazo e de renda fixa com um valor de R$1000, e que pague por ano juros fixos de R$50,00. - Isso significará que você terá um rendimento fixo de R$50,00 ao ano. - Portanto, o retorno desse título será de 5%. - ($50/$1000 = 0,05 ou 5%) - Suponha que você resolva vender esse título e que, em decorrência de um aumento da oferta de títulos, o preço do título diminua para R$625,00. Logo, considerando o rendimento fixo de R$50,00, em termos de juros, houve um aumento de 5% para 8% (($50/$625 = 0,08 ou 8%). - Suponha que você resolva comprar mais um título, em razão do aumento da demanda por títulos o preço dele tenha subido para R$1250,00. Considerando o retorno fixo de R$50,00, em termos de juros ele cai para 4% ($50/$1250 = 0,04 ou 4%) Conclusão: quando o preço do título diminui,a taxa de juros se eleva; inversamente, quando o preço do título aumenta, a taxa de juros se reduz, da a hipótese do rendimento anual fixo de R$50,00. Moeda: é a mercadoria que serve de equivalente geral para todas as mercadorias A política monetária e a taxa de juros Oferta de Moeda • A oferta de moeda pode ser definida como o estoque total de moeda na economia. • Se a oferta do BACEN for muito grande, os juros tendem a cair e os preços a subir, e se for muito pequena a tendência é oposta. • Os bancos centrais controlam a oferta de moeda principalmente através: - da alteração da taxa de reservas bancárias (uma taxa maior de reservas bancárias reduz a oferta de moeda), - da compra e venda de títulos e, - através do controle da quantidade de papel moeda emitido. Aumento na oferta de moeda • O gráfico nos mostra um mercado monetário inicialmente em equilíbrio. • O ponto E1 nos mostra que a oferta de moeda de $ 200 milhões é igual a demanda de moeda, sendo a taxa de juros de equilíbrio de 4%. • Suponhamos que o BACEN aumente a oferta monetária para $ 300 milhões (de O1 para O2). • Com a taxa de juros de 4% a quantidade de moeda que as pessoas desejarão reter($ 200 milhões) é menor que a quantidade de moeda ofertada pelo BACEN ($ 300 milhões), gerando excesso na oferta de moeda de $100 milhões. • As pessoas que mantém esse excesso de moeda tentarão se livrar dele comprando títulos que rendem juros. • A grande procura por títulos acabam por elevar seus preços, ocasionando uma queda na taxa de juros. • A taxa de juros cai até atingir um novo equilíbrio, com taxa de 2% e uma quantidade demandada de moeda de $ 300 milhões (E2), quando então O2 = Demanda. Gráfico: Aumento da oferta de moeda Diminuição da Oferta de Moeda • O gráfico nos mostra um mercado monetário inicialmente em equilíbrio. • O ponto E1 nos mostra que a oferta de moeda de $200 milhões é igual sua demanda e que a taxa de juros de equilíbrio é de 4%. • Suponha que o BACEN diminua a oferta monetária para $100 milhões (de O1 para O2). • Com a taxa de juros de 4%, a quantidade de moeda que as pessoas desejarão reter ($200 milhões) é maior que a quantidade de moeda ofertada pelo BACEN ($100 milhões), gerando um excesso de demanda de moeda de $100 milhões. • Como resultado, as pessoas tentam aumentar a quantidade retida de moeda vendendo seus títulos. • A grande oferta de títulos acaba por diminuir seus preços, ocasionando uma elevação na taxa de juros. • A taxa de juros sobe até atingir uma nova taxa de equilíbrio, com uma taxa de 8% e uma quantidade demandada de moeda de $100 milhões (E2), quando então O2 = Demanda. Gráfico: Diminuição na oferta de moeda O Investimento e a Taxa de Juros • Vamos supor a compra e uma máquina ao preço e R$50.000,00 e que em um ano ela deprecie totalmente. • Descontados os custos operacionais (mão-de-obra, matéria-prima administração), ela produza uma receita líquida e R$55.000,00. • A taxa de retorno desse investimento será e 10%: (55.000/50.000-1)X100=10% • É aconselhável a compra da máquina? • Se a taxa de juros de mercado for superior a10%, a empresa maximizará seu lucro emprestando ao mercado; • Se a taxa de juros for inferior a 10%, a melhor decisão será comprar a máquina. • E se a empresa não dispor de fundos para o investimento? • Se a taxa de juros do mercado for inferior aos 10%, a melhor decisão será tomar emprestado esses fundos para comprar a máquina. Assim paga-se o principal mais os juros e ainda obtém-se uma quantia de lucro. • Se a taxa de juros do mercado for superior a taxa de retorno, então não