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Esmalte

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Esmalte
- Tecido adamantino que cobre a dentina em sua porção coronária como um casquete; 
- Integrado no isossistema dentinopulpar, é o tecido mais duro do organismo (95% de matriz inorgânica e 0,36% de matriz orgânica), constituído por cristais de hidroxiapatita e por fosfato de cálcio que, juntos, representam o componente inorgânico no esmalte. O restante se assemelha aos outros tecidos mineralizados como osso, dentina e cemento;
- Constituído por milhões de prismas altamente mineralizados, desde a junção amelodentinária (JAD) ate a superfície externa. 
1) Características: 
1) Deriva-se do órgão do esmalte de natureza ectodérmica que se origina de uma proliferação localizada do epitélio bucal; 
2) Matriz orgânica de natureza protéica com agregados de polissacarídeos, e em sua composição química não há participação do colágeno; 
3) Os cristais se encontram densamente reunidos e possuem maior tamanho do que os de outros tecidos mineralizados e são solúveis à ação de ácidos, o que permite as cáries dentárias. O esmalte, portanto, não se regenera; 
4) As células secretoras do esmalte, os ameloblastos, se diferenciam atrás do EI (epitélio interno) do OE (órgão do esmalte). Depois de completar a formação do esmalte, involui e desaparece por apoptose durante a erupção dentaria;
5) O esmalte maduro não contém células, nem prolongamentos celulares. Por isso não é considerado como tecido. Assim sendo, uma estrutura acelular, avascular e sem inervação. 
- Os dentes erupcionados possuem uma película primaria (último produto da secreção ameloblástica) que exerce uma função protetora, desaparecendo quando o dente entra em oclusão, porém pode resistir temporariamente na região cervical. Posteriormente, se cobre com a película secundária exógena de origem salivar. E por fora desta ou fazendo parte da mesma, forma-se a placa dental, a expensas (às custas) dos germes habitantes da cavidade bucal. Esta camada, se aderindo a microorganismos patológicos, é uma das principais causas da cárie dental; 
- Pela superfície interna se relaciona com a junção amelodentinária; 
- Ao nível cervical, a espessura do esmalte é mínima e se relaciona com o cemento, podendo fazê-lo de muitas maneiras, denominadas Casas de Choquet:
1) O Cemento cobre o esmalte (mais comum – 60% dos casos);
2) O esmalte cobre o cemento (menos comum e menos explicável do ponto de vista embriológico; 
3) O esmalte e o cemento ficam em contato, não deixando a dentina descoberta (30% dos casos);
4) O esmalte e o cemento não se contatam e a dentina fica descoberta.
- Na região cervical do dente, o esmalte se relaciona com a gengiva por meio da junção dentogengival;
- Em geral, a espessura decresce desde a borda incisal ou cuspídea até a região cervical. Apresenta maior espessura pela vestibular do que pela lingual ou palatina; - A maior espessura se apresenta pela mesial; 
- As regiões intercuspídeas ou sulcos e fossas possuem um esmalte de espessura mínima, o que possibilita a instalação de caries. Sua espessura máxima ocorre nas cúspides de molares e pré-molares, na borda incisal de incisivos e nos caninos superiores, regiões de grandes impactos mastigatórios.
2) Propriedades físicas do esmalte:
-Dureza: Resistência superficial de uma substancia às deformidades de qualquer natureza (dureza que corresponde a 5 na escala de Mohs). A dureza da adamantina decresce desde a superfície mais externa ate a mais interna, ou seja, da superfície livre até a JAD; 
- O esmalte é anisótropo, ou seja, as propriedades físicas e mecânicas variam segundo a orientação dos cristais; 
- Os prismas do esmalte apresentam diferentes orientações e quantidades de cristais nas distintas regiões; 
- Elasticidade: Muito escassa pois depende da quantidade de água e substância orgânica que possui. Sem o apoio dentinário elástico, tende a micro e macrofraturas. A elasticidade é maior na região de colo e bainha dos prismas pelo maior conteúdo de substancia orgânica; 
- cor e transparência: o esmalte é translúcido, portanto, a cor do dente é dada pela dentina. Ela varia de branco amarelado para branco acinzentado. Na região o cervical o dente é mais amarelado e em cúspides é mais acinzentado. Quanto mais mineralizado mais translúcido. Manchas brancas nos dentes, ocorrem devido a desmineralização do esmalte por ação de cáries ou pela ação exagerada do flúor; 
- Permeabilidade: Extremamente escassa, mas o esmalte pode funcionar como uma membrana semipermeável, permitindo a difusão de água e de alguns íons presentes no meio bucal; 
- Os íons de flúor substituem os grupamentos de hidroxila dos cristais de apatita e o torna menos solúvel aos ácidos. O que torna a superfície externa do esmalte mais resistente ao ataque de cáries; 
- O esmalte possui a capacidade de captar íons e moléculas existentes na saliva. Isso só ocorre nos 30 primeiros micrômetros e é conhecido como REMINERALIZAÇÃO; 
- A semipermeabilidade é muito reduzida nos dentes velhos; 
- Radiopacidade: A oposição da passagem de raios de Roentgen é muito alta no esmalte. As cáries diminuem a radiopacidade, permitindo maior passagem dos raios. 
