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Exercícios Conceito do eu e da personalidade

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Conceito do eu e da personalidade – Exercícios
1- Freud demonstra como formulou seus conceitos por meio da experiência e das observações de seus pacientes – observação dos fenômenos psíquicos expressos cotidianamente. Para explicar a estrutura da personalidade, o autor faz a seguinte analogia: “[...] é como um cavaleiro que tem de manter controlada a força superior do cavalo, com a diferença de que o cavaleiro tenta fazê-lo com sua própria força [...] e, com frequência, um cavaleiro, se não deseja ver-se separado do cavalo, é obrigado a conduzi-lo aonde este quer ir”. (FREUD, 1996, v. XIX, p. 39)Com base no conteúdo estudado, a que instância Freud está se referindo?
R: C. Ego = Freud está se referindo ao ego, pois é a ele que compete o controle sobre as abordagens à motilidade. Assim, em sua relação com o id, ele é um cavaleiro, usa as rédeas para controlar (superego) e, para não se ver separado do id, tem o hábito de transformar em ação a vontade do id, como se fosse sua própria. 
 
2- Analise o seguinte exemplo: “Uma pessoa, ao acordar, descobre que sabe a solução de um difícil problema matemático (ou de outro tipo qualquer contra o qual, imagine, esteve lutando em vão no dia anterior)” – o que ocorreu durante seu estado de sono. Esse exercício intelectual sutil e difícil, dada a demanda reflexiva que exige, foi executado em qual instância? Assinale a alternativa correta:
R: B. Pré-consciente = Essa cena demonstra a crença de que quanto mais alto alguma função mental se coloca em nossa escala de valores, mais facilmente encontrará acesso à consciência. Mesmo operações intelectuais sutis e difíceis, que ordinariamente exigem reflexão vigorosa, podem igualmente ser executadas pré-conscientemente, sem chegarem à consciência. Todavia, não o é no caso das neuroses, nas quais a resistência permanece inconsciente durante a análise, mesmo com o esforço de ser modificada, e coloca os obstáculos mais poderosos no caminho do restabelecimento.
 
3- Freud, ao analisar os sintomas marcantes das doenças paranoides, pontuou que os delírios relativos ao fato de alguém se sentir “notado”, “percebido” ou, mais precisamente, de se sentir “vigiado” são sintomas marcantes dessas doenças. Verificou que os pacientes paranoides se queixam de seus pensamentos relativos ao fato de serem (re)conhecidos e suas ações, vigiadas e supervisionadas. Na esteira dessa observação, os pacientes relatam que, sobre a existência dessa “vigília”, são informados por vozes que caracteristicamente lhes falam na terceira pessoa: “agora ela está pensando nisso de novo”, “agora ele está saindo”. Expõe, então, que “essa queixa é justificada; ela descreve uma verdade. Um poder dessa espécie, que vigia, que descobre e que critica todas as nossas intenções, existe realmente. Na realidade, existe em cada um de nós em nossa vida normal”. (FREUD, 1996, v. XIV, p. 112-113)Com base nisso, escolha a instância da nossa personalidade descrita acima​​​​​​​.
C. Superego = O superego é a instância que se assemelha a um juiz, no tocante ao ego, e visa também a impedir a passagem dos impulsos do id. É o último a se desenvolver na estrutura da personalidade. Sendo a força moral, representa normas e valores; tendo internalizado os padrões morais dos pais, atua conforme o sistema de punições (sentimento de culpa), quando a criança faz algo errado, e de recompensas, quando ela realiza algo de forma satisfatória.
 
4- No processo de análise, é possível nos depararmos com a seguinte situação: apresentar certas observações e/ou interpretações ao paciente, que pode ter dificuldades para entendê-la, suas associações fracassam quando deveriam estar próximas do reprimido. Essa situação nos permite identificar uma resistência, mas o paciente não consegue compreendê-la, mesmo percebendo que há algo aí – em função dos seus sentimentos desprazerosos, pode sentir que a resistência existe, mas não consegue saber o que é nem como descrevê-la. (FREUD, 1996 v. XIX, p. 30)
Essa situação levou Freud a conduzir qual importante descoberta? Marque a resposta correta.
R B. Ego = Freud identificou que o ego pode ser também inconsciente, causando efeitos importantes e poderosos sem que a pessoa esteja consciente – para torná-los conscientes, necessitam ser muito trabalhados em análise. Esse inconsciente que pertence ao ego não é oculto como o pré-consciente, pois, se isso fosse verdade, não seria capaz de ser ativado sem ficar consciente, e o processo de transformar-se consciente não se depararia com grandes obstáculos. (FREUD, v. XIX, p. 29-30)
5- O id é constituído por conteúdos herdados e/ou adquiridos, constituindo-se no polo pulsional do psiquismo. Ao se diferenciar, surgem as demais instâncias (ego e superego). Disso decorre que, no início da vida psíquica, não havia diferenciação entre o ego e o id, no que se inscreve a reflexão acerca da procedência da libido.
Diante do exposto, escolha uma alternativa correta.
R Os primeiros investimentos da libido partem do id = Freud, em 1923, no texto de O ego e o id, refere que toda a libido está acumulada no id, deduzindo que toda a carga que é depositada nos objetos emana do id, pois houve um tempo em que não havia nada senão o id. O ego incialmente é frágil e subjuga-se aos investimentos do id, e somente no narcisismo secundário. “O eu só conseguirá atrair para si os investimentos originalmente realizados sobre objetos​​​​​​​ sob a condição de ele mesmo ter-se tornado objeto [...] o eu traz em si, portanto, as marcas da história das escolhas de objeto realizadas.” (FERES, 2009, p. 155)

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