é aconselhável a compra, já que os juros são superiores à receita esperada, resultando em perda. Demanda de investimento de uma firma • Para analisar quais investimentos são viáveis, deve-se levar em conta a taxa de juros do mercado. • Se a taxa de juros for de 12%, a firma fará investimentos no valor de 6 milhões (Projeto A + Projeto B); • Se a taxa de juros cair para 4%, o investimento será de 14 milhões (Projeto A, B, C e D); • Se taxa diminuir para 3%,será indiferente para a firma investir no projeto E ou emprestar esse milhão a juros de mercado. A Curva de Demanda de Investimento da Economia Curva de Demanda de Investimento da Economia = soma de todas as curvas de demanda de investimento de todas as firmas, a diferentes taxas de juros. • I = f(i) • O investimento depende (ou é função) da taxa de juros. • Existe uma relação inversa entre investimento e taxa de juros. Taxa de Juros Nominal e Taxa de Juros Real • O que difere das taxas de juros reais e taxas de juros nominais é que esta possui desconto dos efeitos da inflação. ir = in - t 1+t in = taxa nominal de juros; ir = taxa real de juros; t = taxa de inflação. Outra fórmula equivalente dessa última é: (1+in) = (1+ir) (1+t) • Exemplo: suponhamos que um indivíduo faça uma aplicação de R$100.000 por ano a uma taxa de juros nominal de 40% a.a. Suponhamos, também que a taxa de inflação no período tenha sido de 25%. Qual será a taxa de juros real? ir = in – t 1+t ir = 0,4 – 0,25 = 12% a.a. Logo, a taxa de juros real terá sido de 12% ao ano. 1+0,25 Oferta Monetária e Atividade Econômica: Visão Keynesiana • No modelo keynesiano, a demanda de moeda e a demanda de investimento se relacionam inversamente à taxa de juros. • Assim, se o Banco Central aumentar a oferta de moeda, a taxa de juros deverá sofrer uma redução. • Com essa redução, o volume das despesas em investimento deverá aumentar, induzindo um dispêndio adicional em consumo e elevando o nível de renda e de emprego da economia. • Os economistas keynesianos preferem o uso da política fiscal para a estabilização de economia, pois consideram a política monetária potencialmente mais fraca e menos previsível em seu efeito sobre a renda. Gráfico: Oferta monetária e atividade econômica. • Na parte 1, inicialmente, o mercado monetário se encontra em equilíbrio à taxa de 4%, determinada pelo encontro entre a curva de oferta de moeda OM1(de $ 200) e a curva de demanda de moeda DM (ponto A). • Na parte 2, o nível de investimento compatível com essa taxa é de $50 (ponto C na curva de demanda por investimento). • Na parte 3, o nível de equilíbrio da renda de $750 (Ye0) é determinado pelo mecanismo S=I (ponto E1). • Devemos observar que a função poupança dessa economia é S=100=0,20Y; logo, o multiplicador do investimento é 5. Não consideramos a existência de gastos governamentais. • Suponhamos que haja um aumento da oferta monetária de $200 para $300. O ponto de equilíbrio move-se de A para B e a taxa de juros cai de 4% para 2%. • Taxas de juros mais baixas estimulam o investimento, aumentando-o de $50 para $100 (um deslocamento do ponto C para o Ponto D, ao longo da curva de demanda por investimento). • Uma elevação no investimento (ΔI=50) provoca, via efeito multiplicador, uma expansão da demanda agregada, da renda e do emprego. • O novo nível de equilíbrio da renda será de $1000 (Ye1), quando então novamente S=I (ponto E1). • Podemos sintetizar a relação entre a oferta monetária e atividade econômica da seguinte forma: Mudanças da Oferta de Moeda: Visão Monetarista • Para os monetaristas a demanda por moeda é insensível a taxa de juros. • As famílias responsáveis pelas despesas de consumo e as firmas responsáveis pelas despesas de investimento respondem às variações na oferta de moeda. • A demanda por moeda nesses setores é que definem a mudança no nível de preços, renda e emprego da população. • As mudanças na oferta de moeda provocam mudanças na demanda Agregada da economia, determinando mudanças no nível de preços, no nível de renda e no nível de emprego. A equação de trocas M x V = P x Q M = Oferta de moeda em circulação (M1); V = Velocidade da moeda; P = Média ponderada dos preços do produto final; Q = Quantidade de produto final. P x Q = valor nominal do PIB da economia, logo M x V = PIB V = PIB / M • Esta equação de trocas se restringe às transações em termos