3) Composição química: 
95% de matriz inorgânica, 1 a 2% de matriz orgânica e 3 a 5% de água. 
I) Matriz orgânica: O componente inorgânico mais importante é de natureza proteica. Dentre as diversas proteínas encontram-se:
- Amelogeninas: moléculas hidrofóbicas, fosforiladas e glicosiladas ricas em prolina, glutâmico, histidina e leucina, que são as mais abundantes (90% ao começar a amelogênese) e diminuem progressivamente à medida que aumenta a maturação do esmalte. As amelogeninas são as proteínas do esmalte imaturo e se apresentam entre os cristais sem se ligar a eles; 
- Enamelinas: moléculas hidrofílicas glicosiladas ricas em serina, aspártico e glicerina. Localizam-se nas periferias dos cristais formando as proteínas da superfície. Não são secretadas pelos ameloblastos. São resultado da degradação das amelogeninas;
- Ameloblastinas ou amelinas: Estão localizadas nas camadas mais superficiais do esmalte e na periferia dos cristais. Constitui 5% do componente orgânico; 
- Tufelina: proteína dos tufos. Áreas hipomineralizadas. Localiza-se na região de junção amelodentinária, JAD, no começo do processo de formação do esmalte;
- Parvalbumina: Proteína identificada no pólo distal do processo de Tomes do ameloblasto secretor. Função associada ao transporte de cálcio do meio intra pro extra-celular;
- Além dessas proteínas existem as séricas, enzimas e pequenas porcentagens de glicosaminoglicanos (condroitina-4, sulfato de condroitina-6 e lipídeo. 
II) Matriz inorgânica: Constituída por sais minerais cálcicos basicamente de fosfatos e carbonatos; 
III) Água: Localiza-se na periferia do cristal constituindo a denominada capa de hidratação ou capa de água adsorvida. Mais internamente localiza-se a capa de íons e compostos adsorvidos, no qual o cátion Ca2+ pode ser substituído por Na, Mg ou H3O (água protonada) e o ânion OH- pode ser substituído por F e Cl. 
4) Estrutura Histológica do Esmalte: Constituída pela unidade estrutural básica, (prismas do esmalte) e pelas unidades estruturais secundárias, que basicamente se originam das anteriores
4.1) Unidade estrutural básica do esmalte: Constituída pelos prismas do esmalte, estruturas compostas pelos cristais de hidroxiapatita. O conjunto de prismas do esmalte, forma o esmalte prismático. Na periferia da coroa existe o denominado esmalte aprismático, no qual a substancia adamantina mineralizada não constitui nem configura prismas. 
