Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
P1 MÓDULO INFECTOLOGIA JESSICA ALVES ESCORPIONISMO LOXOSCELISMO FONEUTRISMO LATRODECTISMO REPRESENTANTE Tityus – serrulatos (amarelo), bahienses (marrom), stigmurus (amarelo NE), obscurus (preto AM) Aranha-marrom Aranha armadeira, macaca, da banana Viúva negra EPIDEMIOLOGIA Ferrão como aparelho inoculador. Áreas secas, biota úmida, costeiras e urbanas, habito noturno, se esconde em armários, roupas no chão e calçados. Preferencia por MMSS, BA, MG, SP, DF. Forma mais grave de araneismo no Brasil, Parana, SC, adulto com leve predomínio de mulheres. Não agressivas, picam ao comprimir o corpo. Sul e sudeste, mãos e pés, 42% dos casos, área urbana, intra e peri domicilio. Calçar sapatos e manusear materiais de construção, entulho ou lenha. Só a femea, BA, CE, RN, SE, masculino de 10-30 anos, vegetações arbustivas e gramíneas MANIFESTAÇOES CLINICAS LOCAIS: Dor muito intensa imediata, pode se irradiar para o membro e parestesia, eritema e sudorese local. SISTEMICAS: sudorese profusa, agitação psicomotora, tremores, náuseas, vomito, sialorreia, alteração na PA, arritmia, ICC, edema pulmonar, dor abdominal, sonolência, hipertonia, diarreia. Intensidade depende da quantidade de veneno. FORMA CUTANEA: dor, edema, queimação, eritema, lesões hemorrágicas focais com áreas de isquemia (placa marmórea), bolhas sero hemorrágicas, pode evoluir pra necrose e ulcera. CUTANEA-HEMOLITICA: hemólise intravascular com anemia, icterícia e hemoglobinúria, petequias, equimoses, CIVD, IRA LOCAIS: Quadro intenso de dor podendo irradiar, edema, sudorese, parestesia. SISTEMICAS: taquicardia, HAS, agitação psicomotora e vômitos. Crianças com sudorese profusa, sialorreia, priaprismo, choque, edema pulmonar agudo LOCAIS: dor discreta, queimação, papula eritematosa e sudorese. SISTEMICOS: alterações motoras (contrações espasmódicas, contraturas musculares intermitentes, tremores, rigidez abdominal, contratura facial e trismo de masseteres) ansiedade, insônia. facies latrodectismica, vômitos, prurido, cefaleia, ptose e edema bipalpebral COMPLICAÇOES Mais comuns em crianças e idosos, edema pulmonar agudo e choque CIVD, infecção secundaria, cicatrizes desfigurantes Bom prognostico com atenção para extremos da idade por 6 hrs Edema pulmonar agudo e choque AÇÕES DO VENENO Efeito nos canais de sódio, causa despolarização das terminações nervosas pos ganglionares, libera Ach e catecolaminas, determinando manifestações orgânicas pelo predomínio simpático ou parassimpático. Enzima esfingomielinase-D atua sob os constituintes das cel do endotélio vascular e de hemácias, sendo ativado cascatas do sis complemento, de coagulação e das plaquetas, com intenso processo inflamatório local, obstrução de pequenos vasos, hemorragia, edema e necrose focal. Ativação e retardo da inativação dos canais de sódio, despolarizando fibras musc e terminações sensitivas, motoras e do SN autônomo, liberação catecolaminas e Ach, induz contração da musc lisa vascular e aumento de sua permeabilidade por ativação do sistema calicreina-cininas e de ox nitrico A alpha-latrotoxina atua sobre terminações nervosas sensitivas provocando dor no local, tem ação no SN autônomo com liberação de neurotrans adrenérgicos e colinérgicos e na junção neuromuscular pre-sinaptica altera permeabilidade de ions Na e K. EXAMES Eletro, rx de tórax (aumento do coração e edema pulmonar), eco, CPK, glicemia e amilase elevadas, leucocitose com neutrofilia Hemograma com leucocitose e neutrofilia, anemia aguda, plaquetopenia, reticulocitose, + bili indireta, - haptoglobina, coagulograma creatinina e ureia alterados. Leucocitose com neutrofilia, hiperglicemia, acidose metabólica e taquicardia sinusal Leucocitose, linfopenia, hiperglicemia, hiperfosfatemia, albuminuria, hematúria, arritmias, fibrilação atrial. P1 MÓDULO INFECTOLOGIA JESSICA ALVES TRATAMENTO DD com foneutrismo MANUTENÇAO DAS FUNÇOES VITAIS LEVE: Se quadro apenas local, lidocaína 2% sem vaso. MODERADO: SAEsc ou SAA 2-3 amp, IV, dor local intensa com outra manifestação (náusea, vomito, sudorese, sialorreia, taquipneia ou taquicardia) GRAVE: SAEsc ou SAA 4-6 amp, IV, alterações do quadro moderado mais vômitos incoercíveis e profusos, sudorese profusa, convulsão, coma, bradicardia, edema pulmonar, choque. LEVE: aranha identificada, lesão incaracterística (bolha edema rubor calor, dor em queimação), ausência de comprometimento sistêmico. Corticoterapia, analgésico, compressa fria, antisséptico, limpeza da ferida. MODERADO: SALox ou SAA, 5 amp IV, lesão sugestiva ou característica (bolha equimose dor em queimação, placa marmórea, necrose, manifestações sistêmicas inespecíficas (exantema, febre), sem hemólise. GRAVE: SALox ou SAA, 10 amp IV, lesão característica, manifestações clinicas ou laboratoriais de hemólise intravascular. LEVE: Compressa morna no local, analgésico sistêmico (lidocaína 2%) MODERADO: SAA 2-4 amp IV, dor local intensa, sudorese, vômitos ocasionais, agitação psicomotora, HAS, taquicard GRAVE: SAA 5-10 amp IV, sudorese profusa, sialorreia, vômitos profusos, priaprismo, choque, edema pulmonar. LEVE: dor edema sudorese local, dor em MMII, parestesias, tremores e contraturas. Sintomático e de suporte, antissepsia, gelo inicial e compressa morna após, benzodiazepínicos, gluconato de cálcio, analgésicos, observar por no mínimo 24 hrs. MODERADO: Analgésicos e sedativos. Sinais do leve além de dor abdominal, mialgia, agitação, cefaleia, dificuldade de deambular, hipertermia. GRAVE: SALatr, 1-2 amp, IM, analgésicos e sedativos. Sintomas citados além de taqui-bradicardia, HAS, dispneia, náusea, vomito, priaprismo, retenção urinaria, facie latrodectismica.
Compartilhar