de renda, onde: M= quantidade de moeda; V = velocidade-renda da moeda; • OBS: Esse conceito inclui apenas bens produzidos no período; EXEMPLO 1: Suponha que a oferta da moeda (M) seja R$ 500,00 e que o produto de economia (Q) seja 1500 unidades a um preço médio (P) de R$3,00 por unidade. Qual a velocidade da moeda? M x V = P x Q 500 x V = 3 x 1500 V = 4500/500 V = 9 EXEMPLO 2: Suponhamos que o PIB de uma economia seja composto de despesas de consumo (C) no valor de R$1000,00, despesas de investimento (I) no valor de R$ 400,00 e gastos governamentais (G) no valor de R$ 600,00. A oferta de moeda (M) é de R$ 400,00. Qual a velocidade da moeda? PIB = C + I + G PIB = 1000+400+600 PIB = 2000 M x V = PIB 400 x V = 2000 V = 2000/400 V = 5 Teoria Quantitativa da moeda • Apresentação rígida da teoria quantitativa, supõe-se que V e Q sejam constantes. EXEMPLO: Suponhamos que M seja R$500,00, Q seja 1000 unidades e P seja de R$1,50 por unidade. Qual a velocidade da moeda? M x V = P x Q 500 x V = 1,50 X 1000 V = 1500 / 500 V = 3 Sendo V e Q constantes, variações na oferta de moeda resultam em variações proporcionais no nível de preços. • A versão mais flexível da teoria quantitativa admite que no decorrer do tempo, V e Q podem sofrer variações. Q aumenta com o passar do tempo em uma economia em crescimento. V constante a curto prazo Economia com recursos desempregados Economia com recursos plenamente empregados Pode aumentar a produção e o emprego na economia, sem necessariamente aumentar os preços. Provocará apenas uma elevação no nível geral de preços da economia. ELEVAÇÃO NA OFERTA DE MOEDA POLÍTICA MONETÁRIA •Podemos defini-la através da atuação de autoridades monetária sobre a quantidade de moeda em circulação, de crédito e das taxas de juros controlando a liquidez ideal da economia do país. •Tem como objetivo, por meio do controle de moeda, a elevação do nível de emprego, a estabilidade dos preços, uma taxa de câmbio realista e uma adequada taxa de crescimento econômico. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MONETÁRIA •Para executar a Política Monetária, serão utilizados instrumentos para influenciar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em reservas bancárias, que induzem indiretamente o público a alterar o perfil de seus gastos. INSTRUMENTOS DA POLÍTICA MONETÁRIA • Política monetária Autoridade monetária Controle, posse • Valem-se de estratégias (instrumentos) para interferir indiretamente no cotidiano dos agentes econômicos. • Brasil Conselho Monetário Nacional Banco Central do Brasil CONTROLE DIRETO DA QUANTIDADE DE DINHEIRO EM CIRCULAÇÃO • Para executar a Política Monetária, serão utilizados instrumentos para influenciar a oferta de moeda e regular a taxa de juros em reservas bancárias, que induzem indiretamente o público a alterar o perfil de seus gastos. OPERAÇÕES NO MERCADO ABERTO Consiste na compra e venda de títulos públicos por parte do Banco Central com o objetivo de regular os fluxos gerais de liquidez da economia. Oferta monetária insuficiente Realiza operação de compra de títulos da Dívida Pública Excesso de oferta monetária Venda de Títulos Públicos FIXAÇÃO DA TAXA DE RESERVA •Utilizado pelo governo para controlar a oferta de dinheiro. Atua diretamente sobre o nível de reservas dos bancos comerciais que influem no multiplicador bancário com reflexos diretos no nível de expansão ou contratação dos meios de pagamento. Aumento na taxa de reserva Diminui os meios de pagamentos e a disponibilidade dos bancos para empréstimos. Redução na taxa de reserva Aumenta os meios de pagamentos e a disponibilidade dos bancos para empréstimos FIXAÇÃO DA TAXA DE REDESCONTO • São empréstimos disponibilizados pelo Banco Central para os bancos comerciais cobrirem eventuais problemas de liquidez. Taxa de Redesconto é o nome dado para a taxa de juros cobrada sobre os empréstimos. Elevação na taxa de redescontos Evita altos custos financeiros decorrentes de dificuldades momentâneas de caixa dos bancos comerciais, reduzindo assim os meios de pagamento. Redução na taxa de redescontos Induzirá à redução das reservas bancárias e à expansão dos meios de pagamento CONTROLES SELETIVOS DE CRÉDITO •As Autoridades Monetárias geralmente controlam de forma direta o nível de dado ativo ou os termos que os bancos emprestam, volume e distribuição das linhas de