 a) Morfologia dos prismas: Estruturas longitudinais que em media possuem 4 micrometros de espessura e estendem-se da junção amelodentinaria até a superfície do esmalte. Em relação ao seu comprimento, é maior do que a espessura do esmalte inteiro, pois o curso dos prismas é sinuoso. Diâmetro dos prismas varia entre 4 e 10 micrometros. É menor em seu ponto de origem e aumenta gradualmente à medida em que se aproxima da superfície livre; 
- Nos cortes transversais apresenta morfologia de um buraco de fechadura de portas
antigas ou uma raquete de tênis. Isso permite distinguir nos prismas duas regiões, a cabeça ou corpo em forma de cúpula esférica e a cauda com terminação irregular;
- Os prismas se encontram estreitamente associados uns com os outros. As cabeças são sempre localizadas entre duas caudas dos prismas subjacentes. Esse sistema de engrenagem confere maior resistência ao esmalte, pois as cabeças suportam choques mastigatórios e as caudas as distribuem e dissipam. O material orgânico é muito escasso e se distribui basicamente na periferia dos prismas, tornando-a muito insolúvel e denominando-a bainha dos prismas; 
- Técnica de ataque ácido: Permite eliminar a placa dental e descalcificar o esmalte a uma profundidade de mais ou menos 10 micrometros, facilitando a ação de diversos materiais restauradores. Essa técnica possui três diferentes padrões:
 - Tipo 1: O centro do prisma aparece erosionado permanecendo insolúvel a periferia.
 - Tipo 2: A periferia dos prismas aparece erosionada permanecendo insolúvel a região central.
 - Tipo 3: Erosão generalizada que configura imagens que lembram vagamente a morfologia de escamas de peixe.
 b) Composição dos prismas: Em corte longitudinal observa-se que os eixos maiores dos cristais se dispõe paralelamente em relação ao eixo longitudinal do prisma na região da cabeça. Na região de união entre a cabeça e cauda se inclinam progressivamente em relação ao eixo longitudinal do prisma, ate que os cristais adquiram uma posição perpendicular em relação ao eixo longitudinal do prisma na região da cauda.
 c) Orientação dos prismas: Eles não seguem uma trajetória retilínea atraves do esmalte, mas em algumas regiões são entrecruzados ou entremeados. 
- Na região cervical dos dentes decíduos as fileiras de prismas são horizontais, enquanto na região de cúspide as fileiras são quase verticais ou perpendiculares a junção amelodentinária ou JAD. 
- Nos dentes permanentes a fileira de prismas da região cervical se desvia da horizontal e inclina-se em direção apical. Na região cuspídea, as fileiras apresentam a mesma orientação, vertical ou perpendicular, que nos dentes decíduos
 d) Esmalte aprismático (EA): material calcificado sem prismas localizado na superfície externa do esmalte prismático e possui uma espessura de 30 micrometros. 
- Presente em todos os dentes decíduos na zona superficial de toda a coroa e em 70% dos dentes permanentes. Nestes últimos se encontra em maior quantidade nas regiões cervicais e nas zonas de fissuras e micro-fissuras e em menor quantidade nas superfícies cuspídeas.
- Cristais dispostos paralelos entre si e perpendiculares à superfície externa. 
- Padrão de forma tipo P ou prisma-dependente: consiste na ausência ou menor desenvolvimento dos processos de Tomes dos ameloblastos. 
- Padrão de forma tipo R ou de Retzius-dependente: grupos de ameloblastos individuais dispostos sobre as estrias de retzius próximas a periferia do esmalte, forma o esmalte aprismático ao mesmo tempo configura as estrias.
- O EA que se forma na região cervical e na região média da coroa, segue um padrão de formação tipo R;
- O EA que se forma na superfície oclusal e cuspídea segue um padrão de formação tipo P.
4.2) Unidades estruturais secundárias do esmalte (UES)
- Originam-se a partir das unidades estruturais primárias como resultado de vários mecanismos:
 1. O diferente grau de mineralização: originam estrias de Retzius e os Tufos de Linderer;
 2. Mudança no percurso dos prismas: originam as bandas de Hunter-Schreger e o esmalte nodoso;
 3. Inter-relação entre o esmalte e a dentina subjacente ou na periferia com o meio externo: origina a JAD os fusos do esmalte, as periquimácias, as linhas de imbricação de Pickerill e as fissuras ou sulcos do esmalte
* Os mecanismos acima não originam apenas esses elementos
* Algumas UES, como lamelas ou microfissuras do esmalte, são originadas como resultado de vários mecanismos anteriormente descritos.
