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Muitas transformações tem sido observadas nos últimos anos no cenário econômico nacional e internacional em decorrência da globalização. Sua forte influência se nota nos diversos resultados para as atividades comerciais brasileiras, como o avanço das negociações com outros países estreitando as operações de importação e exportação, que são vistas de maneira positiva para o desenvolvimento econômico do país por diversos profissionais. A globalização contribui de maneira significativa para o avanço tecnológico, proporcionando troca de conhecimento e informações entre as pessoas, no mundo, de maneira geral, ou seja, na educação, na cultura, no meio ambiente e na economia, onde se percebe sua forte influência na produção, distribuição e comercialização de produtos e serviços em uma escala mundial. Podemos notar que houve um estreitamento do comércio internacional em relação ao comércio interno, pois o comércio internacional se tornou uma alternativa ideal para que os países aproveitem melhor seus fatores produtivos, além do que, nem todos ou nenhum país consegue produzir todos os bens e serviços de que sua sociedade necessite, dessa forma, alguns países buscaram especializar-se em alguma atividade, ou seja, produzir algo de maneira mais eficaz visando a sua comercialização no mercado externo, ou a troca por outro produto essencial a sua população. Dessa forma, notamos que a globalização ocasionou mudanças na maneira de atuação das empresas em nível internacional. A importação de bens e serviços contribui para o desenvolvimento e crescimento econômico, pois complementam a oferta de bens de consumo e de bens de produção, pois conforme na foi citado, o país não consegue produzir de maneira eficaz todos os produtos de consumo necessários a sua população. Contudo verifica-se uma preocupação pois há excesso de importados no país o que afeta de forma considerável a competitividade dos produtos nacionais visto que muitos países praticam uma concorrência desleal, fazendo com que seus produtos deixem de complementar e passem a substituir o produto local. Esse grande volume de importações tornou-se um problema quando começou a ocasionar o fechamento de indústrias de alguns setores, tais como eletrônicos, peças de automóveis e materiais de consumo, tendo como consequência a diminuição de empregos. Observando essas transformações o governo brasileiro viu a necessidade de adotar medidas protecionistas, visando impedir ou dificultar a entrada de produtos estrangeiros no país, evitando dessa forma que o comércio interno sofra com a concorrência , por vezes, desleal estrangeira. Dentre essas medidas estão o direito antiduping, as medidas compensatórias e as medidas de salvaguarda. Friedrich List, economista alemão, defende que cada nação, dependendo do seu nível de desenvolvimento, se adeque ao seu sistema econômico, dessa forma ele dividiu a economia em três categorias: a primeira é aquela sem condição de industrialização que superaria seu estado semicivilizado através do livre comércio, em seguida estão as economias em que as indústrias estão em desenvolvimento, onde as medidas de proteção à sua indústria propiciariam o seu crescimento e em terceiro viriam as indústrias totalmente desenvolvidas, onde o livre comércio se torna vantajoso. Segundo List, para a superação do subdesenvolvimento o Estado deveria adotar planos políticos econômicos com o intuito de desenvolver seus setores e dessa forma fortalecer seu mercado interno e que uma vez superadas as disparidades lançariam-se no mercado internacional. Ele afirma que o desenvolvimento depende da atuação do governo, ou seja, o Estado deve estimular a indústria nacional permitindo seu crescimento e integração ao mercado interno até que tenha condições de competir com o mercado internacional, que a atuação da proteção do Estado na economia deve ser na mesma medida que haja desvantagem de um país em relação aos outros e a medida que essa indústria local se fortaleça, a proteção deve ser reduzida gradativamente. List acreditava que as medidas protecionistas eram a única maneira de colocar em pé de igualdade as nações mais atrasadas com a nação mais predominante. Era um meio mais eficaz de estimular a união entre as duas nações, promovendo uma verdadeira unidade comercial. Verificamos, então que até as nações mais desenvolvidas e providas de recursos econômicos se valem de artifícios protecionistas quando sentem seus mercados internos ameaçados. A prática protecionista deveria ser aplicada como meio de se atingir desenvolvimento econômico, entretanto, dependendo da política local pode ser utilizada para a formação de cartéis, oligopólios e promover a concorrência desleal, em detrimento do bem estar social, visando a proteção de empresários locais que por ineficiência estão perdendo mercado para o mercado externo mais eficiente.