crédito, orientam impõem limites às taxas de juros, e determinam prazos, limites e condições. •O Banco Central utiliza sua autoridade moral e reputação para induzir voluntariamente os bancos a apropriar o comportamento às circunstâncias particulares. EFEITOS DA POLÍTICA MONETÁRIA As ações da política monetária atingem o setor real da economia através das seguintes variáveis de cunho financeiro: • taxa de Juros; • custo e disponibilidade de crédito; • expectativa acerca de futuras taxas de juros;e • Riqueza privada. A política monetária também produz efeitos nas seguintes variáveis: • Efeitos sobre a inflação; • Efeitos sobre a entrada de capitais estrangeiros; Variações na Política Monetária fazem ocorrer modificações no rendimento dos ativos financeiros e nos custo e disponibilidade de crédito, mostrado na figura a seguir. Política Monetária Reservas Bancárias Empréstimos Bancários Depósitos Bancários Oferta de Moeda Preço dos Ativos Financeiros Consumo e Investimento Rendimento dos Ativos Financeiros Custo e disponibilidade de Crédito Com Efeito Sobre Que afetarão Que constituem parte da Que afetarão o Mercado Financeiro e de Capitais que determinam Com Influência Sobre SISTEMA MONETÁRIOS E FINANCEIROS – A INTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA • É o conjunto de moedas utilizadas num país por imposição de curso legal, isto é, obrigatoriedade de aceitação em pagamento de mercadorias, débitos ou serviços. • Os países, através de seu bancos centrais, controlam e garantem as emissões de dinheiro. • O conjunto de moedas e cédulas em circulação, é constantemente renovado através de processo de saneamento, que consiste na substituição das cédulas gastas e rasgadas. • Euro: É utilizado na: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Países Baixos, Irlanda, Itália, Luxemburgo e Portugal. • Real : é utilizado somente no Brasil. Símbolo: • Dólar Americano: é utilizado nos: Estados Unidos, Equador, Panamá, El Salvador, Timor- Leste e Micronésia. R$ SISTEMA FINANCEIRO • Composto pelas instituições financeiras • Finalidade: transferir os recursos dos aplicadores para o setor produtivo ou de consumo. • Intermediação entre os agentes econômicos • Função: criar condições para que os títulos financeiros tenham liquidez. ESQUEMA SIMPLES DO FUNCIONAMENTO DO SISTEMA FINANCEIRO AGENTES ECONÔMICOS Tomadores Finais • Situação de déficit financeiro. • Perfil de consumo maior que a renda disponível, necessitam da poupança de outros. APLICADORES OU OFERTADORES FINAIS •Posição privilegiada, superávit financeiro. •Perfil de consumo menor que a renda disponível. INTERMEDIÁRIOS FINANCEIROS • Instituições que oferecem os recursos dos aplicadores aos tomadores finais. •Nunca trabalham com recursos próprios. INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS • Instituições Financeiras Bancárias: tem por fim criar as moedas ou meios de pagamento; • Instituições financeira não bancárias: não possuem a faculdade de criar moeda; • Banco Central (BACEN): responsável pela criação dos meios de pagamentos; • Meios de pagamento: são compostos pelo papel-moeda e pelos depósitos à vista nos bancos; • Bancos comerciais: instituições financeiras que proporcionam suprimento de recursos necessários para financiar, a curto e a médio prazo, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. • Efeito multiplicador: o depósito inicial se transforma em vários outros de menor porte. INSTRUMENTOS FINANCEIROS • Definição: Qualquer contrato que dêorigem a um ativo financeiro da entidade, e a um passivo financeiro ou instrumento patrimonial de outra entidade. INSTRUMENTOS FINANCEIROS Os instrumentos financeiros se classificam em: • Ativos financeiros monetários: são os ativos que não proporcionam quaisquer formas de renda; • Ativos financeiros não-monetários: são os ativos financeiros que proporcionam rendimentos. SEGMENTAÇÃO DOS MERCADOS FINANCEIROS As operações do mercado financeiro se classificam em quatro categorias: • Mercado de crédito - operações de financiamento e empréstimo de curto e médio prazo (bancos). • Mercado de capitais - concentração de bolsas de valores, operando com a compra e venda de títulos no longo prazo (instituição não-monetárias). • Mercado Monetário - Curto e curtíssimo prazo (instrumento da política monetária para controlar o nível de liquidez da economia). • Mercado