a) Estrias de Retzius: Mais numerosas na região cervical. Existe uma estria que se sobressai mais que as outras e que coincide com o nascimento, denominando-se linha neonatal ou linha de Rushton-Orban;
- A disposição das estrias varia de acordo com a região do dente: nas cuspídes e bordas incisai se estendem da JAD à JAD do lado oposto, descrevendo uma curva;
- Nas faces laterais, da coroa há um trajeto oblíquo desde a JAD até a superfície externa, porém com encurvamento até a oclusal ou incisal à maneira de um casquete nas cúspides e anéis nas faces laterais
- Marcam a sucessiva aposição de camadas de tecido durante a formação da coroa, por isso também recebem o nome de linhas incrementais;
- Tais linhas se relacionam com períodos de repouso e mineralização e, portanto, indicam regiões menos mineralizadas
b) Tufos do Esmalte ou de Linderer:
- São estruturas muito semelhantes às microfissuras e também comparáveis às falhas geológicas;
- Estendem-se no terço interno do esmalte desde o limite amelodentinário em forma de arbusto e são facilmente observados nos cortes transversais;
- Acredita-se que os tufos de Linderer se formem durante o desenvolvimento devido a mudanças bruscas na direção de grupos de prismas pela orientação de alguns ameloblastos na amelogênese, pois os tufos são formados basicamente por tecido pouco mineralizado, amorfo ou granular, rico em proteínas do esmalte
c) Bandas de Hunter-Schreger:
- São bandas claras e escuras denominadas respectivamente parazonas e diazonas, de largura variável e limites imprecisos, que se observam no esmalte ocupando os quatro quintos mais internos do mesmo;
- Estão presentes em todos os dentes permanentes e ainda nos que não completaram sua formação;
- A origem destas bandas não está completamente explicada, sugerindo que se trata de um fenômeno resultante do plano de corte dos prismas;
d) Esmalte nodoso: 
- Zona singular e especial prismático que se localiza nas regiões de cúspides dentárias, sendo formado por uma complexa inter-relação de prismas ou bastões de esmalte. Sua origem deve-se aos planos circunferenciais dos prismas com suas ondulações que se inter-relacionam íntima e estreitamente;
- O entrecruzamento dos prismas é um fator que aumenta a resistência do esmalte, pois está precisamente localizado nas zonas mais expostas às forças mastigatórias;
- Tem origem nas primeiras fases da amelogênese, pela movimentação dos ameloblastos até a periferia da maneira irregular.
f) Junção amelodentinária:
- Corresponde à região onde o esmalte se relaciona com a dentina e constitui um nível estrutural decisivo para assegurar a retenção firme do esmalte sobre a dentina. Isso é possível porque esse limite não retilíneo, sendo constituído por cavidades ou fossas pequenas que formam uma imagem festonada nos cortes microscópicos;
- A origem da JAD se estabelece nos primeiros estágios da morfogênese dentária e ocorre no local onde existe a lâmina dentária entre os odontoblastos e ameloblastos antes de começarem os respectivos mecanismos de mineralização.
g) Fusos do esmalte:
- São estruturas com aspecto de clavas irregulares que se encontram ao nível da JAD;
- Correspondem a formações tubulares com fundo cego que alojam em seu interior os prolongamentos dos odontoblastos que se percorrem os túbulos dentinários;
- A penetração dos prolongamentos nos fusos do esmalte ocorre antes de ele se mineralizar, localizando-se entre os odontoblastos e persistindo no interior do esmalte quando este se mineraliza;
- Nos cortes por desgaste os processos odontoblásticos desaparecem, portanto, o que se observa é o espaço deixado por eles. Como essas cavidades são ocupadas pelo ar, elas se tornam negras após a realização do desgaste;
- Os processos odontoblásticos, que em geral terminam em uma extremidade afilada e que se encontram em qualquer lugar da JAD, são chamados de processos odontoblásticos remanescentes;
- Os que se localizam preferencialmente nas cúspides ou bordas incisais, e são verdadeiras clavas por seu aspecto e maior tamanha, são os que se propriamente se denominam fusos
do esmalte, que se relacionam com a transmissão de estímulos.
h) Periquimácias e linhas de imbricação de Pickerill:
- Estão intimamente relacionadas, tanto com as estrias de Retzius quanto com a periferia;
- As linhas de imbricação são sulcos pouco profundos existentes na superfície do esmalte, gerakmente na porção cervical da cora; tais sulcos são apenas as estrias de Retzius observadas na superfície do esmalte;
- As periquimácias são os roletes, cristas baixas ou rebordos formados entre os sulcos, na superfície do esmalte. São mais acentuadas nos dentes permanentes recém-erupcionados e tendem a desaparecer com a idade pelo desgaste fisiológico; por isso as pessoas com mais idade apresentam a superfície do esmalte lisa.
i) Fissuras ou sulcos do esmalte:
- São invaginações de morfologia e profundidade variáveis que se observam na superfície do esmalte de pré-molares e molares;
- Há três tipos morfológicos de fissuras:
Tipo V: se caracteriza por uma ampla entrada e estreitamento progressivo até a base;
Tipo I: possui uma largura constante por toda a invaginação;
Tipo Y: tende ao estreitamento desde a entrada e que morfologicamente é a união dos dois tipos anteriores
- O conteúdo de cálcio das paredes da fissura é menor que o restante do esmalte (áreas hipocalcificadas), aspecto de importância clínica na utilização de seladores que necessitam do ataque ácido prévio;
- A origem das fissuras ou sulcos se deve a uma coalescência incompleta dos lóbulos cuspídeos (centros de morfogênese coronária) onde a atividade ameloblástica se desenvolve de forma independente e logo se soldam.
j) Lamelas ou microfissuras do esmalte:
- São formações comparáveis a falhas geológicas, delgadas, que se estendem de forma retilínea da superfície do esmalte até a dentina e, inclusive, podem penetrar nela;
- Existem dois tipos gerais de microfissuras:
Microfissuras primárias: produzidas no dente antes da erupção, são constituídas por matriz do esmalte não mineralizada ou por células originadas do órgão do esmalte. No primeiro caso, nos locais onde os prismas atravessam os planos de tensão, aos quais nos referimos anteriormente, um pequeno segmento do prisma não chega a calcificar totalmente. O segundo caso ocorre quando chega a ser produzida a separação entre as extremidades dos prismas em tal plano de tensão e o espaço é ocupado por células circundantes do órgão do esmalte
Microfissuras secundárias ou lamelas pós-eruptivas: originadas após a erupção, em geral estão relacionadas com planos de tensão e são geradas por traumas e mudanças bruscas de temperatura no local correspondente. Nesse caso, a rachadura é ocupada por matéria orgânica proveniente da saliva
- As lamelas também podem ser classificadas em três tipos distintos:
Tipo A: são a zonas hipomineralizadas, determinadas por segmentos de prismas pouco mineralizados. Formam-se antes da erupção e são mais numerosas na região cervical da coroa;
Tipo B: também se formam antes da erupção, porém são áreas sem esmalte ocupadas por células degeneradas. Podem chegar a atravessar a JAD e se mais profundas que as do tipo A. Suas paredes são formadas por esmalte de mineralização normal ou levemente hipomineralizado;
Tipo C: Formam-se após a erupção dentária, podendo atravessar a dentina. São regiões sem esmalte ocupadas por restos orgânicos provenientes da saliva.
- A espessura das lamelas independe do seu tipo, é variável e, geralmente, não ultrapassa alguns micrometros;
- Frequentemente são bifurcadas e apresentam finas junções de entrecruzamento;
- Estão relacionadas com a passagem de fluidos em duas direções, tornando possível o selamento e a remineralização das microfissuras, prevenindo a difusão de cáries dentárias.
5) Superfície do esmalte: 
a) Cutícula do esmalte: também denominada membrana de Nasmytch. 
- Delicada membrana que cobre toda a coroa do dente recém erupcionado e que corresponde à ultima secreção dos ameloblastos. 
- Fortemente aderida à superfície do esmalte e possivelmente tem a função de protegê-lo durante o período de erupção dentaria, porem desaparece quando o dente entra em oclusão pela ação da escovação ou da mastigação. 
- Nas regiões protegidas, como as superfícies proximais ou gengivais pode persistir durante toda a vida do dente. 
- Organicamente se relaciona com a matriz do esmalte e os ameloblastos. 
b) Película secundaria exógena ou adquirida:
- O esmalte erupcionado é coberto por um precipitado de proteínas salivares e elementos inorgânicos provenientes do meio bucal. 
- Película clara, acelular e livre de bactérias, que volta a se formar poucas horas após a limpeza mecânica superficial do esmalte. Sobre ela se forma a placa dentaria bacteriana que apresenta uma matriz protéica onde se encontram as bactérias ou microorganismos patogênicos de diferentes tipos. A placa pode desencadear caries ou doença periodontal.

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