cambial - compra e venda de moedas estrangeiras. São de curto prazo (bancos comerciais ou firmas com intermediação de corretoras de câmbio). SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO Breve histórico • A primeira instituição financeira criada no país, foi o Banco do Brasil ,em outubro de 1808 e seguia um modelo europeu. • Naquela época os bancos tinham uma imagem muito nobre que durou até meados do século XX. No período de 1914 a 1945 houve significativos progressos na intermediação financeira, destacando o crescimento no volume de intermediação de curto e médio prazo, o disciplinamento das atividades bancárias e o início dos estudos para a criação de um Banco Central. • Em 1953, apesar de ser um período de transição, as estatísticas mostraram que o número de matrizes instaladas no Brasil era de 404, totalizando 3.954 agências, apesar de terem sido acompanhadas por uma incapacidade empresarial de administrá-las. • Em 1945 foi implantado um órgão normativo que substituía a SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito) cuja atribuição principal era o controle do mercado monetário. • Em 1951 foi criado o BNCC (Banco Nacional de Crédito Cooperativo). SISTEMA FINANCEIRO BRASILEIRO • Em 1952 foi criado o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Entretanto a grande alavancagem do sistema financeiro foi quando houve a reforma bancária de 1964 e nesse mesmo ano ainda foi criado o BNH (Banco Nacional da Habitação). • Foram essas reformas que definiram a estrutura atual do sistema financeiro e criaram as “Autoridades Monetárias”, o Conselho Monetário Nacional e o Banco Central do Brasil. • Em setembro de 1988 foi dada as instituições a possibilidade de se organizarem como uma única instituição com personalidade jurídica própria chamados bancos Múltiplos. COMPOSIÇÃO ATUAL DO SFN Órgãos Normativos É composto por três conselhos: 1. Conselho Monetário Nacional (CMN) 2. Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) 3. Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) Conselho monetário Nacional (CMN) • É o órgão superior do Sistema Financeiro Nacional. É responsável por expedir normas e diretrizes gerais para seu bom funcionamento. • É composto pelo Ministro da Fazenda (Presidente do Conselho), Ministro do Planejamento e Orçamento e pelo Presidente do BACEN. Competências: • Estabelecer as diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia; • Regular as condições de constituição, funcionamento e fiscalização das instituições financeiras; • Disciplinar os instrumentos de política monetária e cambial; Conselho monetário Nacional (CMN) Principais Funções: •Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia (autorizar a emissão da moeda); •Regular o valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos; •Orientar a aplicação dos recursos das Instituições Financeiras; •Propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros; •Zelar pela liquidez e solvência das instituições Financeiras; •Coordenar as políticas monetária, creditícia, orçamentária e da dívida pública interna e externa; Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) • É composto pelo Ministro da Fazenda, pelo representante do Ministério da Justiça, pelo representante do Ministério da Previdência Social, pelo superindente da SUSEP e pelo representante do BACEN. Competência: • Por intermédio de seu colegiado, é responsável pelo estabelecimento de normas aplicáveis às entidades de seguros privados no Brasil e Sistemas de Previdência Privada Aberta. Principais Funções: • Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao SNSP, bem como a aplicação das penalidades previstas. • Fixar as características gerais dos contratos de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) • Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradoras •Disciplinar a corretagem de seguros. Conselho de Gestão de Previdência Complementar (CGPC) • É um órgão colegiado que integra a estrutura do Ministério da Previdência Social. • Tem a competência de regular, normatizar e coordenar as atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão). • Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro Banco Central do Brasil (Bacen) •O Bacen é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda; •É o principal executor das orientações do Conselho Monetário Nacional e responsável por garantir o poder de compra da moeda nacional. Objetivos: •Zelar pela adequada liquidez da economia; manter as reservas internacionais em nível adequado; •Estimular a formação de poupança; •Zelar pela estabilidade e promover o permanente aperfeiçoamento do sistema financeiro Banco Central do Brasil (Bacen) Entre suas atribuições estão: • Emitir papel-moeda e moeda metálica; • Executar serviços do meio circulante; • Receber recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e bancárias; • Realizar operações de redesconto e empréstimo as instituições financeiras e bancárias; • Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis; • Efetuar operações de compra e venda de títulos públicos federais; • Exercer o controle de credito; • Exercer a fiscalização das instituições financeiras, autorizar seu funcionamento, bem como estabelecer as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas mesmas. • Vigiar a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais; • Controlar o fluxo de capitais estrangeiros no País. Banco Central do Brasil (Bacen) O BACEN pode ser considerado: •Banco dos Bancos; •Gestor do Sistema financeiro Nacional; • Executor da Política Monetária; •Banco emissor; • Banqueiro do governo. Sua sede fica em Brasília Comissão de Valores Mobiliários (CVM) • A CVM é responsável por regulamentar, desenvolver, controlar e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do País. Funções: • Assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; • Proteger os titulares de valores mobiliários; • Evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação no mercado; • Garantir o acesso do público a informação sobre valores mobiliários negociados e sobre as companhias que as tenham emitido; • Estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; • Promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações; • Estimular as aplicações permanentes em ação do capital social das companhias abertas; • Assegurar a observância de praticas comerciais equitativas no mercado de valores imobiliários. Superintendência de Seguros Privados (Susep) • É responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada aberta e capitalização. Possui as seguintes atribuições: • Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de PrevidênciaPrivada Aberta e Resseguradoras, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP; • Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro; • Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados; • Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados e também a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição; • Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; • Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas; • Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas. • Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP. Instituto de Resseguros do Brasil (IRB) •É uma sociedade de economia mista com controle acionário da União, jurisdicionada ao Ministério da Fazenda; •Tem o objetivo de regular o cosseguro e a retrocessão, além de promover o desenvolvimento das operações de seguro no País. Secretaria de Previdência Complementar (SPC) • É responsável por fiscalizar as atividades das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (fundos de pensão). A SPC compete: • Propor as diretrizes básicas para o SPC; • Harmonizar as atividades das entidades fechadas de previdência privada com as políticas de desenvolvimento social e econômico-financeiro do Governo; • Fiscalizar, supervisionar, coordenar, orientar e controlar as atividades relacionadas com a previdência complementar fechada; • Autorizar a retirada de patrocínio e decretar a administração especial em planos de benefícios operados pelas entidades fechadas de previdência complementar; • Analisar e aprovar os pedidos de autorização para constituição, incorporação, funcionamento, transferência de controla das entidades fechadas de previdência complementar, bem como examinar e aprovar os estatutos das referidas entidades, os regulamentos dos planos de benefícios e suas alterações; • Examinar e aprovar os convênios de adesão celebrados por patrocinadores e por instituidores; • Propor ao ministro a decretação de intervenção ou liquidação das referidas entidades.
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